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SUMÁRIO 1.4 Esta Norma não é aplicável aos sistemas que usam
1 Objetivo trocadores de calor para conexão de um circuito primário a
2 Documentos complementares um circuito secundário.
3 Definições
4 Condições gerais 1.5 Esta Norma não é aplicável aos sistemas que usam
5 Instalação dos coletores solares fluidos de trabalho diferentes da água.
6 Instalação do reservatório térmico
7 Sistema de circulação 1.6 Esta Norma abrange os aspectos de:
8 Piscina
9 Tubulação a) funcionamento;
10 Isolamento térmico
11 Dilatação térmica b) segurança;
12 Componentes e acessórios
ANEXO A - Roteiro de verificações preliminares para c) especificação de componentes, materiais e servi-
avaliação de provável instalação de aqueci- ços;
mento de água por energia solar
ANEXO B - Figuras d) definição de responsabilidades;
e) manutenção;
1 Objetivo
f) montagem;
1.1 Esta Norma fixa as condições exigíveis para a exe-
cução de instalações de sistemas de energia solar que uti- g) pré-requisitos para este tipo de instalação.
lizam coletores solares planos para aquecimento de água.
2 Documentos complementares
1.2 Esta Norma é aplicável aos sistemas onde a movimen- Na aplicação desta Norma é necessário consultar:
tação de água se faz por Termossifão ou por Circulação
Forçada. NBR 5410 - Instalações elétricas de baixa-tensão -
Procedimento
1.3 Esta Norma é aplicável aos sistemas onde a água aque-
cida é consumida ou não (como no caso das piscinas de NBR 6120 - Cargas para cálculo de estruturas de
natação, tanques de lavagens, etc.). edificações - Procedimento
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NBR 7198 - Instalações prediais de água quente - solar sem excessiva sombra de outras construções ou ve-
Procedimento getação. O engenheiro responsável deve certificar-se de
que a montagem da estrutura é suficiente e utilizável para
NBR 10184 - Coletores solares planos para líquidos - as condições locais de vento, e que o coletor e o reserva-
Determinação do rendimento térmico - Método de en- tório estão localizados e fixados a componentes estrutu-
saio rais adequados da construção.
Forma de movimentação de um fluido (no caso desta Nor- 4.7 Manual de operação e manutenção
ma, água em um sistema de energia solar) devido predo-
minantemente à imposição externa de pressão no circuito As informações e sua cessão ao usuário são de respon-
hidráulico (por exemplo, através de uma motobomba ou sabilidade do engenheiro responsável, que deve instruir o
uma coluna de água). A movimentação da água pode ocor- usuário no método de operação do sistema e lhe entregar
rer de forma contínua ou intermitente. uma cópia das instruções de operação e manutenção.
No âmbito desta Norma, o engenheiro responsável é aquele A correta instalação do sistema requer um estudo preli-
encarregado de verificar a instalação. Deve estar registrado minar das condições existentes no local. Sugere-se que se
no Conselho Regional competente. obtenham os dados mínimos contidos no Anexo A.
4.4 Montagem e orientação dos coletores 4.12 Estagnação ou falta de energia elétrica
O engenheiro responsável deve certificar-se de que o cole- O sistema deve ser capaz de resistir a períodos de es-
tor será montado com a correta orientação solar e ângulo tagnação (alto fluxo solar, baixa demanda) sem manu-
de inclinação como especificado pelo fabricante ou proje- tenção. Isto inclui as condições reinantes durante falta de
tista, em uma posição em que se obtenha ótima exposição energia elétrica no sistema.
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Devem ser previstos meios para evitar que, em caso de Nas montagens em telhados, sugere-se a seguinte se-
vazamentos, se acarretem danos maiores aos usuários, qüência de operações:
como alagamento.
a) escolha da face adequada do telhado;
4.18 Livre acesso
b) localização das vigas específicas de apoio;
A instalação do sistema solar de aquecimento de água não
deve prejudicar o movimento de pessoal e cargas. c) medida e marcação dos pontos de apoio;
Pintura protetora, ou tratamento equivalente, deve ser Os elementos de fixação (chumbadores, elementos rosca-
aplicada a qualquer superfície de aço descoberta. dos) dos coletores solares à edificação devem resistir a
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Todas as fixações metálicas dos coletores solares aos Em projetos onde as superfícies dos coletores não estejam
suportes e destes ao edifício devem ser protegidas ade- protegidas contra acumulação de poeira, devem ser tomadas
quadamente dos efeitos de corrosão. Metais diferentes medidas para permitir a limpeza destas superfícies, tão
devem ser separados por coxins de elastômeros ou plás- freqüente quanto necessário, para prevenir uma deterioração
ticos resistentes às intempéries. significativa do desempenho do coletor.
Nas montagens no solo, o canto inferior dos coletores deve Previsões devem ser feitas em todas as instalações para
estar no mínimo 30cm acima do solo, de maneira a não ser garantir drenagem adequada do coletor para não represar
obstruído por vegetação ou atingido por salpicos de água água de chuva.
empoçada.
5.24 Matéria-prima - coletores
5.14 Montagens no solo - superfícies quentes
Embora seja possível construir um coletor solar em que a
Montagens executadas no solo, próximas à passagem de matéria-prima de seus componentes seja de menor custo e
pedestres, devem possuir meios para evitar acidentes. qualidade, experiências mostram que construções com
materiais inferiores levam, freqüentemente, a maiores gas-
5.15 Montagens no solo - telas de proteção tos com manutenção no decorrer do tempo, tornando-se
necessária a substituição destes componentes.
Montagens no solo são mais sujeitas a danos acidentais ou
vandalismo; o uso de tela metálica em frente ao campo de 5.25 Eletrocorrosão
coletores pode prevenir quebras.
Se a caixa do coletor solar e seu suporte forem feitos de
5.16 Tela de proteção metais diferentes, eles devem ser isolados eletricamente,
de forma a impedir a eletrocorrosão.
Caso se utilize tela protetora acima do coletor para evitar
danos ao vidro, haverá uma redução na área efetiva de 6 Instalação do reservatório térmico
absorção. Desta forma, é necessário aumentar a área de
absorção no mesmo percentual desta redução. Deve-se 6.1 Local da instalação
evitar o uso de vidro reforçado internamente com tela
metálica, uma vez que ele não transmite satisfatoriamente O local da instalação do reservatório térmico deve permitir
a radiação solar. que este possa ser substituído sem esforço excessivo e
deve ser posicionado de maneira a prover acesso, não
5.17 Normas aplicáveis obstruindo a substituição e manutenção de componentes,
como unidades elétricas de aquecimento, válvulas de alívio,
O rendimento térmico dos coletores solares pode ser ava- queimadores, chaminés, controles, anodos substituíveis ou
liado utilizando-se a NBR 10184. itens similares, quando estes forem incorporados à unidade.
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6.5 Estratificação da temperatura - entrada de água fria Devem ser previstos meios de limitar a temperatura e a
pressão do reservatório térmico a valores que não excedam
A entrada de água fria no reservatório térmico do sistema o limite superior de temperatura e pressão especificado pelo
de energia solar deve ser realizada o mais próximo pos- fabricante. A válvula de alívio de temperatura e pressão não
sível do fundo e de maneira que não haja mistura com a deve ser usada para este propósito, sob condições normais
água já aquecida, de forma a não diminuir a temperatura da de operação.
água disponível para utilização e não diminuir o rendimento
térmico. 6.13 Limites de pressão e temperatura - indicadores
6.6 Estratificação da temperatura - retorno Reservatórios térmicos pressurizados, além de outras ca-
racterísticas, devem ter indicação das máximas tempe-
Com o objetivo de promover estratificação na temperatura raturas e pressão de operação.
da água do reservatório térmico, conecta-se a tubulação de
retorno da água do coletor a uma altura que seja aproxi- 6.14 Normas aplicáveis
madamente 2/3 da altura do tanque ou conecta-se esta
tubulação na zona imediatamente abaixo da zona aque- O desempenho térmico das unidades de armazenamento
cida pelo aquecimento suplementar, no caso de tê-lo incor- pode ser avaliada utilizando-se a NBR 10185.
porado ao reservatório.
6.15 Reservatórios fixos
6.7 Aquecedor auxiliar
Os reservatórios fixos a uma parede devem ter chumba-
Nos casos em que o reservatório térmico contém um siste- dores capazes de resistir aos esforços aplicados com o
ma complementar de aquecimento ou existe este sistema reservatório cheio.
interligado, devem-se observar, além das prescrições desta
Norma, aquelas contidas na NBR 7198. 6.16 Reservatórios apoiados
6.8 Aquecedor auxiliar - compatibilidade Os reservatórios simplesmente apoiados devem ser ins-
talados com tirantes ou escoras que impeçam desloca-
O equipamento auxiliar de aquecimento, se incluído, deve mentos indesejáveis.
ser compatível com a potência de saída do sistema de
energia solar, temperaturas e vazões, de forma que não 6.17 Reservatórios - fixação
resulte em excessiva pressão ou temperatura no sistema
auxiliar ou se inutilizem dispositivos de segurança do sistema Todo reservatório de montagem externa deve ser de um
auxiliar. A porcentagem da carga térmica a ser atendida tipo certificado pelo fabricante como à prova d’água.
pelo sistema auxiliar é de responsabilidade do projetista. O Reservatórios incorporando componentes elétricos devem
equipamento auxiliar de aquecimento deve estar de acor- estar de acordo com os requisitos relevantes de normas
do com as normas brasileiras específicas. aplicáveis. O engenheiro responsável deve assegurar-se
de que o reservatório é adequadamente sustentado na
6.9 Aquecedor auxiliar - Carregamento com água estrutura do telhado e também fixado na estrutura, de acor-
do com as instruções do fabricante. Todos os suportes de
O engenheiro responsável (ver 3.3) deve cuidar para que o fixação e outros meios de suporte devem ser adicional-
sistema solar de água quente seja carregado com água mente adequados para suportar o peso de uma pessoa da
antes que o aquecimento suplementar (por exemplo, ele- manutenção.
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f) o diâmetro interno do tubo deve ser igual ou superior Quando o reservatório for instalado em ambiente externo,
ao diâmetro da tubulação, mas em nenhum caso o isolamento térmico deve ser protegido.
este deve ter um diâmetro inferior a 19mm.
7 Sistema de circulação
6.20 Válvula de segurança
7.1 Termossifão
Cada reservatório de água quente sem respiro deve ser
provido por uma válvula de alívio de pressão. A Figura 1 do Anexo B mostra o esquema simplificado do
circuito para termossifão, com os componentes mínimos
6.21 Tubo-descarga para o seu correto funcionamento.
O tubo-descarga do alívio deve ter tamanho recomendado 7.2 Termossifão - parâmetros importantes
pelo fabricante, mas não menos do que 15mm. A instalação
do tubo-descarga do alívio deve estar de acordo com os São importantes para o funcionamento do sistema os se-
seguintes requisitos: guintes parâmetros:
a) nenhum registro, válvula ou outra restrição deve ser h = ligado ao funcionamento do sistema termossifão e à
localizado no tubo-descarga; circulação invertida (fluxo reverso);
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Sendo pequena a força que causa a circulação de água em A instalação das bombas deve sujeitar-se aos seguintes
um sistema termossifão, o atrito no escoamento pode ser requisitos:
minimizado superdimensionando-se as tubulações de in-
terligação. a) a bomba de circulação deve retirar a água mais fria
da seção mais baixa do reservatório e circular esta
7.4 Termossifão - alturas mínimas água através dos coletores antes de retorná-la ao
reservatório;
É benéfico colocar-se o reservatório térmico em cota, a
mais alta possível, em relação ao coletor solar, em termos
b) somente pontos providenciados pelo fabricante no
de eficiência térmica no termossifão. Por outro lado, há um reservatório, ou nas conexões e componentes for-
aumento nos custos em virtude do aumento do diâmetro da necidos, devem ser utilizados no fornecimento de
tubulação e dos comprimentos maiores da tubulação e
água fria ao reservatório e de água quente que
isolamento térmico. Embora sejam disponíveis formulações retorna ao reservatório. As conexões devem ser
para o cálculo da altura mínima (h) entre a saída de água feitas estritamente de acordo com as instruções do
aquecida do(s) coletor(es) solar(es) e o fundo do tanque de
fabricante;
armazenagem para o funcionamento do sistema termossifão,
o cálculo é bastante complexo e muitas as variáveis c) onde a bomba de circulação é montada separada do
intervenientes, variando inclusive com o local da instalação.
reservatório, a bomba deve estar corretamente
Por outro lado, este cálculo não fornece dados sobre a suportada em base ou estrutura adequadamente
altura mínima para evitar a circulação inversa durante a projetada, e a tubulação disposta de maneira a não
noite.
permitir que a vibração seja transmitida ao coletor,
à resistência elétrica e à estrutura da construção;
7.5 Termossifão - respiro
É importante que o reservatório térmico esteja provido de d) os controles das bombas de circulação devem ser
tubulação de respiro (chaminé de ventilação) para permitir dispostos e conectados estritamente de acordo com
que todo ar que chegue ao reservatório escape para a as instruções do fabricante e, se montados no
atmosfera, prevenindo a formação de bolsões de ar. O exterior, devem ser protegidos por uma cobertura
respiro também serve como elemento de segurança, no impermeável ventilada;
caso de a água acidentalmente ferver. Este deve partir do
ponto mais alto do circuito, sem trechos descendentes e e) uma instrução de advertência da voltagem utilizada
até uma altura ligeiramente superior à coluna d’água de e um diagrama da instalação elétrica devem ser
serviço. afixados na parte de dentro da cobertura da caixa de
controle e na caixa de fusíveis, junto com a
7.6 Inclinação da tubulação - bolsões de ar identificação dos componentes de controle utiliza-
dos e o nome do fabricante.
Para se evitar a acumulação de bolhas desprendidas no
aquecimento da água e a conseqüente estagnação do fluido, 7.12 Acessórios - dimensionamento
é essencial que haja uma inclinação nas tubulações de
saída e retorno da água do reservatório térmico ao coletor Bombas, tubulação e outros acessórios devem ser dimen-
solar. sionados e especificados para transportar o fluido de trans-
ferência de calor (no caso água) nas vazões de projeto,
7.7 Fluxo reverso sem danos, erosão ou corrosão.
Cuidados adequados devem ser tomados para proteger o 7.13 Vazão - by-pass
sistema da reversão térmica do fluxo pelo projeto de
sistemas de tubulações. Pode-se utilizar uma tubulação de desvio (by-pass) para
adequar a vazão da bomba de circulação da água pelos
7.8 Circulação forçada coletores. Considerações devem ser feitas, de forma a
minimizar perdas de carga, vibrações e perdas térmicas.
A Figura 2 do Anexo B mostra o esquema simplificado do
circuito para circulação forçada com os componentes
7.14 Sensor de temperatura
mínimos para o seu correto funcionamento.
7.9 Circulação forçada - condição necessária O sensor frio do controle tipo liga-desliga deve ser instalado
na parte inferior do reservatório térmico.
Em um sistema de aquecimento d’água no qual o reser-
vatório é colocado abaixo do coletor, a única alternativa 7.15 Suprimento de água
satisfatória é um sistema com circulação forçada.
A alimentação de água fria para o reservatório térmico é
7.10 Bomba de circulação - local da instalação proveniente da caixa-d’água suprida com água da rua.
Recomenda-se que o nível inferior da caixa-d’água fique no
Em sistemas com circulação forçada, a bomba de circulação mínimo 500mm acima do tanque de água quente, para que
deve ser instalada de maneira a prover o acesso a serviços haja pressão suficiente no sistema. Devido às diferenças
ou substituição. Uniões de serviços devem ser posicionadas de nível requeridas entre coletor e reservatório, entre re-
nas tubulações adjacentes à bomba, para permitir a remoção servatório e caixa-d’água, mais a altura dos equipamentos,
da unidade. dependendo do local, pode ser necessário um desnível
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razoável entre a parte inferior do coletor e a parte superior 9.2 Conexões de serviço
da caixa-d’água. Muitas edificações não dispõem desta
diferença, sendo às vezes impossível uma instalação por Conexões apropriadas devem ser previstas em localizações
termossifão. Como recurso para contornar esta falta de prontamente acessíveis para preencher, drenar e limpar o
altura, pode-se empregar uma caixa-d’água fria de pequena sistema líquido.
capacidade, mais alta, apenas para alimentar o sistema.
Não se deve ligar o reservatório diretamente com água da 9.3 Bolsões de ar
rua.
Deve-se verificar se a tubulação do sistema foi executada
8 Piscina de maneira a evitar bolsões de ar. Caso contrário, deve-se
instalar um dispositivo de purga do ar. Os dois fatores
8.1 Piscina - esquema simplificado principais que devem ser levados em consideração na
instalação da tubulação são a formação de bolsões de ar e
A Figura 3 do Anexo B mostra o esquema simplificado do a possível redução da vazão no circuito hidráulico entre o
circuito para piscina com os componentes mínimos para o tanque e o coletor.
seu correto funcionamento.
9.4 Telhados - calafetação
8.2 Filtro do sistema solar
Nos pontos onde a tubulação atravessa o telhado devem
No esquema mínimo apresentado na Figura 3 do Anexo B ser utilizados procedimentos que assegurem a perfeita
não comparece o filtro do sistema solar, que, em algumas estanqueidade deste.
aplicações, a critério do projetista, não pode ser dispensado.
9.5 Diâmetro - Inscrustações
8.3 Bomba de circulação
O diâmetro da tubulação deve levar em conta as restri-
ções impostas pela formação de incrustações, especial-
Dependendo de cada projeto, pode-se utilizar a bomba já
mente em localidades onde a água tiver alta concentração
existente na piscina também para a circulação de água
de minerais.
pelos coletores.
9.6 Ruído/vibração
8.4 Matéria-prima - tubulação
A tubulação e seus acessórios devem ser projetados para
8.4.1 Quando da utilização de coletores de média tempe-
transportar o fluido de trabalho (água) nas vazões de projeto
ratura (com um vidro), a tubulação deve ser de cobre ou de
sem excessivo ruído ou vibração, o que pode induzir altos
plástico especial, apropriado às instalações de água quen-
níveis de tensões mecânicas suficientes para causar danos.
te. Durante a operação normal, a temperatura de retorno
destes coletores é perfeitamente compatível com materiais
9.7 Suportes de tubulação
plásticos comuns. Todavia, quando a água não circula, a
sua temperatura de estagnação pode atingir cerca de 90ºC
Sendo compressíveis alguns materiais utilizados para
e, ao se iniciar a operação do sistema, esta pode danificar
isolamento térmico, é necessário providenciar suportes para
a tubulação, caso seja de material plástico comum.
a tubulação, feitos de materiais com baixa condutividade
térmica, para não promover transferência de calor pelos
8.4.2 Quando da utilização de coletores de baixa tempe- suportes, tomando o cuidado para não compactar o
ratura, a tubulação pode ser de material plástico comum, isolamento térmico.
desde que se conheça a temperatura de estagnação do
particular equipamento utilizado e esta seja inferior a 40ºC. 9.8 Filtro - limpeza
8.4.3 Quando se utilizar tubulação plástica, não há neces- Filtros, se inclusos, devem ser projetados e locados de tal
sidade de isolamento térmico. No caso de tubulação de maneira que possam ser limpos ou substituídos com a
cobre interligando coletores de média temperatura com a mínima interrupção do sistema e equipamento adjacente.
piscina, recomenda-se um isolamento de lã de vidro ou es-
puma de poliuretano. 9.9 Tubulação de interligação - coletores
A tubulação de interligação entre o campo de coletores Na tubulação de campo de coletores devem ser colocadas
solares e o reservatório térmico deve ser a mais curta válvulas em número suficiente para permitir a manutenção
possível. parcial do conjunto.
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Se a drenagem do sistema de coletores for por gravidade, a 11.1 Dilatação térmica - componentes
linha de alimentação deve atravessar o telhado, inclinada
Os componentes e acessórios do sistema de energia solar
para baixo a partir dos coletores. Todas as linhas devem
e a estrutura de habitação devem ter capacidade para
ser inclinadas no mínimo em 2%, para uma correta dre-
assimilar os efeitos de dilatação térmica por transferência
nagem.
de calor do fluido, expansão do reservatório térmico e demais
componentes do sistema, sem sofrer danos.
9.12 Limpeza de resíduos
11.2 Juntas de dilatação
Após estar isenta de vazamentos, a tubulação deve ser
limpa, interna e externamente, de resíduos de solda e de- A dilatação térmica da tubulação deve ser absorvida pelo
mais elementos que possam prejudicar o funcionamento uso de juntas de dilatação.
correto do sistema.
11.3 Purgadores de ar - restrições
9.13 Água quente/água fria - misturador de água
Purgadores de ar não devem ser instalados nos dispositivos
de absorção da dilatação térmica.
Onde a água quente estiver a uma pressão mais baixa do
que a água fria, as tubulações de água quente e de água 12 Componentes e acessórios
fria devem estar projetadas de forma que a maior pressão
da água fria não restrinja significativamente a corrente de 12.1 Válvulas de segurança
água quente.
Devem ser instaladas válvulas de segurança de alívio de
10 Isolamento térmico pressão e temperatura em todas as fontes de aquecimento
do sistema que puderem vir a ser separadas do circuito
10.1 Isolamento térmico do coletor hidráulico.
A tubulação deve ser isolada termicamente e o isolamento 12.4 Fluidos provenientes das válvulas de segurança
deve ser protegido contra a ação do tempo e radiação
ultravioleta. O isolamento térmico deve ser feito após o O fluxo de fluido proveniente das válvulas de alívio de
ensaio de pressão hidrostática da tubulação, a fim de se pressão e temperatura, quando abertas, deve ser conduzido
detectar vazamentos. a um local, ao nível do solo, de maneira segura.
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cados fora de ação (by-pass). Controles de segurança não 12.19 Golpes de aríete
devem ter qualquer possibilidade de serem colocados fora
de ação ou ficarem isolados. O sistema deve ser capaz de controlar ou absorver os
efeitos de golpes de aríete.
12.9 Sensor de temperatura - coletor
12.20 Manutenção do sistema
No coletor, aconselha-se a localização do sensor na tubu-
lação próximo à saída de uma bancada de coletores e o Devem ser previstos meios para isolar os circuitos de
sensor no tanque deve ficar na parte inferior. energia solar, para fins de manutenção ou emergência. Este
isolamento não deve interromper o funcionamento dos de-
12.10 Purgadores de ar mais sistemas hidráulicos, nem isolá-los dos dispositivos
de segurança.
Os purgadores de ar devem ser instalados nos pontos mais
altos do sistema. 12.21 Vazamentos - canaletas
12.11 Gaxetas e selantes - deterioração Canaletas ou outros meios de controlar vazamentos devem
ser providenciados para os coletores solares, quando o
Gaxetas e selantes não devem exibir rachaduras, perdas solo for de natureza tal, que excessiva erosão ou expan-
de elasticidade, liberação de componentes sob forma gaso- são possa ocorrer como resultado de vazamentos.
sa ou perda de adesão e, quando mantiverem contato com
o fluido de transferência de calor, não devem exibir fissu- 12.22 Forças externas - medidas de proteção
ras, significativas expansões ou qualquer um dos proble-
mas já citados.
Medidas devem ser tomadas para que os componentes e
acessórios não se danifiquem ao sofrer esforços decor-
12.12 Gaxetas e selantes - radiação ultravioleta (U.V.)
rentes da ação do vento, do próprio peso em operação, do
recalque de fundações e condições do meio ambiente.
Gaxetas e selantes expostos à radiação U.V. em serviço
não devem ser adversamente afetados por esta radiação e
12.23 Estruturas - edifícios
devem ser física e quimicamente compatíveis com os
substratos aos quais são unidos.
Em caso de edifícios já existentes, recomenda-se apenas
estrutura de apoio independente ou suportes de apoio ligados
12.13 Juntas - deterioração
à estrutura da cobertura.
As juntas não devem vazar ou degradar-se sob altas pres-
sões e temperaturas encontradas durante a estagnação. 12.24 Início de operação - estanqueidade
12.14 Gaxetas, selos e luvas Antes do início de operação normal, o sistema deve ser
testado no nível de pressão de projeto. Os vazamentos de-
Gaxetas, selos e luvas não devem ser adversamente afe- vem ser verificados e corrigidos, e o sistema deve ser
tados pelo contato com fluidos ou meio ambiente, numa testado novamente antes da instalação do isolamento
medida que prejudique seu funcionamento. térmico.
12.15 Componentes em contato com o solo 12.25 Início de operação - checagem dos componentes
Componentes solares e materiais que serão mantidos em Ao iniciar-se a operação do sistema, deve-se verificar se
contato com o solo devem ser protegidos de degradação as válvulas estão em posição adequada para o fun-
para assegurar que suas funções em serviço não sejam cionamento do sistema e se a bomba de circulação e o
prejudicadas. controle operam regularmente. Todas as tubulações de res-
piro ou de dreno de válvulas de alívio de pressão e/ou tem-
12.16 Limpeza dos componentes peratura devem ser testadas com água, para assegurar-
se que não estejam obstruídas e abertas para a atmosfera.
Os componentes do sistema de energia solar devem ser A menos por recomendação contrária contida nas ins-
acessíveis para limpeza, ajuste, exames, substituição ou truções de instalação do fabricante, o responsável deve
reparos, sem desmontagem de estruturas ou elementos deixar a instalação preenchida com água, com o suprimento
mecânicos. de água ligado, e assegurar-se de que o sistema é livre de
bolsões de ar.
12.17 Locais poluídos
12.26 Manual de operação e manutenção
Em locais onde haja alto índice de poluição no ar, deve-se
estabelecer uma freqüência de manutenção do sistema so- a) manuais:
lar (limpeza e reparos).
- um manual deve ser providenciado com cada
12.18 Fungos e bolores sistema solar de aquecimento de água. O manual
deve conter o nome e o endereço do fornecedor, o
Componentes e materiais utilizados no sistema de nome ou número do modelo do sistema, descre-
aquecimento d’agua e sua forma de utilização não devem ver a operação do sistema e seus componentes e
promover o crescimento de fungos ou bolor. os procedimentos para operação e manutenção;
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/ANEXO A
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1 Identificar os pontos de utilização de água quente: térmico, conexões para admissão, saída e dreno da
localização, quantidade, aplicação e consumo no água.
decorrer do tempo.
9 Levantar as características da população de
2 Levantar as características de fonte energética usuários: número, variação no tempo natureza.
atual para geração de água quente.
10 Levantar o posicionamento do(s) prédio(s) em
3 Verificar a existência de rotinas para utilização de relação ao Norte geográfico.
água quente.
11 Verificar possíveis restrições arquitetônicas e
4 Obter as séries históricas dos consumos de água,
prescrições de código de edificações local.
energia elétrica e combustíveis utilizados.
12 Levantar as condições da(s) cobertura(s) do(s)
5 Levantar as características dos equipamentos que
prédio(s): elementos estruturais para onde o peso dos
consumam ou gerem água quente.
coletores e respectivos suportes será transferido, área
útil para assentamento de coletores e condições de
6 Verificar as condições das entradas de água e
acesso ao local.
energia elétrica, bem como a disponibilidade de carga
para esta última.
13 Verificar as condições de relevo do terreno cir-
7 Verificar o estado de conservação das tubulações cunvizinho ao(s) prédio(s), quanto aos transportes na
de água fria/quente existentes, bem como sua ade- vertical.
quação no tocante a materiais e isolamento térmico.
14 Verificar distâncias aos fornecedores de materiais.
8 Identificar os reservatórios para água fria e quente:
localização, capacidade volumétrica, isolamento 15 Obter plantas e demais documentos do(s) prédio(s).
/ANEXO B
14
ANEXO B - Figuras
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Figura 2 - Esquema simplificado para circulação forçada
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Figura 3 - Esquema simplificado para piscina
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Figura 4 - Esquema para interligação de campos coletores
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