Ser que a busca infinda pela arte e pela beleza valer a pena? Ou tudo ser em vo, com suas cores monocromticas, tediosas e frvolas?"
Eis a poetisa do novo mundo
Que faz seus versos com grafite virtual Que enxerga o cu cor de chumbo Que se molha na cida chuva habitual
As palavras morreram e perderam a beleza
No h poesia em seu poema Todas esto soterradas pela avareza De poupar imaginao para outro dilema
Ela precisa de um gole de verdade
Um tapa, um vento, batendo na cara Ela precisa de mais vaidade Mas s quando ela do orgulho se separa
O cu negro como seus olhos
E seu corao A chuva cai de seus prprios olhos Mas no rega as plantas floridas em vo
Eis a poetisa dos versos fadados
Que vendeu sua alegria para o diabo Que roubou o corao de um enamorado Que negou o medo que havia criado
Falhou loucamente em declarar seu amor
Pois era fria como uma lmina de ao E do costume de achar que tinha louvor Esqueceu at mesmo como dar um abrao
Ela precisa de um gole de vida
Exemplos, sentimentos, ainda mais cruis Ela precisa de uma razo incontida Para interpretar melhor melhores papis
O cu metlico como seu corao
E os seus ferimentos A chuva tsunami em devassido Lavando e levando seus sentimentos E seus olhos admiram o cho cinzento Castigado pela cida chuva Chumbado por camadas de cimento