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"Não sou futurista (de Marinetti). Disse e repito-o Tenho pontos de contatos com o
Futurismo. Oswald de Andrade chamou-me de futurista, errou. A culpa é minha.
Sabia da existência do artigo e deixei que saísse."
Essa atitude de Mário é muito fácil de ser explicada: Nessa época Marinetti, líder do
movimento Futurista, aderiu ao Fascismo e essa idéia era repudiada pelos escritores
brasileiros.
Entre agosto e setembro, Mário de Andrade publica no "Jornal do Comércio" a série
"Mestres do Passado", na qual analisa a poesia de autores consagrados do
Parnasianismo. Em um desses artigos Mário diz:
Em 1925, com o livro de ensaios "A Escrava Que Não é Isaura" afirma-se no cenário
literário como um dos grandes teóricos do modernismo. Três anos depois, em
Macunaíma, misto de romance, epopéia, mitologia, folclore e história, traça um perfil
do brasileiro, com seus defeitos e virtudes, criando a saga do "herói sem caráter".
Por volta de 1934, Mário torna-se chefe do Departamento de Cultura de São Paulo.
Quatro anos depois, por motivos políticos, afasta-se do cargo e muda-se para o Rio de
Janeiro, onde exerce o cargo de professor da Universidade do Distrito Federal. Lá fica
pouco tempo, a forte ligação com São Paulo o fez regressar. A Segunda Guerra Mundial
parece ter afetado profundamente o poeta, que falece na tarde de 25 de fevereiro de
1945.
Em seu livro de estréia "Há uma gota de sangue em cada poema", feito sob o
impacto da Primeira Guerra, Mário apresenta poucas novidades estilísticas. Mas isso já
foi o suficiente para incomodar a crítica acadêmica. Sua poesia modernista só vem a
tona no livro "Paulicéia Desvairada", inspirada na análise da cidade de São Paulo e
seu provincianismo. Nessa obra o autor rompe definitivamente com todas as estruturas
do passado.
Sabendo que o amuleto está nas mãos de um mascate peruano que morava em São
Paulo e que na verdade é Piaimã, o gigante antropófago, Macunaíma, acompanhado dos
irmãos (Jiguê e Maanape), rumam ao seu encontro. Após inúmeras aventuras em sua
caminhada, o herói recupera o amuleto, matando Piaimã. Em seguida, Macunaíma volta
para o Amazonas e, após uma série de aventuras finais, sobe aos céus, transformando-se
na constelação da Ursa Maior.
(1) rapsódia:
1. Cada um dos livros de Homero
2. P. ext. Trecho de uma composição poética.
3. Entre os gregos, fragmentos de poemas épicos cantados pelo rapsodo.
4. Mús. Fantasia instrumental que utiliza temas e processos de composição improvisada tirados de cantos tradicionais ou populares: Fonte:
Dicionário Aurélio
Poesia:
Prosa:
• Primeiro Andar (1926);
• Amar, Verbo Intransitivo: idílio (1927);
• Macunaíma, o herói sem nenhum caráter (1928);
• Belazarte (1934);
• Os Filhos da Candinha (1943);
• Contos Novos (1947).
Ensaios: