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a receber presos marcados pela violncia fsica. preciso, ainda, descobrir empresrios
dispostos a fornecer dotaes extra-oramentrias para que a mquina de represso poltica
funcione com maior preciso e eficcia.
A corrupo quebra o princpio da confiana, o elo que permite ao cidado se associar para
interferir na vida de seu pas, e ainda degrada o sentido do pblico. Por conta disso, nas
ditaduras, a corrupo tem funcionalidade: serve para garantir a dissipao da vida pblica.
Nas democracias e diante da Repblica seu efeito outro: serve para dissolver os
princpios polticos que sustentam as condies para o exerccio da virtude do cidado. O
regime militar brasileiro fracassou no combate corrupo por uma razo simples s h um
remdio contra a corrupo: mais democracia.
Heloisa Maria Murgel Starling professora de Histria da Universidade Federal de Minas
Gerais e co-autora de Corrupo: ensaios e crticas (Editora da UFMG, 2008).
Saiba Mais - Bibliografia:
FICO, Carlos. Como eles agiam: os subterrneos da ditadura militar. Rio de Janeiro: Record,
2001.
GASPARI, Elio. Coleo As Iluses Armadas. So Paulo: Companhia das Letras, 2002.
RIBEIRO, Renato Janine. A sociedade contra o social: o alto custo da vida pblica no Brasil.
So Paulo: Companhia das Letras, 2000.