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Diante deste quadro seria preciso que o governo tomasse medidas urgentes para
evitar que a situao piorasse em 2016. Porm, no o que est acontecendo. Ao
contrrio, o PT partido que est na Presidncia da Repblica colocou a culpa do
fracasso de 2015 na conta do ex-ministro Joaquim Levy, dizendo que o
austericdio estava afundando a economia. Mas como os dados do Banco Central
mostram, no houve cortes de gastos no ano passado, mas sim o maior dficit
primrio da histria recente.
Como consequncia da deteriorao das contas pblicas, a Standard and Poor's
(S&P) rebaixou novamente a nota de crdito soberano do Brasil no dia 17 de
fevereiro, cinco meses aps o pas perder o selo de bom pagador pela mesma
agncia. O rating, que usado como referncia para os investidores estrangeiros
aplicarem recursos no Brasil, foi cortado em um nvel, passando de BB+ para BB,
com perspectiva negativa.
Como resposta ao pesimismo das agncias de avaliao de risco, no dia 19 de
fevereiro, o ministro do Planejamento, Valdir Simo, anunciou cortes de mais de 23
bilhes (0,4% do PIB) no oramento federal de 2016. Mas o ministro da Fazenda,
Nelson Barbosa, informou que neste ano o governo vai propor uma meta fiscal
flexvel. Que pode variar de um superavit de 24 bilhes at um deficit de cerca de
60 bilhes de reais nas contas pblicas.
Na prtica, o governo est dizendo que pode ter um dficit primrio de cerca de 1%
do PIB. Como a atividade econmica deve cair em torno de 4% em 2016, a dvida
vai aumentar rapidamente, complicando muito o quadro da economia brasileira. Por
exempo, o governo diz que existe um grande dficit corrente e atuarial na
previdncia. Mas o PT e as centrais sindicais dizem que a previdncia social
superavitria, pois os recursos constitucionais previstos esto sendo desviados para
outras rubricas. Ou seja, existe um dficit e o dficit crescente. Mas h