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agora Pass SSO Questées Potenciais de Prova Direito Penal Emerson Castelo Branco curso Direito Penal agoraf')passo com.br DIREITO PENAL - QUESTOES POTENCIAIS DE PROVA! 1. Aplicagdo da Lei Penal: princ{pios da legalidade e da anterioridade: a lel penal no tempo @ no espaco; tempo e lugar do crime; lel penal excepcional, especial e temporaria; territorialidade e extraterritorialidade da lei penal. NOCAUTE DA BANCA ~ PARTE 1 1. A lei penal ndo pode retroagir. A lei penal retroagiré quando trouxer algum beneficio para o agente no caso concreto. 2. © principio de que a lei retroage para beneficiar 0 acusado restringe-se as normas de cardter penal. 3. Abolitio criminis. Verifica-se sempre que lei posterior deixa de considerar uma conduta como sendo criminosa. 4, A lei penal mais benéfica possui extra-atividade (retroatividade e ultra- atividade). Assim, sempre retroagiré quando for mais benéfica. Quando for maléfica, jamais retroagird. 5. A itretroatividade néio atinge somente as penas, como também as medidas de seguranga. 6. A lel penal mals benéfica pode ser aplicada se estiver ainda no periodo de vacatio legis? Nao. Durante o perfodo de vacatio legis, a Lei néo comecou ainda «a vigorar. 7. Pode haver combinagdo de leis penais tavordvels para beneficiar o réu? Nao. Corrente majoritaria 8, Sdmula 711 do Supremo Tribunal Federal: “A lei penal mais grave aplica-se ao crime continuado ou ao crime permanente, se a sua vigéncia é anterior & cessacdo da continuidade ou da permanéncia”. 9. De acordo com o art. 4.° do CP: “Considera-se praticado o crime no momento da acdo ou omissdo, ainda que outro seja o momento do resultado”. Adotada teoria da atividade. 10. © art. 3° do CP estabelece: “A lei excepcional ou temporaria, embora decortido 0 periodo de sua duragdo ov cessadas as circunstancias que a determinaram, aplica-se ao fate praticado durante sua vigéncia”. 11. A ultratividade ocorrerd sempre, ainda que prejudique o acusado. fl curso Direito Penal agoraf')passo com.br 12, Lei excepcional - E aquela que vigora por tempo indeterminado, enquanto durar a situacGo excepcional. Ex.: guerra. Lei tempordria - E aquela que surge para vigorar por tempo previamente estabelecido, isto é, com comeco e com fim pré-fixado, Sdo leis autorrevogdveis (“intermitentes”). 13. A lei penal mais benéfica possui ultratividade para beneficiar o réu. Porém, essa ultratividade é um pouco diferente da ultratividade das leis tempordrias e excepcionais, porque nestas haverd ultratividade ainda que esta seja prejudicial ao réu. 14. O principio da tertitorialidade é a regra geral. 15. Elementos do territério nacional: a) 9 solo ocupado pela nacdo; b) os rios, os lagos e os mares interiores e sucessivos; c) 0s golfos, as baias e os portos; d) a faixa de mar exterior, que corre ao largo da costa e que constitui o mar territorial; e)a parte que o direito atribui a cada Estado sobre os rios, lagos & mares fronteiricos; f) 0s navios nacionais;g) 0 espaco aéreo correspondent ao teritério; h) as aeronaves nacionais. 16. Teritério brasileiro por equiparacdo (art. 5°, § 1.°, do CP): Sdo duas as situagées: a) embarcagées e aeronaves brasileiras de natureza publica ou a servico do governo brasileiro onde estiverem; b) embarcagées e aeronaves brasileiras, de propriedade privada, que estiverem navegando em alto-mar ou sobrevoando aguas internacionais. 17. © Brasil adotou a tertitorialidade, segundo qual a lei penal brasileira, em regra, aplica-se ao crime cometido no territério nacional, mas excepcionalmente pode ser aplicada a lei estrangeira. 18. Principio do pavilhéo ou da bandeira: Consideram-se as embarcacées e aeronaves como extensdes do territério do pais em que se acham matriculadas, quando estiverem em alto-mar ov no espaco aéreo correspondente. Nao serdo consideradas extenso do territério brasileiro as nacionais que ingressarem no mar territorial estrangeiro ou o sobrevoarem. 19. No tocante aos navios de guerra e as aeronaves militares, sdio considerados parte do tertitério nacional, mesmo quando em Estado estrangeiro. O mesmo ocorre com os navios e aeronaves militares de outra nacdo presentes no territorio. brasileiro, pf curso Direito Penal agoraf')passo com.br 20. Principio da defesa (real, ov de protecdo) - Aplica-se a lei penal brasileira, independentemente de fronteiras, se 0 bem juridico for de protecdo especial. Situagées: crimes contra a vida ou a liberdade do Presidente da RepUblica; contra © patriménio ou a té publica da Unido, do Distrito Federal, de Estado, de Municipio, de empresa piblica, sociedade de economia mista, autarquia ou fundacéo instituida pelo Poder Publico; contra a administragGo publica, por quem estd a seu servico. 21. Da nacionalidade (ou da personalidade) - Aplica-se a lei nacional do autor do crime, qualquer que tenha sido 0 local de sua pratica (principio da personalidade ativa). E 0 caso da responsabilidade penal de um brasileiro que comete um crime no exterior e se refugia no Brasil. Como ndo é possivel extradicao, para evitar impunidade, a solucdo é aplicar a lei brasileira. E ainda quando o crime & cometido por estrangeiro contra brasileiro, fora do Brasil, desde que atendidas certas condi¢ées (principio da personalidade passiva). 22. Da justica penal universal - £ 0 direito de punir determinados delitos, mesmo que praticados fora do territério nacional, face & gravidade do mesmo, desde que existam tratados e convencées intemacionais estabelecendo dessa maneira, como os crimes de genocidio e de trdfico ilicito de drogas. 23. Da representagdo — A lei penal aplica-se aos crimes cometidos no estrangeiro em aeronaves e embarcagées privadas, desde que ndo julgados no local do crime. Exemplo: em uma aeronave privada brasileira, sobrevoando territério de um determinado pais, um estrangeiro pratica crime contra outro. Se o governo estrangeiro ndo possvir interesse em punir 0 criminoso, 0 Brasil sera o juizo competente, em face da bandeira ostentada pela aeronave. 24. Extraterritorialidade Incondicionada: sdo as hipéteses previstas no inciso | do att. 7.°, Diz-se incondicionada, porque néo se subordina a qualquer condi¢ao para atingir um crime cometido fora do territério nacional. 25. Condicionada: so as hipdteses do inciso Il e do § 3.°. Nesses casos, a lei nacional sé se aplica ao crime cometido no estrangeiro se satisfeitas as condicdes indicadas no § 2.° e nas dlineas ae b do § 3. 26. Lugar do crime. Art. 6.° do CP: “Considera-se praticado o crime no lugar em que ocotreu a agGo ou omisséio, no todo ou em parte, bem como onde se yp curso Direito Penal agoraf')passo -com.br produziu ou devia produzir-se o resultado”, Adotada teoria ubiquidade (ou mista) Prof. Emerson Castelo Branco sy

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