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Métrica de Friedman-Lemaître-Robertson-Walker 1

Métrica de Friedman-Lemaître-Robertson-
Walker
A métrica de Friedman-Lemaître-Robertson-Walker ou modelo FLRW é uma solução exata das equações de
campo de Einstein da relatividade geral, descreve um Universo em expansão ou contração, homogêneo e isótropico.
Segundo as preferências geográficas ou históricas no nome desta métrica se utiliza algum subconjunto dos nomes
dos cientistas Alexander Friedmann (muitas vezes Friedman), Georges Lemaître, Howard Percy Robertson e Arthur
Geoffrey Walker. Por este motivo, é por muitos chamada de métrica de Friedman-Robertson-Walker ou FRW, o
que seria um desprezo pelo trabalho de Lemaître, que embora tenha errado na noção de um "átomo primordial",
realizou trabalhos fundamentais nas derivações das soluções de Friedmann (ver adiante a questão da história do
modelo).

Forma da métrica
A métrica FLRW inicia com a suposição de homogeneidade e isotropia. Também assume que o componente espacial
da métrica pode ser dependente do tempo. A métrica geral que cumpre estas condições é:

[1]

Onde descreve a curvatura e é constante no tempo e é o fator de escala e é explicitamente dependente do


tempo e as unidades naturais são utilizadas estabelecendo a velocidad da luz à unidade. As equações do campo de
Einstein não se utilizam desta solução: a métrica se obtém das propriedades geométricas de homogeneidade e
isotropia. A forma específica de necessita conhecer as equações do campo e a definição da equação de
densidade de estado, .

Normalização
A métrica deixa alguma possibilidade de normalização. Uma escolha comum é considerar o fator de escala atual
como a unidade ( ). Nesta eleição a coordenada é dimensional ou igual que . Nesta aproximação
não é igual a ±1 ou 0 senão que .
Outra possibilidade é especificar que é ± 1 ou 0. Disto se obtém que onde o fator de
escala agora é dimensional e a coordenada é adimensional.
A métrica frequentemente se escreve de uma maneira de curvatura normalizada mediante a transformação

Em coordenadas normalizadas em curvatura a métrica se converte em:

[2]

Onde: . Esta normalização assume que o fator de escala é

adimensional mas pode converter-se facilmente à normalizada.


A distância comóvel é a distância a um objeto com velocidade peculiar zero. Na curvatura normalizada a coordenada
é . A distância própria é a distância física a um ponto no espaço em um instante de tempo. A distância própria é
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Propriedades gerais do espaço-tempo de FLRW

Conteúdo material
A solução dada pela métrica FLRW, descreve um universo repleto de um fluido ideal com densidade e pressão dada
pelas equações de Friedmann. É uma solução das equações de campo de Einstein dando
as equações de Friedmann quando o tensor momento energia se supõe da mesma maneira que é isotrópico e
homogêneo. As equações resultantes são:

[3]

[4]

Onde é o símbolo da curvatura espacial.


Estas equações servem como uma primeira aproximação do modelo cosmológico convencional do Big Bang
incluindo o atual Modelo Lambda-CDM.
Devido a que a métrica FLRW exata descreve um universo perfeitamente homogêneo, algumas fontes afirmam
erroneamente que o modelo do Big Bang baseado na métrica FLRW não pode dar conta da grumosidade observada
do Universo. Em um modelo FLRW estrito, não há cúmulos galácticos ou aglomerações de estrelas, já que essas
estruturas constituem inomogeneidades (heterogeneidades). Não obstante, a FLRW é utilizada como uma primeira
aproximação para a evolução do Universo porque é simples e os modelos que calculam a grumosidade do Universo
se somam ao FLRW como extensões. Muitos cosmólogos estão de acordo que o Universo observável se aproxima de
maneira fiel à um modelo quase-FLRW, quer dizer, um modelo que utiliza a métrica FLRW a partir das flutuações
da densidade primogênita. Até 2003, as implicações teóricas das várias extensões do FLRW pareciam estar bem
compreendidas e o objetivo é fazer estas consistentes com as observações do COBE e do WMAP.

Geodésicas
O movimento livre das partículas num universo, quer dizer, as trajetórias que seguem a medida que o espaço-tempo
inteiro evolui vêm a ser dadas pelas linhas geodésicas calculáveis a partir da métrica:

Pode comprovar-se que os chamados observadores galácticos que se movem junto com a matéria que provoca a
curvatura do espaço-tempo dada por:

São linhas geodésicas.


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Tensor de Riemann
Das potencialmente 55 componentes independentes do tensor de Riemann, nas mesmas coordenadas usadas na
métrica [2], o tensor de Riemann pode ser escrito a partir de no máximo seis componentes diferentes de zero:

Grupo de isometria
Para qualquer valor dos parâmetros a métrica FLRW define um universo espacialmente isotrópico e homogêneo,
ainda que não exista nenhuma simetria com respeito ao tempo, isso faz com que o grupo de isometria seja
precisamente o grupo de simetria de um espaço isotrópico e homogêneo de curvatura uniforme. Esse grupo é um
grupo de Lie de dimensão 6, para o caso de um espaço plano (k = 0) esse grupo é precisamente:

Modelos cosmológicos baseados na métrica FLRW


A métrica FLRW é utilizada como primeira aproximação para o modelo cosmológico do universo a partir do big
bang. Dado que a FLRW assume homogeneidade, têm-se especulado, erroneamente, que o modelo do big bang não
pode explicar as variações de temperatura do universo em diferentes escalas. Atualmente, se utiliza a FLRW como
primeira aproximação para a evolução do universo por ser simples de calcular, e por se estender de forma a modelar
as variações de temperatura do universo em diferentes escalas. Desde 2003, se conhecem as implicações teóricas de
diferentes extenções da métrica FLRW, e se trabalha em fazê-las consistentes com as evidências observacionais
obtidas do COBE e WMAP.

Interpretação
As ecuaciones [3] e [4] são equivalentes ao seguinte par de equações:

com sendo a constante de integração para a segunda equação.


A primeira equação se pode obter a partir de considerações termodinâmicas e é equivalente à primeira lei da
termodinâmica, supondo que a expansão do Universo é um processo adiabático (que é assumido implicitamente na
obtenção da métrica Friedmann-Lemaître-Robertson-Walker).
A segunda equação afirma que a densidade de energia e a pressão fazem com que a taxa de expansão do Universo
não diminua, p.ex. ambas causam uma desaceleração na expansão do Universo. Isto é uma consequência da
gravidade, com a pressão fazendo um papel similar a essa densidade de energia (massa), de acordo com os princípios
da relatividade geral. A constante cosmológica, por outro lado, causa uma aceleração na expansão do Universo.
Métrica de Friedman-Lemaître-Robertson-Walker 4

O termo constante cosmológica


O termo da constante cosmológica se pode omitir se substituímos os seguintes termos:

Portanto, a constante cosmológica pode ser interpretada como que sendo uma forma de energia que tem uma pressão
negativa, igual em magnitude a esta densidade de energia (positiva):

Tal forma de energia, uma generalização da noção de uma constante cosmológica, é conhecida como energia escura.
De fato, para obter um termo que cause uma aceleração da expansão do Universo, é suficiente ter um campo escalar
que satisfaça .

Tal campo algumas vezes é chamado quintessência (em lembrança ao conceito alquímico).

Aproximação newtoniana
Até certo ponto, as equações anteriores ([3] e [4]) podem ser aproximadas utilizando a mecânica clássica. Para
valores do fator de escala a(t) suficientemente grandes, o universo é aproxidamente plano no sentido de que o termo
de densidade (proporcional a para a matéria escura ou para a radiação) é muito maior que e termo de
curvatura e este se pode desprezar. O termo da constante cosmológica também é relativamente pequeno e se pode

desprezar e então a primeira das equações se transforma simplesmente em:

Esta equação pode ser interpretada de fato como a lei da conservação da energia clássica newtoniana:
1. O universo tem uma massa proporcional a e, portanto, sua energia potencial é proporcional a
.
2. A energia cinética do universo por outro lado é proporcional a
A suma de energia cinética mais energia potencial multiplicada por uma certa constante é precisamente a equação *:

Sendo C uma certa constante de proporcionalidade que deve tomar-se igual a para ser consistente com o
resultado da equação *.
Note-se que nas etapas muito primordiais do Universo, esta aproximação no se pode confirmar. Por exemplo,
durante a inflação cósmica o termo da constante cosmológica domina as equações do movimento. Inclusive antes,
durante a era de Planck, não se podem desprezar os efeitos quânticos.

Nome e História
Os principais resultados do modelo FLRW foram obtidos primeiro pelo físico soviético Alexander Friedmann entre
1922–1924. Ainda que seu trabalho tenha sido publicado em uma prestigiosa revista de física Zeitschrift für Physik,
passou relativamente desapercebido aos seus contemporâneos. Friedmann comunicou seus resultados diretamente a
Einstein, que confirmou que o modelo era correto matematicamente mas errou ao apreciar o significado físico das
predições de Friedmann.
Friedmann murreu em 1925. Em 1927, Georges Lemaître, um estudante de astronomia belga e professor em tempo
parcial da Universidade Católica de Lovaina, chegou a resultados similares independentemente de Friedmann e os
publicou nos Anais da Sociedade Científica de Bruxelas. Frente às provas observacionais da expansão do universo
obtidas por Edwin Hubble ao final dos anos 1920, os resultados de Lemaître foram percebidos e no período
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1930–1931 seu artigo foi traduzido ao inglês e publicado na revista Nature.


Howard Percy Robertson, dos EUA, e Arthur Geoffrey Walker, da Grã-Bretanha, exploraram o problema
profundamente nos anos 1930. Em 1935 Robertson e Walker provaram rigorosamente que a métrica FLRW é a única
em uma banda lorentziana que é homogênea e isotrópica (como se expõe acima, isto quer dizer um resultado
geométrico e não está ligado especificamente às equações da relatividade geral, que sempre eram supostamente
certas por Friedmann e Lemaître).
Devido ao fato de que a dinâmica do modelo FLRW foi obtida por Friedmann e Lemaître, os seguintes dos nomes
são omitidos as vezes pelos cientistas de fora dos EUA. Pelo contrário, os físicos dos EUA frequentemente se
referem a ela simplesmente como a métrica "Robertson-Walker". O título completo com os quatro nomes é mais
democrático e é utilizado frequentemente. Frequentemente, a métrica "Robertson-Walker" é chamada desta maneira
já que eles provaram suas propriedades genéricas, é distinguida dos modelos dinâmicos de "Friedmann-Lemaître",
soluções específicas para a(t) que supõe que só as contribuções de energia de stress (tensão) são matéria fria,
radiação e uma constante cosmológica.

O raio do Universo de Einstein


O raio do Universo de Einstein é o raio de curvatura do espaço do Universo estático de Einstein, um modelo
estático já há muito abandonado que se supôs que representava nosso Universo de uma forma idealizada. Pondo
na equação de Freidmann, o raio de curvatura do espaço deste Universo (o raio de Einstein) é
, onde é a velocidade da luz, é a constante gravitacional newtoniana e é a densidade

do espaço do Universo. O valor numérico do raio de Einstein é da ordem de 1010 anos luz.

Desenvolvimentos
Estudos recentes [1] [2] tem mostrado como encontrar a solução exata para as equações de Einstein esfericamente
simétricas, em coordenadas observacionais, admitindo-se que o Universo seja descrito por um fluido perfeito
(poeira). Estes resultados tem demonstrado a utilização dos dados observacionais, obtidos no cone de luz passado do
observador, para determinar a estrutura do espaçoo-tempo do Universo, ou seja, o modelo que melhor se ajusta ao
nosso Universo. Tem-se, a partir desta abordagem, um método mais preciso, em coordenadas observacionais, para
determinar-se os modelos cosmológicos esfericamente simétricos, classe ao qual pertencem os modelos de
Friedmann-Lemaitre-Robertson-Walker. Entretanto, tem ficado claro pela anisotropia da radiação cósmica de fundo,
medida pelo satélite COBE, que o Universo não é exatamente descrito pelos modelos de FLRW, mas os desvios
observados sobre estas geometrias não são significativos.[3] Portanto, o Universo deve ser descrito por modelos
"quasi"-FLRW. Por estas questões, torna-se importante determinar-se a partir destes dados, como o Universo
desvia-se dos modelos de FLRW em sua mais larga escala.
Modelos nestes moldes são desenvolvidos para construir modelos mais realísticos do comportamento do universo,
concordante com os dados observacionais examinando as perturbações esfericamente simétricas dos modelos
FLRW.[4]
Métrica de Friedman-Lemaître-Robertson-Walker 6

Ligações externas
• apresenta a formulação do universo de Friedmann - Lemaître, incluindo a constante cosmológica [5] (em inglês).
• argues for a generalization of the Friedmann Lemaitre universe by including anisotropy effects (intrinsic rotation
of the universe) [6] (em inglês).
[1] Araújo M.E. e Stoeger W.R., 1999, Phys. Rev. D, 60, 104020
[2] Araújo M.E., Arcuri R.C. , Bedran M.L. e Freitas L.R., 2001, Astrophys. J, 549, 716
[3] Stoeger W.R., Araújo M. E. e Gebbie T., 1997, Astrophys. J, 474, 435
[4] Marcelo Evangelista de Araújo, Sandra Regina Monteiro Masalskiene Roveda, William Stoeger; Perturbações esfericamente simétricas das
equações de Einstein em coordenadas observacionais. (http:/ / www. sbf1. sbfisica. org. br/ eventos/ enfpc/ xxii/ programa/ res0050. pdf) -
www.sbf1.sbfisica.org.br
[5] http:/ / www. worldscinet. com/ mpla/ 14/ 1427/ S021773239900198X. html
[6] http:/ / www. worldscinet. com/ mpla/ 12/ 1232/ S0217732397002594. html

• Friedmann, Alexander; Über die Krümmung des Raumes; 1922; Zeitschrift für Physik A; vol. 10; pages 377–386
; ISSN 0939-7922; DOI 10.1007/BF01332580
• Friedmann, Alexander; Über die Möglichkeit einer Welt mit konstanter negativer Krümmung des Raumes; 1924;
Zeitschrift für Physik A; vol. 21; pages 326–332; ISSN 0939-7922; DOI 10.1007/BF01328280
• d'Inverno, Ray; Introducing Einstein's Relativity;Oxford University Press; Oxford; 1992; ISBN 0-19-859686-3
(Ver capítulo 23 para uma particularmente clara e consisa introdução ao modelo FLRW.) (em inglês)
• Lemaître, Georges; Expansion of the universe, A homogeneous universe of constant mass and increasing radius
accounting for the radial velocity of extra-galactic nebulæ; 1931; Monthly Notices of the Royal Astronomical
Society; vol. 91; pgs 483–490; ABS (http://adsabs.harvard.edu/abs/1931MNRAS..91..483L) traduzido de
Lemaître, Georges; Un univers homogène de masse constante et de rayon croissant rendant compte de la vitesse
radiale des nébuleuses extra-galactiques; 1927; Annales de la Société Scientifique de Bruxelles; vol. A47; pgs
49–56 (em inglês)
• Lemaître, Georges (1933). «l’Univers en expansion». Annales de la Société Scientifique de Bruxelles A53: 51-85.
• Robertson, Howard Percy (1935). « Kinematics and world structure (http://adsabs.harvard.edu/abs/1935ApJ..
..82..284R)». Astrophysical Journal 82: 248-301.
• Robertson, Howard Percy (1936). « Kinematics and world structure (http://adsabs.harvard.edu/
abs?bibcode=1936ApJ....83..187R&)». Astrophysical Journal 83: 187-201.
• Robertson, Howard Percy (1936). « Kinematics and world structure (http://adsabs.harvard.edu/
abs?bibcode=1936ApJ....83..257R&)». Astrophysical Journal 83: 257–271.
• Walker, Arthur Geoffrey (1937). « On Milne’s theory of world-structure (http://plms.oxfordjournals.org/cgi/
content/citation/s2-42/1/90)». Proceedings of the London Mathematical Society 2 42: 90-127.
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Métrica de Friedman- Lemaître- Robertson- Walker  Fonte: http://pt.wikipedia.org/w/index.php?oldid=18692062  Contribuidores: Cesariouspin, Clff, Mschlindwein, Quiumen

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Modelo cíclico 1

Modelo cíclico
Nos anos 1930, físicos teóricos, mais notavelmente Einstein, consideraram a possibilidade de um modelo cíclico
para o universo como uma alternativa (eterna) para o "Big Bang". Entretanto, trabalho de Richard C. Tolman
mostrou que este inicialmente falha por causa do problema da entropia. Em mecânica estatística a entropia somente
aumenta por causa da segunda lei da termodinâmica. Isto implica que sucessivos ciclos têm de ser maiores e mais
longos. Extrapolando no passado, ciclos antes do presente teriam de ser mais curtos e pequenos culminando em um
Big Bang e então não o substituindo. Esta situação enigmática permaneceu for muitas décadas até o início do século
XXI quando a recentemente descoberta do componente "energia escura" apresentou nova esperança para uma
consistente cosmologia cíclica.
Um novo modelo cíclico é o modelo da cosmologia de branas de criação do universo, derivado do recente modelo
ecpirótico. Ele foi proposto em 2001 por Paul Steinhardt da Princeton University e Neil Turok da Cambridge
University. A teoria descreve um universo "explodindo na existência" não somente uma vez, mas repetidamente no
tempo. A teoria poderia potencialmente explicar porque uma misteriosa forma de energia repulsiva conhecida como
a "constante cosmológica", e a qual está acelerando a expansão do universo, é algumas ordens de magnitude menor
que a predita pelo modelo padrão Big Bang.
Um diferente modelo baseado na noção de energia fantasma foi proposto em 2007 por Lauris Baum e Paul Frampton
da University of North Carolina at Chapel Hill.

O modelo Steinhardt-Turok
Neste modelo cíclico, dois paralelos orbifolds planos ou M-branas colidem periodicamente num espaço
dimensionalmente superior. O universo quadridimensional visível situa-se sobre uma destas branas. As colisões
correspondem a uma reversão da contração para a expansão, ou um big crunch seguido imediatamente de um big
bang. A matéria e radiação que nós vemos hoje seriam geradas durante a mais recente colisão num padrão ditado
pelas flutuações quânticas criadas antes pelas branas. Eventualmente, o universo alcançou o estado que nós
observamos hoje, antes do início de uma contração novamente muitos bilhões de anos no futuro. A energia escura
corresponde a um força entre as branas, e fornece o papel crucial de resolver o problema do monopólo, o problema
do horizonte, e o problema da planitude. Além disso os ciclos podem continuar indefinidamente no passado e no
futuro, e a solução é um atrator, então pode fornecer uma completa história do universo.
Como Richard C. Tolman mostrou, o modelo cíclico inicial falhou porque o universo submeter-se-ia à inevitável
morte térmica termodinâmica. Entretanto, o modelo cíclico escapa disto por ter uma expansão a cada ciclo,
prevenindo a entropia de estabelecer-se. Entretanto, existem maiores problemas com o modelo. O primeiro deles é
que as branas colidindo não são entendidas pelos teóricos das cordas, e ninguém sabe se o espectro da invariância de
escala irá ser destruido pelo big crunch, ou o que ocorre quando duas branas colidem. Além disto, como a inflação
cósmica, quando o caráter geral das forças (no cenário ecpirótico, uma força entre duas branas) requerido para criar
as flutuações do vácuo é conhecido, não há um candidado da física de partículas. Ainda, o cenário usa algumas
idéias essenciais da teoria das cordas, principalmente dimensões extras, branas e orbifolds. A teoria das cordas em si
é uma idéia controversa em física.

O modelo Baum-Frampton
Este modelo cíclico mais recente, de 2007, faz uma diferente suposição técnica concernente a equação de estado da
energia escura a qual relaciona pressão e densidade através de um parâmetro w. Assume w < -1 durante todo um
ciclo, incluindo o presente. (Em contraste, Steinhardt-Turok supõe que w nunca é menor que -1.) No modelo
Baum-Frampton, um trilhonésimo de trilhonésimo (ou menos) de segundo antes de se ter o "Big Rip" a virada ocorre
e somente um padrão causal é mantido como nosso universo. O padrão genérico não contém quarks, léptons ou
Modelo cíclico 2

portadores de força somente energia escura e sua entropia desse modo desaparece. O processo adiabático da
contração deste muito menor universo toma lugar com o desaparecimento da entropia constante e com nenhuma
matéria incluindo qualquer buraco negro os quais se desintegram antes da virada.
A idéia que o universo "volta ao vazio" é uma nova idéia central deste modelo cíclico, e evita muitas dificuldades
confrontando matéria em uma fase de contração tal como excessiva formação de estrutura, proliferação e expansão
de buracos negros, tão bem como através de fases de transição reversas tais como recombinação, QCD e transições
eletrofracas. Qualquer destes tenderia fortemente a produzir um indesejado rebote prematuro, simplesmente para
evitar a violação da segunda lei da termodinâmica. A surpreendente condição w < -1 deve ser logicamente inevitável
em uma cosmologia verdadeiramente cíclica e infinita por causa do problema da entropia. Não obstante, muitos
cálculos são necessários para confirmar a consistência de tal aproximação. Embora o modelo tome idéias da teoria
das cordas, não é necessariamente relacionada as cordas, ou a mais elevadas dimensões, embora tais dispositivos
especulativos possam prover os mais favoráveis métodos para investigar a consistência interna. O valor de w no
modelo Baum-Frampton pode ser arbitrariamente aproximado, mas deve ser menor que -1.

Modelos distintos
A missão Planck deverá fornecer uma medida de w sem precedentes de precisão, dircobrir se w < -1 ou não, e desse
modo resolver questões entre os modelos.

Implicações na Filosofia
As afirmações de um universo eterno (seja na forma que este eterno assuma) possuem profundas implicações para a
Filosofia e seu tratamento do mundo (o termo que é usado neste campo do conhecimento). Para determinadas
definições de tempo, já incompletas e um tanto primitivas em Kant o tratamento de um universo infinito ou finito já
mostrava-se não completamente confiável e dedutível por lógica aplicada. Aqui, sua obra Crítica da Razão Pura já
lança fundamentos para a Filosofia da Ciência que estaria por vir posteriormente.
Mas com o advento de Teoria da Relatividade, como é citado por Stephen Hawking em seu livro O Universo numa
Casca de Noz, os paradigmas do tratamento do tempo pelos físicos ficaram ainda mais distantes da Mecânica
Clássica, como era tratado aos tempos de Newton, sendo esta a maior contribuição de Einstein e os outros
contribuidores para a "física moderna" para a Filosofia.
Nesta evolução do pensamento, o que seja o tempo passou a ser uma consequência da existência do Universo, uma
de suas dimensões, e não uma "textura" absoluta sobre a qual os fenômenos físicos se dão. Mas ainda persistem as
questões referentes a argumentos cosmológicos, como o argumento cosmológico Kalam[1] , que limita o tempo como
não infinito, ou a não existência da eternidade, dentro de determinadas definições de tempo. Sobre tais questões,
sempre nos alerta para a crição de um "mito científico" (expressão usada em sua obra para leigos "O que é
Cosmologia?"[2] ) o cosmólogo Mario Novello e aborda a questão com paralelos à obra de Kant em "Crítica da razão
cósmica"[3] .
Assim sendo, os modelos cíclicos buscam tratar o que seja a existência e o próprio tempo dentro de outras
definições[4] , que não faça os raciocínios empregados em tais teorizações cosmológicas cairem em antinomias.[5]
Modelo cíclico 3

Referências
[1] Stanford Encyclopedia of Philosophy - Arabic and Islamic Natural Philosophy and Natural Science - 1.2 Space and Time -
plato.stanford.edu (http:/ / plato. stanford. edu/ entries/ arabic-islamic-natural/ #SpaTim) (em inglês)
[2] NOVELLO, M. . O que é Cosmologia?. 1. ed. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 2006. v. 1. 176 p.
[3] NOVELLO, M. ; FREITAS, L. R. . Crítica da razão cósmica. In: Adauto Novaes. (Org.). A crise da razão. 01 ed. São Paulo: Companhia das
Letras, 1996, v. , p. 495-506.
[4] Stanford Encyclopedia of Philosophy - Time - 3. The Topology of Time - plato.stanford.edu (http:/ / plato. stanford. edu/ entries/ time/
#TopTim) (em inglês)
[5] Vaas, Ruediger ; Time before Time - Classifications of Universes in contemporary cosmology, and how to avoid the antinomy of the
beginning and eternity of the world; philsci-archive.pitt.edu (http:/ / philsci-archive. pitt. edu/ archive/ 00001910/ ); 2004 (em inglês)

• Tolman, R.C.. Relativity, Thermodynamics, and Cosmology .Oxford:  LCCN 340-32023Reissued (1987) New
York: Dover ISBN
0-486-65383-8.
• Lauris Baum and Paul H. Frampton, Phys. Rev. Lett. 98, 071301 (2007).

Veja também
• Constante cosmológica
• Universo oscilante
• Grande rebote

Ligações externas
• Paul J. Steinhardt (http://feynman.princeton.edu/~steinh), Department of Physics, Princeton University
• Paul H. Frampton (http://www.physics.unc.edu/~frampton), Department of Physics and Astronomy, The
University of North Carolina at Chapel Hill
• cyclic universe on arxiv.org (http://xstructure.inr.ac.ru/x-bin/theme2.py?arxiv=hep-th&level=1&
index1=3326179)
• Simplified Overview Comparing Standard and Ekpyrotic Models of the Universe (http://www.historyincontext.
com/Articles/Cosmology/1-BeforeBigBang.htm)
• "The Cyclic Universe": A Talk with Neil Turok (http://www.edge.org/video/dsl/turok07.html)
Fontes e Editores da Página 4

Fontes e Editores da Página


Modelo cíclico  Fonte: http://pt.wikipedia.org/w/index.php?oldid=18847844  Contribuidores: Leandromartinez, Py4nf, Quiumen, Roamara, 3 edições anónimas

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http:/ / creativecommons. org/ licenses/ by-sa/ 3. 0/

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