definio antiga de casamento. A motivao para a unio matrimonial, antes motivada por negociao entre famlias passou a ser escolha do casal, determinada pelo amor e afeto. Dessa forma, as relaes contemporneas podem ser caracterizadas pelo amor, interesses individuais comuns (principalmente valores e objetivos) e sexualidade, que passou a ser fundamental para a sustentao do casamento contemporneo. O sexo no tem mais o papel social de procriador e perpetuador da famlia, mas sim de intercmbio entre indivduos. Ademais, houve, tambm, o surgimento do casal por amor, indivduos que mantm relaes sexuais por afeto sem excluir o desejo de um futuro casamento. Apesar dessa mudana no paradigma sexual, percebe-se que houve mudana com relao autonomia da mulher em relao ao homem, o que no implica, necessariamente, em uma igualdade total nas funes de cada gnero no matrimnio. O acesso ao controle prprio da contracepo, a elevao do nvel de instruo e a generalizao do trabalho assalariado entre mulheres de 25 a 49 anos foram responsveis por essa autonomia. Contudo, a maior liberdade de escolha da mulher no implicou, por exemplo, em alteraes na funo domstica de cada gnero. A mulher continua detentora das tarefas domsticas, sem participao equivalente dos homens. Dessa reforma, a chamada Revoluo Sexual pode ser questionada, j que mudanas no paradigma sexual no implicaram em mudanas nos papeis de gnero. A transformaes dos comportamentos sexuais ficam muito evidentes no decorrer da segunda metade do sculo XX, principalmente para mulheres. Contudo, apesar da aproximao, ainda h divergncias significativas entre homens e mulheres, como ser demonstrado a seguir: Nmero mdio de parceiros sexuais:
Tabela 1: Nmero mdio de parceiros sexuais de homens e
mulheres na Frana em 1970 e 1990 Homens Mulheres 1970 12 1,8 1990 12 3,2
A partir do grfico apresentado, conclui-se que no ouve
mudana significativa do nmero de parceiros sexuais de homens entre 1970 e 1990, mas houve entre mulheres. Alm disso, percebe-se, ainda, clara divergncia entre o nmero de parceiros sexuais de homens e mulheres. Percebe-se, assim, que alguns paradigmas de gnero ainda no se alteraram. A manuteno do nmero mdio de parceiras sexuais de homens demonstro que houve maior abertura sexualidade feminina e que homens passaram a buscar mais prazer sexual com suas parceiras, sejam amorosas ou no, j que a busca por prostituas reduziu drasticamente nesses 20 anos (de 25 a 5% em homens de 25 a 29 anos.