Este trabalho versa sobre os textos de Tânia Quintaneiro e Maria Odila Leite da Silva Dias, O Mito da Dona Ausente e Quotidiano e Poder, respectivamente, ambos do livro Quotidiano e Poder em São Paulo do século XIX – Ana Gertrudes de Jesus -.
Este trabalho versa sobre os textos de Tânia Quintaneiro e Maria Odila Leite da Silva Dias, O Mito da Dona Ausente e Quotidiano e Poder, respectivamente, ambos do livro Quotidiano e Poder em São Paulo do século XIX – Ana Gertrudes de Jesus -.
Este trabalho versa sobre os textos de Tânia Quintaneiro e Maria Odila Leite da Silva Dias, O Mito da Dona Ausente e Quotidiano e Poder, respectivamente, ambos do livro Quotidiano e Poder em São Paulo do século XIX – Ana Gertrudes de Jesus -.
HISTRIA DO BRASIL I O MITO DA DONA AUSENTE / QUOTIDIANO E PODER Amilcar Barum e Julia da Silva Pereira
Este trabalho versa sobre os textos de Tnia Quintaneiro e Maria Odila
Leite da Silva Dias, O Mito da Dona Ausente e Quotidiano e Poder, respectivamente, ambos do livro Quotidiano e Poder em So Paulo do sculo XIX Ana Gertrudes de Jesus -. Para isso: - analisaremos como as mulheres de cada setor social diferenciado (escravas, forras, brancas, pobres e mulheres de famlias de classe alta) viviam suas vidas na sociedade brasileira escravistas, analisando qual o papel estava determinado para cada uma delas; - analisaremos se havia participao dessas mulheres fora do lar, para cada um destes setores e as formas e momentos em que ocorria; - analisaremos tambm quais as diferenas na viso de cada autora com respeito a participao das mulheres brancas na vida colonial e imperial. Tnia Quintaneiro, j em sua introduo ao texto mostra que o espao de sobrevivncia das mulheres pobres, brancas, escravas e forras, na cidade de So Paulo, estavam margem da sociedade dentro de um espao aceito pela sociedade de ento para as categorias consideradas como desclassificadas sociais. O crescimento da cidade trouxe o crescimento do nmero de mulheres pobres que podiam ser forras, brancas ou at mesmo escravas.Todas encontrando novas oportunidades para improvisar novos papeis informais. Observadores da poca descrevem as negras que carregam seus tabuleiros e trabalham sentadas nas caladas. Falam tambm de mulheres pobres que andam nas ruas que so lugares onde no so vistas mulheres das classes dominantes. Segundo comentava Velloso, em 1822, a cidade estava sobrecarregada de mulheres pobres. Essas mulheres moravam em casas e quartos de aluguel que eram pequenas construes de taipa, muito baixas, de telhado desabado, o piso era de terra socada. Em alguns lugares as casas estavam to abaixo do nvel da rua que era possvel ver a outra rua por cima dos telhados.
As mulheres pobres se concentravam em locais mais movimentados
onde podiam oferecer para estudantes e forasteiros seus servios de lavadeiras, cozinheiras e, em alguns casos, tratar de pequenos negcios tais como a venda de cera, enfeitarem as ruas para uma procisso, fabricao de sabo e outras tarefas. Algumas trabalhavam como lavadeiras e utilizavam os espaos prximos as pontes para realizao de suas tarefas, pelo menos at 1848 quando uma lei proibiu que fossem penduradas roupas nas guardas das pontes e enxaguar as roupas nos chafarizes pblicos. Algumas mulheres vidas da roa podiam ser vistas comercializando ovos, hortalias e peixe fresco. Nessa poca, cerca 36% das mulheres eram pobres que atuavam como chefe de famlia. Nessa sociedade predominavam as mulheres mais velhas que eram chefe de famlia, mulheres brancas. Nos bairros mais centrais moravam mulheres em condies financeiras um pouco melhores. Essas mulheres j possuam alguns escravos para o trabalho como costureiras. Entre as mulheres das classes mais altas, segundo Maria Odila, a nfase do cio feminino das mulheres paulista sugere antes a necessidade social de parecer no ter o que fazer; pequenos funcionrios, comerciantes reinis e mulheres de tropeiros prsperos ambicionavam a aura dos grandes da terra.