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perturbado por [minha] demanda persistente de que as metforas sejam fundamentadas... Por definio, as metforas
no podem ser fundamentadas a no ser
que, naturalmente, estejamos sendo solicitados a aceitar uma teoria mimtica da
linguagem (Cosgrove, 1996).
tar minha agenda submarxista(ibid, 575) (realmente, eu pensei que o marxismo fosse um tanto
mais que sub); certamente ele pode argumentar
que estou errado na abordagem terica, na interpretao de evidncias, poltica ou ao longo de
toda uma srie de outras frentes, mas se deseja argumentar que as metforas que usamos no tm
nenhuma relao com o mundo em que vivemos,
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riormente.
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Deixando de lado o uso errneo que Cosgrove faz do termo reificado naquela frase (certamente nenhum dos gegrafos reivindicou ter criado
um conceito reificado melhor), parece bem claro
no trabalho que examino que o peso das longas
discusses sobre cultura so projetadas precisamente para criar uma definio melhor (ou mais
verdadeira) de cultura. Minha argumentao
que Jackson e os Duncans, por exemplo, no evitam o problema da reificao. Deixo ao leitor a
deciso sobre se estou certo1.
Qualquer que seja a validade de minhas argumentaes, Jackson e os Duncans concordam com
minha premissa central de que no existe tal coisa
ontolgica como a cultura e acho gratificante que
agora eles queiram tornar sua posio to explcita. Peter Jackson est certo ao sugerir que eu ignoro o contexto no qual ele escreveu sobre cultura (exatamente como as crticas a Carl Sauer muitas vezes ignoram o contexto da suas teorias) e
concordo com ele que o contexto era e importante. Afinal de contas, o conhecimento s construdo atravs de luta sobre, e engajamento com,
as prticas e idias situadas em determinados
momentos histricos e sociais que apareceram
antes. Admiro os progressos feitos por Jackson na
geografia cultural (exatamente como admiro os de
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NOTAS __________________________________
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