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Época de Copa, todo um frenesi de Copa, Copa. Copa.

Tudo que eu leio, vejo, piso,


engulo tem futebol. Um SACO! Alguns me rechaçariam agora, dizendo que não sou
brasileira, que sou preconceituosa, MULHER, bla, bla, bla. MAS, digo: prefiro
seeempre o futebol do meu INTERnacional, por mais capenga que ele esteja…

Por quê? Aah, porque o futebol da “seleção”, realmente, é bem selecionado:


seletos jogadores que atuam na Europa, ou no centro do país… Ou seja, a
concentração de dinheiro e poder nas mãos de poucos (característica brasileira)...
Desculpe, mas não me sinto parte desta nação
#futebolísticaconcentradanocentrodopaís.

AH! NÃO, quer dizer, SIM, tenho simpatia pelos ideais separatistas, porém tenho
consciência suficiente para não levantá-los como uma bandeira, disseminando ódio,
discórdia, preconceito, no que diz respeito às diferenças culturais dos gaúchos em
relação aos outros estados brasileiros. Seria possível em outra época, talvez… Por
isso e por tantas outras coisas que o que me emociona mesmo é o futebol dos
clubes. Proximidade entende?

Acredito que eu não esteja sozinha. Me considero muito mais irmã de um uruguaio,
de um argentino do que de um baiano, por exemplo. Temos mais afinidades,
história semelhante, costumes barbaramente peculiares. É o TchÊ, a gaita ponto,
os trajes, enfim, PORR*, eles estão aqui do nosso ladinho! Bairrista? Talvez…

***

Então. Voltaaando ao futebol, que embasa este post. Ou melhor, cerveja e futebol!
Cerveja + futebol = tudo a ver né? Taaanto que o consumo delas é PROIBIDO nos
estádios… (Eu sou contra!) OK, quem AINDA não viu o comercial da Skol das latinhas
falantes? Cheguei ao ponto G.

Reflexão 1:

Propaganda “Copeira” brasileira

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Propaganda “Copeira” argentina

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Qual realmente estimula o patriotismo??? Além de incentivar uma rivalidade


VENDIDA através do esporte, a Skol se mostra como uma marca
PRECONCEITUOSA, cujas latas falantes, rotulam os argentinos de MARICÓN. Só
uma pergunta: a publicidade não tem VERGONHA de, em tempos de luta contra o
preconceito, qualificar um rival no FUTEBOL por sua preferência sexual em um
veículo de massa como a TV, que atinge um público de todas as idades, sexo, cor e
gênero?

Reflexão 2:

Cito o “principal princípio” do Código Brasileiro de Autorregulamentação Publicitária:

Capítulo II – Princípios gerias (Respeitabilidade): Artigo 20 - Nenhum anúncio deve


favorecer ou estimular qualquer espécie de ofensa ou discriminação racial,
social, política, religiosa ou de nacionalidade.

É, lá (na Argentina) certamente a mídia também “adotou” esse posicionamento…


Se eles são “maricón”, nós somos “p*” e “macaquitos”. Estou enganada ou isso é
uma involução? E o pior: onde está a ética? (No rolo do banheiro) Cobrar de QUEM? Da
Skol? De quem criou a propaganda? Do Conar??? Aaah, depois falam de bullyng,
preconceito racial e de gênero, falta de cultura, todas essas coisas “FEIAS”...
Depois as pessoas se perguntam como existe um ser humano que espanca uma
empregada doméstica, que pinta o mendigo, que mata um homossexual...

Reflexão 3:

Comentários postados no Axpone

"pnc do argentino (;"

"Queria reclamar de propaganda enganosa da Skol. Sou argentino e bebi uma skol
pára aprender a sambar, mas o que aconteceu é que começou a crescer cabelo em
mim, vivo querendo dormir em arvore, não paro de comer banana e chamo minha
esposa de Chita. Vamos Argentinaaaaaa!!!!!!!!!"

E por último e NADA menos importante, uma visão mais política-social do que a
minha sobre o mesmo assunto, postada no blog Histeria Política. A autora é a
Ingrid Wink, que me inspirou a letrar minha indignação. Não estou só Fifi! Teu
texto tá digno pra c*!

Reflexão 4:

E DEPOIS DIZEM QUE SÃO OS GAÚCHOS OS HOMOFÓBICOS…

Reflexão 5:

Tem alguma cerveja sem preconceito HEINHÔ garçom???

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