Neste documento, Freud discute sua concepção psicanalítica da perturbação psicogênica da visão. Ele argumenta que tais distúrbios são causados pela repressão de desejos sexuais relacionados à visão, e não apenas por sugestão. Freud também afirma que as pulsões sexuais e do ego competem pelo controle dos órgãos, podendo levar à perda da visão quando as pulsões sexuais são fortemente reprimidas.
Neste documento, Freud discute sua concepção psicanalítica da perturbação psicogênica da visão. Ele argumenta que tais distúrbios são causados pela repressão de desejos sexuais relacionados à visão, e não apenas por sugestão. Freud também afirma que as pulsões sexuais e do ego competem pelo controle dos órgãos, podendo levar à perda da visão quando as pulsões sexuais são fortemente reprimidas.
Neste documento, Freud discute sua concepção psicanalítica da perturbação psicogênica da visão. Ele argumenta que tais distúrbios são causados pela repressão de desejos sexuais relacionados à visão, e não apenas por sugestão. Freud também afirma que as pulsões sexuais e do ego competem pelo controle dos órgãos, podendo levar à perda da visão quando as pulsões sexuais são fortemente reprimidas.
No captulo A concepo psicanaltica da perturbao da psicognese
da
viso
(Die
psychogene
sehstrung
in
psychoanalytischer auffassung), da obra Cinco Lies da Psicanlise,
Leonardo da Vinci e Outros Trabalhos (1910), Freud prope tomar o exemplo da perturbao psicognica da viso para demonstrar - sob a influncia dos mtodos de investigao psicanaltica - as modificaes que se operam na concepo dos indivduos acerca da gnese de distrbios como a cegueira histrica, considerada um tipo de perturbao psicognica visual. Segundo Freud, acreditava-se, de modo geral, que a gnese desses casos j seria conhecida, a partir de resultados das pesquisas da Escola Francesa (inclusive homens da categoria de Charcot, Janet e Binet), podendose, portanto, armar o mecanismo das perturbaes histricas, espontneas, da viso, baseados apenas no modelo de sugesto hipntica. Para ele, isto pareceria perfeitamente lgico e satisfaria qualquer pessoa que no levasse em considerao os numerosos enigmas que se escondem por trs dos conceitos da hipnose, da sugesto e da auto-sugesto. Para ele, observaes como essas levariam a distinguir os processos mentais conscientes dos inconscientes. De acordo com Freud, a psicanlise tambm aceitava as hipteses da dissociao e do inconsciente, porm os indivduos relacionavam de modo mutuamente diferente. Segundo ele, a psicanlise ressaltava que as represses dessa espcie desempenhavam um papel extraordinariamente importante na vida psquica humana, mas que poderiam tambm, muitas vezes, falhar e que essas falhas da represso constituiriam a precondio da formao de sintomas. Desse modo, as perturbaes psicognicas da viso dependeriam de certas idias relacionadas com o fato de a viso ser suprimida da conscincia, e do ponto de vista psicanaltico, haver-se-ia de admitir que tais idias entrariam em oposio a outras idias, mais poderosas, em relao s quais se adotou o conceito coletivo de ego ( um conjunto constitudo de modo heterogneo, em pocas distintas) e, por esse motivo, se encontrariam reprimidos.
Atenta-se, ento, a importncia das pulses na vida ideacional. Como
uma tentativa de explicar, Freud afirmava que uma parte extremamente importante desempenhada pela inegvel oposio entre as pulses que favorecem a sexualidade, a obteno da satisfao sexual, e as demais pulses que tm por objetivo a autopreservao do indivduo - as pulses do ego, que ameaado pelas exigncias das pulses sexuais e as desvia atravs de represses, e estas, no entanto, nem sempre produzem o resultado esperado, e, em face disso, levam formao de substitutos perigosos para o reprimido e a reaes incmodas por parte do ego. Freud postula que tanto as pulses sexuais como as pulses do ego tm, em geral, os mesmos rgos e sistemas de rgos sua disposio. O prazer sexual (libidinal) no possui relao apenas com a funo dos genitais. Quanto mais estreita a ligao de que um rgo contra com uma das principais pulses, mais ele se retrairia em relao ao outro, promovendo a perda do domnio do ego sobre seu rgo, que ficaria totalmente disponvel s pulses sexuais reprimidas. Quanto ao olho, costuma-se interpretar os obscuros processos psquicos implicados na represso da escoptofilia1 sexual e no desenvolvimento da perturbao psicognica da viso, como se uma voz punitiva estivesse falando de dentro do indivduo e dizendo Como voc tentou utilizar mal seu rgo para prazeres sensuais perversos, justo que voc nunca mais veja nada, e como se, desta maneira, estivesse aprovando o resultado do processo. Contudo, a psicanlise est pronta a admitir, e at mesmo a postular, que nem todas as perturbaes da viso devem ser psicognicas, como as que so provocadas pela represso da escoptofilia ertica. H, ainda, mais uma linha de pensamento que se estende aos ramos da pesquisa orgnica provenientes da psicanlise. Podem os indivduos a indagar-se se a supresso das pulses sexuais componentes, que determinada por influncias do ambiente, suficiente por si, para provocar perturbaes funcionais nos rgos, ou se deve haver condies especiais de sua constituio, para que os rgos se excedam em seu papel ergeno, buscando, consequentemente, a represso das pulses. Freud orienta que se observe tais condies como a 1Em portugus, Escopofilia: gosto por olhar; uma variante do voyerismo freudiano