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Apuração do Lucro Real Trimestral

CONCEITO

É a base de cálculo do imposto sobre a renda apurada segundo registros contábeis e fiscais
efetuados sistematicamente de acordo com as leis comerciais e fiscais.
Data de Apuração
Para efeito da incidência do imposto sobre a renda, o lucro real das pessoas jurídicas deve ser
apurado na data de encerramento do período de apuração que se encerra:
nos dias 31 de março, 30 de junho, 30 de setembro e 31 de dezembro, no caso de apuração
trimestral do imposto de renda;
no dia 31 de dezembro de cada ano-calendário, no caso de apuração anual do imposto de renda;
na data da extinção da pessoa jurídica, assim entendida a destinação total de seu acervo líquido;
na data do evento, nos casos de incorporação, fusão ou cisão da pessoa jurídica.

PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS

São características especiais da tributação com base no lucro:


Balanço Patrimonial
O regime de tributação com base no lucro real exige o levantamento de Balanços Patrimoniais,
fundamentados nas normas das legislações comerciais e fiscais e de acordo com os Princípios
Fundamentais de Contabilidade.
Os Balanços são levantados ao final de cada trimestre ou de cada ano, de acordo com o período
de apuração escolhido pela pessoa jurídica.
Apuração do Lucro Real
O Lucro Real é apurado a partir do lucro efetivo da pessoa jurídica, ou seja, do resultado das
receitas, ganhos e rendimentos auferidos, deduzidos dos custos, das despesas e das perdas,
demonstrados através da escrita contábil.
O lucro real corresponde ao resultado contábil ajustado pelas adições e exclusões ou
compensações estabelecidas em lei, que são feitas extracontabilmente através do Livro de
Apuração do Lucro Real - LALUR.

Pagamento do Imposto de Renda

O Imposto de Renda é pago:


trimestralmente, em quota única ou em até 3 parcelas mensais, iguais e consecutivas, se a
empresa optar pela apuração trimestral do imposto;
mensalmente, pelo regime de estimativa, se a empresa optar pela apuração anual do imposto.
Nesse caso, se apurada diferença positiva entre o imposto estimado pago e o devido anualmente,
esta deverá ser recolhido até o último dia útil de março do ano-calendário seguinte.

PRINCIPAIS VANTAGENS
A forma de tributação com base no lucro real implica as principais vantagens:
Cálculo do Imposto com Base no Lucro Efetivo
Como o imposto incide sobre o lucro efetivo da pessoa jurídica, não existe possibilidade de
pagamento a maior ou a menor do que o devido.

Compensação de Prejuízos

O imposto somente é devido se o resultado for positivo. Ocorrendo prejuízos fiscais, a pessoa
jurídica fica dispensada do pagamento do imposto. Além disso, é permitida a compensação total
dos prejuízos contábeis nos períodos de apuração subseqüentes de forma a não prejudicar a
situação patrimonial da pessoa jurídica.
Entretanto, os prejuízos fiscais possuem limite de compensação equivalente a 30% do lucro real
apuração no período.
Deferimentos de Lucros e Ganhos e Apropriação de Despesas Incorridas
O lucro real consagra o Regime de Competência para tributação das receitas, rendimentos, lucros
e ganhos e para dedução de despesas, custos e perdas.
Em função disso, as receitas apenas devem ser incluídas na apuração do resultado do período em
que forem auferidas e as despesas no período em que incorrerem, sendo irrelevante o recebimento
ou pagamento das mesmas.
Opção por Incentivos Fiscais
O lucro real é o único regime de tributação que permite o gozo dos diversos incentivos fiscais
estabelecidos pela legislação do Imposto de Renda, tais como:
Isenção ou Redução do Imposto;
Depreciação ou Amortização Acelerada Incentivada;
Aplicação no FINOR FINAM, FUNRES e em Depósitos para Reinvestimentos;
Benefícios decorrentes das doações ao Fundo de Apoio à Criança e ao Adolescente, à Cultura e
ao Cinema, ao Programa de Alimentação do Trabalhador, etc.
Distribuição aos Sócios do Lucro Efetivo
Como é obrigatória a determinação do lucro através da escrituração contábil, a pessoa jurídica
não corre o risco de distribuir lucros além do valor efetivo e os sócios, acionistas e titular da
pessoa jurídica podem conferir a apuração desses lucros.

PRINCIPAL DESVANTAGEM

A principal desvantagem do lucro real decorre da obrigatoriedade de escriturações comercial e


fiscal.
A apuração do lucro real demanda uma estrutura administrativa mais complexa, pois muitos são
os documentos e livros exigidos pela fiscalização, obrigando a empresa a ter controle de todo
movimento financeiro, administrativo, de estoques, de produção, de comercialização, etc.

PESSOAS JURÍDICAS OBRIGADAS AO LUCRO REAL - ANO-CALENDÁRIO DE 2001

Estão obrigadas ao regime de tributação com base no lucro real, em cada ano-calendário, as
pessoas jurídicas:
cuja receita total, ou seja, o somatório da receita bruta mensal, das demais receitas e ganhos de
capital, dos ganhos líquidos obtidos em operações realizadas nos mercados de renda variável e
dos rendimentos nominais produzidos por aplicações financeiras de renda fixa, da parcela das
receitas auferidas nas exportações às pessoas vinculadas ou aos países com tributação favorecida
que exceder ao valor já apropriado na escrituração da empresa, na forma da IN SRF n.º 38, de
1997, no ano-calendário anterior, seja superior ao limite de R$24.000.000,00 (vinte e quatro
milhões de reais), ou de R$2.000.000,00 (dois milhões de reais) multiplicado pelo número de
meses do período, quando inferior a doze meses;
cujas atividades sejam de bancos comerciais, bancos de investimentos, bancos de
desenvolvimento, caixas econômicas, sociedades de crédito, financiamento e investimento,
sociedades de crédito imobiliário, sociedades corretoras de títulos, valores mobiliários e câmbio,
distribuidoras de títulos e valores mobiliários, empresas de arrendamento mercantil, cooperativas
de crédito, empresas de seguros privados e de capitalização e entidades de previdência privada
aberta;
que tiverem lucros, rendimentos ou ganhos de capital oriundos do exterior;
que, autorizadas pela legislação tributária, usufruam de benefícios fiscais relativos à isenção ou
redução do imposto;
que, no decorrer do ano-calendário, tenham efetuado pagamento mensal do imposto de renda,
determinado sobre a base de cálculo estimada, na forma do art. 2º da Lei n.º 9.430, de 1996;
que explorem as atividades de prestação cumulativa e contínua de serviços de assessoria
creditícia, mercadológica, gestão de crédito, seleção e riscos, administração de contas a pagar e a
receber, compras de direitos creditórios resultantes de vendas mercantis a prazo ou de prestação
de serviços (factoring).

As pessoas jurídicas, que se encontram nas situações descritas nas alíneas "a" e "c" e "e" acima,
poderão optar, durante o período em que submetidas ao Programa de Recuperação Fiscal (Refis),
pelo regime de tributação com base no lucro presumido.

APURAÇÃO DO IMPOSTO DE RENDA COM BASE NO LUCRO REAL

As pessoas jurídicas deverão apurar trimestralmente o imposto de renda com base no lucro real.
Opcionalmente, as pessoas jurídicas tributadas com base no lucro real, podem efetuar,
mensalmente, o pagamento do imposto de renda devido no curso do ano-calendário calculado
sobre base de cálculo estimada, realizando a apuração definitiva apenas ao final do ano-
calendário ou na data do evento, caso ocorra fusão, cisão, incorporação ou extinção da pessoa
jurídica.
Esta opção alcança, inclusive, as pessoas jurídicas que em qualquer trimestre do ano-calendário
tenham arbitrado o lucro ou tenham se utilizado da faculdade de suspender ou reduzir o valor dos
pagamentos mensais, mediante a elaboração de balanços ou balancetes mensais.
Incide multa de ofício de 75% (setenta e cinco por cento) sobre os valores do imposto devidos e
não pagos, calculados sobre a base de cálculo estimada, ainda que apurado prejuízo fiscal no
encerramento do período de apuração (ajuste anual), salvo se comprovado que a insuficiência de
pagamento decorreu do levantamento do balanço ou balancete de suspensão ou redução.

DETERMINAÇÃO DA BASE DE CÁLCULO ESTIMADA

PERCENTUAIS DE ESTIMATIVA
ATIVIDADE %
Revenda para consumo de combustíveis derivados de petróleo, álcool 1,6
etílico carburante e gás natural
Venda de mercadorias
Serviços hospitalares
Venda de produtos de fabricação própria ou industrialização por
encomenda
Atividade imobiliária 8
Transporte de cargas
Atividade rural
Representação Comercial conta própria
Outras atividades não caracterizadas como de prestação de serviços
Serviços de transporte, exceto de cargas 16
Instituições financeira e equiparadas
Serviços de:
Sociedades civis, relativos a profissão legalmente regulamentada
Intermediação de negócios
Administração, locação ou cessão de bens imóveis, móveis e direitos de
qualquer natureza 32
Construção por administração ou empreitada unicamente de mão-de-obra
Representação comercial por conta de terceiros
Factoring
Prestação de qualquer outra espécie de serviços

Aplicação dos Percentuais

Os percentuais de estimativa são aplicados sobre a receita bruta da(s) atividade(s) integrante(s)
dos objetivos sociais da empresa, conforme expresso no Contrato Social. Exemplo:
Receita Bruta no mês de Janeiro/2001 do Transporte de Passageiros: R$ 120.000,00 Percentual
Estimado de Lucro: 16%
Lucro Estimado sobre Receita Bruta: 16% de R$ 120.000,00 = R$ 19.200,00
Atividades Diversificadas
Quando constar dos objetivos sociais da empresa mais de uma atividade, será necessário separar
as receitas das atividades e aplicar o percentual relativo a cada uma delas. .

Empresas Prestadoras de Serviços


A empresa pode aplicar sobre a receita bruta, para cálculo do Lucro Estimado, o percentual
reduzido de 32% para 16%, no caso dos seguintes serviços:
intermediação de negócios (inclui a corretagem de seguros, de imóveis, etc., e a representação
comercial por conta de terceiros);
administração, locação ou cessão de bens imóveis, móveis e direitos de qualquer natureza;
construção por administração ou empreitada unicamente de mão-de-obra;
prestação de qualquer outra espécie de serviços, exceto serviços de sociedades de profissão
legalmente regulamentada;
Factoring.
Condições para Redução do Percentual
Para reduzir o percentual de estimativa do lucro de 32% para 16%, é necessário observar que:
a atividade exercida deve ser exclusivamente a prestação de serviços; e
a receita bruta anual não pode superar R$ 120.000,00.
Se a receita acumulada até determinado mês exceder o valor de R$ 120.000,00, a empresa deve
pagar a diferença do imposto, pelo percentual de 32%, em relação a cada mês transcorrido.
O recolhimento da diferença será efetuado até o último dia útil do mês subseqüente àquele em
que ocorreu o excesso, sem quaisquer acréscimos legais. Se o prazo não for cumprido, serão
devidos os acréscimos legais devidos pela mora.

Receita de Aluguéis
O Lucro Estimado sobre a receita bruta da administração e locação de imóveis próprios ou de
terceiros é calculado com base nos percentuais de 32% ou 16% (com redução de 50%).
Se essas atividades não constarem dos objetivos sociais, a receita de aluguéis será tratada como
outros resultados positivos.

Adição dos Ganhos e demais Resultados Positivos


A base de cálculo do Imposto de Renda é a soma do resultado dos percentuais de estimativa sobre
a receita bruta da atividade com os demais ganhos, receitas e rendimentos auferidos durante o
mês, tais como:
o ganho de capital na alienação de bens ou direitos do Ativo Permanente;
o ganho auferido na alienação de ouro não ativo financeiro;
o ganho de capital obtido na alienação de participação societária permanente em sociedade
coligada ou controlada ou que permanecer no ativo da pessoa jurídica até o término do ano-
calendário seguinte ao de sua aquisição;
o ganho na devolução em bens ou direitos sobre o capital social de outra pessoa jurídica;
os rendimentos em operações de mútuo, inclusive as realizadas entre pessoas jurídicas
controladoras, controladas, coligadas ou interligadas, exceto se a mutuaria for instituição
autorizada a funcionar pelo Banco Central do Brasil;
os ganhos obtidos em operações de cobertura em bolsas de valores, de mercadorias e de futuros
ou no mercado de balcão; 1/120 do saldo do lucro inflacionário acumulado em 31-12-95,
corrigido monetariamente até aquela data; as demais receitas não abrangidas pelas letras
anteriores, tais como: receitas de locação de imóveis, quando este não for o objeto da empresa,
deduzidas dos encargos necessários à sua percepção; os juros ativos, inclusive os equivalentes à
taxa SELIC para títulos federais incidentes sobre impostos e contribuições a serem restituídos ou
compensados; as variações monetárias ativas; as multas ou qualquer outra vantagem paga ou
creditada por pessoa jurídica, ainda que a título de indenização, em virtude de rescisão de
contrato, salvo se tiverem por finalidade a reparação de danos patrimoniais;
bonificações por volumes veiculados pelas agências de publicidade e propaganda;
descontos financeiros obtidos.
Ganhos na Alienação de Bens

Nas alienações de bens do Ativo Permanente é necessário apurar o ganho de capital para
adicioná-lo à base de cálculo do imposto devido com base no Regime de Estimativa.
O ganho de capital é a diferença entre o preço da alienação e o valor contábil do bem ou direito.

Definição de Receita Bruta


A receita bruta das vendas e serviços compreende o produto da venda de bens nas operações de
conta própria, o preço dos serviços prestados e o resultado auferido nas operações de conta
alheia, observando-se que:
as pessoas jurídicas que explorem atividades imobiliárias relativas a loteamentos de terrenos,
incorporação imobiliária, construção de prédios destinados à venda, bem como a venda de
imóveis construídos ou adquiridos para revenda, deverão considerar como receita bruta o
montante efetivamente recebido, relativo às unidades imobiliárias vendidas;

nos casos de contratos com prazo de execução superior a um ano, de construção por empreitada
ou de fornecimento a preço predeterminado de bens ou serviços a serem produzidos, será
computada na receita bruta parte do preço total da empreitada, ou dos bens ou serviços a serem
fornecidos, determinada mediante a aplicação, sobre esse preço total, da percentagem do contrato
ou da produção executada em cada mês, observado o disposto na alínea "d";
no caso de construções ou fornecimentos contratados com base em preço unitário de quantidades
de bens ou serviços produzidos em prazo inferior a um ano, a receita deverá ser incluída no mês
em que for completada cada unidade;
a receita decorrente de fornecimento de bens e serviços para pessoa jurídica de direito público ou
empresa sob seu controle, empresas públicas, sociedades de economia mista ou sua subsidiária,
nos casos de empreitada ou fornecimento contratado nas condições do art. 10 e § 2º do Decreto-
lei n.º 1.598, de 1977, será reconhecida no mês do recebimento;
as receitas obtidas pelas empresas de "factoring", representada pela diferença entre a quantia
expressa no título de crédito adquirido e o valor pago, deverá ser reconhecida na data da
operação.

Exclusões da Receita Bruta

Na receita bruta não se incluem as vendas canceladas, os descontos incondicionais concedidos e


os impostos não cumulativos cobrados destacadamente do comprador ou contratante dos quais o
vendedor dos bens ou o prestador dos serviços seja mero depositário - IPI.
As receitas provenientes de atividade incentivada não comporão a base de cálculo do imposto na
proporção do benefício a que a pessoa jurídica, submetida ao regime de tributação com base no
lucro real, fizer jus.
Acréscimos à Base de Cálculo

Serão acrescidos à base de cálculo, no mês em que forem auferidos, os ganhos de capital, as
demais receitas e os resultados positivos decorrentes de receitas não compreendidas na atividade,
inclusive:
Os rendimentos auferidos nas operações de mútuo realizadas entre pessoas jurídicas
controladoras, controladas, coligadas ou interligadas;
Os ganhos auferidos na alienação de participações societárias permanentes em sociedades
coligadas e controladas, e de participações societárias que permaneceram no ativo da pessoa
jurídica até o término do ano-calendário seguinte ao de suas aquisições;
A realização de 1/120 do saldo do lucro inflacionário existente em 31/12/1995;
os ganhos auferidos em operações de cobertura realizadas em bolsas de valores, de mercadorias e
de futuros ou no mercado de balcão;
A receita de locação de imóvel, quando este não for o objeto social da pessoa jurídica, deduzida
dos encargos necessários à sua percepção;
Os juros equivalentes à taxa do Sistema Especial de Liquidação e Custódia (Selic), para títulos
federais, acumulada mensalmente, relativos a impostos e contribuições a serem restituídos ou
compensados;
As variações monetárias ativas;
A diferença entre o valor em dinheiro ou o valor dos bens e direitos recebidos de instituição
isenta, a título de devolução de patrimônio, e o valor em dinheiro ou o valor dos bens e direitos
que tenha sido entregue para a formação do referido patrimônio;
Os ganhos de capital auferidos na devolução de capital em bens e direitos

Atenção:
Quanto ao cálculo dos ganhos de capital, consultar o disposto no art. 4º, §§ 1° a 5º, da IN SRF n.º
93, de 1997.
Nas atividades de compra e venda, loteamento, incorporação e construção de imóveis, as
variações monetárias ativas a que se refere o art. 9° da Lei n° 9.718, de 1998, serão reconhecidas
segundo as normas constantes da IN SRF n° 84, de 1979, da IN SRF n° 23, de 1983, e da IN SRF
n° 067, de 1988.
Quanto à alínea "g", a partir de 1º de janeiro de 2000, as variações monetárias dos direitos de
crédito e das obrigações do contribuinte, em função da taxa de câmbio, serão consideradas, para
efeito de determinação da base de cálculo quando da liquidação da correspondente operação. À
opção da pessoa jurídica, as variações monetárias poderão ser consideradas na determinação da
base de cálculo pelo regime de competência, sendo que a opção aplica-se a todo ano-calendário;
Quanto à alínea "h", deverão ser aplicadas as normas do inciso I do art. 17 da Lei n° 9.249, de
1995 aos valores entregues até o final de 1995.

Valores Não Integrantes da Base de Cálculo

Não integram a base de cálculo do imposto de renda mensal:


os rendimentos e ganhos líquidos produzidos por aplicação financeira de renda fixa e variável. Os
rendimentos e ganhos líquidos produzidos por aplicações financeiras de renda fixa e variável
serão considerados na determinação da base de cálculo do imposto de renda mensal quando não
houverem sido submetidos à incidência na fonte ou ao recolhimento mensal previstos nas regras
específicas de tributação a que estão sujeitos;
as recuperações de créditos que não representem ingressos de novas receitas;
a reversão de saldo de provisões anteriormente constituídas;
os lucros e dividendos decorrentes de participações societárias avaliadas pelo custo de aquisição e
a contrapartida do ajuste por aumento do valor de investimentos avaliados pelo método da
equivalência patrimonial;
os juros sobre o capital próprio auferidos.

Determinação do Imposto de Renda Devido - Alíquotas


As alíquotas do imposto de renda em vigor no ano-calendário de 2001 são as

APLICAÇÃO NO FINOR
Imposto devido 12.503,70
Fundo da Criança e do Adolescente 125,03
Base de cálculo do Incentivo 12.378,67
18% de 12.378,67 2.228,16

IMPOSTO A RECOLHER
Imposto Líquido 17.514,47
Aplicação no FINOR – DARF código 6677 2.228,16
Imposto a Recolher – DARF código 2362 15.286,31

CONTRIBUIÇÃO SOCIAL
Lucro s/venda de mercadorias (12% de R$ 175.000,00) 21.000,00
Lucro s/Prestação de serviços (12% de R$ 80.000,00) 9.600,00
Aplicações Financeiras 12.344,00
Ganho na alienação de bens 11.235,00
Base de Calculo 54.179,00
Contribuição Social (9% de 54.179,00) 4.876,11

Saldo de Incentivo Fiscal para o mês seguinte:


Valor da Doação ao Fundo da Criança e do Adolescente ............... 1.000,00
Dedução no Mês .............................................................................. 125,03
Saldo a Deduzir ............................................................................... 874 97

SUSPENSÃO OU REDUÇÃO DO PAGAMENTO DO IMPOSTO DE RENDA MENSAL

A pessoa jurídica poderá suspender o pagamento do imposto, desde que demonstre que o valor do
imposto devido, calculado com base no lucro real do período em curso, é igual ou inferior à soma
do imposto de renda devido por estimativa, correspondente aos meses do mesmo ano-calendário,
anteriores àquele a que se refere o balanço ou balancete levantado.
A diferença verificada, correspondente ao imposto de renda apurado a maior, no período
abrangido pelo balanço de suspensão, não poderá ser utilizada para reduzir o montante do
imposto devido em meses subseqüentes do mesmo ano-calendário, calculado com base na receita
bruta e acréscimos.
Caso a pessoa jurídica pretenda suspender ou reduzir o valor do imposto devido, em qualquer
outro mês do ano-calendário, deverá levantar novo balanço ou balancete do período em curso.

Suspensão ou Redução em Janeiro


O pagamento do imposto de renda relativo ao mês de janeiro de 2000 poderá ser efetuado com
base em balanço ou balancete de suspensão ou redução, se ficar demonstrado que o imposto
devido no período é inferior ao calculado sobre a base de cálculo estimada.

Diário
Os balanços ou balancetes de suspensão ou redução deverão ser levantados com observância das
leis comerciais e fiscais e transcritos no livro Diário até a data fixada para pagamento do imposto
o respectivo mês. Esses balanços ou balancetes somente produzirão efeitos para fins de
determinação do imposto de renda e da contribuição social sobre o lucro líquido do período em
curso. Para os efeitos deste, considera-se período em curso aquele compreendido a partir de 1º de
janeiro ou o do início de atividade até o último dia do mês a que se referir o balanço ou balancete.
O imposto devido no período em curso é o resultado da aplicação da alíquota do imposto sobre o
lucro real, acrescido do adicional, e deduzido, quando for o caso, dos incentivos fiscais de
dedução e de isenção ou redução.

Estoques

Para fins de determinação do resultado contábil, a pessoa jurídica deverá promover, ao final de
cada período de apuração, levantamento e avaliação de seus estoques, segundo a legislação
específica, dispensada a escrituração do livro “Registro de Inventário”. A pessoa jurídica que
possuir registro permanente de estoques, integrado e coordenado com a contabilidade, somente
estará obrigada a ajustar os saldos contábeis, pelo confronto com a contagem física, ao final do
ano-calendário ou do encerramento do período de apuração, nos casos de incorporação, fusão,
cisão ou extinção da pessoa jurídica.

LALUR

O resultado do período em curso deverá ser ajustado por todas as adições determinadas,
exclusões e compensações de prejuízos fiscais admitidas pela legislação do imposto de renda. A
demonstração do lucro real relativa ao período abrangido pelos balanços ou balancetes de
suspensão ou redução deverá ser transcrita no Livro de Apuração do Lucro Real (Lalur). A cada
balanço ou balancete levantado para fins de suspensão ou redução do imposto, o contribuinte
deverá determinar um novo lucro real para o período em curso, desconsiderando aqueles
apurados em meses anteriores do mesmo ano-calendário. As adições, exclusões e compensações
de prejuízos fiscais computadas na apuração do lucro real, correspondentes aos balanços ou
balancetes, deverão constar, discriminadamente, na parte A do Lalur, para fins de elaboração da
demonstração do lucro real do período em curso, não cabendo nenhum registro na parte B do
referido livro.Ocorrendo apuração de prejuízo fiscal, a pessoa jurídica estará dispensada do
pagamento do imposto correspondente ao mês em que foi levantado o balanço ou balancete de
suspensão ou redução.

DEDUÇÃO DO IMPOSTO DEVIDO

A pessoa jurídica sujeita ao Lucro Real poderá deduzir do imposto devido os seguintes incentivos
fiscais: Caráter Cultural e Artístico, Programa de Alimentação ao Trabalhador, Desenvolvimento
Tecnológico Industrial/Agropecuário, Atividade Audiovisual, Fundos do Direito da Criança e do
Adolescente, Regionais de Redução e/ou Isenção do Imposto, e de Redução por Reinvestimento;
Os incentivos fiscais citados acima, à exceção dos relativos a Desenvolvimento Tecnológico
Industrial/Agropecuário, dos Regionais de Redução e/ou Isenção do Imposto, e dos de Redução
por Reinvestimento, podem ser deduzidos do imposto devido calculado sobre base de cálculo
estimada mensalmente. Podem ser deduzidos ainda:
o imposto de renda pago ou retido na fonte sobre as receitas que integraram a base de cálculo do
imposto devido;
o pago no exterior sobre lucros disponibilizados, rendimentos e ganhos de capital.

COMPENSAÇÕES DO IMPOSTO DE RENDA DEVIDO

A pessoa jurídica poderá efetuar as seguintes compensações:


pagamentos indevidos ou a maior de imposto de renda;
saldo negativo de imposto de renda de períodos anteriores;
outras compensações efetuadas em conformidade com a IN SRF n° 21, de 1997, e IN SRF n° 73,
de 1997.
As compensações efetuadas deverão ser demonstradas na DCTF.

EXEMPLO:
Pagamentos por estimativa no curso do período

MÊS IRPJ DEVIDO IR/FONTE DEDUÇÃO IRPJ


COMPENSAD POR LíQUIDO
O INCENTIVO RECOLHIDO
JANEIRO 18.839,50 1.200,00 125,03 17.514,47
FEVEREIRO 29.259,25 800,00 173,90 28.285,35
MARCO 42.388,87 2.700,00 214,14 39.474,73
TOTAL 90.487,62 4.700,00 513,07 85.274,55
DEVIDO
IMPOSTO PAGO
MÊS IRPJ RECOLHIDO NO IR/FONTE TOTAL PAGO
DARF

JANEIRO 17.514,47 1.200,00 18.714,47


FEVEREIRO 28.285,35 800,00 29.085,35
MARCO 39.474,73 2.700,00 42.174,73
TOTAL 85.274,55 4.700,00 89.974,55
DEVIDO

CSLL PAGA
MÊS CSLL PAGA

JANEIRO 4.876,11
FEVEREIRO 7.314,16
MARCO 10.971,36
TOTAL DEVIDO 23.161,63

RESULTADO DO BALANÇO DE SUSPENSÃO


PERIODO EM CURSO: 1° DE JANEIRO A 30 DE ABRIL

CÁLCULO DO IRPJ R$
Lucro Contábil de 1° de Janeiro a 30 de Abril, após a CSLL 284.857,40
Adições 187.450,00
Exclusões 199.450,00
LUCRO REAL 272.857,40
IMPOSTO DEVIDO
15% de R$ 272.857 ,40 40.928,61
10% de (272.857,40 - 80.000,00) 19.285,74
Incentivos ao Fundo da Criança e Adolescência* 409,28
IMPOSTO DEVIDO 59.805,07
VALOR PAGO 89.974,55
VALOR RECOLHIDO A MAIOR ( 30.169,48)

A dedução do incentivo fiscal é menor do que na estimativa (513,07), porque foi calculado sobre
o imposto efetivamente devido, enquanto que no pagamento mensal é calculado sobre o imposto
estimado.
Até o mês anterior ao balanço de suspensão, a empresa pagou (89.974,55) mais Imposto de
Renda do que devia (59.805,07) no período de 1° de janeiro a 30 de abril.
Nesse caso, pode suspender o pagamento do Imposto de Renda e da Contribuição Social sobre o
Lucro no mês de abril, com base no balanço efetuado em 30 de abril.
O balanço suspendeu o pagamento por estimativa no mês de abril.
No mês de maio, a empresa deve continuar recolhendo por estimativa ou, se desejar, levantar
outro balanço ou balancete para reduzir ou suspender o pagamento do Imposto de Renda e da
Contribuição.

CÁLCULO DA CSLL R$
Lucro Contábil de 1° de Janeiro a 30 de Abril, após a CSLL 303.457,00
Adições 107.983,00
Exclusões 178.945,00
BASE DE CÁLCULO DA CSLL 232.495,00
CSLL DEVIDA (9%) 20.965,05
VALOR PAGO 23.161,63
VALOR RECOLHIDO A MAIOR (2.196,58)

CONTRIBUIÇÃO SOCIAL SOBRE O LUCRO LÍQUIDO (CSLL)

Alíquotas

A partir do ano-calendário 2001


A alíquota da CSLL é de:
9% (nove por cento) para os fatos geradores ocorridos a partir de 1° de fevereiro de 2000 até 31
de dezembro de 2002.

Apuração Trimestral da CSLL

As pessoas jurídicas tributadas pelo lucro real trimestral deverão apurar trimestralmente a CSLL.
A base de cálculo da CSLL corresponde ao lucro líquido contábil ajustado pelas adições
determinadas, pelas exclusões admitidas e pelas compensações de base de cálculo negativa até o
limite definido em legislação específica vigente à época da ocorrência dos fatos geradores. O
valor da CSLL não poderá ser deduzido para efeito de determinação do lucro real e própria base
de cálculo.

Apuração Anual da CSLL, com recolhimentos mensais sobre a base de cálculo estimada

As pessoas jurídicas tributadas na forma do lucro real anual deverão pagar a CSLL, mensalmente,
determinada sobre a base de cálculo estimada.
Os valores de CSLL efetivamente pagos calculados sobre a base de cálculo estimada
mensalmente, no transcorrer do ano-calendário, poderão ser deduzidos do valor de CSLL apurado
anualmente (ajuste).
O valor da CSLL não poderá ser deduzido para efeito de determinação do lucro real e da própria
base de cálculo (Lei n° 9.316, de 1996, art. 1°).

Base de Cálculo
Nas atividades desenvolvidas por pessoas jurídicas de natureza comercial, industrial ou de
prestação de serviços, a base de CSLL apurada por estimativa será a soma dos seguintes valores:
o valor correspondente a 12% (doze por cento) da receita bruta mensal, excluídas as vendas
canceladas, as devoluções de vendas, os descontos incondicionais concedidos e os impostos não
cumulativos cobrados destacadamente do comprador dos quais o vendedor dos bens ou prestador
de serviços seja mero depositário;
os ganhos de capital, as demais receitas e os resultados positivos decorrentes de receitas não
compreendidas na atividade, inclusive:
os rendimentos auferidos nas operações de mútuo realizadas entre pessoas jurídicas
controladoras, controladas, coligadas ou interligadas;
os ganhos de capital auferidos na alienação de participações societárias permanentes em
sociedades coligadas e controladas, e de participações societárias que permaneceram no ativo da
pessoa jurídica até o término do ano-calendário seguinte ao de suas aquisições;
os ganhos auferidos em operações de cobertura ("hedge") realizadas em bolsas de valores, de
mercadorias e de futuros ou no mercado de balcão;
a receita de locação de imóvel, quando não for este o objeto social da pessoa jurídica, deduzida
dos encargos necessários à percepção da mesma;
os juros equivalentes à taxa referencial do Sistema Especial de Liquidação e Custódia (Selic),
para títulos federais, acumulada mensalmente, relativos a impostos e contribuições a serem
restituídos ou compensados;
as variações monetárias ativas;
os ganhos de capital auferidos na devolução de capital em bens e direitos;
a diferença entre o valor em dinheiro ou o valor dos bens e direitos recebidos de instituição
isenta, a título de devolução de patrimônio, e o valor em dinheiro ou o valor dos bens e direitos
que tenha sido entregue para a formação do referido patrimônio.
os rendimentos e ganhos líquidos auferidos em aplicações financeiras de renda fixa e renda
variável.

Efeito dos Balanços de Suspensão ou Redução no Pagamento da CSLL

A mesma forma de tributação adotada, pela pessoa jurídica, para fins de apuração do imposto de
renda, deverá ser adotada para fins de apuração da CSLL.
Assim, a pessoa jurídica que levantou balanço ou balancete para suspender ou reduzir o
pagamento do imposto de renda, em determinado mês do ano-calendário, deverá apurar a base de
cálculo da CSLL sobre o lucro líquido apurado nesse mesmo balanço, ajustado pelas adições
determinadas, pelas exclusões permitidas e pelas compensações de base de cálculo negativa da
CSLL, observados os limites definidos na legislação pertinente, ainda que a base de cálculo
apurada seja superior ao valor da base de cálculo estimada.
A pessoa jurídica que levantar balanço ou balancete de suspensão ou redução do pagamento do
IRPJ e da CSLL em 31 de dezembro deverá computar os lucros, oriundos do exterior,
disponibilizados nos termos do art. 1° da Lei n° 9.532, de 1997. A pessoa jurídica deverá
computar também os rendimentos e ganhos de capital, auferidos no exterior, nesse balanço ou
balancete, para fins de incidência da CSLL

Compensação de Base de Cálculo Negativa


A pessoa jurídica poderá compensar a base de cálculo negativa, desde que mantenha os livros e
documentos, exigidos pela legislação fiscal, comprobatórios do montante dessa base utilizado
para a compensação.
A base de cálculo negativa das atividades em geral poderá ser compensada com base positiva da
atividade rural apurada no próprio período de apuração, ou vice-versa.
A base de cálculo negativa, das atividades em geral e rural, apurada a partir do encerramento do
ano-calendário de 1995, poderá ser compensada, cumulativamente com a base de cálculo
negativa apurada até 31 de dezembro de 1994, com o resultado do período de apuração ajustado
pelas adições e exclusões previstas na legislação, determinado em anos-calendário subseqüentes,
observado o limite máximo de redução de trinta por cento, no caso da base de cálculo negativa
das atividades em geral.
A pessoa jurídica não poderá compensar sua própria base de cálculo negativa se entre a data da
apuração e a da compensação houver ocorrido, cumulativamente, modificação de seu controle
societário e do ramo de atividade. A pessoa jurídica sucessora por incorporação, fusão ou cisão
não poderá compensar base de cálculo negativa da sucedida.
No caso de cisão parcial, a pessoa jurídica cindida poderá compensar sua própria base de cálculo
negativa, proporcionalmente à parcela remanescente do patrimônio líquido.

Atividade Rural – Compensação de Base de Cálculo Negativa

A base de cálculo da CSLL da atividade rural, quando negativa, poderá ser compensada com o
resultado dessa mesma atividade,apuração subseqüentes, ajustado pelas adições e exclusões
previstas na legislação, sem o limite máximo de redução de trinta por cento.
A base de cálculo da CSLL da atividade rural, quando negativa poderá ser compensada com o
resultado das atividades em geral , apurado no mesmo período de apuração, sem o limite máximo
de redução de trinta por cento.
A base de cálculo da CSLL da atividade rural quando negativa, poderá ser compensada com o
resultado das atividades em geral, apurado em períodos de apuração subseqüentes, observado o
limite máximo de redução de trinta por cento.

Apurada Mensalmente por Estimativa

Pagamentos Mensais

A CSLL determinada mensalmente com base na receita bruta e acréscimos ou em balanço ou


balancete de suspensão ou redução, será paga até o último dia útil do mês subseqüente àquele a
que se referir a apuração.

Saldo da CSLL Apurado em 31 de Dezembro (ajuste anual):

O saldo da CSLL apurado em 31 de dezembro do ano-calendário será:


pago em quota única até o último dia útil do mês de março do ano subseqüente. O saldo da CSLL
será acrescido de juros equivalentes à taxa referencial do Sistema Especial de Liquidação e
Custódia (Selic), para títulos federais, acumulada mensalmente, a partir de 1º de fevereiro ano
subseqüente até o último dia do mês anterior ao do pagamento e de 1% (um por cento) no mês do
pagamento;
compensado com a CSLL devida a partir do mês de janeiro do ano-calendário subsequente ao do
encerramento do período de apuração, se negativo, assegurada a alternativa de requerer a
restituição.

OPÇÃO PARA APLICAÇÃO EM INVESTIMENTOS REGIONAIS

A pessoa jurídica tributada com base no lucro real poderá manifestar a opção pela aplicação de
parte do imposto de renda em investimentos regionais, na declaração ou no curso do ano-
calendário, nas datas de pagamento do imposto apurado trimestralmente.
O valor a ser aplicado, relativamente ao ano-calendário de 2000, poderá ser equivalente a até
18% para Finor e Finam e 25% para o Funres.
A pessoa jurídica que efetuar pagamentos mensais deverá recolher o valor correspondente à
aplicação em investimentos regionais, em Darf específico com os códigos: 6677 (Finor), 6692
(Finam) ou 6704 (Funres). A pessoa jurídica sujeita à apuração trimestral do imposto deverá
recolher o valor correspondente à aplicação em investimentos regionais, em Darf específico com
os seguintes códigos: 1800 (Finor), 1825 (Finam) e 1838 (Funres). A opção manifestada é
irretratável e os Darf utilizados para recolhimento com os códigos anteriormente mencionados
não poderão sofrer retificação relativa ao código ou ao valor da receita.
A parcela excedente destinada aos fundos verificada no ajuste anual pelas pessoas jurídicas será
considerada: como recurso próprio aplicado no respectivo projeto, quando o recolhimento for
efetuado pelas pessoas jurídicas de que trata o art. 9° da Lei n° 8.167, de 1991;
como subscrição voluntária para o fundo destinatário da opção manifestada no Darf, quando o
recolhimento for efetuado pelas demais pessoas jurídicas.
O valor referente à aplicação em incentivos fiscais correspondente aos valores apurados no ajuste
anual deverá ser recolhido nos seguintes códigos: 7920 (Finor), 7933 (Finam) ou 7946 (Funres).

OPÇÕES PARA APLICAÇÃO EM INCENTIVOS FISCAIS

A pessoa jurídica que efetuar doações ou patrocínios em favor de projetos culturais, desde que
atendidas as condições do Decreto n° 1.494, de 1995, e da IN SE-MINC/SRF n° 1, de 1995,
poderá deduzir do imposto devido o valor calculado deste incentivo, observando-se a base legal
de concessão dos projetos e os limites legais estabelecidos, conforme a seguir:
Projetos aprovados nos termos dos arts. 25 e 26 da Lei n.º 8.313, de 1991:
40% do somatório das doações;
30% do somatório dos patrocínios.
Projetos aprovados nos termos do art. 18 da Lei n° 8.313, de 1991, alterado pela Lei n° 9.874, de
23 de novembro de 1999:
100% do somatório das doações;
100% do somatório dos patrocínios.
Limite de Dedução
A dedução do imposto de renda a este título não poderá exceder, isoladamente, a 4% do imposto
de renda devido. Para o cálculo do limite desta dedução deverá ser excluída, do imposto de renda
devido, a parcela do imposto correspondente a lucros, rendimentos ou ganhos de capital auferidos
no exterior .
Além de observar o limite específico de cada incentivo, o total das deduções relativas aos
incentivos em operações de caráter cultural e atividade audiovisual não poderá exceder a 4% do
imposto devido.
A pessoa jurídica que tiver projeto aprovado nos termos dos arts. 25 e 26 da Lei n° 8.313, de
1991, além de efetuar as deduções do imposto devido, conforme o item “a”, não terá prejudicado
o direito de deduzir o valor relativo às doações e/ou aos patrocínios como despesa operacional.
A pessoa jurídica que tiver projeto aprovado nos termos do art. 18 da Lei n° 8.313, de 1991,
alterado pela Lei n° 9.874, de 1999, que fizer jus à dedução do imposto de renda, não poderá
efetuar qualquer dedução do valor correspondente às doações ou patrocínios como despesa
operacional.

Programa de Alimentação ao Trabalhador – PAT

A pessoa jurídica que tiver Programas de Alimentação ao Trabalhador aprovados pelo Ministério
do Trabalho nos termos do Decreto n° 5, de 1991, com as alterações introduzidas pelo Decreto n°
349, de 1991, respeita limite estabelecido, poderá deduzir do imposto de renda o valor
equivalente a 15% do total das despesas de custeio efetuadas no período de apuração.
Para a utilização do benefício, o custo máximo da refeição será de R$2,49 (dois reais e quarenta e
nove centavos), no caso de o custo efetivo ter sido superior a esse valor. O valor mensal do
benefício será calculado mediante a aplicação da alíquota do imposto sobre o resultado da
multiplicação do número de refeições fornecidas em cada período de apuração, correspondente a
80% do custo efetivo de cada refeição. No caso de o custo efetivo ser igual ou superior a R$2,49
o valor mensal do benefício será calculado mediante a aplicação da alíquota do imposto sobre o
resultado da multiplicação do número de refeições fornecidas, no período de apuração, pelo valor
de $1,99 (um real e noventa e nove centavos). A pessoa jurídica que estiver apurando lucro real
anual considerará como valor do benefício o resultado da soma dos valores correspondentes aos
meses do ano-calendário, observados os limites em relação ao imposto devido.

Limite de Dedução

A dedução do imposto de renda a este título não poderá exceder, isoladamente, a 4% do imposto
de renda devido. Para o cálculo do limite desta dedução deverá ser excluída, do imposto de renda
devido, a parcela do imposto correspondente a lucros, rendimentos ou ganhos de capital auferidos
no exterior. Eventuais excessos podem ser transferidos para dedução nos dois anos-calendário
subseqüentes.
Observados o limite específico de cada incentivo, o total das deduções do imposto, apurado no
encerramento do período trimestral, anual (ajuste), ou no período correspondente ao balanço ou
balancete de suspensão ou redução, relativas ao PAT – Programa de Alimentação ao Trabalhador
e aos Programas de Desenvolvimento Tecnológico Industrial – PDTI e Programa de
Desenvolvimento Tecnológico Agropecuário – PDTA, aprovados a partir de 3 de junho de 1993,
não poderá exceder a 4% do imposto devido.
Mudança de Controle Societário e de Ramo de Atividade

A pessoa jurídica não poderá compensar seus próprios prejuízos fiscais, se entre a data da
apuração e da compensação houver ocorrido, cumulativamente, modificação de seu controle
societário e do ramo de atividade.

Incorporação, Fusão e Cisão

A pessoa jurídica sucessora por incorporação, fusão ou cisão não poderá compensar prejuízos
fiscais da sucedida.
No caso de cisão parcial, a pessoa jurídica cindida poderá compensar os seus próprios prejuízos,
proporcionalmente à parcela remanescente do patrimônio líquido.

Sociedade em Conta de Participação (SCP)

O prejuízo fiscal apurado por Sociedade em Conta de Participação (SCP) somente poderá ser
compensado com o lucro real decorrente da mesma Sociedade em Conta de Participação (SCP).É
vedada a compensação de prejuízos fiscais e lucros entre duas ou mais SCP ou entre estas e o
sócio ostensivo.

PAGAMENTO DO IMPOSTO

Imposto de Renda Determinado com Base no Lucro Real Trimestral

O imposto de renda devido, apurado trimestralmente, será pago em quota única, até o último dia
útil do mês subseqüente ao do encerramento do período de apuração.
À opção da pessoa jurídica, o imposto devido poderá ser pago em até três quotas mensais, iguais
e sucessivas, vencíveis no último dia útil dos três meses subseqüentes ao de encerramento do
período de apuração a que corresponder.
Nenhuma quota poderá ter valor inferior a R$1.000,00 (um mil reais) e o imposto de valor
inferior a R$2.000,00 (dois mil reais) será pago em quota única.
As quotas do imposto serão acrescidas de juros equivalentes à taxa referencial do Sistema
Especial de Liquidação e Custódia (Selic), para títulos federais, acumulada mensalmente, a partir
do primeiro dia do segundo mês subseqüente ao do encerramento do período de apuração até o
último dia do mês anterior ao do pagamento e de 1% (um por cento) no mês do pagamento.

Imposto de Renda Determinado sobre Base de Cálculo Estimada Mensalmente ou com Base em
Balanço ou Balancete de Suspensão ou Redução
– Pagamentos Mensais
O imposto de renda devido, determinado mensalmente sobre a base de cálculo estimada, ou
apurado em balanço ou balancete de suspensão ou redução, será pago até o último dia útil do mês
subseqüente àquele a que se referir.
– Saldo do Imposto Apurado em 31 de Dezembro de 2000 (ajuste anual)
O saldo do imposto de renda apurado em 31 de dezembro de 2000:
será pago em quota única até o último dia útil do mês de março do ano subseqüente. O saldo do
imposto será acrescido de juros equivalentes à taxa referencial do Sistema Especial de Liquidação
e Custódia (Selic), para títulos federais, acumulada mensalmente, a partir de 1º de fevereiro de
2001 até o último dia do mês anterior ao do pagamento e de 1% (um por cento) no mês do
pagamento;
poderá ser compensado com o imposto de renda devido a partir do mês de janeiro do ano-
calendário subseqüente ao do encerramento do período de apuração, assegurada a alternativa de
requerer a restituição.

AJUSTES AO LUCRO LÍQUIDO PARA APURAÇÃO DO IRPJ E DA CSLL

As empresas tributadas pelo lucro real devem realizar ajustes ao lucro líquido, a fim de
determinar as bases de cálculo do IRPJ e da CSLL.
Apesar da fórmula semelhante, os ajustes ao lucro líquido para cálculo do IRPJ nem sempre são
iguais aos efetuados no cálculo da CSLL.
Nos itens a seguir, relacionamos os principais ajustes ao lucro líquido, mencionando quando
devem ser feitos ora para cálculo do IRPJ, ora para cálculo da CSLL, ou para cálculo de ambos.

AJUSTES DA EQUIVALÊNCIA PATRIMONIAL


O resultado da Equivalência Patrimonial em investimentos deve ser ajustado ao lucro líquido,
para determinação do Lucro Real e da Base de Cálculo da Contribuição Social sobre o Lucro.
A Equivalência Patrimonial é calculada pela empresa investidora e corresponde ao valor do
investimento determinado mediante a aplicação do percentual de participação no capital social
sobre o Patrimônio Líquido de cada coligada ou controlada.
O valor obtido é comparado com o valor do investimento registrado no Ativo Permanente da
investidora, que deve fazer os ajustes necessários para que o valor registrado represente a sua
efetiva participação no capital da coligada ou controlada.

Exemplo:

Participação no capital de outra empresa.................................... 50%


Patrimônio Líquido da investida................................................... R$ 6.930.950,00
Valor do Investimento Registrado no AP da Investidora ............ R$ 2.938.314,00
Equivalência Patrimonial (50% de R$ 6.930.950,00).................. R$ 3.465.475,00
Valor do Investimento ................................................................ (-) R$ 2.938.314,00
Ajuste Positivo da Equivalência Patrimonial (R$ 3.465.475,00 –
R$ 2.938.314,00) ........................................................................ R$ 517.161,00

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