O documento discute as teorias naturalista e contratualista sobre a origem da sociedade. A teoria naturalista defende que o ser humano é naturalmente sociável por necessidade de sobrevivência, como propuseram Aristóteles e São Tomás de Aquino. A teoria contratualista sustenta que os indivíduos formaram sociedades por meio de um contrato social visando segurança, como sugeriram Hobbes, Locke e Montesquieu.
O documento discute as teorias naturalista e contratualista sobre a origem da sociedade. A teoria naturalista defende que o ser humano é naturalmente sociável por necessidade de sobrevivência, como propuseram Aristóteles e São Tomás de Aquino. A teoria contratualista sustenta que os indivíduos formaram sociedades por meio de um contrato social visando segurança, como sugeriram Hobbes, Locke e Montesquieu.
O documento discute as teorias naturalista e contratualista sobre a origem da sociedade. A teoria naturalista defende que o ser humano é naturalmente sociável por necessidade de sobrevivência, como propuseram Aristóteles e São Tomás de Aquino. A teoria contratualista sustenta que os indivíduos formaram sociedades por meio de um contrato social visando segurança, como sugeriram Hobbes, Locke e Montesquieu.
Muitos pensadores, filsofos, cientistas e outros sempre
buscaram formas de explicar a origem da sociedade, assim esbarramos em teorias das mais diversas, mas que sendo estudadas de perto, podemos ver que se aglutinam em dois grandes grupos, os naturalistas e os contratualistas. Estudando-se as teorias que tratam da sociedade e da sua origem, podemos observar que h no ser humano uma vontade ou necessidade de viver em grupo, por desejo, por necessidade, por segurana, etc. Assim passamos a entender que o Homem um ser racional e poltico, que se une para viver em grupos, porm de forma organizada. Essa necessidade de convivncia harmoniosa e organizada vem da caracterstica do Homem possuir conscincia e sentimentos e no somente instinto. Na evoluo da linha do tempo, e no poderia ser diferente, as teorias para explicar a vida em sociedade e o nascimento desta, tem seu incio no Naturalismo. NATURALISMO: Esta teoria vem da necessidade natural do Homem de viver em grupos, tendo como explicao bsica a sua condio de ser socivel e da dependncia natural de uns para com os outros. Mais remota explicao para isto vem do sculo IV a.C., na Grcia, com ARISTTELES: O homem naturalmente um animal poltico. Para ele somente um indivduo vil ou superior ao prprio homem teria a vontade de viver em completo isolamento.
ARISTTELES ainda acrescenta que os outros animais vivem
em meros agrupamentos, mas o homem, por ter a noo do bem e do mal, do justo e do injusto, organiza seus agrupamentos, mas tudo est na necessidade natural do Homem. Caminhando um pouco, chegamos a Roma, sculo I a.C., onde: CCERO, logicamente influenciado por ARISTTELES, afirma: a primeira causa da agregao de uns homens a outros menos a sua debilidade do que certo instinto de sociabilidade em todos inato; a espcie humana no nasceu para o isolamento e para a vida errante, mas com uma disposio que, mesmo na abundncia de todos os bens, a leva a procurar o apoio comum. Explicando, portanto que no seriam as necessidades materiais que levam o Homem a viver em sociedade, mas sim a disposio natural para a vida associativa. Nos anos entre 1265 e 1273 d.C., SANTO TOMS DEAQUINO, certamente tambm influenciado por ARISTTELES, em sua obra: Summa Theologica escreve: o homem , por sua natureza, animal social e poltico, vivendo em multido, ainda mais que todos os outros animais, o que se evidencia pela natural necessidade.. Porm ele ressalta, dentre outros, mais trs pontos importantes para o Naturalismo, sendo: excellentia naturae para homens que vivem em comunho com a prpria divindade, como exemplo citando os santos eremitas; corruptio naturae explicando as excees de turbaes mentais; mala fortuna quando o isolamento ocorre por questes alheias vontade do Homem. Com estas trs hipteses de vivncia isolada, SANTO TOMS DE AQUINO refora que o normal do Homem a vida
social, portanto sendo a necessidade de convivncia uma
caracterstica da natureza humana. H tambm autores mais modernos que defendem o Naturalismo, dentre os quais podemos destacar: Oreste Ranelletti, que de acordo com DALLARI (2010, pg. 11), nos ensina que: o homem induzido fundamentalmente por uma necessidade natural, porque o associar-se com os outros seres humanos para ele condio essencial de vida. S em tais unies e com o concurso dos outros que o homem pode conseguir todos os meios necessrios para satisfazer as suas necessidades e, portanto, conservar e melhorar a si mesmo, conseguindo atingir o fim de sua existncia. Em suma, s na convivncia e com a cooperao dos semelhantes o homem pode beneficiar-se das energias, dos conhecimentos, da produo e da experincia dos outros, acumuladas atravs de geraes... Falamos at aqui da necessidade natural do Homem viver em sociedade organizada, pois tem ele o conhecimento do bem e do mal, assim no podemos deixar de lado que tal associao e convivncia tambm encontre suporte na vontade humana, e a partir dessa conscincia de vontade que nasce a teoria do CONTRATUALISMO, que no nosso entender no vem dissociada do NATURALISMO, mas sim a complementa. CONTRATUALISMO: Com o poder do raciocnio e da inteligncia, o Homem sempre evoluiu ao longo do temo e essa evoluo no tem parada. Assim em face da chegada de sociedades mais complexas, surge a necessidade de organizao mais elaborada, do respeito entre os seres humanos, das limitaes para a convivncia harmoniosa.
O mundo passou por vrias formas de estruturas sociais, desde as
mais primitivas tribos, navegando pela criao de cidades, cidades-estado, feudos, reinos, dentre vrias, at chegarmos estrutura social moderna. Notrio e pblico que toda essa evoluo foi desenvolvida por vrias fases, por muitas guerras, porm temos a necessidade de estudarmos tal evoluo para entendermos onde estamos. No Contratualismo, os autores, pensadores e filsofos conduzem a criao e a origem da sociedade para outro ponto, a vontade humana, a elaborao de um CONTRATO de convivncia social. Comecemos ento por PLATO: Grego, nascido entre os anos de 428/427 a.C., tendo como seu seguidor ARISTTELES, PLATO foi o primeiro a deixar registros sobre o que, futuramente, seria o Contratualismo. Em sua a obra A Repblica, que na verdade tinha como tema principal a justia, ele se direciona no sentido de uma organizao social construda racionalmente, sem mencionar a necessidade natural, trazendo a proposio de um modelo ideal de sociedade, com justia e igualdade. Tal obra, j no sculo XVI influencia os Utopistas. Thomas Moore, em Utopia e Tommaso Campanella, em A Cidade do Sol, procuram descrever uma organizao social ideal, com iseno dos males e deficincias que viam nas sociedades daquela poca. Em que pese no mencionarem a origem da sociedade, estes autores foram importantes na formao da conscincia do que seria bom e vivel para a constituio de uma sociedade, podendo classifica-los entre os contratualistas em razo de seus posicionamentos da vida social ser totalmente submissa razo e vontade.
O Contratualismo nasce realmente em Thomas Hobbes, em 1.651,
com a publicao da sua obra O Leviat. Na viso de Hobbes, o Homem vive inicial em estado natural, referindo-se aos primrdios dos tempos, e tambm condio de convivncia em situao de desordem, quando no tem suas aes reprimidas pela voz da razo ou ento por instituies polticas eficientes. Hobbes afirma que o homem um ser perigoso se deixado em estado natural, pois egosta, luxurioso e inclinado a agredir seu prximo, assim ele necessita submeter suas paixes razo ou ao controle de entes polticos ou ento viveramos na guerra de todos contra todos, pois cada um teria o temor de ser atacado pelo outro. exatamente para no se viver nesta condio de total insegurana que Hobbes prope ento o contrato social. No contrato social h o fortalecimento da razo, pois apesar de sua natureza m, o homem tem conscincia dos princpios que o levariam a uma vida harmoniosa, assim para se superar o estado natural, Hobbes formula duas leis, que somente seriam viveis dentro da firmao de um contrato: a) Cada homem deve esforar-se pela paz, enquanto tiver a esperana de alcana-la; e quando no puder obt-la, deve buscar e utilizar todas as ajudas e vantagens da guerra; b) Cada um deve consentir, se os demais tambm concordarem, e enquanto se considere necessrio para a paz e a defesa de si mesmo, em renunciar ao seu direito a todas as coisas, e a se satisfazer, em relao aos demais homens, com a mesma liberdade que lhe for concedido com respeito a si prprio.
Com a devida conscincia dessas leis, os homens celebram um
contrato de mtua transferncia de direitos. Essa transferncia no se faz de homem a homem, mas sim de homem ao Estado (homem artificial e robusto, constitudo pelo homem natural para sua proteo e defesa). Na transferncia dos direitos, os homens naturais deixam seu estado primitivo (total liberdade e direitos), e por fora do contrato passam a se impor compromisso, observncia s leis, temor aos castigos, pois agora surge quem vai cuidar para que os direitos restantes sejam efetivamente garantidos e protegidos. Assim Hobbes tambm afirmava que mais vlido um mau governo do que o estado de natureza. Em O Leviat, Hobbes tambm defende a posio do governante e da soberania deste, pois mesmo que faa uma m lei, esta sua vontade e seu descumprimento injusto. A vontade do soberano representa a vontade do todo e portanto seu cumprimento leva paz, pois no h conflitos. Fica evidente que Hobbes sugeria o absolutismo. As ideias de Hobbes permanecem intocveis at o sculo XVII, quando, na prpria Inglaterra, comeam a surgir novos ideais, inicialmente conduzidos por John Locke, que combate a noo da guerra de todos contra todos e passa a fortalecer os sinais de que a natureza humana no de carter malfico, em que pese ser defensor do escravagismo perptuo. A obra de Locke influencia a Revoluo Inglesa (1688), a Revoluo Norte Americana (1776) e os atos iniciais que levariam Revoluo Francesa.
Surge, na Frana, Charles de Montesquieu, com sua obra Do
Esprito das Leis (1748), contestando os ideais de Hobbes, mormente do ponto de vista da natureza humana, pois para ele o prprio instinto de sobrevivncia no levaria o homem a se atacar mutuamente, mas sim a obedecer leis, tais como: o desejo da paz, o sentimento das necessidade, experimentado principalmente na procura por alimentos, a atrao natural entre sexos opostos, o desejo de viver em sociedade. Para Montesquieu, depois do respeito s leis naturais, o homem se organiza em sociedade para se fortalecer e a partir de ento surgem as guerras. Ele ainda sustentava a afirmao de que nenhuma sociedade poderia subsistir sem governo. Apesar de no falar diretamente sobre pacto ou contrato social, sempre defendeu a existncia do Estado para gerir e garantir a vida das pessoas. Pouco tempo depois, aparece Jean-Jacques Rousseau, com sua obra O Contrato Social (1762), defendendo a bondade humana, assim como Montesquieu, porm Rousseau retorna linha de Hobbes, dizendo que a sociedade existe a partir de um contrato social. S que Rousseau no apostava no absolutismo e sua obra foi importante influncia na Revoluo Francesa (1789 1799), sendo seu livro chamado de A Bblia da Revoluo Francesa. Sua obra no influenciou somente a Revoluo Francesa, mas todos os movimentos sociais e polticos em defesa dos direitos naturais da pessoa humana, mormente nas seguintes afirmaes: povo como soberano, reconhecimento da igualdade como um dos objetivos fundamentais da sociedade e conscincia de que existem interesses coletivos distintos dos interesses de cada indivduo. Rousseau fecha seu pensamento no fortalecimento do homem natural, que no pode ser feito a cada homem, mas sim na unio destes, ento o Contrato Social vem a estabelecer as regras para
esse fortalecimento, devidamente organizado e harmnico, tendo
um governo (Estado) para cuidar das pessoas, porm a soberania no do governo ou do governante, mas sim do povo, que transfere seus direitos para que o governo cuide, buscando a primazia do interesse coletivo, sempre com respeito aos princpios da liberdade e da igualdade. Defendendo tambm que tais princpios no so plenos, pois no pacto social, cada indivduo abre mo de parte de seus direito em prol do coletivo (cuidado pelo Estado). Entra-se ento no Iluminismo. OS PRIMEIROS GRUPOS HUMANOS: Em harmonia instintiva, os animais agem em sua natureza regidos por leis biolgicas. Um mamfero, que faz parte de um grupo superior, tambm age por instintos, entretanto, desenvolve comportamentos mais flexveis e lgicos. Ao depararse com situaes problemticas, os mamferos so capazes de encontrar solues, aps analisar a situao, porque utilizam da inteligncia. A experincia vivida mostra que a capacidade de lembrar e corrigir erros so o grande diferencial do mamfero. Porm, nem todos os mamferos desenvolvem sua capacidade cerebral igualmente. O Homem o ser que melhor agrupa informaes e experincias em sua memria. A inteligncia existe em todos os seres deste grupo, entretanto, o saber que torna o ser humano diferente. S o homem transformador da natureza, e o resultado desta transformao chama-se Cultura. Mas, para produzir cultura, o homem precisa da linguagem simblica. Os smbolos so invenes humanas por meio das quais o homem pode lidar abstratamente com o mundo que o cerca. A linguagem introduz o homem no tempo, porque permite que ele relembre o passado e antecipe o futuro pelo pensamento. Isso o que chamamos de
produo histrica. Ao fazer uso da linguagem simblica, o
homem torna possvel o desenvolvimento da tcnica e, portanto, do trabalho humano. A linguagem simblica e o trabalho constituem, assim, os parmetros mais importantes para distinguir o homem dos animais. Ao definir trabalho humano, assinalamos um binmio inseparvel: o pensar e o agir. A prpria condio humana de ambigidade.
Quando nos referimos ao homo sapiens, enfatizamos a
caracterstica humana de conhecer a realidade, de ter conscincia do mundo e de si mesmo. A denominao homo faber usada quando nos referimos capacidade de fabricar utenslios, com os quais o homem se torna capaz de transformar a natureza. Pensar e agir so inseparveis, isto , o homem um ser tcnico porque tem conscincia, e tem conscincia porque capaz de agir e transformar a realidade. Ao fabricar um utenslio, o homem prhistrico criara um prolongamento do prprio corpo: o arco e a flecha o mantero o mais longe possvel da caa, por exemplo. Em breve, ele no matar apenas para sobreviver. H o assassinato, a conscincia da morte, a dor e tambm o prazer de matar o inimigo.
Analisar a Pr-Histria observar um percurso que vai
girando no tempo e desemboca nas Civilizaes, nas cidades, no Estado Monrquico, nas guerras, nas artes. No continente africano foi descoberta a mais antiga ferramenta de pedra de que se tem notcia: uma faca de aproximadamente 2 milhes 600 mil anos de idade. Ela foi produzida pelo Australopithecus, primeira espcie a estabelecer o dilogo entre a mo e o crebro, a transformar uma coisa em ferramenta. Esse perodo inicial de produo de ferramentas rudimentares de pedra chamado de Paleoltico. No Paleoltico, os grupos humanos eram nmades e viviam da pesca, da coleta de frutos e da caa aos pequenos animais para conseguir alimentos. Nessas sociedades no havia necessidade de fora fsica para a sobrevivncia, e nelas as mulheres possuam um lugar central. A comunidade coletiva era Matricntrica. A mulher era considerada um ser sagrado, porque pode dar a vida (linearidade) e, portanto, ajudar a fertilidade da terra e dos animais. Sociedade Matrilinear o sistema de filiao e de organizao social no qual s a ascendncia materna levada em conta para a transmisso do nome, dos privilgios, da condio de pertencer a um cl ou a uma determinada classe social. Nos grupos matricntricos, as formas de associao entre homens e mulheres no incluam nem a transmisso do poder nem a da herana, por isso a liberdade em termos sexuais era maior. Por outro lado, quase no existia guerra, pois no havia presso populacional pela conquista de novos territrios. Com o passar dos anos, as ferramentas foram sendo aperfeioadas: a inveno da lana e, mais tarde, a do arco e flecha facilitaram bastante as caadas. O uso sistemtico do fogo, possivelmente a cerca de 500 mil anos, passou tambm a distinguir o homem dos outros
animais. Graas a ele, as cavernas e as moradias construdas pelos
humanos contavam com uma fonte de luz, calor, proteo e o cozinhar dos alimentos. O homem do Paleoltico desenvolveu, tambm, a linguagem oral, a fala, apesar da longa demora para ser construda, foi um dos passos importantes na construo da humanidade, permitindo ao homem partilhar com seus semelhantes conhecimentos, experincias e sentimentos, tornando-se, assim, o fator decisivo no desenvolvimento da Cultura.
Instrumentos Empregados no Estado Democrático de Direito para persuadir o cidadão a respeito de sua responsabilidade tributária: coerção, incentivo e educação