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Sonhar comportar-se

Resumo da obra UM MODELO COMPORTAMENTAL DE ANLISE DE


SONHOS DO PROFESSOR HLIO JOS GUILHARDI, FEITO POR HARLEY
PACHECO DE SOUSA

O sonho um comportamento como qualquer outro que est sujeito s


mesmas leis que regem os comportamentos observveis. A nica diferena
que sua manifestao s observvel pelo indivduo que sonha.

Porm existem modos de avaliar a fidedignidade do relato verbal do sonho por


parte de que sonha. Para se ter acesso ao sonho e podermos estud-lo h
necessidade do uso da auto-observao, do relato verbal da observao dos
comportamentos observveis enquanto o organismo dorme e correlao do
sonho com as experincias presentes do organismo.

Isso no se trata da busca dos eventos mentais, mas observao do prprio


organismo, pois o sonho no nenhum mundo imaterial da conscincia, mas,
uma manifestao, uma classe de comportamentos emitida pelo prprio corpo
do observador (Skinner, 1974, pp. 16 e 17).

O organismo, durante o sono, tambm se comporta. No h razo para supor


que os comportamentos, durante o sono, sejam regidos por leis diferentes
daquelas que operam na viglia. A topografia e magnitude das respostas podem
ser diferentes, mas no sua natureza. (Guilhard,H)

Os sonhos podem ser conceituados como comportamentos perceptivos que


ocorrem durante o sono. O relato do sonho um comportamento verbal, sob
controle de estmulos verbais e ambientais, presentes no momento do relato.

Skinner argumenta que os eventos encobertos ou privados so estmulos


observados e no construtos hipotticos inferidos. Sonhos (bem como
alucinaes e imagens de memria) podem ser explicados como decorrentes
de respostas perceptuais na ausncia dos estmulos externos. (Guilhard, H)

O sonho pode ser descrito ou narrado, como funo de uma simples


discriminao de eventos encobertos. Mas, compreend-lo envolve mais que
isso. E necessrio coloc-lo num contexto onde sero detectadas as variveis
independentes que determinaram tanto os eventos encobertos como os
manifestos.

A determinao do significado do sonho no se baseia, necessariamente, no


relato das relaes funcionais feitas pelo sujeito, mas nas relaes funcionais
percebidas pelo terapeuta dentro de um contexto, em que o sonho aparece, em
ltima anlise, como elo de uma cadeia comportamental extremamente
complexa.

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