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GESTÃO DO CONHECIMENTO
AUTORIA:
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Copyright © 2007, ESAB – Escola Superior Aberta do Brasil
Módulo de: Gestão do Conhecimento
Autora: Mestre RACHEL CRISTINA MELLO GUIMARÃES
Várias marcas registradas são citadas no conteúdo deste módulo. Mais do que simplesmente listar esses nomes
e informar quem possui seus direitos de exploração ou ainda imprimir logotipos, o autor declara estar utilizando
tais nomes apenas para fins editoriais acadêmicos.
Declara ainda, que sua utilização tem como objetivo, exclusivamente na aplicação didática, beneficiando e
divulgando a marca do detentor, sem a intenção de infringir as regras básicas de autenticidade de sua utilização
e direitos autorais.
E por fim, declara estar utilizando parte de alguns circuitos eletrônicos, os quais foram analisados em pesquisas
de laboratório e de literaturas já editadas, que se encontram expostas ao comércio livre editorial.
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A presentação
Dessa forma, serão descritas as principais definições, habilidades e técnicas para trabalhar a
Gestão do Conhecimento, entender as características da Sociedade do Conhecimento e da
nova Economia do Conhecimento, bem como os Modelos Atuais de Gestão nas
Organizações do Conhecimento. Assim, iremos descrever os tipos de conhecimento e seu
processo de conversão no ambiente das organizações, além, de enfatizar as práticas de
gestão interligadas com a Gestão do Conhecimento.
E também nosso desejo que o conteúdo teórico apresentado neste material incentive a
aplicação, além de estimular a pesquisa e leitura.
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O bjetivo
E menta
S obre o Autor
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S UMÁRIO
UNIDADE 1 ........................................................................................................ 9
Sociedade do Conhecimento: Conceito ........................................................... 9
UNIDADE 2 ...................................................................................................... 15
A Nova Economia do Conhecimento ............................................................. 15
UNIDADE 3 ...................................................................................................... 21
Modelos Atuais de Gestão nas Organizações: Dimensões Interagentes e
Interdependes na Organização Baseada em Conhecimento ......................... 21
UNIDADE 4 ...................................................................................................... 29
Gestão do Conhecimento - Processo de Conversão do Conhecimento......... 29
UNIDADE 5 ...................................................................................................... 38
Prática de Gestão do Conhecimento: Capital Intelectual ............................... 38
UNIDADE 6 ...................................................................................................... 42
Inteligência Competitiva e Vigilância Tecnológica.......................................... 42
UNIDADE 7 ...................................................................................................... 50
Informação como Fator de Competitividade Organizacional .......................... 50
UNIDADE 8 ...................................................................................................... 55
Conhecimento, Estratégia e Conhecimento Organizacional .......................... 55
UNIDADE 9 ...................................................................................................... 62
Elementos que Compõem a Gestão do Conhecimento Estratégico............... 62
UNIDADE 10 .................................................................................................... 71
Aprendizagem Organizacional: um Processo para Alavancar o Conhecimento
nas Organizações .......................................................................................... 71
UNIDADE 11 .................................................................................................... 77
Cultura Organizacional .................................................................................. 77
UNIDADE 12 .................................................................................................... 83
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Modelos Mentais: principais definições .......................................................... 83
UNIDADE 13 .................................................................................................... 90
O Processo de Comunicação na Gestão do Conhecimento dando Suporte a
Tomada de Decisão....................................................................................... 90
UNIDADE 14 .................................................................................................... 94
Arquivos, Museus, Bibliotecas e Centros de Documentação: Conceito ......... 94
UNIDADE 15 .................................................................................................. 100
Arquivos e Documentos nas Organizações: Organização de Arquivos........ 100
UNIDADE 16 .................................................................................................. 109
Tecnologias de Informação no Contexto da Organização............................ 109
UNIDADE 17 .................................................................................................. 114
Tecnologias Cognoscitivas ......................................................................... 114
UNIDADE 18 .................................................................................................. 119
A Internet e a Economia Digital ................................................................... 119
UNIDADE 19 .................................................................................................. 124
Diferença entre Biblioteca Digital e Biblioteca Virtual................................... 124
UNIDADE 20 .................................................................................................. 129
Business Intelligence: Tecnologia alavancando a criação de conhecimento129
UNIDADE 21 .................................................................................................. 136
Conceituando Tecnologia Workflow............................................................. 136
UNIDADE 22 .................................................................................................. 142
Portal: Conceito e Características................................................................ 142
UNIDADE 23 .................................................................................................. 150
O Que São Comunidades de Prática? ......................................................... 150
UNIDADE 24 .................................................................................................. 159
Redes de Valor - Bussiness Web: Conceito e Características ..................... 159
Fatores de Sucesso de uma Rede de Valor ................................................ 164
UNIDADE 25 .................................................................................................. 167
Sistemas Baseados em Conhecimento: Conceito ....................................... 167
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UNIDADE 26 .................................................................................................. 171
Fundamentos de Gerenciamento Eletrônico de Documentos ...................... 171
UNIDADE 27 .................................................................................................. 176
Soluções de Gerenciamento Eletrônico de Documentos: Tipos de
Ferramentas para Aplicação de Gerenciamento Eletrônico de Documentos176
UNIDADE 28 .................................................................................................. 181
Gerenciamento Eletrônico de Documentos e Gerenciamento do
Conhecimento ............................................................................................. 181
UNIDADE 29 .................................................................................................. 187
Memória empresarial: Memória como Referencial de Cultura e Identidade . 187
UNIDADE 30 .................................................................................................. 193
Certificação Digital ....................................................................................... 193
GLOSSÁRIO .................................................................................................. 198
BIBLIOGRAFIA .............................................................................................. 208
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U NIDADE 1
Objetivo: Caracterizar a sociedade do conhecimento evidenciando como ponto central o
“saber” no desenvolvimento da sociedade mundial.
Segundo Peter Drucker (1993) as atividades que ocupam lugar central das organizações não
são mais aquelas cujo objetivo é produzir ou distribuir objetos, mas aquelas que produzem e
disseminam informação e conhecimento. A Foto 1 representa uma forma de disseminação
da informação e conhecimento nas organizações.
Conhecimento.
Dessa forma, as atividades que agregarão mais valor, que gerarão mais riqueza para os
indivíduos e a sociedade serão aquelas geradas pela inovação, e esta principalmente pela
capacidade de usar o conhecimento agregado aos produtos e serviços oferecidos. O que
importa agora para o aumento da produtividade é o trabalho intelectual e a gestão do
conhecimento.
Para Abdul Waheed Khan (apud BURCH, acesso em: 05 nov. 2008) o conceito de
“sociedades do conhecimento” é preferível ao da “sociedade da informação”, pois expressa
melhor a complexidade e o dinamismo das mudanças que estão ocorrendo. Dessa forma, o
conhecimento em questão não só é importante para o crescimento econômico, mas também
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para fortalecer e desenvolver todos os setores da sociedade em todas as dimensões do
conhecimento como demostra a figura 1.
Em relação a distinção entre “conhecimento” ou “saber” (em inglês, ambos são traduzidos
como “knowledge society”). Segundo Burch (acesso em: 05 nov. 2008) “A noção de
´saberes´ implica certezas mais precisas ou práticas, enquanto que conhecimento abarca
uma compreensão mais global ou analítica".
André Gorz (apud BURCH, acesso em: 05 nov. 2008) considera que os conhecimentos se
referem aos “conteúdos formalizados, objetivados, que não podem, por definição, pertencer
às pessoas... O saber está feito de experiências e práticas que se tornaram evidências
intuitivas e costumes”.
Para Gorz (apud BURCH, acesso em: 05 nov. 2008), a inteligência abarca toda a gama de
capacidades que permite combinar saberes com conhecimento. Sugere, então, que
“knowledge society” seja traduzida por “sociedade da inteligência”.
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Educação Orientada para “aprender a aprender”
A sociedade passa a ter o conhecimento como uma mercadoria a ser oferecida ao mercado,
e com isso entra de vez em uma sociedade do conhecimento, dentro de uma nova realidade
mundial, onde a economia baseada no conhecimento, acabando por deslocar o eixo da
riqueza e do desenvolvimento de setores tradicionais, como a industriais - intensivos em
mão-de-obra, matéria-prima e capital – para setores cujos produtos, processos e serviços
são intensivos em tecnologia e conhecimento, o valor dos produtos depende cada vez mais
do percentual de inovação, tecnologia e inteligência a eles incorporadas.
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Nesse tipo de sociedade, a capacidade de aprendizagem assume, cada vez mais, um lugar
privilegiado nas interações sociais. O escritor Peter Senge (1990, p.11), propõe a formação
de “organizações de aprendizagem”.
Segundo Peter Senge (1990) podemos formar “organizações de aprendizagem” nas quais as
pessoas expandem continuamente sua capacidade de criar os resultados que realmente
desejam, onde surgem novos e elevados padrões de raciocínio, onde a inspiração coletiva é
libertada e onde as pessoas aprendem continuamente a aprender em grupo.
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A sociedade do conhecimento é, antes de tudo, a expressão empresarial dos investimentos
racionalmente programados para o mundo globalizado, relativos à informática,
telecomunicação, redes de comunicação digitais (“Banda Larga”) sistemas de comunicação
móveis, que incluem, de modo mais imediato, a) o ensino à distância, b) os serviços de
telemática para pequenas e médias empresas, c) o tráfego computadorizado, d) a gerência
de tráfego aéreo, e) a licitação e compra eletrônica, f) as redes de administração pública, g) o
controle de infovias urbanas ligadas à prestação de serviços das prefeituras; h) o uso da
telemedicina, entre outros tantos.
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U NIDADE 2
Objetivo: Descrever os aspectos que caracterizam a Economia do Conhecimento.
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Davenport (1998) considerou que o processo de gestão do conhecimento pode ser dividido
em três subprocessos: geração, codificação e transferência do conhecimento (Figura 3).
Geração Codificação
Transferência
Essa mudança vai delineando um novo perfil produtivo e tecnológico para as organizações
estabelecendo assim a economia baseada no conhecimento, cuja base está nas novas
tecnologias - indústrias de software, computação, biotecnologias, tecnologia da informação e
internet - designada como Revolução Informacional.
Dessa forma, a economia baseada em conhecimento é uma economia onde a criação e uso
do conhecimento são o aspecto central das decisões e do crescimento econômico em que
também conta com as novas fontes de vantagens competitivas como a capacidade de inovar
e criar novos produtos e explorar novos mercados.
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Assim, as atividades que agregarão mais valor, que gerarão mais riqueza para os indivíduos
e a sociedade serão aquelas geradas pela inovação, e esta principalmente pela capacidade
de usar o conhecimento agregado aos produtos e serviços oferecidos. Esse cenário se
aplica a todas as organizações, sejam elas de alta tecnologia, manufatura, serviços, varejo
ou agricultura, governamentais e não governamentais.
Além disso, segundo o autor estima-se que, na maioria dos países desenvolvidos, mais de
50% do PIB são gerados sobre a base de investimentos em produtos, isto é, bens e serviços
de alta tecnologia, fundamentalmente em tecnologia da informação e comunicações (TIC).
Dessa forma, os investimentos crescentes em equipamentos de informática, pesquisa e
desenvolvimento (P&D) e em formação técnica manifestam a crescente importância do
conhecimento e de sua gestão para o desenvolvimento econômico dos paises.
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qualidade de vida está baseada em idéias inovadoras aplicadas a novos produtos, processos
e serviços.
Diante do exposto acima, observa-se também que essa nova economia pode ser
caracterizada também como uma economia cujo o risco, insegurança e constante mudança
deixam de ser uma exceção para torna-se uma regra. O Quadro 2 apresenta de forma
esquemática as chaves da velha e nova economia.
Características Gerais
Industria
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empresas
Capital humano
Governo
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U NIDADE 3
Objetivo: Explicar as dimensões de uma organização do conhecimento e identificar as
práticas de gestão existentes em uma organização baseada no conhecimento.
Dessa forma, esse estudo focará o modelo de uma organização do conhecimento composto
de três dimensões interagentes e interdependentes: a dimensão infraestrutura
organizacional, a dimensão pessoas e a dimensão tecnologia (Figura 4).
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pesso
Tecnologia
Infraestrutura
organizacional
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Cultura
Estrutura
Visão holística
Organizações
do
Conhecimento
Estilo gerencial
Infraestrutura
Organizacional
B. Dimensão Pessoas
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Aprendizagem
Pessoas
Modelos mentais
Intuição Organizações
do Criatividade e Inovação
Conhecimento
Compartilhamento
Para Drucker (1993) as organizações devem atribuir ênfase aos recursos humanos nas
organizações. O autor destaca que poder econômico e de produção das empresas repousa
muito mais nas suas capacidades intelectuais (conhecimento desenvolvido pelas pessoas) e
de serviços do que em seus ativos imobilizados.
Sveiby (1998, p.33), descreve como os indivíduos estão inseridos nas organizações do
conhecimento:
[...] o poder não vem mais do nível hierárquico, mas sim do próprio conhecimento, que
passa a estabelecer novos perfis profissionais para os trabalhadores do
conhecimento. As relações entre as pessoas, fornecedores e clientes assumem outra
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dimensão nas organizações do conhecimento: estes passam a ser componentes
importantes do capital intelectual, criadores de conhecimento e cujas relações são
geradoras de competências organizacionais distintivas.
Drucker (1993) e Crawford (1994) enfatizam o novo perfil dos trabalhadores na era do
conhecimento: o primeiro cunhou a expressão “trabalhadores do conhecimento e o segundo
sugere um novo modelo financeiro no qual sejam incluídos o valor dos “Ativos do capital
humano”.
Angelioni et al. (2008) afirmam que a figura do líder e seu perfil funcional assumem novas
formas, bem como, a capacidade de desenvolver uma visão compartilhada com objetivos
comuns entre pessoas, atuando de forma agregadora, de trazer à tona modelos mentais
vigentes focando a maneira pela qual as pessoas entendem e explicam a realidade e de
incentivar padrões mais sistêmicos de pensamento com uma visão holística que envolve
habilidades fundamentais como enxergar inter-relações e processos, distinguir a
complexidade de detalhes da complexidade dinâmica.
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C. Dimensão Tecnológica
Workflow
Tecnologia
Redes
Organizações
do
Conhecimento
GED/EED Business
Intelligence
portais
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Além disso, as organizações sofrem influências dos seus meios externos e internos, das
tecnologias das quais dependem para o desenvolvimento de seu produto e serviços, do
mercado, de seus consumidores e clientes, de seu corpo técnico e gerencial como
apresentado na figura.
Assim, para desenvolver de forma eficaz o modelo de gestão que compreende a dimensão
de infraestrutura, a dimensão de pessoas e a dimensão tecnológica nas organizações do
conhecimento, faz-se necessário a associação dos outras práticas de gestão, tais como:
Capital Intelectual, Inteligência Competitiva, Gestão do Conhecimento Estratégico,
Aprendizagem Organizacional, Gestão de Pessoas, Cultura Organizacional, Processo de
Comunicação, Gestão de Arquivos, Documentação, Gestão de Tecnologias, Gestão de
Inovação, Educação Corporativa, Gestão de Documentos Eletrônicos (Figura 8).
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Mercado e Concorrência
AMBIENTE
Tecnologia EXTERNO
Consumidores e Clientes
Conhecimento
Práticas de Gestão
Capital Intelectual
Inteligência Competitiva
Gestão do Conhecimento Estratégico
Aprendizagem Organizacional
Gestão de Pessoas AMBIENTE
Cultura Organizacional
Processo de Comunicação
INTERNO
Gestão de Arquivos, Documentação...
Gestão de Tecnologias
Gestão de Inovação
Educação Corporativa
Gestão de Documentos Eletrônicos
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U NIDADE 4
Objetivo: Apresentar uma abordagem como o conhecimento está ensejando rápidas
mudanças nas organizações, em suas estruturas, nas estratégias de negócios, nas formas
de gestão e redes de relacionamento.
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O conhecimento envolve o agrupamento articulado das informações por meio de legitimação
empírica, cognitiva e emocional. O termo conhecimento significa compreender todas as
dimensões da realidade, capturando expressando essa totalidade de forma cada vez mais
integral. Conhecimento é informação combinada com experiência, contexto, interpretação e
reflexão. É uma forma de informação de alto valor que está pronta para aplicar a ações e
decisões.
Nonaka e Takeuchi (1997) dividiram o conhecimento que podem ser identificados em uma
organização em dois tipos: o formal ou explicito e o tácito ou informal:
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Socialização Conheciment
o Tácito
Externalização
Conhecimento
Tácito Conhecimento
Explicito
Internalização Conhecimento
Explicito Combinação
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Esse modelo é adotado por diversos autores como ponto de partida principalmente para a
classificação dos tipos de conhecimento e nos processos de conversão envolvidos a estes,
pois dificilmente será possível gerenciar o conhecimento sem desenvolver as seguintes
fases: a) Captação do conhecimento; b) Inventário do conhecimento; e c) Transferência do
conhecimento.
Choo (1998) distingue, além dos conhecimentos tácito e explícito, o cultural. O conhecimento
cultura é composto das estruturas afetiva e cognitiva que são usadas habitualmente pelos
membros de uma organização a fim de perceber, explicar, avaliar e construir a realidade da
organização incluindo suposições e crenças, bem como as convenções e expectativas
utilizadas para atribuir valor e significado à informação nova. Estes valores, crenças e
normas compartilhadas estabelecem o referencial em que os membros de uma organização
constroem a realidade, reconhecem uma informação nova e avaliam interpretações e ações
alternativas.
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Auditore (2002) apresenta uma classificação de tipo de conhecimento em que considera
idêntico conceito do conhecimento tático e desdobrando o conhecimento explicito em duas
categorias: o explicito propriamente dito (livros, email, banco de dados) e o embutido
(conhecimentos encontrados em processos, produtos e serviços da organização).
Gestão de Conhecimento
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conhecimento organizacional, a fim de que seja utilizado como subsidio útil às diversas
atividades desenvolvidas no âmbito da organização.”
Assim, iniciativas voltadas para a gestão do conhecimento podem trazer benefícios para:
• tomada de Decisão;
• produtividade;
• lucratividade;
• redução de Custos.
Para definição dos objetivos no processo de gestão do conhecimento, é preciso ter uma
visão macro da missão da organização e de sua ambiência. Uma das maneiras de iniciar
este processo é desenvolvendo uma análise de diagnóstico da situação atual, que pode ser
realizado mediante resposta às seguintes perguntas apresentadas por Moresi (2001):
• Como deve ser gerenciado o conhecimento para assegurar o seu máximo retorno?
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A primeira pergunta é a mais crítica por requerer uma revisão completa da cadeia de valores
da organização visando a estabelecer quais departamentos e atividades são mais relevantes
no cumprimento de sua missão. Além disto, é preciso determinar como uma base de
conhecimento representará um impacto positivo na organização. (MORESI, 2001).
A última pergunta de acordo com Moresi (2001) não possui resposta certa ou errada. As
soluções a serem implementadas dependerão de fatores tais como o tipo de organização, a
cultura organizacional e as necessidades. Todavia, a gestão efetiva do conhecimento deve
ser direcionada para aquelas soluções que consigam abranger todo o sistema: organização,
público interno e tecnologia.
• assegurar que o conhecimento esteja disponível com oportunidade sempre que for
necessário no contexto dos processos organizacionais;
Oportunidade Localização
Conhecimento
Forma Conteúdo
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Diante do exposto acima, observa-se a gestão do conhecimento é uma prática que possui
como tarefa relevante a transformação da informação em conhecimento que possibilite
perceber as ameaças e oportunidades e iniciar ações que viabilizem o uso desse
conhecimento como vantagem competitiva. Dessa forma, gestão do conhecimento
complementa e aprofunda outras práticas de gestão. Dentre as práticas estão o gestão da
qualidade, a reengenharia de processos e o aprendizado organizacional para sustentar a
posição competitiva das organizações.
Atividade: Aplique no seu ambiente organizacional as questões propostas por Moresi (2001)
apresentada nesta unidade para que você possa perceber o processo inicial do mapeamento
na Gestão do Conhecimento.
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U NIDADE 5
Objetivo: Mostrar a importância da organização que utiliza o capital intelectual como parte de
sua estratégia promovendo a transferência de conhecimento e o desenvolvimento das
competências, criando com isso, uma poderosa vantagem competitiva.
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Figura 11 - Conhecimento
Dessa forma, todo e qualquer ativo intangível de uma organização, podem ser tratados como
capital intelectual, inclusive conhecimento. Conhecimento sobre a tecnologia, conhecimento
sobre processos de negócio, conhecimento sobre concorrência e produtos.
Ativo pode ser definido como o conjunto de bens e direitos à disposição de uma entidade ou
recursos controlados pela entidade, capazes de gerar fluxos de caixa. Os ativos
compreendem os ativos intangíveis e ativos tangíveis.
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facilidade, desde que a empresa possua os recursos financeiros para tal. Já os ativos
intangíveis, por outro lado, são únicos e de propriedade de uma única organização.
Existem também algumas classificações em categorias, como por exemplo: capital humano,
capital da informação e capital organizacional (Figura 12).
• Talento;
Humano Capital • Liderança;
Organizacional • Alinhamento dos empregados; e
• Habilidades; e
• Gestão do conhecimento.
• Conhecimento
dos
Empregados.
• Infra-estrutura
Capital tecnológica;
da • Redes;
informação
• Bancos de dados; e
• Sistemas de informação.
Os ativos intangíveis também são conhecidos como recursos. Recursos incluem todos os
ativos, competências, processos organizacionais, atributos, informação, conhecimento e
outros fatores controlados pela organização.
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Para que uma organização possa sustentar uma vantagem competitiva por longo período de
tempo, esses recursos precisam ser valiosos, raros, inimitáveis e insubstituíveis.
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U NIDADE 6
Objetivo: Compreender o desenvolvimento do processo de Inteligência Competitiva nas
organizações, bem como, as ferramentas utilizadas por ela.
Inteligência competitiva está relacionada à noção de processo e seu objetivo é agregar valor
à informação, fortalecendo seu caráter estratégico, catalisando, assim, o processo de
crescimento organizacional, permeando todo o ambiente da organização (CANONGIA, 1998,
p.2-3). Nesse sentido, a coleta, o tratamento, a análise e a contextualização de informação
permitem a geração de produtos de inteligência, que facilitam e otimizam a tomada de
decisão no âmbito tático e estratégico da organização.
Tyson (1998) como ponto de partida, indica que inteligência competitiva é análise do
princípio ao fim, em um processo que envolve coleta de informação sobre competidores,
consumidores, fornecedores, possíveis concorrentes, possíveis associações e alianças
estratégicas.
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gestão estratégica. Portanto, as organizações trabalham com dados, informações e
conhecimento estruturados, estruturáveis e não-estruturados que são descritos a seguir:
São aqueles acessados dentro ou fora da organização e podem ser entendidos como
aqueles que compõem bancos e bases de dados internos e externos, redes de comunicação
como Internet, Intranet's, publicações impressas e outros.
Basicamente são aqueles produzidos pelos diversos setores da organização, porém sem
seleção, tratamento e acesso. Como exemplo pode-se citar: cartões de visita, colégio
invisível, nota fiscal, atendimento ao consumidor, entre outros.
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Situação A
Situação B
No Japão, onde a cultura de vigilância tecnológica está bem disseminada, para produzir um
novo produto ou iniciar um novo projeto de pesquisa geralmente a etapa inicial é a vigilância
tecnológica e comercial. Ter um projeto e pretender levá-lo adiante implica descobrir antes:
O que já foi feito? O que fizeram os concorrentes? Que documentação existe? Que artigos
existem? Que patentes existem? Os japoneses possuem um processo disciplinado cuja
primeira fase é a de vigilância tecnológica e comercial. Depois, assimilam as tecnologias
que se encontram desenvolvidas para criar e melhorar o produto novo, para finalmente
comercializá-lo.
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O processo descrito no parágrafo anterior é chamado de Inteligência competitiva, entendido
como um processo voluntário e coletivo com o qual as organizações trabalham informações
de uma maneira ativa. Essas informações são utilizadas para que as organizações se
antecipem às mudanças socioeconômicas da sociedade e criem oportunidades de ações de
negócio.
Dessa forma, a inteligência competitiva necessita desenvolver ações que visam criar uma
cultura informacional/intelectual na organização:
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• conhecer o que fazem os competidores, o que pesquisam, onde patenteiam, aonde
vão;
• conhecer empresas que dominam uma determinada tecnologia. Saber que é o líder, o
instituto, a universidade ou a empresa que pode ser contatado para se tentar
conseguir tal vantagem;
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Nos últimos anos, as bases de dados e muitas outras informações relevantes passaram a
estar disponíveis na Internet (Figura 13). A ênfase atual dessa técnica é o desenvolvimento
de ferramentas e metodologias que permitam consultas a esse tipo de mídia.
b) Recontar palavras
Para saber a respeito de determinada área de atuação, verifica em que base de dados a
informação a respeito de uma determinada área pode ser encontrada, quais os registros que
tratam do tema, quais patentes concedidas ou solicitadas. O resultado é uma informação
bastante extensa que atinge cerca de 1.000 a 1.500 artigos e um igual número de patentes.
Dessa forma, os especialistas que executam esse tipo de pesquisa contam as palavras, a
informação que aparece nos diversos campo. Por exemplo, podem ser contadas as palavras
chave dos títulos, dos autores, dos abstracts, dos descritores e dos identificadores. Com a
recontagem são obtidas informações relevantes, como a comparação da recontagem das
palavras chave em um período determinado em relação a períodos anteriores.
c) Coocorrência de palavras
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aparecerem juntas em muitas ocasiões, significa que existe uma relação entre essas
palavras. Softwares de pesquisa indicam com rapidez as concorrências. Quando a
concorrência é elevada, nota-se que existe proximidade e relação entre duas palavras. Se a
concorrência é baixa, nota-se a falta de relação entre elas.
d) Mapas tecnológicos
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U NIDADE 7
Objetivo: Identificar os aspectos que relacionam a Gestão da Informação, Gestão do
Conhecimento e Inteligência Competitiva.
As organizações são formadas por três diferentes ambientes: o primeiro está ligado estrutura
da empresa, ou seja, próprio organograma, o segundo está relacionado à estrutura de
recursos humanos, o terceiro e último, é composto pela estrutura informacional (Figura 14).
Além disso, para gerenciar esses fluxos informacionais, sejam eles formais ou informais, é
necessário realizar algumas ações integradas objetivando prospectar, selecionar, filtrar, tratar
e disseminar todo o ativo informacional e intelectual da organização, incluindo desde
documentos, bancos e bases de dados e outras fontes de informação, produzidos interna e
externamente à organização até o conhecimento individual dos diferentes atores existentes
na organização.
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Figura 14 – Ambientes Organizacionais
Desta maneira, faz-se necessário que a organização defina em seu organograma uma
unidade de trabalho especificamente voltada a desenvolver ações e atividades à gestão da
informação, gestão do conhecimento ou inteligência competitiva na organização.
Para que sejam estabelecidas as relações entre as práticas de gestão da informação, Gestão
do Conhecimento e Inteligência Competitiva retomaremos o conceito dessas três práticas.
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é a aplicação de metodologias e de tecnologias da informação e da comunicação
adequadas ao processo de planejamento, de organização e de controle das
informações de uma organização, de forma a tornar disponível, acessível e útil o
conhecimento explicito resultado desse processo.
Miranda (2004, p.72) define Gestão de Conhecimento como o processo de “criação, captura,
assimilação e disseminação de conhecimento tácito e extrínseco individual, integrando-o ao
conhecimento organizacional, a fim de que seja utilizado como subsidio útil às diversas
atividades desenvolvidas no âmbito da organização.” Dessa forma, a gestão do
conhecimento está ligada a forma capacidade das empresas utilizarem e combinarem os
diversos tipos de fontes de informação e conhecimento organizacional.
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para apoiar a tomada de decisão requerida pelo desenho e execução de sua estratégia
competitiva.
Inteligência Competitiva
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socialização do conhecimento no ambiente organizacional; e criação e disponibilização de
sistemas de informação empresariais de diferentes naturezas.
Dados, informação e conhecimento são insumos básicos para os três modelos de gestão,
estabelecendo assim a relação entre os três conceitos. O que muda é a complexidade das
ações despendidas. A Gestão da Informação trabalha no âmbito do conhecimento explícito,
ou seja, são dados e informações que já estão consolidados em algum tipo de veículo de
comunicação, como exemplo pode-se citar desde o livro impresso até a rede Internet.
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U NIDADE 8
Objetivo: Caracterizar o Conhecimento Estratégico em uma organização.
a) Conhecimento
A partir da análise do conceito de vários autores - Vieira (1993) e Nonaka e Tackeuch (1997),
Davenport e Prusak (1998) e De La Rica (1999), Miranda (2000, p.33) estabeleceu o
conceito de conhecimento apresentado na Figura 16.
b) Estratégia
De La Rica (apud MIRANDA, 2004) aponta como fator relevante ao ser definir uma
estratégia: a) Objetivo correspondente; b) efeitos previstos: o que ocorrerá e quando; c) Em
quê nos baseamos para prever os efeitos (o que e quando); e d) Informações sobre os
motivos que nos levaram a selecionar a estratégia indicando os decisores e os motivos que
foram levados em consideração ao escolher a estratégia.
“Decisão estratégica é a integração entre fins (os objetivos estratégicos) e meios (as ações
estratégicas), sendo influenciada pelos limites cognitivos do decisor, da complexidade do
problema e dos conflitos entre decisores, ou seja, é a tomada de decisão, realizada pelo
detentor de autoridade formal dentro da organização.
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A partir do monitoramento estratégico obtêm-se a informação que subsidia a formulação de
estratégias pelos tomadores de decisão nos níveis gerenciais da organização.
c) Conhecimento Organizacional
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também inclui os dados e as informações sobre os quais se constroem o conhecimento
individual e organizacional”. Firestone (1998, p.6) estabelece 5 categorias que diferenciam o
conhecimento organizacional em bases de conhecimento:
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O Que é Conhecimento Estratégico?
Trata-se do conhecimento usado para dar curso a uma ação quando há conflitos de critérios
a serem satisfeitos e os efeitos precisos da ação não podem ser previstos antecipadamente.
Pode ser definido como o resultado da transformação de “pedaços esparsos” de dados em
informação (tecnologia, ambiental, sobre o usuário, os competidores, o mercado, e o
produto) por meio do processo sistematizado denominado de inteligência competitiva.
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Conhecimento
Conhecimento Organizacional
Conhecimento Estratégico
É utilizado por estrategistas e suporta tomada de decisão estratégica dos decisores da alta
administração (Figura 20).
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Portanto, pode-se estabelecer o Conhecimento Estratégico – CE como o tipo de
conhecimento organizacional, que abarca saberes relacionados ao planejamento, à
descrição, ao impacto, à predição, à avaliação e à geração de estratégias, sendo formado
pela combinação de vertente explícita e a tácita.
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U NIDADE 9
Objetivo: Compreender a prática de Gestão do Conhecimento Estratégico, bem como,
entender o modelo de GCE estabelecido por Miranda (2004).
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(diagnóstico, avaliação das alternativas, escolha e
implantação) e que sofre influência de fatores como a
estrutura, a política e o poder, a cultura organizacional
e mesmos as emoções. Esse processo precede a
decisão estratégica e é realizada por estrategistas.
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Na decisão estratégica, o papel exercido pelos decisores no processo de tomada de decisão
quanto à estratégia a ser adotada e as conseqüentes ações estratégicas advindas dessa
decisão.
Decisores experientes carreiam vitais conhecimentos para a organização, sendo que casos
de sucesso (ou insucesso) na decisão estratégica geram insumos valiosos para a
constituição do conhecimento estratégico da organização.
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a) cognição: fator que evoca as questões relacionadas aos processos mentais, à
experiência, à capacidade de julgamento e outros aspectos;
No que se refere aos tipos de gestão, o objetivo é destacar a utilização dos processos e
ferramentas da gestão do conhecimento e da gestão da informação no tratamento das
dimensões epistemológicas do conhecimento estratégico, da seguinte forma:
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a) aquisição, captura e criação: refere-se à absorção de conhecimento tácito elicitável e
de conhecimento explícito;
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a) indivíduo: refere-se ao processo cognitivo de absorção e criação do conhecimento
estratégico individualmente pelo decisor e pelo estrategista;
b) na decisão estratégica, ação realização pelo decisor ao optar por uma estratégia e
conseqüente ação estratégica adotada.
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b) tendência evolucionista (ou evolucionária): a formulação e a decisão estratégica são
fruto das estratégias que emergem do mercado;
A formulação estratégica tende a ser um processo grupal, do qual fazem parte decisores e
estrategistas e a decisão estratégica, tende a ser uma ação individual.
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Atenção!!! Está disponível na pasta Material Complementar o arquivo “modelo de gestão do
conhecimento estratégico.ppt” referente aos elementos descritos nessa unidade.
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U NIDADE 10
Objetivo: Entender o processo de Aprendizagem Organizacional como forma de alavancar o
conhecimento nas organizações.
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Ultimamente as organizações perceberam a importância de gerenciar o conhecimento
organizacional para que possa ser compartilhado pelos seus membros, tornando-as mais
competitivas no mercado e, conseqüentemente, aumentando sua rentabilidade. Nas
organizações o conhecimento é fruto das interações que ocorrem no ambiente de negócios e
se desenvolve por meio do processo de aprendizagem. Dentro do ambiente de negócio, a
aprendizagem organizacional é motivada por uma série de fatores. Garvin (1998, p.64)
menciona alguns:
Fiol e Lyles (1985) apresentam uma definição que apresenta a aprendizagem organizacional
como um processo que permite a melhoria e o desenvolvimento das ações organizacionais
através da aquisição de novos conhecimentos e de melhores compreensões. Esta
compreensão abarca nos níveis individual e organizacional, sublinhando que a aprendizagem
não é só a aquisição de conhecimentos, mas igualmente a sua utilização.
Para esse novo processo, tão valoroso para o futuro das empresas, é necessário que
existam condições propícias para o seu surgimento. Segundo Fleury e Fleury (1997), são
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necessárias as seguintes habilidades (Figura 21) para o processo de inovação e
aprendizagem organizacional.
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a) Domínio pessoal - por meio do autoconhecimento o indivíduo tem condição de
aprofundar seus objetivos, concentrando esforços e passando consequentemente a
ver a realidade de forma objetiva.
b) Modelos mentais - são idéias e imagens que contribuem para influenciar o indivíduo
quanto ao seu modo de ver o mundo e seus atos.
e) e ) Pensamento sistêmico - esta disciplina contribui para que se faça uma análise do
todo e não das partes individualmente. Garvin apud Fleury e Fleury (1997), propõe os
seguintes caminhos através dos quais a aprendizagem organizacional ocorre.
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impacto maior quando forem compartilhadas coletivamente ao invés de serem
dirigidas a uns poucos.
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• Aprendizagem empreendedora: Trata do empreendedorismo e a gestão de equipes,
como se estas fossem microempresas.
Antes de dar continuidades aos seus estudos é fundamental que você acesse sua
SALA DE AULA e faça a Atividade 1 no “link” ATIVIDADES.
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U NIDADE 11
Objetivo: Identificar o como a Cultura Organizacional e a função de Recursos Humanos nas
Organizações podem contribuir para a Gestão do Conhecimento nas Organizações.
Cultura Organizacional
O conhecimento serve para: ser compartilhado ou gerar valor (Figura 22), pois quando o
mesmo fica retido na pessoa ou num livro que nunca será lido passa a ser um tesouro
perdido no fundo do mar. A sabedoria, por sua vez, é todo o conhecimento aplicado.
Observa-se que a obsolescência nas organizações parece advir cada vez mais da
incapacidade de gerir e compartilhar as experiências que estão nas pessoas que nelas
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trabalham. Por outro lado, o individuo sabe que está ficando obsoleto no campo pessoal
quando para de aprender.
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A Função da Gestão de Recursos Humanos na Gestão do Conhecimento
• atualizar o conhecimento;
• reutilizar conhecimento;
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A partir das atividades relacionadas, busca-se responder a uma questão relevante em
relação ao RH: Como o profissional de RH pode atuar no desenvolvimento da Gestão do
Conhecimento?
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Segundo Peter Senge (2006) os papéis fundamentais atribuídos aos líderes são: projetista,
educador e facilitador. Um desafio muitas vezes negligenciado - às vezes até por falta de
espaço político - por RH e preparar o nível executivo para esses papéis.
Como projetista dos processos organizacionais, o nível executivo principal é responsável por
compartilhar a visão de negócio com todos na organização.
Sua ação se dá por meio de diretrizes, políticas, definições abrangentes. Como educador, o
líder precisa apoiar os membros da organização a reestruturarem sua visão do mercado e da
empresa, pensando de forma abrangente e sistêmica. Como facilitador, o executivo trabalha
para dar as condições necessárias para que os colaboradores da empresa possam executar
seu trabalho. Aliás, aqui reside o mecanismo de inversão da pirâmide organizacional
tradicional
O RH pode ajudar a atrair talentos para essa função, selecionar, educar, estimular e
encarreirar os gerentes médios. Os gerentes precisam migrar de uma abordagem tradicional
de supervisão para uma de líderes e treinadores (coaches) da força de trabalho. É esperada
da gerência uma abordagem aberta, cooperativa, criativa e empática. O gerente deve ser um
exemplo de mentalidade aberta para a inovação e o aprendizado.
No nível da “linha de frente”, que seria o nível mais pragmático e aquele onde as áreas de
RH normalmente tem mais atuado, há muita coisa a se fazer no direcionamento para a
Gestão do Conhecimento. A tão reforçada autonomia e a participação – o empowerment -
são pretendidos para os níveis mais operacionais da empresa.
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Na pasta Material Complementar existe o arquivo: Modelo de Cultura Organizacional voltado
às Organizações do Conhecimento.doc. O modelo apresenta os aspectos da Cultura
Organizacional que podem ser identificados na própria rotina da organização.
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U NIDADE 12
Objetivo: Descrever as principais definições, habilidades e técnicas para trabalhar os
modelos mentais nas organizações no processo de Gestão do Conhecimento.
Modelos mentais podem ser definidos como imagens, pressupostos e histórias que trazemos
em nossas mentes acerca de nós mesmos, de outras pessoas, das instituições e de diversos
outros aspectos do mundo e da vida (Figura 24). Esses aspectos constituem verdadeiros
“mapas mentais”, cognitivos com os quais navegamos em ambientes complexos da vida.
Os modelos mentais são tácitos, pois podem ser gerados a partir do processo de
socialização do conhecimento, ou seja, o compartilhamento de experiências no processo de
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conversão do conhecimento tácito para o tácito. Dessa forma, os modelos mentais são de
difícil acesso, compreensão e transformação.
Os modelos mentais de cada indivíduo são nutridos por crenças e valores que operam desde
o nascimento e se estendem ao longo da história de cada um. Implementar a gestão do
conhecimento organizacional, considerando a existência dos modelos mentais, envolve a
observação na prática do que ocorre com nossas ações e com nossa linguagem, ou seja, o
modo como construímos nosso mundo.
Segundo Sartor (2008) trabalhar com modelos mentais significa operar em um campo
complexo, pois trata da vida de cada pessoa e pelas diferentes correntes da cultura
contemporânea. Dessa forma, habilidades e técnicas, além da maturidade e experiência, são
indispensáveis para que a gestão do conhecimento surta efeitos qualitativamente superiores
aos do modelo tradicional de gerência.
a) Reflexão e a inquirição
A reflexão e a inquirição são duas habilidades para gerir os modelos mentais e obter
resultados positivos. Segundo Peter Senge et. al. (1995) a primeira consiste em desacelerar
os processos de pensamentos do indivíduo para que se tornem mais conscientes de como
são formados os modelos mentais de cada um. A segunda consiste em manter conversações
em que abertamente o indivíduo compartilha suas visões e desenvolvem conhecimento
acerca dos pressupostos uns dos outros.
Os indivíduos que possuem baixa educação reflexiva têm pouca tolerância para
interpretações múltiplas dos acontecimentos, porque eles “vêem” apenas sua própria
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interpretação. Já os indivíduos que não dominam as habilidades de inquirição não ajustam
seus canais de comunicação e acabam domando decisões precipitadas, que geralmente são
desintegradoras, deflagram relações interpessoais com baixa perspectiva e reduzido
horizonte de vida.
A escada de inferência e a coluna da esquerda são técnicas mais usuais para operar com
modelos mentais. Os indivíduos adotam crenças autogeradoras, e usualmente, não são
testadas. A capacidade do indivíduo em alcançar resultados que verdadeiramente deseja é
consumida por duas opiniões: as crenças são as únicas verdades e essas verdades são
óbvias e as crenças baseiam-se em dados reais, e esses dados são reais.
• Escada de inferência
A escada de inferência expõe, por meio de uma trilha mental comum de abstrações, os
enlaces reflexivos que explicam os pontos de vista individuais mais profundos. Ela serve para
que o grupo entenda como funciona o raciocínio de cada um de seus membros.
Indivíduo com uma postura mental defensiva acerca dos políticos e da política. Diante de
uma informação de que um político acabou de fazer uma declaração que parece
contradizer uma promessa de campanha.
Em relação ao exemplo da Figura 25, os enlaces mentais sobem a escada de maneira tão
óbvia que nada mais pode ser diferente. Tal fato também ocorre nas organizações, pois
muitas informações são tomadas como verdadeiras sem que possamos pensar e refletir
sobre elas.
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Caso a forma como cada pessoa escala degraus for analisada reflexivamente e se permitir
que outras pessoas do grupo possam expressar seus pontos de vistas honestamente, será
fácil identificar e explicitar o mapa mental. A escada é uma ferramenta muito própria para a
identificação do raciocínio mental caso seja incorporada à prática da equipe.
• Coluna da Esquerda
A técnica da coluna da esquerda pretende nos tornar cientes dos pressupostos tácitos que
regem nossa conversação e que contribuem para bloquear nossos propósitos em situações
da vida real, além de desenvolver um modo de falar sobre pressupostos tácitos de modo
mais eficaz. A metodologia funciona de seguinte forma: na coluna da direita, são registrados
os diálogos que efetivamente ocorrem; na coluna da esquerda, é registrado o que a pessoa
realmente está pesando e sentido, mas não dizendo.
A crescente exigência por assumir novas posturas no ambiente organizacional traz à tona a
questão da mudança e da resistência natural que ela enfrenta. Mudar significa alterar ou
abandonar valores, crenças, normas e critérios de pensamentos e ações outrora legítimos e
válidos.
Explicações para a resistência a mudança apontam para causas como a natureza instintiva
da espécie humana contra a mudança, inércia, a satisfação com situação atual, o medo do
desconhecido, o pensamento grupal instituído, a manutenção de interesses particulares, o
ego individual.
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• Natureza Instintiva da Natureza Humana.
Mudança contínua não é uma condição natural da vida. Dessa forma, a resistência para
mudar é algo instintivo à espécie animal.
• Inércia
• Satisfação
A satisfação consiste no fato de a maioria das pessoas estarem perfeitamente com o status
quo.
• Tempo
• Medo do desconhecido
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• Interesse próprio
É defendido por aqueles que indagam “o que isto me afeta?”. Como corolário do interesse
próprio, encontra-se a resistência no pensamento grupal: se todos pensam dessa forma “por
que devo eu pensar diferente?” Afinal de contas se a empresa falhar vão todos juntos.... Ou
com a seguinte verbalização: “se ninguém quer mudar, por que eu devo querer? Só vou me
incomodar e ainda receber mais carga de trabalho”.
• Ego
O ego é uma resistência de cunho e efeito psicológico que derruba qualquer líder inovador
e/ou professor de modelo mental organizacional. A frase chave é: “você está me dizendo que
estou fazendo as coisas erradas?”
• Falácia da exceção: consiste em afirmar que “está bem, a mudança deve estar
ocorrendo em qualquer outro lugar, mas nós somos diferentes, nós estamos na
frente”.
• Chauvinismo: consiste em defender dizendo que “a maneira como nós fazemos está
correta, deles está errada”.
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Como estudo complementar o aluno pode fazer uso do livro:
PEREIRA FILHO, Rodolfo Rodrigues; Rocha, Silvia Regina Medina: Silveira, Isabela
Siguinorele. Criatividade e Modelos Metais. Rio de Janeiro: Qualitimark, 2005.
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U NIDADE 13
Objetivo: Avaliar a relevância do processo de comunicação no processo de Gestão do
Conhecimento e tomada de descisão.
Segundo Nonaka e Takeuchi (1997) “quem quer que já tenha tentado transferir
conhecimento entre pessoas ou grupos sabe como é árdua a tarefa. Os receptores devem
não apenas usar a informação, mas também reconhecer que de fato constitui conhecimento”.
Assim, diferentes pessoas diante de um mesmo fato tendem a interpretá-lo de acordo com
seus modelos mentais, que as levam a percebê-lo de forma diferente. Aqui vale repetir os
exemplos dado na unidade 5 do módulo “Sistemas de Informações Gerenciais” (Figura 26).
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Um carro BMW, último tipo, conversível, zero quilômetro, totalmente destruído em um
acidente no qual o motorista bateu em uma árvore centenária derrubando-a.
O fato apresentado na Figura 26 pode ser codificado, decodificado e distorcido das seguintes
formas:
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Dessa forma, a participação do processo de comunicação na gestão do conhecimento, pois
seu uso adequadamente direcionado pode contribuir na melhoria dos processos envolvidos
nessas atividades, bem como, no processo de tomada de decisão em uma organização.
Assim, pelo processo de comunicação, pode-se buscar o consenso que permitirá prever a
adequação dos planos individuais de ação em função do convencimento, e não da imposição
ou manipulação. Pelo trabalho em equipe, pode-se conseguir obter o maior número de
informações e perspectivas de análise distintas, sendo validada a proposta mais convincente
no confronto argumentativo dos demais.
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chegar a um acordo, debate todas as alternativas possíveis, até constituir um plano de ação
coletivo consensual.
Para que as decisões organizacionais sejam tomadas com rapidez e qualidade, é importante
que as organizações disponham de um sistema de comunicação eficiente, que permita a
rápida circulação da informação e do conhecimento, sendo, para isso, indispensável o
suporte da tecnologia.
Até agora desenvolvemos um aprofundamento teórico acerca das práticas de gestão nas
organizações. Nas próximas unidades apresentam métodos, técnicas e ferramentas
aplicadas ao desenvolvimento de algumas práticas de Gestão que dão suporte a Gestão do
Conhecimento.
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U NIDADE 14
Objetivo: Compreender as diferenças e similaridades dos Arquivos, Museus, Bibliotecas e
Centro de Documentação.
a) administração
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b) História
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Foto 2 – Biblioteca
Museu (Foto 3) é uma instituição permanente sem fins lucrativos, a serviço da sociedade e
de seu desenvolvimento e aberto ao público, que adquire, conserva, pesquisa e exibe para
finalidades do estudo, da educação e da apreciação, evidência material dos povos e seu
ambiente. Essa definição foi dada pelo Conselho Internacional de Museus, o ICOM, na
Assembléia Geral de Copenhagen, em 1972. Usando-a, podemos incluir em sua abrangência
máxima os jardins botânicos, zoológicos, aquários, planetários, parques nacionais e outras
instituições.
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classificado, ordenado e arrumado, ou seja, que os exemplares existentes estejam
catalogados segundo um sistema previamente estabelecido. Por isso exige-se que os seus
funcionários estejam previamente preparados.
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os Arquivos Públicos e esses últimos surgiram como apêndices das primeiras. No Brasil, a
Biblioteca do Congresso foi a primeira instituição do Governo Federal que tentou reunir
materiais arquivísticos em sua Divisão de Manuscritos. Muitos Arquivos Estaduais surgiram
da mesma forma, na sala de manuscritos ligada à Biblioteca Estadual ou à Sociedade
Histórica.
Talvez por isso ainda exista quem não saiba diferenciar uma coleção de papéis pessoais e
documentos privados que vão dar numa sala de manuscritos daqueles corpos organizados
de documentos que resultam do funcionamento de uma unidade governamental ou de uma
organização ou instituição privada, as quais são chamadas de Arquivos.
Para diferenciar e definir bem as fronteiras dessas duas instituições e também dos museus e
Centros de Documentação, vamos partir dos elementos comum entre elas, qual seja o
documento e a informação.
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Dica: Na pasta Material Complementar existe o arquivo: Similaridades e Diferenças.doc
referente às características dos materiais e dos processos técnicos.
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U NIDADE 15
Objetivo: Abordar os principais aspectos, teóricos e práticos, que devem ser levados em
consideração na implantação da gestão de documentos nas organizações.
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A partir do momento em que se fortalece a idéia de que tudo é história, todos os registros,
vestígios, marcas deixadas pela humanidade servem para orientar, provar, comprovar,
informar, refletir sobre determinada coisa ou fato. As características físicas e simbólicas dos
documentos, alguns mantidos no seu próprio local de produção (como as montanhas, solos e
edificações), outros reunidos em ambientes diversos do lugar onde foram produzidos como
os museus, bibliotecas e arquivos, levaram à construção de teorias e práticas de organização
e preservação.
A carta deixada pelo presidente Getúlio Vargas em meados do século 20, no momento do
seu suicídio ou um tratado celebrado pelo Brasil, Argentina e Uruguai para formar uma
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aliança contra o Paraguai no século 19, a produção da maioria dos documentos atende
primeiramente as necessidades burocráticas, administrativas ou legais.
Os métodos mais comuns são os que classificam os documentos por assunto, seguidos de
uma classificação secundária por ordem alfabética, cronológica ou geográfica. O
agrupamento dos documentos por assunto, entretanto, deve atender às necessidades da
empresa, suas características e prioridades.
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No caso da documentação privada, um cidadão não terá uma carteira de identidade sem
antes ter obtido uma certidão de nascimento ou, no caso de uma empresa privada,
realizar um contrato de prestação de serviços sem antes ter registrado sua firma num
cartório.
Assim, a definição dos recursos humanos a serem empregadas nos arquivos de empresas
públicas ou privadas está relacionada à complexidade da atividade da empresa, ao volume
do acervo e ao número de consultas às informações constantes nos documentos arquivados.
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Considerando as atividades específicas do arquivo em relação aos documentos da instituição
(Figura 27) é recomendável um quadro de profissionais com formação diversificada como
arquivistas, conservadores, analistas de sistemas e programadores, historiadores e
bibliotecários.
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controle sobre as informações que produzem e/ou recebem, racionalizar os espaços de
guarda de documentos, desenvolver com mais eficiência e rapidez suas atividades, atender
adequadamente clientes e cidadãos.
Conforme a Lei Federal nº8.159, que se refere aos arquivos públicos, mas também aos
arquivos privados constituídos por pessoas físicas ou jurídicas, gestão de documentos é o
conjunto de procedimentos e operações técnicas referentes à sua produção, tramitação, uso,
avaliação e arquivamento em fase corrente e intermediária, visando a sua eliminação ou
recolhimento para guarda permanente.
Tanto esta Lei quanto a NBR ISO 9001/2000, indicam a necessidade de alguns requisitos
para o gerenciamento de documentos nos arquivos públicos e privados. A gestão de
documentos aplicada nas empresas é uma atividade estratégica na constituição do acervo
arquivístico, pois define o ciclo vital dos documentos, estabelecendo aqueles que após o uso
administrativo pelos setores das empresas podem ser eliminados, os que serão transferidos
ao arquivo, a temporalidade de guarda e sua destinação final: eliminação ou guarda
permanente.
A gestão de documentos deve ser realizada por uma equipe integrada nos seus objetivos
com cada componente compreendendo claramente o seu papel e a contribuição profissional
que os outros esperam dele. Ou seja, uma equipe em que o todo é maior que a soma das
partes. Se não partirmos deste pressuposto qualquer resultado em gestão de documentos
estará, com certeza, aquém do desejável. É importante observar que embora em cada
momento prevaleçam aspectos técnicos relativos a uma ou outra área do conhecimento,
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todos os profissionais envolvidos devem participar das discussões e definições para todas as
fases de vida do documento (Quadro 5).
Conservador Cuja formação está voltada para a preservação física dos suportes da
informação, propõe os cuidados necessários desde o momento da
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produção do documento, tendo em vista a necessidade da sua
preservação ao longo do tempo.
Sua função é garantir que documentos de valor histórico, alguns imbuídos deste valor já na
sua produção, outros que o adquirem ao longo de sua existência, após cumprirem os prazos
de guarda no arquivo corrente e/ou intermediário, sejam recolhidos ao arquivo permanente,
permitindo ao arquivo o cumprimento de sua função de preservação da memória documental
da instituição à qual pertence.
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Uma vez implementada a gestão de documentos, a estratégia a ser seguida é a
disseminação dos seus objetivos para os diferentes níveis hierárquicos e das vantagens para
todos da aplicação dos princípios arquivísticos no trato das informações registradas.
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U NIDADE 16
Objetivo: Contextualizar o uso da tecnologia no processo de gestão do conhecimento das
organizações.
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O termo Tecnologia da Informação serve para designar o conjunto de recursos tecnológicos
e computacionais para geração e uso da informação. A TI está fundamentada nos seguintes
componentes (REZENDE, 2000):
• sistemas de telecomunicações; e
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não é estático, já que os avanços tecnológicos atuais estão obrigando as empresas, produtos
e serviços a mudanças e adaptações em velocidade sem precedentes, transformando assim
a informação em um recurso estratégico e imprescindível.
e) permitir flexibilidade tal que as empresas possam atender a uma ampla relação de
necessidades dos clientes sem incremento de custos; e
f) prover uma plataforma tecnológica para permitir que outros sistemas de negócio
sejam produzidos.
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Tecnologias de Informação para a Gestão do Conhecimento
Dessa forma, diante do valor fundamental que a informação possui para a administração no
atual cenário concorrencial, a TI assume o papel incontestável de uma ferramenta
importantíssima para agilizar a aquisição, o processamento e a divulgação da mesma dentro
das organizações, possibilitando maior evolução, independência e obtenção de lucros.
Segundo Stábile (2001) é quase impossível para uma organização, no atual ambiente
competitivo, gerenciar suas informações sem o auxílio da tecnologia da informação e
conhecimento. As rotinas operacionais obrigatórias, por si mesmas, geram grandes
quantidades de informações, tornando sua manipulação difícil e demorada. Ao mesmo
tempo, estas informações devem ser passadas aos gestores para que estes possam
desempenhar bem seu trabalho, decidindo os rumos da organização.
Dentro do contexto da TI torna-se possível estabelecer uma nova visão pragmática da nova
economia, provendo aos participantes competências para estabelecerem e desenvolverem
sua capacidade de planejamento, criação e inovação de estratégias vencedoras, bem como
entender e conhecer as melhores ferramentas de tecnologia aplicada ao business da internet
como diferencial de sucesso num mercado global e competitivo. Sendo assim o novo
profissional para atuação nesta área deve estar preparado para assimilar e operacionalizar o
sistema e através dele gerar ganhos reais para a organização.
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constatar que ao trabalhar de forma fragmentada o setor tecnológico e o administrativo poder
até entrar em conflito o que leva a uma grande perda cultural e econômica na organização.
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U NIDADE 17
Objetivo: Verificar como as tecnologias da informação podem ser aplicadas para o
desenvolvimento do conhecimento e para o processo de virtualização das organizações.
Tecnologias Cognoscitivas
Lévy (1993, p.7) aponta que “novas maneiras de pensar e de conviver estão sendo
elaboradas no mundo das telecomunicações e da informática”, ou seja, o surgimento de
novas tecnologias da informação modificou a forma da busca pelo conhecimento, passando
da técnica de leitura e escrita para um pensamento coletivo.
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Figura 28 – Sistema de Hipertexto na Internet
Não é mais ‘cada um na sua vez’ ou ‘um depois do outro’, mas sim uma espécie de
lenta escrita coletiva, dessincronizada, desdramatizada, expandida, como se
crescesse por conta própria seguindo uma infinidade de linhas paralelas, e, portanto
sempre disponível ordenada e objetivada sobre a tela.
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Davenport (1998) afirma que há uma busca de idéias, melhores práticas e inteligência
competitiva que não se limita aos gerentes, e sim percorre todos os níveis da organização.
Para tanto utilizam de novas tecnologias, incluindo o groupware. Segundo o autor, essa nova
abordagem trás o homem para o centro do mundo da informação e coloca a tecnologia a seu
serviço.
Teixeira (2002) chama a atenção para a importância dos e-mails, dizendo que o valor do
conteúdo de informações que neles reside é inquestionável, favorecendo a retenção do
conhecimento mesmo diante da rotatividade das pessoas. As organizações precisam
aprender a gerenciar melhor estas informações, utilizando ferramentas para gestão de e-
mails, de forma a que a quantidade de mensagens trocadas não impeça que sejam
encontradas quando necessárias.
Outras ferramentas muito utilizadas pelas organizações, após o advento da internet, são as
páginas HTML, o instant messenger, os chats e as ferramentas de busca (search engines).
Virtualização
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aponta ainda as mudanças de conceito sobre espaço (desterritorialização) e tempo
(desprendimento do aqui e agora) (Foto 5 ).
Para ilustrar a mudança no mundo dos negócios com a virtualização, Lévy (1996) faz uma
comparação entre a empresa clássica e a virtual, sendo a primeira organizada e amarrada
em espaço físico e horário de trabalho, enquanto que a segunda substituiu o espaço físico
pela participação em rede de comunicação eletrônica. Segundo Lévy (1996, p.18) “a
Virtualização da empresa consiste, sobretudo em fazer das coordenadas espaço-temporais
do trabalho um problema sempre repensado e não uma solução estável.”
Em relação ao desprendimento do aqui e agora, Lévy (1996, p.19) diz “a empresa virtual não
pode mais ser situada precisamente. Seus elementos são nômades, dispersos, e a
pertinência de sua posição geográfica decresceu muito”.
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Foto 6 – Acesso Virtual
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U NIDADE 18
Objetivo: Entender o ambiente organizacional da Economia Digital.
Uma das principais características contemporâneas e que dão um sentido "novo" à questão
da economia baseada no conhecimento é a explosão informacional propiciada pelas
Tecnologias da Informação e Comunicação lideradas pela Internet.
A Internet tem alcance e abrangência como nenhuma outra mídia eletrônica (como TV,
rádio), ou impressa (como correios, jornais e revistas) tem, além de ser uma mídia direcional
e bilateral que passou a invadir (ou ser convidada) a intimidade de cada vez mais empresas,
lares, escolas, universidades e muitos outros locais.
Uma revolução deste porte, que tem em sua essência a comunicação, está alterando nosso
estilo de vida, o modo como pensamos, trabalhamos, e vivemos, com uma velocidade nunca
vista. Uma informação na Internet pode ser acessada de qualquer lugar do mundo, a
qualquer hora e por qualquer pessoa que tenha acesso a um computador.
Não se pode negar que a Internet fez com que o Homem desse um grande e magnífico salto
em direção a um futuro cada vez mais real e mais próximo. Evolução da Internet Durante sua
vida a Internet sofreu muitas mutações, mas sempre foi se adaptando a novas realidades.
Originalmente, antes da sua extensa, popularização iniciada em 1993, existiam alguns
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mecanismos de busca de informação, mas nada comparado aos mecanismos de busca hoje
existentes.
Nesse contexto, as tecnologias de informação e comunicação têm sido cada vez mais
apresentadas como algo mais que simples "ferramentas" tecnológicas, atingindo o status
ambíguo de instrumentos de mudança social, cultural e econômica (aclamados globalmente
como "novos" meios de inclusão social e de superação da pobreza em países em
desenvolvimento) ao mesmo tempo em que figuram como fatores que acentuam a chamada
"exclusão digital".
A Economia Digital
A Economia digital baseia-se numa concepção oposta à economia tradicional, tendo em vista
que o conhecimento, diferente do que acontece com outros recursos, não decresce com o
uso. A economia do conhecimento abalou os alicerces dos negócios tradicionais, o mercado
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deixou de ser um lugar físico e transformou-se num espaço disseminado, caracterizando-se
pela criação de novos mercados e pela construção de redes colaborativas (Figura 30).
Os negócios eletrônicos não se limitam aos negócios que se desenvolvem on-line, são uma
nova forma de fazer negócios, todo o tipo de negócios, por, com, e na internet e noutras
redes informáticas – com várias formas de ligação a processos de produção e transações
físicas.
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Os autores complementam que na medida em que a informação torna-se pública e
transparente, seus recipientes também ficam mais informados e capazes de exceder
melhores escolhas. As organizações da nova economia tendem a ser horizontais,
descentralizadas e abertas às iniciativas dos mercados hipercompetitivos é fruto da
digitalização.
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Produto da revolução digital, a nova economia está baseada no gerenciamento de atividades
de informação. Observa-se que a informação possui atributos que a distinguem
profundamente dos produtos convencionais. Ela pode ser infinitamente diferenciada,
customizada e personalizada.
Atividade Dissertativa
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U NIDADE 19
Objetivo: Conhecer as características da Biblioteca Digital e da Biblioteca Virtual.
A história e a evolução das bibliotecas podem ser divididas em três momentos bem
característicos, sendo que cada etapa da evolução é acentuada por características próprias
determinadas pelas tecnologias vigentes na época. No primeiro momento, tem-se uma
biblioteca tradicional com seu espaço físico bem delimitado, com seus serviços e produtos de
forma mecânica. Antes do advento da imprensa com Gutenberg, o seu acervo era formado
por outros tipos de materiais (tabletes, argila, papiro e pergaminho), passando para o suporte
de registro da informação em papel. A revolução na biblioteca aconteceu com a introdução
dos catálogos em fichas e o abandono do catálogo sob a forma do livro. Esta etapa
compreende de Aristóteles até o início da automação em bibliotecas.
No segundo momento, a biblioteca utiliza a tecnologia dos computadores nos seus serviços
meios e fins, considerados os primeiros passos rumo à biblioteca eletrônica. Compreende a
biblioteca moderna ou automatizada, em que os computadores foram usados para serviços
básicos como catalogação, indexação e organização do acervo (livros, revistas, vídeos e
outras fontes de informação). Com o acesso on-line aos bancos de dados por meio de redes
de telecomunicações, permitiu a dinamização dos processos de recuperação e disseminação
da informação.
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Em um terceiro momento, a biblioteca contemporânea utiliza a informação no suporte digital
com o advento do suporte em CD-ROM. A biblioteca eletrônica, a biblioteca do futuro,
pensada como uma nova estratégia para o resgate de informações onde o texto completo de
documentos está disponível on-line. Com o surgimento da Internet, a biblioteca ganha nova
dimensão: deixa de ter somente um espaço físico e ganha um novo espaço – o ciberespaço.
Surge assim, a denominação Biblioteca Virtual e Biblioteca Digital.
Com o advento das Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) surge então o conceito
de virtualização (já abordado na unidade 17) das bibliotecas tradicionais. Basicamente, se
refere à idéia de uma biblioteca intangível, ou seja, um serviço de informação sem infra-
estrutura física que oferece materiais exclusivamente em formato digital.
A biblioteca virtual é conceitualizada como um tipo de biblioteca que, para existir, depende da
tecnologia da realidade virtual. Neste caso, um software próprio acoplado a um computador
sofisticado reproduz o ambiente de uma biblioteca em duas ou três dimensões, criando um
ambiente de total imersão e interação.
É então possível, ao entrar em uma biblioteca virtual, circular entre as salas, selecionar um
livro nas estantes, “tocá-lo”, abri-lo e lê-lo. Obviamente, o único “lugar” onde o livro realmente
existe é no computador e dentro da cabeça do leitor.
É importante ressaltar que uma biblioteca virtual é similar às bibliotecas digitais, porém há
sutis diferenças, principalmente com referência à origem dos conceitos. No final dos anos 90,
quando o conceito da biblioteca virtual estava em alta, muitos artigos sobre o tema
afirmavam que, no futuro, as bibliotecas seriam totalmente automatizadas e integradas entre
si.
Com o decorrer do tempo, as instituições começaram a utilizar a internet como expansão dos
seus serviços. Além dos livros, publicações impressas e outros materiais armazenados em
suportes físicos, as bibliotecas passaram a disponibilizar aos seus usuários arquivos
eletrônicos com os mais diferentes conteúdos. Esse conceito ficou mais conhecido como
biblioteca digital.
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Portanto, as bibliotecas virtuais e digitais possuem a característica de existirem num
ambiente eletrônico, acessível através da internet e de redes de computadores. No entanto,
a diferença está na sua concepção: enquanto a biblioteca digital é uma extensão da
biblioteca tradicional, a biblioteca virtual é desvinculada e autônoma.
Marchiori (1997) afirma que a Biblioteca Digital difere das demais, porque a informação que
ela contém existe apenas na forma digital, podendo residir em meios diferentes de
armazenagem, como as memórias eletrônicas (discos magnéticos e óticos). Desta forma, a
biblioteca digital não contém livros na forma convencional, e a informação pode ser
acessada, em locais específicos e remotamente, por meio de computadores.
Biblioteca Digital
Dessa forma, uma Biblioteca Digital necessita de soluções como: busca integrada,
integração com e-learning e link ao texto completo para apoiar a missão da organização em
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suas práticas, tais como: gestão da informação, gestão do conhecimento, inteligência
competitiva, aprendizagem organizacional dentre outras.
• democratização da informação;
• atualização automática sobre temas de interesse, por meio de recursos como alertas,
DSI e RSS; e
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Existem várias empresas que desenvolvem ferramentas para a criação de uma biblioteca
digital ou virtual. As soluções para biblioteca Digital podem ser aplicadas para os Centros de
Documentação e Memória de uma organização, bem como, bibliotecas, arquivos e outros
órgãos que trabalham com o tratamento e disseminação da informação. Essas ferramentas
dão suporte às organizações no desenvolvimento do processo de gestão do conhecimento.
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U NIDADE 20
Objetivo: Compreender a aplicabilidade do Bussiness Inteligence.
Em relação à Gestão do Conhecimento, que deve ser muito auxiliada pela tecnologia da
informação, a ênfase está no estabelecimento de elevados padrões no sentido de “criar um
novo conhecimento, difundi-lo na organização como um todo e incorporá-lo a produtos,
serviços e sistemas”.
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Diversos autores procuram conceituar essa ferramenta e, nesse sentido, BI pode ser
entendido, em uma de suas vertentes, como diretamente relacionado ao apoio e subsídio
aos processos de tomada de decisão baseados em dados trabalhados especificamente para
a busca de vantagens competitivas. Bem como um conjunto de tecnologias que agrupam e
analisam dados para melhorar a tomada de decisões.
Primeira consciência importante a respeito do BI é que este deve acontecer antes nas
mentes humanas. Compreender melhor a Inteligência de Negócio, que é essencialmente
humana, deveria ser o primeiro desafio de qualquer gerente, equipe ou analista de negócios
preocupado em melhorar o processo decisório em sua organização.
Mas as empresas que implementaram esses sistemas logo se deram conta de que apenas
armazenar grande quantidade de dados de nada valia se eles se encontravam repetidos,
incompletos e espalhados em vários sistemas. Percebeu-se que era preciso dispor de
ferramentas que reunissem os dados numa base única e trabalhá-los de forma a permitir
análises diferentes sob ângulos variados. Por essa razão, a maioria dos fornecedores de
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ERP passou a embutir em seus pacotes os módulos de BI, que se sofisticam cada vez. O
ERP foi tratado de maneira detalhada no módulo de “Sistemas de Informações Gerenciais”.
O BI é formado por um mosaico de data warehouse (DW), data mart e ferramentas de data
mining.
a) Data Warehouse
Entre 1992 e 1993 surgiu o data warehouse, uma grande base de dados informativos, ou
seja, um repositório único de dados consolidados, limpos e uniformizados que armazena
todas as informações sobre as operações da organização, formando uma base histórica.
Demanda a utilização de ferramentas que organizem e façam busca nesses dados, tais
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como o OLAP e o data mining. Esse repositório nada mais é do que um banco de dados
orientado por assuntos, não-volátil (os dados não podem sofrer modificações) e integrado.
No DW, os assuntos são guardados em determinados pontos no tempo, o que permite uma
análise histórica e comparativa dos fatos. Os dados podem ser retirados de múltiplos
sistemas de computação utilizados internamente na empresa, ou também podem vir de
fontes externas. Sua meta é fornecer subsídios e informações aos gerentes e diretores, para
que assim possam analisar tendências históricas de seus clientes e, com isso, melhorarem
os processos e agilizarem as tomadas de ações.
O maior problema do data warehouse é a sua grande complexidade. Sua criação requer
pessoas altamente especializadas, uma metodologia consistente, computadores, banco de
dados, ferramentas de front-end (sistemas transacionais - para captura dos dados),
ferramentas para extração e limpeza dos dados, e treinamento dos usuários. É um processo
complicado e demorado, que requer altos investimentos e que se não for corretamente
planejado e executado, pode trazer prejuízos enormes e se tornar um grande elefante branco
dentro da organização.
b) Data Mart
Em conceito, pode-se afirmar que um Data Mart é um mini data warehouse que fornece
suporte à decisão para um pequeno grupo de pessoas – como aos profissionais da área de
marketing, ou de vendas, por exemplo. O tempo de desenvolvimento e implementação,
assim como os investimentos necessários, também são bem menores, em comparação ao
DW.
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De acordo com especialistas, as diferenças entre um data mart e um data warehouse são
apenas em relação ao tamanho do projeto e ao escopo da empresa. Portanto, as definições
dos problemas e os requisitos dos dados são essencialmente os mesmos para ambos. No
entanto, um data mart trata das questões departamentais ou locais ou de assuntos
delimitados (de um departamento específico), enquanto um DW envolve as necessidades de
toda a companhia de forma que o suporte à decisão atue em todos os níveis da organização.
Cada uma das tecnologias e técnicas de BI tem seu lugar e são complementares, pois dão
apoio a diferentes tipos de análises. É importante lembrar que as exigências do usuário
devem ditar que tipo de data mart ou DW a empresa deve construir. Como sempre, a
tecnologia e as técnicas devem estar bem fundamentadas para atenderem da melhor
maneira possível essas exigências. Os data warehouses/data marts servem como fonte de
dados para essas aplicações, assegurando consistência, integração e precisão dos dados.
c) Data Mining
Data mining são softwares desenvolvidos com base em técnicas de inteligência artificial e
que vasculham os dados em busca das informações que podem ser de interesse, de acordo
com critérios predeterminados, são registradas absolutamente todas as ocorrências, fornece
memória à empresa. O processo de data mining pode ser considerado uma etapa de outras
formas de descobrimento do conhecimento em banco de dados (KDD – Knowledge
Discovery in Data Base), envolvendo Inteligência Artificial – IA e banco de dados. O termo
KDD é definido como o processo não trivial de extração de informações implícitas,
previamente desconhecidas e potencialmente úteis, a partir dos dados armazenados em um
banco de dados.
Para que o processo de KDD seja realizado são necessários 5 passos: a definição de
objetivos, a preparação dos dados, o data mining, a interpretação e avaliação dos resultados
e a fase de utilização do conhecimento.
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Figura 32 – Etapas de um processo KDD de Berry e Linoff - Fonte: Adriaans e Zantige
(1996)
A Figura 32 apresenta as 6 etapas do KDD, iniciando pela (1) coleta de dados armazenados
em um banco de dados, de onde são (2) selecionados os dados que constituem os dados
alvo do assunto pesquisado, que são (3) processados para sofrer uma ação de limpeza de
não conformidades com os limites esperados para aquela seleção, sendo posteriormente (4)
transformados em estruturas dos (5) algoritmos de mineração, que identificarão padrões a
serem disponibilizados para analistas de informação que avaliarão o conhecimento obtido.
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Antes de dar continuidades aos seus estudos é fundamental que você acesse sua
SALA DE AULA e faça a Atividade 2 no “link” ATIVIDADES.
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U NIDADE 21
Objetivo: Conhecer o funcionamento da Tecnologia Workflow.
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Define-se como um conjunto de ferramentas que têm por finalidade automatizar processos,
racionalizando-os e, conseqüentemente, aumentando sua produtividade por meio de dois
componentes implícitos: organização e tecnologia. É o fluxo de controle e informação num
processo de negócio, possibilitando a análise do acompanhamento, compressão e
automação de atividades e tarefas baseadas em informação. Dessa forma, a tecnologia de
workflow, na medida em que representa a coordenação e o controle dos processos
organizacionais, torna-se um apoio importante para o novo modelo de gestão empresarial.
Companhia Clientes
Segurança;
Respeito a procedimentos;
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Aumento das vendas;
Sistema de alertas;
Controle da qualidade;
Estas são algumas das questões que normalmente nos deparamos em qualquer processo de
negócio em uma empresa. O gerenciamento eficiente dos processos é fundamental para a
empresa competir com vantagem diante de um mercado altamente competitivo. A integração
com outras tecnologias é fator fundamental para a composição de um pacote com todas as
informações que devem compor o processo, sejam elas Imagens, Páginas de Relatórios,
Planilhas de Cálculos, Textos, Formulários Eletrônicos, etc.
Tipos de Workflow
Workflow ad-hoc - São produtos indicados para serem utilizados em processos não
estruturados. O processo segue seu caminho quando alguém o encaminha para outro ponto
do fluxo, isto chama-se roteamento ou desvio. Os produtos de Groupware encaixam-se neste
modelo. É uma forma eficiente para racionalização do processo de comunicação na empresa
e, em muitos casos, pode ser o primeiro passo para a implantação de tipos mais elaborados
de workflow.
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Figura 33 - Exemplo de Workflow representando um sistema de atendimento on-line
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A disseminação da tecnologia de workflow, aliada ao apoio proporcionado à gestão do
conhecimento, permite às organizações a automatização dos relacionamentos entre
usuários, informações e processos; o compartilhamento de experiência e especialização dos
colaboradores da organização; e contribui para o gerenciamento do ambiente tecnológico na
conversão do conhecimento em suas quatro fases (socialização, externalização, combinação
e internalização).
CRUZ, Tadeu. Workflow a tecnologia que vai revolucionar processos. São Paulo: Atlas, 1998.
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U NIDADE 22
Objetivo: Identificar os elementos que compõem um Portal do Conhecimento.
Uma maneira de facilitar o trânsito desses ativos nos processos organizacionais pode ocorrer
pela integração das estratégias organizacionais, das pessoas e das informações em um
portal visando gerar, compartilhar, utilizar e armazenar o conhecimento tanto da organização
como das pessoas que a compõem. A implantação de portais nas organizações ainda
constitui em um grande desafio. Por um lado, devido ao seu custo de implantações; por
outro, pela sua baixa utilização.
Entre os que trabalham com foco tecnológico, destacam-se Shilakes, Tylman e Collins (2003)
que consideram os portais aplicações que permitem às organizações liberar informações
armazenadas interna e externamente, provendo aos usuários um local de acesso e
compartilhamento das informações importantes para apoiar a tomada de decisões,
independentemente da localização física destas e de sua formatação. Para eles, os portais
são a combinação dentro e fora da organização, incluindo business intelligence, gestão do
conhecimento e data warehousing.
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Um portal é um meio de acesso integrado, fornecendo um ponto único para disponibilização
de informações e serviços. Portais são ambientes ricos de trabalho virtual, e não apenas
ferramentas de disseminação de informação. Com isso, o portal passa a ser um espaço
informacional de trabalho compartilhado que facilita os processos de criação, intercâmbio,
retenção e reuso da informação e do conhecimento, facilitando tudo o que seja necessário
aos trabalhadores do conhecimento. É composto por um espaço de conteúdo para facilitar o
acesso e a recuperação de informação: por um espaço de comunicação, para suportar a
negociação de interpretações e significados coletivos e por um espaço de coordenação para
permitir a ação e o trabalho cooperativo. Para Desde o final da década de 1990 o termo
portal tem sido utilizado para designar um novo enfoque da Intranet.
• de informações ou de conteúdo;
• de negócios;
• de suporte à decisão;
• de especialistas;
• cooperativo;
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• de informações gerenciais; e
• do conhecimento.
Portal do Conhecimento
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gerenciamento de documentos, automação de escritórios, groupware, workflow, mapas do
conhecimento, mecanismo de busca, personalização e sistemas de bussines inteligence.
Processos
Estratégia
Informações
Pessoas
Figura 34 – Proposta de Portal do Conhecimento.
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Na proposta apresentada por Angeloni, Texeira e Reis (2008), utiliza-se de processos
organizacionais, considerando que estes são regidos por estratégias que envolvem pessoas,
geram e utilizam informações, integrando todas as atividades relacionadas ao conhecimento
organizacional. Além disso, os processos permeiam todas as organizações, mesmo as não
estruturadas em processos, pois são formas de agrupar as atividades organizacionais
conforme uma lógica procedural.
Dessa forma, estruturar o portal por processos facilita a visualização de quais estratégias
regem os processos, quais pessoas possuem conhecimento sobre eles e quais informações
são geradas e utilizadas durante a sua execução. Em relação aos pilares apresentados na
figura:
a) Estratégia
b) Pessoas
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Algumas ações existentes para potencializar o conhecimento tácito e torná-lo acessível aos
demais integrantes da organização que tem por objetivo identificar o conhecimento tácito
sem a necessidade de sua explicitação, ou seja, possibilitando a sua acessibilidade por meio
da interação social. Essas ações estão relacionadas abaixo:
• PÁGINAS AZUIS – uma página azul é semelhante a uma página amarela. A grande
diferença entre uma e outra é que as páginas azuis contêm informações sobre
pessoas externas à organização (excolaboradores, consultores, fornecedores,
clientes, etc.). Pela saída dos especialistas para outra organização e por
aposentadoria as páginas azuis têm como objetivo definir uma base de dados com
informações referentes a essas pessoas, constando o conhecimento de um
determinado indivíduo e a forma de contatá-los quando necessário.
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são extremamente importantes para que as organizações possam suprir suas
necessidades de ativos de conhecimento frente às necessidades de acompanhar um
mercado cada vez mais dinâmico.
A tradição oral não é suficiente para transmitir o conhecimento de uma organização. Algumas
maneiras de formalização do conhecimento que possibilitam armazenar conhecimentos
explícitos, denominados por muitos autores como informação, são apresentadas no pilar
referente às informações como fonte de conhecimento. A seguir algumas ações utilizadas
para registrar os conhecimentos explícitos.
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• BASE DE MELHORES PRÁTICAS – consiste na criação de uma base na qual
constam as experiências bem sucedidas vivenciadas pelos integrantes da organização
e que podem ser reutilizadas em outras partes da empresa, evitando a constante
reinvenção da roda. Um dos objetivos é compilar as melhores práticas dentro ou fora
da organização. Essas práticas geralmente são armazenadas em bases de dados
eletrônicos para serem compartilhadas por toda a organização.
Dica: Caso queira conhecer um portal entre nos links relacionados abaixo:
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U NIDADE 23
Objetivo: Descrever as Comunidades de Prática e suas etapas de implementação.
A idéia de comunidade de prática não é nova. Ela foi nossa primeira estrutura de base de
conhecimento social. Basta retroceder ao tempo em que os homens viviam em cavernas e
reuniam-se em torno de fogueiras para traçar estratégias e desenvolver técnicas para
capturar presas. As comunidades de prática continuam a se proliferarem em cada aspecto da
vida humana. Cada organização tem sua própria história de práticas baseadas em
comunidades, formalmente reconhecida ou não. Sabe-se que o conhecimento tem se
tornado a chave para o sucesso, e ele é simplesmente um recurso muito valioso para ser
deixado ao acaso. Cultivar comunidades de prática em áreas estratégicas é de fato um modo
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de gerenciar o conhecimento como um bem, de uma forma sistemática como as pessoas ou
organizações fazem com outros bens, ou propriedades.
A Etapa de Descobrir e Imaginar - começar a pensar como a comunidade pode ser mais que
apenas uma rede de conexões pessoais, e sim gerar valores, identificar quem está envolvido
e onde cada um das pessoas é forte. Nesse momento, talvez ainda seja difícil definir se essa
será uma comunidade presencial, virtual ou presencial/virtual. Mas a escolha de uma base
(local) é fundamental, já que reunir pessoas de diferentes locais não é uma atividade
simples. Muitos dos valores gerados pela comunidade atraem novos membros e estar em
um local onde esses valores possam ser identificados sem realizar grandes esforços
contribui para que pessoas procurem e integrem a comunidade.
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pessoas com experiência no domínio definido para a comunidade, experiência em
relacionamentos.
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b) Cultivar a Comunidade - criação, organização e execução de algumas atividades
podem auxiliar nessa passagem, como a formação inicial dos membros novatos,
através de mini-cursos, workshops ou mesmo palestras, ajudando na consolidação de
uma base de pessoas para suportar interesses como a expansão da comunidade.
Criar um Web site e uma lista de discussão é fundamental para a integração e
interação do grupo.
Realizar pelo menos um evento ao ano de forma a reunir todos os membros da comunidade
e pessoas interessadas em conhecer e compartilhar sobre os tópicos abordados;
Organizar caravanas para eventos em outros lugares, palestras, fóruns e aulas são também
ações interessantes.
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pequeno de membros que participam ativamente de debates, fóruns, eventos
promovidos pela comunidade e lançam questionamentos, dão sugestões e conselhos,
propõe soluções e sugere novas idéias.
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b) Identificar Necessidades de Conhecimento e Desenvolver um Cronograma de
Aprendizado - o grupo principal - motivado pelos coordenadores - precisa estar
analisando a comunidade de forma a identificar áreas onde seus membros
coletivamente necessitam desenvolver mais conhecimentos. Esse tipo de análise não
se realiza somente através da lista de discussão, pois esta não é suficiente As
reuniões semanais e mensais também geram bastante proximidade para essa tarefa.
Além da identificação das áreas, é importante identificar os membros que podem
auxiliar nesse compartilhamento, seja através de cursos (presenciais ou on-line),
palestras ou disponibilização de materiais (manuais e/ou tutoriais).
e) Manter o Foco nas Atualidades - faz-se necessário avaliar variáreis exógenas quando
do surgimento (ou criação) de uma comunidade de prática bem como da sua
estruturação e gestão. Os coordenadores precisam estar conectados com os
membros do grupo principal e os membros mais avançados, para ter certeza de que
os interesses desses membros continuam sendo supridos, pois os interesses são
fortemente baseados em novidades, principalmente quando relacionados a
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conhecimento. Mais uma vez, é identificada a necessidade de se ter um aparato para
receber os novatos, pois esses não podem ser esquecidos (garantem a existência da
comunidade), mas, por outro lado, eles não podem ter toda a atenção.
Isso de certa forma registra toda a memória do grupo, como eventos realizados,
assuntos abordados em reuniões, discussões geradas em listas, andamento de
projetos e conteúdo dos treinamentos ministrados. A utilização de um sistema de
portal agregado a um gerenciador de conteúdo facilita a disponibilidade do material
audiovisual das palestras, as gravações dos conteúdos discutidos em reuniões,
sistema de fórum e os projetos desenvolvidos pela comunidade.
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b) Momento de Sustentação - manter o equilíbrio dentro da comunidade é essencial,
como, por exemplo, ter um fluxo corrente de novas idéias e relacionamentos. Mas
simplesmente aceitar novos membros e novas idéias quando esses extrapolam os
limites da comunidade pode ser perigoso. Os coordenadores precisam estar atentos
para a oscilação de energia dentro da comunidade e tomar atitudes para auxiliar
nesse tipo de problema, encontrando demandas nas mudanças do seu ambiente de
modo que preserve ou mesmo desenvolva seu senso de proteção.
e) Recrutamento Ativo de Novas Pessoas para o Grupo Principal - nessa etapa, muitos
dos membros existentes na comunidade já contemplam um certo grau de maturidade.
Uma atividade necessária e que compete aos coordenadores é identificar esses
possíveis membros para participarem do grupo principal (isso também depende da
disponibilidade e vontade desses membros).
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devem procurar por sucessores, principalmente quando a energia do grupo chega ao
fim. A substituição da coordenação pode trazer um novo rumo para a comunidade.
g) Guiar Novos Membros - essa pode ser uma das principais atividades de uma
comunidade de prática, pois auxilia os novatos a identificar direções dentro do grupo e
guiá-los para tópicos que os interessarão. Os novatos serão preparados para
participar do grupo de forma a contribuir para a evolução do trabalho que é realizado.
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U NIDADE 24
Objetivo: Compreender as características e funcionalidade das Redes de Valor para as
organizações.
As Redes de Valor são definidas por Tapscott et al (1999) como uma rede de fornecedores,
distribuidores, provedores de serviços e clientes que conduzem as transações e
comunicações comerciais através das tecnologias de comunicação e informação (TCIs) com
o objetivo de produzir valor para os consumidores finais e para os membros da Rede. A fonte
de valor para estes modelos de negócios é a inovação. Então, além de concentrar os seus
esforços em realizar suas competências essenciais, as empresas na Rede de Valor devem
entregar aos seus clientes algum tipo de inovação – em produtos e/ou serviços.
Tapscott et al (1999) propõem uma taxonomia para as Redes de Valor baseada em duas
dimensões primárias: controle econômico (hierarquia e auto-organização) e transformação
de valor (alta ou baixa). Por utilizarem-se da Internet para realizar suas transações
comerciais, as Redes de Valor, muitas vezes, são confundidas com websites, o que é um
grande erro. Os websites são apenas mais uma ferramenta para a concretização destas
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transações. Quanto mais uma Rede de Valor é hierárquica, maior é a responsabilidade que
ela possui em controlar o conteúdo que circula na rede, a precificação dos produtos e
serviços e o fluxo das transações. Estes autores sugerem cinco tipos de Redes de Valor:
Ágora, Agregação, Cadeia de Valor, Aliança e Redes de Distribuição.
• Identificar parceiros que vão lhes fornecer acesso ao mercado, no que diz respeito aos
canais de venda que são as alianças de posicionamento. Essas alianças ajudam as
organizações a entrar em novos mercados ou a expandir os já existentes.
Com relação ao grau de integração de valor, as B-Webs podem variar de baixo a alto.
• Quando elas não mudam a natureza dos produtos oferecidos, seu grau de “integração
de valor” é baixo.
O site de leilões iBazar é um exemplo de rede de valor do tipo Àgora, que permite a
interação direta entre compradores e vendedores, com o mínimo de interferência do
administrador do site. No modelo Ágora, os preços são acertados ou determinados em
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tempo-real, através de negociações, quer por leilões ou por trocas um-pra-um ou um-pra-
muitos.
Auto-organizado
Ágora Aliança
Integração de Valor
Baixa
Alta
• No modelo de “Agregação”
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• O modelo “Cadeia de Valor”
É especial, pois elas se encontram no meio dos eixos de controle e integração de valor dos
modelos de negócios. Estas redes de valor provêem a ligação social e econômica essencial,
transferindo e provendo serviços de transmissão entre as demais redes.
• A B-Web “Aliança”
Assemelha-se a uma banda de jazz, na qual o líder de contexto estabelece a direção, mas
cada participante contribui independentemente para uma experiência de valor total.
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Muitas B-Webs acrescentam Alianças ao seu mix de negócios para realçar suas propostas
de valor com efeitos redes, aumentando os benefícios para todos os participantes. Um
exemplo pioneiro de b-Web Aliança é a rede de desenvolvedores do software Linux.
Dessa forma, uma rede de valor deve trabalhar para que os objetivos estratégicos sejam
compreendidos claramente e alcançados, beneficiando todas as empresas que a compõem.
As alianças multilaterais estabelecidas entre os membros da rede devem estar apoiadas em
uma estratégia de negócios.
A infraestrutura de uma rede de valor possui todos os fatores humanos e organizacionais que
determinam o sucesso de qualquer operação da organização virtual, bem como, as
tecnologias de comunicação e informação, que permitam a realização à distância das
operações da organização virtual. As tecnologias de comunicação e informação encontradas
nas organizações virtuais são: (a) Internet, intranet, extranet, (b) Groupware e (c)
Videoconferência.
Possuir uma infra-estrutura tecnológica é para as redes de valor a maneira mais efetiva de
permitir a qualidade da comunicação entre os membros da rede. O uso do e-mail, de listas
de discussão, softwares de groupware e videoconferência contribui para a comunicação
dentro da rede, mas exige dos participantes da rede uma cultura pré-estabelecida para a
efetiva utilização destas tecnologias. A cultura é outro fator crítico de sucesso para a rede de
valor. A chave para a criação de uma rede de valor é muito mais humana do que tecnológica.
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Parte-se do pressuposto de que tanto empresas como as pessoas envolvidas na rede devem
“sentir-se” interdependentes, participando de uma rede que possui procedimentos e regras
indutores de um ambiente colaborativos. Todos os participantes do grupo devem estar
cientes de seus direitos e deveres dentro da rede, conhecendo os benefícios e os riscos que
este tipo de parceria representa. A organização exige de seus participantes uma consciência
muito grande do objetivo do empreendimento, visto que poucas são as vezes que foram
encontradas relações contratuais entre as parceiras.
É esta mesma cultura existente nas empresas-membro que vai determinar outro fator crítico
de sucesso das redes de valor: a atitude colaborativa. Como cada parceiro contribui com a
sua excelência, isto é, a sua competência essencial, é fundamental que cada membro tenha
mapeado seus pontos fortes e fracos para saber com certeza de que forma poderá colaborar
com o grupo e que tipo de contribuição pode buscar nos parceiros.
A confiança pode tomar três dimensões básicas: cognitiva, afetiva e comportamental, com a
força de cada dimensão sendo totalmente dependente do tipo de relacionamento existente
entre quem confia e em quem a confiança é depositada. Os benefícios da confiança tendem
a ser de longo prazo, mesmo quando as redes de valor estabelecidas são temporárias e não
pretendem voltar a associar-se.
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A descentralização da decisão concentra-se na administração por resultados, facilitando a
diferenciação entre indivíduo e organização, questão fundamental para a rede de valor
devido à dispersão geográfica.
Dica: visite a Rede de Valor Ibazar e identifique os serviços oferecidos aos seus usuários.
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U NIDADE 25
Objetivo: Descrever as características dos Sistemas Baseados em Conhecimento.
Nos últimos anos tem surgido vários Sistemas Baseados em Conhecimento (SBC) dirigidos a
várias áreas. Os SBCs possuem conhecimento específico como requisito indispensável na
resolução de problemas complexos. Existem problemas em que os seres humanos são
melhor sucedidos do que as máquinas, assim, para que a máquina resolva este tipo de
problema, o sistema deve ter o conhecimento que o ser humano tem para resolvê-los.
Um outro fator é que os computadores são melhores que os seres humanos em relação à
velocidade e consistência que executam certas tarefas. Porém, para que os computadores
desempenhem tarefas para as quais o ser humano é melhor, devemos muní-lo de
conhecimento especializado comparável ao que um especialista humano possui. Sendo
assim aparece mais uma ferramenta para agregar valor nos processos de gestão do
conhecimento.
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sentenças em uma linguagem de representação, que modelam o problema que se
deseja resolver;
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Para que um SBC possa desenvolver capacidade de raciocínio e possua método para
resolução de problema, é relevante ter em seu extrato:
• estratégia de raciocínio.
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Dessa forma, os Sistemas de Informação Convencional e os Sistemas de Informação
baseados em Conhecimento diferem em como são organizados, como incorporam
conhecimento e como executam.
Dica: Está disponível na pasta Material Complementar o artigo Uma arquitetura para
sistemas baseados em conhecimentos interativos.
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U NIDADE 26
Objetivo: Compreender o processo de Gerenciamento Eletrônico de Documentos nas
Organizações.
Segundo Guns (1998) Nos últimos 30 anos do século XX, foram produzidas mais
informações do que nos cinco mil anos anteriores. Uma edição de dia de semana
do The New York Times contém mais informações do que um cidadão médio do
século XVI poderia obter em toda a vida; o volume de informações disponível
dobra a cada cinco anos.
Com a crescente quantidade de informações, cada vez mais são gerados documentos em
papel de forma mais rápida e eficiente.
De acordo com estudos da Association for Information and Image Management International
– AIIM 95% das informações, nos Estados Unidos, estavam em papel em 1990 contra 92%,
de um volume muito maior de informações em 2000.
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Essa avalanche de papel gera, a cada dia, vários problemas para os profissionais que
dependem das informações neles registradas. Como exemplo pode-se citar a Figura 37.
O GED enquanto tecnologia permite, dentre outras coisas, evitar a duplicação abusiva de
documentos; classificar segundo diversos critérios cruzados; autorizar o acesso a
informações e conhecimentos pertinentes; conter dados não vinculados por papel, como
vídeo/som; acabar com o problema de tempo e lugar; programar novos modos de navegação
não-linear; permitir e melhorar a segurança e a perenidade dos arquivos.
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• Voz: informações e conhecimentos gerados de forma oral. Cada vez mais informações
e conhecimentos orais estão deixando o caráter informal e assumindo importância no
mundo dos negócios. Como exemplo uma pessoa solicita uma refeição, aplica no
banco e altera a sua apólice de seguro utilizando o recurso de voz, por meio de
alguma mídia;
• Imagem: informações e conhecimentos que não podem ser representados nas formas
anteriores (mapas, fotografias, assinaturas).
O GED visa a gerenciar o ciclo de vida das informações e dos conhecimentos desde sua
criação até o seu arquivamento. As informações e os conhecimentos podem, originalmente,
estar registrado em mídias analógicas como o papel, ou digitais, que serão tratadas pelos
computadores em todas as fases de sua vida. Podem também ser criadas em mídias
eletrônicas (Figura 38).
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O Cold cuida do gerenciamento de relatórios oriundos de sistemas de processamento de
dados. Armazena arquivos e permite a recuperação por diversos índices e a sua
apresentação nas mais diversas formas: servidor de fax, monitor, impressora. Um dos usos
mais populares dos sistemas Cold é o armazenamento de extratos de conta corrente;
segunda via de notas fiscais e relatórios contábeis.
Para iniciar a caracterização do GED, pode-se definir que o ciclo de vida das informações e
dos conhecimentos é gerenciado por dois macrogrupos de soluções:
Essa mesma página impressa e depois captada por um scanner ocupará, no mínimo, dez
vezes mais área de armazenamento, devido à forma interna de representação da
informação.
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As tecnologias utilizadas para exibir as informações e conhecimentos nos sistemas de
gerenciamento de imagens de documentos são: monitores de alta resolução, com tamanho
que permita exibir um documento A4 por inteiro e, para impressão, impressoras com
resolução e memória suficiente para poder reproduzir a imagem. Na saída em sistemas de
processamento de dados, obtemos a informação representada por meio de tipos de
impressão. Já em sistemas de gerenciamento de imagens de documentos, a informação é
produzida fielmente.
Todo esse processo precisa de hardware especifico, como scanners para a captação, discos
ópticos para o armazenamento, jukebox para armazenamento de grandes volumes, placas
de compreensão para a otimização do tráfego de rede e de armazenamento. Para
implementar um sistema GED é necessário unir novos recursos tecnológicos com os já
existentes nos tradicionais sistemas de processamento de dados.
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U NIDADE 27
Objetivo: Descrever os tipos de ferramentas e mídias para aplicação de Gerenciamento
Eletrônico de Documentos
Essa tecnologia gerencia documentos para efeito da certificação ISO 9000 e fórmulas de
produtos farmacêuticos com o objetivo de apontar todas as propriedades do documento.
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ser integradas em programas tradicionais de processamento de dados, permitindo o acesso
a funções de imagem a partir destes.
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As tecnologias de OCR e ICR podem ser aplicadas a formulários desenvolvidos com o
objetivo de efetuar uma automação de entrada de dados destes. Os produtos que fazem
esse tipo de processamento são chamados de forms processing, ou seja, processamento de
formulários, em que o campo a ser reconhecido é localizado, e então se faz o
reconhecimento e o eventual batimento contra uma tabela de possíveis alternativas para
detectar eventuais inconsistências. Como por exemplo, do uso desses tipos de recursos,
pode-se citar a carga de bases de banco textuais, a entrada de dados de informações de
formulários de cadastro, questionários, cheques.
Outra ferramenta, O FTR (Full Text Retrieval) é um recurso para recuperar documentos a
partir de qualquer palavra do seu conteúdo para tanto os documentos são digitalizados e
submetidos a um processamento de OCR para extração de seu conteúdo e criação da base
de índices. Existem produtos de FTR independentes ou integrados a soluções de imaging ou
gerenciamento de documentos. Entre os usos de FTR, pode-se citar a criação de bases de
informações sobre setores econômicos, legislação e seleção e recursos humanos.
O Cold (Computer Outpout to Laser Disc ou Computer Online Data) cuida do gerenciamento
de relatórios oriundos de sistemas de processamento de dados. Armazena arquivos e
permite a recuperação por diversos índices e a sua apresentação nas mais diversas formas:
servidor de fax, monitor, impressora. Um dos usos mais populares dos sistemas Cold é o
armazenamento de extratos de conta corrente; segunda via de notas fiscais e relatórios
contábeis.
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Para desenvolver o GED pode-se ter combinações de produtos/ferramentas, tais como:
integração do CAD (vector) com imagin (raster); imaging com estrutura de recuperação Full
Text Retrieval, em que os índices foram obtidos com o uso de OCR; imaging com Cold e
workflow de produção com imaging.
Pode-se observar que são várias as tecnologias que podem ser aplicadas ao GED. Para
selecionar qual deverá ser implementada na organização deve-se realizar uma análise
detalhada por um profissional habilitado para identificar todas as necessidades do projeto,
bem como, conhecer as características das mídias para GED.
Discos Ópticos com o mesmo padrão de leitura do CD-ROM. Porém, a gravação dessa mídia
pode ser feita em instalações próprias.
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c) CD-RW – Compact Disc – Digital Video Disc ou Digital Versatil Disc
Discos ópticos mais recentes que vêm sendo apontados como os subtítulos do CD. Possuem
exatamente a mesma dimensão do CD (4 ¾ polegadas). Podem ser gravados em uma face,
uma camada, uma face, duas camadas ou duas faces, duas camadas por meio de feixes de
laser mais fracos ou mais intensos. A capacidade máxima hoje anuciada no mercaod é de
4.7 GB para uma face, uma camada, 9 GB para uma face, dupla camada, 17 GB para duas
faces, duas camadas.
Essa sigla é utilizada para designer discos ópticos em que o processo de gravação é físico,
alterando a superfície destes. Essa gravação não pode ser alterada, tornando os discos
passíveis de ser gravados somente uma vez, mas com ilimitadas leituras. São encontrados
normalmente em tamanhos de 5 ¼, 12 e 14 polegadas, com capacidades variando de 650
MB a 25 GB.
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U NIDADE 28
Objetivo: Compreender o processo de Gerenciamento de Conhecimento a partir do
Gerenciamento Eletrônico de Documentos.
Em primeiro lugar a restrição natural da expressão imaging. Ela leva a todos a pensar
simplesmente em imagens de documentos, mesmo que a tecnologia seja muito mais que
isso.
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Dessa forma, o gerenciamento do conhecimento envolve o processo de obter, gerenciar e
compartilhar a experiência e a especialização dos funcionários utilizando-se de tecnologias
para alavancar isso de forma corporativa. O maior desafio das organizações é a captação do
conhecimento tácito, seu armazenamento e disseminação por meio das tecnologias
apropriadas.
Definição você define a melhor forma de se executar determinado processo para replicá-la
entre a sua força de trabalho. Essas melhores formas de se fazer as coisas precisam ser
guardadas.
Disponibilização não adianta deter o conhecimento sem compartilhá-lo com quem dele
efetivamente necessita. Essa disponibilização pode ser feita, por exemplo, via CD-R, DVD-R
ou HTML.
Infra-estrutura todos os componentes anteriores não têm sentido se não possuirmos uma
infra-estrutura que permita mapear inter-relacionamentos de pessoas e coisas. Para tanto,
podem ser utilizados banco de dados relacionais até intra/extranets.
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Explicitas Tácitas
O Práticas
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Como visto anteriormente, na verdade não existem novas tecnologias por trás de
gerenciamento do conhecimento e, sim, um novo conceito com novas aplicações. E, para
conseguir usufruir ao máximo esses conceitos, devemos utilizar melhor as ferramentas
disponíveis no mercado, como podemos observar a seguir:
O ECM, cuja definição é a mesma do que GED veio dar ao GED a “roupa” da internet e inclui
em sua conceitualização tecnologias de plataformas web. Passou também a considerar
questões como acesso, integração, segurança e, principalmente, a disponibilização das
informações corporativas em portais e intranets, bem como os mecanismos de publicação e
repositórios para o conteúdo não estruturado, o que implica, sem dúvida, utilizar de modo
adequado e integrado as demais tecnologias que compõem o GED/ECM.
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A grande estrela da transição do GED para o ECM é a palavra conteúdo. Em 2001, a AIIM
Internacional cunhou o termo e iniciou o trabalho de disseminação do conceito Enterprise
Content Management.
Além disso, todas as disciplinas precisam estar diretamente ligadas aos objetivos e
processos da organização. O uso de estratégia de gerenciamento do conteúdo e de
informações da empresa significa alavancar repositórios corporativos para crescer, ser
competitivo e sobreviver.
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RONDINELLI, Rosely Curi. Gerenciamento arquivistico de documentos eletrônicos. 4.ed.
Rio de Janeiro: FGV, 2007.
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U NIDADE 29
Objetivo: Entender o conceito e identificar os produtos gerados por meio do resgate de
memória organizacional.
Toffler (1997) ressalta que a memória social mantém-se viva quando é armazenada no
cérebro humano, ou seja, quando é ativada, pensada. Vale ressaltar que memória e história
não se equivalem.
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vestígios do passado em referências tangíveis. Desta forma, a memória torna-se a única
forma de apreender o tempo, recriar o passado e vislumbrar o futuro como conhecimento.
Nassar (2007) considera que uma dada história é uma narrativa individual, social ou
organizacional, estruturada a partir de memórias individuais, sociais ou organizacionais. Essa
construção é alicerçada naquilo que é relevante para cada indivíduo, grupo ou organização.
O material coletado a partir daí constitui a memória.
É relevante destacar que a história de uma empresa de uma empresa é sua identidade,
como diferencial de sua cultura organizacional. Dessa forma, a memória empresarial tem o
objetivo abrangente de “fortalecer o sentimento de pertença dos trabalhadores e das
comunidades em relação às organizações” (NASSAR, 2007, p.111). Além de humanizar
ambientes de trabalho, onde a exigência de altos padrões de produtividade e competitividade
esgotam as relações interpessoais.
Nassar (2007) relata que os grandes exemplos de preocupação com a história e memória
empresarial vêm de empresas de origem brasileira, aquelas nascidas ainda dentro de um
projeto de desenvolvimento nacional, que têm negócios que geram grande impacto no meio
ambiente, no econômico e no social, entre elas, a Petrobrás, a Vale do Rio Doce, a
Votorantim, a Odebrecht.
No Brasil, muitas empresas descobriram que máquinas e móveis antigos, fotos amareladas,
documentos quase esfarelados, relatos orais, fitas de áudio, filme e vídeo, aparentemente
sem utilidade, são um verdadeiro acervo de vantagens competitivas sobre aquelas
organizações que jogaram sua memória no lixo (NASSAR, 2007).
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Esse movimento histórico é denominado “Revolução Gerencial” de acordo com Ducker (apud
NASSAR, 2001, p. 43), no qual “o conhecimento está rapidamente se transformando no
único fator de produção, deixando de lado capital e mão-de-obra”.
• ampliar a credibilidade da empresa perante seus públicos, por explicitar seu passado
sólido;
• agregar valor;
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Assim, o trabalho de memória em uma organização contribui para fortalecer a imagem da
empresa pela divulgação de fatos vivenciados pela organização, em que se destacou pela
atitude ética, por sua responsabilidade social, pelos investimentos feitos em prol da
comunidade, por projetos educacionais desenvolvidos, entre outras ações positivas.
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b) Implantação de um Centro de Documentação e Memória
O CDM pode ser composto de diversos tipos de acervos, como: acervo áudio visual
(videoteca), bibliográfico, fotográfico, musicológico, de referência documental e virtual (fontes
referenciais, inclusive em suporte eletrônico, podendo abranger monitoramento da
concorrência), textual permanente, coleções (documentos que atestam aspectos particulares,
relacionados às linhas temáticas principais provenientes de diferentes origens) e bancos de
depoimentos (que pode ser em áudio/e ou vídeo).
Museus empresariais
Audiovisuais
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Arquivistas Historiadores
Documentalistas Jornalistas/escritores
Bibliotecários Designers
Além dos produtos relacionados descrito no parágrafo acima, podem ser desenvolvidos
também, subprodutos, como CD-ROM (como “Pessoas que fazem a “História”), vídeos
documentários ou históricos/institucionais; exposições; seminários, workshops; programas de
TV e rádios.
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U NIDADE 30
Objetivo: Entender o processo de certificação digital e seus beneficios.
Certificação Digital
A certificação digital tem trazido inúmeros benefícios para os cidadãos e para as instituições
que a adotam, tais como:
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• Não-repudio - é a garantia de que somente o titular do certificado digital poderia ter
realizado determinada operação.
Além disso, com a certificação digital é possível utilizar a Internet como meio de
comunicação alternativo para a disponibilização de diversos serviços com uma maior
agilidade, facilidade de acesso e substancial redução de custos. A tecnologia da certificação
digital foi desenvolvida graças aos avanços da criptografia nos últimos 30 anos.
A palavra criptografia tem origem grega e significa a arte de escrever em códigos de forma a
esconder a informação na forma de um texto incompreensível. A informação codificada é
chamada de texto cifrado. O processo de codificação ou ocultação é chamado de cifragem, e
o processo inverso, ou seja, obter a informação original a partir do texto cifrado chama-se
decifragem. O processo de cifragem e decifragem é realizado por programas de computador
chamados de cifradores e decifradores.
A assinatura digital certifica, para o destinatário, que quem efetua a transação é de fato o
individuo e garante também que não houve alteração do conteúdo da mensagem entre o
momento de sua emissão e o de recebimento. Assim, ela comprova que a pessoa foi quem
criou o documento ou concorda com um documento assinado digitalmente, como a
assinatura de próprio punho comprova a autoria de um documento escrito.
a) Assinatura Manuscrita - nos documentos eletrônicos não existe um modo simples para
relacionar o documento com a assinatura. Ambos são compostos apenas pela
representação eletrônica de dados, ou seja, por uma seqüência de bits (0s e 1s), que
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necessitam de um computador para a sua visualização e conferência. Na assinatura
digital, a assinatura gerada é diferente para cada documento, pois está relacionada ao
resumo do documento.
b) Assinatura Digital - apesar das diferenças, a técnica de assinatura digital é uma forma
eficaz de garantir autoria de documentos eletrônicos. Em agosto de 2001, a Medida
Provisória 2.200 garantiu a validade jurídica de documentos eletrônicos e a utilização
de certificados digitais para atribuir autenticidade e integridade aos documentos. Este
fato tornou a assinatura digital um instrumento válido juridicamente.
• chave pública;
• número de série.
Um exemplo comum do uso de certificados digitais é o serviço bancário provido via Internet.
Os bancos possuem certificado para autenticar-se perante o cliente, assegurando que o
acesso está realmente ocorrendo com o servidor do banco. E o cliente, ao solicitar um
serviço, como por exemplo, acesso ao saldo da conta corrente, pode utilizar o seu certificado
para autenticar-se perante o banco.
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Serviços governamentais também têm sido implantados para suportar transações eletrônicas
utilizando certificação digital, visando proporcionar aos cidadãos benefícios como agilidade
nas transações, redução da burocracia, redução de custos, satisfação do usuário, entre
outros.
A certificação digital traz diversas facilidades, porém seu uso não torna as transações
realizadas isenta de responsabilidades. Ao mesmo tempo que o uso da chave privada
autentica uma transação ou um documento, ela confere o atributo de não-repúdio à
operação, ou seja, o usuário não pode negar posteriormente a realização daquela transação.
Por isto, é importante que o usuário tenha condições de proteger de forma adequada a sua
chave privada.
Existem dispositivos que incrementam a proteção das chaves, como os cartões inteligentes
(smart cards). Eles se assemelham – em formato e tamanho – a um cartão de crédito
convencional. Os smart cards são um tipo de hardware criptográfico dotado de um
microprocessador com memória capaz de armazenar e processar diversos tipos de
informações.
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Com eles é possível gerar as chaves e mantê-las dentro de um ambiente seguro, uma vez
que as operações criptográficas podem ser realizadas dentro do próprio dispositivo. Alguns
usuários preferem manter suas chaves privadas no próprio computador. Neste caso, são
necessárias algumas medidas preventivas para minimizar a possibilidade de se comprometer
a sua chave privada. O certificado digital, diferentemente dos documentos utilizados
usualmente para identificação pessoal como CPF e RG, possui um período de validade. Só é
possível assinar um documento enquanto o certificado é válido. É possível, no entanto,
conferir as assinaturas realizadas mesmo após o certificado expirar.
Antes de iniciar sua Avaliação Online, é fundamental que você acesse sua SALA
DE AULA e faça a Atividade 3 no “link” ATIVIDADES.
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G LOSSÁRIO
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Business Webs ou B-Web - Uma B-Web é uma rede elaborada de ofertantes, distribuidores,
fornecedores de serviços comerciais e consumidores que conduzem as comunicações e
transações relacionadas ao negócio na Internet e em outras mídias eletrônicas (TCIs) de
forma a produzir valor para consumidores finais.
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tecnologia e pessoal. Existem ASP’s que fornecem um “package” completo de comércio
eletrônico.
Data Mart (centro de dados) - Uma base de dados com propriedades similares às de um
armazém de dados, menor. Estes centros de dados podem representar o estádio inicial para
criar um armazém de dados ou um subconjunto de informação contida em qualquer
armazém de dados existente, e em qualquer dos casos pode ser criado tanto a partir de tipos
específicos de dados ou a partir de conteúdos retirados de menos fontes de terceiros. Neste
último caso, onde se empregam diversos centros de dados, haverá falta de integração de
dados, o que resultará na sua duplicação e inconsistência quando explorados.
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concebida com o propósito de coligir, organizar e disponibilizar dados para análise. Os dados
coligidos têm quatro propriedades: referem-se a um tema em particular em vez de fazer às
operações a decorrer (orientada por tema); são integrados a partir de uma diversidade de
fontes (integrados); são identificados com um período de tempo específico (variante de
tempo); e são continuamente acrescidos sem nunca serem removidos (não voláteis). É à
base de uma BI de sucesso.
Data Warehouse - É uma base de dados que contém uma grande quantidade de informação
organizada para ajudar a organização na sua tomada de decisões. Um Data Warehouse
recebe atualizações em “batch” que podem ser provenientes de visitas on-line ou compras,
ou de transações com fornecedores. Está configurado para responder rapidamente com
informação sumarizada a inquéritos (queries) on-line. Devido ao seu complexo
desenvolvimento e gestão, são um dos serviços melhor fornecidos em formato ASP.
Endomarketing - é uma atividade do marketing, batizada em 1990 por Saul Bekin em seu
livro "Fundamentos do Endomarketing". “Endo”, originário do grego, significa posição ou ação
no interior, ou seja, “movimento para dentro”. Endomarketing é, portanto, um conjunto de
ações de marketing institucional dirigida para o público interno (colaboradores, fornecedores,
acionistas, vendedores, clientes).
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Enterprise Resource Planning (ERP)
Extranet - Área de uma intranet disponibilizada para acesso externo. Para o acesso exterior a
essa parte da intranet é necessário autenticação de entrada. Também designada outernet.
Fibra Óptica - Meio físico de transmissão (geralmente um cabo com vários pares de fibra de
vidro) em que a informação é transportada sob a forma de impulsos de luz. Permite débitos
binários muito elevados e os sinais transportados podem ser transmitidos a grandes
distâncias sem distorção. É o meio de transmissão mais utilizado em comunicações de
banda larga. O guia de ondas é constituído por silício. Uma fibra óptica tem geralmente 1/10
de milímetro de diâmetro. (Ingl. Optical fiber).
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Instant messenger, - Um mensageiro instantâneo (Portugal) ou comunicador instantâneo
(Brasil), também conhecido por IM (do inglês Instant Messaging), é uma aplicação que
permite o envio e o recebimento de mensagens de texto em tempo real. Através destes
programas o usuário é informado quando algum de seus amigos, cadastrado em sua lista de
contatos, está online, isto é, conectou-se à rede.
Intranet - Rede de dados interna (por exemplo, de uma empresa), que liga vários sítios
mediante protocolos normalizados de internet. Se ligada à internet, uma intranet encontra-se
protegida de utilizadores externos não autorizados, através de dispositivos de segurança
(e.g. firewall). Uma intranet não é mais do que uma pequena Internet privada, onde uma
Empresa disponibiliza a integração de serviços e aplicações e informação interna aos seus
colaboradores, de forma simples, segura, organizada e em tempo real. As aplicações
utilizadas numa intranet permitem reduções de custos significativos para as Empresas,
através da utilização de diversos serviços (e.g. e-mail, servidor web interno, publicação de
manuais).
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Knowledge Management (KM) - Em português Gestão do Conhecimento, é a prática e as
tecnologias relacionadas com a coleção, organização, partilha (ou disseminação) e análise
do conhecimento da empresa. As tecnologias que o KM recorre e utiliza são todas as
ferramentas relacionadas com o Business Intelligence (que inclui data mining e text mining,
processamento transacional on-line e data wharehousing; etc.).
Páginas HTML - expressão inglesa HyperText Markup Language, que significa Linguagem de
Marcação de Hipertexto) é uma linguagem de marcação utilizada para produzir páginas na
Web. Documentos HTML podem ser interpretados por navegadores. A tecnologia é fruto do
"casamento" dos padrões HyTime e SGML.
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Provedor do Cliente de Sistemas de Informação - Entidade independente de fornecedores de
software e de integradores de sistemas, e que assume o compromisso de apoiar e
assessorar o Cliente de Sistemas e Tecnologias de Informação, nas três grandes fases por
que passa cada projeto: aquisição, implementação e pós-implementação. Esta entidade
apoia o seu Cliente desde a construção dos requisitos de compra de um novo sistema ou
aplicação, até à avaliação dos ganhos de desempenho conseguidos com a exploração desse
novo sistema ou aplicação, passando pelo controlo de qualidade da sua implementação. É
uma entidade que acompanha o projeto, nunca substituindo a fornecedores de software ou
integradores de sistemas. É uma entidade com competência reconhecida na compreensão
do impacto da introdução ou modificação de um sistema de informação na vida de cada
empresa. É uma entidade com capacidade para acelerar a implementação, organizar a
documentação, e garantir a transferência do conhecimento e a boa utilização do novo
sistema ou aplicação informática pelo seu Cliente.
Servidor - Equipamento que proporciona um serviço de partilha numa rede informática. Pode
armazenar, por exemplo, toda a correspondência eletrônica relativa a um determinado grupo
de utilizadores (Ingl. Server).
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(normalmente fornecidas pelo usuário do sistema) sobre uma classe específica de problema
(ou domínio de problema).
Redes de Valor - são definidas por Tapscott et alli (1999) como uma rede de fornecedores,
distribuidores, provedores de serviços e clientes que conduzem as transações e
comunicações comerciais através das tecnologias de comunicação e informação (TCIs) com
o objetivo de produzir valor para os consumidores finais e para os membros da Rede.
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Wi-Fi - Wireless Fidelity - WLAN de domínio público ou privado, possibilitando ligações de
alto débito, sem fios, entre dispositivos móveis (e.g. PC portáteis) e pontos de acesso Wi-Fi
designados por Hot Spots. A especificação técnica para o Wi-Fi é a 802.11, existindo várias
variantes, sendo a mais comum a 802.11b que permite débitos até 11 Mbps (para uma
distância de até 300 metros, sem obstáculos).
WWW - World Wide Web - Trata-se do serviço mais conhecido na internet e é uma rede de
documentos multimédia interligados por hyperlinks. Deve ser utilizado um browser para
visualização.
Hemeroteca - (do grego heméra, que significa "dia", mais théke, que significa "depósito" ou
"coleção”), refere-se a qualquer colecção ou conjunto organizado de periódicos (jornais e/ou
revistas). Pode ser uma seção de biblioteca apenas reservada à conservação de material
escrito deste gênero, a uma coleção temática de recortes de jornais e revistas ou, mesmo,
uma base de dados, em suporte informático, com material proveniente deste tipo de
publicações.
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B IBLIOGRAFIA
ANGELONI, Maria Terezinha; TEIXEIRA, Fábio Leandro Moratti; REIS, Eduardo Sguario.
Portal do Conhecimento: integrando estratégias, pessoas e tecnologias. In: ANGELONI,
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CUNHA, Murilo Bastos da. Desafios na construção de uma biblioteca digital. Ciência da
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GARVIN, David et al. Aprender a aprender. HSM Management, São Paulo, n.9, p.58-64,
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HAMEL, Gary; PRAHALAD, C.K. Competing for the future. Harvard Business School Press,
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GUNS, Bob. A Organização que aprende rápido: Seja competitivo utilizando o aprendizado
organizacional. São Paulo: Futura, 1998.
MATTOS, João Roberto Loureiro de; GUIMARÃES, Leonam dos Santos. Gestão da
tecnologia e inovação: uma abordagem prática. São Paulo: Saraiva, 2005.
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MORESI, Eduardo Amadeu Dutra. Inteligência Organizacional:um referencial integrado.
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redes de negócios. São Paulo: MAKRON Books, 2001.
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TERRA, José Cláudio Gyrineu. Gestão do conhecimento: o grande desafio empresarial –
uma abordagem baseada no aprendizado e na criatividade. São Paulo: Negócio Editora,
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