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ABR 1992 NBR 12269


Execução de instalações de sistemas de
energia solar que utilizam coletores
ABNT-Associação
Brasileira de
solares planos para aquecimento de
Normas Técnicas água
Sede:
Rio de Janeiro
Av. Treze de Maio, 13 - 28º andar
CEP 20003-900 - Caixa Postal 1680
Rio de Janeiro - RJ
Tel.: PABX (021) 210 -3122
Telex: (021) 34333 ABNT - BR
Endereço Telegráfico:
NORMATÉCNICA
Procedimento

Origem: Projeto 04:011.03-003/1990


CB-04 - Comitê Brasileiro de Máquinas e Equipamentos Mecânicos
CE-04:011.03 - Comissão de Estudo de Equipamento e Aproveitamento da Energia
Solar
NBR 12269 - Execution of solar energy systems installations that utilize flat plate
solar collectors for water hoting - Procedure
Copyright © 1992, Descriptors: Solar energy. Water hoting
ABNT–Associação Brasileira
de Normas Técnicas Reimpressão da NB-1352, de FEV 1991
Printed in Brazil/
Impresso no Brasil Palavras-chave: Energia solar. Aquecimento de água 17 páginas
Todos os direitos reservados

SUMÁRIO 1.4 Esta Norma não é aplicável aos sistemas que usam
1 Objetivo trocadores de calor para conexão de um circuito primário a
2 Documentos complementares um circuito secundário.
3 Definições
4 Condições gerais 1.5 Esta Norma não é aplicável aos sistemas que usam
5 Instalação dos coletores solares fluidos de trabalho diferentes da água.
6 Instalação do reservatório térmico
7 Sistema de circulação 1.6 Esta Norma abrange os aspectos de:
8 Piscina
9 Tubulação a) funcionamento;
10 Isolamento térmico
11 Dilatação térmica b) segurança;
12 Componentes e acessórios
ANEXO A - Roteiro de verificações preliminares para c) especificação de componentes, materiais e servi-
avaliação de provável instalação de aqueci- ços;
mento de água por energia solar
ANEXO B - Figuras d) definição de responsabilidades;

e) manutenção;
1 Objetivo
f) montagem;
1.1 Esta Norma fixa as condições exigíveis para a exe-
cução de instalações de sistemas de energia solar que uti- g) pré-requisitos para este tipo de instalação.
lizam coletores solares planos para aquecimento de água.
2 Documentos complementares
1.2 Esta Norma é aplicável aos sistemas onde a movimen- Na aplicação desta Norma é necessário consultar:
tação de água se faz por Termossifão ou por Circulação
Forçada. NBR 5410 - Instalações elétricas de baixa-tensão -
Procedimento
1.3 Esta Norma é aplicável aos sistemas onde a água aque-
cida é consumida ou não (como no caso das piscinas de NBR 6120 - Cargas para cálculo de estruturas de
natação, tanques de lavagens, etc.). edificações - Procedimento
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2 NBR 12269/1992

NBR 7198 - Instalações prediais de água quente - solar sem excessiva sombra de outras construções ou ve-
Procedimento getação. O engenheiro responsável deve certificar-se de
que a montagem da estrutura é suficiente e utilizável para
NBR 10184 - Coletores solares planos para líquidos - as condições locais de vento, e que o coletor e o reserva-
Determinação do rendimento térmico - Método de en- tório estão localizados e fixados a componentes estrutu-
saio rais adequados da construção.

NBR 10185 - Reservatórios térmicos para líquidos 4.5 Estagnação


destinados a sistemas de energia solar - Determinação
do desempenho térmico - Método de ensaio O engenheiro responsável (ver 3.3) deve assegurar-se de
que o coletor não é deixado exposto ao sol por períodos
3 Definições prolongados de tempo, tanto com o coletor vazio como
quando carregado de água e desligado do reservatório. A
Para os efeitos desta Norma são adotadas as definições de
conexão de água do coletor deve ser deixada aberta quan-
3.1 a 3.3 e as constantes nas NBR 7198, NBR 10184 e
do o coletor for exposto ao sol durante o período de
NBR 10185.
instalação. Precauções específicas devem ser tomadas
para prevenir a entrada de poeira e sujeira durante este
3.1 Termossifão
período.
Forma de movimentação de um fluido (no caso desta Norma,
água em um sistema de energia solar) devido unicamente à 4.6 Saída de água quente
diferença de sua densidade em regiões diferentes do circuito
hidráulico, provocada por temperaturas diferentes naquelas O engenheiro responsável (ver 3.3) deve certificar-se de
regiões. que a saída de água quente esteja aberta para a atmosfera
durante a instalação até que o sistema de água quente
3.2 Circulação forçada esteja preenchido com água.

Forma de movimentação de um fluido (no caso desta Nor- 4.7 Manual de operação e manutenção
ma, água em um sistema de energia solar) devido predo-
minantemente à imposição externa de pressão no circuito As informações e sua cessão ao usuário são de respon-
hidráulico (por exemplo, através de uma motobomba ou sabilidade do engenheiro responsável, que deve instruir o
uma coluna de água). A movimentação da água pode ocor- usuário no método de operação do sistema e lhe entregar
rer de forma contínua ou intermitente. uma cópia das instruções de operação e manutenção.

3.3 Engenheiro responsável 4.8 Avaliação preliminar

No âmbito desta Norma, o engenheiro responsável é aquele A correta instalação do sistema requer um estudo preli-
encarregado de verificar a instalação. Deve estar registrado minar das condições existentes no local. Sugere-se que se
no Conselho Regional competente. obtenham os dados mínimos contidos no Anexo A.

4 Condições gerais 4.9 Materiais diferentes - corrosão

4.1 Instalação Materiais incompatíveis do ponto de vista de corrosão devem


ser isolados ou tratados para prevenir degradação dentro
As instalações de energia solar devem obedecer às con- das condições de serviço.
dições de segurança, de acordo com os códigos locais.
4.10 Pressão e temperatura máximas - proteção do
4.2 Alterações
sistema
Somente peças de montagens fornecidas pelo fabricante
O sistema deve ser corretamente protegido para pressões
dos coletores solares e reservatórios térmicos devem ser
que superem 0,8MPa (8kgf/cm2) e temperaturas acima de
utilizadas. Qualquer alteração requerida deve ser aprovada
80ºC.
pelo fabricante.

4.3 Qualidade da água 4.11 Pressão e temperatura - operação dos


componentes
O engenheiro responsável (ver 3.3) deve atentar para a
qualidade da água disponível no local e verificar se está de Os componentes do sistema de energia solar devem ser
acordo com os padrões mínimos exigidos por um órgão capazes de operar nas faixas de pressão e temperatura
competente, notificando o proprietário da instalação. A especificadas dentro da vida projetada (inclusive aqueles
instalação deve ser executada de maneira que seu fun- que vierem a ser afetados por sua exposição à radiação
cionamento não altere as condições de uso da água. solar).

4.4 Montagem e orientação dos coletores 4.12 Estagnação ou falta de energia elétrica

O engenheiro responsável deve certificar-se de que o cole- O sistema deve ser capaz de resistir a períodos de es-
tor será montado com a correta orientação solar e ângulo tagnação (alto fluxo solar, baixa demanda) sem manu-
de inclinação como especificado pelo fabricante ou proje- tenção. Isto inclui as condições reinantes durante falta de
tista, em uma posição em que se obtenha ótima exposição energia elétrica no sistema.
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4.13 Aterramento elétrico do sistema 5 Instalação dos coletores solares

As massas dos diferentes componentes do sistema de 5.1 Orientação geográfica


energia solar devem estar eletricamente aterradas, confor-
me a NBR 5410. Os coletores solares devem ser instalados voltados para o
Norte verdadeiro. Desvios de até 15º desta direção não
4.14 Congelamento prejudicam seriamente a eficiência. Instalações executa-
das nas regiões brasileiras situadas no hemisfério Norte
Em regiões climáticas onde haja ameaça de congelamen- devem ter seus coletores solares voltados para o Sul
to, devem ser previstas formas de proteção de todas as verdadeiro.
partes do sistema que ficarem sujeitas a temperaturas iguais
ou inferiores a 4ºC. Esta proteção deve levar em conta uma 5.2 Ângulo de inclinação
possível falta de potência elétrica no sistema.
Os coletores solares são instalados com ângulo de
4.15 Controle - falhas inclinação predeterminado. Em instalações unifamiliares,
este ângulo pode ser igual ao da latitude do local. Nos
O sistema de controle deve ser projetado de tal maneira sistemas termossifão, qualquer que seja a latitude, não de-
que, no evento de falta de energia elétrica ou falha de ve ser utilizada uma inclinação inferior a 10º.
qualquer componente do sistema, as temperaturas ou
pressões desenvolvidas no sistema solar de aquecimento 5.3 Local da instalação - estrutura de apoio
d’água não o danifiquem ou causem riscos aos usuários e
ocupantes do edifício. Os coletores solares podem ser montados sobre o solo ou
em telhados. Na montagem em telhados, podem ser usa-
4.16 Identificação de pontos de descarga dos estrutura de apoio independente da estrutura da co-
bertura, suportes de apoio ligados à estrutura da cobertura,
Rótulos devem marcar os pontos do sistema de energia apoio direto sobre a estrutura da cobertura ou coletores
solar nos quais a água possa ser descarregada. solares integrados à cobertura.

4.17 Vazamentos 5.4 Montagens no telhado - seqüência de operações

Devem ser previstos meios para evitar que, em caso de Nas montagens em telhados, sugere-se a seguinte se-
vazamentos, se acarretem danos maiores aos usuários, qüência de operações:
como alagamento.
a) escolha da face adequada do telhado;
4.18 Livre acesso
b) localização das vigas específicas de apoio;
A instalação do sistema solar de aquecimento de água não
deve prejudicar o movimento de pessoal e cargas. c) medida e marcação dos pontos de apoio;

4.19 Proteção ao fogo d) fixação dos suportes ao vigamento;

Montagem e materiais utilizados no sistema de energia solar e) reparos na impermeabilização.


devem estar de acordo com os códigos nacionais reco-
nhecidos para proteção ao fogo, sob todas as condições 5.5 Montagens no telhado
operacionais e condições de estagnação.
Os coletores não devem ser instalados próximos à cumeeira
4.20 Estrutura - requisitos gerais do telhado (distância mínima: 1m) ou em locais onde as
cargas de vento sejam altas.
Toda estrutura projetada para o sistema solar e suas es-
truturas de montagem devem estar baseadas em prática 5.6 Montagens no telhado - fixação
geral aceita de engenharia. Todo carregamento deve estar
de acordo com a NBR 6120. Nas montagens em telhados, os coletores solares ou seus
suportes nunca devem ser fixados no elemento da cober-
4.21 Purga do sistema tura.

Ao iniciar-se a operação do sistema, todo o ar deve ser 5.7 Cargas de vento


purgado.
Os efeitos de vento combinados com a contração e
4.22 Remoção de resíduos expansão térmica fazem com que fixações e impermea-
bilizações se desgastem com o tempo. A estrutura onde os
Ao final da instalação, todos os metais, pedaços de mate- coletores são montados deve ter um responsável pelo seu
riais, restos, cavacos e poeira devem ser removidos. projeto.

4.23 Pintura protetora 5.8 Elementos de fixação

Pintura protetora, ou tratamento equivalente, deve ser Os elementos de fixação (chumbadores, elementos rosca-
aplicada a qualquer superfície de aço descoberta. dos) dos coletores solares à edificação devem resistir a
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4 NBR 12269/1992

esforços, devido ao peso próprio dos coletores solares, 5.18 Sombreamento


tubos e demais acessórios do sistema, e a esforços origi-
nados pela ação do vento. Os coletores devem ser instalados em locais não sujeitos
à sombra durante 4 h, antes e após o meio-dia. Uma vez
5.9 Elementos adicionais de fixação que a trajetória aparente do sol se modifica no decorrer das
estações, cuidados devem ser tomados quanto ao aumen-
Em locais onde a eventual queda dos coletores possa to das sombras no inverno.
constituir risco significativo para pessoas e bens, elementos
adicionais de fixação devem ser instalados. Por exemplo, 5.19 Sombreamento - bateria de coletores
os coletores podem ser amarrados com cabos de aço
envoltos em proteção plástica, ancorados na estrutura do Quando forem utilizadas várias baterias de coletores, deve
edifício e dimensionados para suportar o triplo do peso dos ser assegurado que a bateria da frente não projete sombra
coletores e apoio, após ruptura do sistema de fixação nor- na bateria posterior.
mal.
5.20 Sombreamento - vegetação
5.10 Elementos de fixação - inspeção periódica
A vegetação deve ser selecionada e locada de forma a
O usuário deve ser alertado pelo instalador da necessi- prevenir a indesejável redução de rendimento do coletor
dade de inspeção periódica do sistema de fixação dos solar, devido ao sombreamento direto ou por deposição de
coletores solares aos suportes e destes ao edifício, a fim materiais oriundos desta.
de que eventuais danos possam ser imediatamente re-
parados. 5.21 Resíduos - local da instalação

5.11 Parafusos e porcas A localização e a orientação do coletor solar devem considerar


os resíduos físicos e químicos transportados pelo ar, pro-
Os parafusos e porcas de fixação não devem estar em- venientes de incineradores e fábricas próximas, os quais
perrados por resíduos ou defeitos de fabricação. têm influência sobre o rendimento do coletor solar.

5.12 Materiais diferentes - corrosão 5.22 Limpeza - coletores

Todas as fixações metálicas dos coletores solares aos Em projetos onde as superfícies dos coletores não estejam
suportes e destes ao edifício devem ser protegidas ade- protegidas contra acumulação de poeira, devem ser tomadas
quadamente dos efeitos de corrosão. Metais diferentes medidas para permitir a limpeza destas superfícies, tão
devem ser separados por coxins de elastômeros ou plás- freqüente quanto necessário, para prevenir uma deterioração
ticos resistentes às intempéries. significativa do desempenho do coletor.

5.13 Montagens no solo - altura mínima 5.23 Água de chuva

Nas montagens no solo, o canto inferior dos coletores deve Previsões devem ser feitas em todas as instalações para
estar no mínimo 30cm acima do solo, de maneira a não ser garantir drenagem adequada do coletor para não represar
obstruído por vegetação ou atingido por salpicos de água água de chuva.
empoçada.
5.24 Matéria-prima - coletores
5.14 Montagens no solo - superfícies quentes
Embora seja possível construir um coletor solar em que a
Montagens executadas no solo, próximas à passagem de matéria-prima de seus componentes seja de menor custo e
pedestres, devem possuir meios para evitar acidentes. qualidade, experiências mostram que construções com
materiais inferiores levam, freqüentemente, a maiores gas-
5.15 Montagens no solo - telas de proteção tos com manutenção no decorrer do tempo, tornando-se
necessária a substituição destes componentes.
Montagens no solo são mais sujeitas a danos acidentais ou
vandalismo; o uso de tela metálica em frente ao campo de 5.25 Eletrocorrosão
coletores pode prevenir quebras.
Se a caixa do coletor solar e seu suporte forem feitos de
5.16 Tela de proteção metais diferentes, eles devem ser isolados eletricamente,
de forma a impedir a eletrocorrosão.
Caso se utilize tela protetora acima do coletor para evitar
danos ao vidro, haverá uma redução na área efetiva de 6 Instalação do reservatório térmico
absorção. Desta forma, é necessário aumentar a área de
absorção no mesmo percentual desta redução. Deve-se 6.1 Local da instalação
evitar o uso de vidro reforçado internamente com tela
metálica, uma vez que ele não transmite satisfatoriamente O local da instalação do reservatório térmico deve permitir
a radiação solar. que este possa ser substituído sem esforço excessivo e
deve ser posicionado de maneira a prover acesso, não
5.17 Normas aplicáveis obstruindo a substituição e manutenção de componentes,
como unidades elétricas de aquecimento, válvulas de alívio,
O rendimento térmico dos coletores solares pode ser ava- queimadores, chaminés, controles, anodos substituíveis ou
liado utilizando-se a NBR 10184. itens similares, quando estes forem incorporados à unidade.
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6.2 Vazamentos tricidade, gás) seja conectado ao aquecedor. Alterna-


tivamente, ele deve fazer alguns arranjos, quando for neces-
A localização do reservatório térmico deve ser tal, que um sário garantir que o suprimento de energia suplementar seja
vazamento não provoque danos e, também, que haja es- deixado isolado, até que o sistema solar de água quente
paço para execução de conexões com a tubulação e seja carregado.
manutenção do equipamento.
6.10 Indicação de tensão e corrente elétrica
6.3 Reservatório horizontal/reservatório vertical
As necessidades de tensão e corrente elétrica para o sis-
Embora seja empregado o reservatório térmico na hori- tema auxiliar elétrico instalado em um reservatório térmico
zontal, ao invés da vertical, para reduzir o tamanho da devem ser facilmente visíveis.
instalação, não somente a estratificação é pobre, como
também é difícil reduzir a mistura com a água fria que entra 6.11 Posição das resistências elétricas
no armazenador e garantir que a água que está a uma
temperatura mais elevada deixe antes o reservatório para Quando se utilizar como tanque de armazenagem o reser-
ser consumida. Um reservatório horizontal só deve ser vatório de um aquecedor elétrico, devem-se incluir duas
considerado quando a outra opção for inviável. conexões extras para as tubulações de ida e retorno da
água para o(s) coletor(es). Observe-se que o posiciona-
6.4 Altura mínima mento original da resistência elétrica não é o mais adequado
para utilização em um sistema de energia solar. Geralmente,
Reservatórios térmicos devem ser instalados de maneira nestes casos, a resistência é posicionada a 2/3 da altura
que a distância vertical do nível de água do reservatório total do tanque.
térmico ao ponto mais alto de utilização de água quente não
seja menor que 1m. 6.12 Limites de pressão

6.5 Estratificação da temperatura - entrada de água fria Devem ser previstos meios de limitar a temperatura e a
pressão do reservatório térmico a valores que não excedam
A entrada de água fria no reservatório térmico do sistema o limite superior de temperatura e pressão especificado pelo
de energia solar deve ser realizada o mais próximo pos- fabricante. A válvula de alívio de temperatura e pressão não
sível do fundo e de maneira que não haja mistura com a deve ser usada para este propósito, sob condições normais
água já aquecida, de forma a não diminuir a temperatura da de operação.
água disponível para utilização e não diminuir o rendimento
térmico. 6.13 Limites de pressão e temperatura - indicadores

6.6 Estratificação da temperatura - retorno Reservatórios térmicos pressurizados, além de outras ca-
racterísticas, devem ter indicação das máximas tempe-
Com o objetivo de promover estratificação na temperatura raturas e pressão de operação.
da água do reservatório térmico, conecta-se a tubulação de
retorno da água do coletor a uma altura que seja aproxi- 6.14 Normas aplicáveis
madamente 2/3 da altura do tanque ou conecta-se esta
tubulação na zona imediatamente abaixo da zona aque- O desempenho térmico das unidades de armazenamento
cida pelo aquecimento suplementar, no caso de tê-lo incor- pode ser avaliada utilizando-se a NBR 10185.
porado ao reservatório.
6.15 Reservatórios fixos
6.7 Aquecedor auxiliar
Os reservatórios fixos a uma parede devem ter chumba-
Nos casos em que o reservatório térmico contém um siste- dores capazes de resistir aos esforços aplicados com o
ma complementar de aquecimento ou existe este sistema reservatório cheio.
interligado, devem-se observar, além das prescrições desta
Norma, aquelas contidas na NBR 7198. 6.16 Reservatórios apoiados

6.8 Aquecedor auxiliar - compatibilidade Os reservatórios simplesmente apoiados devem ser ins-
talados com tirantes ou escoras que impeçam desloca-
O equipamento auxiliar de aquecimento, se incluído, deve mentos indesejáveis.
ser compatível com a potência de saída do sistema de
energia solar, temperaturas e vazões, de forma que não 6.17 Reservatórios - fixação
resulte em excessiva pressão ou temperatura no sistema
auxiliar ou se inutilizem dispositivos de segurança do sistema Todo reservatório de montagem externa deve ser de um
auxiliar. A porcentagem da carga térmica a ser atendida tipo certificado pelo fabricante como à prova d’água.
pelo sistema auxiliar é de responsabilidade do projetista. O Reservatórios incorporando componentes elétricos devem
equipamento auxiliar de aquecimento deve estar de acor- estar de acordo com os requisitos relevantes de normas
do com as normas brasileiras específicas. aplicáveis. O engenheiro responsável deve assegurar-se
de que o reservatório é adequadamente sustentado na
6.9 Aquecedor auxiliar - Carregamento com água estrutura do telhado e também fixado na estrutura, de acor-
do com as instruções do fabricante. Todos os suportes de
O engenheiro responsável (ver 3.3) deve cuidar para que o fixação e outros meios de suporte devem ser adicional-
sistema solar de água quente seja carregado com água mente adequados para suportar o peso de uma pessoa da
antes que o aquecimento suplementar (por exemplo, ele- manutenção.
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6 NBR 12269/1992

6.18 Respiro - recomendações c) ser instalado de maneira a prever bloqueio, devido


ao congelamento e deve descarregar dentro ou fo-
Toda a tubulação de respiro deve ser livre e desobstruída, ra da construção; quando o fluxo ocorrer desta for-
e aberta à atmosfera o tempo todo. ma, deve ser facilmente observável, mas deve
minimizar riscos de prejuízo ou danos pelo vapor
6.19 Respiro - instalação d’água quente. Não deve descarregar em lugar que
cause algum incômodo;
A instalação do tubo deve estar de acordo com os seguin-
tes requisitos: d) se descarregar fora da construção, o tubo-descarga
do alívio deve ter o ponto de descarga final acima de
300mm e abaixo de 600mm, sobre o terreno, exceto
a) o tubo deve subir, do ponto mais alto do reserva-
quando descarregar em uma calha de chuva, grelha
tório, sem restrições ou mudança brusca de dire-
ou conduto similar. Deve ter uma queda livre de no
ção, que não a permitida pela alínea d) seguinte.
mínimo 75mm entre o transbordamento e o tubo de
Não devem ser conectadas torneiras ou válvulas
saída ou grelha. O tubo-descarga do alívio não deve
na linha do respiro entre o reservatório e a saída do
descarregar em um conduto comum, exceto através
respiro. Isto se aplica particularmente aos sistemas
de uma abertura de ar, que deve ser visível, e de um
assistidos eletricamente;
funil;

b) o tubo deve ser o mais curto possível, respeitando-


e) para reservatórios pressurizados sem tubo de res-
se a alínea c);
piro, a menos que o construtor especifique de outra
maneira, o tubo-descarga do alívio deve descarre-
c) o tubo deve subir a uma altura maior do que 80mm gar em um ponto ou abertura de ar não mais do que
acima do nível de água no tanque alimentador de 600mm abaixo da base do reservatório.
água fria, para cada metro entre o nível de transbor-
damento do tanque alimentador e a base do aque-
6.22 Colapso do reservatório - alívio de vácuo
cedor ou 300mm, o que for maior;
Sempre que um dispositivo antivácuo é incorporado como
d) o tubo deve ser virado em declive e descarregar
um meio de prevenir o colapso do reservatório, através da
livremente dentro do tanque alimentador de água fria
redução interna de pressão, e o antivácuo está separado
por uma passagem através da tampa. Alternativa-
ou conectado em outra ligação, o corpo da válvula de alívio
mente, ele pode ser retirado para o exterior e
deve estar acima do nível de água no reservatório e a válvula
adequadamente curvado acima do telhado;
deve ser instalada estritamente de acordo com as instruções
do fabricante do reservatório.
e) quando for permitido o uso de uma válvula redutora
de pressão com tubo de respiro, o tubo deve subir a 6.23 Verificação da estanqueidade
uma altura acima da válvula igual à taxa de pressão
da válvula em metros de coluna d’água, mais um
O reservatório térmico deve ser testado para verificar-se
mínimo de 1m e máximo de 2m. O tubo deve subir a
que não há vazamento.
uma altura acima do fundo do aquecedor de água,
não excedendo a carga máxima do aquecedor de
água; 6.24 Isolamento térmico

f) o diâmetro interno do tubo deve ser igual ou superior Quando o reservatório for instalado em ambiente externo,
ao diâmetro da tubulação, mas em nenhum caso o isolamento térmico deve ser protegido.
este deve ter um diâmetro inferior a 19mm.
7 Sistema de circulação
6.20 Válvula de segurança
7.1 Termossifão
Cada reservatório de água quente sem respiro deve ser
provido por uma válvula de alívio de pressão. A Figura 1 do Anexo B mostra o esquema simplificado do
circuito para termossifão, com os componentes mínimos
6.21 Tubo-descarga para o seu correto funcionamento.

O tubo-descarga do alívio deve ter tamanho recomendado 7.2 Termossifão - parâmetros importantes
pelo fabricante, mas não menos do que 15mm. A instalação
do tubo-descarga do alívio deve estar de acordo com os São importantes para o funcionamento do sistema os se-
seguintes requisitos: guintes parâmetros:

a) nenhum registro, válvula ou outra restrição deve ser h = ligado ao funcionamento do sistema termossifão e à
localizado no tubo-descarga; circulação invertida (fluxo reverso);

b) ser instalado de maneira a garantir drenagem da α = ligado à eficiência do sistema;


válvula e do reservatório, e deve descer continua-
mente até a sua saída; β = ligado à não-formação de bolsas de ar.
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NBR 12269/1992 7

7.3 Termossifão - diâmetro da tubulação 7.11 Bomba de circulação - recomendações

Sendo pequena a força que causa a circulação de água em A instalação das bombas deve sujeitar-se aos seguintes
um sistema termossifão, o atrito no escoamento pode ser requisitos:
minimizado superdimensionando-se as tubulações de in-
terligação. a) a bomba de circulação deve retirar a água mais fria
da seção mais baixa do reservatório e circular esta
7.4 Termossifão - alturas mínimas água através dos coletores antes de retorná-la ao
reservatório;
É benéfico colocar-se o reservatório térmico em cota, a
mais alta possível, em relação ao coletor solar, em termos
b) somente pontos providenciados pelo fabricante no
de eficiência térmica no termossifão. Por outro lado, há um reservatório, ou nas conexões e componentes for-
aumento nos custos em virtude do aumento do diâmetro da necidos, devem ser utilizados no fornecimento de
tubulação e dos comprimentos maiores da tubulação e
água fria ao reservatório e de água quente que
isolamento térmico. Embora sejam disponíveis formulações retorna ao reservatório. As conexões devem ser
para o cálculo da altura mínima (h) entre a saída de água feitas estritamente de acordo com as instruções do
aquecida do(s) coletor(es) solar(es) e o fundo do tanque de
fabricante;
armazenagem para o funcionamento do sistema termossifão,
o cálculo é bastante complexo e muitas as variáveis c) onde a bomba de circulação é montada separada do
intervenientes, variando inclusive com o local da instalação.
reservatório, a bomba deve estar corretamente
Por outro lado, este cálculo não fornece dados sobre a suportada em base ou estrutura adequadamente
altura mínima para evitar a circulação inversa durante a projetada, e a tubulação disposta de maneira a não
noite.
permitir que a vibração seja transmitida ao coletor,
à resistência elétrica e à estrutura da construção;
7.5 Termossifão - respiro

É importante que o reservatório térmico esteja provido de d) os controles das bombas de circulação devem ser
tubulação de respiro (chaminé de ventilação) para permitir dispostos e conectados estritamente de acordo com
que todo ar que chegue ao reservatório escape para a as instruções do fabricante e, se montados no
atmosfera, prevenindo a formação de bolsões de ar. O exterior, devem ser protegidos por uma cobertura
respiro também serve como elemento de segurança, no impermeável ventilada;
caso de a água acidentalmente ferver. Este deve partir do
ponto mais alto do circuito, sem trechos descendentes e e) uma instrução de advertência da voltagem utilizada
até uma altura ligeiramente superior à coluna d’água de e um diagrama da instalação elétrica devem ser
serviço. afixados na parte de dentro da cobertura da caixa de
controle e na caixa de fusíveis, junto com a
7.6 Inclinação da tubulação - bolsões de ar identificação dos componentes de controle utiliza-
dos e o nome do fabricante.
Para se evitar a acumulação de bolhas desprendidas no
aquecimento da água e a conseqüente estagnação do fluido, 7.12 Acessórios - dimensionamento
é essencial que haja uma inclinação nas tubulações de
saída e retorno da água do reservatório térmico ao coletor Bombas, tubulação e outros acessórios devem ser dimen-
solar. sionados e especificados para transportar o fluido de trans-
ferência de calor (no caso água) nas vazões de projeto,
7.7 Fluxo reverso sem danos, erosão ou corrosão.

Cuidados adequados devem ser tomados para proteger o 7.13 Vazão - by-pass
sistema da reversão térmica do fluxo pelo projeto de
sistemas de tubulações. Pode-se utilizar uma tubulação de desvio (by-pass) para
adequar a vazão da bomba de circulação da água pelos
7.8 Circulação forçada coletores. Considerações devem ser feitas, de forma a
minimizar perdas de carga, vibrações e perdas térmicas.
A Figura 2 do Anexo B mostra o esquema simplificado do
circuito para circulação forçada com os componentes
7.14 Sensor de temperatura
mínimos para o seu correto funcionamento.

7.9 Circulação forçada - condição necessária O sensor frio do controle tipo liga-desliga deve ser instalado
na parte inferior do reservatório térmico.
Em um sistema de aquecimento d’água no qual o reser-
vatório é colocado abaixo do coletor, a única alternativa 7.15 Suprimento de água
satisfatória é um sistema com circulação forçada.
A alimentação de água fria para o reservatório térmico é
7.10 Bomba de circulação - local da instalação proveniente da caixa-d’água suprida com água da rua.
Recomenda-se que o nível inferior da caixa-d’água fique no
Em sistemas com circulação forçada, a bomba de circulação mínimo 500mm acima do tanque de água quente, para que
deve ser instalada de maneira a prover o acesso a serviços haja pressão suficiente no sistema. Devido às diferenças
ou substituição. Uniões de serviços devem ser posicionadas de nível requeridas entre coletor e reservatório, entre re-
nas tubulações adjacentes à bomba, para permitir a remoção servatório e caixa-d’água, mais a altura dos equipamentos,
da unidade. dependendo do local, pode ser necessário um desnível
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razoável entre a parte inferior do coletor e a parte superior 9.2 Conexões de serviço
da caixa-d’água. Muitas edificações não dispõem desta
diferença, sendo às vezes impossível uma instalação por Conexões apropriadas devem ser previstas em localizações
termossifão. Como recurso para contornar esta falta de prontamente acessíveis para preencher, drenar e limpar o
altura, pode-se empregar uma caixa-d’água fria de pequena sistema líquido.
capacidade, mais alta, apenas para alimentar o sistema.
Não se deve ligar o reservatório diretamente com água da 9.3 Bolsões de ar
rua.
Deve-se verificar se a tubulação do sistema foi executada
8 Piscina de maneira a evitar bolsões de ar. Caso contrário, deve-se
instalar um dispositivo de purga do ar. Os dois fatores
8.1 Piscina - esquema simplificado principais que devem ser levados em consideração na
instalação da tubulação são a formação de bolsões de ar e
A Figura 3 do Anexo B mostra o esquema simplificado do a possível redução da vazão no circuito hidráulico entre o
circuito para piscina com os componentes mínimos para o tanque e o coletor.
seu correto funcionamento.
9.4 Telhados - calafetação
8.2 Filtro do sistema solar
Nos pontos onde a tubulação atravessa o telhado devem
No esquema mínimo apresentado na Figura 3 do Anexo B ser utilizados procedimentos que assegurem a perfeita
não comparece o filtro do sistema solar, que, em algumas estanqueidade deste.
aplicações, a critério do projetista, não pode ser dispensado.
9.5 Diâmetro - Inscrustações
8.3 Bomba de circulação
O diâmetro da tubulação deve levar em conta as restri-
ções impostas pela formação de incrustações, especial-
Dependendo de cada projeto, pode-se utilizar a bomba já
mente em localidades onde a água tiver alta concentração
existente na piscina também para a circulação de água
de minerais.
pelos coletores.
9.6 Ruído/vibração
8.4 Matéria-prima - tubulação
A tubulação e seus acessórios devem ser projetados para
8.4.1 Quando da utilização de coletores de média tempe-
transportar o fluido de trabalho (água) nas vazões de projeto
ratura (com um vidro), a tubulação deve ser de cobre ou de
sem excessivo ruído ou vibração, o que pode induzir altos
plástico especial, apropriado às instalações de água quen-
níveis de tensões mecânicas suficientes para causar danos.
te. Durante a operação normal, a temperatura de retorno
destes coletores é perfeitamente compatível com materiais
9.7 Suportes de tubulação
plásticos comuns. Todavia, quando a água não circula, a
sua temperatura de estagnação pode atingir cerca de 90ºC
Sendo compressíveis alguns materiais utilizados para
e, ao se iniciar a operação do sistema, esta pode danificar
isolamento térmico, é necessário providenciar suportes para
a tubulação, caso seja de material plástico comum.
a tubulação, feitos de materiais com baixa condutividade
térmica, para não promover transferência de calor pelos
8.4.2 Quando da utilização de coletores de baixa tempe- suportes, tomando o cuidado para não compactar o
ratura, a tubulação pode ser de material plástico comum, isolamento térmico.
desde que se conheça a temperatura de estagnação do
particular equipamento utilizado e esta seja inferior a 40ºC. 9.8 Filtro - limpeza

8.4.3 Quando se utilizar tubulação plástica, não há neces- Filtros, se inclusos, devem ser projetados e locados de tal
sidade de isolamento térmico. No caso de tubulação de maneira que possam ser limpos ou substituídos com a
cobre interligando coletores de média temperatura com a mínima interrupção do sistema e equipamento adjacente.
piscina, recomenda-se um isolamento de lã de vidro ou es-
puma de poliuretano. 9.9 Tubulação de interligação - coletores

8.5 Controle - sensor de temperatura A tubulação de interligação de um campo de coletores deve


ser projetada de maneira a garantir uma vazão uniforme
O sensor de temperatura da água da piscina deve estar em pelos diferentes coletores do campo. Uma forma adequada
cota compatível com a lâmina d’água especificada (em geral, de interligar campos de coletores com até oito unidades em
entre 1,0 m e 1,5 m) ou em região da tubulação cuja tempe- paralelo é através da tubulação, conforme o esquema da
ratura da água guarde alguma relação com aquele valor. Figura 4a do Anexo B. Caso esta disposição não possa
ser utilizada, válvulas de balanceamento devem ser usa-
9 Tubulação das, conforme Figuras 4b e 4c do Anexo B.

9.1 Tubulação de interligação - coletores/reservatórios 9.10 Válvulas para manutenção

A tubulação de interligação entre o campo de coletores Na tubulação de campo de coletores devem ser colocadas
solares e o reservatório térmico deve ser a mais curta válvulas em número suficiente para permitir a manutenção
possível. parcial do conjunto.
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NBR 12269/1992 9

9.11 Drenagem - coletores 11 Dilatação térmica

Se a drenagem do sistema de coletores for por gravidade, a 11.1 Dilatação térmica - componentes
linha de alimentação deve atravessar o telhado, inclinada
Os componentes e acessórios do sistema de energia solar
para baixo a partir dos coletores. Todas as linhas devem
e a estrutura de habitação devem ter capacidade para
ser inclinadas no mínimo em 2%, para uma correta dre-
assimilar os efeitos de dilatação térmica por transferência
nagem.
de calor do fluido, expansão do reservatório térmico e demais
componentes do sistema, sem sofrer danos.
9.12 Limpeza de resíduos
11.2 Juntas de dilatação
Após estar isenta de vazamentos, a tubulação deve ser
limpa, interna e externamente, de resíduos de solda e de- A dilatação térmica da tubulação deve ser absorvida pelo
mais elementos que possam prejudicar o funcionamento uso de juntas de dilatação.
correto do sistema.
11.3 Purgadores de ar - restrições
9.13 Água quente/água fria - misturador de água
Purgadores de ar não devem ser instalados nos dispositivos
de absorção da dilatação térmica.
Onde a água quente estiver a uma pressão mais baixa do
que a água fria, as tubulações de água quente e de água 12 Componentes e acessórios
fria devem estar projetadas de forma que a maior pressão
da água fria não restrinja significativamente a corrente de 12.1 Válvulas de segurança
água quente.
Devem ser instaladas válvulas de segurança de alívio de
10 Isolamento térmico pressão e temperatura em todas as fontes de aquecimento
do sistema que puderem vir a ser separadas do circuito
10.1 Isolamento térmico do coletor hidráulico.

12.2 Válvulas de segurança - manual de operação e


Não deve degradar-se na temperatura máxima de serviço, manutenção
em uma extensão que resulte em decréscimo no rendimento
do coletor. Todas as válvulas controladas manualmente, válvula de
mecanismo simples de temperatura e válvula aliviadora de
10.2 Isolamento térmico da tubulação pressão, ou pressão/temperatura, juntamente com ins-
truções de operação de uso, devem ser locadas para
O isolamento térmico da tubulação deve ser suficientemente acesso conveniente e operação pelo usuário.
estável na temperatura máxima a que será exposto em
serviço. 12.3 Inspeção de válvulas de segurança

As válvulas de alívio de pressão e temperatura devem ser


10.3 Intempéries/radiação ultravioleta
inspecionadas periodicamente quanto ao seu funcionamento.

A tubulação deve ser isolada termicamente e o isolamento 12.4 Fluidos provenientes das válvulas de segurança
deve ser protegido contra a ação do tempo e radiação
ultravioleta. O isolamento térmico deve ser feito após o O fluxo de fluido proveniente das válvulas de alívio de
ensaio de pressão hidrostática da tubulação, a fim de se pressão e temperatura, quando abertas, deve ser conduzido
detectar vazamentos. a um local, ao nível do solo, de maneira segura.

10.4 Métodos para proteção 12.5 Válvulas de segurança - restrições

Não é permitido montar qualquer tipo de válvula entre a vál-


Qualquer que seja o método utilizado para proteger o iso-
vula de segurança e o dispositivo a proteger.
lamento, provisões devem ser feitas para adequar a
ventilação do espaço a sua volta, de maneira a evitar que 12.6 Instrumentos de monitoração
qualquer acúmulo de água devido à condensação, peque-
nos vazamentos ou penetração de chuva molhe o isola- O sistema de energia solar pode incluir meios, como indica-
mento e reduza sua eficácia. dores de pressão e temperatura, para que um observador
determine visualmente se o sistema está operando.
10.5 Cobertura plástica
12.7 Controle - limites de temperatura
No caso de utilizar-se isolamento térmico com cobertura
plástica, é importante não selar o plástico completamente, O sistema pode estar equipado com meios para automa-
uma vez que a umidade acumulada pode molhar o isola- ticamente limitar a temperatura da água quente a um valor
mento. selecionado.

12.8 Sistemas de controle


10.6 Ventilação excessiva
Para operações de ajustes, ensaio e manutenção, os sis-
Havendo ventilação excessiva haverá perdas de calor. temas de controle devem incluir meios para serem colo-
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10 NBR 12269/1992

cados fora de ação (by-pass). Controles de segurança não 12.19 Golpes de aríete
devem ter qualquer possibilidade de serem colocados fora
de ação ou ficarem isolados. O sistema deve ser capaz de controlar ou absorver os
efeitos de golpes de aríete.
12.9 Sensor de temperatura - coletor
12.20 Manutenção do sistema
No coletor, aconselha-se a localização do sensor na tubu-
lação próximo à saída de uma bancada de coletores e o Devem ser previstos meios para isolar os circuitos de
sensor no tanque deve ficar na parte inferior. energia solar, para fins de manutenção ou emergência. Este
isolamento não deve interromper o funcionamento dos de-
12.10 Purgadores de ar mais sistemas hidráulicos, nem isolá-los dos dispositivos
de segurança.
Os purgadores de ar devem ser instalados nos pontos mais
altos do sistema. 12.21 Vazamentos - canaletas

12.11 Gaxetas e selantes - deterioração Canaletas ou outros meios de controlar vazamentos devem
ser providenciados para os coletores solares, quando o
Gaxetas e selantes não devem exibir rachaduras, perdas solo for de natureza tal, que excessiva erosão ou expan-
de elasticidade, liberação de componentes sob forma gaso- são possa ocorrer como resultado de vazamentos.
sa ou perda de adesão e, quando mantiverem contato com
o fluido de transferência de calor, não devem exibir fissu- 12.22 Forças externas - medidas de proteção
ras, significativas expansões ou qualquer um dos proble-
mas já citados.
Medidas devem ser tomadas para que os componentes e
acessórios não se danifiquem ao sofrer esforços decor-
12.12 Gaxetas e selantes - radiação ultravioleta (U.V.)
rentes da ação do vento, do próprio peso em operação, do
recalque de fundações e condições do meio ambiente.
Gaxetas e selantes expostos à radiação U.V. em serviço
não devem ser adversamente afetados por esta radiação e
12.23 Estruturas - edifícios
devem ser física e quimicamente compatíveis com os
substratos aos quais são unidos.
Em caso de edifícios já existentes, recomenda-se apenas
estrutura de apoio independente ou suportes de apoio ligados
12.13 Juntas - deterioração
à estrutura da cobertura.
As juntas não devem vazar ou degradar-se sob altas pres-
sões e temperaturas encontradas durante a estagnação. 12.24 Início de operação - estanqueidade

12.14 Gaxetas, selos e luvas Antes do início de operação normal, o sistema deve ser
testado no nível de pressão de projeto. Os vazamentos de-
Gaxetas, selos e luvas não devem ser adversamente afe- vem ser verificados e corrigidos, e o sistema deve ser
tados pelo contato com fluidos ou meio ambiente, numa testado novamente antes da instalação do isolamento
medida que prejudique seu funcionamento. térmico.

12.15 Componentes em contato com o solo 12.25 Início de operação - checagem dos componentes

Componentes solares e materiais que serão mantidos em Ao iniciar-se a operação do sistema, deve-se verificar se
contato com o solo devem ser protegidos de degradação as válvulas estão em posição adequada para o fun-
para assegurar que suas funções em serviço não sejam cionamento do sistema e se a bomba de circulação e o
prejudicadas. controle operam regularmente. Todas as tubulações de res-
piro ou de dreno de válvulas de alívio de pressão e/ou tem-
12.16 Limpeza dos componentes peratura devem ser testadas com água, para assegurar-
se que não estejam obstruídas e abertas para a atmosfera.
Os componentes do sistema de energia solar devem ser A menos por recomendação contrária contida nas ins-
acessíveis para limpeza, ajuste, exames, substituição ou truções de instalação do fabricante, o responsável deve
reparos, sem desmontagem de estruturas ou elementos deixar a instalação preenchida com água, com o suprimento
mecânicos. de água ligado, e assegurar-se de que o sistema é livre de
bolsões de ar.
12.17 Locais poluídos
12.26 Manual de operação e manutenção
Em locais onde haja alto índice de poluição no ar, deve-se
estabelecer uma freqüência de manutenção do sistema so- a) manuais:
lar (limpeza e reparos).
- um manual deve ser providenciado com cada
12.18 Fungos e bolores sistema solar de aquecimento de água. O manual
deve conter o nome e o endereço do fornecedor, o
Componentes e materiais utilizados no sistema de nome ou número do modelo do sistema, descre-
aquecimento d’agua e sua forma de utilização não devem ver a operação do sistema e seus componentes e
promover o crescimento de fungos ou bolor. os procedimentos para operação e manutenção;
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b) instruções de operação: nentes principais devem ser descritos em uma


seção separada, ou deve ser incluído material
- o manual deve descrever claramente a operação descritivo fornecido pelo fabricante;
do sistema solar de aquecimento de água, expli-
cando a função de cada subsistema e componen-
c) o manual deve descrever os procedimentos para
tes. O manual deve incluir um diagrama do siste-
partida do sistema, rotinas de manutenção e
ma, mostrando seus componentes e suas inter-
operação.
relações no sistema típico instalado. Os compo-

/ANEXO A
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ANEXO A - Roteiro de verificações preliminares para avaliação de provável instalação de


aquecimento de água por energia solar

1 Identificar os pontos de utilização de água quente: térmico, conexões para admissão, saída e dreno da
localização, quantidade, aplicação e consumo no água.
decorrer do tempo.
9 Levantar as características da população de
2 Levantar as características de fonte energética usuários: número, variação no tempo natureza.
atual para geração de água quente.
10 Levantar o posicionamento do(s) prédio(s) em
3 Verificar a existência de rotinas para utilização de relação ao Norte geográfico.
água quente.
11 Verificar possíveis restrições arquitetônicas e
4 Obter as séries históricas dos consumos de água,
prescrições de código de edificações local.
energia elétrica e combustíveis utilizados.
12 Levantar as condições da(s) cobertura(s) do(s)
5 Levantar as características dos equipamentos que
prédio(s): elementos estruturais para onde o peso dos
consumam ou gerem água quente.
coletores e respectivos suportes será transferido, área
útil para assentamento de coletores e condições de
6 Verificar as condições das entradas de água e
acesso ao local.
energia elétrica, bem como a disponibilidade de carga
para esta última.
13 Verificar as condições de relevo do terreno cir-
7 Verificar o estado de conservação das tubulações cunvizinho ao(s) prédio(s), quanto aos transportes na
de água fria/quente existentes, bem como sua ade- vertical.
quação no tocante a materiais e isolamento térmico.
14 Verificar distâncias aos fornecedores de materiais.
8 Identificar os reservatórios para água fria e quente:
localização, capacidade volumétrica, isolamento 15 Obter plantas e demais documentos do(s) prédio(s).

/ANEXO B
14

ANEXO B - Figuras
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Nota: h, α e ß são parâmetros importantes para o funcionamento do sistema (ver 8.2).

Figura 1 - Esquema simplificado para termossifão


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Figura 2 - Esquema simplificado para circulação forçada

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Figura 3 - Esquema simplificado para piscina
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Figura 4 - Esquema para interligação de campos coletores

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