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Viver em sociedade não é uma coisa muito fácil. Pressupõe a necessidade de conviver
e aceitar as mais diferentes posições, opiniões e formas de manifestações culturais e
diferenças ideológicas que, nem sempre, estão de acordo com nossas convicções. Esta
aceitação, tolerância é fundamental para termos uma sociedade harmoniosa e minimamente
conflituosa.
Para que tivéssemos este modelo de sociedade foi necessária a contribuição de alguns
pensadores contratualistascomo Hobbes e Locke, Montesquieu e Rousseau que, cada um, à
sua maneira, defendia a organização do Estado e esta contribuição foi fundamental para que
tenhamos a forma de organização da sociedade contemporânea. O Contrato Social defendido
por estes pensadores parte da premissa de que as pessoas abram mão dos seus direitos e
delegue-os à representantes. Dá-lhes a autonomia de agir em seus nomes, ou seja, se alguém
comete um crime contra a sociedade, eu não poderei agir individual mente para punir o
criminoso. Com o Contrato Social estabelecido entre as partes, Estado e sociedade, cabe ao
Estado, Governo ou o seu representante, fazer justiça.
Para Hobbes, o poder deve ser absoluto. O estado tem que ser forte para que possa
obter o controle. Ele achava que o homem vive em constante conflito, constante guerra e por
isso a necessidade de um poder absoluto. Diferentemente, Locke achava que a sociedade
deveria buscar a solução dos problemas. Achava que o homem era capaz de viver em
sociedade sem tantos conflitos. Enquanto Hobbes achava que o hom em, em seu estadio
natural era de guerra, Locke achava que era de paz. Locke, um dos precursores das idéias
liberais, defendia ainda o direito à propriedade, mas que esta propriedade fosse fruto do seu
trabalho, do trabalho de cada um, o que é muito difere nte do conceito de propriedade que
temos na sociedade atual.
(*)Adeildo Vila Nova é diretor da Associação Cultural dos Afro-Descendentes da Baixada Santista –
AFROSAN e aluno do curso de Serviço Social do Centro Universitário Monte Serrat – UNIMONTE