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Introdução
Siglas Utilizadas
DEPRECIAÇÃO ACELERADA INCENTIVADA
PROGRAMA DE ALIMENTAÇÃO DO TRABALHADOR (PAT)
PROGRAMAS ESPECIAIS DE EXPORTAÇÃO – BEFIEX
INCENTIVOS ÀS ATIVIDADES CULTURAIS OU ARTÍSTICAS
INCENTIVOS À ATIVIDADE AUDIOVISUAL
DOAÇÕES AO FUNDO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE
REDUÇÃO DO IR COMO INCENTIVO AO DESENVOLVIMENTO REGIONAL -
SUDENE E SUDAM
APLICAÇÃO DO IR EM INVESTIMENTOS REGIONAIS
PESQUISA TECNOLÓGICA E DESENVOLVIMENTO DE INOVAÇÃO TECNOLÓGICA DE PRODUTOS –
REVOGADO PELA LEI 11.196/2005
INCENTIVOS À INOVAÇÃO TECNOLÓGICA – A PARTIR DE 01.01.2006
INCENTIVOS AO DESPORTO
ADENDO: QUADRO RESUMO DOS LIMITES DE APLICAÇÕES EM INCENTIVOS
FISCAIS
Lucro da Exploração
INTRODUÇÃO
O presente Manual tem por objetivo apresentar os benefícios fiscais vigentes, na área do
Imposto de Renda.
è Observar que todos os exemplos são meramente ilustrativos. Para avaliação dos efeitos
monetários dos incentivos (real ou potencial), verificar a adequação dos cálculos à efetiva
realidade fiscal do contribuinte e legislação vigente à época.
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2 – Manual dos Benefícios Fiscais do IRPJ ©
COMO MANTER-SE ATUALIZADO NA LEGISLAÇÃO
Júlio César Zanluca é Contabilista e mora em Curitiba – PR. De 1986 a 2003 foi auditor e
consultor de várias empresas no Paraná e Santa Catarina. Atualmente, o autor é coordenador
de conteúdo do site Portal Tributário, tendo escrito várias outras obras, como 100 Idéias
Práticas de Economia Tributária, Manual do IRPJ – Lucro Real, Planejamento Tributário,
Cooperativas, Contabilidade de Custos, Gestão Tributária (esta última, em co-autoria com
Paulo Henrique Teixeira), entre outras.
SIGLAS UTILIZADAS
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3 – Manual dos Benefícios Fiscais do IRPJ ©
beneficiar da dedução dos incentivos de que trata este manual:
Por meio da Lei 8.191/91, art. 2, é permitida a depreciação acelerada, calculada pela aplicação
da taxa de depreciação usualmente admitida, multiplicada por dois, sem prejuízo da
depreciação normal, das máquinas, equipamentos, aparelhos e instrumentos novos destinados
ao uso da produção industrial incorporados ao ativo fixo do adquirente no período
compreendido entre 12 de Junho de 1991 e 31 de dezembro de 1993 e utilizados no processo
de produção.
Exemplo:
Nota: Conforme Portaria MFEP 596/91, os bens abrangidos por esse benefício são os que
constam do Anexo ao Decreto 151/91.
Por meio das Leis 8.383/91, art. 46, e 8.643/93, art. 22, é permitido às pessoas jurídicas
depreciar, em 24 quotas mensais, o custo de aquisição ou construção de máquinas e
equipamentos, novos, adquiridos entre 12 de janeiro de 1992 e 31 de dezembro de 1994,
utilizados em processo industrial da adquirente, inclusive máquinas e equipamentos objeto de
contratos de arrendamento mercantil (neste caso, o beneficio é da empresa arrendadora, ou
seja, da empresa de Leasing).
Exemplo:
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4 – Manual dos Benefícios Fiscais do IRPJ ©
R$ 240.000,00
dividido por 24 quotas = R$ 10.000,00
vezes 12 quotas de janeiro a dezembro = R$ 120.000,00
menos: valor já contabilizado como depreciação no ano (R$ 24.000,00) = R$ 96.000,00
Por meio do art. 103 da Lei 8.981/95, foi permitido às pessoas jurídicas com atividade
comercial de vendas de produtos e serviços promover depreciação acelerada dos equipa-
mentos Emissores de Cupom Fiscal (ECF) novos, adquiridos no período compreendido entre
12 de janeiro e 31 de dezembro de 1995.
Exemplo:
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5 – Manual dos Benefícios Fiscais do IRPJ ©
A depreciação acelerada equivale a valor correspondente à depreciação normal, sem prejuízo
desta.
O benefício é extensivo aos bens (relacionados no Anexo à Lei 9.493/97) objeto de contrato
de arrendamento mercantil, utilizados no processo industrial da empresa arrendatária. Nesse
caso, a depreciação acelerada pode ser utilizada pela empresa arrendadora, a quem cabe
proceder à depreciação.
Exemplo:
Nota: O benefício referido neste tem fica condicionado a comprovação, pelo contribuinte, da
regularidade quanto ao pagamento de todos os tributos e contribuições federais e não pode ser
usufruído cumulativamente com outros da mesma natureza.
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6 – Manual dos Benefícios Fiscais do IRPJ ©
Foi vedada a fruição deste beneficio (previsto nos artigos 320 e 494 do RIR/99)
cumulativamente com o de que trata o art. 500 do RIR, que permite a concessão ás empresas
titulares de PDTI de um crédito de parcela do imposto retido na fonte incidente sobre os
valores pagos, remetidos ou creditados a beneficiários residentes ou domiciliados no exterior,
a título de royalties, assistência técnica, científica, administrativa ou assemelhadas, e de
serviços técnicos especializados, previstos em contratos averbados nos termos do Código da
Propriedade Industrial, quando o programa se enquadrar em atividade industrial prioritária.
Exemplo:
Nota: os benefícios PDTI e PDTA foram revogados, a partir de 01.01.2006, pela Lei
11.196/2005.
Exemplo:
PROGRAMAS BEFIEX
Exemplo 1:
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7 – Manual dos Benefícios Fiscais do IRPJ ©
Depreciação incentivada (mesmo valor da contabilizada) R$ 15.000,00
Exemplo 2:
Exemplo:
R$ 240.000,00
dividido por 24 quotas = R$ 10.000,00
vezes 12 quotas de janeiro a dezembro = R$ 120.000,00
menos: valor já contabilizado como depreciação no ano (R$ 24.000,00) = R$ 96.000,00
Os bens do Ativo Permanente Imobilizado, exceto a terra nua, adquiridos por pessoa jurídica
que explore a atividade rural, para uso nessa atividade, podem ser depreciados integralmente
no próprio ano de aquisição.
Isso significa excluir do lucro líquido, no Livro de Apuração do Lucro Real (LALUR) (no ano
de aquisição), valor que, somado à depreciação normal (registrada na escrituração contábil),
resulte em 100% do custo de aquisição do bem.
Exemplo:
Depreciação de trator:
Valor de Aquisição: R$ 25.000,00
Valor da Depreciação Contábil no ano: R$ 5.000,00
Valor da Depreciação Incentivada (mediante exclusão no LALUR) R$ 20.000,00
Total da Depreciação Contábil + Incentivada: R$ 25.000,00
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8 – Manual dos Benefícios Fiscais do IRPJ ©
a) a agricultura;
b) a pecuária;
c) a extração e a exploração vegetal e animal;
d) a exploração da apicultura, avicultura, cunicultura, suinocultura, sericicultura,
piscicultura e outras culturas animais;
e) a transformação de produtos decorrentes da atividade rural, sem que sejam alteradas a
composição e as características do produto in natura, feita pelo próprio agricultor ou criador,
com equipamentos e utensílios usualmente empregados nas atividades rurais, utilizando
exclusivamente matéria-prima produzida na área rural explorada, tais como a pasteurização e
o acondicionamento do leite, assim como o mel e o suco de laranja, acondicionados em
embalagem de apresentação;
f) o cultivo de florestas que se destinem ao corte para comercialização, consumo ou
industrialização.
Desta forma, podem ser adotados os mesmos critérios aplicáveis à depreciação acelerada
incentivada para efeitos do Imposto de Renda.
Assim, no período de apuração em que o bem for adquirido, poderá ser excluído do lucro
líquido, para determinação da base de cálculo da CSL (a título de depreciação acelerada), o
valor que, somado ao da quota de depreciação normal, registrada na escrituração contábil,
resulte em 100% do custo de aquisição.
Nos períodos de apuração subsequentes, porém, deverão ser adicionadas ao lucro líquido, na
determinação do Lucro Real e da base de cálculo da CSL, as importâncias registradas na
escrituração contábil relativas às quotas de depreciação.
Exemplo:
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9 – Manual dos Benefícios Fiscais do IRPJ ©
b) a partir do período de apuração em que for atingido o limite mencionado em “a” (valor
total do custo de aquisição), o valor da depreciação normal, registrado na escrituração
comercial, deverá ser adicionado ao lucro líquido para efeito de determinação do lucro real.
Se a pessoa jurídica apurar lucro real referente a período inferior a 12 meses ou se houver
acréscimo de bem (beneficiado pela depreciação acelerada incentivada) ao Ativo no curso do
período-base, a quota anual deverá ser ajustada proporcionalmente ao número de meses.
As quotas de depreciação acelerada excluídas do liquido mediante ajuste lançado na Parte “A”
do devem ser registradas em folha própria da Parte "B" do mesmo livro.
a) o bem estará integralmente depreciado, para efeitos fiscais, a partir do momento em que a
soma da depreciação acumulada normal (registrada na escrituração contábil) com a
depreciação acelerada incentivada (excluída no Lalur) atingir 100% do custo de aquisição do
bem (corrigido até 31.12.1995, se for o caso);
b) para fins contábeis, no entanto, o bem ainda não estará totalmente depreciado e sua
depreciação continuará a ser registrada normalmente como custo ou despesa operacional;
Exemplo:
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10 – Manual dos Benefícios Fiscais do IRPJ ©
Em janeiro de 2000, determinada empresa rural tributada com base no lucro real anual
adquiriu, por R$ 50.000,00, um equipamento sujeito à taxa de depreciação normal de 10%.
Então os seguintes cálculos deverão ser procedidos:
a) em 2000:
Este valor será anualmente baixado na forma própria da Parte B do Lalur que controla o valor
excluído pelo incentivo em 2.000
Nota Importante:
EXERCÍCIOS:
a) Complete o quadro com o valor dos benefícios de exclusão do Lucro Real e/ou da base de
cálculo da CSL:
RESPOSTAS:
a)
b) Cálculo:
É permitido às pessoas jurídicas tributadas com base no lucro real deduzir do Imposto de
Renda devido, a título de incentivo fiscal, entre outros, o valor correspondente á aplicação da
alíquota do imposto sobre a soma das despesas de custeio realizadas no período em
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12 – Manual dos Benefícios Fiscais do IRPJ ©
Programas de Alimentação do Trabalhador (PAT).
Para cadastrar-se no PAT, a pessoa jurídica deve apresentar e registrar formulário junto ao
ECT ou enviar via internet constante no "site" do MTE (www.mte.gov.br), mantendo o
comprovante de postagem da agência ou o comprovante de adesão via internet. Estes
documentos têm validade por prazo indeterminado.
As empresas que firmarem o termo de adesão a partir de 2.000 não precisam renovar o
formulário, no entanto, aquelas que o fizeram antes, devem renovar o mesmo, que a partir
dessa renovação será válido por prazo indeterminado.
A documentação relacionada aos gastos com o Programa e aos incentivos dele decorrentes
deve ser mantida à disposição da fiscalização, de modo a possibilitar seu exame e confronto
com os registros contábeis e fiscais exigidos pela legislação pertinente.
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13 – Manual dos Benefícios Fiscais do IRPJ ©
QUALIDADE E TEOR NUTRITIVO DA ALIMENTAÇÃO
Na emissão dos documentos de legitimação, deverão ser adotados mecanismos que assegurem
proteção contra falsificação.
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14 – Manual dos Benefícios Fiscais do IRPJ ©
EXTENSÃO DO PROGRAMA
a) aos trabalhadores por ela dispensados, no período de transição para novo emprego,
limitada a extensão ao período de seis meses; e
b) aos empregados que estejam com o contrato de trabalho suspenso para participação em
curso ou programa de qualificação profissional, limitada essa extensão ao período de cinco
meses.
Empregados de subempreiteira
De acordo com o Parecer Normativo CST 08/82, a empresa empreiteira pode estender o PAT
aos empregados de subempreiteira que para ela trabalhem no mesmo canteiro de obras.
O benefício concedido aos trabalhadores que percebem até 5 salários mínimos não poderá,
sob qualquer pretexto, ter valor inferior àquele concedido aos de renda mais elevada.
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15 – Manual dos Benefícios Fiscais do IRPJ ©
Imposto de Renda sobre a soma das despesas de custeio realizadas na execução do PAT,
diminuída a participação dos empregados no custo das refeições.
1) uma vez, via contabilidade valor liquido dos gastos a título de despesa com o PAT, ressal-
tando-se que essa dedução não tem limites;
2) a segunda vez, pela dedução direta do imposto, obedecidos os limites determinados.
A pessoa jurídica que custear em comum com outra pessoa jurídica as despesas para a
execução do Programa de Alimentação do Trabalhador poderá beneficiar-se do incentivo
fiscal, porém, apurando-se o valor do incentivo pelo critério de rateio. (art. 6 do Decreto
05/1991).
A pessoa jurídica deve destacar contabilmente, com subtítulos por natureza de gastos, as
despesas constantes do Programa de Alimentação do Trabalhador (art. 7 do Decreto
05/1991).
Exemplo:
As despesas de custeio admitidas na base de cálculo do incentivo são aquelas que vierem a
constituir o custeio direto e exclusivo do serviço de alimentação, podendo ser considerados,
além da matéria-prima, mão-de-obra, encargos decorrentes de salários, asseio e os gastos de
energia diretamente relacionados com o preparo e a distribuição das refeições.
Desde 01.01.1998, a dedução direta no imposto, relativa ao incentivo ao PAT, fica limitada a
4% (QUATRO POR CENTO), do Imposto de Renda (sem a inclusão do adicional).
Exemplo:
Além disso, a dedução fica limitada a 4% do imposto devido (também sem a inclusão do
adicional), se for pleiteada em conjunto com o incentivo relativo a Programas de
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16 – Manual dos Benefícios Fiscais do IRPJ ©
Desenvolvimento Tecnológico Industrial/Agropecuário (PDTI/PDTA).
1) devido mensalmente por estimativa, ainda que calculado com base em balanços/balancetes
de suspensão ou redução do imposto mensal;
2) apurado com base no lucro real anual ou trimestral.
Para efeito de pagamento mensal do imposto por estimativa, a parcela do incentivo excedente
em cada mês pode ser utilizada nos meses subsequentes, do mesmo ano-calendário,
observados os limites legais.
A participação do trabalhador no PAT é limitada a 20% (vinte por cento) do custo direto da
refeição.
Bases: parágrafo 2o do artigo 585 do Regulamento IR/99 e art. 4 da Portaria SIT 3/2002.
Exemplo:
Aplicando-se sobre a base do incentivo (R$ 1,99) a alíquota do Imposto de Renda (15%),
encontra-se o limite dedutível por refeição (R$ 0,2985).
CÁLCULO DO INCENTIVO
1) aplicação da alíquota de 15% sobre a soma das despesas de custeio realizadas com o PAT;
2) R$ 0,2985 (15% de R$ 1,99), multiplicado pelo número de refeições fornecidas no período.
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17 – Manual dos Benefícios Fiscais do IRPJ ©
Exemplo:
Vamos supor que uma pessoa jurídica optante pelo pagamento mensal do imposto por
estimativa (portanto, sujeita ao lucro real anual) apresentasse, no mês de março, os seguintes
dados:
Observe-se que esse é o um valor menor do que os 15 0/o sobre a soma das despesas de custeio
(15% de R$ 5.000,00 = R$ 750,00). Portanto, prevalecerá o menor valor (R$ 746,25).
Note-se que, como este exemplo toma por base uma empresa que esteja pagando o IR mensal
por estimativa, o excesso apurado (R$ 346,25) poderá ser utilizado nos meses subsequentes
do mesmo ano-calendário, observados os limites legais.
EXERCÍCIOS:
1) 15.03.2001
2) 18.04.2001
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18 – Manual dos Benefícios Fiscais do IRPJ ©
( ) do Ministério do Trabalho
( ) do Ministério da Previdência e Assistência Social
( ) do Ministério da Fazenda
( ) do próprio contribuinte
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19 – Manual dos Benefícios Fiscais do IRPJ ©
Valor do Custo Direto (já descontado a participação dos trabalhadores) R$ 50.900,00
Número de refeições servidas: 26.400
IRPJ Devido (sem o adicional) R$ 104.000,00
RESPOSTAS:
b) do próprio contribuinte
c) 1, 3 e 4
d) 2
e) 1, 3 e 4
f) 2 , 3 e 5
g) 1
h) Cálculos:
i) Cálculos:
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20 – Manual dos Benefícios Fiscais do IRPJ ©
I – compensação de prejuízo fiscal verificado em um período de apuração com o lucro real
determinado nos 6 (seis) anos-calendário subseqüentes independentemente da distribuição dos
lucros ou dividendos a seus sócios ou acionistas, não estando submetida ao limite de
compensação de 30% (Lei 8.981/95, art. 95, e Lei 9.065/95, art. 1);
II – depreciação acelerada das máquinas, equipamentos, aparelhos e instrumentos novos, de
produção nacional, utilizados no processo de produção e em atividades de desenvolvimento
tecnológico industrial.
A depreciação acelerada de que trata o inciso II será calculada mediante a aplicação de 50%
(cinqüenta por cento) da taxa de depreciação usualmente admitida, sem prejuízo da
depreciação normal, das máquinas, equipamentos, aparelhos e instrumentos, novos, de
produção nacional, utilizados no processo de produção, ou em atividades de desenvolvimento
tecnológico industrial (Decreto-Lei 2.433, de 1988, art. 8, inciso V, e Lei 7.988/89, art. 1,
inciso IV).
Exemplo:
As empresas que tiveram projeto BEFIEX aprovado até 31.12.1987 tem isenção do imposto
de renda até o limite do lucro da atividade calculado com base no lucro da exploração, durante
a vigência do mesmo programa.
O Lucro da Exploração é calculado com base na receita, custos e despesas da atividade, com
os ajustes previstos na legislação do Imposto de Renda, e corresponderá a parcela isenta do
IRPJ.
Exemplo:
Os projetos aprovados até 28.12.1989 utilizavam como taxa de depreciação acelerada, taxa
igual à normal.
Exemplo:
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21 – Manual dos Benefícios Fiscais do IRPJ ©
Os projetos aprovados a partir de 29.12.1989 tiveram a taxa de depreciação acelerada
reduzida para 50% da taxa normal.
Exemplo:
EXERCÍCIOS:
b) Uma empresa teve o programa BEFIEX aprovado em 10.05.1992. Teve prejuízo fiscal em
31.12.1994. Qual o prazo limite para compensação deste prejuízo, sem limite de 30%?
RESPOSTAS:
a)
Cabe fruição do incentivo fiscal de dedução do Imposto de Renda devido por pessoas
jurídicas, tributadas com base no lucro real, que efetuarem doações ou patrocínios em favor
de projetos culturais.
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22 – Manual dos Benefícios Fiscais do IRPJ ©
A aprovação do projeto, que é publicada no Diário Oficial da União, deverá conter:
a) o título;
b) a instituição beneficiária de doação ou patrocínio;
c) valor máximo autorizado para captação;
d) o prazo de validade da autorização;
e) o dispositivo legal (art. 18 ou 25 da Lei 8.313/91, com a redação dada pelo art. 1 da
Lei 9.874/99), relativo ao segmento objeto do projeto cultural.
O incentivo somente será concedido a projetos culturais que visem a exibição, utilização e
circulação públicas dos bens culturais deles resultantes, vedada a concessão de incentivo a
obras, produtos, eventos ou outros decorrentes, destinados ou circunscritos a circuitos
privados ou a coleções particulares.
Para fins do incentivo, a doação ou o patrocínio não poderão ser efetuados a pessoa ou
instituição vinculada ao agente.
Não se consideram vinculadas as instituições culturais sem fins lucrativos, criadas pelo
doador ou patrocinador, desde que devidamente constituídas e em funcionamento, na forma
da legislação em vigor.
INTERMEDIAÇÃO - INAPLICABILIDADE
Nenhuma aplicação de recursos poderá ser feita com a utilização de qualquer tipo de
intermediação.
Considera-se doação:
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23 – Manual dos Benefícios Fiscais do IRPJ ©
Considera-se patrocínio:
d) as despesas realizadas pelo proprietário ou titular da posse legítima de bens tombados pelo
Governo Federal, objetivando sua conservação, preservação ou restauração, desde que
observados os seguinte requisitos:
1) o custo de cessão de uso de bens móveis ou imóveis será calculado com base no
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24 – Manual dos Benefícios Fiscais do IRPJ ©
preço de mercado que o proprietário deixar de receber durante o período de cessão do
bem;
2) havendo dúvida quanto ao valor declarado, a Secretaria de Apoio á Cultura e a
Secretaria da Receita Federal (SRF) poderão solicitar ao doador ou patrocinador laudo
técnico de avaliação, assinado por três peritos;
f) as doações em espécie ao Fundo Nacional da Cultura (FNC), desde que comprovadas por
meio de recibo de depósito bancário e de declaração de recebimento firmada pelo donatário;
Com referência ao valor dos bens doados, observar que, no caso de doações efetuadas por
pessoa jurídica, o valor dos bens móveis ou imóveis doados será:
A pessoa física ou jurídica responsável pelo projeto cultural aprovado deverá emitir
comprovantes, sob a forma e modelo definidos pela Secretaria de Apoio á Cultura (SAC), em
favor do doador ou do patrocinador, devidamente firmados em três vias, que terão a seguinte
destinação:
a) a primeira via deverá ser entregue ao doador ou patrocinador para efeito do benefício fiscal;
b) a segunda via deverá ser encaminhada á SAC, no prazo de 5 dias após a efetivação da
operação;
c) a terceira via deverá ficar em poder do responsável pelo projeto cultural por um prazo não
inferior a 5 anos, para fins de fiscalização.
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25 – Manual dos Benefícios Fiscais do IRPJ ©
· data da operação, no caso de contribuição em bens e serviços;
· data do depósito bancário, nome do banco e número da conta bancária do responsável
pelo projeto, no caso de contribuição em espécie;
· nome do doador ou patrocinador, número de sua inscrição no CNPJ ou no CPF e
endereço completo;
· assinatura do responsável pelo projeto ou, quando se tratar de pessoa jurídica, de seu
representante legal, com indicação de nome, cargo e CPF.
LIMITE DE DEDUÇÃO
“do imposto apurado com base no lucro arbitrado ou no lucro presumido não será permitida
qualquer dedução a título de incentivo fiscal”,
o que significa que somente as pessoas jurídicas tributadas com base no lucro real podem
usufruir do incentivo fiscal de que trata este texto.
Assim, observado o limite indicado anteriormente, as pessoas jurídicas tributadas com base no
lucro real podem deduzir diretamente do Imposto de Renda devido importância
correspondente a até:
No caso de empresa optante pelo pagamento do Imposto de Renda calculado mensalmente por
estimativa e, consequentemente, pela apuração anual do lucro real:
b) observadas as regras mencionadas, do imposto devido sobre o lucro real anual poderá ser
deduzido o incentivo, tomando-se por base as doações e os patrocínios realizados no ano-
calendário, até o limite de 4% do imposto anual.
Observe-se que o valor do incentivo que, em decorrência da limitação, não for aproveitado no
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26 – Manual dos Benefícios Fiscais do IRPJ ©
ano-calendário da realização das doações e dos patrocínios não poderá ser deduzido do
imposto devido em ano-calendário subsequente.
b) o valor total das doações e dos patrocínios realizados em favor de projetos culturais
aprovados pelo Ministério da Cultura com base no art. 18 da Lei 8.313/91 (com a redação
dada pelo art. 12 da Lei 9.874/99), é indedutível como despesa operacional, o que significa
que deverá ser adicionado ao lucro líquido, para fins de determinação do lucro real.
Empresa optante pelo pagamento do Imposto de Renda mensal do imposto por estimativa
apresente os seguintes dados correspondentes ao mês de junho/2006 (imposto a ser pago até
31.07.2006):
Neste caso:
DOAÇÃO EM ESPÉCIE
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27 – Manual dos Benefícios Fiscais do IRPJ ©
Somente serão consideradas para fins de comprovação do incentivo em espécie, as
contribuições que tenham sido depositadas em conta bancária específica em nome do
beneficiário, discriminadas na respectiva prestação de contas.
I - serão efetuados a preços de mercado, para fins de dedução do imposto de renda devido,
respeitados os limites legais;
II - não integrarão a receita bruta ou faturamento do doador ou patrocinador na determinação
da base de cálculo do IRPJ;
III - computar-se-ão como despesa operacional, limitados ao custo contábil do bem ou
serviço.
A pessoa física ou jurídica responsável pela execução de projetos culturais deverá possuir
controles próprios, nos quais registre, de forma destacada, a despesa e a receita do projeto,
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28 – Manual dos Benefícios Fiscais do IRPJ ©
bem como manter em seu poder todos os comprovantes e documentos a ele relativos, pelo
prazo de cinco anos contados a partir da data do recebimento de doações ou patrocínios.
EXERCÍCIOS:
c) Calcule o limite para gozo do incentivo fiscal de uma empresa que tenha:
d) Uma empresa doou R$ 5.000,00 para um projeto cultural, aprovado pelo MinC com base
no art. 25 da Lei 8383/91 e R$ 1.000,00 para outro projeto, também aprovado pelo MinC,
este com base no art. 18 da Lei 8383/91. No Livro de Apuração do Lucro Real, deverá
adicionar o valor de R$:
( ) 6.000,00
( ) 5.000,00
( ) 1.000,00
RESPOSTAS:
a)
d) R$ 1.000,00
Até o ano calendário de 2006, inclusive, as pessoas jurídicas terão incentivos na área do
Imposto de Renda caso efetuarem investimentos em:
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29 – Manual dos Benefícios Fiscais do IRPJ ©
caput do art. 1º da Lei nº 8.685, de 1993;
II - específicos da área audiovisual, cinematográfica de exibição, distribuição e infra-estrutura
técnica apresentados por empresa brasileira, previstos no § 5º da art. 1º da Lei nº 8.685, de
1993;
III - de produção de obras cinematográficas e videofonográficas brasileiras de longa, média e
curta metragens de produção independente, de co-produção de obras cinematográficas e
videofonográficas brasileiras de produção independente, de telefilmes, minisséries,
documentais, ficcionais, animações e de programas de televisão de caráter educativo e
cultural, brasileiros de produção independente, nos termos do § 6º do art. 39 da Medida
Provisória nº 2.228-1, de 2001, desde que produzidos com os recursos de que trata o inciso X
desse mesmo artigo 39.
As deduções previstas no art. 1º da Lei 8.685/1993, ficam prorrogadas até o exercício de 2010
inclusive, devendo os projetos a serem beneficiados por estes incentivos ser previamente
aprovados pela ANCINE – art. 50 da MP 2228-1/2001, alterada pela Lei 11.329/2006.
Observação:
Os investimentos nos projetos de que trata o item III anterior não poderão ser excluídos do
lucro líquido para fins de determinação do lucro real, conforme art. 28, parágrafo 3 da IN SRF
267/2002.
Além do incentivo de exclusão do lucro líquido, relativo aos dispêndios tratados nos itens I e
II anteriores, ainda é possível a redução do Imposto de Renda, conforme analisado mais
adiante.
Os valores aplicados nos investimentos, poderão ser deduzidos em até 3% (três por cento) (era
de 1% até 15.08.1996) do imposto devido (Lei 8.685/93, art. 1°, §§ 2° e 3°, Lei 9.323/96, art.
1°).
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30 – Manual dos Benefícios Fiscais do IRPJ ©
estadual;
d) número de aprovação do projeto no Ministério da Cultura;
e) denominação do projeto aprovado pelo Ministério da Cultura;
f) número do registro de emissão e distribuição na CVM, identificando a natureza pública do
registro;
g) número total de quotas beneficiárias de incentivos fiscais e respectivo percentual de
participação nos direitos de comercialização;
h) número de quotas representadas em cada Certificado de Investimento;
i) identificação do investidor;
j) especificação dos direitos assegurados no empreendimento;
l) garantias, se houver;
m) prazo para conclusão do projeto;
n) local e data de emissão do Certificado;
o) assinatura autorizada do responsável pela empresa emissora.
APROVEITAMENTO DO INCENTIVO
As pessoas jurídicas tributadas com base no lucro real apurado trimestralmente só podem
deduzir o incentivo do valor do imposto devido no trimestre em que os investimentos forem
efetuados, observado, ainda, o limite de 3% do imposto normal devido (sem a inclusão do
adicional do imposto), dele excluído o eventual valor do imposto incidente sobre a parcela do
lucro real correspondente a lucros, rendimentos e ganhos de capital auferidos no exterior.
Respeitado o limite, as pessoas jurídicas optantes pelo pagamento mensal do imposto por
estimativa e, consequentemente, pela apuração do lucro real anual podem deduzir o incentivo
do imposto devido no mês em que os investimentos forem feitos.
Observações:
1) a parcela do investimento que exceder ao limite mensal de dedução poderá ser deduzida do
imposto devido nos meses subsequentes, até dezembro do mesmo ano, observado o limite le-
gal;
2) do imposto calculado com base no lucro real anual será deduzido o valor dos investimentos
feitos durante o ano-calendário e a eventual parcela excedente não poderá ser deduzida do
imposto devido em períodos posteriores; e
Bases: art. 486 do 818/99 e § 39 do art. 2 da Instrução Normativa SRF 56/94, com a redação
dada pelo art. 1 da Instrução Normativa SRF 62/95.
LIMITE DE DEDUÇÃO
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31 – Manual dos Benefícios Fiscais do IRPJ ©
do imposto normal devido (sem a inclusão do adicional do imposto), dele excluído o eventual
valor do imposto incidente sobre a parcela do lucro real correspondente a lucros, rendimentos
e ganhos de capital auferidos no exterior.
Além disso, a dedução desse incentivo em conjunto com a dedução do incentivo relativo a
Operações de Caráter Cultural e Artístico não poderá exceder a 4% do imposto normal devido
(respeitado o limite específico de 3% para o incentivo referente a investimentos em atividades
audiovisuais).
Exemplo:
Contribuinte optante pelo pagamento do Imposto de Renda mensal por estimativa apresente
os seguintes dados correspondentes ao mês de março/2001:
Mas, como o valor aplicado deve ser registrado contabilmente em conta do Ativo Permanente
(Investimentos) e não em conta de despesa operacional, a dedução será feita mediante ajuste
ao lucro líquido, na determinação do lucro real (exclusão do lucro líquido, na parte ‘A” do
Lalur, no período de apuração em que ocorrer o desembolso).
Exemplo:
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32 – Manual dos Benefícios Fiscais do IRPJ ©
Observação: a perda de capital apurada na alienação ou baixa dos Certificados não será
dedutível na determinação do lucro real por tratar-se de investimento adquirido mediante
dedução do imposto de renda devido pela pessoa jurídica.
Bases: art. 429 do RIR/99 e inciso 1 do art. 5 da Instrução Normativa SRF 56/94.
Notas:
O valor do investimento pode ser, mediante exclusão, deduzido da base de cálculo do IRPJ e
da CSLL, sendo:
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33 – Manual dos Benefícios Fiscais do IRPJ ©
50% nos anos-calendário de 2006 a 2008; e
25% nos anos calendários de 2009 e 2010.
Sobre o valor das quantias dispendidas com a aquisição das cotas a pessoa jurídica, tributada
com base no lucro real, aplicará o percentual resultante da soma das alíquotas do IRPJ e da
CSLL devidos, inclusive adicional, encontrando a parcela a ser deduzida do imposto de renda
devido no período de apuração, trimestral ou anual.
Quando a empresa utilizar também outros incentivos fiscais de dedução do imposto, deverá
observar os limites globais de dedução. Ver tópico próprio no presente trabalho, contendo
Quadro Resumo dos Limites individuais e globais para cada incentivo de dedução do imposto
devido.
A perda apurada na alienação das quotas dos FUNCINES será sempre indedutível na
apuração do lucro real e da base de cálculo da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido -
CSLL.
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34 – Manual dos Benefícios Fiscais do IRPJ ©
aquisição de cotas do FUNCINE ou que se beneficiar da redução do imposto de renda na
fonte nas remessas ao exterior, deverá:
a) depositar, por meio de guia própria (em modelo aprovado pelo Ministério da Cultura), na
data de ocorrência do fato gerador do imposto na fonte, o valor correspondente à redução do
imposto devido (70%) em conta de aplicação financeira no Banco do Brasil S/A, aberta em
nome do investidor estrangeiro optante pelo incentivo;
Para efeito da remessa do rendimento, deverá ser apresentada ao Banco Central do Brasil
comprovação do depósito e do recolhimento do imposto.
Os rendimentos ficam sujeitos à tributação na fonte, conforme previsto para a tributação dos
rendimentos de aplicações financeiras de renda fixa.
Para efeito de apuração do ganho de capital tributável não há custo a ser computado.
As empresas receptoras dos recursos oriundos dos incentivos fiscais focalizados neste texto
deverão manter todos os registros e os documentos relativos aos projetos, bem como o livro
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35 – Manual dos Benefícios Fiscais do IRPJ ©
de registro de transferência dos Certificados de Investimento, pelo prazo de 5 anos, a contar
da data fixada para a conclusão do projeto.
EXERCÍCIOS:
( ) 3%
( ) 4%
( ) 1%
RESPOSTAS:
a)
c) 4%
As pessoas jurídicas tributadas com base no lucro real podem deduzir do imposto devido, em
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36 – Manual dos Benefícios Fiscais do IRPJ ©
cada período de apuração, as contribuições feitas aos fundos controlados pelos Conselhos
Municipais, Estaduais e Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente, observados os
limites e as regras a seguir focalizados.
As pessoas jurídicas tributadas com base no lucro real (e somente estas) podem deduzir do
imposto devido o total das doações efetuadas aos fundos controlados pelos Conselhos
Municipais, Estaduais e Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente, devidamente
comprovadas, respeitado o limite.
LIMITE DE DEDUÇÃO
O total das doações efetuadas aos Fundos dos Direitos da Criança e do Adolescente pelas
pessoas jurídicas tributadas com base no lucro real pode ser deduzido diretamente do Imposto
de Renda devido, desde que não exceda o limite de 1 % do imposto normal devido (calculado
à alíquota de 15%, sem a inclusão do adicional), diminuído do imposto correspondente a
lucros, rendimentos ou ganhos de capital auferidos no exterior.
A dedução das doações efetuadas aos fundos dos Direitos da Criança e do Adolescente, se
pleiteada em conjunto com outras deduções, não está submetida a limite global.
Bases: §11 do art. 394 do RIR/99, Instrução Normativa SRF 93/97, § 4º, artigo 2º.
Exemplo:
APROVEITAMENTO DO INCENTIVO
a) se a pessoa jurídica for optante pela tributação com base no lucro real trimestral, a
dedução será feita no imposto devido no trimestre em que for efetuada a doação, até o limite
de 1% exposto anteriormente;
b) se a pessoa jurídica for optante pelo pagamento mensal do imposto por estimativa
(lucro real anual):
1) o valor doado poderá ser deduzido do imposto devido no mês, observado o limite, e a
parcela excedente do incentivo, em cada mês, poderá ser deduzida do imposto devido nos
meses subsequentes do mesmo ano-calendário, observando sempre o referido limite;
Bases: Inciso 1 e § 49 do art. 9, § 4 art. 23 e inciso 1 do §2 art. 38 da Instrução Normativa SRF 93/97.
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37 – Manual dos Benefícios Fiscais do IRPJ ©
INDEDUTIBILIDADE, COMO DESPESA, DOS VALORES DOADOS
As doações aos fundos dos Direitos da Criança e do Adolescente só podem ser utilizadas
como dedução direta do imposto, observados o limite e os critérios supracitados.
E vedada a dedução do respectivo valor como despesa operacional, tanto para efeito da
determinação do lucro real quanto da base de cálculo da Contribuição Social sobre o Lucro, o
que significa que os valores da espécie, contabilizados como despesa, constituirão adição ao
lucro líquido do período, na determinação da base de cálculo desses tributos.
Exemplo:
Para fins de comprovação, a pessoa jurídica deve registrar em sua escrituração os valores
doados e manter arquivada a documentação correspondente.
O comprovante deverá;
Na hipótese de a doação ser efetuada em bens, o doador deverá comprovar, por meio de
documentação hábil, a propriedade dos bens doados, observado que:
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38 – Manual dos Benefícios Fiscais do IRPJ ©
1) bens não classificados no Ativo Permanente: o valor contábil corresponde àquele pelo qual
o bem estiver registrado na escrituração da pessoa jurídica;
2) bens classificados no Ativo Permanente (exceto participações societárias): o valor contábil
corresponde ao valor pelo qual o bem estiver registrado na escrituração da pessoa jurídica
(corrigido monetariamente até 31.12.1995, se adquirido até essa data), diminuído, se for o
caso, de depreciação, amortização ou exaustão acumulada;
3) participações societárias (registradas no Ativo Permanente): o valor contábil corresponde
ao valor pelo qual as participações estiverem registradas na escrituração da pessoa jurídica,
acrescido do ágio ou reduzido pelo deságio (se o investimento for avaliado pela equivalência
patrimonial), e diminuído da provisão para perdas que tiverem sido computadas, como
dedução, na determinação do lucro real.
Nota: a pessoa jurídica deverá baixar os bens doados na sua escrituração contábil.
O doador poderá optar pelo valor de mercado dos bens, que será determinado mediante prévia
avaliação por meio de laudo idôneo de perito ou empresa especializada de reconhecida
capacidade técnica para aferição do seu valor.
Quando a doação for efetuada por valor superior ao contábil, deverá ser apurado ganho de
capital com base na legislação vigente.
A prestação da informação será efetuada em meio digital, nas condições a serem definidas
pela Coordenação-Geral de Fiscalização (Cofis) da SRF.
EXERCÍCIOS:
RESPOSTAS:
NOTA INTRODUTÓRIA
REGULAMENTO
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40 – Manual dos Benefícios Fiscais do IRPJ ©
Já o Fundo de Desenvolvimento da Amazônia é regulamentado pelo Decreto 4.254/2002.
ASPECTOS GERAIS
O valor que deixar de ser pago à Receita Federal em virtude da concessão do Incentivo não
poderá ser distribuído aos sócios e constituirá reserva de capital da empresa para ser utilizada
apenas em absorção de prejuízos ou aumento de capital social.
Exemplo:
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41 – Manual dos Benefícios Fiscais do IRPJ ©
Quando se verificar pluralidade de estabelecimentos, será reconhecido o direito à isenção em
relação aos rendimentos dos estabelecimentos instalados na área de atuação da SUDENE e/ou
da SUDAM (Lei 4.239/63, art. 16, § 1°).
Para os efeitos do disposto neste item, as pessoas jurídicas interessadas deverão demonstrar
em sua contabilidade, com clareza e exatidão, os elementos de que se compõem as operações
e os resultados do período de apuração de cada um dos estabelecimentos que operem na área
de atuação incentivada (Lei 4.239/63, art. 16, § 2°).
Na hipótese de o sistema de contabilidade adotado pela pessoa jurídica não oferecer condições
para apuração do lucro por atividade, este poderá ser estabelecido com base na relação entre
as receitas líquidas das atividades incentivadas e a receita líquida total, observado o disposto
quanto ao lucro da exploração.
Exemplo:
A redução de que trata este item somente se aplica ao imposto e adicionais não restituíveis
calculados com base no lucro da exploração do empreendimento (Decreto-lei 1.598/77, art.
19, § 1°, alínea b, e Decreto-lei 1.730/79, art. 1°, inciso I). Assim, por exemplo, o lucro
decorrente de aplicações financeiras ou ganhos de capital, por exemplo, não é incentivado.
A competência para reconhecer o direito será da unidade da SRF a que estiver jurisdicionada
a pessoa jurídica, devendo o pedido estar instruído com laudo expedido pelo Ministério da
Integração Nacional (MI).
O chefe da unidade da SRF decidirá sobre o pedido em cento e vinte dias contados da
apresentação do requerimento à repartição fiscal competente.
O prazo de fruição do benefício fiscal é igual ao período compreendido entre o ano de início
de fruição e 31 de dezembro de 2013, não podendo exceder a dez anos.
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42 – Manual dos Benefícios Fiscais do IRPJ ©
caput):
I – 75% (setenta e cinco por cento), a partir de 1º de janeiro de 1998 até 31 de dezembro de
2003;
II – 50% (cinqüenta por cento), a partir de 1º de janeiro de 2004 até 31 de dezembro de 2008;
III – 25% (vinte e cinco por cento), a partir de 1º de janeiro de 2009 até 31 de dezembro de
2013.
I – 37,5% (trinta e sete inteiros e cinco décimos por cento), a partir de 1º de janeiro de 1998
até 31 de dezembro de 2003;
II – 25% (vinte e cinco por cento), a partir de 1º de janeiro de 2004 até 31 de dezembro de
2008;
III – 12,5% (doze inteiros e cinco décimos por cento), a partir de 1º de janeiro de 2009 até 31
de dezembro de 2013.
O valor do imposto de renda que deixar de ser pago em virtude da isenção aos
empreendimentos na SUDENE e/ou SUDAM não poderá ser distribuído aos sócios e
constituirá reserva de capital da pessoa jurídica, que somente poderá ser utilizada para
absorção de prejuízos ou aumento de capital (Regulamento do Imposto de Renda/99, art.
545).
Exemplo:
Valor do IRPJ que deixou de ser pago, em função da isenção e/ou redução: R$ 500.000,00
Contabilização:
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43 – Manual dos Benefícios Fiscais do IRPJ ©
evitar que o valor seja distribuído aos sócios e/ou que seja transferido para Lucros
Acumulados ou Reservas de Lucros, prejudicando assim a manutenção do incentivo fiscal.
Para as empresas dos setores industrial, agroindustrial e de construção civil, que estejam em
operação na área de atuação da SUDENE ou da SUDAM, é permitindo o reinvestimento de
parte do Imposto de Renda devido apurado sobre o Lucro da Exploração, acrescido de uma
parcela de recursos próprios (50% do valor do Imposto que será reinvestido), na
modernização ou complementação de equipamentos dos seus projetos, até o ano de 2013,
observando os seguintes percentuais:
A empresa deve fazer a opção pelo incentivo em sua Declaração de Rendimentos, no campo
específico existente com essa destinação – Redução por Reinvestimento.
Uma vez analisado e aprovado o projeto, a SUDENE ou a SUDAM emite uma ordem de
liberação autorizando o Banco a proceder à transferência imediata dos recursos (Incentivo
mais Recursos Próprios) existentes em conta vinculada, devidamente corrigidos, para a conta
de livre movimentação da empresa, que deverá efetivar a incorporação destes recursos ao seu
Capital Social, num prazo de 180 dias, contados a partir da data de emissão do ofício de
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44 – Manual dos Benefícios Fiscais do IRPJ ©
liberação.
NOTAS:
1. Este Incentivo pode ser utilizado cumulativamente ao Incentivo da Redução de até 37,5%
do Imposto de Renda;
2. Uma vez beneficiada com o Incentivo da Redução, a empresa não pode optar pela
dedução do Imposto de Renda em favor do FINOR ou FINAM;
EXERCÍCIOS:
1. ( ) 50%
2. ( ) 37,5%
3. ( ) 20%
c) Para fins de contabilização do valor do incentivo, o IRPJ que deixou de ser pago por
incentivo na área da SUDENE ou SUDAM deverá (assinale a correta):
d) A data da extinção dos incentivos na área da SUDENE e SUDAM, para fins de apuração
do Imposto de Renda, ocorrerá em ...../....../..........
RESPOSTAS:
d) 01/01/2014
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45 – Manual dos Benefícios Fiscais do IRPJ ©
OPÇÕES DE INCENTIVOS
A pessoa jurídica ou grupos de empresas coligadas de que trata o art. 9º da Lei nº 8.167, de
1997, que, isolada ou conjuntamente, detenham, pelo menos, 51% do capital votante de
sociedade titular de projetos nas áreas de atuação da Sudam e Sudene, aprovados, no órgão
competente, até o dia 2 de maio de 2001, enquadrado em setores da economia considerados,
pelo Poder Executivo, prioritários para o desenvolvimento regional, que sejam beneficiários
das aplicações no Finor, Finam e Funres, poderão manifestar a opção pela aplicação de parte
do imposto de renda em investimentos regionais, na declaração ou no curso do ano-
calendário, nas datas de pagamento do imposto apurado trimestralmente.
FORMA DE OPÇÃO
As aplicações somente poderão ser efetuadas até o final do prazo previsto para a implantação
dos respectivos projetos.
REGULAMENTO
As pessoas jurídicas submetidas à apuração do imposto de renda pelo lucro real, trimestral ou
anual, que não se enquadrem no art. 9º da Lei nº 8.167, de 1991 puderam optar pela aplicação
de parte do imposto de renda devido em investimentos regionais destinados ao Finor, Finam e
Funres até 2 de maio de 2001, mediante recolhimento por Darf específico (Medida Provisória
nº 2.128-9, de 26 de abril de 2001 e MP nº 2.145, de 2 de maio de 2001). Não é possível, para
essas pessoas jurídicas, a opção pela aplicação na DIPJ.
A partir do dia 2 de maio de 2001, somente é possível a aplicação nesses Fundos pelas
pessoas jurídicas ou grupos de empresas detentores de 51% do capital votante de sociedade
titular de projeto.
Sem prejuízo do limite específico para cada incentivo, o conjunto das aplicações em favor do
Fundo de Investimentos do Nordeste (Finor) e do Fundo de Investimentos da Amazônia
(Finam) não poderá exceder, em cada período de apuração, os percentuais do imposto devido
a seguir indicados, incluídas as deduções compulsórias, no montante de doze por cento, em
favor do Programa de Integração Nacional (PIN) de que trata o art. 5º do Decreto-lei nº 1.106,
de 16 de junho de 1970, e do Programa de Redistribuição de Terras e de Estímulo à
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46 – Manual dos Benefícios Fiscais do IRPJ ©
Agroindústria do Norte e do Nordeste (Proterra) de que cuida o art. 6º do Decreto-lei nº 1.179,
de 6 de julho de 1971):
I - 30% (trinta por cento), relativamente aos períodos de apuração encerrados a partir de 1º de
janeiro de 1998 até 31 de dezembro de 2003;
II - 20% (vinte por cento), relativamente aos períodos de apuração encerrados a partir de 1º de
janeiro de 2004 até 31 de dezembro de 2008;
III - 10% (dez por cento), relativamente aos períodos de apuração encerrados a partir de 1º de
janeiro de 2009 até 31 de dezembro de 2013.
A pessoa jurídica que efetuar pagamentos mensais deverá recolher o valor correspondente à
aplicação em investimentos regionais, em Darf específico com os códigos: 6677 (Finor), 6692
(Finam) ou 6704 (Funres).
A parcela excedente destinada aos fundos verificada no ajuste anual pelas pessoas jurídicas
será considerada:
a) como recurso próprio aplicado no respectivo projeto, quando o recolhimento for efetuado
pelas pessoas jurídicas de que trata o art. 9º da Lei nº 8.167, de 1991;
b) como subscrição voluntária para o fundo destinatário da opção manifestada no Darf,
quando o recolhimento for efetuado pelas demais pessoas jurídicas.
As pessoas jurídicas, que não se enquadrem no art. 9º da Lei nº 8.167, de 1991, submetidas à
apuração do imposto de renda pelo lucro real, trimestral ou anual, que optaram pela aplicação
de parte do imposto de renda devido em investimentos regionais destinados ao Finor, Finam e
Funres até 2 de maio de 2001, mediante recolhimento por Darf específico, deverão informar
na DIPJ os valores aplicados.
a) a pessoa jurídica que goze do benefício fiscal de redução por reinvestimento, relativamente
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47 – Manual dos Benefícios Fiscais do IRPJ ©
à parcela da base de cálculo absorvida por este incentivo;
b) a pessoa jurídica instalada em Zona de Processamento de Exportação – ZPE;
c) a pessoa jurídica referida no art. 28 da Lei nº 7.730, de 1989, relativamente à parcela do
lucro inflacionário tributada à alíquota de seis por cento;
d) as pessoas jurídicas ou grupos de empresas coligadas, mesmo tributados com base no lucro
real, que não sejam detentores, isolada ou conjuntamente, de pelo menos, 51% do capital
votante de sociedade titular de projeto nas áreas da Sudam e Sudene que seja beneficiário das
aplicações no Finor, Finam e Funres.
A prática de atos que configurem crimes contra a ordem tributária (Lei nº 8.137, de 1990)
acarretará à pessoa jurídica infratora a perda, no ano-calendário correspondente, dos
incentivos e benefícios de redução ou isenção previstos na legislação tributária. A concessão
ou reconhecimento de qualquer incentivo fiscal relativo a tributos e contribuições
administrados pela Secretaria da Receita Federal fica condicionado a comprovação pelo
contribuinte da quitação de tributos e contribuições federais (art. 59 e 60 da Lei nº 9.069, de
1995).
RECOMENDAÇÃO
Para fins de planejamento tributário, recomenda-se que as empresas que não tiverem projetos
próprios não recolham o incentivo fiscal em DARF específico porque não terão qualquer
vantagem, tendo o risco de recolher a maior o incentivo.
Se pagar tudo como IRPJ, poderá optar, na DIPJ, no fundo escolhido, mantendo o direito de
receber os certificados de investimentos, no montante máximo permitido.
EXERCÍCIOS:
1. 90%
2. 50%
3. 49%
4. 51%
b) As aplicações da questão anterior (a) somente poderão ser efetuadas até ...................
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48 – Manual dos Benefícios Fiscais do IRPJ ©
RESPOSTAS:
a) 51%
c) 2
Nota: os benefícios tratados neste módulo foram revogados, a partir de 01.01.2006, pela
Lei 11.196/2005
A exclusão do saldo não depreciado não se aplica para efeito de apuração da base de
cálculo da CSLL.
Exemplo:
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49 – Manual dos Benefícios Fiscais do IRPJ ©
CONTROLE DO INCENTIVO NA PARTE B DO LALUR
O valor do saldo excluído deverá ser controlado na parte B do Livro de Apuração do Lucro
Real (Lalur) e será adicionado, na determinação do lucro real, em cada período de apuração
posterior, pelo valor da depreciação normal que venha a ser contabilizada como despesa
operacional.
Exemplo:
Exemplo:
Sem prejuízo do incentivo normal, a pessoa jurídica poderá, ainda, excluir, na determinação
do lucro real, valor equivalente a 100% (cem por cento) do dispêndio total de cada projeto
que venha a ser transformado em depósito de patente, devidamente registrado no Instituto
Nacional de Propriedade Industrial (INPI), e, em pelo menos uma das seguintes entidades de
exame reconhecidas pelo "Patent Cooperation Traty" (PCT):
O valor que servirá de base para a exclusão deverá ser controlado na parte B do Lalur, por
projeto, até que sejam satisfeitas as exigências previstas, quando poderão ser excluídos na
determinação do lucro real, como incentivo adicional.
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50 – Manual dos Benefícios Fiscais do IRPJ ©
Para convalidar a adequação dos dispêndios efetuados, com vistas ao gozo do benefício
fiscal adicional, os projetos de desenvolvimento de inovação tecnológica deverão ser
encaminhados às agências de fomento, federais ou estaduais, credenciadas pelo Ministério
da Ciência e Tecnologia para análise e aprovação técnica, nos termos dispostos no § 5o do
art. 4o da Lei no 8.661, de 2 de junho de 1993, observadas regras fixadas em regulamento. A
concessão do benefício fiscal adicional far-se-á mediante portaria do Ministro de Estado da
Ciência e Tecnologia.
Para gozo do benefício fiscal previsto, tanto o normal quanto o adicional, a pessoa jurídica
deverá comprovar, quando for o caso, o recolhimento da contribuição de intervenção no
domínio econômico instituída pela Lei no 10.168, de 29 de dezembro de 2000, e alterada pela
Lei no 10.332, de 19 de dezembro de 2001.
Para se utilizar dos incentivos (normal e adicional), os dispêndios somente poderão ser
deduzidos se pagos a pessoas físicas ou jurídicas residentes e domiciliadas no País, exceto os
pagamentos destinados à obtenção e manutenção de patentes e marcas no exterior.
Exemplo:
INCENTIVOS AO DESPORTO
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51 – Manual dos Benefícios Fiscais do IRPJ ©
As deduções ficam limitadas:
I - relativamente à pessoa jurídica, a um por cento do imposto devido, observado o disposto
no § 4 do art. 3º da Lei 9.249, de 26 de dezembro de 1995, em cada período de apuração;
II - relativamente à pessoa física, a 6% (seis por cento) do imposto devido na Declaração de
Ajuste Anual, conjuntamente com as deduções de que trata o art. 22 da Lei 9.532, de 10 de
dezembro de 1997.
Bases: Lei 11.438/2006, alterada pela Lei 11472/2007, e regulamentada pelo Decreto
6.180/2007.
Programa de
Desenvolvimento
Tecnológico 15% dos dispêndios
Industrial ou incorridos no período
Agropecuário –
PDTI/PDTA
Doações aos
Fundos dos Doações efetivamente 1% do IRPJ
Não existe Art. 591 do RIR/99
Direitos da Criança realizadas devido
e do Adolescente
4% do IRPJ
Valores aplicados na devido,
aquisição de certificados de observado o
Atividade 3% do IRPJ Artigos 475 478,
investimentos em projetos limite específico
Audiovisual devido 484 a 488 do RIR/99
aprovados pelo Ministério para as
da Cultura atividades
audiovisuais
Operações de
Valor das doações e 4% do IRPJ
Caráter Cultural e
patrocínios realizados devido
Artístico
LUCRO DA EXPLORAÇÃO
Será adicionada ao lucro líquido, para efeito de determinação do lucro da exploração, a CSLL
devida, relativa ao período de apuração.
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