Rudolf Bultmann desenvolve um método de exegese bíblico que constitui o que se conhece como crítica da forma, ou seja, questiona a autenticidade dos escritos bíblicos à medida que as circunstâncias em que eles foram elaborados colaboram para enviesar o conteúdo. Assim sendo, há um Evangelho dentro dos Evangelhos. E o crítico da forma deve buscar um meio de interpretar a estrutura profunda do texto, não o que é apresentado como verdade absoluta. Nesse sentido, a Bíblia não é estudada pela Bíblia, mas deverá valer-se de ferramentas metodológicas com o escopo de propiciar uma hermenêutica mais adequada à verdade bíblica.
Rudolf Bultmann desenvolve um método de exegese bíblico que constitui o que se conhece como crítica da forma, ou seja, questiona a autenticidade dos escritos bíblicos à medida que as circunstâncias em que eles foram elaborados colaboram para enviesar o conteúdo. Assim sendo, há um Evangelho dentro dos Evangelhos. E o crítico da forma deve buscar um meio de interpretar a estrutura profunda do texto, não o que é apresentado como verdade absoluta. Nesse sentido, a Bíblia não é estudada pela Bíblia, mas deverá valer-se de ferramentas metodológicas com o escopo de propiciar uma hermenêutica mais adequada à verdade bíblica.
Rudolf Bultmann desenvolve um método de exegese bíblico que constitui o que se conhece como crítica da forma, ou seja, questiona a autenticidade dos escritos bíblicos à medida que as circunstâncias em que eles foram elaborados colaboram para enviesar o conteúdo. Assim sendo, há um Evangelho dentro dos Evangelhos. E o crítico da forma deve buscar um meio de interpretar a estrutura profunda do texto, não o que é apresentado como verdade absoluta. Nesse sentido, a Bíblia não é estudada pela Bíblia, mas deverá valer-se de ferramentas metodológicas com o escopo de propiciar uma hermenêutica mais adequada à verdade bíblica.
Crtica da Forma: O mtodo investigativo de Rudolf Bultmann
O mtodo investigativo da crtica formal.
O labor do crtico formal mostrar que a mensagem de Jesus, tal como temos nos sinticos, em grande parte espria, tendo sofrido acrscimos por parte da comunidade crist primitiva. Com respeito confiabilidade da Bblia, Bultmann vai mais alm, e afirma que a Bblia no a Palavra inspirada de Deus em nenhum sentido objetivo. Para ele, a Bblia o produto de antigas influncias histricas e religiosas, e deve ser avaliada como qualquer outra obra literria religiosa antiga. premissa fundamental da crtica formal que os evangelhos so o produto do labor da igreja primitiva. Os autores dos evangelhos procuraram unir vrias tradies orais independentes e contraditrias que existiam na igreja antes que fosse escrito o Novo Testamento. Essas tradies orais tambm no so dignas de confiana, consistindo basicamente de ditos e relatos individuais referentes a Jesus e aos seus discpulos. A igreja ajuntou essas tradies e usou em forma de narrativa, inventando lugares, tempos e enlaces para unir as tradies independentes. O propsito da crtica formal encontrar o Evangelho por detrs dos Evangelhos. Segundo os seus proponentes, os quatro Evangelhos que dispomos servem apenas como matria prima na nossa busca pelo verdadeiro Evangelho, que teria sido anterior aos quatro Evangelhos cannicos e diferente dos mesmos, partindo da premissa de que a igreja primitiva compilou, editou e organizou os livros cannicos de forma artificial, de acordo com seus prprios propsitos apologticos e evangelsticos. Para dar aos Evangelhos um detalhe harmnico, teriam sido acrescentados detalhes quanto seqncia, cronologia, lugares, etc. Segundo a crtica formal, tais detalhes no so confiveis. A Bblia, tal como a temos hoje seria apenas uma compilao de lendas e ensinos isolados que foram ardilosamente inseridos como sendo parte da histria original. Para Bultmann, o que temos nos Evangelhos cannicos so apenas resduos do Jesus histrico. No h dvida que Jesus viveu e realizou muitas das obras
que lhe so atribudas, mas ele se mostra extremamente ctico, principalmente
quanto possibilidade do sobrenatural e do chamado Jesus histrico. crtica formal nos lembra que o evangelho se conservou oralmente durante pelo menos uma gerao, antes de adquirir a forma escrita do Novo Testamento. Ela tambm nos recorda que os Evangelhos no so relatos neutros ou imparciais, sendo antes disso um testemunho da f dos crentes. Assim como a teologia dialtica de Barth, o mtodo crtico de Rudolf Bultmann demasiadamente injusto com a natureza do Novo Testamento. H vrias objees que se pode fazer ao criticismo de Bultmann, dentre as quais destacaremos cinco, por consider-las principais. O mtodo crtico de Bultmann separa o cristianismo de Cristo. A grande premissa deste mtodo de estudo que a comunidade crist, e no Cristo, exerceu o papel mais importante na produo dos Evangelhos. A crtica formal parece esquecer que o lapso de tempo entre os fatos histricos e os documentos escritos mnimo. Quando Bultmann e outros crticos da Bblia dizem que a narrativa evanglica est repleta de fbulas que se acumularam durante o perodo entre a tradio oral e a palavra escrita, eles esquecem que o intervalo entre os fatos acontecidos e o registro desses fatos muito pequeno. O primeiro relato documental foi feito por Marcos e as evidncias demonstram que ele foi escrito cerca de vinte e cinco anos aps os eventos por ele narrados. O problema em dizer que o NT est repleto de material lendrio que vinte e cinco anos muito pouco tempo para se formar uma lenda. Quando as primeiras verses evanglicas comearam a circular, muitas das testemunhas oculares estavam vivas e poderiam facilmente desmascarar os escritores, caso estes fossem impostores e estivessem inserindo mitos na narrativa. De tudo isso, segue-se irrefragavelmente que a crtica da Bblia tal como aparece em Rudolf Bultmann, uma analise preconceituosa do relato evanglico, est demasiadamente comprometida com os pressupostos do liberalismo para que possa ser considerada uma analise imparcial dos fatos, como os crticos desejam que seja.