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Quando determinada mercadoria é oferecida em maior volume do que sua demanda é possível que seu preço caia. Os consumidores
reagirão a esta queda do preço comprando mais do que comprariam ao preço anterior. E as empresas, recebendo de volta menos dinheiro
do que esperavam, reduzirão a produção. A redução da oferta e o aumento da demanda corrigirão a discrepância no momento seguinte. Se
a oferta for menor que a demanda, os efeitos serão opostos: o preço da mercadoria subirá, os consumidores comprarão menor volume e as
empresas, obtendo uma margem de lucro acima da esperada, serão estimuladas a aumentar a produção.
Fonte: Paul Singer – O que é Economia. Ed. Contexto.
Adam Smith
O capitalismo representava o estágio mais alto de civilização e atingiria seu ponto culminante quando tivesse evoluído para um estado em
que o governo tivesse adotado uma política que permitisse que as forças da concorrência e o livre jogo da oferta e da demanda regulassem
a economia, que ficaria quase que completamente livre das restrições do governo ou de suas intervenções.
“Tendo sido afastados todos os sistemas de preferência ou de restrição, o sistema óbvio e simples de liberdade natural se estabelece por si
mesmo. Todo homem fica livre perfeitamente livre para buscar seus próprios interesses, à sua própria maneira, e para concorrer, com seu
esforço e com seu capital, com o esforço e o capital de outros homens ou tipos de homem. O soberano fica completamente livre do dever
de supervisionar o esforço particular das pessoas e de dirigi-los para as finalidades mais adaptadas ao interesse da sociedade”.
Se os governos nada fizessem para estimular ou desestimular o investimento de capital em qualquer setor, a própria busca egoísta de lucro
máximo dos capitalistas levaria ao desenvolvimento econômico, segundo essa lei natural e essa ordem socialmente benéfica.
As intervenções, as regulamentações, as concessões de monopólio e os subsídios especiais do governo – tudo isso tendia a alocar mal o
capital e a diminuir sua contribuição para o bem estar econômico.
Numa economia de mercado concorrencial, o livre mercado dirigia todos os atos egoístas, aquisitivos e voltados pra o lucro para um
sistema óbvio e simples, socialmente benéfico e harmonioso, de liberdade natural.
Realidade capitalista:
- desigualdade entre os agentes: micro empresa x multinacionais.
- agentes menores não tem condições de adquirir todos os conhecimentos relevantes.
- Estado intervém em muitos mercados, fixando preços, excluindo agentes (proteção a produtores, subsídios)
- Os compradores são bombardeados com apelos sexuais, étnicos, psicológicos pela publicidade.
Fonte: Paul Singer – O que é Economia. Ed. Contexto.
CRISE DE 29/30
Sistema capitalista de mercado sempre foi anárquico, com muita instabilidade econômica.
Presença de corporações gigantescas
Lucro cresceu mais que os salários levando a crise de superprodução e especulação.
A anarquia desregrada do mercado estava se transformando em uma ameaça à própria existência do capitalismo. Era preciso tomar
medidas drásticas, em escala que só poderia ser posta em prática pelo governo.
John Maynard Keynes
Reativação da atividade econômica privada através de estímulos gerados a partir do Estado, através do planejamento e de políticas de
investimento público.
Gastos com a produção de armas para a guerra.
O governo devia usar o seu poder de tributar, tomar emprestado e gastar dinheiro.
Acarretou o gradativo aumento da participação do setor público na economia. Instauração de um imposto de renda progressivo permitiu
financiar a prestação gratuita ou subsidiada de serviços de educação, saúde, saneamento, moradia, aposentadoria, auxílio a
desempregados etc., sobretudo aos mais pobres. O crescimento intenso das redes públicas desses serviços foi o principal fator de expansão
do setor público nas economias capitalistas.
Atividades que tendiam a ser monopolistas, como a produção, transmissão e distribuição de energia elétrica, as telecomunicações, o
transporte ferroviário e público urbano etc., foram sendo transferidas ao setor público. Sob o comando do Estado ficou uma parcela
considerável da economia.
Excesso de gastos gerou inflação e desemprego.
Neoliberalismo
Em 79/80, partidos conservadores assumem os principais governos e implantam corte do gasto público, restrição ao crédito e livre
flutuação do câmbio. A recessão baixa a inflação e produz ainda mais desemprego.
Capitais privados se consideram espoliados à medida que os impostos, pagos por eles, servem para financiar a expansão de empresas
estatais e de serviços públicos, inclusive a previdência social, que sustenta desempregados, pensionistas e desempregados.
Estado maior que o mínimo infringe a liberdade dos indivíduos: dos empreendedores, ao impedi-los de realizar as atividades
monopolizadas pelo Estado; dos consumidores, ao lhe negar a possibilidade de optar por outro fornecedor que não o monopólio estatal.
Fonte: Paul Singer – O que é Economia. Ed. Contexto.
Funções do Governo:
• Política Monetária – envolve o controle da oferta de moeda, câmbio, da taxa de juros e do crédito.
• Política Regulatória - envolve o uso de medidas legais como decretos, leis, portarias etc para controlar práticas de monopólios,
cartéis, práticas abusivas, poluição, etc.
Orçamento
Feito pelas famílias, empresas e governos para organizar seus recursos financeiros.
Um orçamento deve prever a receita (recursos a receber) e despesas (onde e como gastar esses recursos)
Orçamento Público
Nos governos federal, estadual e municipal orçamento é feito anualmente. Esta proposta tem o nome de Lei Orçamentária Anual-LOA.
Essa lei orienta o que deverá ser arrecadado (Receita) e o que deverá ser gasto (Despesa) no ano seguinte.
É constituído pelo Orçamento Fiscal, o Orçamento da Seguridade Social e o Orçamento das Empresas Estatais Federais.
Existem princípios básicos que devem ser seguidos para elaboração e controle dos Orçamentos Públicos, que estão definidos no caso
brasileiro na Constituição, na Lei 4.320/64, no Plano Plurianual, na Lei de Diretrizes Orçamentárias e na Lei de Responsabilidade Fiscal.
• Plano Plurianual (PPA)
Cobrança de tributos
Nesta categoria estão incluídos os impostos, as taxas, multas e as contribuições.
Privatização e Concessões
Privatização é a venda de empresas para grupos privados. As concessões são a permissão para um grupo privado explorar um serviço
público.
Receita patrimonial
Arrecadada através de aluguel de imóveis pertencentes ao Estado e dos dividendos, os ganhos obtidos com as ações de empresas pública.
Empréstimos
Além dos empréstimos com instituições financeiras, o Estado obtém receita emitindo os chamados títulos da dívida pública
Emissão de moeda
O Estado, através do BC, tem o poder de imprimir moeda.
Transferências
São as receitas que os governos estaduais e municipais recebem do governo federal e que os municípios recebem do governo do estado.
Ex. Fundos de Participação dos Estados (FPE) e dos Municípios (FPM).
As receitas de capital são aquelas que o Estado não recebe regularmente, aquelas com as quais ele não pode contar sempre. Como
exemplo podemos citar a tomada de empréstimos e as receitas com privatização.
Transferências
A União repassa para os governos estaduais e prefeituras 47% de tudo o que arrecada com o Imposto de Renda (IR) e com o Imposto
sobre Produtos Industrializados (IPI), através dos Fundos de Participação dos Estados, Distrito Federal e Municípios.
Os governos estaduais ainda contam também, para financiar os seus gastos, com 75% da arrecadação do Imposto sobre Circulação de
Mercadorias e Serviços (ICMS) e com metade do Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA).
As prefeituras contam, além do repasse da União, feito de acordo com o número de habitantes de cada cidade, definido pelo censo do
IBGE, com os impostos municipais como o Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU), ISS, com 25% da arrecadação do ICMS e com
50% da receita do IPVA e com o Imposto Territorial Rural (ITR).
REFORMA TRIBUTÁRIA
- Mudança da forma de cobrança. Passar para o local de destino, no qual a mercadoria é consumida. Hoje: onde ela é fabricada, na origem.
- Fim da cumulatividade.
Receita própria - São as taxas e impostos municipais, como o IPTU e ISS. Recebidos pelas prefeituras
Repasses de verbas - São as verbas que os governos estadual e federal enviam para os municípios, como o ICMS, o IPVA e o FPM.
Despesa de custeio - São as despesas para manter a Prefeitura funcionando, tais como: salários do funcionalismo; manutenção de creches,
escolas, hospitais; limpeza da cidade, iluminação pública e outros serviços.
Investimento - São todas as despesas com a construção de novas obras ou implantação de novos serviços.
Dívidas - São considerados também como despesas, os pagamentos de empréstimos e dívidas feitos pelo Município.
PROJETO DE PESQUISA
Cidades
Santo André –
São Bernardo –
São Caetano –
Diadema –
Mauá-
Ribeirão Pires –
Rio Grande da Serra -
MODELO DE ANÁLISE VERTICAL DO ORÇAMENTO
(dados fictícios)
RECEITAS DESPESAS
Transferências Investimentos
outras 2% outros 3%
INVESTIMENTO PRIVADO
- Mercado: demanda/renda
concorrência nacional e
internacional
- Capital: financiamento
- Trabalho: disponibilidade/qualificação
custo da mão de obra
- Juros
- Câmbio
- Impostos
- Processo produtivo/know how
- Legislação/Marco Jurídico
- Infra-estrutura (energia, transportes,
portos, rodovias,
aeroportos...)