O documento discute o papel do dinheiro na economia segundo Marx, Keynes e Beluzzo. Apresenta as três funções básicas do dinheiro (unidade de conta, meio de circulação e reserva de valor), mas argumenta que em uma economia capitalista o dinheiro também serve como instrumento de lucro privado. Discutem-se os riscos inerentes ao crédito, endividamento e variações cambiais, e a importância do banco central em regular a taxa de juros para controlar esses riscos e manter a economia dinâmica.
Original Description:
Resumo do texto Dinheiro e as transfigurações da riqueza de Luiz Gonzaga de Melo Beluzzo
O documento discute o papel do dinheiro na economia segundo Marx, Keynes e Beluzzo. Apresenta as três funções básicas do dinheiro (unidade de conta, meio de circulação e reserva de valor), mas argumenta que em uma economia capitalista o dinheiro também serve como instrumento de lucro privado. Discutem-se os riscos inerentes ao crédito, endividamento e variações cambiais, e a importância do banco central em regular a taxa de juros para controlar esses riscos e manter a economia dinâmica.
O documento discute o papel do dinheiro na economia segundo Marx, Keynes e Beluzzo. Apresenta as três funções básicas do dinheiro (unidade de conta, meio de circulação e reserva de valor), mas argumenta que em uma economia capitalista o dinheiro também serve como instrumento de lucro privado. Discutem-se os riscos inerentes ao crédito, endividamento e variações cambiais, e a importância do banco central em regular a taxa de juros para controlar esses riscos e manter a economia dinâmica.
Instituto de Economia Disciplina: Introduo Economia Professor: Fernando Cezar De Macedo Mota Aluno: Vanessa da Silva Pereira
RA:177810
Referncia Bibliogrfica: BELUZZO, Lus Gonzaga de Mello Dinheiro e as transfiguraes da
riqueza in: Poder e Dinheiro uma economia poltica da globalizao. 6 Edio. Petrpolis: Editora Vozes. 1998. O dinheiro tem um papel mpar na economia, Marx o define como meio de pagamento geral, meio de compra geral e materializao absolutamente social da riqueza em geral, ou seja, uma forma de riqueza universal. Tendo em mente a importncia do mesmo, Beluzzo analisa sua funo, e as transformaes bancrias que resultam em meios monetrios. O autor inicia o texto expondo a viso de Keynes sobre a economia monetria de produo, em que o objetivo dos capitalistas , atravs da produo, acumular bens, e no simplesmente atender a demanda de produtos X, Y ou Z pelo mundo. Tal ponto de vista confronta-se com os dos tericos clssicos, que consideravam que os empresrios iniciavam a produo tendo em vista suprir as demandas. Sendo assim, o autor recorre Marx, que mostra que tanto a deciso do empresrio de produzir, como a do trabalhador assalariado em vender sua fora de trabalho para realizar a produo, visam somente a obteno do dinheiro. Mas se a moeda to importante e influencia grande parte das decises tanto individuais como em sociedade, qual de fato sua funo? Conceitualmente o dinheiro possui trs funes: unidade de conta, ou seja, fornece um padro para que as mercadorias expressem seus valores, funcionando como um referencial para os valores dos produtos no mercado; meio de circulao, atuando como intermedirio entre as mercadorias, e, reserva de valor, que tem a funo de manter o poder de compra no tempo, sendo uma forma de medir riqueza. Entretanto, o autor chama ateno que tanto para Marx quanto para Keynes, o entendimento das economias monetrias no pode se restringir s suas trs funes, pois em uma economia capitalista o dinheiro se comporta de uma maneira divergente, onde simultaneamente um bem pblico e um instrumento de enriquecimento privado. Dessa maneira, no mbito pblico, a moeda est sujeito as normas, facilitando as trocas e consequentemente contribuindo para o desenvolvimento, e ainda, somente o setor pblico, atravs do banco central, que pode emiti-las; no mbito privado, uma forma de acumulao de riquezas, que consequentemente traz desigualdade.
Devido o carter contraditrio, o dinheiro est sujeito a transformaes constantes, como as
variaes cambiais, que pode resultar em lucro ou em perda, assim, investir na empresa adquirindo ativos pode representar risco. A compra de ativos visa o aumento do lucro, tal lucro proveniente da liquidez de tais ativos, que por sua vez podem depreciar tornando-se cada vez menos lquidos acarretando em prejuzos para empresa, pois compromete seu capital de giro, assim como suas dvidas. Beluzzo diz que o crdito e endividamento so elementos construtivos da economia capitalista, e portanto os bancos devem ser responsveis por tais riscos, assim, novamente se faz importante a presena do banco central, pois este adota medidas capazes de reduzir os riscos dos bancos privados. Um dos meios de controle do banco central a definio da taxa de juros a curto prazo, que determina a preferncia por ativos mais ou menos lquidos e consequentemente o fluxo de gasto monetrio, que determina empregos, renda e salrio. Com o aumento ou a diminuio da taxa de juros h uma mudana no perfil da dvida, que aumenta os riscos de pagamento afetando a relao devedor credor, fazendo-se necessrio a presena de agentes especializados com o objetivo de intervir na situao econmica de maneira a garantir que a economia mantenha-se dinmica.