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Continuada a Distância
Curso de
Unidade de Terapia Intensiva -
Adulto
Aluno:
MÓDULO I
Atenção: O material deste módulo está disponível apenas como parâmetro de estudos para
este Programa de Educação Continuada, é proibida qualquer forma de comercialização do
mesmo. Os créditos do conteúdo aqui contido são dados aos seus respectivos autores
descritos na Bibliografia Consultada.
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MÓDULO I
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compreender: cardiológica, coronariana, neurológica, respiratória, trauma, queimados,
dentre outras.
Denomina-se Centro de Tratamento Intensivo (CTI) o agrupamento, numa mesma
área física, de duas ou mais UTI's, incluindo-se, quando existentes, as Unidades de
Tratamento Semi-Intensivo.
Projetar uma UTI ou modificar uma unidade existente, exige conhecimento das
normas dos agentes reguladores, experiência dos profissionais de terapia intensiva, que
estão familiarizados com as necessidades específicas da população de pacientes. O
projeto deve ser abordado pôr um grupo multidisciplinar composto de médico, enfermeiro,
arquiteto, administrador hospitalar e engenheiros. Esse grupo deve avaliar a demanda
esperada da UTI baseado na avaliação dos pontos de fornecimento de seus pacientes,
nos critérios de admissão e alta, e na taxa esperada de ocupação. É necessário análise
dos recursos médicos, pessoal de suporte(enfermagem, fisioterapia, nutricionista,
psicólogo e assistente social) e pela disponibilidade dos serviços de apoio (laboratório,
radiologia, farmácia e outros ).
Cada UTI deve ser uma área geográfica distinta dentro do hospital, quando
possível, com acesso controlado, sem trânsito para outros departamentos. Sua
localização deve ter acesso direto e ser próxima de elevador, serviço de emergência,
centro cirúrgico, sala recuperação pós-anestésica, unidades intermediárias de terapia e
serviço de laboratório e radiologia.
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- Forma da Unidade
A disposição dos leitos de UTI podem ser em área comum (tipo vigilância), quartos
fechados ou mista.
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possuir 11 tomadas/leito de energia elétrica , em 110 / 220 volts, localizadas 0,9 m
acima do piso e devem estar conjugadas com o gerador de emergência do hospital;
todos os leitos devem contar no mínimo com 1 saída de canalização à vácuo, 2 de ar
comprimido e 2 saídas de oxigênio; 9,0 m² por leito com distância de 1 m entre
paredes e leito, exceto cabeceira, de 2 m entre leitos e pé do leito = 1,2 m (o espaço
destinado a circulação da unidade pode estar incluído nesta distância). Os sinais dos
sistemas de chamada dos pacientes, os alarmes dos equipamentos de monitorização
e telefones se somam à sobrecarga auditiva nas U.T.Is. O Conselho Internacional de
Ruído, tem recomendado que o nível de ruídos nas áreas de terapia aguda dos
hospitais não ultrapassem 45dB(A) durante o dia, 40dB(A) durante a noite e 20dB(A)
durante a madrugada. Tem-se observado que o nível de ruído na maioria dos hospitais
está entre 50 e 70dB(A) e, em alguns casos ocasionais, acima desta faixa. Pôr estas
razões, devem ser utilizados pisos que absorvam os sons, levando-se em
consideração os aspectos de manter o controle das infecções hospitalares, da
manutenção e movimentação dos equipamentos. As paredes e os tetos devem ser
construídos de materiais com alta capacidade de absorção acústica. Atenuadores e
defletores nos tetos podem ajudar a reduzir a reverberação dos sons. As aberturas
das portas devem ser defasadas para reduzir a transmissão dos sons.
¾ O posto de enfermagem deve ser centralizado, no mínimo um para cada doze leitos
e prover uma área confortável, de tamanho suficiente para acomodar todas as funções
da equipe de trabalho, com dimensões mínimas de 8m2. O posto de enfermagem deve
estar instalado de forma a permitir observação visual direta ou eletrônica dos leitos ou
berços. No caso de observação visual por meio eletrônico, deverá dispor de uma
central de monitores. Cada posto deve ser servido pôr uma área de serviços destinada
ao preparo de medicação, com dimensão mínima de 8m2 e ser localizada anexo ao
posto de enfermagem. Deve haver iluminação adequada de teto para tarefas
específicas, energia de emergência, instalação de água fria, balcão, lavabo, um
sistema funcional de estocagem de medicamentos, materiais e soluções e um relógio
de parede deve estar presente. Espaço adequado para terminais de computador e
impressoras é essencial quando forem utilizados sistemas informatizados. Deve ser
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previsto espaço adequado para se colocar os gráficos de registros médicos e de
enfermagem. Os formulários de registro médicos e impressos devem estar
armazenados em prateleiras ou armários de modo que possam ser facilmente
acessados pôr todas as pessoas que requeiram o seu uso.
¾ Todas as áreas onde estão localizados leitos de UTI devem dispor de iluminação
natural e relógio posicionado de forma a que possa ser observado pelo paciente.
¾ Sala de utensílios limpos e sujos devem ser separadas e que não estejam
interligadas. Os pisos devem ser cobertos com materiais sem emendas ou junções,
para facilitar a limpeza. A sala de utensílios limpos é utilizada para armazenar
suprimentos limpos e esterilizados, podendo também acondicionar roupas limpas.
Prateleiras e armários para armazenagem devem estar em locais acima do solo,
facilitando a limpeza do piso. A sala de materiais sujos (expurgo), deve ser localizada
fora da área de circulação da unidade. Pode ter uma pia e um tanque, ambos com
torneiras misturadoras de água fria e quente para desinfecção e preparo de materiais.
Deve ser projetada para abrigar roupa suja antes de encaminhar ao destino, dispor de
mecanismos para descartar itens contaminados com substâncias e fluidos corporais.
Recipientes especiais devem ser providenciados para descartar agulhas e outros
objetos perfurocortantes. Para desinfecção dos materiais não descartáveis é
necessário dois recipientes com tampa, um para materiais de borracha e vidro e outro
para materiais de inox, ou uma máquina processadora.
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¾ Copa de pacientes: local destinado ao serviço de nutrição e dietética, sendo
receptora e distribuidora das dietas dos pacientes da unidade. Deve ter pia, geladeira
e lixo específico para desprezar restos de alimentos.
¾ Laboratório: todas as U.T.Is. devem ter serviço de laboratório clínico disponível vinte
e quatro horas pôr dia. Quando o laboratório central do hospital não puder atender as
necessidades da UTI, um laboratório satélite dentro da, ou adjacente à UTI deve ser
capaz de fornecer os testes químicos e hematológicos mínimos, incluindo análises de
gases do sangue arterial.
¾ Sala de Reuniões: área distinta ou separada próxima de cada U.T.I. ou de cada grupo
de U.T.Is., deve ser projetada para observar e armazenar as radiografias, estudar e
discutir os casos dos pacientes. Um negatoscópio ou carrossel de tamanho adequado
deve estar presente para permitir a observação simultânea de uma série de
radiografias.
¾ Área de Descanso dos Funcionários: uma sala de descanso deve ser prevista em
cada U.T.I. ou grupamento de U.T.Is, para prover um local privado, confortável e com
ambiente descontraído. Devem existir sanitários masculinos e femininos dotados de
chuveiro e armários. Uma copa com instalações adequadas para armazenamento e
preparo de alimentos, incluindo uma geladeira, um fogão elétrico e ou forno
microondas. A sala de descanso precisa estar ligada à U.T.I. pôr um sistema de
intercomunicação.
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¾ Conforto Médico: deve ser próximo à área de internação, de fácil acesso, com
instalações sanitárias e chuveiro. A sala deve ser ligada à U.T.I. pôr telefone e ou
sistema de intercomunicação.
¾ Sala de estudos: uma sala de estudos para equipe multidisciplinar da U.T.I. deve ser
planejada para educação continuada, ensino dos funcionários ou aulas
multidisciplinares sobre terapia dos pacientes. Deve estar previsto recursos
audiovisual, equipamentos informatizados interativos para auto aprendizado e
referências médicas, enfermagem e outros.
¾ Recepção da U.T.I.: cada U.T.I. ou agrupamento de U.T.Is. deve ter uma área para
controlar o acesso de visitantes. Sua localização deve ser planejada de modo que os
visitantes se identifiquem antes de entrar. Pôr ser uma unidade de acesso restrito é
desejável que a entrada para os profissionais de saúde, seja separada dos visitantes e
um sistema de intercomunicação com as áreas da U.T.I. efetivo.
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¾ Corredores de suprimento e serviço: para suprir cada U.T.I. deve ser planejado um
corredor com 2,4 metros, portas com abertura no mínimo 0,9 metros, permitindo fácil
acesso. A circulação exclusiva para itens sujos e limpos é medida dispensável. O
transporte de material contaminado pode ser através de quaisquer ambientes e cruzar
com material esterilizado ou paciente, sem risco algum, se acondicionado em carros
fechados, com tampa e técnica adequada. O revestimento do piso deve ser resistente
a trabalho pesado e permitir que equipamentos com rodas se movam sem
dificuldades.
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MODELOS DE PLANTAS FÍSICAS PARA UTI
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Número de Leitos
Uma UTI deve existir com no mínimo cinco leitos, em hospitais com capacidade
para cem ou mais leitos. A instalação com menos de cinco leitos torna-se impraticável e
extremamente onerosa, com rendimento insatisfatório em termos de atendimento.
O ideal considerado do ponto de vista funcional, são oito a doze leitos pôr unidade.
Caso se indique maior número de leitos, esta deve ser dividida em subunidades. Esta
divisão proporciona maior eficiência de atendimento da equipe de trabalho.
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Um programa deve ser estabelecido para a manutenção preventiva de todo o
equipamento, através de uma inspeção regular, de acordo com as especificações do
fabricante.
Para caracterizar a UTI como área confinada, todo o seu equipamento deve ser
próprio e não ser deslocado para outras unidades do hospital. As finalidades do
equipamento só serão atingidas se estiver em condições de utilização imediata.
De acordo com a Portaria nº 466,do Ministério da Saúde, de 04 de junho de 1998
os seguintes critérios devem ser seguidos:
- Para cada paciente internado na UTI, deve existir uma cama Fawler com grades
laterais e rodízios e/ou um berço aquecido ou incubadora, de acordo com a
modalidade de UTI e faixa etária dos pacientes atendidos.
- Toda Unidade de Tratamento Intensivo deve estar provida, no mínimo, dos materiais e
equipamentos especificados da Tabela I, atendendo à quantificação nela prevista.
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12. Urodensímetro
Uma unidade do material/ equipamento
15. Ar comprimido
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- Quando o hospital dispuser de apenas uma UTI, seja Adulto, Pediátrica ou Neonatal, o
Hemogasômetro, o Cilindro de Oxigênio e Ar Comprimido não precisam ser exclusivos
da Unidade, podendo ser disponibilizados de outros setores do hospital, desde que se
mantenham de fácil acesso.
- Todos os equipamentos em uso na UTI devem apresentar-se limpos, desinfetados
e/ou esterilizados, conforme necessidade de uso, em plenas condições de
funcionamento e com todos os alarmes ligados e regulados.
- A rotina de manutenção preventiva dos equipamentos deve obedecer à periodicidade
e procedimentos indicados pelos fabricantes, visando garantir o seu funcionamento
dentro dos padrões estabelecidos.
- As intervenções realizadas nos equipamentos tais como instalação, manutenção,
troca de componentes e calibração devem ser acompanhadas e ou executadas pelo
responsável técnico pela manutenção, documentadas e arquivadas.
- Havendo terceirização do serviço de manutenção dos equipamentos, deve ser
estabelecido um contrato formal, celebrado entre a UTI/hospital e esse serviço, que
assegure além da manutenção, o tempo mínimo de inatividade dos equipamentos.
- Toda UTI deve dispor de medicamentos essenciais para as suas necessidades,
conservados em condições adequadas de segurança, organização, fácil acesso e
controle de prazo de validade, constando, no mínimo, de:
a) anticonvulsivantes;
b) drogas inotrópicas positivas e vasoativas;
c) analgésicos opióides e não opióides;
d) sedativos;
e) bloqueadores neuromusculares.
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1.3. Recursos Humanos
1.4. PROCEDIMENTOS
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O manual de procedimentos deve ser extensivo à Unidade de Tratamento Semi-
Intensivo, quando existente no hospital, assim como ao Serviço de Tratamento Intensivo
Móvel.
Toda UTI deve manter um prontuário para cada paciente, com todas as
informações sobre o tratamento e sua evolução, contendo os resultados dos exames
realizados permanentemente anexados a este. Os prontuários devem estar
adequadamente preenchidos, de forma clara e precisa, atualizados, assinados,
carimbados e datados pelo médico responsável por cada atendimento.
Os prontuários dos pacientes devem estar acessíveis para auditoria, assim como,
para consulta dos pacientes ou responsáveis, desde que asseguradas as condições de
sigilo previstas no Código de Ética Médica, e de Direito, previstos no Código de Defesa do
Consumidor.
Fica assegurado o acesso diário de visitantes e familiares aos pacientes
internados, conforme rotina e horário estabelecidos pelo Responsável Técnico e Chefia
de Enfermagem.
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1.6 Orientações para Visitantes e Acompanhantes
Há mais de uma década e meia, o relacionamento com o paciente sob tratamento
hospitalar vem sendo valorizado, o visitante passou a ser considerado como parte
contribuinte na recuperação do doente. No entanto, sendo o hospital um lugar insalubre,
pelas atividades exercidas e pela clientela, há necessidades de informações claras para a
proteção de ambos, pacientes e visitantes, quanto a possíveis contaminações.
Preconiza – se que tais informações devem ser efetuadas por escrito (em folheto
impresso), em linguajar claro, sendo que sejam ressaltados alguns pontos sobre a visita.
1. Visitantes com qualquer tipo de doença infecciosa, tipo gastroenterites, respiratórias
ou outras, bem como portadores de febre, dermatites, abscessos, não devem visitar
pacientes.
Quando a visita é imprescindível, o visitante deverá fazer uso de avental, máscara e
realizar a anti – sepsia rigorosa das mãos antes e após a visita.
2. Todo visitante deve ser supervisionado na lavagem das mãos prévia e posteriormente
à visita.
3. Para visitas a pacientes imunossuprimidos (transplantados, quimioterapia e outras
drogas) ou imunodeprimidos (doenças que diminuam a resistência orgânica, pós –
operatório de grandes cirurgias), bem como unidades de alto risco como UTIs,
Hematologia, Berçário de Alto Risco, Hemodiálise entre outros, o visitante deverá
obedecer rigorosamente ao protocolo daquelas unidades de internação.
4. Crianças não podem ser visitantes hospitalares a não ser em situações justificáveis.
Esta avaliação deverá ser feita pela enfermeira. Médico, ou psicólogo e a criança ter
acompanhante pessoa responsável e orientada para as informações da rotina.
Cuidados de lavagem das mãos antes e após a visita devem ser observadas
rigorosamente (enfatizada pela idade e pelo fato de colocar a mão na boca).
5. A restrição do número de visitantes por paciente está indicada para evitar a
superlotação dentro das unidades de internamento, o que dificulta a orientação e
supervisão adequadas. O visitante não deve trazer alimentos ao paciente; quando
permitido, deverão ser entregues à enfermagem (acondicionados em embalagens
fechadas), em condições que favoreçam sua conservação e consumo o mais breve
possível.
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6. Rotineiramente, não são permitidas sacolas trazidas pelos visitantes, evitando que
sejam colocadas no chão, sobre a cama, ou mesa de refeições.
7. O visitante não deverá utilizar a cama do paciente ou qualquer outra (sentar, deitar),
evitando dessa maneira, carregar microorganismos tanto para o leito hospitalar quanto
para sua roupa.
8. Em relação à plantas e flores, recomenda – se sua colocação do lado de fora dos
quartos dos pacientes; proibição nas unidades de terapia intensiva, centros cirúrgicos
e outras áreas onde existam pacientes de maior risco e grande concentração de
procedimentos invasivos.
Obs.: a ampliação do horário de visitas, facilitação de comunicação com o meio
exterior, conservação de objetos pessoais (principalmente infantis), fotografias, objetos
religiosos, permitirá que o paciente sinta – se como em um local privativo. No entanto
esta atitude deverá ser avaliada em conjunto interdisciplinar.
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Como um paciente é tratado na UTI geral?
Somente os parentes mais próximos. Pais, filhos, marido e mulher. Por que tão
poucos? Porque um hospital deve manter rigoroso controle de infecção, dessa forma, a
circulação na UTI Geral é limitada. Por que as informações dadas a uma mesma pessoa
não tem sempre a mesma verdade? Diferentes parentes ouvem de maneiras diferentes.
Recomenda-se que crianças (menores de 12 anos) não entrem na UTI enquanto o
parente não estiver lúcido. Deve entrar 2 parentes até a porta da UTI, porém um só entra
na UTI, a não ser que o visitante seja idoso ou menor de idade e necessite de amparo.
Podem entrar religiosos (identificados na Capelania) para confortar e orar pelos pacientes,
se solicitado pelas famílias.
Horário: ex: 9:00 hora (todos os dias). Dois parentes podem aguardar orientação para
entrar. A critério da equipe multidisciplinar ou mesmo por normas hospitalares, poderá ser
permitido outra visita no horário da tarde, ex: 18:00 horas. O tempo de permanência da
visita deverá ser no máximo de 30 minutos, salvo exceções quanto às intercorrências
possíveis de acontecer, onde deverá ser suspensa a visita.
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O que pode ser levado para a UTI Geral?
Objetos pessoais, jóias, dinheiro, etc., não podem permanecer com o paciente na
UTI. Se seu paciente portava alguma coisa de valor, procure se informar durante o dia
com a enfermeira – chefe ou o setor de internação.
Algumas coisas são pessoais como escova de dentes, tipo de pasta dental,
desodorantes, sabonetes e poderão ser levados para o paciente. Mesmo que seu
paciente esteja desacordado (em coma) terá seus dentes escovados, banho,etc.
Deve–se colocar o avental e lavar as mãos ao entrar na UTI Geral. O seu parente
poderá estar com a resistência do organismo prejudicada pela doença e alguns germes
que você leva consigo podem complicar seu estado de saúde. Deve – se lavar as mãos
após visitar seu parente, pois ele pode estar com alguns germes que estão em
tratamento, mas você não. Você poderá segurar a mão do seu parente e conversar com
ele, mesmo que esteja desacordado.
Quando seu parente é internado na UTI Geral, o médico desta unidade lhe dará
informações a respeito da gravidade da doença e de como visitá – lo. Outras informações
diárias serão dadas pessoalmente pelo médico da UTI e pela enfermeira chefe aos
familiares, no horário de visitas. Os médicos ou o Serviço Social poderão entrar em
contato com os parenytes em caso de piora do estado de saúde do paciente.
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1.7 Formulários - Impressos - Manual de Normas, Rotinas e Procedimentos
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no setor; independente de quem irá escrever, é importante que o conteúdo seja analisado
pela pessoa diretamente envolvida na situação.
- Implantação: quando elaborado com a participação de toda a equipe, torna – se
mais fácil, pois as informações nele contidas representam o consenso do grupo que o
colocará em prática. Caso não tenha havido a participação da maioria dos funcionários,
faz – se necessário o preparo do grupo para a sua implantação, esclarecendo
principalmente seus objetivos, conteúdo e resultados. O manual deverá estar acessível
aos usuários, e orientações deverão ser dadas quanto ao manuseio do mesmo.
- Avaliação: o manual deve ser utilizado e, para isto, suas informações devem
sofrer constantes avaliações e reformulações. Um manual desatualizado provavelmente
se tornará desacreditado. A atualização pode ser programada para períodos previstos ou
quando surgirem mudanças, desde que todos os usuários sejam previamente.
Conteúdo do Manual
O conteúdo do manual é determinado pela necessidade de informação existente na
unidade onde será implantado.
O manual de enfermagem poderá conter:
- o regulamento do hospital;
- o regimento do serviço de enfermagem;
- a filosofia do serviço de enfermagem;
- a estrutura administrativa da organização e do serviço de enfermagem;
- a planta física da unidade;
- a descrição das funções que cada elemento da equipe deve realizar;
- a descrição de cuidados de enfermagem de acordo com os diagnósticos ou agravos à
saúde da clientela;
- as normas, rotinas e procedimentos relacionadas ao pessoal, à assistência que deverá
ser prestada, ao material, etc.;
- os roteiros para a realização de atividades de enfermagem;
- a descrição e funcionamento de equipamentos;
- a previsão de materiais de consumo e permanente;
- o quadro de pessoal da unidade;
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Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados a seus respectivos autores
- as orientações específicas para o preparo dos elementos da equipe de enfermagem;
- os impressos utilizados na unidade e orientações para o seu preenchimento;
- as orientações sobre os direitos e deveres dos elementos da equipe de enfermagem;
- outros instrumentos que deverão ser consultados.
Estas informações podem estar contidas em um único manual ou em instrumentos
diferentes, dependendo das características e finalidades.
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Permanente das Patologias Clínicas, 1995) e pela Comissão Conjunta para Acreditação
de Hospitais para a América Latina e o
Caribe e mais recentemente, o Programa Nacional de Humanização da Assistência
Hospitalar - PNHAH - proposto pelo Ministério da Saúde em 2001, são documentos que
determinam o modo e o campo de atuação das instituições e dos profissionais de saúde
rumo à humanização dos seus usuários. Também contamos com o Serviço de Proteção
ao Consumidor (Procon) e o Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec). Um fato
que merece destaque é a existência crescente dos Serviços de Atendimento ao Cliente
(SAC), também no interior das empresas de saúde. No processo de humanização do
cliente pela enfermagem, Santana e Silva (2000) referem: “Decididamente, não há regras,
nem fórmulas que o tornem viável, porque ele depende fundamentalmente da
conscientização da sua importância”. Como alternativas de otimização, sugerem mais
investimentos na formação de recursos humanos e na compreensão do paciente como
ser único e indivisível.
Apesar de a literatura ressaltar a necessidade da humanização dos usuários dos serviços
de saúde, pouco se sabe a respeito da implementação e dos resultados de medidas que
visem minimizar a impessoalidade do cliente. Na enfermagem, embora de forma indireta,
a humanização do paciente foi enfocada no Século XIX por Florence Nightingale (1989).
Em seu livro de título Notas Sobre Enfermagem, em vários momentos, ela sugere
maneiras para o melhor restabelecimento dos pacientes através da adoção de medidas
ambientais proporcionadas pelas enfermeiras. Através dos seus escritos, percebemos
que naquela época, ainda que o foco principal da assistência fosse o ambiente, a
humanização já estava implícita na atuação da enfermagem Hoje, passados mais de um
século, a questão da humanização ainda consiste num desafio para a profissão que
precisa se adequar às demandas tecnológicas, econômicas e sociais todos elas com forte
tendência à desumanização. Sabemos que a revolução industrial e o ambiente
socioeconômico sempre influenciaram no modo de atuação da enfermagem, entretanto
questões relacionadas à ética, ao respeito e ao reconhecimento da individualidade dos
outros, são princípios que devem prevalecer na vida das pessoas e na profissão,
independentemente da origem, da época e do local.
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1.8.1 O Paciente e suas Necessidades Básicas
As influências internas e externas a que está constantemente submetido o paciente
na UTI podem levá – lo a uma condição de estresse, na qual o indivíduo perde a
capacidade natural de adaptação. Este fato constitui uma ameaça à manutenção da sua
homeostase e interfere grandemente nas satisfação das suas necessidades básicas.
As necessidades básicas são aquelas relacionadas com a sobrevivência física,
psíquica e espiritual (necessidades psicobiológicas, psicossociais, e psicoespirituais.
(MASLOW in GOMES,1988)
Muitas dessas necessidades estão afetadas no paciente de UTI. O paciente
gravemente enfermo tem uma grande dependência em relação à satisfação dessas
necessidades e, como todo ser humano que se vê dependente, responde a este fato de
uma forma característica, individual. Ele se torna concentrado em si mesmo, seus
interesses e sua atenção se limitam ao momento presente, sua preocupação primária é o
funcionamento do seu corpo.
As necessidades de segurança física se acentuam, ainda, pelo fato de se sentir
ameaçado por falhas mecânicas e, talvez, por falhas humanas. Em relação à necessidade
de se comunicar, acontece freqüentemente que o paciente de UTI está impossibilitado de
fazê–lo verbalmente ou mesmo através da escrita, por motivos como entubação, afasia ou
efeitos de drogas. O fato de não poder se expressar convenientemente muitas vezes o faz
adotar os mais variados comportamentos, desde a passividada e a indiferença até a
agressividade.
Sua ansiedade cresce quando vê seu corpo exposto, manuseado pela equipe, que,
no afã de atendê-lo pronta e eficazmente, se esquece de lhe dar explicação prévia ou de
atuar com maior cuidado. E atingido em sua auto – estima quando se vê subjugado por
todos que se aproximam do seu leito e que, sem pedirem seu consentimento, executam
suas tarefas, introduzindo – lhes sondas e cateteres, expondo seu corpo sem
considerarem seu pudor.
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1.8.2 O Paciente e a Família Frente ao Ambiente da UTI/ Humanizando as Relações
de Atendimento
O envolvimento da família no processo de recuperação do paciente na UTI vem
ocorrendo cada vez mais; o que era apenas um horário restrito de visita vem se tornando
um espaço da presença da família, com horários flexíveis de visita e/ou presença
permanente de um acompanhante. Cabe à equipe identificar as situações em que o
paciente será beneficiado com isso e propor a permanência do acompanhante.
Por lei, crianças e jovens com até 18 anos têm direito a acompanhante, devendo os
estabelecimentos de atendimento à saúde proporcionar condições para permanência em
tempo integral de um dos pais ou responsáveis. Tais direitos são concedidos também aos
pacientes com mais de 65 anos. Cabe lembrar que a permanência do acompanhante tem
como principal objetivo apoiar emocionalmente o paciente, auxiliando em sua
recuperação.
Mostrar o ambiente da UTI e seus equipamentos, explicando de uma maneira
simplificada seu funcionamento e a sua finalidade, é uma medida que gera segurança na
família, pois esta passa a inteirar – se do ambiente, que deixa de ser frio e desconhecido
para ela.
Os equipamentos que serão ou possam vir a ser utilizados no paciente são outro
aspecto relevante a ser abordado com os familiares. Estar presente à beira do leito no
primeiro contato familiar com o paciente na UTI auxilia no esclarecimento do que é e para
que serve cada aparelho; não se deve esquecer de explicar os alarmes existentes e qual
a sua finalidade, pois muitas vezes este é um fato que causa ansiedade na família, por
não saber do que se trata.
A elaboração de um manual que mostra esses aspectos técnicos torna prática e
objetiva esta abordagem, mas não exclui a presença e a orientação fornecida pelo
profissional. O manual, se elaborado deve ser composto numa linguagem simples e
objetiva, com ilustrações que facilitem a identificação dos aparelhos; deve abordar os
aparelhos que provavelmente serão utilizados, a importância de lavar as mãos antes e
após a visita no contato com o paciente, os profissionais que atuam na UTI e como ocorre
o sistema de informações.
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Enfim, o enfermeiro deve estar apto a receber o paciente e sua família,
promovendo um vínculo efetivo que vise uma assistência individualizada e de qualidade,
minimizando a dor e o sofrimento de todos durante sua permanência na UTI. Promover
uma interação efetiva com a família do paciente na UTI é um passo fundamental na
recuperação da saúde deste; passo difícil de ser estabelecido na íntegra, pois envolve
treino, consciência e vontade.
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