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Orientador:
Prof. Dr. Marcello Augusto Faraco de Medeiros
Sumário
2-Agradecimentos:...................................................................................................................... 5
3-Introdução: .............................................................................................................................. 6
4-Especificações de Projeto:....................................................................................................... 7
5-Critério adotado: .................................................................................................................... 11
6-Desenvolvimento do aerofólio: ............................................................................................. 13
6.1-Análise detalhada do Boeing 737-100: ........................................................................... 13
7– A decisão: ............................................................................................................................ 33
7.1 – Uma pequena introdução ao conceito escolhido:......................................................... 33
2-Agradecimentos:
3-Introdução:
No ensejo de contribuir com a atividade de projeto de conclusão de curso, aos alunos
graduandos em Engenharia Mecânica com ênfase em Aeronáutica da Escola de Engenharia de
São Carlos (instituto da Universidade de São Paulo), ingressantes no ano de 2005, foi proposta a
concepção de um aerofólio a ser avaliado considerando a missão da família de aeronaves a ser
projetada na disciplina de Projeto Aeronáutico, denominada no jargão aeronáutico como “jato
regional” de cerca de 100 passageiros e velocidade de cruzeiro Mach 0.8. Sendo que um “jato
regional” consiste numa aeronave civil para o transporte de passageiros a distâncias regionais,
como as aeronaves, EMB 170-175, EMB 190-195, CRJ 700-705, CRJ 900, A 318, Boeing 737-
600 entre muitas outras, operadas por empresas como Passaredo, Azul, Ocean Air no Brasil, ou
empresas internacionais como RAK Airlines, Frontier Airlines, Air France, Mexicana,
Paramount India, LOT Polish Airlines, entre outras neste vasto mercado aeronáutico.
O desenvolvimento do aerofólio é parte da avaliação das disciplinas Trabalho de Conclusão de
Curso I e II, uma vez que a assuntos necessários para o desenvolvimento deste projeto já foram
estudados em disciplinas do curso de graduação como Aeronaves, Aerodinâmica I e II, além de
Dinâmica dos Gases. Tratando-se, pois de um escoamento viscoso, a simulação e o projeto em si
foram desenvolvidos com o auxílio dos softwares de livre XFLR5, uma versão com interface
mais “amigável” do XFOIL, e CFX10. O primeiro efetua cálculos de camada limite usando
algumas aproximações (embora tenha se mostrado bastante adequado aos propósitos desta
tarefa), e permite o “projeto reverso” de aerofólios a partir de curvas de coeficiente de pressão e
outras propriedades fluídicas na superfície do perfil aerodinâmico. O aerofólio adotado quanto à
relevância segundo critério discutido com professores e colegas de curso. A seguir, após
dissertação acerca deste critério e dos requisitos de projeto, serão apresentados os principais
passos adotados no desenvolvimento do aerofólio obtido. Após um este primeiro estudo utiliza-
se o segundo software para se ter um valor mais realista do comportamento do aerofólio em
condições transônicas.
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4-Especificações de Projeto:
Para o propósito do projeto, os requisitos serão determinados pela missão da aeronave, pelas
necessidades de mercado e pelas novas tendências em projeto de aeronaves. Como jato
comercial, propõe-se uma missão típica: taxiamento, decolagem, vôo em cruzeiro, loiter e
aterrissagem.
Segundo [1], para algumas aplicações a escolha de um aerofólio não é tão crítica como se
imagina. Mas é preciso ter em mente alguns conceitos básicos. Entre eles, os números que
representam um aerofólio bi-dimensional são: o coeficiente do momento de arfagem (Cm), o
coeficiente de sustentação (CL) sem o uso de flaps e a razão de sustentação/arrasto (L/D) para
três valores diferentes de CL.
Em geral nós podemos perceber que quanto maior o coeficiente de sustentação máximo da
seção, maior será o momento de arfagem. Nota-se que algumas formas novas de aerofólio (NLF,
LS, GAW) desenvolvidas supostamente para a aviação em geral, tem momento de arfagem quase
10 vezes maior que as seções anteriores. Um adicional problemático do efeito de um momento
de arfagem muito alto é o fato de se o avião não for projetado com uma empenagem
suficientemente ampla,ou localizada adequadamente depois (coeficiente de volume da
empenagem suficiente), o envelope do centro de gravidade (CG) disponível pode ser limitado. O
limite superior do envelope de CG é determinado pelo poder do leme para defletir na
configuração de aterrissagem e com as condições do efeito chão. Portanto, é interessante
escolher um aerofólio com menor Cm possível.
O coeficiente de sustentação máximo representa a mais alta sustentação que a seção oferece sem
o uso de flaps. Seções com alta sustentação permitem a aviões maiores ter asas com menor
alongamento. O alto coeficiente de sustentação também permite a essa categoria de aeronaves
manobrar sem o risco de estol. Por causa disso, foram desenvolvidos aerofólios como as séries
GAW, NLF e LS.
De acordo com [2], na prática atual de projeto de coeficiente de sustentação é baseado na
experiência anterior de aeronaves da mesma categoria e para a maioria das aeronaves gira em
torno de 0.6. Em resumo a seção inicial de um aerofólio é simplesmente baseada em experiências
anteriores ou copiada de projetos que obtiveram sucesso.
Um critério secundário, mas importante, é a característica da razão L/D no desempenho de
decolagem da aeronave. Durante a subida, a asa está voando numa velocidade mais baixa e,
portanto, com um coeficiente de sustentação mais alto. A razão de subida é uma função do
excesso de potência disponível então, quanto menor o arrasto, maior a potência disponível para
ganhar altitude. Maximizar a razão L/D da asa é um componente importante de projeto. Se forem
8
examinados os dados da maioria dos aerofólios padrão, poder-se-á ver que as seções geralmente
têm baixo arrasto somente para uma pequena amplitude de coeficientes de sustentação. Para
maximizar o desempenho de decolagem é preferível um baixo arrasto estendido para a mais
ampla gama de coeficientes de sustentação possível.
Para se conhecer fatores estruturais que influenciariam o projeto de dimensionamento do
aerofólio, como, por exemplo, a razão espessura/corda (t/c) ou mesmo as dimensões da própria
corda, de tal forma que a asa comporte os tanques de combustível e trens de pouso além de
possuir um estrutura confiável e fabricável sem elevar demasiadamente o projeto, foi feito um
levantamento [3] de algumas aeronaves da mesma categoria já existentes. Estando essas
tabeladas em seqüência:
Com isso, definiu-se uma asa cuja corda média (c) é igual a 2,9 m, que a aeronave possuirá trem
de pouso na asa, além de duas turbinas, uma em cada asa. Uma vez que esse é o padrão mais
usado entre aeronaves dessa categoria.
Voltando aos critérios de projeto do aerofólio, em [2] também observamos que o uma
consideração desejável para o projeto de é manter o máximo de escoamento laminar na
superfície.
Como um aerofólio gera sustentação, a velocidade de passagem do ar sobre a sua superfície
aumenta. Se o avião está voando apenas abaixo da velocidade do som, a velocidade mais alta
sobre o aerofólio irá atingir a velocidades supersônicas causando choque, a velocidade em que
isso acontece primeiro é chamada velocidade de Mach crítico (Mcrít). O choque na superfície
superior aumenta o arrasto, diminui a sustentação e altera o momento de arfagem. O aumento do
arrasto vem de uma tendência de um rápido aumento de pressão no choque para engrossar ou
mesmo a separar a camada limite.
Um aerofólio supercrítico é um aerofólio projetado para minimizar esses efeitos. Métodos
computacionais modernos permitem o desenho de aerofólios no qual o choque na superfície
superior é reduzido ou mesmo eliminado através de uma ampliação da sustentação na direção da
10
corda, assim reduzindo a velocidade do escoamento na superfície para uma sustentação total
requerida. Isso aumenta o Mcrít.
Tendo-se em conta todas essas informações, foram levantados em [4], quais eram os aerofólios
mais utilizados nessa categoria de aeronaves. E as escassas e não confiáveis informações
disponíveis estão listadas a baixo:
Observou-se a média de t/c nesses aerofólios ser baixa, além do fato de serem
predominantemente supercríticos.
Também é importante ressaltar a importância de se estolar primeiramente a raiz, possibilitando o
funcionamento das superfícies de controle (mais para a ponta), e, conseqüentemente
possibilitando a retirada da aeronave da condição de estol. Paralelamente, ressalta-se a
importância de um estol suave na raiz por tratar-se de um avião de passageiros.
Observou-se também que quase todas as aeronaves dessa categoria possuíam doubled flap, por
isso foi condicionado que ele também seria adicionado ao projeto, ou, pelo menos, estimados os
efeitos de sua presença após o desenvolvimento do aerofólio.
Além disso, após análise de mercado, percebeu-se que uma redução de arrasto é o mais
significativo. Para tal, pensou-se em um aerofólio laminar, ou ainda um aerofólio no qual a
transição para o regime turbulento não significa uma perda abrupta de sustentação, mas, sim uma
perda em torno de 30%. Sob essas especificações, o seguinte requisito pode ser enumerado para
o aerofólio da asa, considerando a seção constante:
Elevada eficiência aerodinâmica, com redução significativa de arrasto e características de
estol suave.
Outros requisitos poderiam ser indicados, porém o que representa condição mais crítica para a
aeronave é o acima citado.
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5-Critério adotado:
Através das especificações discutidas anteriormente e da referência bibliográfica foi estabelecido
o critério:
(4.1)
O valor do número de Mach crítico pode ser avaliado levando-se em conta a curva de coeficiente
de pressão obtida como resultado de uma simulação. Existe um valor de coeficiente de pressão
(CPcrít), para o qual se obtém Mach=1,0 em algum ponto da superfície do aerofólio. A literatura
existente em aerodinâmica de escoamentos compressíveis traz a seguinte expressão para CPcrít :
(4.2)
Onde γ é a razão de calores específicos do fluido em questão. Para a maior parte das aplicações,
considerando-se o ar, γ 1,4 (padrão “ar frio”). Como se pode ter notado, a determinação de Mcrít
para aerofólio pode ser feita diretamente, uma vez que alterações nesse parâmetro afetam
parâmetros importantes, sobretudo o Reynolds. Segue-se uma pequena tabela com alguns valores
de Mcrít e seus respectivos CPcrít importantes para a nossa análise:
Mcrít Cpcrít
0,70 -0, 7791
0,71 -0, 7385
0,72 -0, 6996
0,73 -0, 6621
0,74 -0, 6260
0,75 -0, 5912
0,80 -0, 4346
0,20 -16, 3135
Tabela 4-Mach crítico x Cp crítico
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O valor N na Eq. (4.1) será a base para a avaliação do desempenho do perfil aerodinâmico
considerado, sendo denominado no resto do texto como “valor de critério” (f) e pode ser
obtido como descrito nos passos a seguir:
1. Obter o CL para o aerofólio, considerando 2,9 m de corda e velocidade de cruzeiro 250 m/s
altitude de 9000m e isso corresponde a Re 25. 106, a alfa zero ;
6-Desenvolvimento do aerofólio:
Sun Tzu em seu livro A Arte da Guerra diz que “conhecendo apenas o inimigo, ganha-se a
metade de todas as batalhas. Conhecendo-se a si mesmo e o inimigo, ganha-se a guerra.”Por
isso, comecemos este trabalho, estudando o que as maiores e mais inovadoras empresas
aeronáuticas estão realizando.
Boeing 737-100
Desempenho e Aerodinâmica
Torção da Asa 25 graus
Afilamento da Asa 8,83
Velocidade de Cruzeiro 236,67 m/s
Teto de Serviço 10700 m
Distância de Decolagem 1990 m
Distância de Aterrissagem 915 m
Mach de Cruzeiro 0,74
Alcance 4444 km
Tabela 5-Dados do B737-100
Nota-se o comportamento da curva de Cl e Cd, com uma pequena área sob a mesmo.
Considerando-se isso a integral dela também poderia ser usada como um fator de critério para a
análise de aerofólios.
Aqui observa-se o aumento quase linear da curva de Cl com realação ao ângulo alfa.E ângulo
de estol da aproximadamente 4 graus.Levando a questionar a veracidade dessa simulação ou
dos dados.
Observa-se no gráfico acima que a transição acontece a menos de 20% do aerofólio tanto em
sua superfície superior quanto na inferior. O que, muitas vezes, não é uma característica
desejável, devido a sua relação direta com um aumento de arrasto.
Aqui observa-se o baixo Cm mesmo tratando-se de uma aeronave de grande porte em que
pode-se ter uma empenagem relativamente grande para equilibrar um Cm maior.
E por último anallisamos:
Nota-se um Cpmín muito inferior (superior em módulo) ao necessário para um Mcrít igual a
Mach 0,8. Sendo equivalente a Mcrít igual 0,58 como aponta um programa simples
desnvolvido no Excel e que gerou o seguinte gráfico:
Note que o baixo valor de Cl faz questionar a veracidade desses dados assim como baixo
valor de Mcrít.
Chegamos com esses dados a um valor de critério f=22,765.
Realizamos a mesma análise para os aerofólios da raiz da mesma aeronave, modificando-se o
Re conforme a corda, agora igual a 5,8 m:
Observa-se um comportamento não usual dos gráficos 8, 9 e 10(em vermelho) e isso foi
atribuído a uma insuficiência de painéis ou a uma limitação da própria simulação computacional.
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Ressalta-se também uma transição da camada limite de maneira mais abrupta e um Mcrít igual a
0,50, além de um L/D=32,06 , o que resulta num valor de critério f=16,030.
Na ponta cuja corda equivale a 1,6 m, observou-se Mcrít=0,64 e L/D=41,65 o que resulta em
f=26,656
Para evitar um trabalho mais enfadonho, expôr-se-há apenas um comparativo entre esses três
aerofólios da mesma aeronave:
Observamos que o ângulo de estol parece ser menor na raiz e na corda média e maior na ponta,
o que não é uma característica ideal. Uma vez que, as superfícies de controle devem promover
um bom controle (devem estar operáveis) do momento de rolagem quando a raiz já estiver
estolado.
E cujo aerofólio é o SHM-1,um aerofólio de escoamento laminar natural, NLF (um dos
primeiros a ser utilizado nesta categoria de aeronave), que se comporta da seguinte maneira no
XFLR-5, e que foi validado como um bom método para ensaiar este tipo de aerofólio por [12],
para as seguintes condições e características geométricas:
SHM-1
Espessura Máxima 15,27%
Pos. da Esp. Máxima 41,49%
Camber 1,46%
Pos. Máx.Camber 22,56%
Tabela 8-Características do SHM-1
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Corda Média da
1,67
Asa m
Reynolds em
FL300 1,95E+07
Ρ 0,909 kg m -3
Μ 1,69E-05 kgm-1s-1
p/po 0,6918
Mach 0,75
Tabela 9-Condições de Análise do SHM-1
O aerofólio NLF é considerado como uma chave tecnológica para reduzir o arrasto e, com isso,
aumenta o desempenho significativamente. [9]
A sua tardia utilização em aeronaves a rejeição deste conceito em projetos de aeronaves de
grande porte se deveu principalmente devido ao efeito que a contaminação do perfil causava.
Uma vez contaminado minimamente, o regime de escoamento passava a ser turbulento, o que
gerava uma significativa e abrupta perda de sustentação gerando grandes problemas em vôo.
Mas esses problemas estão sendo solucionados, como se vê em [10]. Isso foi o que tornou
possível a construção tão inovadora do jato Honda Jet. Por outro lado, existem pesquisas que
sugerem ser melhor investir em laminaridade em outras regiões da aeronave, como a fuselagem,
do que em mais de 30% da asa [10].
6.3-Primeiros Passos:
Após este breve estudo sobre aerofólios, partimos para a construção de um para a corda média de
um jato regional, inicialmente sem dispositivos de hiper- sustentação, visando a um escoamento
mais laminar, um estol mais suave.
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Começamos pelo mesmo aerofólio SHM-1 e ensaiamo-lo nas condições de vôo de um B737-
100. Obtemos o seguinte resultado:
Ou seja, o aerofólio praticamente não converge para nenhum resultado. Tendo uma transição abrupta,
caracterizada pelo traço quase vertical de Cl, isto é, uma imediata perda de sustentação.
Modificando a sua espessura e câmber para valores maiores e menores isoladamente, não houve nenhuma
convergência de resultados.
Porém, modificando todos os parâmetros a partir da curva de distribuição de Cp até chegarmos ao
seguinte aerofólio, batizado de Isake 1:
Após inúmeras e incessantes tentativas, desistiu-se de explorar aerofólios NLF, que apesar de
ser um ideal alcansável e desejável para jatos regionais se mostrou de uma complexidade
maior que o escopo deste trabalho.
Observa-se um aumento de Cm, mas tem-se um Mcrít=0,54 para um L/D=66,34. O que resulta
num f=35,882, apesar deste ser o maior critério, nota-se que o Mach é impeditivamente baixo,
além de se desejar outras características de transição.
O Aerofólio Isake 6 apresentou uma característica desejada para a transição, um Cl estável
embora todas as outras características sejam indesejáveis.
Figura 7-Isake 6
Sempre em busca de melhorias(principalmente com relação ao Mcrít), e ainda não muito satisfeito
com o resultado final, geraram-se outros aerofólios e tentou-se uma interpolação com aerofólios
GA 27, porém não houve nenhum sucesso com relação ao aumento do Mcrít.
10.SC (2)0414
11.SC (2)0412
12.SC (2)0410
13.SC (2)0012
14.SC (2)0010
15.SC-1095R8
16.SC-1095
17.SC-1094R8
18.SC-1012R8
Logo após foi realizada uma redefinição do aerofólio, refinando o número de painéis
principalmente em regiões críticas, como o bordo de ataque e também se certificou que o
ângulo desses painéis não era superior a 10 graus. Em seguida, foram testados todos os
aerofólios em condições de cruzeiro e constatou-se que o com melhor desempenho era o
ACA SC(2)-0612.
As modificações possíveis pelo sistema, envolvem modificação na configuração dos
painéis, modificação direta da curva de Cp, alteração de câmber e espessura bem como o
posicionamento destes. Foi verificado um padrão de causa e conseqüência para as
alterações, porém, isso variou muito de acordo com cada família de aerofólios e as
condições simuladas. Sendo que poucas são as regras gerais. No entanto, pode-se
ressaltar que curvas de Cp mais suavizadas resultam em aerofólios melhores.
Após inúmeras modificações e selecionando-se as mais bem sucedidas, chegou-se em um
aerofólio, batizado como Salomon 1, cujo Mcrít=0,62 e cujo comportamento está em
seqüência:
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Observa-se que o fator de critério f=73,77, com uma perda de Cl menos acentuada na transição e
um Cm aceitável.Portanto esse foi o aerofólio com melhor desempenho desenvolvido até agora.
Por isso, realizou-se um estudo do comportamento dele na raiz e na ponta, apenas alterando sua
espessura. Resultou nos seguintes resultados:
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No entanto, devido a sugestão de colegas, estudou-se, por último os aerofólios transônico, uma
vez que não foi possível elevar o Mcrít.
Assim como para aerofólios supercríticos, foi consultada uma pequena biblioteca de aerofólios
transônicos e pré-selecionado o Lockheed C-141 e BL-426.57
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Sempre em busca de melhorias , tentou-se outras alterações no presente aerofólio até se resultar
num outro aerofólio que foi batizado como Isake8396, com mesmo Mcrít e um fator de critério
inferior(f=50,07).Mas que na ponta e na raiz da asa, apresentou um comportamento melhor que
o aerofólio anterior também na ponta e na raiz.
Seu perfil ficou definido como:
7– A decisão:
Mesmo sabendo que o programa XLFR5 não era o mais recomendável para a análise de
aerofólios supercríticos e transônicos, foi discutida a necessidade do grupo da disciplina
Projeto Aeronáutico e segundo as necessidades dele e as possibilidades da aluna, decidiu-se
optar pelo aerofólio Salomon 1 (supercrítico) e seu desenvolvimento. Uma vez que apesar
do seu alto momento de arfagem, os aerofólios supercríticos, não são penalizados em asas
torcidas, como normalmente se acredita [14].
Para isso, realizou-se um estudo sobre essa família de aerofólios [14] .
Houve discussões por anos sobre onde é possível sobre onde é possível desacelerar
isentropicamente um escoamento supersônico para subsônico sem criar uma onda de
choque.
Testes em configurações 3-D de aeronaves indicaram que a torção ideal para asas
supercríticas desenhadas para altas velocidades é maior que para as para velocidades mais
baixas. Quanto mais o número de Mach se aproxima de 1.0, a magnitude da torção ótima
aumenta. O grande aumento de torção substancialmente diminui ou elimina a penalidade por
trimagem associada a maior negatividade do momento de arfagem para aerofólios
supercríticos.
Ainda se observa que as principais características de um aerofólio supercrítico são:
As distribuições de pressão no extradorso e de velocidade são caracterizadas pela
localização do choque significativamente posterior à corda média;
Uma velocidade supersônica aproximadamente uniforme de 5% da corda até o choque;
Um plateau na distribuição de pressão a montante do choque;
Um relativo salto de recuperação de pressão na região posterior extrema;
Uma pressão no bordo de fuga levemente mais positiva do que a pressão ambiente;
O intradorso tem coeficiente de pressão correspondendo a velocidades subcríticas sobre
a região jusante e rápido aumento de pressão a montante da corda média até um uma
pressão significativamente positiva no fim do bordo de fuga.
Há infinitas séries de expansões que se movem fora do campo supersônico, mas o efeito é
Ilustrado esquematicamente na Fig.11 para uma única expansão mostrada na linha
pontilhada.
35
divergente do número de Mach, ele tem um efeito adverso inaceitável no arrasto a números
de Mach baixos.
Com o intuito de reforçar a idéia de que a espessura dos aerofólios dessa categoria varia
entre 12 e 14 % existe a Fig.13, que reforça mais uma vez essa idéia.
Como último detalhe, é importante ressaltar como foi evidenciado pelo mesmo artigo que um
bordo de fuga com cavidade apresenta maior coeficiente de arrasto mantendo as mesmas
propriedades do aerofólio, como se evidencia nas Fig.14 e Fig.15.
39
Este plateu sônico foi uma condição fora-de-projeto que foi observada consistente com o
melhor compromisso entre características de arrasto projetado e não projetado em um amplo
portfólio de condições.
A extensão dos benefícios do plateau no extradorso é determinada por um segundo guia de
projeto que requer que o gradiente de pós recuperação de pressão seja suficientemente gradual
para evitar problemas de separação local próximo ao bordo de fuga para os coeficientes de
sustentação aos números de Mach até o ponto de projeto.
são os chamados high lift low Reynolds number airfoils. No entanto, o estudo [15] sugere e dá
crédito a utilização da simulação numérica como uma ferramenta de análise quando
empregada de forma correta e específica, gera resultados que traduzem em muito a situação
real do problema, e portanto, podem ser considerados seguros e precisos para Reynolds mais
elevados. E[15] também sugere que o resultado mais confiável é o Cl. Foi escolhido o estudo
do perfil Salomon também por esse software, uma vez que ele abrange critérios mais similares
ao regime transônico.
8.1-Modelo Matemático:
O conjunto de equações que são resolvidas numericamente, pelo código computacional CFX-
10, para um escoamento isométrico e turbulento são as equações de momento linear e
conservação da massa,conhecidas como equações de Navier-Stokes. A equação do momento é
remodelada para a utilização do regime de turbulência Shear Stress Transport, considerado
adequado pelo professor de aerodinâmica computacional.
1. Equação da Continuidade:
2. Equação do Momento:
Onde Gemp, Grot e Gres são termos que representam a produção devido ao empuxo,
rotação e resistências, respectivamente. Entretanto Grot =0 e apenas Gemp é inserido no
código. Portanto, Gemp=G, e pode ser definido por:
Note que o segundo termo em P é somente diferente de zero para fluidos compressíveis.
43
Sugerindo também que o valor mais confiável para esta análise é o CL.
Para o caso de Salomon, um aerofólio supercrítico, levou-se em conta os resultados
experimentais de distribuição de pressão de aerofólios da mesma família e série, e espera-
se obter resultados bem próximos no mesmo programa. Sendo que os resultados
experimentais estão ilustrados, entre outros do artigo [14] nas Fig. 23,24,25 e26, além das
considerações teóricas das Fig.20,21 e 22.
Fig.20-Efeito Analítico da Distribuição de Pressão do Aerofólio com redução da parte inferior de um aerofólio supercrítico de 12%
45
Fig.21- Redução do superfície inferior de um aerofólio supercrítico de 12%. Alteração comum na passagem da série 1 para a
série 2.
Fig.22- Efeito Analítico da Distribuição de Pressão do aerofólio de 12% reduzido na espessura na região de 80%
da corda.
8.4-Construção da malha:
Para este foi utilizada uma malha em O, através da ferramenta O-grids que é uma poderosa
técnica usada para aumentar a qualidade da malha.Gerando uma geometria de blocos em O ao
redor do aerofólio e em que o bloco central foi apagando permanentemente e o bloco frontal
foi dividido ao meio para permitir uma maior precisão nas observações do bordo de
ataque.Inicialmente, elaborou-se uma malha Hexa_8 e Quad_4 com um total de 158301
elementos que mais tarde percebeu-se estava mal distribuída para o estudo em questão.
50
8.5-Condições de Contorno:
Para a simulação foi criado o domínio ESCOAMENTO, que possui um agrupamento de
quatro partes: AEROFÓLIO (região interna, representa o aerofólio como parede),
EXTERNO( região externa, com as condições de entrada sem ângulo de ataque, ou seja,
V=250 m/s, U=0 m/s e W=0m/s) e ESQUERDA e DIREITA (que juntas estão sujeitas à
condição de simetria). O Domínio como um todo está sujeito a velocidades cartesianas
automáticas e turbulência Eddy Dissipation também automática. E para análise do
comportamento com relação ao Mach, foram utilizadas as seguintes velocidades:
8.6-Parâmetros de Simulação:
Para essas condições de vôo, por [15]:
8.9-Arquivo de Comando:
This run of the CFX-10.0 Solver started at 12:14:40 on 30 Nov 2009 by
user Users on ISOTILIA (intel_k6_winnt5.1) using the command:
+--------------------------------------------------------------------+
| |
| CFX Command Language for Run |
| |
+--------------------------------------------------------------------+
LIBRARY:
MATERIAL: Air Ideal Gas
Material Description = Air Ideal Gas (constant Cp)
Material Group = Air Data, Calorically Perfect Ideal Gases
52
THERMAL CONDUCTIVITY:
Option = Value
Thermal Conductivity = 2.61E-2 [W m^-1 K^-1]
END
END
END
END
EXECUTION CONTROL:
PARALLEL HOST LIBRARY:
HOST DEFINITION: isotilia
Installation Root = C:\Arquivos de programas\Ansys Inc\CFX\CFX-%v
Host Architecture String = intel_k6_winnt5.1
END
END
PARTITIONER STEP CONTROL:
Multidomain Option = Independent Partitioning
Runtime Priority = Standard
MEMORY CONTROL:
Memory Allocation Factor = 1.0
END
PARTITIONING TYPE:
MeTiS Type = k-way
Option = MeTiS
Partition Size Rule = Automatic
END
END
RUN DEFINITION:
Definition File = C:/EXPERIMENTAL/velocidade190.def
Interpolate Initial Values = Off
Run Mode = Full
END
SOLVER STEP CONTROL:
Runtime Priority = Standard
54
EXECUTABLE SELECTION:
Double Precision = Off
END
MEMORY CONTROL:
Memory Allocation Factor = 1.0
END
PARALLEL ENVIRONMENT:
Number of Processes = 1
Start Method = Serial
END
END
END
FLOW:
DOMAIN: ESCOAMENTO
Coord Frame = Coord 0
Domain Type = Fluid
Fluids List = Air Ideal Gas
Location = Assembly
BOUNDARY: SIMETRIA
Boundary Type = SYMMETRY
Location = DIREITA,ESQUERDA
END
BOUNDARY: AEROFOLIO
Boundary Type = WALL
Location = EXTERNO B
BOUNDARY CONDITIONS:
HEAT TRANSFER:
Option = Adiabatic
END
WALL INFLUENCE ON FLOW:
Option = No Slip
END
END
55
END
BOUNDARY: EXTERNO
Boundary Type = INLET
Location = EXTERNO A
BOUNDARY CONDITIONS:
FLOW REGIME:
Option = Subsonic
END
HEAT TRANSFER:
Option = Static Temperature
Static Temperature = 230 [K]
END
MASS AND MOMENTUM:
Option = Cartesian Velocity Components
U = 190 [m s^-1]
V = 0 [m s^-1]
W = 0 [m s^-1]
END
TURBULENCE:
Option = Medium Intensity and Eddy Viscosity Ratio
END
END
END
DOMAIN MODELS:
BUOYANCY MODEL:
Option = Non Buoyant
END
DOMAIN MOTION:
Option = Stationary
END
REFERENCE PRESSURE:
Reference Pressure = 30722 [N m^-2]
END
56
END
FLUID MODELS:
COMBUSTION MODEL:
Option = None
END
HEAT TRANSFER MODEL:
Option = Thermal Energy
END
THERMAL RADIATION MODEL:
Option = None
END
TURBULENCE MODEL:
Option = SST
END
TURBULENT WALL FUNCTIONS:
Option = Automatic
END
END
INITIALISATION:
Option = Automatic
INITIAL CONDITIONS:
Velocity Type = Cartesian
CARTESIAN VELOCITY COMPONENTS:
Option = Automatic
END
EPSILON:
Option = Automatic
END
K:
Option = Automatic
END
STATIC PRESSURE:
Option = Automatic
57
END
TEMPERATURE:
Option = Automatic
END
END
END
END
OUTPUT CONTROL:
RESULTS:
File Compression Level = Default
Option = Standard
END
END
SIMULATION TYPE:
Option = Steady State
END
SOLUTION UNITS:
Angle Units = [rad]
Length Units = [m]
Mass Units = [kg]
Solid Angle Units = [sr]
Temperature Units = [K]
Time Units = [s]
END
SOLVER CONTROL:
ADVECTION SCHEME:
Option = High Resolution
END
CONVERGENCE CONTROL:
Length Scale Option = Conservative
Maximum Number of Iterations = 100
Timescale Control = Auto Timescale
END
58
CONVERGENCE CRITERIA:
Residual Target = 1.E-4
Residual Type = MAX
END
DYNAMIC MODEL CONTROL:
Global Dynamic Model Control = On
END
END
END
COMMAND FILE:
Version = 10.0
Results Version = 10.0
END
8.10- Resultados:
8.10.1-Resultados Iniciais:
Inicialmente apenas se transcreveram os pontos do XLFR5 para o CFX, com um malha
que posteriormente se viu, era inadequada.
Grande apreensão ao se visualizar o resultado da Fig.28, que mostra um Mach 0,5 para o
aerofólio quando se esperava um Mach 0,8. Isso se deve muito provavelmente as
59
condições ruins de desenho do bordo de ataque como ilustra a Fig.29, a erros primários
como a modificação não intencional do valor da corda de 2,9m na matéria Trabalho de
Conclusão de Curso I para 3,9m na matéria Trabalho de Conclusão de Curso II, o que
modificou o valor do Reynolds e o estudo da asa acima do Mach para o qual ele foi
projetado na matéria do primeiro semestre. E não se exclui a eventual troca de aerofólio.
Observa-se que na Fig.30 existe bastante imprecisão sobre a extensão da onda de choque,
porque não houve o refinamento necessário da malha próximo ao aerofólio. Problema este
61
corrigido nas próximas simulações. A região posterior verde claro que se extende até o
fim do domínio muito provavelmente se deve ao fato de que o domínio está muito
pequeno para a análise. Por isso, ele foi aumentado em duas vezes nas outras simulações.
A Fig.31 foi a mais frustrante de todas, mostrando que o aerofólio em questão não
apresenta em nada um comportamento supercrítico. Devido a isso foram feitas várias
simulações para outros números de Mach.Mesmo assim, alterações foram feitas nele, com
o objetivo de se compreender melhor o erro e se os comportamentos estudados na teoria se
reproduzem no software.Paar fins de comparação com resultados experimentais foi
elaborado o gráfico de distribuição de pressão Graf.26:
62
9-Conclusão:
Sendo o período de graduação, a última chance na carreira de um engenheiro(a), de se aprender
errando, conclui-se que este trabalho foi bastante produtivo e desafiador. Foi realizado um
grande aprendizado sobre aerofólios, aerodinâmica e simulações computacionais. Entre eles, o
mais importante foi o sobre aerofólios NLF, que infelizmente não pode ser projetado para essa
categoria de aeronaves e ainda fosse satisfatório para outros requisitos de projeto, como os
requisitos impostos por limites de fabricação, além do fato de que jatos regionais ainda tem a
asa por demais carregadas de obstáculos que induzem o regime turbulento.No entanto, tornou-se
quase evidente que essa é uma tendência a ser explorada em projetos aeronáuticos das próximas
gerações. Sendo campo para amplas pesquisas.
Percebe-se também que informações sobre aerofólios já existentes em outras aeronaves são
sigilosas e os dados existentes podem não ser confiáveis.
Ainda foi possível aprender sobre a não confiabilidade total das simulações computacionais, que
algumas vezes geraram resultados claramente não coerentes. Para um estudo mais profundo, a
necessidade de aerodinâmica experimental torna-se evidente.
O aerofólio Salomon I é supersônico e essencialmente mais espesso que Isake 8396 , transônico,
por isso, possui uma sustentação em cruzeiro e uma sustentação máxima significativamente
maior, mas um Cm também maior e um Mcrít menor. Além disso, Salomon possui um bordo de
fuga mais espesso e, conseqüentemente, mais fácil de ser produzido. As características de
transição são ruins (i.e, perda abrupta de sustentação) para ambos os aerofólios, na corda média
aerodinâmica, no entanto, o comportamento melhora com a redução da espessura (ponta da asa)
para o aerofólio supercrítico e no transônico com o aumento da espessura (raiz da asa). Já o
aerofólio transônico Isake8396, idealizado desde o conceito desta família, para atuar em
velocidades mais elevadas, apresentou um Mcrít significativamente superior aos demais
aerofólios, com um Cm e um Cd levemente inferior em módulo, e uma sustentação também
reduzida se comparado ao anterior. No entanto, o fator Mcrít é muito mais importante para o
projeto em questão e, portanto, ele foi selecionado previamente, não se esquecendo que ele
possui uma redução acentuada de espessura no bordo de fuga, o que o torna difícil de ser
fabricado. Com isso, estuda-se a utilização de dispositivos de hiper-sustentação para melhor
desempenho aerodinâmico. Se bem que o ideal fosse uma fusão das melhores características dos
dois aerofólios.
70
Mas deve-se levar em conta que a simulação 3D da asa, assim como a experimental pode conter
surpresas com relação ao comportamento aerodinâmico. Logo, nenhuma conclusão até aqui pode
ser considerada uma verdade, mas apenas um estudo.
Quanto à análise de Salomon, é lamentável o fato de que a grande duração dos trabalhos e a
desorganização tenham modificado as “regras do jogo”. No entanto, foi possível comprovar a
influência do bordo de ataque diretamente no Mach (aumentando o Mach conforme o
afilamento)e a influência da curvatura do extradorso na onda de choque (reduzindo a mesma
para Mach alto a custo da redução de sustentação, sendo esse um fato lamentável para Mach
mais baixos.). Lamentavelmente devido ao pouco refinamento da malha não foi possível
reproduzir o efeito do afinamento do bordo de fuga e saber se o software é fiel a realidade.
Devido a outros estudos, foi assumido que o software é confiável quanto à sustentação. Quanto à
pressão, os resultados teóricos não reproduziram os resultados experimentais do aerofólio
supercrítico de mesma espessura. Essas diferenças podem ser justificadas por outras diferenças
no aerofólio, como o câmber, como também pode ser devido à imprecisão do programa.
71
10-Anexos:
11-Referências Bibliográficas:
[1]Husa, Bill- Airfoil Selection
[2] RAIMER, Daniel P. Aircraft Design: A Conceptual Approach, Second Edition, 1992, pag.42;
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[4] UIUC
[5]LEE, J.D.,JAMESON,A. Natural-Laminar-Flow Airfoil and Wing Design by Adjoint Method
and Automatic Transition Prediction, AIAA 2009-897;
[6]HOLMES,B.J., CROOM, C.C., HASTINGS,E.C., OBARA, C.J., van DAM, C.P. Flight
Research on Natural Laminar Flow;
[7]DENG, Y.,DUAN,Z.,ZHAN,H. Aerodynamic Optimization of Multi-Element Airfoils by
Genetic Alghoritm, West-East High Speed Flow Field Conference, November 2007, Moscow
Russia;
[8]DRIVER, J., ZINGG, D. W., Optimized Natural-Laminar-Flow Airfoils, University of
Toronto Institut for Aerospace Studies;
[9] FUJINO, M., YOSHIZAKI, Y., KAWAMURA, Y., Natural-Laminar-Flow Airfoil
Development for a Lightweight Business Jet, Journal of Aircraft, vol.40, No. 4 , July-August,
2003;
[10] CROOM, C.C., HOLMES, B.J., Insect Contamination Protection for Laminar Flow
Surfaces, NASA Langley Research Center;
[11] SELIG, M.S., MAUGHMER, M.D., SOMERS, D.M., Natural-Laminar-Flow Airfoil for
General-Aviation Application, Journal of Aircraft,vol.32, No 4 , July-August, 1995
[12]AZEVEDO, J.H.A., CAMILLO, P.C.,MACIEL, M.P.E, PAULA, V.B.G., SILVESTRINI,
R.H., Otimização de um aerofólio para um jato executivo, Escola de Engenharia de São Carlos,
junho de 2009.
[13]HOUGHTON,E.L.,CARPENTER,P.W., Aerodynamics for Engineering Students, Fifth
Edition, Elsevier Butterworth-Heinemann,2003
[14] NASA Technical Paper 2696
[15]RIBEIRO, D. E., Simulação Numérica de Aerofólios de Altas Sustentação,2002,
Universidade Federal de Santa Catarina.