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Desde o episódio de onze de setembro passou-se a falar muito no mundo sobre o terrorismo. A
Europa e o ocidente passaram a temer os chamados “homens-bomba” que, por causa de sua fé,
sacrificam sua própria vida e na carona ainda levam muitos outros que por eles são chamados
“infiéis”.
Manifestações desse tipo não são coisa de agora. Durante a segunda guerra mundial foram
conhecidos e temidos os chamados kamikazes. Pilotos do exército japonês que também
sacrificavam suas vidas derrubando os aviões que pilotavam sobre alvos inimigos. Nesse caso o
sacrifício extremo era feito em prol da pátria.
Assim também os cristãos historicamente tiveram muitos casos de martírio. Muitos dos próprios
apóstolos de Jesus Cristo foram martirizados por defenderem essa nova doutrina que posteriormente
ficou conhecida como cristianismo e que na época contrastava a visão religiosa existente ou com os
interesses do governo romano.
A história posterior da igreja está repleta de relatos de cristãos que perderam suas vidas em defesa
da fé. Entretanto, cabe aqui ressaltar que o martírio dos cristãos tem diferenças fundamentais com
relação aos exemplos citados no início desse post.
O verdadeiro cristão jamais se vê no direito de tirar a sua própria vida ou a de outro ser humano. O
meu propósito aqui não é tratar de casos polêmicos como pena de morte ou suicídio (talvez isso
possa ser feito em outra oportunidade). Mas a questão é que, através da Bíblia e da história da
igreja, não vemos os cristãos procurando a sua própria morte. Ao contrário, vemos os cristãos sendo
obrigados a escolher entre duas alternativas: negar a sua fé ou a morrer. Nesse caso, por entenderem
que a vida eterna é mais preciosa que a vida nesse mundo, muitos optaram por manter a sua fé.
O propósito cristão é justamente o contrário do que vemos nos casos de intolerância e de fanatismo
religioso. Trata-se de promover vida ao invés de tirá-la. E mais do que isso, o cristão anuncia uma
vida diferente através do conhecimento de Jesus Cristo. A Bíblia diz claramente que o propósito de
Cristo não é o de condenar o mundo, mas sim salvá-lo (João 3.17). Segundo a Bíblia, o juízo de
Deus será executado no fim dos tempos, quando Cristo voltar. Mas hoje, Jesus estende a mão
chamando todos os homens ao arrependimento e ao perdão dos pecados.
Infelizmente muitos não entendem ou aceitam essa mensagem e, além de rejeitá-la, perseguem e
matam. A intolerância religiosa ainda é muito presente nos dias atuais. Veja por exemplo a notícia
abaixo publicada no site O Globo recentemente.
http://oglobo.globo.com/economia/mat/2010/03/09/choque-religioso-pode-ter-
matado-500-na-nigeria-916020462.asp
O verdadeiro cristão não persegue ou é intolerante, mas procura anunciar amplamente sua
mensagem. Aceitar verdadeiramente a Cristo envolve uma escolha, entrega e compromisso pessoal.
Isso só pode ser feito por alguém que compreendeu a imensidão amor de Deus bem como a sua
necessidade pela graça e perdão divinos.
Um grande abraço,
T+
lauter.linux