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07‐12‐2009

Filipe Rocha - Dezembro 2009


ELECTRICIDADE
1 Corrente Contínua

INTRODUÇÃO
 Falar de electricidade implica falar em
grandezas, aparelhos, leis, circuitos e em tudo o
que podemos relacionar com a electricidade.
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 Mas antes de falar em tudo isto é necessário


perceber como são constituídos os corpos.

 Todos os corpos são constituídos por pequenas


partículas, que vão definir o tipo de material em
causa.
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CONSTITUIÇÃO DA MATÉRIA
 A matéria que se pode encontrar no estado sólido,
liquido ou gasoso é constituída por moléculas e
estas podem ainda ser subdivididas em partículas

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menores que são os átomos.

 Exemplo:

1 molécula 2 átomos de 1 átomo de


de água hidrogénio oxigénio
H2 O  H2 + O

ESTRUTURA DO ÁTOMO
 O átomo é basicamente
formado por três tipos
de partículas
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elementares: electrões,
protões e neutrões.
 Os protões e os
neutrões estão no
núcleo do átomo e os
electrões giram em
órbitas electrónicas à
volta do núcleo do
átomo.
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CARGA ELÉCTRICA DAS PARTÍCULAS

 A carga eléctrica do

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electrão é igual à carga
do protão, porém de sinal
contrário: o electrão
possui carga negativa (-)
e o protão carga eléctrica
positiva ((+).
p ) O neutrão
não possui carga
eléctrica, isto é, a sua
carga é nula.
5

ÓRBITAS ELECTRÓNICAS
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 Num átomo, os electrões que giram em volta do


núcleo distribuem-se em várias órbitas ou
camadas electrónicas num total máximo de sete
(K, L, M, N, O, P, Q). 6

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CARGA ELÉCTRICA DO ÁTOMO


 Em qualquer átomo, o
número de protões
contidos no seu núcleo
ú é

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igual ao número de
electrões que giram à
volta dele, ou seja, a carga
eléctrica do átomo é nula,
pois a carga positiva dos
protões é anulada pela
carga negativa dos
electrões.
 Um átomo nesse estado
está electricamente
neutro. 7

IÕES POSITIVOS E IÕES NEGATIVOS


 Um átomo quando electricamente neutro poderá
ganhar (receber) ou perder (ceder) electrões.
Quando ele ganha um ou mais electrões, dizemos que
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se transforma num ião negativo.
 Quando um átomo perde um ou mais electrões,
dizemos que ele se transforma num ião positivo.

 Exemplo: Se o átomo de sódio (Na) ceder um electrão ao átomo de cloro


((Cl) passamos
p a ter um ião p
positivo de sódio e um ião negativo
g de
cloro.

Ião negativo Ião positivo


-
de cloro
Cl Na+ de sódio

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ELECTRÕES DE VALÊNCIA
 A órbita electrónica ou
camada mais afastada do
núcleo é a camada de

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valência e os electrões dessa
camada são chamados de
electrões de valência.
 Num átomo, o número
máximo de electrões de
valência
lê i é ded oito.
it Quando
Q d
um átomo tem oito electrões Electrão de valência
de valência diz-se que o
átomo tem estabilidade
química ou molecular. 9

CONDUTORES
 Os átomos com 1, 2 ou 3 electrões de valência têm
uma certa facilidade em cedê-los jjá que
q a sua
camada de valência está muito incompleta (para
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estar completa deveria ter 8 electrões de


valência).
 Por exemplo, um átomo de cobre tem um electrão
de valência o que faz com que ele ceda com muita
facilidade esse electrão (electrão livre).
Número atómico do cobre = 29 (número total de electrões no
átomo)

K=2 2n2 = 2x12 = 2


L=8 2n2 = 2x22 = 8
M=18 2n2 = 2x32 = 18 K L M N
29P
N=1
10

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ISOLADORES
 Os átomos que têm entre 5 e 8 electrões de
valência não cedem facilmente electrões já que a
sua camada de valência está quase completa

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(para estar completa deveria ter 8 electrões de
valência).
 O vidro, a mica, a borracha estão neste caso.

 Estes materiais não são condutores da corrente


eléctrica porque não têm electrões livres sendo
necessário aplicar-lhes uma grande energia para
passar os electrões de banda de valência para a
banda de condução.
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SEMICONDUTORES

Número atómico do
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Germânio: 32
Número atómico do
Silício: 14

 Os átomos com 4 electrões de valência


geralmente não ganham nem perdem electrões, é
o que acontece com os materiais semicondutores,
Germânio (Ge) e Silício (Si). 12

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SEMICONDUTORES
Energia

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 Num material isolante é necessário aplicar muita energia (por
exemplo, muita tensão eléctrica) para passar os electrões da banda de
valência para a banda de condução já que a banda proibida é muito
larga.

 Pelo contrário, num material condutor a passagem dos electrões da


banda de valência para a banda de condução faz-se facilmente já que
não existe banda proibida.
13
 Os materiais semicondutores estão numa situação intermédia entre
os materiais isoladores e condutores.

CIRCUITO ELÉCTRICO
 No estudo de um circuito eléctrico recorre-se por
vezes à sua analogia com um circuito de água,
por exemplo o representado na figura:
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Diferença de potencial hidráulico

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CIRCUITO ELÉCTRICO
 No circuito hidráulico da figura, os dois depósitos
têm água
g a níveis diferentes e esta diferençaç do
potencial hidráulico provoca um deslocamento de

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água do depósito mais cheio para o mais vazio.

 Esta corrente de água pára quando os dois


depósitos tiverem o mesmo nível de água.

 A partir daqui, para manter a corrente de água é


necessário que haja uma fonte que forneça água
ao depósito da esquerda ou uma bomba que eleve
a água da direita para a esquerda como a seta
indica. 15

CIRCUITO ELÉCTRICO
 Circuito eléctrico é um caminho fechado
percorrido por uma corrente de electrões que
constitui a corrente eléctrica.
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 Um circuito eléctrico é sempre constituído por:


 Um gerador;
 Condutores e isoladores eléctricos;
 A
Aparelhos
lh d de protecção;
t ã
 Aparelhos de comando e corte;
 Aparelhos de medida e contagem;
 Aparelhos de regulação;
16
 Receptores (lâmpadas, motores, irradiadores, etc).

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CIRCUITO ELÉCTRICO
 Tendo em conta um circuito eléctrico constituído por
dois condutores A e B ligados por um fio.

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 Se houver uma diferença de potencial eléctrico entre
A e B, vamos ter movimento de cargas eléctricas
entre A e B, que termina quando os dois condutores
atingirem o mesmo potencial eléctrico isto é, quando
a sua diferença de potencial for nula.

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Diferença de potencial eléctrico

CIRCUITO ELÉCTRICO
 Para manter esta diferença de potencial é
necessário que haja uma fonte que a mantenha
no mesmo valor.
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Circuito eléctrico com receptor


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DIFERENÇA DE POTENCIAL

Q l o que ttem maior


Qual i potencial?
t i l?

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A B C D

 Aquele tem maior potencial é o corpo A


 O que tem menor potencial é o corpo B

 O corpo C tem maior potencial que o B


19
 O corpo D tem maior potencial que o C

DIFERENÇA DE POTENCIAL
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DIFERENÇA DE POTENCIAL

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TENSÃO ELÉCTRICA (U)


 A primeira grandeza eléctrica fundamental é a
diferença de potencial ou tensão que se
representa pela letra U e se exprime na unidade
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chamada volt (V). Esta unidade mede-se com um


aparelho chamado voltímetro.

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TENSÃO ELÉCTRICA (U)


 O potencial de um ponto ou de um condutor é a
diferença de potencial entre esse ponto ou esse
condutor e o potencial que se tome para referência
f ou

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nível zero.

 Todos os aparelhos eléctricos têm algumas


características que convém respeitar numa utilização
correcta.

 Uma dessas características é a sua tensão nominal,


que deve ser entendida como o valor normal da tensão
de utilização, valor este que vem indicado nos
próprios aparelhos na designada chapa de
características. 23

CORRENTE ELÉCTRICA (I)


 Quando se fecha um circuito eléctrico isto é,
quando se estabelece um caminho fechado,
aparece nos condutores e nos restantes
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componentes do circuito uma corrente eléctrica,


desde que haja uma diferença de potencial entre
as extremidades do circuito.

 Antigamente explicava-se
explicava se a corrente eléctrica
como sendo um movimento de cargas eléctricas
através dos condutores, do pólo positivo, o de
maior potencial eléctrico, para o pólo negativo, o
de menor potencial. 24

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CORRENTE ELÉCTRICA (I)


 Mais tarde a teoria electrónica explicou que a
corrente eléctrica é um movimento de cargas
g
negativas que estão associadas aos electrões

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livres dos átomos dos condutores.

 Assim, e de acordo com este conceito, o sentido da


corrente eléctrica é o sentido do deslocamento dos
electrões; a este sentido designa-se sentido real
da corrente.
corrente

 O sentido real é contrário ao sentido adoptado


anteriormente e que se passou a designar sentido
convencional da corrente. 25

CORRENTE ELÉCTRICA (I)


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 Vimos então
Vi tã que a correntet eléctrica
lé t i é uma corrente
t de
d
electrões; estes como é lógico podem deslocar-se em maior
ou menor quantidade.

 Esta quantidade de electrões ou de corrente eléctrica


designa-se por intensidade de corrente, e representa-se 26
simbolicamente pela letra l.

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CORRENTE ELÉCTRICA (I)


 Intensidade de corrente é a quantidade de
electricidade que passa num ponto de um
circuito, na unidade de tempo.

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I – intensidade da corrente eléctrica (ampéres – A)
Q – quantidade de electricidade (coulombs – C)
t – tempo (segundos – s)

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EFEITOS DA CORRENTE ELÉCTRICA


 Efeito térmico ou efeito Joule
 Qualquer condutor sofre um aquecimento ao ser
atravessado por uma corrente eléctrica.
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Esse efeito é a base de funcionamento dos


aquecedores eléctricos, chuveiros eléctricos, secadores
de cabelo, lâmpadas térmicas etc.

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EFEITOS DA CORRENTE ELÉCTRICA


 Efeito luminoso
 Em determinadas condições,
condições a passagem da corrente
eléctrica através de um gás rarefeito faz com que ele

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emita luz. As lâmpadas fluorescentes e os anúncios
luminosos. são aplicações desse efeito. Neles há a
transformação directa de energia eléctrica em energia
luminosa.

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EFEITOS DA CORRENTE ELÉCTRICA


 Efeito magnético
 Um condutor percorrido por uma corrente eléctrica
cria, na região próxima a ele, um campo magnético.
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Este é um dos efeitos mais importantes, constituindo


a base do funcionamento dos motores,
transformadores, relés, etc.

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EFEITOS DA CORRENTE ELÉCTRICA


 Efeito químico
 Uma solução electrolítica sofre decomposição
decomposição, quando
é atravessada por uma corrente eléctrica. É a

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electrólise. Esse efeito é utilizado, por exemplo, no
revestimento de metais: cromagem, niquelação, etc.

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FORÇA – ELECTROMOTRIZ (FEM)


 Conforme já foi referido quando se ligam dois
pontos a p
p potenciais diferentes,, dá-se um fluxo de
electrões até que a diferença de potencial se
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anula.

 No entanto para alimentar um circuito eléctrico é


necessário manter a diferença de potencial
constante, para isso é necessário intercalar um
gerador
gerador.

 O gerador, é por definição, um aparelho que


mantém constante a diferença de potencial entre
os seus terminais. 32

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FORÇA – ELECTROMOTRIZ (FEM)

Colocar

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imagem
 A força electromotriz é a capacidade que o
gerador tem de manter constante a diferença de 33

potencial aos seus terminais.

RESISTÊNCIA ELÉCTRICA (R)


 Por experiência sabemos que nem todos os materiais se
comportam do mesmo modo perante a corrente eléctrica.
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 Uns permitem com muita facilidade a passagem da


corrente de electrões livres que constitui essa corrente,
como por exemplo os cobre, a prata e o alumínio e chamam-
se bons condutores ou simplesmente condutores.

 Outros oferecem grande dificuldade à passagem da mesma


corrente e são maus condutores,
condutores como por exemplo o cromo-
níquel.

 Outros, ainda impedem a passagem da corrente eléctrica e


dizem-se isoladores, como é o caso do vidro e da cerâmica.
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RESISTÊNCIA ELÉCTRICA (R)


 Em electricidade chama-se resistência à oposição
ao deslocamento da corrente eléctrica.

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 Resistência eléctrica de um condutor ou de outro
corpo qualquer é a maior ou menor dificuldade
que ele apresenta à passagem da corrente
eléctrica.

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RESISTÊNCIA ELÉCTRICA (R)


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RESISTIVIDADE ELÉCTRICA
 Assim sendo, há que ter a noção de que não
existem condutores p
perfeitos;; todos os materiais
têm uma resistência eléctrica maior que 0 ohms.

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 A resistência de um condutor depende
essencialmente da natureza do material de que é
feito, através de uma sua característica chamada
resistividade do material que se representa pela
letra ρ (ró).
(ró)

 Outros factores que determinam a resistência


eléctrica de um condutor são as suas dimensões
físicas, comprimento e secção. 37

RESISTIVIDADE ELÉCTRICA
 As dependências referidas são expressas na fórmula
que nos permite calcular a resistência de um
condutor.
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 A resistividade eléctrica de um material é a


resistência eléctrica de 1metro de comprimento desse
material com uma secção de 1 metro quadrado.
009

 Onde:
 R – resistência eléctrica (ohm – Ω)
 ρ – resistividade eléctrica (ohm.milimetro2/metro – Ω.mm2/m)
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 l – comprimento do condutor (metro – m)
 S – secção do condutor (milímetro quadrado)

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RESISTIVIDADE ELÉCTRICA
 A resistividade eléctrica é uma grandeza que
depende única e exclusivamente das
características intrínsecas do material, ou seja,

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da sua estrutura atómica e molecular.

 Deste ponto de vista podemos concluir que cada


material tem o seu próprio valor de resistividade
eléctrica e que esse valor é constante.
constante

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RESISTIVIDADE ELÉCTRICA
Resistividade (Ω. mm2/m)
Material
a 20 °C
Prata 0,016
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Cobre 0,017
Ouro 0,024
Alumínio 0,028
Tungsténio 0,055
Platina 0,11
Ferro 0,13
Chumbo 0,21
Maillechort 0,30
Manganina 0,42
Constantan 0,50
Ferro-níquel 0,80
Cromo-níquel 1,09 40

Carvão 10 a 80

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COEFICIENTE DE TEMPERATURA
 Sabemos que as características dos materiais sofrem
alterações se houver uma mudança de temperatura,
logo se o valor da temperatura mudar o valor da

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resistividade também mudará e o valor da sua
resistência eléctrica também.

 Para termos em conta estas variações de resistência


foi definido o conceito coeficiente de temperatura, que
é representado pela letra α (alfa).

 O coeficiente de temperatura é definido como a


“variação sofrida pela resistência de 1Ω de um
determinado material, quando a sua temperatura
aumenta de 1ºC”. 41

COEFICIENTE DE TEMPERATURA

Coeficiente de
Material
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temperatura (ºC-1)
Prata 0,004
Cobre 0,004
Ouro 0,004
Alumínio 0,004
Maillechort 0,0003
g
Manganina 0,00002
Constantan 0,00001
Ferro-níquel 0,0009
Cromo-níquel 0,00005
Carvão - 0,0003
42

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COEFICIENTE DE TEMPERATURA
 Deste modo temos que determinar as novas
resistências para novas temperaturas. Para tal
utilizam-se as seguintes expressões:

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 Onde:
 Rf – resistência eléctrica final (ohm – Ω), à temperatura tf
 Ri – resistência eléctrica inicial (ohm – Ω), à temperatura ti
 α – coeficiente de temperatura (ºC-1)
 tf – temperatura final ((ºC)
C)
 ti – temperatura inicial ºC)

 Onde:
 ρf – resistividade eléctrica final (ohm.milimetro2/metro – Ω.mm2/m),
à temperatura tf 43
 ρi – resistividade eléctrica inicial (ohm.milimetro2/metro – Ω.mm2/m),
à temperatura ti

LEI DE OHM
 George Simon Ohm descobriu experimentalmente
(1826) que, para qualquer condutor metálico,
existe uma proporcionalidade constante entre a
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tensão aos seus terminais e a corrente que o


percorre:

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LEI DE OHM
 Em 1827 o mesmo George Simon Ohm enuncia a
chamada lei de ohm, que diz o seguinte:

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 Lei de Ohm – “É constante o quociente entre a tensão
aplicada a um condutor (ou receptor térmico ou resistivo)
linear e a intensidade de corrente que o percorre. A esta
constante de proporcionalidade dá-se o nome de resistência
eléctrica R” .

 Onde:
 R – resistência eléctrica (ohm – Ω)
 U – tensão eléctrica (volt – V) 45
 I – corrente eléctrica (ampére – A)

LEI DE OHM
 A partir da lei de ohm podemos obter mais duas
e p essões:
expressões:
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U
R I

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LEI DE OHM
 Exemplo 1:
 Ca
Calcule
c e o valor
va o daa co
corrente
e e eléctrica
e éc ca num
circuito, onde a tensão mede 10 volts e a

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resistência é de 20Ω

U
R I

47

LEI DE OHM
 Exemplo 2:
 Suponhamos que aplicávamos 24V a um reóstato
de 40Ω / 2A, e que fazíamos três ensaios: um com
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resistência máxima (40Ω), outro com meia


resistência(20Ω) e outro com ¼ da resistência
(10Ω). Complete o quadro:

U
U (V) R (Ω) I(A)
12 40 0,3 R I
12 20 0,6
12 10 1,2
48

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ASSOCIAÇÃO DE RECEPTORES
 Como é do conhecimento geral existem vários
tipos de receptores, os quais transformam a
energia eléctrica em diversas formas de energia.

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 Sendo os mais comuns, os seguintes receptores:
lâmpadas, caloríficos, motores, acumuladores,
etc.

 Tendo eles comportamentos bastante distintos,


podemos dividi-los em dois grandes grupos:
receptores puramente resistivos e receptores com
49
força contra-electromotriz.

ASSOCIAÇÃO DE RECEPTORES
 Tipos de associação
 Num circuito eléctrico os receptores podem ser
associados de três formas: associação em série,
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associação em paralelo e associação mista.

 Cada uma delas tem as suas características e as suas


próprias aplicações, dependendo da função dos
receptores e do tipo de instalação.

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ASSOCIAÇÃO EM SÉRIE
 Diz-se que dois ou mais receptores estão ligados em série
quando são ligados de tal forma que a corrente que percorre
um deles
d l é a mesma que percorre os outros
t todos.
t d

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 Esta associação permite que a tensão em cada lâmpada
seja inferior à tensão total aplicada, permitindo assim
aplicar no circuito lâmpadas de tensão inferior à da rede.
Tem como desvantagem o facto de se uma das lâmpadas
fundir, as restantes ficam sem corrente.

I I I I

A A

U L1 L2 L3
51

ASSOCIAÇÃO EM SÉRIE
 Características:
 A intensidade (I) é a mesma em todas as resistências
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 A tensão total aplicada (U) é igual à soma das tensões


parciais nas diferentes resistências:

 A resistência total equivalente é igual à soma das


resistências parciais:

 As tensões parciais em cada resistência são, segundo


a lei de ohm, directamente proporcionais aos valores
das resistências: , , etc.
52

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ASSOCIAÇÃO EM SÉRIE
 Neste exemplo temos duas resistências cada uma
delas com um voltímetro em paralelo, um
voltímetro em paralelo com todo o circuito para

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medir a sua tensão e um amperímetro em série
que vai permitir medir a corrente do circuito.
A
I
+12 A
V B

R1 V U1
U = 12V V U C
D

R2 V U2 53
E
0V
F

ASSOCIAÇÃO EM SÉRIE
 Analisando o circuito podemos concluir que existe uma queda de
tensão (12V) entre A e F.

Percorrendo o circuito ponto a ponto verifica-se que entre A e B a


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queda de tensão é 0V pois estes pontos estão ao mesmo potencial,
entre B e C vai existir uma queda de tensão provocada pela
resistência (4V), entre C e D não há queda de tensão pois são pontos
com o mesmo potencial, entre D e E temos outra resistência que vai
provocar mais uma queda de tensão, neste caso de 8V e entre E e F
não há queda de tensão pois estes pontos estão ao mesmo potencial.

 Em A e B temos12V
 E C e D temos
Em t 8V
 Em E e F temos 0V

 Entre A e F temos 12V, medidos pelo primeiro voltímetro (U)


 Entre B e E temos 12V, medidos pelo primeiro voltímetro (U)
 Entre B e C temos 4V, medidos pelo segundo voltímetro (U1) 54
 Entre D e E temos 8V, medidos pelo terceiro voltímetro (U2)

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ASSOCIAÇÃO EM PARALELO
 Diz-se que dois ou mais receptores estão ligados em
paralelo quando são submetidos à mesma tensão, ou
seja a tensão aos terminais de cada receptor é sempre
seja,
a mesma.

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 Esta associação é a mais vulgarmente utilizada, pois
torna os receptores independentes uns dos outros, ou
seja, mesmo que um falhe os outros continuarão a
funcionar.
I

I1 A I2 A I3 A

U V
R M L
55

ASSOCIAÇÃO EM PARALELO
 Características:
 A tensão (U) é a mesma em todas as resistências
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 A intensidade total aplicada (I) é igual à soma das


intensidades parciais nas diferentes resistências:

 O inverso da resistência total equivalente é igual à


soma dos inversos das resistências parciais:

 As tensões parciais em cada resistência são, segundo


a lei de ohm, directamente proporcionais aos valores 56
das resistências: , , etc.

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ASSOCIAÇÃO EM PARALELO
 Existem no entanto dois casos particulares para o
cálculo da resistência total equivalente na
associação em paralelo:

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 Quando as resistências são todas iguais:

em que n é o número de resistências

 Quando temos apenas duas resistências:

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ASSOCIAÇÃO MISTA
 Este tipo de associação consiste em ligar uns
receptores em série e outros em paralelo, no mesmo
circuito.
circuito
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 Este tipo de associação só é utilizado em situações


muito específicas, como por exemplo: montagens
laboratoriais e circuitos internos de aparelhagem
eléctrica.
I2 L2
A
I1
A

L1 A
U
I3 L3 58

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07‐12‐2009

DIVISOR DE TENSÃO
 O divisor de tensão permite-nos obter vários níveis de
tensão num circuito, quando não existem fontes de
alimentação
li t ã variáveis
iá i que o permitam
it fazer.
f Isto
I t é

Filipe Rocha - Dezembro 20


conseguido através da ligação de resistências no circuito.

 É uma aplicação específica da associação em série.

R1 U1

009
U

R2 U2
59

DIVISOR DE CORRENTE
 O divisor de corrente permite-nos obter vários níveis
de corrente num circuito, para alimentar diferentes
cargas.
Filipe Rocha - Dezembro 20

 É uma aplicação específica da associação em paralelo.

I1 I2
009

U R1 R2

60

30
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ENERGIA
 Acontece, certamente, haver dias em que nos
cansamos mais facilmente do q que é habitual,, ou seja,
j ,
estamos com pouca energia, falta-nos “força” para

Filipe Rocha - Dezembro 20


realizar trabalhos ou tarefas.

 O que é afinal energia?


 A energia é a capacidade que um corpo possui de produzir
trabalho.

009
 Exemplos:
E l serrar uma tábua
áb ded madeira,
d i levantar
l ou
deslocar um peso, andar de bicicleta…

 No fim de contas o que acontece é haver uma


61
transferência de energia ou transformação energética.

TRANSFORMAÇÕES ENERGÉTICAS
 A energia tem várias proveniências ou fontes, que
podem ser classificadas em dois g
p grupos:
p
Fontes renováveis
Filipe Rocha - Dezembro 20


 Fontes “não renováveis”

 As fontes renováveis são aquelas que,


teoricamente, são inesgotáveis.
 O sol, o vento, o movimento das águas, etc.
009

 As fontes “não renováveis” vão-se esgotando ao


longo do tempo, tendo assim uma duração
limitada.
62
 O petróleo, o carvão, o urânio, etc.

31
07‐12‐2009

TRANSFORMAÇÕES ENERGÉTICAS
 A partir destas fontes obtemos as respectivas
energias.
g
Energias renováveis

Filipe Rocha - Dezembro 20



 Energia solar, energia eólica, energia hidroeléctrica, energia
das marés, etc.
 Energias “não renováveis”
 Energia termoeléctrica (a partir dos combustíveis já
referidos)

009
 Podemos pois concluir que existem diversas
formas de energia, como: energia química,
energia térmica, energia eléctrica, energia
mecânica, energia magnética e electromagnética,
etc. 63

TRANSFORMAÇÕES ENERGÉTICAS
 A partir das diversas formas de energia podemos
obter algumas transformações energéticas:
 Energia eléctrica em energia mecânica
Filipe Rocha - Dezembro 20

 Energia mecânica em energia eléctrica


 Energia eléctrica em energia térmica
 Energia térmica em energia eléctrica
 Etc.

 Em qqualquer
q dos casos,, verifica-se a “Lei da
009

conservação da energia”, que diz: “Num sistema


energético, não há criação nem destruição de energia,
mas apenas transformações e transferências de
energia; se o sistema for isolado, a energia total
mantém-se constante.” 64

32
07‐12‐2009

O EFEITO DE JOULE
 O efeito de joule é o efeito térmico da corrente
eléctrica, que tem esse nome em homenagem ao
físico inglês James Joule que primeiro o estudou.

Filipe Rocha - Dezembro 20


 Ou seja, o efeito de joule é a libertação de calor
num condutor ou receptor quando este é
percorrido por uma corrente eléctrica.

009
 Este efeito pode ter vantagens e inconvenientes
que estudaremos mais à frente.
65

LEI DE JOULE
 Em 1841, James Prescott Joule enunciou a seguinte
lei:
Filipe Rocha - Dezembro 20

 Lei de Joule: “A energia eléctrica que se transforma em


energia calorífica num receptor ou condutor é directamente
proporcional à resistência eléctrica destes, ao quadrado da
intensidade da corrente que os percorre e ao tempo de
passagem da corrente.”
009

 Onde:
 W – energia eléctrica transformada (joules – J)
 R – resistência eléctrica (ohm – Ω)
 I – intensidade de corrente eléctrica (ampére – A) 66
 t – tempo de passagem da corrente (segundos – s)

33
07‐12‐2009

LEI DE JOULE
 Por vezes, não se fala em energia calorífica mas
sim em quantidade de calor Q, cuja unidade é a
caloria (cal).

Filipe Rocha - Dezembro 20


 Onde:
 Q – quantidade de calor (caloria – cal)
 R – resistência eléctrica ((ohm – Ω))

009
 I – intensidade de corrente eléctrica (ampére – A)
 t – tempo de passagem da corrente (segundos – s)

1 cal = 4,18 J 1 J = 0,24 cal 67

POTÊNCIA
 Como vimos na lei de joule, a energia eléctrica
consumida num receptor depende do intervalo de
tempo em que a corrente percorre o receptor.
Filipe Rocha - Dezembro 20

 No entanto nem todos os receptores são iguais,


podemos ter duas resistências diferentes a
consumir a mesma energia mas em intervalos de
tempo diferentes.
diferentes
009

68

34
07‐12‐2009

POTÊNCIA
 Vejamos então os seguintes exemplos:
 Dois receptores
p diferentes consomem a mesma
energia:

Filipe Rocha - Dezembro 20


 Receptor 1: consome 1500 J durante 3 s
 Receptor 2: consome 1500 J durante 1,5 s

 Dois geradores diferentes geram a mesma energia


eléctrica:
 Gerador 1: gera 1500 J durante 3 s
G
Gerador
d 2:2 gera 1500 J durante
d t 1,5
15s

009

 Dois motores diferentes geram a mesma energia


mecânica:
 Motor 1: gera 1500 J durante 3 s 69
 Motor 2: gera 1500 J durante 1,5 s

POTÊNCIA
 Como podemos ver pelos exemplos, apesar da energia
consumida ou fornecida ser sempre a mesma, ela é
conseguida em intervalos de tempo diferentes,
diferentes ou
seja, a velocidade de consumo ou fornecimento é
Filipe Rocha - Dezembro 20

diferente. Para os casos apresentados temos:

 Define-se assim o conceito genérico de potência como


a energia absorvida ou fornecida na unidade de
tempo.
W
009

 Onde:
P t
 P – potência (joule por segundo ou watt – J/s ou W)
70
 W – energia (joule – J)
 t – tempo de passagem da corrente (segundos – s)

35
07‐12‐2009

OUTRAS UNIDADES DE POTÊNCIA E


ENERGIA

 Potência
 Cavalo vapor

Filipe Rocha - Dezembro 20


 1 cavalo vapor (CV) = 735,5 watts

 Horse power
 1 horse power (HP) = 746 watts

 Energia

009
 Watt-hora
 1 watt-hora (Wh) = 3600 Joules (J)

71

POTÊNCIA ELÉCTRICA
 Define-se potência eléctrica fornecida por um
gerador como o produto da tensão, aos seus
terminais, pela intensidade de corrente fornecida.
Filipe Rocha - Dezembro 20

P
U I
009

 Onde:
 P – potência eléctrica(watt – W)
 U – tensão eléctrica (volt – V)
72
 I – intensidade da corrente eléctrica (ampere – A)

36
07‐12‐2009

POTÊNCIA E ENERGIA ELÉCTRICA


 Se tivermos um conjunto de receptores ligados
em série, em paralelo ou em associação mista, a
potência eléctrica total é dada pela soma das

Filipe Rocha - Dezembro 20


potências eléctricas individuais:

 Assim como a energia eléctrica total é dada pela


soma d
das energias
i eléctricas
lé t i individuais:
i di id i

009
73

FORMULÁRIO GERAL
Filipe Rocha - Dezembro 20
009

74

37

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