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Peça de Teatro Abril 2010

1º Acto
Personagens: 7 alunos, Professor e inspector da PIDE com Policias

Cena na sala de aula do antigo regime.

Estamos numa sala de aula de mesas e cadeiras de madeira, quadro


preto de giz com crucifixo por cima e o retrato do Presidente da República ao
lado.
Entra o Professor com ar ligeiramente curvado pelo peso dos anos, de
fato e gravata cinzenta e chapéu a condizer. Abre a porta, passa pelos alunos
manobrando uma mala farta de cor castanha e dirige-se à sua secretária. Antes
porém olha para o crucifixo com reverência ao mesmo tempo que penteia o seu
pequeno bigode à escovinha.
Esta é uma escola de rapazes enquanto a escola das raparigas fica lá
distante na Escola do cruzeiro a mais de 2 km desta. Os alunos levam para a
escola a sacola de linhagem que só contêm o manual, livro de tabuada e uma
louça com lápis de pedra.
Enquanto o Professor abre o livro de ponto e pousa o seu chapéu na
secretária os alunos mantêm-se a conversar enquanto o professor dá a
merecida licença.

- Bom dia. Cumprimenta o Professor


Os alunos levantam-se num impulso e ficam em posição de sentido.
- Bom dia Sr. Professor Casimiro, dizem todos os alunos em coro.
-Está tudo bem! Como sempre fazemos, hoje não vamos rezar mas vamos
cantar o hino. Diz o professor.
- Puxa! É sempre a mesma coisa. Temos sempre de cantar o hino, comenta o
Zé.
O Professor percebe que existe alunos a falarem sem o seu consentimento e
interpela.
- Aluno número 6, Zé, o que é que disse?
Zé (atrapalhado) – Não foi nada senhor Professor.
Professor (reflectindo) – Ai não! Já falo consigo. Vamos mas é respeitar o hino
nacional. Todos!!!
Heróis do mar, nobre povo,
Nação valente, imortal,
Levantai hoje de novo
O esplendor de Portugal!
Entre as brumas da memória,
Ó Pátria, sente-se a voz
Dos teus egrégios avós,
Que há-de guiar-te à vitória!
Às armas, às armas!
Sobre a terra, sobre o mar,
Às armas, às armas!
Pela Pátria lutar
Contra os canhões marchar, marchar
Durante o hino o aluno nr. 6, Zé está a gesticular e não canta o hino e o
professor está atento à situação e vai apontando para o aluno
Agora aluno Zé venha aqui ao pé de mim. Já. Imediatamente.
O Professor sem demora apanha a régua de madeira maciça que está
na gaveta e dá duas reguadas ao aluno número 6, Zé, na mão direita estendida
e bem aberta apoiada pelo braço rígido do Professor.
- Isto é para aprender a estar calado, respeitar o hino e só falar quando o
Professor autoriza. E agora faça favor de se sentar que vamos fazer a
chamada - anuncia o Professor.

Professor – Aluno nº. 1 José Trocas-te.


Aluno – Presente
Professor – Aluno nº. 2 Durão Guloso
Aluno – Presente
Professor – Aluno nrº3 Guilhermino Fagundes
Aluno – Presente
Professor – Aluno nº.4 Joaquim Bernardino
Aluno - Presente
Professor – Aluno nº. 5 João Garrafa
Aluno – Presente
Professor – Aluno nº. 6 José Zeferino
Aluno - Presente
Professor – Aluno nº. 7 Zulmiro Menésio
Aluno - Presunto

Professor (enfurecido e a gritar) – O que disse? Eu já te dou o presunto. Vais


levar tantas que tão cedo não te esqueces.

Entretanto batem à porta, no preciso momento em que o aluno é salvo


de lavar uma grande série de reguadas. É o inspector da PIDE acompanhado
de um polícia local que irá fazer a inspecção dos livros. Os polícias mantêm-se
espetados junto da porta da sala.
Inspector – Bom dia Senhor. Professor Casimiro. Dá licença que inspeccione
os cadernos dos seus alunos?
Professor (surpreendido) – Com certeza, com certeza Senhor Virgolino Tacão.
Eu só tenho o livro adoptado pelo Regime e os meus alunos só trazem o
caderno de duas linhas normal.
O inspector Virgolino de sacola trespassada ao género de homem do
correio, vestido de preto, vai um a um verificar os cadernos dos alunos da
turma.
Ao chegar à vez do aluno número 6, o Zé, este tenta esconder um
recorte de revista no bolso traseiro.
O professor Casimiro vê o gesto do seu aluno enquanto o inspector está
a verificar as sacolas de linhagem de outros alunos que só contêm o manual,
livro da tabuada e uma louça com lápis de pedra.
- Menino José Zeferino – o que está vossa excelência a esconder? Pergunta o
Professor, chamando a atenção do inspector.
Inspector (estendo a mão) – Ora mostra lá o que tem aí?
Zé (tremendo com voz em reticências) – É só uma folha de jornal - tentando
amarrota-la.
Inspector – Deixa lá ver!
O Zé entrega a folha relutantemente ao inspector.
Inspector – Ora, têm aqui um aluno pervertido. Com uma folha de mulheres
indecentes.
Professor (curioso) – O que é? O que é?
O inspector mostra a folha ao professor.
Professor (espantado) – Olha é uma mulher despida, de bikini. Que indecência
e falta de decoro (entretanto o Professor poderá mostrar a folha a todos) – Zé!
– Ficas de castigo e vais ficar ali sentado ao canto (apontado para a esquina da
sala) com as orelhas de burro.
O menino Zé desloca-se para o canto para o qual fica virado e coloca
uma mascara de cartolina simulando umas orelhas de burro.
Inspector (dirigindo-se ao professor) – Vou participar do seu aluno e para a
semana irá fazer trabalhos comunitários como varrer as folhas das ruas.
Continuação de um bom dia, Senhor Professor e esta folha fica confiscada
(mostrando a folha ao público, uma foto antiga de mulher vestida de saiote e
vestido às riscas, numa praia da costa envergando barracas de lona ao longe).

Entretanto alguns alunos que estão no público, gritam por exemplo: FORA A
CENSURA. VIVA A LIBERDADE. ISSO NÂO È JUSTO; ISSO NÂO É NADA.
QUEREMOSA LIBERDADE DE EXPRESSÂO.

Os Polícias que estão no palco mandam voz de prisão ao(s) aluno(s): EM


NOME DE SALAZAR ESTÁ PRESO. JÁ PARA A CADEIA. Vai buscar o aluno
e leva-o para fora da sala de audiência. Mais tarde irão passear o aluno
aprisionado com vestes às riscas pretas de prisioneiro.

- A aula do antigo regime irá terminar visionando um discurso do Salazar.

Depois do vídeo todos saem de cena deixando 3 cadeiras e a mesa do


professor.

2 Acto
O aluno Zé, José Zeferino entretanto cresce casa e constitui família.

Personagens: Pai (Zé), Mãe e filho

Cena em Casa ao jantar

Ao longo dos anos Pais e filhos tinham um relacionamento austero de


algum distanciamento. Quase nunca os Pais sabiam o percurso que os filhos
realizavam na Escola. Estes mal perguntavam como corria o dia-a-dia dos
filhos. Nem tão pouco os filhos se interessavam pelas actividades dos Pais.
Que quando chegavam a casa, estavam cansados e só queriam fazer as
rotinas diárias (comer, dormir e descansar) evitando que os filhos os
incomodassem e lhes dessem muito trabalho.
Ao jantar com o Pai (Zé – José Zeferino), Mãe e filho mais novo. Mesa
ao lado com cadeira ou sofá à frente da Televisão.
O Pai está à mesa, Mãe a pôr a mesa e o filho mais novo sentado no
sofá a ver Tv.
Mãe – Filho a comida esta pronta.
Filho – Já vou. Os morangos já estão quase a acabar.
Mãe – Vamos lá senão a comida arrefece.
Filho – (encolhendo os ombros) Já vou, já vou.
A mãe entretanto leva a panela de comida para a mesa, onde já se
encontra o Pai, que comenta.
Pai – Cheira bem. Fizeste Bacalhau à Espanhola?
Mãe - Sim fiz Zé, respondeu a Mãe. - Espero que esteja bom! Fiz à pressa.
Pai – Tem de estar! Tem de estar! Estou cá com uma “lebre” - retorquiu o
Marido (esfregando as mãos) - Já não como desde o Meio-dia.
Filho (protestou) – Bacalhau! Puxa outra vez Bacalhau. É sempre Bacalhau.
Pai (levantando-se) – Olha lá! Ó Príncipe das Astúrias. Por acaso não queres
escolher do Menu, pois não?
Filho – Se ainda fosse bife com ovo a cavalo
Pai (elevando a voz) – Já me está a dar cabo da paciência. Que tens tu contra
o Bacalhau. Quem te dera comer Bacalhau todos os dias. Enquanto estiveres
debaixo do meu tecto comes o que te der. Percebeste!
Mãe (interpôs-se na conversa e tenta acalmar o Marido) – Deixa lá Zé. Não
ligues, não te chateies.
Pai (exalta-se ainda mais). Ingrato é o que ele é Maria. Ele sabe lá bem! No
nosso tempo Bacalhau era o prato dos ricos. Agora, agora estes malandros,
não sabem o que a vida custa.
Mãe (tenta defender o filho) – Não é bem assim. O João ainda estuda e vai
todos os dias à escola. Como o irmão que ainda está para lá.
Pai (zangado) À escola, à escola. Que andam lá a fazer. Deviam era estar a
trabalhar, a saber o que é bom. A sustentar malandros é o que estamos a
fazer, Maria!
Filho (defendendo a Mãe) Oh. Oh Também lá estas tu. Só porque não gosto de
Bacalhau. Não precisas de te estar a armar!
Pai (fulo) – Eu a armar-me? Seu ingrato. Se fosse como meu Pai já estavas a
sentir a fivela do cinto no teu lombo - exaltado. Seu ingrato, malandro! Não
reconheces todo o nosso esforço. Nós sempre a trabalhar de sol a sol para te
dar o melhor e tu ainda respondes. Já não há respeito. É o que te faz dar
liberdade a mais.
Filho – Liberdade? Nunca me deixas sair à noite. E Não precisa falar assim.
Logo hoje que te queria dizer que vou tirar média 12 e passar de ano.(do 10
ano)???
Pai – Grande coisa. Também se não passasses ias para as obras. Ias acartar
massa e tijolos para saberes o que é vida.
Filho – Mas passei logo não me podes obrigar a ir para as obras ganhar calos.
Pai (reflectindo). Não vais para as obras, vais para o quê? Vais continuar a
estudar, por acaso? Achas que vais para a Universidade. Achas que
consegues. Mesmo que quisesses achas que conseguias? Algum dia achas
que consegues, tu?
Mãe – (vendo o filho cabisbaixo preocupa-se com a comida) – Deixem-se
disso. Vamos mas é comer o Bacalhau. Daqui a pouco está frio. Fazendo uma
festa na cabeça do filho. Para o tentar animar.
Filho – Oh! Mãe por acaso não há por aí um hambúrguer?
Mãe (sorrindo) – Por acaso, tenho. Há um no frigorífico. É só aquecer. Comes
com batatas e couves. O bacalhau fica para o teu irmão quando chegar.
Filho – Couves? Couves?
Pai (Intervêm, quando já estava novamente sentado) Ai! Ai! A tua mãe dá-te
sempre o que queres e tu ainda reclamas! Olha que no meu tempo nem carne
tínhamos para comer. Era pão com couves, migas com vinho e já não era mau.
Sopa com farinha de pau e quando havia carne ou bacalhau era dia de festa.
Comíamos todos da mesma gamela. Sabes lá o que é a vida, o que é a fome.
Foi o tempo da Guerra.
Filho (abanando a cabeça) – Já sei. Já sei Estas sempre a repetir. O tempo da
II Grande Guerra. Do regime. Do Estado Novo...
Pai – (confirmando) – Exactamente (argumentando para o filho). Continua o
Pai: Sabes lá o que é a fome e a Guerra. Ter senhas racionadas para o açúcar,
carne, peixe, bacalhau... Comíamos o que havia, côdeas de pão e o que a terra
dava. Aquilo é que era. Tempos! Sabes lá o que é...Tempo das perseguições,
do regime opressivo, da PIDE que o 25 de Abril veio romper. Foi numa noite a
24 de Abril que se ouviu um canção….

Aqui entra a canção sem ninguém anunciar com a Professora Regina a entrar a
um canto da sala.

Irá haver música para a parada militar ao soar dos tambores e os alunos a
aparecerem dos vários cantos da sala e a entoarem: Liberdade (Electricistas);
Democracia (Mesa e Bar); Paz (Jardinagem); Saúde (PA3) e Trabalho (PA2)

Depois entra outra música como por exemplo a do Sérgio Godinho. E vídeo
documentário alusivo ao 25 de Abril.

3º Acto

Cena dos Irmãos com amigos perto do portão da Escola.


Personagens: filho mais novo; irmão mais velho e sua namorada; amigo
dos irmãos. Junto ao muro da escola, no passeio pedonal.

Nessa noite o filho ficou a pensar no que o Pai dissera e mal dormiu. No
dia seguinte vê o irmão mais velho a namorar perto da escola.
O irmão mais velho está a namorar, amarrado à namorada, à qual
passava a vida pendurado.
De um lado do passeio aparece o irmão mais novo e da outra ponta o
amigo, Gil, que se junta ao casal.
Filho – Olha eles. Então mano, sempre na maior, né?
Irmão mais velho – Oh Maninho. Bico caladinho. Não tens nada a ver com isso.
Estamos só a curtir - Refila o irmão mais velho enquanto chega o amigo mútuo,
Gil, com uma bola na mão.
Amigo – Oi pessoal! Tudo bem!
Filho (também argumenta mas abanando a cabeça) – Tá tudo. Mas o meu pai
ontem chateou-me a mona.
Irmão mais velho (intervêm) – Olha. Isso não é nada. Quando cheguei tarde
ontem à noite, levei um pontapé no cu, que fui logo para o quarto dormir para
não haver estouro. Nem comi nem nada.
Namorada (tendo pena dele e dando-lhe um carinho) – O teu velho também só
te sabe bater.
Filho (muda de tema para evitar a conversa habitual sobre conflitos) – Ele
disse-me cá uma coisa. Que me está a bater na cabeça. Disse-me que não
consigo ir para a Universidade.
Irmão mais velho – A mim diz-me que sou um zero à esquerda. Não gosto
nada da Escola e de aturar os stores, mas tu és o maior, meu! (trocando um hi5
com o irmão) Estas sempre a passar, nunca reprovaste.
Filho e irmão – Grande coisa. Nunca reprovei mas também acho que podia me
aplicar mais. Só estudo muito nas vésperas dos testes. Estou a pensar…
Amigo (enaltecendo) – És o crânio aqui do grupo, meu! Interrompendo e dando
uma palmada no ombro do amigo
Namorada (não querendo ficar para trás) – Eu também estudo. Só reprovei
uma vez porque meus pais mudaram de casa e de escola. Mas agora tiro
sempre boas notas.
Irmão mais velho (que entretanto estava pensativo) – O que é que tu queres,
então maior? O que estás a pensar? Dirigindo para o irmão mais novo.
Irmão mais novo (decidido) – Tomei uma decisão. Eu vou me aplicar mais. Vou
abdicar de algumas curtições...Vou empenhar-me mais e vou provar ao velhote
que entro na Universidade (flectindo o joelho e batendo a bota do chão).
Amigo (estupefacto) – Olha para ele! Todo cheio de ideias. Estou para ver
deixares as gajas...
Filho (convencido) – Sério. Na boa. Vou conseguir. Quando meto uma ideia na
cabeça...Até deixo as gajas, meto-me no quarto e vai ser, só estudar. Hei-de
conseguir. Ele vai ver!
Amigo – Olha! O que eu quero é ir à tropa e deixar os meus Pais a buzinar.
Irmão mais velho (esfregando as mãos) – Também vou, também vou. Já me
alistei e tudo. Na marinha. Não disse nada ao cota, nem a ninguém (dando um
murro no ombro do amigo Gil).
Amigo (esfregando o ombro) – Hum! Marinha! Isso é dois anos, meu. Nem
disseste nada. Porra!
Irmão mais velho – Estava à tua espera, não! Fui ao Porto e pronto. Sou
homem ou não sou. Só quero ver a cara do cota, quando souber...hahaha.
Amigo – Sim senhor! Para mostrares que és homem não precisas ir tão longe.
Basta fumares aqui uma gansa. Com isto ficas já na maior.
Irmão mais velho (contente dando uma palmada nas mãos) – Há! Se quero.
Dá-me já meu. Senão levas já nas trombas!
O amigo entretanto tira do bolso duas gansas que acende e oferece a todo o
grupo.
O irmão mais velho (aceitando) – Estava mesmo a precisar disto.
Filho – Eu não. Não quero nada disso.
Namorada: Eu também não. Não vou nessa (abanando a mão como sinal de
recusa acentuada e fazendo uma cara feia).

Em conclusão o Narrador descreve o futuro. Os quatro ficam em fila.


O filho dá um passo em frente e ouve.

O filho mais novo dedicou-se mais à Escola, dedicou-se ao estudo para ter
boas notas. O que veio a acontecer. Ano após ano lutou pelo seu novo
objectivo, como um sonho (entrar na Universidade) com uma vontade férrea de
vencer que nem ele sabia, jamais a possuir. Os Pais nunca se interessaram
pela sua evolução estudantil. Só sabiam que ele ia passando com emprenho
pessoal e ajuda de amigos novos e de boa companhia na Faculdade. Estes, os
Pais, verdade seja dita nunca faltaram com os recursos financeiros para que
ele prosseguisse os seus objectivos. No futuro seria Engenheiro de uma
grande Empresa Nacional.

Namorada dá um passo a trás e ouve.

A namorada depois de o (irmão mais velho) ter ido à tropa dedicou-se ao


estudo, como já era normal na sua rotina diária. Tinha tido a sabedoria de
manter a vida escolar em primeiro lugar. Nunca ia namorar antes que os
deveres escolares estivessem em dia. Era uma regra sua. Mas terminou o
namoro por este estar sempre ausente. De início por desgosto depois porque
traçou um rumo não namorou mais (pelo menos seriamente). Tirou um Curso
de enfermagem e ficou a trabalhar no hospital de São João do Porto. Casou
com colega de curso e teve duas filhas gémeas.

O amigo Gil dá um passo atrás e ouve.

O amigo desistiu da escola depois de ter passado por 3 instituições de Ensino.


Não foi longe no futebol. Não foi à tropa e acabou por ir trabalhar para as
obras. Por influência e sacrifício árduo dos pais, que nunca desistiram de lhe
recomendar e apoiar, acabou por tirar um curso profissional. Mais tarde abriu
uma empresa sua e é construtor civil com imenso trabalho na zona. Casou com
a empregada de escritório e tem dois filhos e uma menina recente.

O irmão mais velho dá um passo à frente.

Foi recrutado para a Marinha como voluntário. Esteve 6 meses em Vila Franca
de Xira e tirou fracas notas nos testes de aptidão. Depois foi colocado na Ilha
da Madeira onde passava os dias a somar castigos atrás de castigos. Longe da
família e da namorada que o tinha deixado e à qual estava muito ligado, sofreu
várias pressões dos colegas marujos e dos sargentos. Deixou-se ficar
deprimido e isolado. Teve uma grande depressão. Ficou doente mentalmente.
Veio internado para o Hospital psiquiátrico militar do Porto onde acabou por lhe
ser diagnosticado Esquizofrenia.

As apresentadoras retomam o palco para tornar a dar vez à cantora que irá
cantar mais canções alusivas à festividade. Por exemplo “ Grândola vila
Morena e Guadalarinha”

Fecho pelas apresentadoras.

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