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CURSO ON‐LINE – RACIOCÍNIO LÓGICO PARA DESESPERADOS


PROFESSORES: GUILHERME NEVES E VÍTOR MENEZES

AULA 19 – Teste de hipóteses

I. TESTE DE HIPÓTESES. ..............................................................................................................................2

II. TESTE SOBRE A MÉDIA . ..........................................................................................................................5

III. P‐VALOR .. 38

IV. TESTE DE HIPÓTESES PARA PROPORÇÕES . . 54

1. Teste para proporções usando a distribuição binomial. . 54

2. Teste para proporções usando a distribuição normal . . 59

V. DISTRIBUIÇÃO DE QUI‐QUADRADO . . 66

1. Distribuição de qui‐quadrado e variância. . 68

2. Teste de qui‐quadrado para proporções . . 79

3. Teste de qui‐quadrado para várias proporções . . 81

VI. COMENTÁRIOS FINAIS SOBRE TESTE DE HIPÓTESES . . 108

VII. LISTA DAS QUESTÕES DE CONCURSO . . 108

VIII. GABARITO DAS QUESTÕES DE CONCURSO . . 131

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Caros alunos
Lá na aula demonstrativa, quando colocamos o cronograma de aulas que iríamos seguir,
acabei me esquecendo de incluir o importante tópico de “teste de hipóteses”. Por conta desta
falha, teremos que alterar um pouco nossa programação.
Veremos hoje o teste de hipóteses, na aula 20 veremos correlação e análise de variância e
precisaremos acrescentar a aula 21, em que falaremos sobre regressão linear e análise de
regressão.
Resumindo: precisaremos de uma aula extra para terminar o curso. A última aula será a de
número 21.

I. TESTE DE HIPÓTESES
Maria tem duas moedas. Cada uma delas tem uma face cara e outra face coroa.
Uma das moedas é normal. As duas faces têm a mesma probabilidade de sair. Vamos chamá-
la de moeda honesta.
A outra é uma moeda viciada. Nesta, a probabilidade de sair coroa é de 2/3. Vamos chamá-la
de moeda viciada.
Maria escolhe uma das moedas. José, que tem conhecimento das probabilidades acima
mencionadas, tem que adivinhar qual delas foi escolhida. Para tanto, Maria lança três vezes a
moeda escolhida. Ao final de cada lançamento, comunica a José o resultado.
José estabelece o seguinte critério de decisão. Se os três lançamentos resultarem em coroa, ele
vai arriscar que se trata da moeda viciada. Caso contrário, vai arriscar que se trata da moeda
honesta.
O que José está fazendo é um teste de hipóteses.
Num teste de hipóteses fazemos alguma consideração sobre um dado valor. No exemplo
acima, José precisa decidir qual das duas moedas foi escolhida. No fundo, quer saber se, para
a moeda escolhida, a probabilidade de sair coroa é de 2/3 ou 1/2. Qualquer que seja a sua
conclusão, ela estará sujeita a erro.
Vamos começar a nos acostumar com os termos utilizados no teste de hipótese.
José quer testar a hipótese de, para a moeda escolhida por Maria, a probabilidade de sair coroa
ser 1/2. Esta hipótese é chamada de H0 (lê-se agá zero). É também chamada de hipótese nula.
Vamos escrever a hipótese H0:
H0: P(coroa) = 1/2. (hipótese nula)
Caso a probabilidade de sair coroa não seja de 1/2, então a referida probabilidade será de 2/3.
Esta outra hipótese é a hipótese alternativa. É chamada de HA.
HA: P(coroa) = 2/3. (hipótese alternativa)
Algumas bancas costumam utilizar H1 em vez de HA.
Muito bem, agora José define um critério de decisão. Seu critério é baseado no número de
coroas que vão sair em três lançamentos. Se saírem duas, uma ou zero coroas, José vai
assumir que se trata da moeda honesta. Se saírem três coroas, José vai assumir que se trata da
moeda viciada.

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Escolher o critério de decisão é a parte mais difícil de um teste de hipóteses. Os cálculos são
um pouco mais complexos. E muitas vezes estão presentes alguns fatores difíceis de
quantificar.
Dada a dificuldade envolvida na escolha do critério de decisão, as questões de concursos não
cobram seu cálculo. A questão sempre informa o critério a ser adotado. Ou então ela fornece
todo o resultado do teste, de tal modo que seja fácil encontrar o critério de decisão escolhido.

Ok, definidas as hipóteses que serão testadas (escolher entre H0 e HA), definido o critério de
decisão, agora é só fazer a experiência e ver qual hipótese será escolhida.
Muito bem. Vamos supor que Maria lança a moeda três vezes e nas três vezes o resultado é
coroa.
Neste caso, José rejeita a hipótese H0 e assume como verdadeira a hipótese HA.
Veja que a conclusão de José está sujeita a erro. Isto porque é possível que, mesmo que a
moeda seja honesta, tenhamos três resultados coroa.
Vamos supor que José tenha errado. Neste caso, em que José rejeita a hipótese H0, dado que
ela é verdadeira, a probabilidade de ele cometer um erro é:
3
⎛1⎞
P (erro) = ⎜ ⎟ = 12,5%
⎝2⎠
12,5% é a probabilidade de, lançando uma moeda honesta três vezes, saírem três coroas.
Ou seja, caso a moeda lançada seja a moeda honesta, há uma probabilidade de 12,5% de José
errar. Este erro é chamado de erro do tipo I.
Erro tipo I: rejeitar H0 dado que ela é verdadeira.
3
⎛1⎞
P (erro _ tipo _ I ) = ⎜ ⎟ = 12,5%
⎝2⎠
A probabilidade acima é também chamada de nível de significância do teste. O símbolo
geralmente utilizado é α .
α 12,5%
Nível de significância: probabilidade de cometer o erro do tipo I. Símbolo usual: α

Ok, agora vamos alterar o exemplo. Agora, em vez de terem saído três coroas, na verdade
saíram duas coroas e uma cara. Neste caso, utilizando seu critério de decisão, José aceita H0
como verdadeira e rejeita HA.
Neste segundo exemplo, José também está sujeito a erro. Isto porque é possível que, lançando
a moeda viciada três vezes, tenhamos pelo menos um resultado cara.
Este segundo tipo de erro consiste em aceitar H0 dado que ela é falsa. É chamado de erro do
tipo II.
Erro tipo II: aceitar H0 dado que ela é falsa.
A probabilidade de ocorrer o erro do tipo II é designada pelo símbolo β . Vamos calcular esta
probabilidade.

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A probabilidade de, em três lançamentos da moeda viciada, obtermos uma, duas ou três caras
é:
3 2 2
⎛1⎞ ⎛1⎞ 2 1 ⎛2⎞
P (erro _ tipo _ II ) = ⎜ ⎟ + 3 × ⎜ ⎟ × + 3 × × ⎜ ⎟ = 0,7037
⎝3⎠ ⎝ 3⎠ 3 3 ⎝3⎠
β 70,37%
A probabilidade de aceitar H0, dado que ela é falsa, é de 70,37%.
O valor 1 − β é chamado de poder do teste.
1 − β = 29,63% (poder do teste).
O poder do teste é a probabilidade de H0 ser rejeitada dado que ela é falsa.
Note como o poder do teste foi baixo. Isto porque José privilegiou a hipótese H0. Ele só a
rejeita num caso muito extremo, em que os três resultados forem coroa. Por isto o valor de α
foi pequeno, garantindo uma baixa probabilidade de cometer o erro do tipo I. Contudo, em
geral, quanto menor o valor de α , maior o valor de β (maior a probabilidade de se cometer o
erro do tipo II). Daí a dificuldade de escolher um bom critério de decisão. É comum que, ao
reduzirmos um tipo de erro, o outro aumenta.
Teste de hipóteses é apenas isto. Queremos testar se uma dada hipótese H0 é verdadeira. O
exercício vai nos dizer o critério de decisão. Vai nos fornecer um experimento. Com base no
experimento, verificamos se o resultado foi extremo ao ponto de nos fazer rejeitar H0. Se for
extremo, rejeitamos tal hipótese. Caso contrário, aceitamos.
No exemplo que nós demos as hipóteses eram:
H0: P(coroa) = 1/2
HA: P(coroa) = 2/3.
Neste exemplo acima, as duas hipóteses atribuíam à probabilidade em estudo um valor único.
A hipótese nula atribuía o valor 1/2. A hipótese alternativa atribuía o valor 2/3.
Este tipo de teste não é muito usual em concursos. As hipóteses alternativas que vão aparecer
nos exercícios, geralmente, têm outra forma. Nos testes realmente cobrados em concursos, a
hipótese alternativa seria assim:
HA: P(coroa) ≠ 1/2.
Outra opção:
HA: P(coroa) < 1/2.
Ou ainda:
HA: P(coroa) > 1/2.

No primeiro caso (em que temos o sinal de diferença ≠) o teste é dito bilateral. Nos outros
dois casos (com os sinais de ‘>’ e ‘<’) o teste é dito unilateral. Vamos estudá-los com mais
calma adiante.

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Teste de hipóteses.
Erro tipo I: rejeitar H0 dado que ela é verdadeira. Probabilidade deste tipo de erro: α
(nível de significância)

Erro tipo II: aceitar H0 dado que ela é falsa. Probabilidade deste tipo de erro: β
Poder do teste: probabilidade de rejeitar H0 dado que H0 é falsa. (= 1 − β )

II. TESTE SOBRE A MÉDIA


Para entendermos como fazer o teste de hipóteses sobre a média, vejamos alguns exemplos.
Nos primeiros exemplos, eu vou dar todas as contas prontas. O objetivo é que vocês não
precisem quebrar a cabeça fazendo as contas. Não quero que se preocupem com isso, não por
enquanto. A proposta é que apenas entendam a idéia geral do teste.
Depois, nos exemplos posteriores, aí sim entraremos mais a fundo nas contas envolvidas,
certo?

1º tipo de exemplo: entendendo os tipos de teste: bilateral e unilateral

EP 1 Estamos analisando o preço pelo qual a Administração Pública compra um certo


produto. Sabemos que, em licitações honestas (livres de fraudes), para uma certa região do
país, o preço médio é de R$ 220,00.
Foram feitos levantamentos de auditoria recentes em alguns órgãos em que há suspeita de
fraudes em licitações. As duas fraudes em análise são as seguintes:
· Há prévio acerto entre as licitantes, de forma que o preço contratado é consideravelmente
maior que R$ 220,00;
· Há acerto prévio entre a licitante vencedora e o órgão, de tal forma que o preço contratado
é muito inferior a R$ 220,00. Nestes casos, o grande problema se dará na execução do
contrato tendo em vista que, sendo o preço inexeqüível, o contrato não será regularmente
cumprido.
Num caso concreto, nos deparamos com 30 compras de um determinado órgão público. A
média para esta amostra foi de R$ 230,00.
Queremos testar a hipótese de as licitações terem sido honestas contra a hipótese alternativa
de as licitações terem sido fraudadas. Escreva as hipóteses a serem testadas.

Resolução.
É natural esperar que, se em um dado órgão ocorrem fraudes a licitações, elas são
sistemáticas. Assim, vamos testar a hipótese de as licitações terem sido honestas contra a
hipótese alternativa de as licitações terem sido fraudadas.
No fundo queremos testar a hipótese de a média da população da qual foi retirada esta
amostra ser igual a R$ 220,00.
H0: μ 220
HA: μ 220
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Este primeiro tipo de teste da média é chamado de teste bilateral. Ele é caracterizado pela
hipótese alternativa ser do tipo μ k (a média é diferente de alguma coisa).
Por que a palavra bilateral? Porque há duas formas de rejeitarmos a hipótese H0. Se a média
da amostra for consideravelmente maior que R$ 220,00, rejeitamos a hipótese por ser mais
provável que tenha havido conluio entre as empresas e o preço esteja superfaturado.
De outra maneira, se o valor obtido for consideravelmente menor que R$ 220,00, também
rejeitamos a hipótese H0. Desta vez seria mais provável estarmos diante do segundo tipo de
irregularidade: há conluio entre a licitante e o órgão contratante.
Ou seja, analisamos os valores nos dois sentidos. Tanto os que são muito menores que 220
quanto os que são muito maiores que 220. Por isto o teste é chamado de bilateral. Tanto em
um caso quanto em outro, concluímos que a amostra não foi retirada da população das
licitações honestas.
A finalidade do teste de hipóteses é apenas isto. Neste caso, queremos avaliar se 230 é
consideravelmente diferente de 220 ou não. Até poderíamos fazer isto de forma intuitiva. Há
casos em que a diferença é tanta que nem precisaríamos de teste algum. Se a média da
amostra fosse de 500 (mais que o dobro de 220), certamente estaríamos diante de fraudes.
Já no caso do exercício, queremos avaliar se 230 é consideravelmente diferente de 220.
Intuitivamente, algumas pessoas podem dizer que não é. Essas pessoas tenderiam a aceitar a
hipótese de que essas licitações são honestas (hipótese nula). Outras pessoas tenderiam a
achar que a diferença é considerável, sendo levadas a rejeitar a hipótese nula.
O teste de hipóteses nos fornece uma forma sistemática de testar se os valores envolvidos são
consideravelmente diferentes ou não.
Bem, encerrando este exercício, a resposta fica:
H0: μ 220
HA: μ 220

Teste de hipóteses para a média – bilateral.


→ Hipótese alternativa: a média é diferente de alguma coisa
HA: μ k

EP 2 Estamos analisando o preço pelo qual a Administração Pública compra um certo


produto. Sabemos que, em licitações honestas (livres de fraudes), para uma certa região do
país, o preço médio é de R$ 220,00.
Foram feitos levantamentos de auditoria recentes em alguns órgãos em que há suspeita de
fraudes em licitações. Há um único tipo de fraude em análise, que consiste em acerto entre
as licitantes, de forma que o preço contratado é consideravelmente maior que R$ 220,00.
Num caso concreto, nos deparamos com 30 compras de um determinado órgão público. A
média para esta amostra foi de R$ 230,00.
Queremos testar a hipótese de as licitações terem sido honestas contra a hipótese alternativa
de as licitações terem sido fraudadas.
Escreva as hipóteses a serem testadas.

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Resolução.
Agora, o único tipo de fraude ocorre quando a média dos preços contratados é
significativamente maior que 220,00.
Ou seja, valores significativamente menores que 220,00 não nos fazem mais rejeitar a
hipótese nula, a exemplo do que ocorria no exercício anterior. O teste é unilateral, pois só
analisarmos a reta real em um sentido: só valores significativamente maiores que 220,00 nos
fazem rejeitar H0.
A resposta fica:
H0: μ 220
HA: μ > 220

EP 3 Estamos analisando o preço pelo qual a Administração Pública compra um certo


produto. Sabemos que, em licitações honestas (livres de fraudes), para uma certa região do
país, o preço médio é de R$ 220,00.
Foram feitos levantamentos de auditoria recentes em alguns órgãos em que há suspeita de
fraudes em licitações. Há um único tipo de fraude em análise, que consiste acerto prévio entre
a licitante vencedora e o órgão, de tal forma que o preço contratado é muito inferior a R$
220,00. Nestes casos, o grande problema se dará na execução do contrato tendo em vista que,
sendo o preço inexeqüível, o contrato não será regularmente cumprido.
Num caso concreto, nos deparamos com 30 compras de um determinado órgão público. A
média para esta amostra foi de R$ 230,00.
Queremos testar a hipótese de as licitações terem sido honestas contra a hipótese alternativa
de as licitações terem sido fraudadas.
Escreva as hipóteses a serem testadas.

Resolução.
Agora, apenas valores significativamente menores que 220,00 nos fazem rejeitar a hipótese
nula. Ficamos com:
H0: μ 220
HA: μ 220
Nos dois últimos exemplos, tivemos testes unilaterais, pois havia uma única forma de
rejeitarmos a hipótese nula.

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Teste de hipóteses para a média – unilateral.


Há dois tipos de teste unilateral.
1º tipo - Hipótese alternativa: a média é maior que alguma coisa

HA: μ>k
2º tipo - Hipótese alternativa: a média é menor que alguma coisa
HA: μ k

2º tipo de exemplo: entendendo a idéia do teste de hipótese


(por enquanto, não se preocupe em fazer contas!!!)

EP 4 Estamos analisando o preço pelo qual a Administração Pública compra um certo


produto. Sabemos que, em licitações honestas (livres de fraudes), para uma certa região do
país, o preço médio é de R$ 220,00.
Sabemos também que a variância da variável preço, nas licitações honestas, é de 120 R$2.
Foram feitos levantamentos de auditoria recentes em alguns órgãos em que há suspeita de
fraudes em licitações. As duas fraudes em análise são as seguintes:
· Há prévio acerto entre as licitantes, de forma que o preço contratado é consideravelmente
maior que R$ 220,00;
· Há acerto prévio entre a licitante vencedora e o órgão, de tal forma que o preço contratado
é muito inferior a R$ 220,00. Nestes casos, o grande problema se dará na execução do
contrato tendo em vista que, sendo o preço inexeqüível, o contrato não será regularmente
cumprido.
Num caso concreto, nos deparamos com 30 compras de um determinado órgão público. A
média para esta amostra foi de R$ 230,00. Teste a hipótese de as licitações terem sido
honestas contra a hipótese alternativa de as licitações terem sido fraudadas. Considere um
nível de significância de 5%.

Resolução.
Já vimos que este é um teste bilateral:
H0: μ 220
HA: μ 220
Se a média da amostra for significativamente diferente de 220, rejeitaremos a hipótese nula.
Consideraremos que a média da população da qual foi extraída a amostra não tem média 220.
Caso contrário, aceitamos a hipótese nula. Assumiremos que a média da população é sim
igual a 220.
Ou seja, nosso teste se resume a determinar se 230 é significativamente diferente de 220 ou
não.
Mas, em termos objetivos: a partir de qual valor já podemos considerar que estamos
significativamente afastados de 220?

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Esta pergunta é respondida pelos valores críticos.

Para fazer um teste de hipóteses, a gente sempre dá um crédito para a hipótese nula. Sempre
partimos do pressuposto de que ela é verdadeira. Ou seja, iniciamos supondo que a média da
população é realmente 220,00.
Feito isso, já temos condições de estudar a média amostral ( X ).
Vimos na aula passada que X é uma variável aleatória. Sua esperança coincide com a média
da população. Sua variância é igual à variância da população dividida por n (onde n é o
tamanho da amostra).
Conhecendo o comportamento de X , podemos determinar os valores críticos. São valores
que delimitam os casos raros.
O nível de significância está intimamente relacionado com os casos raros.
Se o nível de significância é de 5%, então os casos raros são aqueles que só ocorrem em 5%
das vezes.

Por enquanto, não vamos fazer contas ainda. Certo? Vou dar todas as contas prontas.
Supondo que a média populacional seja 220,00, podemos concluir que X tem o seguinte
comportamento:
- em 95% das vezes, X assume valores entre 216,08 e 223,92
- em 5% das vezes, X assume valores fora deste intervalo.

Estes são os valores críticos. São os valores que separam os casos usuais (que ocorrem em
95% das vezes) dos casos raros (que ocorrem em 5% das vezes).
Observem que os casos raros foram delimitados de forma que a probabilidade de ocorrência
seja igual ao nível de significância (5%).

No nosso exemplo, a média amostral foi de 230,00.


É possível que a população tenha média 220,00 e, ainda sim, seja extraída uma amostra com
média 230,00?
Sim, é possível. Mas é um caso raro. Na grande maioria das vezes, a média amostral estará
entre 216,08 e 223,92.
Nós não aceitamos casos raros. Neste caso, concluímos que a amostra não foi retirada de uma
população com média 220,00. Por isso, rejeitamos a hipótese nula.
O valor da média amostral obtido para o experimento realizado (=230,00) é chamado de
estatística teste.

Resposta: deve-se rejeitar a hipótese nula.

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Teste de hipóteses para a média.


- Calculamos os valores críticos (que separam os casos raros daqueles que ocorrem
→ frequentemente)
- Analisamos se a estatística teste é um caso raro ou não. Se for raro, rejeitamos a
hipótese nula.

Agora sim, vamos às contas!!!

Vamos refazer o mesmo exercício. Mas vamos nos concentrar em como calcular os valores
críticos.
Como as provas geralmente fornecem a tabela para a distribuição normal reduzida (com
média zero e variância 1), então é comum que todo teste de hipóteses seja feito com base na
variável Z, que estudamos nas aulas anteriores.
Vamos colocar o passo a passo do teste, para já começarmos a gravar.

Primeiro passo: determinar o valor crítico de Z.


Valor crítico é o valor extremo até onde aceitamos a hipótese H0. No exemplo das moedas de
Maria, o valor crítico era dois. Até o limite de dois resultados “coroa”, aceitaríamos a hipótese
H0. Após este limite, rejeitávamos H0.
Quando o teste for sobre médias, vamos fazer o seguinte. Vimos na aula passada que a média
amostral ( X ) pode ser vista como uma variável aleatória de média μ e desvio padrão σ X .
Relembrando a nossa simbologia:
· X é uma variável aleatória que representa os diversos valores de média amostral que
podem ser obtidos, caso fizéssemos inúmeras amostras.
· μ é a média da população.
· σ é o desvio padrão da população.
· n é o tamanho das amostras.
σ
· σ X é o desvio padrão de X . Ele pode ser calculado assim: σ X = .
n
Vimos também que X é uma variável normal (caso a população tenha distribuição normal)
ou aproximadamente normal (caso a população não seja normal, mas as amostras sejam
suficientemente grandes).
Assim, para X nós podemos utilizar a tabela de áreas da variável normal. Só que para utilizar
esta tabela, nós precisamos trabalhar com a variável normal reduzida. Para obter a variável
reduzida Z, nós estudamos a seguinte transformação:
X −μ
Z=
σX
Z tem média zero e desvio padrão unitário.

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Vamos, a partir da tabela de áreas para a variável normal reduzida, obter o intervalo centrado
na média que contém 95% dos valores de Z.
Por que 95%?
Porque estamos delimitando os casos freqüentes.
Com isso, automaticamente, os casos raros corresponderão a 5%, coincidindo com o nível de
significância.
Consultamos a tabela I ao final da aula. Verificamos que 47,5% dos valores de Z estão entre 0
e 1,96. Como a distribuição é simétrica, 47,5% dos valores estão entre 0 e − 1,96 .
Juntando os dois, temos que a probabilidade de Z estar entre -1,96 e 1,96 é de 95% (= área
verde da figura abaixo).

Estes são os valores críticos de Z. São os valores que delimitam a área de 95%.

Valores críticos de Z:
Z _ crítico _1 = 1,96
Z _ crítico _ 2 = 1,96

Segundo passo: obter a estatística teste.


A estatística teste é o valor de Z para o experimento realizado.
X −μ
Z _ teste =
σX

Para o experimento feito, X = 230 .


A média populacional ( μ ), esta nós não sabemos. Assim, neste segundo passo, nós vamos
supor que a hipótese nula seja verdadeira. Supondo que realmente a média da população seja
de 220 ( μ =

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230 − 220
Z _ teste =
σX
Precisamos calcular σ X . Lembrando a sua fórmula (estudada na aula anterior):

σ2
σX =2
.
n
σ2 120
σX2 = = =4
n 30
σX = 2
Continuando o cálculo de Z:
230 − 220
Z _ teste =
σX
230 − 220
Z _ teste = =5
2
Terceiro passo: comparar a estatística teste com os valores críticos. Verificamos que 5
(estatística teste) é maior que 1,96. Portanto, está fora do intervalo -1,96 a 1,96. Está
significativamente afastado da média de Z.
Ou seja, se pudéssemos fazer inúmeras amostras de tamanho 30, a partir de uma população
com média 220 e variância 120, em 95% dos casos o valor de Z_teste estaria entre -1,96 e
1,96.

A região verde da figura acima é delimitada pelos valores críticos de Z.


Se o valor de Z_teste caísse dentro do intervalo -1,96 a 1,96, estaríamos dentro da região
verde. Ela contém 95% dos valores da variável normal reduzida. Esta região é chamada de
região de aceitação. Se, para o experimento em análise, o valor de Z_teste estivesse na região
de aceitação, nós aceitaríamos a hipótese H0. Consideraríamos que o valor de Z_teste não é
significativamente diferente de zero (e, portanto, X não é significativamente diferente de 220).
Não foi o caso. Vimos que Z_teste cai fora da região de aceitação. O Z_teste cai na área
amarela (região crítica).
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A área amarela pode ser chamada de região crítica. É a região além dos valores críticos. É a
região em que os valores de Z nos fazem rejeitar a hipótese H0.

Conclusão: rejeitamos a hipótese nula.

Por curiosidade, vejamos os valores de X que correspondem a -1,96 e 1,96.


X − 220
Z= ⇒ X = 2Z + 220
2
Quando Z vale -1,96, X vale:
X = 2 × (−1,96) + 220 = 216,08

Quando Z vale +1,96, X vale:


X = 2 × (1,96) + 220 = 223,92

Se a média da população realmente fosse igual a 220, e se fosse possível fazer infinitas
amostras de tamanho 30, a média amostral, em 95% dos casos, estaria entre 216,08 e 223,92
(o que implica em Z_teste entre -1,96 e 1,96). Não foi o caso. Ou estamos diante de um caso
raro ou a média populacional não é 220.
Diante deste quadro, rejeitamos a hipótese nula.

Pergunta: qual a probabilidade de cometer o erro do tipo I?


Em outras palavras: qual a probabilidade de rejeitar a hipótese H0, dado que ela é verdadeira?
Cometemos o erro do tipo I numa das raras vezes em que, apesar da média populacional ser
realmente 220, o valor de Z_teste cai na região amarela.
Lembrem-se do que dissemos acima: se a média da população realmente fosse igual a 220, e
se fosse possível fazer infinitas amostras de tamanho 30, a média amostral, em 95% dos
casos, estaria entre 216,08 e 223,92 (o que implica em Z_teste entre -1,96 e 1,96). Como
conseqüência, em 5% das vezes a média amostral estaria fora do intervalo entre 216,08 e
223,92 (o que implica em Z_teste fora do intervalo entre -1,96 e 1,96).
Nessas raras ocasiões (em 5% das vezes), nós rejeitaremos a hipótese nula, mesmo que ela
seja verdadeira. Logo, a probabilidade de se cometer o erro do tipo I é de 5%. Portanto:
α 5%
Interessante notar que a soma das áreas amarelas é exatamente igual ao valor de α (=5%).
Esta igualdade deixa claro porque no início do problema procuramos o intervalo que continha
95% dos valores. Isto fez com que a área verde fosse de 0,95. Como conseqüência, a soma das
duas áreas amarelas é de 0,05. As áreas amarelas correspondem aos valores mais afastados da
média de Z. Nestas áreas temos os valores mais extremos, mais afastados de zero. São os
valores que nos fazem rejeitar a hipótese nula.

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Resumo do teste da média quando a variância populacional é conhecida.


1º Passo: encontrar os valores críticos de Z. Isto deve ser feito de modo que a
região crítica tenha área igual ao nível de significância.
→ X −μ
2º Passo: encontrar a estatística teste. Usar a fórmula: Z _ teste =
σX
3º Passo: ver se a estatística teste cai na região de aceitação ou na região crítica.

Pronto. Teste de hipóteses é apenas isso.


Caso o teste seja unilateral, só o que muda é que a região crítica estará toda de um lado só da
reta real (em vez de dividida em duas partes).

Vamos mudar um pouco o exercício acima. Agora, vamos supor que não conhecemos mais a
variância da população.

EP 5 Obtivemos uma amostra de 30 compras de um órgão público. A média para esta


amostra foi de R$ 230,00. A variância desta amostra foi 120 R$2. Teste a hipótese de que a
média da população da qual foi extraída esta amostra seja igual a R$ 220,00, considerando um
nível de significância de 5% ( α = 5% ).

Resolução:
A grande diferença deste exercício para o anterior é que agora não sabemos a variância da
população. Nestes casos, não podemos utilizar a variável Z, que tem distribuição normal.
Utilizamos a variável t, que tem distribuição T de Student.
A situação é bem semelhante à da aula passada, quando tínhamos intervalos de confiança para
a média. Se soubermos a variância populacional, usamos a variável Z (normal reduzida). Caso
contrário, usamos a distribuição T.
De resto, o passo a passo é bem semelhante.

Primeiro passo: determinar os valores críticos da variável t.


A tabela para a distribuição T está ao final desta apostila (tabela II).
Na distribuição T precisamos do número de graus de liberdade. Vimos isto na aula anterior.
No caso da distribuição T, o número de graus de liberdade é igual a n − 1 . Vamos consultar a
tabela para 29 graus de liberdade e para o nível de significância de 5%.
O valor de t correspondente é: 2,045.
t _ critico _ 1 = 2,045
t _ critico _ 2 = 2,045
Segundo passo: obter a estatística teste.
A estatística teste é o valor de t para o experimento realizado.
Para o experimento feito, o valor de t vale:
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X −μ
t _ teste =
sX

Onde s X é o estimador de σ X .

Precisamos calcular o valor de s X . A fórmula é (matéria da aula passada):


2
sX 120
sX = = =2
n 30
Agora obtemos o valor da estatística teste:
X −μ
t _ teste =
sX

230 − 220
t _ teste = =5
2
Terceiro passo: comparamos os valores críticos de t com a estatística teste. Verificamos que a
estatística teste está fora do intervalo definido pelos valores críticos. Portanto, rejeitamos a
hipótese H0.

Resumo do teste da média quando a variância populacional é desconhecida.


1º Passo: encontrar os valores críticos de t. Definir a região de aceitação e a região
crítica.
→ X −μ
2º Passo: encontrar a estatística teste. Usar a fórmula: t _ teste =
sX
3º Passo: ver se a estatística teste cai na região de aceitação ou na região crítica

EP 6 Trabalhamos em uma indústria. Precisamos saber se um dado produto resiste a uma


temperatura de 200°C (para verificar se atende a alguns requisitos técnicos). Para tanto,
selecionamos uma amostra de 100 produtos e o submetemos a temperaturas cada vez maiores,
até que o produto comece a derreter. Para esta amostra de 100 produtos, a temperatura média
na qual começou o derretimento foi de 195°C. A variância da amostra foi de 25 ºC2.
Teste a hipótese de que a média da população de onde foi retirada a amostra seja de 200 °C,
contra a hipótese alternativa de a média seja inferior a 200°C, para um nível de significância
de 5%.
Dados:
P (0 ≤ Z ≤ 1,645) = 0,45
P (t ≤ −1,66) = 0,05

Resolução.
As hipóteses são:
H0: μ 200

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HA: μ 200
Podemos usar direto a informação do enunciado ou podemos consultar a tabela da distribuição
T para 99 graus de liberdade.
E agora, cuidado! Não podemos consultar a coluna de nível de significância de 5%. Apesar do
problema ter solicitado o nível de 5% ele não pode ser utilizado porque a tabela que consta ao
final da apostila é para testes bilaterais.
Se consultarmos a tabela para 99 graus de liberdade e nível de confiança de 5%, como se trata
de uma tabela para o teste bilateral, saberemos que a área verde da figura abaixo será igual a
95%.

É isto que a tabela fornece. Ela indica que a probabilidade de t estar fora do intervalo de -1,98
a 1,98 é igual ao nível de significância de 5%. É uma tabela para ser utilizada em testes
bilaterais. Ela indica que a área da região crítica (=soma das duas áreas amarelas) é igual a
0,05. Há duas regiões críticas. Uma para valores consideravelmente maiores que zero. Outra
para valores consideravelmente menores que zero.
Só que nosso teste é unilateral. Ele não tem duas áreas amarelas. Ele tem uma só. Queremos
achar um valor de t crítico tal que a área verde da abaixo seja de 95%.

No gráfico acima sim, temos apenas uma área de rejeição (área amarela).

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Se a área verde é igual a 95%, a área amarela é 5%.
Ou seja, nossa tarefa é achar um t_crítico tal que a área amarela da figura acima seja de 5%.
Tal que à sua esquerda tenhamos 5% dos valores.
Para acharmos o t_crítico, vamos consultar a tabela para 99 graus de liberdade e nível de
confiança de 10% (sempre assim, quando o teste é unilateral e a tabela é para testes bilaterais,
consultamos o dobro do nível de significância). Consultando a tabela, obtemos 1,66.
Isto significa que a área verde da figura abaixo é de 0,9.

O que a tabela da distribuição T nos indica é que a soma das duas áreas amarelas acima é
0,10, que corresponde a um nível de significância de 10% em um teste bilateral.
Só que nosso teste é unilateral. E o t crítico que procurávamos é exatamente -1,66, pois à sua
esquerda temos 5% dos valores.

Segundo passo: encontrar a estatística teste.


X −μ
t _ teste =
sX

Precisamos encontrar s X .

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2
sX 25
sX = = = 0,5
n 100
Continuando o cálculo da estatística teste:
195 − 200
t _ teste = = −10
0,5
Terceiro passo: comparar a estatística teste com o valor crítico.
Verificamos que a estatística teste está além do valor crítico. Se a estatística teste assumisse
valores até -1,66, consideraríamos que a temperatura média para a amostra não é
significativamente menor que 200°C. Contudo a estatística teste foi de -10, número este
abaixo de -1,66. Rejeitamos a hipótese H0 e consideramos que a população de onde foi
retirada a amostra não atende à especificação de suportar temperaturas de 200°C. A estatística
teste caiu na região amarela (região crítica).

Testes unilaterais: só há uma região crítica; só há um valor crítico.


→ Cuidado para as informações fornecidas na questão. Se a questão trouxer dados
sobre o teste bilateral, é preciso adaptar a informação.

Texto para EC 1 e EC 2.
Um pesquisador avaliou se a pressão sangüínea dos candidatos do último Concurso para um
Tribunal de Contas se alterava no início da prova. Em condições normais, sem stress, os
candidatos entre 18 e 32 anos apresentaram uma pressão sistólica média de 120 mm Hg. Após
medir a pressão de 36 candidatos a cinco minutos do início da prova, foi encontrada a pressão
sistólica média de 125,2 mm Hg com desvio padrão amostral de 12 mm Hg. Deve-se testar:
H 0 : μ = 120
H 1 : μ > 120

EC 1 TCE RO 2007[CESGRANRIO]
O valor calculado da estatística t é:
(A) 2,60
(B) 0,43
(C) 0,01
(D) – 0,43
(E) – 2,60

Resolução.
Como não conhecemos o desvio-padrão da população, devemos utilizar o desvio-padrão
amostral. Neste caso, em vez da distribuição normal, consultamos a tabela para a distribuição
T, com 35 graus de liberdade (= 36 − 1 ).

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No caso específico desta questão, não precisamos fazer todo o teste de hipóteses. A questão
apenas solicitou o cálculo da estatística teste.
X −μ
t _ teste =
sX

Precisamos encontrar s X .

sx 12
sX = = =2
n 36
Continuando o cálculo da estatística teste:
125,2 − 120
t _ teste = = 2,6
2
Gabarito: A

EC 2 TCE RO 2007[CESGRANRIO]
Nos níveis de significância de 5% e 10%, é correto afirmar que a(o):
(A) hipótese nula é aceita em ambos os níveis.
(B) hipótese nula é rejeitada em ambos os níveis.
(C) hipótese nula é rejeitada em 5% e aceita em 10%.
(D) hipótese nula é aceita em 5% e rejeitada em 10%.
(E) teste é inconclusivo.

Resolução.
Precisamos achar o valor crítico de t. A consulta deveria ser feita na tabela da distribuição T
com 35 graus de liberdade. Ocorre que na prova da Cesgranrio não foi fornecida a linha
equivalente a 35 graus de liberdade. De igual modo, na tabela constante ao final da aula,
também não consta a linha para 35 graus de liberdade.
Por isso, vamos tomar os valores mais próximos disponíveis na tabela (30 e 40 graus de
liberdade).

Primeiro caso: nível de significância de 5%.


Queremos achar o valor de t0 tal que a área amarela da figura abaixo seja de 5% (pois o teste é
unilateral).

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Se o número de graus de liberdade fosse 30, teríamos: t 0 = 1,697 .


Se o número de graus de liberdade fosse 40, teríamos: t 0 = 1,684 .
Observem que, apesar de o nível de significância ser de 5%, consultamos a coluna de 10%,
pois a tabela é para testes bilaterais.
Como o número de graus de liberdade é 35 (que está entre 30 e 40), o valor crítico procurado
está entre 1,697 e 1,684 .
Logo, a estatística teste, certamente, cairá na região crítica (área amarela). A hipótese nula
deve ser rejeitada.

Segundo caso: nível de significância de 10%.


Aumentar o nível de significância é aumentar a área amarela. A área amarela passaria a ser de
10%.
Quando a área amarela era menor (tamanho 5%), a estatística teste caia na região amarela.
Agora estamos aumentando a região crítica. Com isso, certamente, a estatística teste vai
continuar caindo na região amarela.
A hipótese nula será novamente rejeitada.
Gabarito: B

EC 3 SEFAZ RJ 2007 [FGV]


Para a realização do teste de hipóteses Ho: μ = μo, contra H1: μ > μo, definimos como ERRO
DO TIPO I:

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Resolução:
A questão foi anulada. Mas ainda é útil para revisarmos o tal do erro de tipo I.
O erro do tipo I consiste em rejeitarmos a hipótese nula, dado que ela é verdadeira. A
probabilidade de cometermos o erro de tipo I é chamada de nível de significância. Seu
símbolo usual é α .
Neste caso, rejeitaríamos a hipótese nula quando a média amostral para o experimento feito é
maior que o valor crítico. Vamos chamá-lo de k .
Isto ocorre quando:
X >k
Assim, a probabilidade do erro de tipo I ficaria:
P( X > k μ = μ 0 )

E não há qualquer alternativa que contém esta expressão. A mais próxima é a letra B, que
corresponde ao gabarito preliminar.
Na verdade, a questão contém alguns erros.
A primeira falha consiste em se referir a “erro do tipo I”. O erro de tipo I é simplesmente isso:
rejeitarmos a hipótese nula quando ela é verdadeira. Mas o que as alternativas tentaram
apresentar foi a probabilidade de cometermos o erro de tipo I.
Por causa desta falha, a questão foi anulada.
Outra falha, não reconhecida pela banca, foi a que segue.
Quando fazemos um teste de hipótese, a variável em estudo é a média amostral ( X ). É ela
que pode assumir vários valores (quando pensamos nas infinitas amostras possíveis). Por isso,
a probabilidade está relacionada justamente à variável X .
As alternativas pretenderam definir probabilidades relacionadas à média populacional ( μ ).
Mas a média populacional não é aleatória. Ela não varia. Ela é um número, fixo, constante.
Pode até ser desconhecido. Mas é constante.
Por fim, a última falha foi na definição do que é que ocasiona a rejeição da hipótese nula. Ela
será rejeitada quando X é maior que o valor crítico (e não maior que μ 0 ).
Gabarito: Questão anulada.

EC 4 SEFAZ MS 2006 [FGV]


Em um teste de hipóteses, a hipótese nula foi rejeitada no nível de 3%. Portanto, a hipótese
nula:
(A) será aceita no nível de 1%.
(B) será aceita no nível de 5%.
(C) pode ser aceita ou rejeitada no nível de 5%.
(D) será rejeitada no nível de 1%.
(E) será rejeitada no nível de 5%.
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Resolução.
Vamos começar pela situação em que o nível de significância é de 3%.
Neste caso, a área da região crítica é igual a 3%.
Se a hipótese nula é rejeitada, então a estatística teste cai dentro da região crítica (área
amarela da figura abaixo):

Se aumentarmos o nível de significância, a região amarela ficará ainda maior. Portanto, com
certeza, a estatística teste continuará caindo na região crítica, e continuaremos rejeitando a
hipótese nula. Isto está descrito na letra E. Se o nível de significância sobe para 5%,
certamente rejeitamos a hipótese nula.
Se diminuirmos o nível de significância, duas coisas podem ocorrer. Podemos diminuir
bastante, de tal modo que a estatística teste fique fora da região crítica. Neste caso,
aceitaríamos a hipótese nula.
Ou então poderíamos diminuir só um pouquinho, de tal modo que a estatística teste continue
caindo na região crítica.
Assim, não temos como saber, com certeza, o que ocorre quando o nível de significância é
diminuído. Precisaríamos de mais informações.
Gabarito: E

EC 5 SEFAZ RJ 2009 [FGV]


Uma empresa afirma que os pacotes de bala que ela produz pesam em média 25g. Para testar
essa hipótese, foram selecionados ao acaso 16 pacotes produzidos pela empresa, registrados
seus pesos X1, X2, ..., X16 e calculadas as estatísticas
16 16

∑X = 320 ; ∑X = 7360
2
i i
i =1 i =1

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O valor da estatística t (a ser comparado com o ponto desejado da distribuição t de Student)
para o teste é:
(A) –0,8.
(B) –1,2.
(C) –2,0.
(D) –2,5.
(E) –3,2.

Resolução:
Quando o desvio padrão da população não é conhecido, não temos como calcular o valor de
Z.
Neste caso, substituímos pelo desvio padrão da amostra. O resultado é que, em vez de
trabalharmos com Z (normal padrão), usamos a variável t (distribuição T de Student). É bem
parecido com o que vimos na aula passada, quando estudamos intervalos de confiança.
No mais, é o mesmo passo a passo que estudamos anteriormente.

Nesta questão, só temos como calcular o desvio-padrão amostral. Fica assim:


n

∑X i
320
X = i =1
= = 20
n 16
A variância, calculada com “n” no denominador, fica:
n

∑(X i )2
2 7360
i =1
−X = − 202
n 16
= 60
Mas como se trata de uma variância amostral, devemos usar n − 1 no denominador. Fazendo o
ajuste:
16
s2 = × 60 = 64
15
Logo:
s =8

Primeiro passo: determinar o valor crítico para a variável t (agora não é mais Z, pois não
conhecemos o desvio padrão da população).
A questão não forneceu dados para calcularmos o valor crítico. Isto é porque a questão não
pediu para efetivamente realizarmos o teste de hipóteses. Ela só pediu o cálculo da estatística
teste.
Apenas para treinarmos, vamos supor que:

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- o nível de significância é de 5%.
- a hipótese nula é do tipo: μ ≠ 25
Neste caso, seria um teste bilateral.
Haveria duas regiões críticas: aquelas com valores significativamente menores que 25 e
aquela com valores significativamente maiores que 25.
Ou seja: as regiões críticas estão nas duas extremidades da reta real (tanto à esquerda de 25,
quanto à direita de 25).
Como conseqüência, quando trabalhamos com a variável t, também teremos duas áreas
críticas: uma à direita de zero, outra à esquerda de zero.
Ou seja, procuramos por valores críticos tais que a soma das duas áreas amarelas da figura
abaixo sejam iguais a 5%:

As duas áreas amarelas definem a região crítica. Se a estatística teste cair nela, rejeitamos a
hipótese nula.
A área branca seria a região de aceitação. Se a estatística teste cair nela, aceitamos a hipótese
nula.
Vamos consultar a tabela colocada ao final da aula.
Precisamos consultar a coluna para 5% e a linha para 15 graus de liberdade (= n − 1 ).
Consultando a tabela, temos:
t _ crítico = 2,131
Ou seja, os valores 2,131 e -2,131 delimitam duas áreas amarelas, duas regiões críticas. Cada
uma delas tem área de 2,5%.

Segundo passo: calcular a estatística teste.


X −μ
t=
sX
Vimos na aula passada que:

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s 8
sX = = =2
n 4
E a estatística teste fica:
20 − 25
t _ teste = = −2,5
2
Gabarito: D

Para concluirmos o teste, vamos comparar a estatística teste com os valores críticos.
Se a estatística teste estivesse entre -2,131 e 2,131, ela cairia na região de aceitação. Ou seja:
nós aceitaríamos a hipótese nula.
Como a estatística teste está fora do intervalo acima, então ela caiu em uma das regiões
criticas. Na verdade, ela caiu na região crítica à esquerda de zero. Ela está além do valor
− 2,131 . Com isso, devemos rejeitar a hipótese nula.

EC 6 CGU 2008 [ESAF]


Um fabricante divulga que a característica principal de seu produto tem uma média de 1.000
unidades. Um pesquisador, duvidando desta afirmação, encontrou uma característica média de
935 e desvio-padrão amostral de 130 examinando uma amostra aleatória simples de tamanho
9 destes produtos. Calcule o valor mais próximo da estatística t para testar a hipótese nula de
que a média da característica principal do produto é 1 000, admitindo que a característica tem
uma distribuição normal.
a) -1,5.
b) -1,78.
c) -1,89.
d) -1,96.
e) -2,115.

Resolução.
O exercício nem pediu para fazermos o teste de hipóteses completo. Solicitou apenas o
cálculo da estatística teste.
X −μ
t _ teste =
sX

A média amostral é 935 ( X = 935 ).


O desvio padrão amostral é 130 ( s = 130 .
O desvio padrão da média amostral é dado por:
σ
σX =
n

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Quando não conhecemos o desvio padrão da população ( σ ), o substituímos por sua
estimativa ( s ). E em vez de termos o desvio padrão amostral ( σ X ), calculamos sua estimativa
( s X ). Como conseqüência, em vez de utilizarmos a distribuição normal, utilizamos a
distribuição T.
s 130
sX = =
n 3
Substituindo todos os valores:
X −μ
t _ teste =
sX

935 − 1000 3
t _ teste = = −65 × = −1,5
130 130
3
Gabarito: A.

EC 7 SEFAZ/SP 2006 [FCC]


Seja X uma variável aleatória representando o valor arrecadado de um determinado tributo.
Suponha que X tem distribuição normal (população de tamanho infinito) com média μ e
desvio padrão de 500 reais. Desejando-se testar
H0: μ = 1.000 reais (hipótese nula)
H1: μ ≠ 1.000 reais (hipótese alternativa)
tomou-se uma amostra aleatória de 400 valores de X, obtendo-se para a média amostral o
valor de 1.060 reais. Seja α o nível de significância do teste e suponha que a região de
rejeição de H0 é {Z > Z α / 2 }, onde Z α / 2 representa o escore da curva normal padrão tal que
P( Z > Z α / 2 ) = α .

Tem-se que:
a) Se H0 foi rejeitada, existe um nível de significância β ( β > ) tal que H0 não seria
rejeitada.
b) Para qualquer nível de significância α , H0 será rejeitada, uma vez que 1060 ≠ 1000 .
c) H0 não será rejeitada se Z α / 2 < 3
d) H0 será rejeitada se Z α / 2 = 2
e) Para Z α / 2 > 2 , H0 não será rejeitada

Resolução.
O exercício disse que os valores de ± Z α / 2 são tais que a área amarela da figura abaixo é igual
aα.

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Portanto, os valores de ± Z α / 2 são justamente os valores críticos.


Vamos calcular a estatística teste.
X −μ
Z _ teste =
σX
Sabemos que:
σ 500
σX = = = 25
n 400
Ficamos com:
X −μ
Z _ teste =
σX
1060 − 1000
Z _ teste = = 2,4
25

Ainda não sabemos se a hipótese nula deve ser rejeitada ou não porque o exercício não
informou qual o critério de decisão. Vamos às alternativas.

Letra A.
A questão disse que a hipótese nula foi rejeitada. Ou seja, a estatística teste caiu dentro da
região amarela. Concluímos que Z _ teste é maior que Z α / 2 .
A partir deste quadro, a questão afirma que, se aumentássemos o nível de significância, a
hipótese nula poderia não ser rejeitada.
Isto é falso. Se aumentamos o nível de significância, aumentamos a área amarela. A região
crítica é ainda maior, o que faz com que a estatística teste fique ainda mais afastada da região
verde.

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Letra B
Afirma-se que, para qualquer nível de significância, a hipótese nula será rejeitada. Isto é falso.
Se α for tal que Z α / 2 é maior que 2,4, então a hipótese nula será aceita. Se Z α / 2 for maior
que 2,4, a estatística teste cai dentro da região verde.

Letra C.
Alternativa falsa. Não são todos os valores de Z α / 2 inferiores a 3 que nos fazem aceitar a
hipótese nula. Por exemplo, se Z α / 2 for igual a 2, então a estatística teste (=2,4) fica fora da
região de aceitação.

Letra D.
Se Z α / 2 for igual a 2, então a estatística teste cai fora da região verde. A estatística teste fica
na região crítica (área amarela) e a hipótese é rejeitada.

Letra E
Alternativa falsa. Não são todos os valores de Z α / 2 maiores que 2 que nos fazem aceitar a
hipótese nula. Por exemplo, se Z α / 2 for igual a 2,1, então a estatística teste cai na região
crítica.

Gabarito: D.

EC 8 Petrobrás – 2007 [CESPE]


A taxa de octano existente em determinado combustível é uma variável aleatória X cuja
distribuição possui média μ e desvio-padrão σ . Uma amostra aleatória simples fornecida por
dez distribuidores diferentes desse combustível resultou nos valores apresentados na tabela a
seguir.
Amostra Taxa de octano (em
%)
1 90
2 96
3 92
4 87
5 85
6 85
7 90
8 92
9 93
10 90
Considerando as informações acima, julgue os itens subseqüentes.
1. O desvio-padrão amostral da taxa de octano é inferior a 4%.

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2. A estimativa do erro-padrão da média amostral é superior a 2%.
3. Caso seja utilizado o teste t para testar as hipóteses H0: μ ≥ 89% versus H1: μ 89% é
correto afirmar que a hipótese nula não seria rejeitada ao se fixar níveis de significância
inferiores a 50%.

Resolução.
Questão do CESPE. Muito boa para revisarmos assuntos de aulas anteriores.
Primeiro item.
É cobrado o desvio padrão amostral. Vamos colocar os valores numa tabela de freqüências.

Valores de Taxa de Octano Freqüência


(%)
85 2
87 1
90 3
92 2
93 1
96 1
Total 10
Antes de calcular o desvio padrão, precisamos saber a média da amostra.
Para obter a média, fazemos a coluna auxiliar de valor vezes freqüência, somamos seus
resultados e dividimos por 10 (são 10 valores).

Valores de Taxa de Octano ( X ) Freqüência ( f ) X f


×
85 2 170
87 1 87
90 3 270
92 2 184
93 1 93
96 1 900
96

A média amostral fica:


900
X = = 90
10
Tendo a média, podemos achar os desvios de cada valor em relação à média aritmética e, a
partir deles, calcular a variância amostral.

Valores de Taxa Quadrado do desvio em Freqüência ( f ) e2 × f


de Octano ( X ) Relação à média ( e 2 )
85 25 2 50
87 9 1 9

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90 0 3 0
92 4 2 8
93 9 1 9
96 36 1 36
Total 83 10 112
Foi pedida a variância amostral.
A fórmula estudada é:
112
s2 =
10 − 1
Observe o ‘n-1’ no denominador. Sempre que se falar em variância amostral, utilize o
denominador ‘n-1’.
112
s2 = = 12,44% 2
10 − 1
O desvio padrão amostral, é dado por:

s = 12,44 × (%) 2 ≈ 3,53%


Ressalto que não era necessário fazer esta conta de raiz quadrada. Não se pediu o valor do
desvio padrão. Apenas precisávamos saber se era menor que 4% ou não. Como 12,44 é menor
que 16, a raiz quadrada de 12,44 é menor que 4.
O item está correto.
Gabarito: certo.

Segundo item.
Pede-se o desvio padrão da média amostral. Isto é matéria da aula anterior. Vimos que a
média amostral ( X ) pode ser vista como uma variável aleatória de média μ e desvio padrão
dado por:
σ
σX =
n
Neste exercício não temos como calcular o desvio padrão de X porque não sabemos qual o
desvio padrão da população ( σ ). Podemos apenas calcular a sua estimativa, substituindo o
desvio padrão da população pelo desvio padrão da amostra ( s ). E a estimativa do desvio
padrão de X fica:

s 12,44 × (%) 2
sX = = = 1,244 × (%) 2 ≈ 1,12%
n 10
O item está errado, pois a estimativa do desvio padrão da média amostral é inferior a 2%.
Novamente não era necessário fazer a conta da raiz quadrada. Bastava ver que 1,244 é menor
que 4. Portanto, a raiz quadrada de 1,244 é menor que 2.
Gabarito: errado.

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Terceiro item.
Agora sim, tratamos do assunto da aula de hoje: teste de hipóteses com distribuição T.
Primeiro passo: encontrar o valor crítico de t.
Se o nível de confiança fosse de 50% ( α 50% ) a região crítica seria de 50%. E a região de
aceitação também seria de 50%. Essas duas regiões estão representadas no gráfico abaixo:

Só que o nível de significância é inferior a 50%.


Vamos considerar um nível de significância um pouco menor que 50%. Seria o caso em que a
região amarela é um pouco menor que a região verde. Ficaríamos com o seguinte gráfico:

O valor crítico de t está justamente na divisa entre as regiões de aceitação (verde) e de


rejeição (amarela). O valor de t_crítico estaria um pouco à esquerda de zero.
t _ crítico < 0

Segundo passo: calcular a estatística teste.


X −μ
t _ teste =
sX

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Nos itens anteriores nós calculamos a média amostral.
X = 90

Portanto:
X −μ
t _ teste =
sX

90 − 89
t _ teste = >0
sX
Terceiro passo: comparar a estatística teste com o valor crítico.
A estatística teste é maior que zero. O valor crítico é menor que zero. Portanto a estatística
este está na região verde do gráfico abaixo (região de aceitação).

Conclusão: aceitamos a hipótese nula. O item está correto, pois, quando o nível de
significância é inferior a 50%, nós não rejeitamos a hipótese nula.
Gabarito: certo.

EC 9 Prefeitura Municipal de Vila Velha 2007 [CESPE]


Um estudo foi realizado por uma prefeitura acerca da qualidade do atendimento no hospital
municipal da cidade. Com base em uma amostra de 100 dias, foram produzidas as seguintes
estatísticas referentes ao número diário de pacientes atendidos.
média = 30
variância amostral = 100
mínimo = 0
primeiro quartil = 10
segundo quartil = 25
terceiro quartil = 40
máximo = 60.

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Com relação ao texto e considerando que a amostra de 100 dias seja aleatória simples, julgue
os próximos itens.
1. Considere as hipóteses nula e alternativa, dadas respectivamente por H0: μ = 25 e HA: μ ≠
25, em que μ representa a média populacional. Pelo teste t, há fortes evidências para se
rejeitar H0.

Resolução.
A pergunta é sobre teste de hipóteses com distribuição T. Note que o teste é bilateral. São
duas regiões críticas. Há dois valores críticos para t.

Primeiro passo: calcular os valores críticos de t.


Não temos como calcular tais valores porque o enunciado não informou qual o nível de
significância (valor de α ). Ou seja, o enunciado não disse qual o critério de decisão.

Segundo passo: calcular a estatística teste.


X −μ
t _ teste =
sX

s 10
sX = = =1
n 100
A média amostral foi dada no enunciado.
X = 30
A média populacional que estamos testando é 25.
μ 25
A estatística teste fica:
30 − 25
t _ teste = =5
1
Terceiro passo: comparar a estatística teste com os valores críticos.
Aqui vem a diferença da questão. Não foi fornecida nenhuma tabela de valores para a
distribuição T. Não foi fornecido nenhum critério de decisão. Creio que a questão tenha
pretendido apenas ver se o candidato tinha noção do comportamento da distribuição T que,
para uma amostra de tamanho 100 (amostra grande), é bem semelhante à distribuição normal.
Quando o valor de n é elevado (quando as amostras são grandes) a distribuição T é
praticamente igual à distribuição normal.
No caso da distribuição normal, o intervalo entre -1,96 e 1,96 já abrange 95% dos valores.
Vimos isto várias e várias vezes.
Note que, em todas as tabelas de distribuição normal fornecidas ao final das aulas, só
indicamos valores até 3. Isto porque, apesar da distribuição assumir valores em toda a reta
real, o intervalo entre -3 e 3 contém 99,8% dos valores.

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O que estou querendo dizer é que, para variáveis reduzidas (seja normal, seja t) o valor 5 é
muito distante de zero.
Para se ter uma idéia, consulte a tabela II, fornecida ao final desta aula, para 99 graus de
liberdade (é o número de graus de liberdade dado no exercício). Veja que o intervalo entre –
2,871 e 2,871 contém 99,5% dos valores (nível de significância de 0,5%).
Se o nível de confiança fosse de apenas 0,5% (um valor extremamente baixo), o valor crítico
seria 2,871. Num caso extremo deste, em que o nível de significância é muitíssimo baixo, nós
só rejeitamos a hipótese nula em casos realmente muito extremos.
E mesmo que o nível de significância fosse de 0,5%, ainda sim nós rejeitaríamos a hipótese
dada no exercício. Vejamos:
t _ crítico _ 1 = 2,871
t _ crítico _ 2 = 2,871

A área verde, entre os valores -2,87 e 2,87, corresponde à região de aceitação. As regiões
amarelas (praticamente imperceptíveis), seriam as regiões críticas. Mesmo nesta situação
exagerada, rejeitaríamos a hipótese nula, pois a estatística teste (igual a 5) está fora da região
verde.
Portanto, mesmo sem saber qual o valor do nível de significância, mesmo sem consultar a
tabela da distribuição T, temos fortes indícios de que a hipótese nula deva ser rejeitada. O
item está correto.
Gabarito: certo

EC 10 BACEN/2006 [FCC]
Uma amostra aleatória de 100 valores de aluguéis em uma cidade forneceu um valor médio de
R$ 600,00. O desvio padrão da população, considerada normal e de tamanho infinito, é de R$
250,00. Deseja-se saber se o valor médio encontrado na amostra é superior ao valor de R$
550,00, que se supõe ser a verdadeira média, ao nível de significância de α . Seja Z α o escore
da curva normal padrão tal que P( Z > Z α ) = α , H0 a hipótese nula do teste ( μ 550 ).
Sabendo-se que H0 foi rejeitada, tem-se que:

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a) o valor do escore reduzido referente ao valor médio encontrado para a amostra e necessário
para comparação com Zα é igual a 0,2.
b) Z α > 2
c) Z α < 2
d) Para qualquer nível de significância H0 seria rejeitada, pois 600 > 550.
e) A um nível de significância β , β > , H0 não teria sido rejeitada

Resolução.
O teste é unilateral. Só rejeitamos a hipótese nula se o valor da média amostral for
consideravelmente maior que R$ 550. Isso implica em valores de Z significativamente
maiores que zero.

Primeiro passo: determinar o valor crítico.


O exercício já informou que o valor crítico é Z α . Ou seja, Z α é tal que a área amarela da
figura abaixo é igual a α .

Segundo passo: determinar a estatística teste.


X −μ
Z _ teste =
σX
σ 250
σX = = = 25
n 10
600 − 550
Z _ teste = =2
25

Terceiro passo: comparar a estatística teste com o valor crítico.


Como a hipótese nula foi rejeitada, tem-se que:

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Z _ teste > Z _ crítico
2 > Zα
Zα < 2
Portanto a alternativa C está correta, pois afirma que Z α < 2 .
Gabarito: C

EC 11 BACEN/2006 [FCC]
Uma amostra aleatória de 9 valores de salários extraída de uma população, considerada
normal e de tamanho infinito, apresentou uma média igual a R$ 800,00 com um desvio
padrão igual a R$ 120,00. Os registros históricos indicam que a média dos salários da
população é igual a R$ 740,00. Deseja-se testar a hipótese, ao nível de significância α , se o
valor da média verificada na amostra difere do valor de R$ 740,00. Seja H0 a hipótese nula do
teste ( μ = 740 ), H1 a hipótese alternativa ( μ 740 ) e tα / 2 > 0 o quantil da distribuição ‘t’ de
Student, no nível de significância α para testes bicaudais com 8 graus de liberdade. Sabendo-
se que H0 foi rejeitada, tem-se que:
a) o valor da variável do teste t (t calculado) obtido através da amostra e necessário para a
comparação com − tα / 2 e tα / 2 é igual a 0,5.
b) para qualquer nível de significância H0 seria rejeitada, pois (800 − 740) ≠ 0
c) tα / 2 > 1,5
d) tα / 2 < 1,5
e) a um nível de significância β , β > , H0 não teria sido rejeitada.

Resolução.
Teste bicaudal é sinônimo de teste bilateral.
Primeiro passo: determinar o valor crítico.
O exercício já informou que os valores críticos são − tα / 2 e tα / 2

Segundo passo: determinar a estatística teste.


s 120
sX = = = 40
n 3
X −μ
t _ teste =
sX

800 − 740
t _ teste = = 1,5
40

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Terceiro passo: comparar a estatística teste com os valores críticos.
Como a hipótese nula foi rejeitada, então a estatística teste está fora do intervalo entre − tα / 2 e
tα / 2 .
Como a estatística teste é maior que zero, para que ela esteja fora do intervalo acima, tem-se
que: t _ teste > tα / 2
1,5 > tα / 2 ⇒ tα / 2 < 1,5
Gabarito: D.

EC 12 MP RO 2005 [CESGRANRIO]
Um teste de hipótese rejeitou a hipótese nula H0 no nível de significância de 5%. O que
aconteceria com H0 nos níveis de significância de 1% e 10%?

Resolução.
Ao nível de 5%, a hipótese nula foi rejeitada. Se aumentarmos o nível de significância para
10%, isto implica que a região crítica ficará ainda maior. Ou seja, a hipótese nula continuará
sendo rejeitada.
Se reduzirmos o nível de significância para 1%, a região crítica ficará menor. Neste caso, não
temos como saber qual o resultado do teste. Pode ser que a região crítica fique tão pequena a
ponto de não abranger a estatística teste, o que implica em aceitar a hipótese nula.
Mas pode ser também que a área crítica continue abrangendo a estatística teste, o que
significa que devemos rejeitar a hipótese nula.
Gabarito: B

EC 13 CAPES 2008 [CESGRANRIO]


Considere as asserções a seguir.
A região de rejeição de um teste de hipóteses é obtida sob a suposição de que a hipótese da
nulidade (H0) é verdadeira.
PORQUE
Em testes de hipóteses, o erro do tipo I é aquele cometido ao se rejeitar a hipótese da nulidade
(H0) quando esta é verdadeira.
Analisando-se as asserções, conclui-se que
(A) as duas asserções são verdadeiras, e a segunda é uma justificativa correta da primeira.

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(B) as duas asserções são verdadeiras, e a segunda não é uma justificativa correta da primeira.
(C) a primeira asserção é verdadeira, e a segunda é falsa.
(D) a primeira asserção é falsa, e a segunda é verdadeira.
(E) a primeira e a segunda asserções são falsas.

Resolução.
A primeira frase está correta. A região crítica é obtida sob a suposição de que a hipótese nula
é verdadeira.
A segunda frase está correta. O erro do tipo I é aquele que ocorre quando rejeitamos a
hipótese nula, dada que ela é verdadeira.
A segunda frase não justifica a primeira. É convencionado que a região crítica seja definida
sob a suposição de que a hipótese nula seja verdadeira. Com isso, a área da região crítica
acaba coincidindo com o valor da probabilidade de se cometer o erro do tipo I. Mas o simples
fato de o erro de tipo I ser aquele em que rejeitamos a hipótese nula, quando ela é verdadeira,
em nada justifica a área a ser tomada como região crítica.
Seria possível, por exemplo, que a teoria tivesse adotado outra convenção. Seria possível que
a região crítica fosse definida com base no erro do tipo II. A região crítica, nesta situação,
coincidiria com o valor de β . Nesta situação “inventada”, a probabilidade de se cometer o
erro do tipo I não mais seria igual à área da região crítica.
Gabarito: B

III. P-VALOR

EC 14 IPEA 2004 [ESAF]


Um fabricante de lanternas operadas com gás butano anuncia que o reservatório de gás de seu
produto tem duração esperada µ de pelo menos 40 horas. Face à reclamação de alguns
consumidores, uma agência independente resolve verificar a veracidade da afirmação do
fabricante por meio do teste estatístico da hipótese H0: µ≥40 contra a alternativa HA: µ < 40
com controle do erro do tipo I em 5%. Uma amostra aleatória de 49 reservatórios produziu o
valor médio X de 38 horas. Suponha que a distribuição dos tempos de duração do gás seja
aproximadamente normal com desvio padrão de 7 horas.
A tabela abaixo dá os valores da função de distribuição F(Z) da normal padrão para alguns
valores selecionados de Z.
Z F(Z)
0,34 0,633
0,54 0,705
0,64 0,739
2,00 0,977
3,00 0,999

Assinale a opção que dá o valor probabilístico (p-valor) do teste constituído com base na
estatística X − 40

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a) 5%
b) 2,3%
c) 3%
d) 4%
e) 2,5%

Resolução.
Pede-se o p-valor.
Esta questão está aí justamente para falarmos deste tal p-valor (ou probabilidade de
significância; ou ainda, nível descritivo). É um termo que vez ou outra aparece em testes de
hipóteses.
Uma definição do p-valor seria: a probabilidade de a variável reduzida assumir valores iguais
ou mais extremos do que a estatística teste observada, dado que a hipótese nula é verdadeira.
Entendeu?
Pois é, a definição pode não ser muito clara à primeira vista. Creio que fica mais fácil vermos,
no exercício, o que é o tal do p-valor.

Uma forma mais fácil de entender é pensarmos em áreas.


Vimos que a área delimitada pelo valor crítico é igual ao nível de significância. Assim, se o
nível de significância é de 5%, o valor crítico delimita uma área de 5%.

Aqui é parecido.
O p-valor seria a área delimitada pela estatística teste.
Se o p-valor é de 4%, então a estatística teste delimita uma área de 4%. É isso.

Vamos fazer o teste de hipóteses indicado na questão.


Notem que se trata de um teste unilateral. Só há uma região crítica.
Primeiro passo: calcular o valor crítico de Z. É o valor tal que a região de aceitação seja de
95% e a região crítica seja de 5%. O exercício não forneceu informações para calcular este
valor. É porque não precisa. Mas fica a informação de que este valor é igual a -1,645.

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Z _ crítico = 1,645

Segundo passo: calcular a estatística teste.


X −μ
Z _ teste =
σX

X −μ
Z _ teste =
σX

O exercício disse que X = 38 . Disse também que σ 7 . Podemos calcular o desvio padrão
da média amostral.
σ 7
σX = = =1
n 49
X −μ
Z _ teste =
σX
38 − 40
Z _ teste = = −2
1

Terceiro passo: comparar a estatística teste com o valor crítico.


A estatística teste é menor que o valor crítico. Ela cai na área amarela (área crítica).
Rejeitamos a hipótese nula.

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Por que rejeitamos a hipótese nula? Porque a estatística teste caiu na área crítica.
Aceitaríamos a hipótese nula para valores até -1,645. Este valor é considerado crítico. Valores
além dele (ou seja, mais extremos que ele) nos fazem rejeitar a hipótese nula. E foi
exatamente isto que aconteceu. O valor -2 está além de -1,645. É um valor significativamente
menor que zero.
Supondo que a hipótese nula seja verdadeira, qual a probabilidade de obtermos valores, para a
variável reduzida, menores ou iguais a -2?
Queremos saber a área abaixo da curva à esquerda de -2. Queremos a área vermelha da figura
abaixo:

Esta probabilidade é justamente o p-valor. Supondo que a hipótese nula seja verdadeira, é a
probabilidade de Z assumir valores iguais ou mais extremos que a estatística teste ( = 2 ).
Neste caso, é a probabilidade de Z assumir valores menores ou iguais a − 2 .
Em outras palavras: é a área delimitada pela estatística teste.

Agora sim vamos utilizar a tabela fornecida no exercício. Fomos informados que a função
distribuição para Z igual a 2 é 0,977. Ou seja, a probabilidade de Z assumir valores menores
ou iguais a 2 é de 97,7%.
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Portanto, a probabilidade de Z assumir valores maiores que 2 é de 2,3%. Como a função
densidade de probabilidade da variável normal é simétrica, a probabilidade de Z assumir
valores menores que -2 também é de 2,3%.
Portanto o p-valor é de 2,3%.
Gabarito: B.

EC 15 IPEA 2004. [ESAF - adaptada]


Assinale a opção que dá o valor do poder do teste estatístico descrito na questão anterior
quando μ =39 horas.
a) 50%
b) 10%
c) 5%
d) 26,1%
e) 30,2%
[dados: P( Z ≤ 1,645) = 95% ]

Resolução.
A questão original não informou que P ( Z ≤ 1,645) = 95% . Como este dado é importante para
a resolução da questão, eu acrescentei tal informação. Não tenho o gabarito oficial definitivo
para saber se a falta desta informação ocasionou a anulação da questão.
Como a média da população é 39, já sabemos que a hipótese nula é falsa. Neste caso, é
possível que seja cometido o erro de tipo II (aceitar a hipótese nula, dado que ela é falsa).
Já o poder do teste consiste na probabilidade de rejeitarmos a hipótese nula, dado que ela é
falsa.
Rejeitaremos a hipótese nula se a estatística teste for menor que -1,645 (conforme resolução
da questão anterior, em que utilizamos o fato de que P( Z ≤ 1,645) = 95% ). A estatística teste
era obtida da seguinte forma:
X − 40
Z _ teste =
1
Para que a estatística teste seja menor que -1,645, devemos ter:
X − 40
< −1,645
1
X 38,355
Qual a probabilidade de X ser menor que 38,355?
Bem, sabemos que X tem média igual à média da população (=39) e desvio padrão dado por:
σ 7
σX = =
49
=1
n

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Logo, para sabermos a probabilidade de X ser menor que 38,355, basta encontrarmos o valor
correspondente da variável normal reduzida.
X −μ 38,355 − 39
Z= = = −0,645 ≅ −0,64
σX 1
Da tabela fornecida, temos que:
P ( Z ≤ 0,64) = 0,739
Logo:
P ( Z > 0,64) = 1 0,739 = 0,261
Portanto:
P ( Z < 0,64) = 0,261
Assim, a probabilidade de Z ser menor que -0,64 é de 26,1%.
Consequentemente, a probabilidade de X ser menor que 38,355 é, também, de 26,1%.
E quando isso acontece, ou seja, quando X é menor que 38,355, nós rejeitamos a hipótese
nula.
Portanto, a probabilidade de rejeitarmos a hipótese nula, dado que a média populacional é 39,
é de 26,1%
Gabarito: D

EC 16 SEFAZ MS 2006 [FGV]


Um teste de hipótese apresentou p-valor igual a 0,03. Portanto, nos níveis de significância de
1% e 5%, respectivamente, a hipótese nula:
a) deve ser aceita e aceita
b) deve ser aceita e rejeitada
c) deve ser rejeitada e aceita
d) deve ser rejeitada e rejeitada
e) pode ou não ser rejeitada, dependendo de a hipótese ser simples ou não.

Resolução.
Vamos desenhar alguns gráficos da função densidade de probabilidade (fdp) da variável
normal para entendermos melhor o problema.
Embora o problema não tenha dito, vamos supor que se trata de um teste unilateral. Só para
facilitar o desenho. Mas para o teste bilateral o raciocínio seria o mesmo.
Vamos primeiro considerar o nível de significância de 1%. Neste primeiro caso, vamos
chamar o valor crítico de Z_crítico_1.
Este valor é tal que a área crítica (área amarela) seja igual a 0,01.

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Do jeito que desenhamos, a hipótese alternativa é do tipo μ k (a média é menor que um


dado valor).
A estatística teste obtida é tal que a área à sua esquerda é de 0,03. É justamente o p-valor. Ou
seja, a probabilidade de obtermos um valor tão extremo quanto a estatística teste é de 3%. A
área vermelha da figura abaixo é igual a 0,03.

Sobrepondo as duas figuras, temos:

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A estatística teste cai fora da região amarela (região crítica). Portanto, devemos aceitar a
hipótese nula. Isto ocorre porque a área amarela está contida na área vermelha.
Um resumo de tudo o que fizemos pode ser assim: se o p-valor for maior que o nível de
significância, devemos aceitar a hipótese nula.

Vamos para o segundo caso. Agora o nível de significância é de 5%. A região crítica (área
amarela) é maior.
Agora o valor crítico será Z_crítico_2.

A área amarela (região crítica), agora, é igual a 0,05.


O p-valor continua sendo o mesmo. Portanto, a área à esquerda da estatística teste é de 3%.

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Juntando as duas figuras:

A estatística teste cai dentro da região crítica. Rejeitamos a hipótese nula. Isto porque a região
vermelha está contida na região amarela. Resumindo: sempre que o p-valor for menor que o
nível de significância, rejeitamos a hipótese nula.

Gabarito: B.

Se o p-valor for maior que o nível de significância, devemos aceitar a hipótese nula.
→ Sempre que o p-valor for menor que o nível de significância, rejeitamos a hipótese
nula.

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EC 17 MPU 2004 [ESAF]
Considere o teste da hipótese H: μ =100 contra alternativa A:μ ≠ 100 em uma amostra da
normal com média μ e variância σ2. O valor da estatística teste t com distribuição de Student
sob a hipótese H: μ =100 é de –1,7864 e sabe-se que P(t ≥ 1,7864) = 0,0446.
Suponha que a probabilidade de erro do tipo I esteja sendo controlada em 5%. Assinale a
resposta correta.
a) Como o valor probabilístico do teste é 0,0446 conclua H :μ = 100.
b) Como o valor probabilístico do teste é 0,0446 conclua A:μ ≠ 100.
c) Como o valor probabilístico do teste é 0,0892 não há evidência para rejeitar H :μ = 100.
d) Como o valor probabilístico do teste é 0,0223 conclua A:μ ≠ 100.
e) Não se pode tirar nenhuma conclusão pois, o tamanho da amostra, a média amostral e o
desvio padrão amostral não foram dados.

Resolução.
As hipóteses são:
H0 : μ 100
HA :μ 100

O teste é bilateral, com nível de significância de 5%.


A estatística teste é igual a -1,7864. Queremos calcular a probabilidade de obtermos valores
mais extremos que a estatística teste.
Como o teste é bilateral, devemos olhar valores mais extremos nos dois sentidos (tanto
números negativos como positivos). Assim, temos que calcular:
P (t > 1,784) (valores mais extremos, do lado positivo)
P (t < −1,784) (valores mais extremos, do lado negativo)

O enunciado disse que:


P (t > 1,784) = 4,46%
Como a distribuição T é simétrica, temos:
P (t < 1,784) = 4,46%
Somando as duas probabilidades, temos:
4,46% + 4,46% = 8,92%
O p-valor é de 8,92%. O p-valor é maior que o nível de significância. Quando isso acontece,
aceitamos a hipótese nula. Ou ainda: não rejeitamos a hipótese nula. Isto está expresso na letra
C.
Gabarito: C

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EC 18 POTIGAS 2006 [FGV]
Um teste de hipóteses apresentou p-valor igual a 0,07. Portanto, nos níveis de significância de
10% e 5%, respectivamente, a hipótese nula:
(A) deve ser aceita e aceita.
(B) deve ser aceita e rejeitada.
(C) deve ser rejeitada e aceita.
(D) deve ser rejeitada e rejeitada.
(E) pode ou não ser rejeitada, dependendo de a hipótese ser simples ou não.

Resolução:
A um nível de significância de 10%, temos que o p-valor seria menor que o nível de
significância. Neste caso, rejeitamos a hipótese nula.
A um nível de significância de 5%, o p-valor seria maior que o nível de significância. Neste
caso, aceitamos a hipótese nula.
Gabarito: C

EC 19 SENADO 2008 [FGV]


Uma amostra aleatória simples X1, X2, ... , X25, de tamanho 25, de uma distribuição normal
com média μ foi observada e indicou as seguintes estatísticas:
25
X = 10,5 ; ∑(X
i =1
i − X ) 2 = 384

O p – valor do procedimento usual para testar H0: μ 10 versus H1: μ > 10 é um número:
(A) menor do que 0,01.
(B) entre 0,01 e 0,10.
(C) entre 0,10 e 0,25.
(D) entre 0,25 e 0,30.
(E) maior do que 0,30.

Dados constantes da prova do Senado/FGV:

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Resolução.
O p-valor é a área delimitada pela estatística teste.
Como o teste é unilateral, só há uma região crítica, situada do lado direito da reta real (valores
de Z bem maiores que zero, que correspondem a valores de X bem maiores que 10).

A variância amostral fica:


25

∑(X i − X )2
384
s2 = i =1
= = 16
n −1 24
Logo:
s=4
Portanto:
s 4
sX = = = 0,8
n 25
A estatística teste fica:
X − μ 10,5 − 10
t _ teste = = = 0,625
sX 0,8
Agora devemos consultar a tabela para a distribuição T com 24 graus de liberdade, para
encontramos a área delimitada pela estatística teste (área vermelha abaixo).

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Consultando a tabela II disponibilizada nesta prova do Senado, não conseguimos achar a área
associada a 0,625.
Mas conseguimos descobrir que:
60%
- a área associada a 0,531 é de: = 30%
2
50%
- a área associada a 0,685 é de: = 25%
2
Como 0,625 está entre 0,531 e 0,685, então a área que procuramos deve estar entre 25% e
30%.
Gabarito: D

EC 20 TRF 1ª Região/2001 [FCC]


Para responder à questão seguinte, considere as tabelas a seguir. Elas fornecem alguns valores
da função de distribuição F(x). A tabela 1 refere-se à variável normal padrão, as tabelas 2 e 3
referem-se à variável t de Student com 10 e 15 graus de liberdade, respectivamente.
Tabela 1 Tabela 2 Tabela 3
x F(x) X F(x) x F(x)
1,20 0,885 1,37 0,90 1,75 0,95
1,60 0,945 1,81 0,95 2,25 0,98
1,64 0,950 2,36 0,98 2,60 0,99

Seja X: N( μ ,25). Para o teste da média μ 15 contra μ 12 , retirou-se uma amostra


aleatória de 16 elementos de X, tendo-se observado para a média amostral o valor 13.
Determine o nível descritivo do teste.
a) 0,065
b) 0,060
c) 0,055
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d) 0,010
e) 0,005

Resolução:
As hipóteses são:
H0: μ 15
HA: μ 12
Note que, aqui, a hipótese alternativa atribui à média um valor único. Mas o teste continua
sendo unilateral. Apenas valores significativamente menores que 15 nos fazem rejeitar a
hipótese nula.
A notação “X: N( μ ,25)” é uma forma de indicar que a variável X tem distribuição normal
com média desconhecida e variância 25.
O p-valor (ou nível descritivo do teste) é a probabilidade de a variável reduzida assumir um
valor igual ou mais extremo que a estatística teste observada, dado que a hipótese nula é
verdadeira.

Vamos calcular a estatística teste:


σ 5
σX = = = 1,25
n 16
X −μ
Z _ teste =
σX
13 − 15
Z _ teste = = −1,6
1,25
Qual a probabilidade da variável reduzida assumir valores mais extremos que -1,6? Em outras
palavras, qual o valor da área vermelha abaixo?

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Consultando a tabela 1 do enunciado, temos que:
P( Z ≤ 1,6) = 0,945 ⇒ P( Z > 1,6) = 1 0,945 = 0,055
Como, para a variável normal, o gráfico de fdp é simétrico, a probabilidade de Z assumir
valores menores ou iguais a -1,6 também é de 5,5%. Concluímos que a área vermelha, que
corresponde ao p-valor, é de 5,5%.
Gabarito: C
O que significa dizer que o nível descritivo do teste é de 5,5%? Significa que o estatístico
responsável pelo teste pode chegar para quem encomendou a pesquisa e dizer o seguinte.
Olha, se você estiver disposto a aceitar que a probabilidade de ocorrer o erro do tipo I (rejeitar
H0 dado que ela é verdadeira) seja maior que 5,5%, então o teste recomenda rejeitar a hipótese
nula. Caso contrário, o teste recomenda aceitar a hipótese nula.

EC 21 MPE PE/2006 [FCC]


Para resolver a questão abaixo, considere as tabelas a seguir. Elas fornecem alguns valores da
distribuição F(x). A tabela 1 refere-se à variável normal padrão, as tabelas 2 e 3 referem-se à
variável t de Student com 15 e 16 graus de liberdade, respectivamente:
Tabela 1 Tabela 2 Tabela 3
X F(x) X F(x) x F(x)
1,60 0,945 1,753 0,95 1,746 0,95
1,64 0,950 2,248 0,98 2,235 0,98
2,00 0,977 2,583 0,99 2,567 0,99

Seja X uma variável aleatória, com distribuição normal, com média μ e desvio padrão 6. Para
o teste da média μ 11 contra μ 13 , retirou-se uma amostra aleatória de 100 elementos de
X, tendo-se observado para a média amostral o valor 12,2. O nível descritivo do teste é:
a) 0,012 b) 0,023 c) 0,055 d) 0,064 e) 0,077.

Resolução.
As hipóteses são:
H0: μ 11
HA: μ 13
Note que o teste é unilateral. Apenas valores significativamente maiores que 11 nos
fazem rejeitar a hipótese nula.
A estatística teste fica:
σ 6
σX = = = 0,6
n 100
X −μ
Z _ teste =
σX

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12,2 − 11
Z _ teste = =2
0,6
O nível descritivo é igual à probabilidade de a variável reduzida assumir valores mais
extremos que 2. Portanto, o nível descritivo é igual à área vermelha da figura abaixo:

Consultando a tabela 1 do enunciado, temos que a área à esquerda de 2 é igual a 0,977.


Portanto, a área vermelha é igual a 0,023.
Desse modo, o p-valor é igual a 2,3%
Gabarito: B

EC 22 PM MANAUS 2004 [CESGRANRIO]


Um teste de hipótese apresentou p-valor igual a 0,07. Portanto, nos níveis de significância de
5% e 10%, respectivamente, a hipótese nula:
(A) deve ser aceita em ambos.
(B) deve ser aceita no primeiro e rejeitada no segundo.
(C) deve ser rejeitada no primeiro e aceita no segundo.
(D) deve ser rejeitada em ambos.
(E) pode ou não ser rejeitada, dependendo de a hipótese ser simples ou não.

Resolução.
Primeiro caso: α = 5% .
Neste caso, o p-valor é maior que o nível de significância. A hipótese nula deve ser aceita.

Segundo caso: α = 10% .


Neste caso, o p-valor é menor que o nível de significância. A hipótese nula deve ser rejeitada.
Gabarito: B

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IV. TESTE DE HIPÓTESES PARA PROPORÇÕES


1. Teste para proporções usando a distribuição binomial
Vimos na aula 17 que as proporções estão intimamente relacionadas com a distribuição
binomial. Esta relação pode ser utilizada para testarmos hipóteses relacionadas a proporções.

EP 7 Em uma dada população, deseja-se estudar a proporção de pessoas com uma dada
característica genética.
Deseja-se testar a hipótese de proporção de pessoas com a referida característica ser igual a
0,5, contra a hipótese alternativa de ser maior que 0,5.
Para a realização do teste, selecionaram-se 4 pessoas. Decidiu-se rejeitar a hipótese nula caso
todas as 4 tivessem a característica em análise.
Calcule o nível de significância do teste.

Resolução:
Vamos escrever as hipóteses:
H0: p = 0,5
H1: p > 0,5
Onde ‘p’ é a proporção de pessoas com a característica na população.
Na amostra, a cada pessoa com a característica nós temos 1 sucesso. E a cada pessoa
entrevistada, nós temos 1 experimento.
Seja X a variável que designa o número de sucessos em 5 experimentos. Como vimos na aula
17, X é uma variável binomial.
Caso a hipótese nula seja verdadeira, sua média é dada por:
X = np = 4 × 0,5 = 2
E sua variância fica:
σ 2 = npq = 4 × 0,5 × 0,5 = 1
Consequentemente, seu desvio padrão é dado por:
σ 1
O nível de significância corresponde à probabilidade de rejeitar H0, dado que ela é verdadeira.
Vamos calcular o valor desta probabilidade.
Só rejeitaremos H0 caso tenhamos uma amostra com 4 pessoas que possuam a característica.
Caso H0 seja verdadeira, a probabilidade de isso ocorrer é:
P( X = 4) ?
E como X é uma variável binomial, basta usarmos a fórmula da variável binomial, estudada na
aula 17.

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⎛n⎞
P( X = k ) = ⎜ ⎟ × p k × q n−k
⎝k ⎠
⎛ 4⎞ 1
P ( X = 4) = ⎜ ⎟ × 0,5 4 × 0,5 0 =
⎝ 4⎠ 16
O nível de significância é igual a 1/16.

Para responder às questões EC 23, EC 24 e EC 25, considere o enunciado a seguir.


A proporção de pessoas com uma determinada característica numa população é p. Sortearam-
se 5 pessoas ao acaso e com reposição dessa população e calculou-se a proporção p̂ de
pessoas com a característica na amostra. Desejando-se testar: H0: p = 0,5 contra H1: p = 0,6 ,
com base nesta amostra, decidiu-se rejeitar H0 se o número de pessoas com a característica na
amostra for maior ou igual a 4.

EC 23 MPU/2007 [FCC]
O nível de significância associado ao teste é:
a) 6/64;
b) 5/32
c) 1/16;
d) 5/64;
e) 6/32

Resolução.
O nível de significância é a probabilidade de rejeitarmos a hipótese nula, dado que ela é
verdadeira. Corresponde à probabilidade de ocorrência do erro de tipo I.
Vamos supor que a hipótese nula seja verdadeira. Neste caso, dado que a hipótese nula é
verdadeira (logo, p = 0,5 ), é possível que a gente a rejeite? Sim, basta que, numa dada
amostra de 5 pessoas, tenhamos 4 ou 5 pessoas com a dada característica. Vejamos a
probabilidade de isso ocorrer.
Seja X a variável que indica o número de pessoas com a característica na amostra de tamanho
5. Como vimos na aula passada, X é uma variável binomial.
Se a hipótese nula for verdadeira, a probabilidade de termos 4 pessoas com esta característica
na amostra é dada por:
⎛n⎞
P( X = k ) = ⎜ ⎟ × p k × q n−k
⎝k ⎠
⎛5 ⎞ 5
P ( X = 4) = ⎜ ⎟ × 0,5 4 × 0,5 5− 4 = 5 × 0,5 5 =
⎝ 4⎠ 32
A probabilidade de termos 5 pessoas com esta característica na amostra é:

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⎛n⎞
P( X = k ) = ⎜ ⎟ × p k × q n−k
⎝k ⎠
⎛ 5⎞ 1
P ( X = 5) = ⎜ ⎟ × 0,5 5 × 0,5 5−5 =
⎝ 5⎠ 32
A probabilidade de X ser igual a 4 ou igual a 5 é igual ao nível de significância:
P ( X = 4 ∪ X = 5) ?
Como os dois eventos são mutuamente excludentes, a probabilidade da união é igual à soma
das probabilidades.
P ( X = 4 ∪ X = 5) P( X = 4) P( X = 5)
5 1 6
P ( X = 4 ∪ X = 5) = + =
32 32 32
Gabarito: E.

EC 24 MPU/2007 [FCC]
Se o número observado de pessoas com a característica na amostra foi 5, o nível descritivo
associado ao teste é:
a) 5/16
b) 5/32
c) 3/16
d) 1/32
e) 1/16.

Resolução.
Nível descritivo é sinônimo de p-valor.
O p-valor está relacionado com a estatística teste, ou seja, com o resultado obtido para o
experimento realizado.
Seja X a variável que designa o número de pessoas com a característica em estudo, na amostra
de tamanho 5. X é uma variável binomial.
Para o experimento feito, vimos que X assumiu o valor 5. Se a hipótese nula for verdadeira, a
probabilidade de isso ocorrer é:
⎛ 5⎞ 1
P ( X = 5) = ⎜ ⎟ × 0,5 5 × 0,5 5−5 =
⎝ 5⎠ 32
Aliás, nem precisávamos fazer esta conta novamente. Já a tínhamos feito no exercício
anterior.
O p-valor é igual à probabilidade de X assumir valores iguais ou mais extremos que o obtido
para o experimento realizado.
O p-valor é igual a:

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p _ valor = P( X ≥ 5)
Note que, em uma amostra de tamanho 5, o valor máximo que X assume é justamente 5.
p _ valor = P( X ≥ 5) = P( X = 5) 1/ 32
Gabarito: D.

EC 25 MPU/2007 [FCC]
A probabilidade de se rejeitar H0 quando H1 é verdadeira é:
a) 4 × 0,6 5
b) 0,6 5
c) 2,6 × 0,6 4
d) 1 − 0,6 5
e) 5 × 0,4 × 0,6 4

Resolução.
H0 será rejeitada se, na amostra de tamanho 5, tivermos 4 ou 5 pessoas com a característica.
Se H1 for verdadeira, a probabilidade de isso ocorrer fica:
P ( X = 4 ∪ X = 5) P( X = 4) P( X = 5)

⎛5⎞ ⎛5⎞
P ( X = 4 ∪ X = 5) = ⎜⎜ ⎟⎟ × 0,6 4 × 0,4 5− 4 + ⎜⎜ ⎟⎟ × 0,6 5 × 0,4 5−5
⎝ 4⎠ ⎝5⎠
P ( X = 4 ∪ X = 5) = 5 × 0,6 4 × 0,41 + 0,6 5 × 0,4 0
P ( X = 4 ∪ X = 5) = 2 × 0,6 4 + 0,6 5
P ( X = 4 ∪ X = 5) = 0,6 4 × (2 + 0,6)
P ( X = 4 ∪ X = 5) = 0,6 4 × (2,6)
Gabarito: C

EC 26 SENADO 2008 [FGV]


Considere que uma amostra aleatória simples de tamanho n = 5 de uma distribuição Bernoulli
com probabilidade de sucesso p seja usada para testar H0: p = 0,5 versus H1: p = 0,7 e que seja
usado o critério que rejeita a hipótese nula se forem observados 4 ou 5 sucessos. A
probabilidade de se cometer erro tipo 1 é igual a:
(A) 0,1875.
(B) 0,15625.
(C) 0,125.
(D) 0,0625.

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(E) 0,03125.

Resolução.
O erro de tipo I ocorre quando rejeitamos a hipótese nula, dado que ela é verdadeira.
Se ela é verdadeira, então p = 0,5. A sua rejeição ocorrerá se obtivermos 4 ou 5 sucessos em 5
experimentos.
Basta aplicarmos a fórmula da distribuição binomial.
⎛5⎞
P ( X = 4) = ⎜ ⎟ × 0,5 4 × 0,5 = 5 × 0,5 5
⎝ 4⎠
⎛ 5⎞
P ( X = 5) = ⎜ ⎟ × 0,5 5 × 0,5 0 = 0,5 5
⎝ 5⎠
Somando as duas probabilidades:
P ( X = 4 ∪ X = 5) = 6 × 0,5 5 = 18,75%
Gabarito: A

EC 27 BNDES 2008/2 [CESGRANRIO]


Considere o seguinte teste de hipótese para a proporção populacional p:
H 0 : p = 0,6
H 1 : p ≠ 0,6
Para uma amostra de tamanho n=12, construiu-se a região crítica RC (0, 1, 11, 12). O poder
do teste para p = 0,5 é
(A) 26 . 0,512
(B) 13 . 0,512
(C) 12 . 0,512
(D) 2 . 0,512
(E) 0,512

Resolução.
Quer-se testar a hipótese de que a proporção populacional é igual a 60%. Para tanto, extrai-se
uma amostra de tamanho 12. Caso o número de casos favoráveis na amostra (X) seja igual a 0,
1, 11 ou 12, rejeita-se a hipótese nula. Por isso o exercício disse que a região crítica é formada
por esses números.
O poder do teste é a probabilidade de rejeitarmos a hipótese nula, dado que ela é falsa. Ou
seja, é a probabilidade de, dado que a hipótese nula é falsa, a estatística teste (=número de
casos favoráveis na amostra) ser igual a 0, 1, 11 ou 12.

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O exercício nos informou que a proporção populacional verdadeira é igual a 50%. Com isso,
temos condições de calcular a probabilidade de a estatística teste cair na região crítica. Basta
utilizar a fórmula da distribuição binomial.
⎛n⎞
P( X = k ) = ⎜ ⎟ × p k × q n−k
⎝k ⎠
⎛12 ⎞
P ( X = 0) = ⎜ ⎟ × 0,5 0 × 0,512 = 0,512
⎝0 ⎠
⎛12 ⎞
P ( X = 1) = ⎜ ⎟ × 0,51 × 0,511 = 12 × 0,512
⎝1 ⎠
⎛12 ⎞
P ( X = 11) = ⎜ ⎟ × 0,511 × 0,51 = 12 × 0,512
⎝11 ⎠
⎛12 ⎞
P ( X = 12) = ⎜ ⎟ × 0,512 × 0,5 0 = 0,512
⎝12 ⎠
Logo:
P ( X = 0 ∪ X = 1 ∪ X = 11 ∪ X = 12) 0,512 + 12 × 0,512 + 12 × 0,512 + 0,512 = 26 × 0,512
Gabarito: A

2. Teste para proporções usando a distribuição normal


Quando o tamanho da amostra cresce (ou seja, para valores de n grandes), depender da
fórmula da probabilidade para a distribuição binomial fica muito trabalhoso.
Neste caso, podemos utilizar a aproximação que estudamos na aula 17. Vimos que, se X é
binomial, e o número de experimentos é bem grande, então X é aproximadamente normal.
Com isso, podemos realizar o teste de hipóteses para proporções utilizando a distribuição
normal em vez da binomial.
Vamos ver como fica.
Seja X a variável que designa o número de casos favoráveis na amostra de tamanho n. X seria
uma variável binomial.
A proporção de casos favoráveis na amostra fica:
X
pˆ =
n
Usando propriedades da média, temos que a média de p̂ será igual à média de X, dividida por
n.
np
E ( pˆ ) = =p
n
Usando as propriedades da variância, a variância de p̂ será igual à variância de X dividida
por n2.

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npq pq
V ( pˆ ) = =
n2 n
Consequentemente, o desvio padrão de p̂ será:

pq
σ pˆ =
n
Estes são exatamente os resultados apresentados na aula passada, quando estudamos intervalo
de confiança para uma proporção.
Se n for grande, então X é aproximadamente normal. Como conseqüência, p̂ também é
aproximadamente normal.
Sabendo disso, podemos obter a variável normal reduzida. Para tanto, fazemos o seguinte:
- tomamos a variável em estudo ( p̂ )
- subtraímos de sua média
- dividimos pelo seu desvio-padrão
pˆ − p npˆ − np
Z= =
pq npq
n
Vamos ver um exemplo.

EP 8 Uma moeda foi lançada 100 vezes. Em 20% das vezes o resultado foi cara. Em 80%
das vezes, o resultado foi coroa. Teste a hipótese da moeda ser honesta, considerando um
nível de significância de 19,7%.
Dado: P(0 < Z < 1,29) = 40,15%

Resolução.
No fundo, queremos testar a hipótese de que a probabilidade de sair cara seja de 50%. De
outro modo: queremos testar a hipótese de que, em um número muito grande de lançamentos,
a proporção de caras seja de 50%.
Por isto o teste é sobre proporção. A proporção da população ( p ), esta nós não conhecemos.
Queremos justamente testar seu valor.
Assim, num teste de proporções, a proporção da população tem exatamente o mesmo papel
que tinha a média da variável aleatória quando o teste era sobre médias.
A proporção obtida para a amostra é 20% ( p̂ ). Vimos na aula passada que p̂ é um estimador
de p (a proporção da amostra é um estimador da proporção da população). Pois bem, o p̂
tem o mesmo papel que tinha o X no teste de médias.

Resumindo as mudanças no teste de proporções:


O parâmetro desconhecido é p (em vez de μ )

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O estimador é p̂ (em vez de X ).
npˆ − np
A estatística teste é calculada pela fórmula: Z _ teste =
npq
No mais é tudo igual, inclusive a utilização da tabela para variável normal reduzida.
Vamos então resolver o exemplo proposto.
Vamos identificar os elementos.
Queremos testar a hipótese de que a proporção da população seja de 50%.
H0: p = 0,5
HA: p ≠ 0,5
O teste é bilateral.
Os valores que se pretendem testar para a população são: p = 0,5 e q = 0,5 (pois q = 1 − p ).
Para a amostra feita, obteve-se pˆ = 0,2 . Foram 100 lançamentos (n = 100).

Primeiro passo: obter os valores críticos de Z.


Queremos obter os valores de Z de tal forma que a soma das duas áreas amarelas da figura
abaixo seja de 19,7%.

Consequentemente, a área verde seria de 80,3%.


A área verde é a região de aceitação. As áreas amarelas formam a região crítica. Caso o valor
de Z_teste caia na região verde, aceitaremos a hipótese H0. Caso contrário, rejeitamos.

Se a área verde vale 0,803, então a metade da área verde é igual a 0,4015.
O exercício nos disse que 40,15% dos valores de Z estão entre zero e 1,29.

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Logo, a região verde da figura acima é de 80,3%.


Os valores críticos de Z são:
Z _ critico _ 1 = 1,29
Z _ critico _ 2 = 1,29
Segundo passo: obter a estatística teste.
No caso de proporções, a estatística teste é dada por:
npˆ − np
Z _ teste =
npq
Substituindo os valores, ficamos com:
100 × 0,2 − 100 0,5 − 30
Z _ teste = = = −6
100 × 0,5 × 0,5 5
Terceiro passo: comparar a estatística teste com os valores críticos. Vemos que a estatística
teste é menor que o Z _ critico _ 1 . A estatística teste cai na região crítica (área amarela).
Rejeitamos a hipótese nula.

EC 28 SEFAZ MG 2005 [ESAF]


Um fabricante afirma que pelo menos 95% dos equipamentos que fornece à indústria
encontram-se dentro de suas especificações. Uma amostra de 200 itens escolhidos ao acaso
revelou 10 itens fora de especificação. Assinale a opção que corresponde ao valor
probabilístico (p-valor) do teste de H0: θ ≥ 0,95 contra HA: θ 0,95 , sendo θ a proporção
populacional de itens dentro da especificação.
a) 0,500
b) 0,050
c) 0,025
d) 0,010
e) 0,100

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Resolução.
Não precisamos fazer o teste de hipóteses inteiro. Precisamos apenas encontrar o p-valor. O p-
valor está relacionado com a estatística teste.
Vamos encontrar a estatística teste.
O número de itens pesquisado é 200.
n = 200
A proporção amostral de itens dentro da especificação é:
190
θˆ = = 0,95
200
Note que aqui o exercício está chamando a proporção de θ (quando nós sempre usamos o
símbolo p ).
Vamos então voltar para a nossa simbologia.
190
pˆ = = 0,95
200
Queremos testar a hipótese de a proporção da população ser igual a 0,95. Portanto, queremos
testar os seguintes valores:
p = 0,95 ⇒ q = 0,05
A estatística teste fica:
npˆ − np
Z _ teste =
npq
npˆ − np
Z _ teste =
npq
200 × 0,95 − 200 0,95
Z _ teste = =0
npq
O p-valor é a área vermelha da figura abaixo.

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A estatística teste é igual a zero, que é justamente o ponto médio da distribuição normal
reduzida. O gráfico da fdp é simétrico em torno de zero. Logo, a área à esquerda de zero é
igual à área à direita. Ambas valem 0,5.
Portanto o p-valor é 0,5.
Gabarito: A.

EC 29 SEFAZ MG 2005 [ESAF]


Lança-se uma moeda 20 vezes e observa-se a ocorrência de 7 caras. Seja θ a probabilidade de
cara. Assinale a opção que dá o valor da estatística teste correspondente ao teste da hipótese
H0: θ ≥ 0,5 contra HA: θ < 0,5 .

a) − 0,3 20

b) − 0,2 20

c) 0,3 20

d) 0,2 20

e) 0,5 20

Resolução.
Novamente não precisamos fazer todo o teste. Precisamos apenas calcular a estatística teste.
A moeda foi lançada 20 vezes.
n = 20
A proporção amostral de caras foi:
7
pˆ = (o exercício usou o símbolo θ . Estou mantendo nossa simbologia).
20

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A proporção populacional que se pretende testar é:
p = 0,5 ⇒ q = 0,5
A estatística teste fica:
npˆ − np
Z _ teste =
npq
20 × 7 / 20 − 20 0,5
Z _ teste =
20 × 0,5 × 0,5
7 − 10
Z _ teste =
0,5 20
−6
Z _ teste =
20
− 6 20
Z _ teste =
20
Z _ teste = −0,3 20
Gabarito: A.

EC 30 Basa/2007 [CESPE]
Um programa de controle de qualidade foi implementado em uma agência bancária. A cada
10 clientes que entram na fila para solicitar um certo tipo de serviço S, um atendente entrega
um pequeno questionário, que deve ser preenchido pelo cliente e devolvido ao caixa do
banco. Um dos quesitos monitorados diariamente é a proporção de clientes que estão
satisfeitos com o atendimento de um modo geral. Em determinada semana, foram observados
os resultados mostrados na tabela a seguir.

Dia da semana 2ª 3ª 4ª 5ª 6ª
número de clientes observados 30 40 20 50 70
proporção de clientes satisfeitos 0,9 0,8 0,9 0,8 0,6

Com base nesses dados, julgue o item que se segue.


1. Considere que se deseje testar a hipótese de que a verdadeira proporção de clientes
satisfeitos na terça-feira seja superior a 0,85. Nessa situação, a estatística do teste,

considerando a aproximação normal, é dada por


(0,85 − 0,8) 40 .
0,4

Resolução.
O problema só pediu o cálculo da estatística teste.

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Na terça-feira a proporção de clientes satisfeitos (proporção amostral) é:
pˆ = 0,8
A proporção populacional que se pretende testar é:
p = 0,85
Se p = 0,85 , temos que q = 0,15
O número de clientes observados foi:
n = 40
Com todas estas informações, vamos ao cálculo da estatística teste.
npˆ − np
Z _ teste = .
npq
40 × 0,8 − 40 0,85
Z _ teste =
40 × 0,85 × 0,15
40 × (0,8 0,85)
Z _ teste =
40 × 0,85 × 0,15

40 × (0,8 − 0,85)
Z _ teste =
0,85 × 0,15

Z _ teste =
(0,8 − 0,85) × 40
0,85 × 0,15
Este valor é diferente do valor informado no enunciado. O item está errado.
Gabarito: errado.

V. DISTRIBUIÇÃO DE QUI-QUADRADO
A partir de agora veremos uma distribuição muito importante para realizarmos diversos tipos
de teste de hipóteses. Trata-se da distribuição de qui-quadrado. É uma distribuição diferente
da distribuição normal.
Considere diversas variáveis normais reduzidas ( Z 1 , Z 2 , Z 3 , ..., Z k ). Todas elas têm a mesma
distribuição normal de média zero e desvio padrão unitário.
Seja χ 2 uma variável tal que:
k
χ 2 = ∑ Zi2
i =1

Ou seja, a variável χ 2 é igual a uma soma dos quadrados de k variáveis normais de média
zero e desvio padrão unitário. Dizemos que χ 2 tem distribuição de qui-quadrado com k graus
de liberdade.
Então vai funcionar assim. Sempre que tivermos uma situação em que a variável envolvida
puder ser expressa como uma soma de quadrados de variáveis normais reduzidas, tal variável

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terá distribuição de qui-quadrado. E para ela nós podemos consultar a tabela específica para a
distribuição de qui-quadrado. Trata-se da Tabela III, anexada ao final desta aula, gerada com
o Excel.
EC 31 CGU 2008 [ESAF]
Sejam n variáveis aleatórias N(0,1) independentes. A soma de seus quadrados tem uma
distribuição de:
a) t de Student com n-1 graus de liberdade
b) t de Student com n graus de liberdade
c) qui quadrado com n graus de liberdade
d) qui quadrado com 2n graus de liberdade
e) F com 1 grau de liberdade no numerador e n graus de liberdade no denominador.

Resolução.
O símbolo N(0,1) é uma forma de representar variáveis aleatórias normais. O “N” indica que
a variável aleatória normal. Dentro do parêntesis, o primeiro número indica a média e o
segundo número indica a variância.
Então o que temos na questão é uma soma de quadrados de variáveis normais com média zero
e desvio padrão unitário.
Já sabemos que esta soma tem distribuição de qui-quadrado com n graus de liberdade.
Gabarito: C.

EC 32 PM MANAUS 2004 [CESGRANRIO]

Se X 1 , X 2 ,..., X n são variáveis aleatórias independentes e com distribuição normal reduzida,


então a variável aleatória ( X 1 ) + ( X 2 ) + ... + ( X n ) tem distribuição
2 2 2

(A) normal.
(B) qui-quadrado com n - 1 graus de liberdade.
(C) qui-quadrado com n graus de liberdade.
(D) t de Student com n - 1 graus de liberdade.
(E) t de Student com n graus de liberdade.

Resolução.
Questão idêntica à anterior.
Gabarito: C

EC 33 MP RO 2005 [CESGRANRIO]
Se X 1 , X 2 ,..., X n são variáveis aleatórias independentes e com distribuição normal reduzida,
então a variável aleatória X 1 + X 2 + ... + X n tem média:
2 2 2

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a) 1
n −1
b)
2
n
c)
2
d) n − 1
e) n

Resolução.
Já sabemos que X 1 + X 2 + ... + X n
2 2 2
tem distribuição de qui-quadrado com n graus de
liberdade.
Vamos calcular a esperança de X 2 .
V (X ) = 1

E ( X 2 ) − (E ( X ) ) = 1
2

E( X 2 ) − 0 = 1
E( X 2 ) = 1
Ou seja, se X tem distribuição normal reduzida, então E ( X 2 ) = 1 .

O exercício pediu a esperança de: X 1 + X 2 + ... + X n .


2 2 2

A esperança da soma é igual à soma das esperanças:


E ( X 1 + X 2 + ... + X n ) = E ( X 1 ) + E ( X 2 ) + ... + E ( X n )
2 2 2 2 2 2

E ( X 1 + X 2 + ... + X n ) = 1 + 1 ... + 1 n
2 2 2

Ou seja, uma variável aleatória com distribuição de qui-quadrado com n graus de liberdade
tem média igual a n.
Gabarito: E

1. Distribuição de qui-quadrado e variância


A distribuição de qui-quadrado pode ser utilizada para determinação de intervalos de
confiança para a variância ou ainda para testarmos valores para a variância de uma variável
aleatória.
Seja X uma variável aleatória, com média μ e variância σ 2 . Seja s 2 o estimador da variância
populacional, baseado em uma amostra aleatória de tamanho n.
(n − 1) s 2
É possível demonstrar que tem distribuição de qui-quadrado com n − 1 graus de
σ2
liberdade. Ou seja, a variável χ 2 , tal que:

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(n − 1) s 2
χ2 =
σ2
tem distribuição de qui-quadrado e, para ela, nós podemos consultar a tabela III (colocada ao
final da aula). Esta informação é útil para testarmos hipóteses acerca da variância, bem como
para definirmos intervalos de confiança para a mesma.
Um grande cuidado que temos que ter com a distribuição de qui-quadrado é que ela não é
simétrica (ao contrário da distribuição normal e da distribuição T).
Apenas para se ter uma idéia do gráfico, segue exemplo abaixo, para 4 graus de liberdade.

Quando o número de graus de liberdade aumenta, o gráfico tende a ficar simétrico (vide EC
35).

EC 34 PM MANAUS 2004 [CESGRANRIO]


Se (X1, X2, ..., Xn) são variáveis aleatórias independentes e com distribuição normal reduzida
X + X 2 + ... + X n
e X = 1 , então a distribuição de ( X 1 − X ) 2 + ( X 2 − X ) 2 + ... + ( X n − X ) 2 é:
n
a) normal
b) qui-quadrado com n-1 graus de liberdade
c) qui-quadrado com n graus de liberdade
d) t de Student com n-1 graus de liberdade
e) t de Studente com n graus de liberdade

Resolução.
A variância amostral é dada por:

∑ (X )
n
2
i −X
s2 = i =1

n −1
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Logo:

( )
n
s 2 × (n − 1) = ∑ X i − X
2

i =1

Dividindo os dois lados da igualdade por σ 2 :

∑ (X )
n
2
−X
s × (n − 1)
2 i
= i =1

σ 2
σ2
Como X tem distribuição normal reduzida, sua variância é igual a 1:
s 2 × (n − 1)
( )
n
= ∑ Xi − X
2

σ 2
i =1

s 2 × (n − 1)
Como vimos, tem distribuição de qui-quadrado com n − 1 graus de liberdade.
σ2
∑ (X )
n
2
Logo, i −X também tem distribuição de qui-quadrado com n − 1 graus de liberdade.
i =1

Gabarito: B.

EC 35 SEFAZ MS 2006 [FGV]


Uma amostra aleatória simples de tamanho 25 foi selecionada para estimar a média
desconhecida de uma população normal. A média amostral encontrada foi de 4,2 e a variância
amostral foi 1,44.

O intervalo de 95% de confiança para a variância populacional é:


a) (0,88; 2,79)
b) (0,72; 3,05)
c) (0,64; 3,20)
d) (0,55; 3,16)
e) (0,44; 3,44)

Resolução.
Temos um exercício de intervalo de confiança para a variância.
Na aula passada, estudamos como construir intervalos de confiança para a média e para a
proporção.
Agora que já estudamos a distribuição de qui-quadrado, temos condições de fazer intervalos
de confiança também para a variância populacional.
O tamanho da amostra foi 25.
n = 25
A variância amostral foi 1,44.

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s 2 = 1,44

(n − 1) s 2
Sabemos que a variável χ 2 = tem distribuição de qui-quadrado com n − 1 graus de
σ2
liberdade.
(n − 1) s 2
χ2 =
σ2
Substituindo o valor de n:
(25 − 1) × s 2
χ2 =
σ2
Tem distribuição de qui-quadrado com 24 graus de liberdade.
Abaixo segue o gráfico para a fdp da distribuição de qui-quadrado com 24 graus de liberdade
(gerado com o excel).

Note como o gráfico já tem uma assimetria menor que aquele com 4 graus de liberdade,
apresentado durante a parte teórica.
Queremos descobrir valores que delimitam uma área de 95%.
Consultando a tabela III, para 24 graus de liberdade, vemos que apenas 2,5% dos valores são
superiores a 39,364.
Consultando a mesma tabela, para 24 graus de liberdade, vemos que 97,5% dos valores são
superiores a 12,401. Portanto, 2,5% dos valores são inferiores a 12,401.

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As duas áreas amarelas da figura acima são iguais a 2,5%. As duas somadas valem 5%.
Portanto a área verde tem 95%.
Assim, em 95% dos casos a variável χ 2 estará entre 12,401 e 39,364.
12,401 ≤ χ 2 ≤ 39,364

(n − 1) s 2
12,401 ≤ ≤ 39,364
σ2
Substituindo s 2 pelo valor específico da amostra (1,44) ficamos com:
(25 − 1) 1,44
12,401 ≤ ≤ 39,364
σ2
Neste caso, substituindo s 2 pelo valor específico da amostra (1,44), não falamos que a
(25 − 1) × 1,44
probabilidade de 12,401 ≤ ≤ 39,364 é de 95%. Substituindo o valor 1,44 na
σ 2

expressão acima, obtemos um valor que pode ou não estar no intervalo entre 12,401 e 39,364.
Supondo que esteja, ficamos com:
(25 − 1) 1,44
12,401 ≤ ≤ 39,364
σ2
Invertendo as frações:
1 σ2 1
≤ ≤
39,364 (25 − 1) × 1,44 12,401
0,88 ≤σ 2,79
2

Este é o intervalo de 95% de confiança para a variância populacional.


Gabarito: A.
Se fôssemos resumir o passo a passo para achar o intervalo de confiança da variância,

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1º passo: determinar os valores de χ 2 que delimitam um intervalo com a confiança solicitada.
Neste exercício, deveríamos determinar um intervalo de 95% de confiança. Para tanto, basta
consultar a tabela da distribuição de qui-quadrado, com n − 1 graus de liberdade.
Em consulta à Tabela III verificamos que em 95% dos casos a variável χ 2 estará entre 12,401
e 39,364.
12,401 ≤ χ 2 ≤ 39,364

Vamos chamar estes valores de χ 1 e χ 2 .


2 2

χ1 2 = 12,401 e χ 2 2 = 39,364
Segundo passo: obter o valor específico de s 2 para a amostra feita.
s 2 = 1,44 (dado no enunciado)
Terceiro passo: determinar o intervalo de confiança, na forma:
(n − 1) × s 2 (n − 1) × s 2
≤σ2 ≤
χ22 χ12

EC 36 MP RO 2005 [FCC]
Uma amostra aleatória simples de tamanho 25 foi selecionada para estimar a média e a
variância desconhecidas de uma população normal. A média amostral encontrada foi 5,2 e a
variância amostral foi 1,44.
O intervalo de 95% de confiança para a variância populacional é:
(A) (0,48; 2,40)
(B) (0,52; 2,96)
(C) (0,58; 2,84)
(D) (0,67; 3,43)
(E) (0,88; 2,79)

Resolução.
1º passo: determinar os valores de χ 2 que delimitam um intervalo com a confiança solicitada.
Neste exercício, deveríamos determinar um intervalo de 95% de confiança. Para tanto, basta
consultar a tabela da distribuição de qui-quadrado, com 24 graus de liberdade.
Consultando a tabela III (coluna de 97,5% e 24 graus de liberdade), temos que a área verde
de figura abaixo é de 97,5%.

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Consequentemente, a área amarela é de 2,5%.


Da mesma tabela, temos que a área amarela da figura abaixo também é de 2,5%:

Juntando as duas figuras, temos que a área verde da figura abaixo é de 95%.

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Portanto, em 95% dos casos, 12,401 ≤ χ 2 ≤ 39,364 .


Segundo passo: obter o valor específico de s 2 para a amostra feita.
s 2 = 1,44 (dado no enunciado)
Terceiro passo: determinar o intervalo de confiança, na forma:
(n − 1) × s 2 (n − 1) × s 2
≤σ2 ≤
χ22 χ12
(24) × 1,44 (24) × 1,44
≤σ2 ≤
39,364 12,401
0,88 ≤σ 2≤ 2,79
Gabarito: E

EC 37 PETROBRAS 2005 [CESGRANRIO]


Uma amostra aleatória simples, de tamanho 16, foi selecionada para estimar a média
desconhecida de uma população normal. A média amostral encontrada foi 4,8 e a variância
amostral, 1,44.
O intervalo de 90% de confiança para a variância populacional é
(A) (0,48 ; 2,40)
(B) (0,52 ; 2,84)
(C) (0,58 ; 2,96)
(D (0,67 ; 3,43)
(E) (0,86 ; 2,97)

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Resolução.
1º passo: determinar os valores de χ 2 que delimitam um intervalo com a confiança solicitada.
Neste exercício, deveríamos determinar um intervalo de 90% de confiança. Para tanto, basta
consultar a tabela da distribuição de qui-quadrado, com 15 graus de liberdade.
A área entre 7,261 e 24,996 é de 90%.
χ 1 2 = 7,261 e χ 2 2 = 24,996
Segundo passo: obter o valor específico de s 2 para a amostra feita.
s 2 = 1,44 (dado no enunciado)
Terceiro passo: determinar o intervalo de confiança, na forma:
(n − 1) × s 2 (n − 1) × s 2
≤σ2 ≤
χ22 χ12
(15) × 1,44 (14) × 1,44
≤σ2 ≤
24,996 7,261
0,86 ≤σ 2≤ 2,97
Gabarito: E

EC 38 PM MANAUS [CESGRANRIO]
Uma amostra aleatória simples de tamanho 16 foi selecionada para estimar a média
desconhecida de uma população normal. A média amostral encontrada foi 5,2 e a variância
amostral foi 1,44.
O intervalo de 95% de confiança para a variância populacional é:
(A) (0,79 ; 3,47)
(B) (0,67 ; 3,43)
(C) (0,58 ; 2,84)
(D) (0,52 ; 2,96)
(E) (0,48 ; 2,40)

Resolução.
1º passo: determinar os valores de χ 2 que delimitam um intervalo com a confiança solicitada.
Neste exercício, deveríamos determinar um intervalo de 95% de confiança. Para tanto, basta
consultar a tabela da distribuição de qui-quadrado, com 15 graus de liberdade.
A área entre 6,23 e 27,5 é de 95%.
χ 1 2 = 6,23 e χ 2 2 = 27,5
Segundo passo: obter o valor específico de s 2 para a amostra feita.
s 2 = 1,44 (dado no enunciado)

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Terceiro passo: determinar o intervalo de confiança, na forma:
(n − 1) × s 2 (n − 1) × s 2
≤σ2 ≤
χ22 χ12
(15) × 1,44 (14) × 1,44
≤σ2 ≤
27,5 6,23
0,79 ≤σ 2≤ 3,47
Gabarito: A

EP 9 Quer-se testar a hipótese de a variância de uma população ser igual a 2, contra a


hipótese alternativa de a variância ser menor que 2.
Para tanto, extraiu-se uma amostra de tamanho 11, que forneceu uma variância amostral igual
a 1,5.
Considerando um nível de significância de 5%, qual o resultado do teste?

Resolução.
Primeiro passo: obtemos o valor crítico (valor de χ 2 _ critico ).
Consultando a tabela III para 10 graus de liberdade, temos que 5% dos valores de χ 2 são
menores ou iguais a 3,940.
χ 2 _ critico = 3,940
Este valor crítico nos permite definir a região crítica (área amarela, igual a 5%) e a região de
aceitação (área verde, igual a 95%):

Segundo passo: obter a estatística teste.

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(n − 1) s 2
χ 2 _ teste =
σ2
(11 − 1) 1,5
χ 2 _ teste = = 7,5
2
Terceiro passo: comparamos a estatística teste com o valor crítico.
A estatística teste é maior que o valor crítico. A estatística teste cai na região de aceitação.
Aceitamos a hipótese nula.

EC 39 INMETRO 2007 [CESPE]


O fabricante de uma balança de precisão afirma que o desvio padrão das medições dessa
balança é de 0,0002 g. Considere que um usuário dessa balança faça um experimento para
testar a afirmação do fabricante. Após 8 medições, esse usuário verifica que o desvio padrão
amostral foi igual a 0,0005 g. O usuário decide testar a hipótese nula H 0 : σ ≤ 0,0002 versus
a hipótese alternativa H A : σ > 0,0002 . Com base nessas informações, julgue os itens a
seguir.
118. A estatística qui-quadrado para o teste em questão é inferior a 40.
119. Se a hipótese nula for rejeitada em nível de significância de 5%, então o poder do teste
será de 95%.
120. Um intervalo de conviança de 95% para a variância amostral pode ser dado por
0,0005 ± 1,96 × 0,0002
8

Resolução.
Item 118.
Queremos calcular a estatística teste.
(n − 1) s 2
χ _ teste =
2

σ2
(8 − 1) × (5 ⋅ 10 −4 ) 2 7 × 25 ⋅ 10 −8
χ 2 _ teste = = = 43,75
(2 ⋅ 10 − 4 ) 2 4 ⋅ 10 −8
Gabarito: errado.

Item 119.
Como vimos no começo da aula, poder do teste é a probabilidade de H0 ser rejeitada dado que
ela é falsa. Não temos como calcular esse valor com os dados fornecidos.
A questão pretendeu confundir o candidato. O valor 1 − , de fato, é igual a 95%. Mas o
poder do teste é igual a 1 − β .
Gabarito: errado.

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Item 120.
A questão tentou fazer um “mix”, usando trechos do intervalo de confiança para a média (em
que fazemos uso da distribuição normal). O item está errado.
Gabarito: errado.

2. Teste de qui-quadrado para proporções


A distribuição de qui-quadrado é muito empregada para realizarmos teste de hipóteses sobre
proporções.
Nesta aula nós já vimos alguns testes de hipóteses para proporções. Na fl. 54 nós vimos um
teste em que se utilizava a distribuição binomial. Na fl. 59 nós vimos um teste em que se
utilizava a distribuição normal. E, agora, veremos que também é possível fazer testes de
hipóteses para proporções usando a distribuição de qui-quadrado.
Assim, quando tivermos problemas referentes a proporções, podemos utilizar a distribuição de
qui-quadrado. Esta utilização do teste de qui-quadrado tem uma grande importância, porque é
utilizada como base para estudarmos o tópico seguinte, em que se comparam diversas
proporções.
Para estudarmos esta nova aplicação do teste de qui-quadrado, precisamos introduzir uma
nova simbologia.

E1 designa a freqüência esperada dos resultados favoráveis, nos casos em que a hipótese nula
é verdadeira.
E 2 designa a freqüência esperada dos resultados desfavoráveis, nos casos em que a hipótese
nula é verdadeira.
O1 designa a freqüência observada dos resultados favoráveis, nos casos em que a hipótese
nula é verdadeira.
O2 designa a freqüência observada dos resultados desfavoráveis, nos casos em que a hipótese
nula é verdadeira.
2
(Oi − Ei ) 2
É possível demonstrar que a variável χ 2 = ∑ tem distribuição de qui-quadrado
i =1 Ei
com 1 grau de liberdade.

O passo a passo do teste é bem parecido com todos os outros testes de hipóteses estudados na
aula de hoje.

Primeiro calculamos o valor crítico com o auxílio da tabela III.


(Oi − Ei ) 2
2
Calculamos a estatística teste. A fórmula é: χ _ teste = ∑
2

i =1 Ei
Comparamos os dois valores. Se a estatística teste for maior que o valor crítico, rejeitamos a
hipótese nula.

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Teste de qui-quadrado para proporções:


Primeiro calculamos os valores críticos com o auxílio da tabela da distribuição de qui-
quadrado.

→ 2
(Oi − Ei ) 2
Calculamos a estatística teste. A fórmula é: χ = ∑
2

i =1 Ei
Comparamos os dois valores. Se a estatística teste for maior que o valor crítico,
rejeitamos a hipótese nula

Um detalhe importante. Nos testes de hipóteses vistos anteriormente, o terceiro passo do


teste poderia se dar de inúmeras formas:
· se o teste for unilateral e a região crítica estiver à esquerda de zero, rejeitamos a
hipótese nula se a estatística teste for menor que o valor crítico
· se o teste for unilateral e a região crítica estiver à direita de zero, rejeitamos a
hipótese nula se a estatística teste for maior que o valor crítico
· se o teste for bilateral, definimos dois valores críticos; rejeitamos a hipótese nula se a
estatística teste não estiver contida no intervalo definido pelos dois valores críticos.
Aqui a situação muda completamente. No caso do teste de qui-quadrado para proporções, a
única forma de rejeitarmos a hipótese nula ocorre quando a estatística teste é maior que o
valor crítico.
Isto ocorre porque a variável em análise é obtida a partir da seguinte operação. Primeiro
fazemos a diferença entre cada freqüência observada e a respectiva freqüência esperada.
Depois, elevamos a diferença ao quadrado.
Quando se eleva a diferença ao quadrado, obtém-se um número que é sempre maior ou igual a
zero.
Quanto mais próximos de zero forem os quadrados das diferenças, mais forte é o sinal de que
as freqüências observadas são iguais às esperadas. É um forte sinal de que a hipótese nula é
verdadeira.
Do contrário, quanto mais diferentes de zero forem os quadrados das diferenças, mais forte é
o sinal de que as freqüências observadas e esperadas são diferentes. Neste caso, os quadrados
das diferenças seriam significativamente maiores que zero. Como conseqüência, a região
crítica sempre está do lado direito.
Por isso, no caso do teste de qui-quadrado aplicado a proporções, só rejeitamos a hipótese
nula quando a estatística teste é maior que o valor crítico.
Vamos a um exemplo.

EP 10 Lança-se uma moeda 20 vezes e observa-se a ocorrência de 7 caras. Seja θ a


probabilidade de cara. Teste a hipótese H0: θ 0,5 contra HA: θ 0,5 .
Resolução:
O problema é sobre teste de hipóteses envolvendo proporção. Então podemos utilizar a
distribuição de qui-quadrado para 1 grau de liberdade.

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Primeiro passo: obter o valor crítico.
O nível de significância é de 5%. Ou seja, a região crítica é igual a 5%.
Para obter o valor crítico, consultamos a tabela III ao final desta aula. Encontramos o valor
associado à probabilidade de 5%. Este valor é 3,841.
χ 2 _ crítico = 3,841
Segundo passo: determinar a estatística teste.
Se a hipótese nula for verdadeira, a proporção de caras é de 0,5. Portanto, em 20 lançamentos,
as freqüências esperadas para os resultados favoráveis (sair cara) e desfavoráveis (sair coroa)
são:
E1 = 10 (são esperadas 10 caras)
E 2 = 10 (são esperadas 10 coroas).
Já as freqüências observadas foram:
O1 = 7 (foram observadas 7 caras).
O2 = 13 (foram observadas 7 coroas).
Agora vem a novidade.
2
(Oi − Ei ) 2
Se a hipótese nula for verdadeira, a variável χ 2 = ∑ tem distribuição de qui-
i =1 Ei
quadrado com 1 grau de liberdade.
Substituindo os valores:
2
(Oi − Ei ) 2
χ2 = ∑
i =1 Ei

χ _ teste =
2 (7 − 10)
2
+
(13 − 10)
2

10 10
18
χ 2 _ teste = = 1,8
10
Terceiro passo: comparar a estatística teste com o valor crítico.
A estatística teste não é maior que o valor crítico. Não rejeitamos a hipótese nula.
Esta utilização da distribuição de qui-quadrado, para testar hipóteses sobre uma proporção,
não é muito cobrada em prova. Mas é importante porque serve para estudarmos um assunto
muito cobrado: o teste de qui-quadrado para várias proporções.

3. Teste de qui-quadrado para várias proporções


Esta é a utilização mais importante do teste de qui-quadrado, ao menos para concursos. É uma
generalização do caso anterior, para uma proporção. Aqui podemos comparar ao mesmo
tempo diversas proporções. E, além disso, elas não precisam conter apenas dois tipos de
ocorrências (sucessos e fracassos).

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Para ilustrar, considere que estamos fazendo uma pesquisa em dois bairros diferentes (bairros
A e B). Queremos saber se as pessoas são a favor, contra ou são indiferentes a uma dada
política urbana.
Em cada bairro, não temos apenas sucessos e fracassos. Não temos apenas duas categorias de
opinião. Temos três: a pessoa pode ser favorável à política, pode ser contra, ou pode ser
indiferente.
Podemos utilizar o teste de qui-quadrado para comparar se, nos dois bairros acima, a opinião
dos moradores quanto à referida política é igual. Caso aceitemos a hipótese de igualdade,
consideramos que a opinião geral dos cidadãos não tem relação com o bairro onde vivem (A
ou B). Do contrário, caso a diferença de opinião seja significante, rejeitaremos a hipótese de
igualdade de opiniões.
Vejamos alguns exercícios.

EC 40 CGU 2008 [ESAF]


Dos 100 candidatos inscritos em um concurso que estudaram no curso preparatório A, 75
foram aprovados no concurso, enquanto que dos 100 candidatos inscritos no concurso que
estudaram no curso preparatório B, 65 foram aprovados nesse concurso. Se desejarmos testar
a hipótese estatística de que a proporção de aprovação dos dois cursos é a mesma, obtenha o
valor mais próximo da estatística do teste, que tem aproximadamente uma distribuição qui-
quadrado com um grau de liberdade.
a) 1,21.
b) 1,44.
c) 1,85.
d) 2,38.
e) 2,93.

Resolução.
Vamos continuar com a mesma simbologia de freqüências esperadas e observadas, tanto para
resultados favoráveis (=sucessos), quanto para casos desfavoráveis (=fracassos).
A diferença é que agora não temos apenas uma proporção. São duas proporções. Temos a
proporção de aprovados no curso A e a proporção de aprovados no curso B.
Com isso, teremos resultados favoráveis e desfavoráveis, esperados e observados, tanto para o
curso A quanto para o curso B.
Temos duas proporções: a proporção de candidatos do curso A que foram aprovados e a
proporção de candidatos do curso B que foram aprovados. Queremos testar a hipótese de que
ambas as proporções são iguais.
O enunciado deu as freqüências observadas.
O número de sucessos no curso A foi de 75 (foram 75 aprovados).
O A _ 1 = 75
O número de fracassos (resultados desfavoráveis) no curso A foi 25.

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O A _ 2 = 25

O número de sucessos no curso B foi de 65.


OB _ 1 = 65

O número de fracassos no curso B foi de 35


OB _ 2 = 35

Agora vamos às freqüências esperadas. Supondo que a hipótese de igualdade das proporções
seja verdadeira, podemos juntar todos os alunos como pertencentes a um só curso. Neste
curso “resultante”, a proporção de alunos aprovados é:
75 + 65 140
= = 0,7
100 + 100 200
No geral, foram aprovados 70% dos alunos, independentemente de curso.
Se a hipótese nula for verdadeira, então a freqüência esperada de aprovação em cada um dos
cursos é igual à freqüência geral obtida acima (=70%).
Basta você pensar assim. Alguém chega e te informa que 70% dos alunos dos cursos A e B
foram aprovados. Esta mesma pessoa te fala que 100 alunos de cada curso fizeram a prova.
Sabendo apenas estas informações, se você supuser que os alunos dos dois cursos tiveram o
mesmo desempenho, você esperaria as seguintes freqüências:
E A _ 1 = 70 (você esperaria 70% de aprovação no curso A)

E A _ 2 = 30 (você esperaria 30% de reprovação no curso A)

E B _ 1 = 70 (você esperaria 70% de aprovação no curso B)

E B _ 2 = 30 (você esperaria 30% de reprovação no curso B)

Podemos colocar tudo isto numa tabela:


Curso A Curso B
Freqüência Freqüência Freqüência Freqüência
observada esperada observada esperada
Aprovados 75 70 65 70
Reprovados 25 30 35 30
Total 100 100 100 100
(Oi − Ei ) 2
É possível demonstrar que a soma de todos os valores de é uma variável com
Ei
distribuição de qui-quadrado.
Quando tínhamos uma proporção apenas, o número de graus de liberdade era sempre igual a
1.
Quando tivermos mais de uma proporção, o número de graus de liberdade vai variar. Para
descobri-lo, precisamos ver quantas linhas e colunas tem a nossa tabela acima.
Para tanto, devemos considerar só uma das tabelas (ou a de freqüência esperada, ou a de
freqüência observada, dá no mesmo).

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Freqüências esperadas:
Curso A Curso B
Freqüência Freqüência
esperada esperada
Aprovados 70 70
Reprovados 30 30
Freqüências observadas:
Curso A Curso B
Freqüência Freqüência
observada observada
Aprovados 75 65
Reprovados 25 35

Cada uma das duas tabelas tem duas linhas e duas colunas.
L ⇒ número de linhas
C ⇒ número de colunas.
L=2
C=2
O número de graus de liberdade será igual a (L − 1) × (C 1)
graus _ de _ liberdade = (L 1) × (C 1)
graus _ de _ liberdade = (2 − 1) (2 − 1) 1
Pronto. Visto isso, vamos ao teste.
Na verdade o exercício pediu apenas a estatística teste.
Para treinar, vamos fazer o teste de hipótese para um nível de significância de 5%.
Primeiro passo: encontrar o valor crítico.
Para tanto, precisamos consultar a tabela III, colocada ao final da aula.
Procuramos pelo valor crítico que separa uma área de 5%, situada na extremidade direita do
gráfico. Consultando a coluna para área de 5% e 1 grau de liberdade, temos que o valor crítico
é 3,84.
χ 2 _ crítico = 3,84
Segundo passo: encontrar a estatística teste. Na verdade foi apenas isto que o enunciado
pediu. Por isso a questão não forneceu uma tabela para a distribuição de qui-quadrado.
Para encontrar a estatística teste, encontramos o valor de χ 2 para os valores de freqüências
(Oi − Ei ) 2
fornecidos. Basta somar todos os valores de
Ei

(75 − 70) 2 (25 − 30) 2 (65 − 70) 2 (35 − 30) 2


χ 2 _ teste = + + +
70 30 70 30

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25 25 25 25
χ 2 _ teste = + + + = 2,38
70 30 70 30

A estatística teste é igual a 2,38.


Gabarito: D.

Mas continuemos nosso teste.


Terceiro passo: comparar a estatística teste com o valor crítico.
A estatística teste é menor que o valor crítico. Não rejeitamos a hipótese nula. Ou seja, a
diferença entre as duas proporções não foi tão grande a ponto de nos fazer rejeitar a hipótese
nula. Não há evidências suficientemente fortes que nos levem a rejeitar a hipótese de que as
duas proporções são iguais.
Teste de qui-quadrado para várias proporções:

O número de graus de liberdade é dado por: (L − 1) × (C 1) .



Onde L é o número de linhas e C é o número de colunas.
Ressalva: ver EC 61

O enunciado a seguir refere-se às questões EC 41, EC 42 e EC 43


A tabela a seguir mostra os resultados obtidos em matemática por três turmas.

Aprovados Reprovados Total


Turma X 30 10 40
Turma Y 35 5 40
Turma Z 15 5 20
Total 80 20 100
Desejamos testar, utilizando o teste do qui-quadrado:
H0: os seis resultados possíveis têm probabilidades iguais versus
HA: os seis resultados possíveis não têm probabilidades iguais.

EC 41 SEFAZ/MS – 2006 [FGV]


O valor observado da estatística qui-quadrado é, aproximadamente:
a) 1,16
b) 2,34
c) 3,44
d) 4,66
e) 5,58

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Resolução:
Olha gente, eu acho que o enunciado ficou um pouquinho confuso. Creio que a hipótese que
se pretende testar seria a seguinte:
H0: a proporção de aprovados nas três turmas é a mesma
HA: as proporções são diferentes.

Se a hipótese nula for verdadeira, as três turmas teriam o mesmo desempenho.


No total, são 100 alunos. Destes, 80 foram aprovados. A turma X tem 40 alunos. A turma Y
tem 40 alunos. A turma Z tem 20 alunos. Se soubéssemos apenas estas informações e
quiséssemos descobrir quantos alunos foram aprovados em cada turma, supondo que as três
turmas tenham o mesmo desempenho, levaríamos em conta que 80% dos alunos de cada uma
das turmas foi aprovado.
Isto corresponde a considerar que todas as turmas tiveram desempenho igual ao desempenho
geral das três turmas.
As freqüências esperadas ficariam conforme a tabela abaixo.

Turma X Turma Y Turma Z


F observada F esperada F observada F esperada F observada F esperada
Aprovados 30 32 35 32 15 16
Reprovados 10 8 5 8 5 4
Total 40 40 40 40 20 20

(Oi − Ei ) 2
A estatística teste é obtida pela soma de todos os valores de .
Ei

(30 − 32) 2 (10 − 8) 2 (35 − 32) 2 (5 − 8) 2 (15 − 16) 2 (5 − 4) 2


χ _ teste =
2
+ + + + + = 2,34
32 8 32 8 16 4
Gabarito: B

EC 42 SEFAZ/MS – 2006 [FGV]


O número de graus de liberdade é:
a) 2
b) 3
c) 4
d) 6
e) 99

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Resolução.
Nossa tabela é a que segue:

F observada F observada F observada


(X) (Y) (Z)
Aprovados 30 35 15
Reprovados 10 5 5

L ⇒ número de linhas
C ⇒ número de colunas.
L=2
C =3

O número de graus de liberdade será igual a (L − 1) × (C 1)


graus _ de _ liberdade = (L 1) × (C 1)
graus _ de _ liberdade = (2 − 1) (3 − 1) 2
Gabarito: A.

EC 43 SEFAZ/MS – 2006 [FGV]


Nos níveis de 1%, 5% e 10%, a decisão sobre H0 é:

α = 1% α 5% α 10%
A Não rejeitar Não rejeitar Não rejeitar
B Não rejeitar Não rejeitar Rejeitar
C Não rejeitar Rejeitar Rejeitar
D Rejeitar Rejeitar Não rejeitar
E Rejeitar Rejeitar Rejeitar

Resolução.
Sabemos que, se a hipótese nula for verdadeira, a variável χ 2 tem distribuição de qui-
quadrado com dois graus de liberdade.
Vamos encontrar os valores críticos para cada um dos três testes que se pretende fazer.
Quando o teste tem nível de significância de 1%, o valor crítico constante da tabela é igual a
9,21. Este valor é maior que a estatística teste. Portanto não rejeitamos a hipótese nula.
Quando o teste tem nível de significância de 5%, o valor crítico constante da tabela é igual a
5,99. Este valor é superior à estatística teste. Portanto não rejeitamos a hipótese nula.

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Quando o teste tem nível de significância de 10%, o valor crítico constante da tabela é igual a
4,61. Este valor é superior à estatística teste. Portanto não rejeitamos a hipótese nula.
Para nenhum dos três casos rejeitamos a hipótese nula.
Gabarito: A

EC 44 SENADO 2008 [FGV]


A tabela de contingência a seguir foi obtida para se testar homogeneidade entre as proporções
de conceitos obtidos em um exame nacional com dois métodos de ensino:

O valor da estatística qui-quadrado usual para esses dados é:


(A) 6.
(B) 12.
(C) 18.
(D) 24.
(E) 36.

Resolução:
Os testes de hipóteses para proporções, usando a distribuição de qui-quadrado, recebem
nomes especiais. Nós não os mencionamos porque, para resolver os exercícios que caem em
concurso, o nome pouco importa.
Só para não passar em branco, vamos a eles:
- Testes de Aderência: queremos testar se uma população segue uma dada distribuição de
probabilidades.
- Teste de homogeneidade: queremos testar se diferentes populações têm a mesma
distribuição. Exemplo: testar se duas turmas de uma escola tiveram o mesmo desempenho na
prova de matemática.
- Teste de independência: queremos testar se duas variáveis diferentes são independentes
entre si. Exemplo: queremos ver se o aproveitamento num teste independe do sexo da pessoa.
Queremos testar se propensão a ter câncer independe da cor da pele.
Neste exercício, queremos saber se a proporção de alunos que tirou A, B e C é a mesma, tanto
para o método 1 quanto para o método 2.
Podemos montar o seguinte quadro de freqüências observadas:
A B C Total
método 1 50 10 40 100
método 2 50 40 10 100
total 100 50 50 200

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Do total de 200 avaliados, 50% tirou o conceito A, 25% B, e 25% C.
Supondo homogeneidade entre aqueles que foram ensinados com os dois métodos, estes
mesmos percentuais deveriam ser verificados dentro de cada grupo.
Assim, temos o seguinte quadro de freqüências esperadas:
A B C
método 1 50 25 25
método 2 50 25 25
(Oi − Ei ) 2
A estatística teste é obtida pela soma de todos os valores de .
Ei

(50 − 50) 2 (50 − 50) 2 (10 − 25) 2 (40 − 25) 2 (40 − 25) 2 (10 − 25) 2
χ _ teste =
2
+ + + + + =
50 50 25 25 25 25
= 36
Gabarito: E

EC 45 MTE 2010 [ESAF]


Em uma amostra aleatória simples de 100 pessoas de uma população, 15 das 40 mulheres da
amostra são fumantes e 15 dos 60 homens da amostra também são fumantes. Desejando-se
testar a hipótese nula de que nesta população ser fumante ou não independe da pessoa ser
homem ou mulher, qual o valor mais próximo da estatística do correspondente teste de qui-
quadrado?
a) 1,79.
b) 2,45.
c) 0,98.
d) 3,75.
e) 1,21.

Resolução.
Frequencias observadas:
Fumante Não-fumante Total
Homem 15 45 60
mulher 15 25 40
Total 30 70 100

No geral, temos 30% de fumantes.


Se a proporção de fumantes for a mesma entre homens e mulheres, então esperaríamos ter
30% de fumantes em cada grupo.
Frequencias esperadas:
Fumante Não-fumante Total
Homem 18 42 60
mulher 12 28 40

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Total 30 70 100

Para cálculo da estatística teste, fazemos o seguinte:


- subtraímos as frequências observadas das esperadas
- elevamos ao quadrado
- dividimos pela frequência esperada
- somamos todos os resultados acima indicados.
A estatística teste fica:
(15 − 18) 2 (15 − 12) 2 (45 − 42) 2 (25 − 28) 2
+ + + = 1,79
18 12 42 28
Gabarito: A

EC 46 MPU/2007 [FCC]
Para responder à questão, utilize a tabela abaixo para o teste, onde P(qui-quadrado ≥ vc )= p

p 5% 4% 2,5% 2% 1%
graus de
liberdade
1 3,841 4,218 5,024 5,412 6,635
2 5,991 6,438 7,378 7,824 9,210
3 7,815 8,311 9,348 9,837 11,345

Uma pesquisa de opinião sobre a qualidade do sabão Diamante foi realizada em dois bairros
(A e B) da cidade de São Paulo. No bairro A sorteou-se 300 residentes e destes 180 o
classificaram como bom e os demais o classificaram como ruim. No bairro B foram sorteados
100 residentes e 80 o classificaram como ruim e os demais o classificaram como bom.
Utilizou-se o teste de qui-quadrado para se avaliar se existe diferença no grau de satisfação
dos residentes. O valor observado do qui-quadrado e a decisão do teste ao nível de
significância de 5% são, respectivamente,
a) 24, não existe diferença de opinião significativa entre os bairros
b) 24, existe diferença de opinião significativa entre os bairros
c) 48, não existe diferença de opinião significativa entre os bairros
d) 48, existe diferença de opinião significativa entre os bairros
e) 50, existe diferença de opinião significativa entre os bairros

Resolução.
Podemos montar o seguinte quadro:
Bairro A Bairro B Total
bom 180 20 200
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ruim 120 80 200
No total, 50% dos entrevistados avaliaram como bom e 50% como ruim.
Supondo que a hipótese nula seja verdadeira (ou seja, supondo que não exista diferença
significativa de opinião nos dois bairros), temos que os percentuais acima se aplicariam a cada
um dos bairros:

A B
Freqüência Freqüência Freqüência Freqüência
observada esperada observada esperada
bom 180 150 20 50
ruim 120 150 80 50

(Oi − Ei ) 2
A estatística teste é obtida pela soma de todos os valores de .
Ei

(180 − 150) 2 (120 − 150) 2 (20 − 50) 2 (80 − 50) 2


χ 2 _ teste = + + + = 48
150 150 50 50
A estatística teste é igual a 48. Ficamos entre as alternativas C e D.

O número de graus de liberdade é dado por:


( L − 1) (C − 1) 2
(2 − 1) (2 − 1) 1
Consultando a tabela fornecida, para 1 grau de liberdade e nível de significância de 5%,
temos: 3,841 (valor crítico).
A estatística teste é superior ao valor crítico. Devemos rejeitar a hipótese nula. Existe
diferença significativa entre as opiniões nos dois bairros.
Gabarito: D

EC 47 Secretaria de Estado de Meio Ambiente/ES – 2007 [CESPE]

Estação do ano
Primavera Verão Outono Inverno Total
Presente 60 90 70 30 250
Ausente 1190 1460 1400 1300 5350
Total 1250 1550 1470 1330 5600

Um dos critérios para a avaliação da qualidade da água para o consumo humano é a detecção
de coliformes fecais na água distribuída à população. A tabela acima apresenta os resultados
das análises de 5.600 amostras de água coletadas, entre os anos de 1995 a 2000, em uma

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grande cidade, conforme as estações do ano. Considerando as informações da tabela acima,
julgue o item a seguir.
56. O valor da estatística de qui-quadrado com respeito à hipótese de independência entre os
resultados e as estações do ano é superior a 15.

Resolução.
Supor que os resultados independem da estação do ano é o mesmo que supor que a proporção
de amostras com ausência de coliformes fecais é a mesma em todas as estações do ano.
Suponhamos que esta hipótese seja correta. Em todo o conjunto de amostras, temos 5350
amostras sem coliformes, num total de 5600. A proporção para todo o conjunto fica:
5350
= 95,54%
5600
Se a hipótese nula for correta, este percentual é o mesmo em todas as estações.
Na primavera temos 1250 amostras. Espera-se que 95,54% delas não contenham coliformes.
Ou seja, espera-se que 1194 não contenham coliformes.
No verão temos 1550 amostras. Espera-se que 95,54% delas não contenham coliformes. Ou
seja, espera-se que 1481 não contenham coliformes. E assim por diante.
Consolidando todos esses dados numa tabela:

Primavera Verão
Freqüência Freqüência Freqüência Freqüência
observada esperada observada esperada
Presente 60 56 90 69
Ausente 1190 1194 1460 1481
Outono Inverno
Freqüência Freqüência Freqüência Freqüência
observada esperada observada esperada
Presente 70 66 30 59
Ausente 1400 1404 1300 1271

(Oi − Ei ) 2
A estatística teste é obtida pela soma de todos os valores de .
Ei

(60 − 56) 2 (1190 − 1194) 2 (90 − 69) 2 (1460 − 1481) 2 (70 − 66) 2
χ 2 _ teste = + + + + +
56 1194 69 1481 66
(1400 − 1404) 2 (30 − 59 ) (1300 − 1271) 2
2
+ + + = 22,16
1404 59 1271
A estatística teste é superior a 15. O item está correto.
Gabarito: certo.
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EC 48 MPE PE/2006 [FCC]


Considere a tabela a seguir para o teste, onde P(qui-quadrado ≥ vc) = p

p 5% 4% 2,5% 2% 1%
graus de
liberdade
1 3,841 4,218 5,024 5,412 6,635
2 5,991 6,438 7,378 7,824 9,210
3 7,815 8,311 9,348 9,837 11,345
A opinião sobre o atendimento (entre bom, regular e ruim) aos pacientes em dois hospitais
públicos foi estudado em duas cidades. Na cidade A sorteou-se 200 usuários e destes 50
classificaram em regular, 70 classificaram em ruim e os demais classificaram com bom o
atendimento do hospital A. Na cidade B foram sorteados 200 usuários e 120 classificaram em
bom, 50 em regular, e os demais classificaram como ruim o atendimento do hospital B.
Utilizou-se o teste de qui-quadrado para avaliar se existe diferença no grau de satisfação com
os hospitais das duas cidades. O valor observado do qui-quadrado e a decisão do teste ao nível
de 5% de significância são, respectivamente:
a) 24, existe diferença de opinião significativa entre as duas cidades
b) 24, não existe diferença de opinião significativa entre as duas cidades
c) 25, existe diferença de opinião significativa entre as duas cidades
d) 26, existe diferença de opinião significativa entre as duas cidades
e) 26, não existe diferença de opinião significativa entre as duas cidades

Resolução.
Podemos montar o seguinte quadro:

Cidade A Cidade B Total


bom 80 120 200
regular 50 50 100
ruim 70 30 100

No total, 50% dos usuários classificaram como bom, 25% como regular e 25% como ruim.
Supondo que a hipótese nula seja verdadeira (ou seja, supondo que não exista diferença
significativa de opinião nas duas cidades), temos que os percentuais acima se aplicariam a
cada uma das duas cidades:

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Cidade A Cidade B
Freqüência Freqüência Freqüência Freqüência
observada esperada observada esperada
bom 80 100 120 100
regular 50 50 50 50
ruim 70 50 30 50

(Oi − Ei ) 2
A estatística teste é obtida pela soma de todos os valores de .
Ei

(80 − 100) 2 (50 − 50) 2 (70 − 50) 2 (120 − 100) 2 (50 − 50) 2
χ 2 _ teste = + + + + +
100 50 50 100 50
(30 − 50) 2
+ = 24
50
A estatística teste é igual a 24. Ficamos entre as alternativas “a” e “b”.

Para ver se rejeitamos ou não a hipótese nula, devemos comparar a estatística teste com o
valor crítico.
Na tabela acima temos 3 linhas e 2 colunas. O número de graus de liberdade é igual a:
( L − 1) (C − 1) 2
Consultando a tabela para 2 graus de liberdade e um nível de significância de 5%, temos:
5,991.
Como a estatística teste foi maior que o valor crítico, rejeitamos a hipótese nula. Ou seja,
existe diferença significativa de opinião entre as cidades.
Gabarito: A

Texto para EC 49, EC 50 e EC 51.


Uma empresa comprou, de três diferentes fornecedores, máquinas de fazer café. A tabela a
seguir mostra o desempenho
dessas máquinas.

Desejamos testar, usando o teste qui-quadrado:


H0: a qualidade das máquinas independe dos fornecedores versus
H1: a qualidade das máquinas depende dos fornecedores.

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EC 49 MP RO 2005 [CESGRANRIO]
O valor observado da estatística qui-quadrado é:
(A) 2,4
(B) 3,6
(C) 4,8
(D) 6,0
(E) 7,2

Resolução.
Queremos saber se a proporção de máquinas com defeito é a mesma para os três fornecedores.
De um total de 45 máquinas compradas, 15 apresentaram defeitos (1/3). Caso a proporção de
defeitos seja a mesma para os três fornecedores, então, para cada um deles, a proporção de
defeitos será de 1/3. Com isso, podemos construir a tabela de freqüências esperadas e
observadas.

X Y Z
Freqüênci Freqüênci Freqüênci Freqüênci Freqüênci Freqüênci
a a a a a a
observada esperada observada esperada observada esperada
com 5 75751
defeito
normal 14 10 8 10 8 10

(Oi − Ei ) 2
A estatística teste é obtida pela soma de todos os valores de .
Ei

(1 − 5) 2 (14 − 10) 2 (7 − 5) 2 (8 − 10) 2 (7 − 5) 2 (8 − 10) 2


χ 2 _ teste = + + + + + = 7,2
5 10 5 10 5 10
Gabarito: E

EC 50 MP RO 2005 [CESGRANRIO]
O número de graus de liberdade é:
(A) 2
(B) 3
(C) 4
(D) 5
(E) 9

Resolução.

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L=2
C =3
O número de graus de liberdade fica:
( L − 1) (C − 1) 1 × 2 2
Gabarito: A

EC 51 MP RO 2005 [CESGRANRIO]
Nos níveis de 1%, 5% e 10% de significância, a decisão sobre H0 é:

Resolução.
Precisamos consultar a tabela da distribuição de qui-quadrado para 2 graus de liberdade.

Primeiro caso: α = 1% .
Neste caso, χ 2 _ crítico = 9,210 A estatística teste (7,2) é menor que o valor crítico.
Aceitamos a hipótese nula.

Segundo caso: α = 5% .
Neste caso, χ 2 _ crítico = 5,991 . A estatística teste (7,2) é maior que o valor crítico.
Rejeitamos a hipótese nula.

Terceiro caso: α = 10% .


Agora nem precisa consultar a tabela. Se para um nível de significância de 5% nós já
rejeitávamos a hipótese nula, então para 10% (que corresponde a uma região crítica maior),
nós também rejeitaremos a hipótese nula.
Gabarito: C

Texto para EC 52, EC 53 e EC 54


Para medir a preferência por marcas de refrigerantes, selecionou-se uma amostra aleatória de
300 estudantes. A tabela a seguir mostra os resultados obtidos:

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Desejamos testar, usando o teste qui-quadrado:


H0: a preferência por marcas independe da zona da cidade
versus
H1: a preferência por marcas depende da zona da cidade.

EC 52 PETROBRAS 2005 [CESGRANRIO]


O valor observado da estatística qui-quadrado é:
(A) 2,5
(B) 3,0
(C) 4,0
(D) 4,6
(E) 5,0

Resolução.
Se a hipótese nula for verdadeira, então a proporção de pessoas que preferem a marca X será a
mesma nas três zonas. O mesmo se aplica para a marca Y.
De um total de 300 pessoas, sabemos que 145 preferem X e 155 preferem Y. Ou seja, as
145 155
proporções de preferência de X e Y são de e . Caso a hipótese nula seja verdadeira,
300 300
estas proporções ocorrerão em todas as regiões da cidade.
sul norte oeste
Freqüênci Freqüênci Freqüênci Freqüênci Freqüênci Freqüênci
a a a a a a
observada esperada observada esperada observada esperada
X 50 145/3 55 145/3 40 145/3
Y 50 155/3 45 155/3 60 155/3
(Oi − Ei ) 2
A estatística teste é obtida pela soma de todos os valores de .
Ei

(50 − 145 / 3) 2 (50 − 155 / 3) 2 (55 − 145 / 3) 2 (45 − 155 / 3) 2 (40 − 145 / 3) 2
χ _ teste =
2
+ + + + +
145 / 3 155 / 3 145 / 3 155 / 3 145 / 3

(60 − 155 / 3) 2
+ = 4,67
155 / 3

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Deste modo, eu marcaria a letra D. Mas o gabarito oficial preliminar foi letra E. Infelizmente,
na página da Cesgranrio não consta mais esta prova para que eu possa consultar o gabarito
definitivo.
Se vocês visualizarem algum erro na minha solução, por favor me avisem.
Se vocês souberem se houve alteração no gabarito oficial, também agradeço o aviso.
Gabarito: E

EC 53 PETROBRAS 2005 [CESGRANRIO]


O número de graus de liberdade é:
(A) 2
(B) 4
(C) 6
(D) 99
(E) 299

Resolução:
L=2
C =3
O número de graus de liberdade fica:
( L − 1) (C − 1) 1 × 2 2
Gabarito: A

EC 54 PETROBRAS 2005 [CESGRANRIO]


Nos níveis de 1%, 5% e 10% de significância, a decisão sobre H0 é:

Resolução.
Precisamos consultar a tabela da distribuição de qui-quadrado para 2 graus de liberdade.

Primeiro caso: α = 1% .

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Neste caso, χ 2 _ crítico = 9,210 A estatística teste (5) é menor que o valor crítico. Aceitamos
a hipótese nula.

Segundo caso: α = 5% .
Neste caso, χ 2 _ crítico = 5,991 . A estatística teste (5) é menor que o valor crítico. Aceitamos
a hipótese nula.

Terceiro caso: α = 10% .


Neste caso, χ 2 _ crítico = 4,605 . A estatística teste (5) é maior que o valor crítico. Rejeitamos
a hipótese nula.
Gabarito: B

Texto para EC 55 e EC 56.


Os dados a seguir são provenientes de uma análise preliminar de 500 pacientes inscritos no
Programa de Tratamento de Obesidade, em um grande hospital do Rio de Janeiro.
Considere as duas variáveis: sexo do paciente e grau de obesidade (0 = baixo, 1= médio e 2=
alto).

Deseja-se testar, usando o teste qui-quadrado, se existe dependência entre as variáveis sexo e
grau de obesidade
H0: o grau de obesidade independe do sexo
H1: o grau de obesidade depende do sexo

EC 55 PETROBRAS 2008/2 [CESGRANRIO]


O valor observado da estatística qui-quadrado, aproximadamente, é
(A) 0,03
(B) 2,90
(C) 4,05
(D) 16,40
(E) 173,10

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Resolução.
No geral, tomando as 500 pessoas, independentemente de sexo, temos as seguintes
proporções:
130/500 têm obesidade 0;
200/500 têm obesidade 1;
170/500 têm obesidade 2.
Caso a obesidade independa do sexo, então essas proporções serão verificadas tanto nos
homens quanto nas mulheres.
homens mulheres
Obesidade F esperada F observada F esperada F observada
0 52 50 78 80
1 80 100 120 100
2 68 50 102 120
(Oi − Ei ) 2
A estatística teste é obtida pela soma de todos os valores de .
Ei

(52 − 50) 2 (80 − 100) 2 (68 − 50) 2 (78 − 80) 2 (120 − 100) 2 (102 − 120) 2
χ 2 _ teste = + + + + + =
52 80 68 78 120 102

=16,40
Gabarito: D

EC 56 PETROBRAS 2008/2 [CESGRANRIO]


Utilizando os níveis de significância de 1%, 5% e 10%, a decisão sobre a hipótese nula é

Resolução.
O número de graus de liberdade fica:
( L − 1) (C − 1) 2 ×1 2
Primeiro caso: α = 1% .
Neste caso, χ 2 _ crítico = 9,210 . A estatística teste (16,4) é maior que o valor crítico.
Rejeitamos a hipótese nula.
Para os demais casos, também rejeitaremos a hipótese nula. Aumentar o nível de significância
é aumentar a região crítica.

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Gabarito: E

EC 57 TCE RO [CESGRANRIO]
Realizada uma pesquisa de mercado, com 50 pessoas, em que se pretendia estudar se a
preferência com relação a adoçantes artificiais, com ou sem aspartame, dependia ou não do
sexo, obtiveram-se os seguintes resultados:

O valor observado da estatística qui-quadrado e o número de graus de liberdade,


respectivamente, são:
(A) 2,19 e 2
(B) 2,19 e 3
(C) 12,00 e 2
(D) 12,00 e 3
(E) 19,60 e 2

Resolução.
Em um total de 50 pessoas (independente de sexo), temos:
2/5 preferem adoçante com aspartame
2/5 preferem adoçante sem aspartame
1/5 sem preferência.
Caso este comportamento independa de sexo, estas mesmas proporções serão verificadas
entre os homens e entre as mulheres.
homens mulheres
preferência F esperada F observada F esperada F observada
com aspartame 4 2 16 18
sem aspartame 4 5 16 15
sem preferencia 2 3 8 7
(Oi − Ei ) 2
A estatística teste é obtida pela soma de todos os valores de .
Ei

(4 − 2) 2 (4 − 5) 2 (2 − 3) 2 (16 − 18) 2 (16 − 15) 2 (8 − 7) 2


χ 2 _ teste = + + + + + = 2,19
4 4 2 16 16 8
O número de graus de liberdade fica:

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( L − 1) (C − 1) 2 ×1 2
Gabarito: A

Texto para EC 58 e EC 59
As questões a seguir referem-se a resultados de um teste de associação entre as variáveis
representadas na tabela de contingência a seguir.

O valor da estatística qui-quadrado e o nível descritivo do teste (p-value) observados foram,


respectivamente, X 2=1,811 e 0,770.

EC 58 CAPES 2008 [CESGRANRIO]


Com relação ao teste de hipótese realizado, considere as afirmações a seguir.
I - O teste foi baseado em 9 graus de liberdade.
II - A hipótese de independência entre Sexo e Região não é rejeitada para qualquer nível de
significância inferior a 10,0%.
III - Com 95,0% de confiança afirma-se que existe associação entre as variáveis Sexo e
Região.
IV - Sob a hipótese de independência entre as variáveis Sexo e Região, o número esperado de
mulheres na região Norte é menor que o número observado.
Estão corretas APENAS as afirmações
(A) I e II
(B) II e IV
(C) I, II e IV
(D) I, III e IV
(E) II, III e IV

Resolução.
I – O número de graus de liberdade fica:
( L − 1) (C − 1) 4 ×1 4
(A) I e II
(B) II e IV

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(C) I, II e IV
(D) I, III e IV
(E) II, III e IV
II - Se o nível de sinigicância for de 10%, então o nível de significância será menor que o p-
valor. Com isso, aceitamos a hipótese nula. Se diminuirmos o nível de significância para
menos de 10%, a área crítica diminuirá. Continuaremos aceitando a hipótese nula. A frase está
correta.
III – Trabalhar com 95% de confiança significa que o nível de significância é de 5%. Como
vimos na frase anterior, neste caso, aceitamos a hipótese de independência entre sexo e região.
A frase está errada.
(A) I e II
(B) II e IV
(C) I, II e IV
(D) I, III e IV
(E) II, III e IV

IV – No geral, a proporção de pessoas no Norte é de 119/2410. Caso haja independência entre


sexo e religião, então esta proporção se verifica tanto em homens quanto em mulheres.
O número esperado de mulheres é:
1083 × 119 / 2410 = 53,48
Frase correta.
Gabarito: B

EC 59 CAPES 2008 [CESGRANRIO]


No cálculo da estatística do teste, a menor diferença entre o número de homens observado e o
esperado ocorre na região
(A) Centro-Oeste
(B) Nordeste
(C) Sudeste
(D) Norte
(E) Sul

Resolução.
Observado Esperado Diferença
CO 111 115,080083 -4,080082988
NE 214 220,7995851 -6,799585062
N 65 65,52406639 -0,52406639
SE 665 649,1838174 15,81618257
S 272 276,4124481 -4,412448133

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A menor diferença (em módulo) ocorre na região Norte.
Gabarito: D

Texto para EC 60 a EC 62
A tabela a seguir mostra os resultados obtidos em 60 lançamentos de um dado.

Desejamos testar, usando o teste qui-quadrado:


H0: os seis resultados possíveis têm probabilidades iguais versus
H1: os seis resultados possíveis não têm probabilidades iguais.

EC 60 PM MANAUS 2004 [CESGRANRIO]


O valor observado da estatística qui-quadrado é:
(A) 3,8
(B) 5,0
(C) 6,2
(D) 8,6
(E) 50

Resolução.
O dado foi jogado 60 vezes. Caso todas as faces tenham a mesma probabilidade de sair, é
esperado que todas elas saiam 1/6 das vezes.
Resultado Observado Esperado
1 10 10
2 12 10
3 9 10
4 8 10
5 15 10
6 6 10
(Oi − Ei ) 2
A estatística teste é obtida pela soma de todos os valores de .
Ei

(10 − 10) 2 (12 − 10) 2 (9 − 10) 2 (8 − 10) 2 (15 − 10) 2 (16 − 10) 2
χ 2 _ teste = + + + + + = 5
10 10 10 10 10 10
Gabarito: B

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EC 61 PM MANAUS 2004 [CESGRANRIO]
O número de graus de liberdade é:
(A) 5
(B) 6
(C) 54
(D) 59
(E) 60

Resolução
( L − 1) (C − 1) ?
(6 − 1) × (1 1)
Observem que o número de colunas é igual a 1. Com isso, temos 1 – 1, que é igual a zero.
Mas o número de graus de liberdade nunca pode ser igual a zero.
Quando isto acontecer, ou seja, quando o número de linhas (ou colunas) for igual a 1, a gente
não faz a subtração. O número de graus de liberdade fica assim:
( L − 1) × (C ) 5 ×1 5
Gabarito: A

EC 62 PM MANAUS 2004 [CESGRANRIO]


Nos níveis de 1%, 5% e 10% de significância, a decisão sobre H0 é:

Resolução.
Para 10% de nível de significância, o valor crítico é 9,24 (vide tabela colocada ao final da
aula). A estatística teste (=5) é menor que o valor crítico. Não rejeitamos a hipótese nula.
Se reduzirmos o nível de significância para 1% ou para 5%, estaremos reduzindo a região
critica. A hipótese continuará sendo aceita.
Gabarito: A

EC 63 SEFAZ/SP 2009 [FCC]


Espera-se que o número de reclamações tributárias em um órgão público durante determinada
semana seja igual a 25, em qualquer dia útil. Sabe-se que nesta semana ocorreram 125
reclamações com a seguinte distribuição por dia da semana:

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Para decidir se o número de reclamações tributárias correspondente não depende do dia da


semana, a um nível de significância , é calculado o valor do qui-quadrado ( ) que se deve
comparar com o valor do qui-quadrado crítico tabelado com 4 graus de liberdade. O valor de
é

(A) 1,20
(B) 1,90
(C) 4,75
(D) 7,60
(E) 9,12

Resolução:

Gabarito: D

EC 64 MPU 2004/ [ESAF]


O resultado de um ensaio destinado a investigar a efetividade da vacinação de animais na
prevenção de certo tipo de doença produziu a tabela de contingência seguinte.

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Deseja-se testar a hipótese de que os perfis (de linha) de vacinados e não vacinados
coincidem. Assinale a opção que dá o valor da contribuição da primeira célula da tabela para a
estatística teste de homogeneidade do qui-quadrado.
a) 0,326
b) 0,450
c) 0,400
d) 0,500
e) 0,467

Resolução:
Sabemos que a estatística qui-quadrado é calculada da seguinte maneira.

A contribuição da primeira célula é

Gabarito: E

Os testes de hipóteses para proporções, usando a distribuição de qui-quadrado, recebem


nomes especiais. Nós não os mencionamos porque, para resolver os exercícios que caem em
concurso, o nome pouco importa.
Só para não passar em branco, vamos a eles:
- Testes de Aderência: queremos testar se uma população segue uma dada distribuição de
probabilidades. O exemplo é o teste dos exercícios EC 60 a EC 62, em que queríamos saber se
o dado tem distribuição uniforme discreta.
- Teste de homogeneidade: queremos testar se diferentes populações têm a mesma
distribuição. Exemplo: testar se duas turmas de uma escola tiveram o mesmo desempenho na
prova de matemática. O EC 40 também é um exemplo deste tipo de teste.
- Teste de independência: queremos testar se duas variáveis diferentes são independentes
entre si. Exemplo: queremos ver se o aproveitamento num teste independe do sexo da pessoa.
Queremos testar se propensão a ter câncer independe da cor da pele. Um outro exemplo é o
teste dos EC 49, EC 50 e EC 51.

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VI. COMENTÁRIOS FINAIS SOBRE TESTE DE HIPÓTESES


Em relação aos testes de hipóteses estudados, não sei se vocês notaram, mas na grande
maioria dos exercícios a preocupação do enunciado é sempre com o nível de significância.
Relembrando seu significado: nível de significância é a probabilidade de se cometer o erro do
tipo I. É igual ao valor de α .
Pois bem, em quase todos os exercícios que vimos, foram fixados valores de α muito
pequenos. Isto, em geral, diminui o poder do teste (aspecto já comentado logo no início da
aula). Qual o resultado? O resultado é que é bastante provável que aceitemos a hipótese nula.
Nesses casos, em que o valor de α é pequeno, aceitar a hipótese nula não quer dizer muita
coisa. Nem sei se é adequado falar que nós a aceitamos. Talvez fosse mais correto dizer que
não a rejeitamos.
Se o nível de significância é pequeno, nós aceitamos um intervalo muito grande de valores.
Ou seja, para um grande intervalo de valores possíveis nós não rejeitamos a hipótese nula. Por
isso, em vez de falarmos que aceitamos a hipótese nula, é mais indicado dizer que o valor do
experimento não foi tão extremo a ponto de nos fazer rejeitá-la.
Quando o valor de α é pequeno, o teste de hipóteses só tem um maior caráter “conclusivo”
quando rejeitamos a hipótese nula. Neste caso sim, a probabilidade de que a hipótese
alternativa seja verdadeira é considerável. Isto porque só num caso muito extremo nós
rejeitaríamos a hipótese nula. Se, feita a amostragem, o resultado é muito extremo, temos um
forte indício de que a hipótese nula é falsa.
Por fim, gostaria de destacar a relação entre o teste de hipóteses e o intervalo de confiança.
Essas duas matérias são bem parecidas. No intervalo de confiança, partíamos de uma média
amostral para estimar um intervalo para a média populacional. Nos testes de hipóteses
fazemos o caminho contrário. Consideramos que uma dada média populacional é válida.
Obtemos uma média amostral que nos fornecerá indícios se a hipótese inicial era realmente
válida ou não.
Nesta relação entre os dois assuntos, um aspecto interessante comentado por Pedro Luiz de
Oliveira Costa Neto, em seu livro “Estatística”, é o seguinte. Nos dois casos, tanto no
intervalo de confiança, quanto no teste de hipóteses, relacionamos os mesmos estimadores
com seus respectivos parâmetros. Por exemplo, sempre analisamos a média populacional ( μ )
e seu estimador, a média amostral obtida ( X ). Na estimação por intervalo, a média amostral é
o centro do intervalo de confiança para a média da população. Isto porque a média amostral é
o melhor estimador para a média da população. Pela mesma razão, no teste de hipóteses, a
variável mais adequada para testar o valor da média populacional é a média amostral.

Um grande abraço a todos!!!

VII. LISTA DAS QUESTÕES DE CONCURSO

Texto para EC 1 e EC 2.
Um pesquisador avaliou se a pressão sangüínea dos candidatos do último Concurso para um
Tribunal de Contas se alterava no início da prova. Em condições normais, sem stress, os

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candidatos entre 18 e 32 anos apresentaram uma pressão sistólica média de 120 mm Hg. Após
medir a pressão de 36 candidatos a cinco minutos do início da prova, foi encontrada a pressão
sistólica média de 125,2 mm Hg com desvio padrão amostral de 12 mm Hg. Deve-se testar:
H 0 : μ = 120
H 1 : μ > 120

EC 1 TCE RO 2007[CESGRANRIO]
O valor calculado da estatística t é:
(A) 2,60
(B) 0,43
(C) 0,01
(D) – 0,43
(E) – 2,60

EC 2 TCE RO 2007[CESGRANRIO]
Nos níveis de significância de 5% e 10%, é correto afirmar que a(o):
(A) hipótese nula é aceita em ambos os níveis.
(B) hipótese nula é rejeitada em ambos os níveis.
(C) hipótese nula é rejeitada em 5% e aceita em 10%.
(D) hipótese nula é aceita em 5% e rejeitada em 10%.
(E) teste é inconclusivo.
EC 3 SEFAZ RJ 2007 [FGV]
Para a realização do teste de hipóteses Ho: μ = μo, contra H1: μ > μo, definimos como ERRO
DO TIPO I:

EC 4 SEFAZ MS 2006 [FGV]


Em um teste de hipóteses, a hipótese nula foi rejeitada no nível de 3%. Portanto, a hipótese
nula:
(A) será aceita no nível de 1%.
(B) será aceita no nível de 5%.
(C) pode ser aceita ou rejeitada no nível de 5%.
(D) será rejeitada no nível de 1%.
(E) será rejeitada no nível de 5%.

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EC 5 SEFAZ RJ 2009 [FGV]
Uma empresa afirma que os pacotes de bala que ela produz pesam em média 25g. Para testar
essa hipótese, foram selecionados ao acaso 16 pacotes produzidos pela empresa, registrados
seus pesos X1, X2, ..., X16 e calculadas as estatísticas
16 16

∑X = 320 ; ∑X = 7360
2
i i
i =1 i =1

O valor da estatística t (a ser comparado com o ponto desejado da distribuição t de Student)


para o teste é:
(A) –0,8.
(B) –1,2.
(C) –2,0.
(D) –2,5.
(E) –3,2.

EC 6 CGU 2008 [ESAF]


Um fabricante divulga que a característica principal de seu produto tem uma média de 1.000
unidades. Um pesquisador, duvidando desta afirmação, encontrou uma característica média de
935 e desvio-padrão amostral de 130 examinando uma amostra aleatória simples de tamanho
9 destes produtos. Calcule o valor mais próximo da estatística t para testar a hipótese nula de
que a média da característica principal do produto é 1 000, admitindo que a característica tem
uma distribuição normal.
a) -1,5.
b) -1,78.
c) -1,89.
d) -1,96.
e) -2,115.
EC 7 SEFAZ/SP 2006 [FCC]
Seja X uma variável aleatória representando o valor arrecadado de um determinado tributo.
Suponha que X tem distribuição normal (população de tamanho infinito) com média μ e
desvio padrão de 500 reais. Desejando-se testar
H0: μ = 1.000 reais (hipótese nula)
H1: μ ≠ 1.000 reais (hipótese alternativa)
tomou-se uma amostra aleatória de 400 valores de X, obtendo-se para a média amostral o
valor de 1.060 reais. Seja α o nível de significância do teste e suponha que a região de
rejeição de H0 é {Z > Z α / 2 }, onde Z α / 2 representa o escore da curva normal padrão tal que
P( Z > Z α / 2 ) = α .

Tem-se que:

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a) Se H0 foi rejeitada, existe um nível de significância β ( β > ) tal que H0 não seria
rejeitada.
b) Para qualquer nível de significância α , H0 será rejeitada, uma vez que 1060 ≠ 1000 .
c) H0 não será rejeitada se Z α / 2 < 3
d) H0 será rejeitada se Z α / 2 = 2
e) Para Z α / 2 > 2 , H0 não será rejeitada
EC 8 Petrobrás – 2007 [CESPE]
A taxa de octano existente em determinado combustível é uma variável aleatória X cuja
distribuição possui média μ e desvio-padrão σ . Uma amostra aleatória simples fornecida por
dez distribuidores diferentes desse combustível resultou nos valores apresentados na tabela a
seguir.
Amostra Taxa de octano (em
%)
1 90
2 96
3 92
4 87
5 85
6 85
7 90
8 92
9 93
10 90
Considerando as informações acima, julgue os itens subseqüentes.
1. O desvio-padrão amostral da taxa de octano é inferior a 4%.
2. A estimativa do erro-padrão da média amostral é superior a 2%.
3. Caso seja utilizado o teste t para testar as hipóteses H0: μ ≥ 89% versus H1: μ 89% é
correto afirmar que a hipótese nula não seria rejeitada ao se fixar níveis de significância
inferiores a 50%.

EC 9 Prefeitura Municipal de Vila Velha 2007 [CESPE]


Um estudo foi realizado por uma prefeitura acerca da qualidade do atendimento no hospital
municipal da cidade. Com base em uma amostra de 100 dias, foram produzidas as seguintes
estatísticas referentes ao número diário de pacientes atendidos.
média = 30
variância amostral = 100
mínimo = 0
primeiro quartil = 10
segundo quartil = 25
terceiro quartil = 40

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máximo = 60.
Com relação ao texto e considerando que a amostra de 100 dias seja aleatória simples, julgue
os próximos itens.
1. Considere as hipóteses nula e alternativa, dadas respectivamente por H0: μ = 25 e HA: μ ≠
25, em que μ representa a média populacional. Pelo teste t, há fortes evidências para se
rejeitar H0.

EC 10 BACEN/2006 [FCC]
Uma amostra aleatória de 100 valores de aluguéis em uma cidade forneceu um valor médio de
R$ 600,00. O desvio padrão da população, considerada normal e de tamanho infinito, é de R$
250,00. Deseja-se saber se o valor médio encontrado na amostra é superior ao valor de R$
550,00, que se supõe ser a verdadeira média, ao nível de significância de α . Seja Z α o escore
da curva normal padrão tal que P( Z > Z α ) = α , H0 a hipótese nula do teste ( μ 550 ).
Sabendo-se que H0 foi rejeitada, tem-se que:
a) o valor do escore reduzido referente ao valor médio encontrado para a amostra e necessário
para comparação com Zα é igual a 0,2.
b) Z α > 2
c) Z α < 2
d) Para qualquer nível de significância H0 seria rejeitada, pois 600 > 550.
e) A um nível de significância β , β > , H0 não teria sido rejeitada

EC 11 BACEN/2006 [FCC]
Uma amostra aleatória de 9 valores de salários extraída de uma população, considerada
normal e de tamanho infinito, apresentou uma média igual a R$ 800,00 com um desvio
padrão igual a R$ 120,00. Os registros históricos indicam que a média dos salários da
população é igual a R$ 740,00. Deseja-se testar a hipótese, ao nível de significância α , se o
valor da média verificada na amostra difere do valor de R$ 740,00. Seja H0 a hipótese nula do
teste ( μ = 740 ), H1 a hipótese alternativa ( μ 740 ) e tα / 2 > 0 o quantil da distribuição ‘t’ de
Student, no nível de significância α para testes bicaudais com 8 graus de liberdade. Sabendo-
se que H0 foi rejeitada, tem-se que:
a) o valor da variável do teste t (t calculado) obtido através da amostra e necessário para a
comparação com − tα / 2 e tα / 2 é igual a 0,5.
b) para qualquer nível de significância H0 seria rejeitada, pois (800 − 740) ≠ 0
c) tα / 2 > 1,5
d) tα / 2 < 1,5
e) a um nível de significância β , β > , H0 não teria sido rejeitada.

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EC 12 MP RO 2005 [CESGRANRIO]
Um teste de hipótese rejeitou a hipótese nula H0 no nível de significância de 5%. O que
aconteceria com H0 nos níveis de significância de 1% e 10%?

EC 13 CAPES 2008
[CESGRANRIO]
Considere as asserções a seguir.
A região de rejeição de um teste de hipóteses é obtida sob a suposição de que a hipótese da
nulidade (H0) é verdadeira.
PORQUE
Em testes de hipóteses, o erro do tipo I é aquele cometido ao se rejeitar a hipótese da nulidade
(H0) quando esta é verdadeira.
Analisando-se as asserções, conclui-se que
(A) as duas asserções são verdadeiras, e a segunda é uma justificativa correta da primeira.
(B) as duas asserções são verdadeiras, e a segunda não é uma justificativa correta da primeira.
(C) a primeira asserção é verdadeira, e a segunda é falsa.
(D) a primeira asserção é falsa, e a segunda é verdadeira.
(E) a primeira e a segunda asserções são falsas.
EC 14 IPEA 2004 [ESAF]
Um fabricante de lanternas operadas com gás butano anuncia que o reservatório de gás de seu
produto tem duração esperada µ de pelo menos 40 horas. Face à reclamação de alguns
consumidores, uma agência independente resolve verificar a veracidade da afirmação do
fabricante por meio do teste estatístico da hipótese H0: µ≥40 contra a alternativa HA: µ < 40
com controle do erro do tipo I em 5%. Uma amostra aleatória de 49 reservatórios produziu o
valor médio X de 38 horas. Suponha que a distribuição dos tempos de duração do gás seja
aproximadamente normal com desvio padrão de 7 horas.
A tabela abaixo dá os valores da função de distribuição F(Z) da normal padrão para alguns
valores selecionados de Z.
Z F(Z)
0,34 0,633
0,54 0,705
0,64 0,739
2,00 0,977
3,00 0,999

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Assinale a opção que dá o valor probabilístico (p-valor) do teste constituído com base na
estatística X − 40
a) 5%
b) 2,3%
c) 3%
d) 4%
e) 2,5%

EC 15 IPEA 2004. [ESAF - adaptada]


Assinale a opção que dá o valor do poder do teste estatístico descrito na questão anterior
quando μ =39 horas.
a) 50%
b) 10%
c) 5%
d) 26,1%
e) 30,2%
[dados: P( Z ≤ 1,645) = 95% ]

EC 16 SEFAZ MS 2006 [FGV]


Um teste de hipótese apresentou p-valor igual a 0,03. Portanto, nos níveis de significância de
1% e 5%, respectivamente, a hipótese nula:
a) deve ser aceita e aceita
b) deve ser aceita e rejeitada
c) deve ser rejeitada e aceita
d) deve ser rejeitada e rejeitada
e) pode ou não ser rejeitada, dependendo de a hipótese ser simples ou não.

EC 17 MPU 2004 [ESAF]


Considere o teste da hipótese H: μ =100 contra alternativa A:μ ≠ 100 em uma amostra da
normal com média μ e variância σ2. O valor da estatística teste t com distribuição de Student
sob a hipótese H: μ =100 é de –1,7864 e sabe-se que P(t ≥ 1,7864) = 0,0446.
Suponha que a probabilidade de erro do tipo I esteja sendo controlada em 5%. Assinale a
resposta correta.
a) Como o valor probabilístico do teste é 0,0446 conclua H :μ = 100.
b) Como o valor probabilístico do teste é 0,0446 conclua A:μ ≠ 100.
c) Como o valor probabilístico do teste é 0,0892 não há evidência para rejeitar H :μ = 100.
d) Como o valor probabilístico do teste é 0,0223 conclua A:μ ≠ 100.
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e) Não se pode tirar nenhuma conclusão pois, o tamanho da amostra, a média amostral e o
desvio padrão amostral não foram dados.
EC 18 POTIGAS 2006 [FGV]
Um teste de hipóteses apresentou p-valor igual a 0,07. Portanto, nos níveis de significância de
10% e 5%, respectivamente, a hipótese nula:
(A) deve ser aceita e aceita.
(B) deve ser aceita e rejeitada.
(C) deve ser rejeitada e aceita.
(D) deve ser rejeitada e rejeitada.
(E) pode ou não ser rejeitada, dependendo de a hipótese ser simples ou não.
EC 19 SENADO 2008 [FGV]
Uma amostra aleatória simples X1, X2, ... , X25, de tamanho 25, de uma distribuição normal
com média μ foi observada e indicou as seguintes estatísticas:
25
X = 10,5 ; ∑(X
i =1
i − X ) 2 = 384

O p – valor do procedimento usual para testar H0: μ 10 versus H1: μ > 10 é um número:
(A) menor do que 0,01.
(B) entre 0,01 e 0,10.
(C) entre 0,10 e 0,25.
(D) entre 0,25 e 0,30.
(E) maior do que 0,30.

Dados constantes da prova do Senado/FGV:

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EC 20
TRF 1ª Região/2001 [FCC]
Para responder à questão seguinte, considere as tabelas a seguir. Elas fornecem alguns valores
da função de distribuição F(x). A tabela 1 refere-se à variável normal padrão, as tabelas 2 e 3
referem-se à variável t de Student com 10 e 15 graus de liberdade, respectivamente.
Tabela 1 Tabela 2 Tabela 3
x F(x) X F(x) x F(x)
1,20 0,885 1,37 0,90 1,75 0,95
1,60 0,945 1,81 0,95 2,25 0,98
1,64 0,950 2,36 0,98 2,60 0,99

Seja X: N( μ ,25). Para o teste da média μ 15 contra μ 12 , retirou-se uma amostra


aleatória de 16 elementos de X, tendo-se observado para a média amostral o valor 13.
Determine o nível descritivo do teste.
a) 0,065
b) 0,060
c) 0,055
d) 0,010
e) 0,005
EC 21 MPE PE/2006 [FCC]
Para resolver a questão abaixo, considere as tabelas a seguir. Elas fornecem alguns valores da
distribuição F(x). A tabela 1 refere-se à variável normal padrão, as tabelas 2 e 3 referem-se à
variável t de Student com 15 e 16 graus de liberdade, respectivamente:
Tabela 1 Tabela 2 Tabela 3
X F(x) X F(x) x F(x)
1,60 0,945 1,753 0,95 1,746 0,95
1,64 0,950 2,248 0,98 2,235 0,98
2,00 0,977 2,583 0,99 2,567 0,99

Seja X uma variável aleatória, com distribuição normal, com média μ e desvio padrão 6. Para
o teste da média μ 11 contra μ 13 , retirou-se uma amostra aleatória de 100 elementos de
X, tendo-se observado para a média amostral o valor 12,2. O nível descritivo do teste é:
a) 0,012 b) 0,023 c) 0,055 d) 0,064 e) 0,077.

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EC 22 PM MANAUS 2004 [CESGRANRIO]


Um teste de hipótese apresentou p-valor igual a 0,07. Portanto, nos níveis de significância de
5% e 10%, respectivamente, a hipótese nula:
(A) deve ser aceita em ambos.
(B) deve ser aceita no primeiro e rejeitada no segundo.
(C) deve ser rejeitada no primeiro e aceita no segundo.
(D) deve ser rejeitada em ambos.
(E) pode ou não ser rejeitada, dependendo de a hipótese ser simples ou não.

Para responder às questões EC 23, EC 24 e EC 25, considere o enunciado a seguir.


A proporção de pessoas com uma determinada característica numa população é p. Sortearam-
se 5 pessoas ao acaso e com reposição dessa população e calculou-se a proporção p̂ de
pessoas com a característica na amostra. Desejando-se testar: H0: p = 0,5 contra H1: p = 0,6 ,
com base nesta amostra, decidiu-se rejeitar H0 se o número de pessoas com a característica na
amostra for maior ou igual a 4.

EC 23 MPU/2007 [FCC]
O nível de significância associado ao teste é:
a) 6/64;
b) 5/32
c) 1/16;
d) 5/64;
e) 6/32
EC 24 MPU/2007 [FCC]
Se o número observado de pessoas com a característica na amostra foi 5, o nível descritivo
associado ao teste é:
a) 5/16
b) 5/32
c) 3/16
d) 1/32
e) 1/16.
EC 25 MPU/2007 [FCC]
A probabilidade de se rejeitar H0 quando H1 é verdadeira é:
a) 4 × 0,6 5
b) 0,6 5

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c) 2,6 × 0,6 4
d) 1 − 0,6 5
e) 5 × 0,4 × 0,6 4
EC 26 SENADO 2008 [FGV]
Considere que uma amostra aleatória simples de tamanho n = 5 de uma distribuição Bernoulli
com probabilidade de sucesso p seja usada para testar H0: p = 0,5 versus H1: p = 0,7 e que seja
usado o critério que rejeita a hipótese nula se forem observados 4 ou 5 sucessos. A
probabilidade de se cometer erro tipo 1 é igual a:
(A) 0,1875.
(B) 0,15625.
(C) 0,125.
(D) 0,0625.
(E) 0,03125.
EC 27 BNDES 2008/2 [CESGRANRIO]
Considere o seguinte teste de hipótese para a proporção populacional p:
H 0 : p = 0,6
H 1 : p ≠ 0,6
Para uma amostra de tamanho n=12, construiu-se a região crítica RC (0, 1, 11, 12). O poder
do teste para p = 0,5 é
(A) 26 . 0,512
(B) 13 . 0,512
(C) 12 . 0,512
(D) 2 . 0,512
(E) 0,512
EC 28 SEFAZ MG 2005 [ESAF]
Um fabricante afirma que pelo menos 95% dos equipamentos que fornece à indústria
encontram-se dentro de suas especificações. Uma amostra de 200 itens escolhidos ao acaso
revelou 10 itens fora de especificação. Assinale a opção que corresponde ao valor
probabilístico (p-valor) do teste de H0: θ ≥ 0,95 contra HA: θ 0,95 , sendo θ a proporção
populacional de itens dentro da especificação.
a) 0,500
b) 0,050
c) 0,025
d) 0,010
e) 0,100

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EC 29 SEFAZ MG 2005 [ESAF]
Lança-se uma moeda 20 vezes e observa-se a ocorrência de 7 caras. Seja θ a probabilidade de
cara. Assinale a opção que dá o valor da estatística teste correspondente ao teste da hipótese
H0: θ ≥ 0,5 contra HA: θ < 0,5 .

a) − 0,3 20

b) − 0,2 20

c) 0,3 20

d) 0,2 20

e) 0,5 20
EC 30 Basa/2007 [CESPE]
Um programa de controle de qualidade foi implementado em uma agência bancária. A cada
10 clientes que entram na fila para solicitar um certo tipo de serviço S, um atendente entrega
um pequeno questionário, que deve ser preenchido pelo cliente e devolvido ao caixa do
banco. Um dos quesitos monitorados diariamente é a proporção de clientes que estão
satisfeitos com o atendimento de um modo geral. Em determinada semana, foram observados
os resultados mostrados na tabela a seguir.

Dia da semana 2ª 3ª 4ª 5ª 6ª
número de clientes observados 30 40 20 50 70
proporção de clientes satisfeitos 0,9 0,8 0,9 0,8 0,6

Com base nesses dados, julgue o item que se segue.


1. Considere que se deseje testar a hipótese de que a verdadeira proporção de clientes
satisfeitos na terça-feira seja superior a 0,85. Nessa situação, a estatística do teste,

considerando a aproximação normal, é dada por


(0,85 − 0,8) 40 .
0,4
EC 31 CGU 2008 [ESAF]
Sejam n variáveis aleatórias N(0,1) independentes. A soma de seus quadrados tem uma
distribuição de:
a) t de Student com n-1 graus de liberdade
b) t de Student com n graus de liberdade
c) qui quadrado com n graus de liberdade
d) qui quadrado com 2n graus de liberdade
e) F com 1 grau de liberdade no numerador e n graus de liberdade no denominador.

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EC 32 PM MANAUS 2004 [CESGRANRIO]

Se X 1 , X 2 ,..., X n são variáveis aleatórias independentes e com distribuição normal reduzida,


então a variável aleatória ( X 1 ) + ( X 2 ) + ... + ( X n ) tem distribuição
2 2 2

(A) normal.
(B) qui-quadrado com n - 1 graus de liberdade.
(C) qui-quadrado com n graus de liberdade.
(D) t de Student com n - 1 graus de liberdade.
(E) t de Student com n graus de liberdade.
EC 33 MP RO 2005 [CESGRANRIO]
Se X 1 , X 2 ,..., X n são variáveis aleatórias independentes e com distribuição normal reduzida,
então a variável aleatória X 1 + X 2 + ... + X n tem média:
2 2 2

a) 1
n −1
b)
2
n
c)
2
d) n − 1
e) n
EC 34 PM MANAUS 2004 [CESGRANRIO]
Se (X1, X2, ..., Xn) são variáveis aleatórias independentes e com distribuição normal reduzida
X + X 2 + ... + X n
e X = 1 , então a distribuição de ( X 1 − X ) 2 + ( X 2 − X ) 2 + ... + ( X n − X ) 2 é:
n
a) normal
b) qui-quadrado com n-1 graus de liberdade
c) qui-quadrado com n graus de liberdade
d) t de Student com n-1 graus de liberdade
e) t de Studente com n graus de liberdade

EC 35 SEFAZ MS 2006 [FGV]


Uma amostra aleatória simples de tamanho 25 foi selecionada para estimar a média
desconhecida de uma população normal. A média amostral encontrada foi de 4,2 e a variância
amostral foi 1,44.

O intervalo de 95% de confiança para a variância populacional é:


a) (0,88; 2,79)
b) (0,72; 3,05)

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c) (0,64; 3,20)
d) (0,55; 3,16)
e) (0,44; 3,44)

EC 36 MP RO 2005 [FCC]
Uma amostra aleatória simples de tamanho 25 foi selecionada para estimar a média e a
variância desconhecidas de uma população normal. A média amostral encontrada foi 5,2 e a
variância amostral foi 1,44.
O intervalo de 95% de confiança para a variância populacional é:
(A) (0,48; 2,40)
(B) (0,52; 2,96)
(C) (0,58; 2,84)
(D) (0,67; 3,43)
(E) (0,88; 2,79)
EC 37 PETROBRAS 2005 [CESGRANRIO]
Uma amostra aleatória simples, de tamanho 16, foi selecionada para estimar a média
desconhecida de uma população normal. A média amostral encontrada foi 4,8 e a variância
amostral, 1,44.
O intervalo de 90% de confiança para a variância populacional é
(A) (0,48 ; 2,40)
(B) (0,52 ; 2,84)
(C) (0,58 ; 2,96)
(D (0,67 ; 3,43)
(E) (0,86 ; 2,97)
EC 38 PM MANAUS [CESGRANRIO]
Uma amostra aleatória simples de tamanho 16 foi selecionada para estimar a média
desconhecida de uma população normal. A média amostral encontrada foi 5,2 e a variância
amostral foi 1,44.
O intervalo de 95% de confiança para a variância populacional é:
(A) (0,79 ; 3,47)
(B) (0,67 ; 3,43)
(C) (0,58 ; 2,84)
(D) (0,52 ; 2,96)
(E) (0,48 ; 2,40)
EC 39 INMETRO 2007 [CESPE]
O fabricante de uma balança de precisão afirma que o desvio padrão das medições dessa
balança é de 0,0002 g. Considere que um usuário dessa balança faça um experimento para
testar a afirmação do fabricante. Após 8 medições, esse usuário verifica que o desvio padrão
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amostral foi igual a 0,0005 g. O usuário decide testar a hipótese nula H 0 : σ ≤ 0,0002 versus
a hipótese alternativa H A : σ > 0,0002 . Com base nessas informações, julgue os itens a
seguir.
118. A estatística qui-quadrado para o teste em questão é inferior a 40.
119. Se a hipótese nula for rejeitada em nível de significância de 5%, então o poder do teste
será de 95%.
120. Um intervalo de conviança de 95% para a variância amostral pode ser dado por
0,0005 ± 1,96 × 0,0002
8
EC 40 CGU 2008 [ESAF]
Dos 100 candidatos inscritos em um concurso que estudaram no curso preparatório A, 75
foram aprovados no concurso, enquanto que dos 100 candidatos inscritos no concurso que
estudaram no curso preparatório B, 65 foram aprovados nesse concurso. Se desejarmos testar
a hipótese estatística de que a proporção de aprovação dos dois cursos é a mesma, obtenha o
valor mais próximo da estatística do teste, que tem aproximadamente uma distribuição qui-
quadrado com um grau de liberdade.
a) 1,21.
b) 1,44.
c) 1,85.
d) 2,38.
e) 2,93.
O enunciado a seguir refere-se às questões EC 41, EC 42 e EC 43
A tabela a seguir mostra os resultados obtidos em matemática por três turmas.

Aprovados Reprovados Total


Turma X 30 10 40
Turma Y 35 5 40
Turma Z 15 5 20
Total 80 20 100
Desejamos testar, utilizando o teste do qui-quadrado:
H0: os seis resultados possíveis têm probabilidades iguais versus
HA: os seis resultados possíveis não têm probabilidades iguais.

EC 41 SEFAZ/MS – 2006 [FGV]


O valor observado da estatística qui-quadrado é, aproximadamente:
a) 1,16
b) 2,34

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c) 3,44
d) 4,66
e) 5,58
EC 42 SEFAZ/MS – 2006 [FGV]
O número de graus de liberdade é:
a) 2
b) 3
c) 4
d) 6
e) 99

EC 43 SEFAZ/MS – 2006 [FGV]


Nos níveis de 1%, 5% e 10%, a decisão sobre H0 é:

α = 1% α 5% α 10%
A Não rejeitar Não rejeitar Não rejeitar
B Não rejeitar Não rejeitar Rejeitar
C Não rejeitar Rejeitar Rejeitar
D Rejeitar Rejeitar Não rejeitar
E Rejeitar Rejeitar Rejeitar
EC 44 SENADO 2008 [FGV]
A tabela de contingência a seguir foi obtida para se testar homogeneidade entre as proporções
de conceitos obtidos em um exame nacional com dois métodos de ensino:

O valor da estatística qui-quadrado usual para esses dados é:


(A) 6.
(B) 12.
(C) 18.
(D) 24.
(E) 36.

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EC 45 MTE 2010 [ESAF]
Em uma amostra aleatória simples de 100 pessoas de uma população, 15 das 40 mulheres da
amostra são fumantes e 15 dos 60 homens da amostra também são fumantes. Desejando-se
testar a hipótese nula de que nesta população ser fumante ou não independe da pessoa ser
homem ou mulher, qual o valor mais próximo da estatística do correspondente teste de qui-
quadrado?
a) 1,79.
b) 2,45.
c) 0,98.
d) 3,75.
e) 1,21.
EC 46 MPU/2007 [FCC]
Para responder à questão, utilize a tabela abaixo para o teste, onde P(qui-quadrado ≥ vc )= p

p 5% 4% 2,5% 2% 1%
graus de
liberdade
1 3,841 4,218 5,024 5,412 6,635
2 5,991 6,438 7,378 7,824 9,210
3 7,815 8,311 9,348 9,837 11,345

Uma pesquisa de opinião sobre a qualidade do sabão Diamante foi realizada em dois bairros
(A e B) da cidade de São Paulo. No bairro A sorteou-se 300 residentes e destes 180 o
classificaram como bom e os demais o classificaram como ruim. No bairro B foram sorteados
100 residentes e 80 o classificaram como ruim e os demais o classificaram como bom.
Utilizou-se o teste de qui-quadrado para se avaliar se existe diferença no grau de satisfação
dos residentes. O valor observado do qui-quadrado e a decisão do teste ao nível de
significância de 5% são, respectivamente,
a) 24, não existe diferença de opinião significativa entre os bairros
b) 24, existe diferença de opinião significativa entre os bairros
c) 48, não existe diferença de opinião significativa entre os bairros
d) 48, existe diferença de opinião significativa entre os bairros
e) 50, existe diferença de opinião significativa entre os bairros
EC 47 Secretaria de Estado de Meio Ambiente/ES – 2007 [CESPE]

Estação do ano
Primavera Verão Outono Inverno Total
Presente 60 90 70 30 250
Ausente 1190 1460 1400 1300 5350

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Total 1250 1550 1470 1330 5600

Um dos critérios para a avaliação da qualidade da água para o consumo humano é a detecção
de coliformes fecais na água distribuída à população. A tabela acima apresenta os resultados
das análises de 5.600 amostras de água coletadas, entre os anos de 1995 a 2000, em uma
grande cidade, conforme as estações do ano. Considerando as informações da tabela acima,
julgue o item a seguir.
56. O valor da estatística de qui-quadrado com respeito à hipótese de independência entre os
resultados e as estações do ano é superior a 15.

EC 48 MPE PE/2006 [FCC]


Considere a tabela a seguir para o teste, onde P(qui-quadrado ≥ vc) = p

p 5% 4% 2,5% 2% 1%
graus de
liberdade
1 3,841 4,218 5,024 5,412 6,635
2 5,991 6,438 7,378 7,824 9,210
3 7,815 8,311 9,348 9,837 11,345
A opinião sobre o atendimento (entre bom, regular e ruim) aos pacientes em dois hospitais
públicos foi estudado em duas cidades. Na cidade A sorteou-se 200 usuários e destes 50
classificaram em regular, 70 classificaram em ruim e os demais classificaram com bom o
atendimento do hospital A. Na cidade B foram sorteados 200 usuários e 120 classificaram em
bom, 50 em regular, e os demais classificaram como ruim o atendimento do hospital B.
Utilizou-se o teste de qui-quadrado para avaliar se existe diferença no grau de satisfação com
os hospitais das duas cidades. O valor observado do qui-quadrado e a decisão do teste ao nível
de 5% de significância são, respectivamente:
a) 24, existe diferença de opinião significativa entre as duas cidades
b) 24, não existe diferença de opinião significativa entre as duas cidades
c) 25, existe diferença de opinião significativa entre as duas cidades
d) 26, existe diferença de opinião significativa entre as duas cidades
e) 26, não existe diferença de opinião significativa entre as duas cidades
Texto para EC 49, EC 50 e EC 51.
Uma empresa comprou, de três diferentes fornecedores, máquinas de fazer café. A tabela a
seguir mostra o desempenho
dessas máquinas.

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Desejamos testar, usando o teste qui-quadrado:


H0: a qualidade das máquinas independe dos fornecedores versus
H1: a qualidade das máquinas depende dos fornecedores.

EC 49 MP RO 2005 [CESGRANRIO]
O valor observado da estatística qui-quadrado é:
(A) 2,4
(B) 3,6
(C) 4,8
(D) 6,0
(E) 7,2
EC 50 MP RO 2005 [CESGRANRIO]
O número de graus de liberdade é:
(A) 2
(B) 3
(C) 4
(D) 5
(E) 9
EC 51 MP RO 2005 [CESGRANRIO]
Nos níveis de 1%, 5% e 10% de significância, a decisão sobre H0 é:

Texto para EC 52, EC 53 e EC 54


Para medir a preferência por marcas de refrigerantes, selecionou-se uma amostra aleatória de
300 estudantes. A tabela a seguir mostra os resultados obtidos:

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Desejamos testar, usando o teste qui-quadrado:
H0: a preferência por marcas independe da zona da cidade
versus
H1: a preferência por marcas depende da zona da cidade.

EC 52 PETROBRAS 2005 [CESGRANRIO]


O valor observado da estatística qui-quadrado é:
(A) 2,5
(B) 3,0
(C) 4,0
(D) 4,6
(E) 5,0
EC 53 PETROBRAS 2005 [CESGRANRIO]
O número de graus de liberdade é:
(A) 2
(B) 4
(C) 6
(D) 99
(E) 299
EC 54 PETROBRAS 2005 [CESGRANRIO]
Nos níveis de 1%, 5% e 10% de significância, a decisão sobre H0 é:

Texto para EC 55 e EC 56.


Os dados a seguir são provenientes de uma análise preliminar de 500 pacientes inscritos no
Programa de Tratamento de Obesidade, em um grande hospital do Rio de Janeiro.
Considere as duas variáveis: sexo do paciente e grau de obesidade (0 = baixo, 1= médio e 2=
alto).

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Deseja-se testar, usando o teste qui-quadrado, se existe dependência entre as variáveis sexo e
grau de obesidade
H0: o grau de obesidade independe do sexo
H1: o grau de obesidade depende do sexo

EC 55 PETROBRAS 2008/2 [CESGRANRIO]


O valor observado da estatística qui-quadrado, aproximadamente, é
(A) 0,03
(B) 2,90
(C) 4,05
(D) 16,40
(E) 173,10
EC 56 PETROBRAS 2008/2 [CESGRANRIO]
Utilizando os níveis de significância de 1%, 5% e 10%, a decisão sobre a hipótese nula é

EC 57 TCE RO [CESGRANRIO]
Realizada uma pesquisa de mercado, com 50 pessoas, em que se pretendia estudar se a
preferência com relação a adoçantes artificiais, com ou sem aspartame, dependia ou não do
sexo, obtiveram-se os seguintes resultados:

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O valor observado da estatística qui-quadrado e o número de graus de liberdade,
respectivamente, são:
(A) 2,19 e 2
(B) 2,19 e 3
(C) 12,00 e 2
(D) 12,00 e 3
(E) 19,60 e 2
EC 58 CAPES 2008 [CESGRANRIO]
Com relação ao teste de hipótese realizado, considere as afirmações a seguir.
I - O teste foi baseado em 9 graus de liberdade.
II - A hipótese de independência entre Sexo e Região não é rejeitada para qualquer nível de
significância inferior a 10,0%.
III - Com 95,0% de confiança afirma-se que existe associação entre as variáveis Sexo e
Região.
IV - Sob a hipótese de independência entre as variáveis Sexo e Região, o número esperado de
mulheres na região Norte é menor que o número observado.
Estão corretas APENAS as afirmações
(A) I e II
(B) II e IV
(C) I, II e IV
(D) I, III e IV
(E) II, III e IV
EC 59 CAPES 2008 [CESGRANRIO]
No cálculo da estatística do teste, a menor diferença entre o número de homens observado e o
esperado ocorre na região
(A) Centro-Oeste
(B) Nordeste
(C) Sudeste
(D) Norte
(E) Sul
Texto para EC 60 a EC 62
A tabela a seguir mostra os resultados obtidos em 60 lançamentos de um dado.

Desejamos testar, usando o teste qui-quadrado:

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H0: os seis resultados possíveis têm probabilidades iguais versus
H1: os seis resultados possíveis não têm probabilidades iguais.

EC 60 PM MANAUS 2004 [CESGRANRIO]


O valor observado da estatística qui-quadrado é:
(A) 3,8
(B) 5,0
(C) 6,2
(D) 8,6
(E) 50
EC 61 PM MANAUS 2004 [CESGRANRIO]
O número de graus de liberdade é:
(A) 5
(B) 6
(C) 54
(D) 59
(E) 60

EC 62 PM MANAUS 2004 [CESGRANRIO]


Nos níveis de 1%, 5% e 10% de significância, a decisão sobre H0 é:

EC 63 SEFAZ/SP 2009 [FCC]


Espera-se que o número de reclamações tributárias em um órgão público durante determinada
semana seja igual a 25, em qualquer dia útil. Sabe-se que nesta semana ocorreram 125
reclamações com a seguinte distribuição por dia da semana:

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(A) 1,20
(B) 1,90
(C) 4,75
(D) 7,60
(E) 9,12
EC 64 MPU 2004/ [ESAF]
O resultado de um ensaio destinado a investigar a efetividade da vacinação de animais na
prevenção de certo tipo de doença produziu a tabela de contingência seguinte.

Deseja-se testar a hipótese de que os perfis (de linha) de vacinados e não vacinados
coincidem. Assinale a opção que dá o valor da contribuição da primeira célula da tabela para a
estatística teste de homogeneidade do qui-quadrado.
a) 0,326
b) 0,450
c) 0,400
d) 0,500
e) 0,467

VIII. GABARITO DAS QUESTÕES DE CONCURSO

1 a 11 d 21 b
2 b 12 b 22 b
3 anulado 13 b 23 e
4 e 14 b 24 d
5 d 15 d 25 c
6 a 16 b 26 a
7 d 17 c 27 a
8 certo errado certo 18 c 28 a
9 certo 19 d 29 a
10 c 20 c 30 errado

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31 c 43 a 55 d
32 c 44 e 56 e
33 e 45 a 57 a
34 b 46 d 58 b
35 a 47 certo 59 d
36 e 48 a 60 b
37 e 49 e 61 a
38 a 50 a 62 a
39 errado errado 51 c 63 d
errado 52 e 64 e
40 d 53 a
41 b 54 b
42 a

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TABELA I
Tabela gerada com o Excel.
Z é a variável normal reduzida (média zero e desvio padrão unitário).

PROBABILIDADE DE Z ESTAR ENTRE 0 E Z0


Segunda casa decimal de Z0
Z0 0 0,01 0,02 0,03 0,04 0,05 0,06 0,07 0,08 0,09
0,0 0,0000 0,0040 0,0080 0,0120 0,0160 0,0199 0,0239 0,0279 0,0319 0,0359
0,1 0,0398 0,0438 0,0478 0,0517 0,0557 0,0596 0,0636 0,0675 0,0714 0,0753
0,2 0,0793 0,0832 0,0871 0,0910 0,0948 0,0987 0,1026 0,1064 0,1103 0,1141
0,3 0,1179 0,1217 0,1255 0,1293 0,1331 0,1368 0,1406 0,1443 0,1480 0,1517
0,4 0,1554 0,1591 0,1628 0,1664 0,1700 0,1736 0,1772 0,1808 0,1844 0,1879
0,5 0,1915 0,1950 0,1985 0,2019 0,2054 0,2088 0,2123 0,2157 0,2190 0,2224
0,6 0,2257 0,2291 0,2324 0,2357 0,2389 0,2422 0,2454 0,2486 0,2517 0,2549
0,7 0,2580 0,2611 0,2642 0,2673 0,2704 0,2734 0,2764 0,2794 0,2823 0,2852
0,8 0,2881 0,2910 0,2939 0,2967 0,2995 0,3023 0,3051 0,3078 0,3106 0,3133
0,9 0,3159 0,3186 0,3212 0,3238 0,3264 0,3289 0,3315 0,3340 0,3365 0,3389
1,0 0,3413 0,3438 0,3461 0,3485 0,3508 0,3531 0,3554 0,3577 0,3599 0,3621
1,1 0,3643 0,3665 0,3686 0,3708 0,3729 0,3749 0,3770 0,3790 0,3810 0,3830
1,2 0,3849 0,3869 0,3888 0,3907 0,3925 0,3944 0,3962 0,3980 0,3997 0,4015
1,3 0,4032 0,4049 0,4066 0,4082 0,4099 0,4115 0,4131 0,4147 0,4162 0,4177
1,4 0,4192 0,4207 0,4222 0,4236 0,4251 0,4265 0,4279 0,4292 0,4306 0,4319
1,5 0,4332 0,4345 0,4357 0,4370 0,4382 0,4394 0,4406 0,4418 0,4429 0,4441
1,6 0,4452 0,4463 0,4474 0,4484 0,4495 0,4505 0,4515 0,4525 0,4535 0,4545
1,7 0,4554 0,4564 0,4573 0,4582 0,4591 0,4599 0,4608 0,4616 0,4625 0,4633
1,8 0,4641 0,4649 0,4656 0,4664 0,4671 0,4678 0,4686 0,4693 0,4699 0,4706
1,9 0,4713 0,4719 0,4726 0,4732 0,4738 0,4744 0,4750 0,4756 0,4761 0,4767
2,0 0,4772 0,4778 0,4783 0,4788 0,4793 0,4798 0,4803 0,4808 0,4812 0,4817
2,1 0,4821 0,4826 0,4830 0,4834 0,4838 0,4842 0,4846 0,4850 0,4854 0,4857
2,2 0,4861 0,4864 0,4868 0,4871 0,4875 0,4878 0,4881 0,4884 0,4887 0,4890
2,3 0,4893 0,4896 0,4898 0,4901 0,4904 0,4906 0,4909 0,4911 0,4913 0,4916
2,4 0,4918 0,4920 0,4922 0,4925 0,4927 0,4929 0,4931 0,4932 0,4934 0,4936
2,5 0,4938 0,4940 0,4941 0,4943 0,4945 0,4946 0,4948 0,4949 0,4951 0,4952
2,6 0,4953 0,4955 0,4956 0,4957 0,4959 0,4960 0,4961 0,4962 0,4963 0,4964
2,7 0,4965 0,4966 0,4967 0,4968 0,4969 0,4970 0,4971 0,4972 0,4973 0,4974
2,8 0,4974 0,4975 0,4976 0,4977 0,4977 0,4978 0,4979 0,4979 0,4980 0,4981
2,9 0,4981 0,4982 0,4982 0,4983 0,4984 0,4984 0,4985 0,4985 0,4986 0,4986
3,0 0,4987 0,4987 0,4987 0,4988 0,4988 0,4989 0,4989 0,4989 0,4990 0,4990

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TABELA II
Distribuição T (feita com a função INVT do excel).
A tabela fornece valores críticos de t (tcritico). Foi gerada com a função INVT do excel.
Nesta tabela a probabilidade de t assumir valores fora do intervalo –tcritico ; + tcritico é igual a
α.
Graus de Nível de significância para o teste bilateral ( α )
liberdade 0,2 0,1 0,05 0,02 0,01 0,005
1 3,078 6,314 12,706 31,821 63,657 127,32
2 1,886 2,920 4,303 6,965 9,925 14,089
3 1,638 2,353 3,182 4,541 5,841 7,453
4 1,533 2,132 2,776 3,747 4,604 5,598
5 1,476 2,015 2,571 3,365 4,032 4,773
6 1,440 1,943 2,447 3,143 3,707 4,317
7 1,415 1,895 2,365 2,998 3,499 4,029
8 1,397 1,860 2,306 2,896 3,355 3,833
9 1,383 1,833 2,262 2,821 3,250 3,690
10 1,372 1,812 2,228 2,764 3,169 3,581
11 1,363 1,796 2,201 2,718 3,106 3,497
12 1,356 1,782 2,179 2,681 3,055 3,428
13 1,350 1,771 2,160 2,650 3,012 3,372
14 1,345 1,761 2,145 2,624 2,977 3,326
15 1,341 1,753 2,131 2,602 2,947 3,286
16 1,337 1,746 2,120 2,583 2,921 3,252
17 1,333 1,740 2,110 2,567 2,898 3,222
18 1,330 1,734 2,101 2,552 2,878 3,197
19 1,328 1,729 2,093 2,539 2,861 3,174
20 1,325 1,725 2,086 2,528 2,845 3,153
21 1,323 1,721 2,080 2,518 2,831 3,135
22 1,321 1,717 2,074 2,508 2,819 3,119
23 1,319 1,714 2,069 2,500 2,807 3,104
24 1,318 1,711 2,064 2,492 2,797 3,091
25 1,316 1,708 2,060 2,485 2,787 3,078
26 1,315 1,706 2,056 2,479 2,779 3,067
27 1,314 1,703 2,052 2,473 2,771 3,057
28 1,313 1,701 2,048 2,467 2,763 3,047
29 1,311 1,699 2,045 2,462 2,756 3,038
30 1,310 1,697 2,042 2,457 2,750 3,030
40 1,303 1,684 2,021 2,423 2,704 2,971
60 1,296 1,671 2,000 2,390 2,660 2,915
99 1,290 1,660 1,984 2,365 2,626 2,871
120 1,289 1,658 1,980 2,358 2,617 2,860
∞ 1,282 1,645 1,960 2,326 2,576 2,807

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TABELA III
Valores de χ k tais que a probabilidade de χ (com distribuição de qui-quadrado) assumir valores maiores que χ k seja igual à probabilidade P.
2 2 2

Tabela gerada com a função INV.QUI do excel.

Graus de Probabilidades
liberdade 0,995 0,990 0,975 0,950 0,900 0,750 0,250 0,100 0,050 0,025 0,010 0,005
1 0,000 0,000 0,001 0,004 0,016 0,102 1,323 2,706 3,841 5,024 6,635 7,879
2 0,010 0,020 0,051 0,103 0,211 0,575 2,773 4,605 5,991 7,378 9,210 10,597
3 0,072 0,115 0,216 0,352 0,584 1,213 4,108 6,251 7,815 9,348 11,345 12,838
4 0,207 0,297 0,484 0,711 1,064 1,923 5,385 7,779 9,488 11,143 13,277 14,860
5 0,412 0,554 0,831 1,145 1,610 2,675 6,626 9,236 11,070 12,833 15,086 16,750
6 0,676 0,872 1,237 1,635 2,204 3,455 7,841 10,645 12,592 14,449 16,812 18,548
7 0,989 1,239 1,690 2,167 2,833 4,255 9,037 12,017 14,067 16,013 18,475 20,278
8 1,344 1,646 2,180 2,733 3,490 5,071 10,219 13,362 15,507 17,535 20,090 21,955
9 1,735 2,088 2,700 3,325 4,168 5,899 11,389 14,684 16,919 19,023 21,666 23,589
10 2,156 2,558 3,247 3,940 4,865 6,737 12,549 15,987 18,307 20,483 23,209 25,188
11 2,603 3,053 3,816 4,575 5,578 7,584 13,701 17,275 19,675 21,920 24,725 26,757
12 3,074 3,571 4,404 5,226 6,304 8,438 14,845 18,549 21,026 23,337 26,217 28,300
13 3,565 4,107 5,009 5,892 7,042 9,299 15,984 19,812 22,362 24,736 27,688 29,819
14 4,075 4,660 5,629 6,571 7,790 10,165 17,117 21,064 23,685 26,119 29,141 31,319
15 4,601 5,229 6,262 7,261 8,547 11,037 18,245 22,307 24,996 27,488 30,578 32,801
16 5,142 5,812 6,908 7,962 9,312 11,912 19,369 23,542 26,296 28,845 32,000 34,267
17 5,697 6,408 7,564 8,672 10,085 12,792 20,489 24,769 27,587 30,191 33,409 35,718
18 6,265 7,015 8,231 9,390 10,865 13,675 21,605 25,989 28,869 31,526 34,805 37,156
19 6,844 7,633 8,907 10,117 11,651 14,562 22,718 27,204 30,144 32,852 36,191 38,582
20 7,434 8,260 9,591 10,851 12,443 15,452 23,828 28,412 31,410 34,170 37,566 39,997
21 8,034 8,897 10,283 11,591 13,240 16,344 24,935 29,615 32,671 35,479 38,932 41,401
22 8,643 9,542 10,982 12,338 14,041 17,240 26,039 30,813 33,924 36,781 40,289 42,796
23 9,260 10,196 11,689 13,091 14,848 18,137 27,141 32,007 35,172 38,076 41,638 44,181
24 9,886 10,856 12,401 13,848 15,659 19,037 28,241 33,196 36,415 39,364 42,980 45,559
25 10,520 11,524 13,120 14,611 16,473 19,939 29,339 34,382 37,652 40,646 44,314 46,928
26 11,160 12,198 13,844 15,379 17,292 20,843 30,435 35,563 38,885 41,923 45,642 48,290

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Graus de Probabilidades
liberdade 0,995 0,990 0,975 0,950 0,900 0,750 0,250 0,100 0,050 0,025 0,010 0,005
27 11,808 12,879 14,573 16,151 18,114 21,749 31,528 36,741 40,113 43,195 46,963 49,645
28 12,461 13,565 15,308 16,928 18,939 22,657 32,620 37,916 41,337 44,461 48,278 50,993
29 13,121 14,256 16,047 17,708 19,768 23,567 33,711 39,087 42,557 45,722 49,588 52,336
30 13,787 14,953 16,791 18,493 20,599 24,478 34,800 40,256 43,773 46,979 50,892 53,672
40 20,707 22,164 24,433 26,509 29,051 33,660 45,616 51,805 55,758 59,342 63,691 66,766
50 27,991 29,707 32,357 34,764 37,689 42,942 56,334 63,167 67,505 71,420 76,154 79,490
60 35,534 37,485 40,482 43,188 46,459 52,294 66,981 74,397 79,082 83,298 88,379 91,952
70 43,275 45,442 48,758 51,739 55,329 61,698 77,577 85,527 90,531 95,023 100,425 104,215
80 51,172 53,540 57,153 60,391 64,278 71,145 88,130 96,578 101,879 106,629 112,329 116,321
90 59,196 61,754 65,647 69,126 73,291 80,625 98,650 107,565 113,145 118,136 124,116 128,299
100 67,328 70,065 74,222 77,929 82,358 90,133 109,141 118,498 124,342 129,561 135,807 140,169

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