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2005
Adelaide Engler
Consultora em Culinária e Turismo
O caminho da Estrada Real foi traçado pelos bandeirantes, tropeiros e aventureiros que buscavam
os tesouros das Minas Gerais. O caminho inicial passa por importantes cidades mineiras, que
foram formadas naquela época : Diamantina, Ouro Preto, Tiradentes, São João Del Rey, São
Tomé das Letras, Caxambu, São Lourenço, depois atravessa o Vale do Paraíba e vai até o Porto
de Parati, por onde escoavam as riquezas. O chamado caminho novo desce por Barbacena, Juiz
de Fora, Itaipava e Petrópolis, encerrando-se no Rio de Janeiro.
No início, havia abundância de ouro e pedras preciosas, mas havia escassez do bem mais
precioso - alimentos. Os bandeirantes se mantinham com o que era possível transportar ou obter
na natureza, aprendendo com os índios. Muitos escravos morriam de fome. A convivência destas
três raças fez surgir a nossa rica cozinha mineira, que mistura técnicas e ingredientes dos índios,
dos africanos e dos portugueses.
A cozinha mineira é história. É fácil encontrar explicações lógicas para os hábitos mais peculiares.
Os doces, para ajudar na conservação, eram feitos com muito açúcar e daí surgiu o hábito de
consumi-los com queijo, para equilibrar o paladar. A cachaça era servida para os escravos, que
vinham com seus pés gelados após horas de trabalho na mineração, com o intuito de aquecer.
Carne de porco, carne seca, galinha, peixes, mandioca, milho, arroz, feijão, verduras, queijos,
pimenta, frutas, biscoitos, rapadura, doces, tudo se combina na tradicional cozinha das Minas
Gerais.
É possível distinguir as influências de cada raça em nossos pratos e até mesmo nos utensílios
usados até hoje na produção de alimentos.
Dos índios, herdamos as folhas, como o ora-pro-nobis; os brotos de samambaia, abóbora, bambu;
o feijão andu; a batata; o mel; a mandioca, em suas mais variadas formas - cozida, assada, farinha,
caldo ou mingau. O milho, assim como a mandioca, é consumido de diversas formas, seja cozido,
assado, em forma de pamonha, farinha ou no famoso angu, que acompanha muito bem as carnes.
As frutas locais: a pitanga, a amora, o pequi, a cagaita, o maracujá do mato, o jatobá, a gabiroba, o
bacupari e o aromático limão capeta, que tem também funções medicinais.
Herdamos também o gosto pela pesca e pela caça – o lambari, o piau, o mandim, a traíra, o jacaré,
o macaco, a codorna, o coelho, o pombo, o veado, o tatu, a paca, o porco-do-mato, a cobra, o
lagarto e até mesmo gambá, todos fazem ou já fizeram parte das mesas mineiras.
O urucum, também conhecido como colorau, é usado até hoje para dar uma atraente cor
avermelhada aos pratos. Foi apresentado pelos índios, que faziam com a planta sua tinta natural
para se pintar e repelir insetos, além do uso medicinal: o chá das sementes tem ação digestiva e
expectorante. A infusão das folhas atua contra bronquite, faringite e inflamação dos olhos. O pó é
digestivo, laxante, expectorante, febrífugo, cardiotônico, hipotensor e antibiótico, agindo como anti-
inflamatório para contusões e feridas.
PUC Minas – Revista de Turismo – Vol. 1 - N° 1 - Nov. 2005
Dos índios recebemos também utensílios e instrumentos, e até mesmo a técnica do artesanato,
para a confecção dos balaios de taquara. Os vasilhames de barro e bambu, as cabaças de
abóbora e o cuité, para tomar uma boa cachaça.
- eram usadas trempes de madeira, onde carnes de caça ou pesca eram enfiadas em espetos de
bambu e amarradas com cipó;
- o fogão de chão: em um buraco cavado na terra, eram colocados alimentos enrolados em folhas,
o buraco era novamente tampado com terra e acesa uma fogueira em cima;
- o fogão de pedra: montagem de três pedras fincadas no chão;
- a fornalha de cupim: um cupinzeiro era esculpido com 2 aberturas - a maior usada para colocar
a lenha e fazer brasa, a menor para sair a fumaça.
- o forno de barranco: buraco cavado no meio do barranco com um a saída para a fumaça e uma
entrada para a lenha. Este era usado para o preparo de cerâmica.
A evolução de todos esses métodos fez com que surgisse o charmoso fogão de lenha : feito de
adobe, tijolo ou pedra-sabão.
Dos africanos recebemos hábitos alimentícios bastante praticados em Minas, como o gosto pelo
quiabo, a farinha, o cuscuz, o toucinho, o feijão preto e a couve.
Entre os utensílios, os que mais se destacam são as gamelas, utilizadas durante o preparo e
também para servir. Seus variados tamanhos e madeiras permitem uma decoração harmoniosa e
atraente para uma mesa.
Os pratos ficaram mais finos não apenas pelas receitas, mas também pelas lindas porcelanas
trazidas da coroa.
Nos séculos XIX e XX vieram também outros imigrantes europeus: alemães, ingleses, belgas e
italianos, que aqui deixaram suas marcas.
O bolo inglês ou english cake, trazido pelos funcionários das minerações inglesas, pronunciado
erroneamente pelos brasileiros, ficou conhecido pelo nome de “queka”.
As técnicas de fazer lingüiça, provavelmente trazidas pelos portugueses e aprimoradas com os
imigrantes alemães. Além do uso abundante da abobrinha, tão apreciada pelos italianos e pelos
mineiros.
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A COZINHA
Como é linda e fascinante a decoração de uma cozinha típica mineira! As casas de fazenda tinham
arquitetura semelhante umas às outras. Do lado de fora ficava o forno a lenha, para o preparo das
quitandas, e também um balcão para destrinchar o porco, principal carne utilizada nas fazendas.
A cozinha era parte importante da casa, ficava no fundo, o teto era enegrecido pela fumaça, o chão
de terra batida ou atijolado, mas era muito grande e bem equipada.
No meio ficava sempre o fogão a lenha, grande e com muitas bocas para trabalhar. Dependuradas
sobre o fogão, ripas de madeira de onde pendiam lingüiças e carnes para defumar. Nas laterais,
balcões ornados com os adereços típicos: tachos de cobre, colheres de pau, gamelas, peneiras,
latas com quitandas, pilão de madeira para tempero e pilão grande para socar café.
Na entrada da cozinha, uma grande mesa e longos bancos, todos de madeira, onde cozinheiras,
crianças e mulheres se reuniam para enrolar biscoitos e preparar o delicioso pão de queijo. Este
surge apenas mais tarde, após o início da criação de gado na região, que trouxe a carne de boi e o
leite, que permitiram a produção dos famosos queijos de Minas.
OS PRATOS TÍPICOS
Costelinha, lombo, lingüiça, tutu de feijão, feijão tropeiro, caldo de mandioca, frango ao molho
pardo e frango com quiabo são os pratos mais encontrados em todas as cidades históricas do
Ciclo do Ouro.
Alguns ainda preparam estas iguarias usando banha de porco, que confere um aroma e um sabor
super especial.
No café-da-manhã, não pode faltar o famoso pão de queijo, a broa de milho, a rosca, os queijos e
biscoitos caseiros doces e salgados - o biscoito de polvilho, biscoito de queijo, biscoito frito, o
biscoito de araruta e muitos outros.
Estes saborosos hábitos do interior de Minas, viraram uma paixão nacional. O pão de queijo hoje é
produzido industrialmente, consumido em todo o País e também no exterior.
A Cachaça
A cachaça, que antigamente era um destilado barato utilizado para aquecer os pobres escravos,
hoje atrai a atenção de multidões. O setor fatura milhões e são organizadas feiras anuais em Belo
Horizonte com participação de diversos produtores e milhares de visitantes.
A cachaça é hoje o terceiro destilado mais consumido no mundo, perdendo apenas para o whisky
e a vodka.
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Origem e produção
A cana-de-açúcar, elemento básico para obtenção de vários tipos de álcool é uma planta da família
das gramíneas, seu nome em latim é Saccharum Officinarum e é originária da Ásia. Os primeiros
relatos sobre fermentação da cana-de-açúcar, vêm dos egípcios antigos, que inalavam esses
líquidos para cura de moléstias.
A fermentação, é o processo onde o açúcar é transformado em álcool. Para ele ocorrer, é
necessário um agente catalisador: os fungos ou leveduras, neste caso a Saccharomyces, que
transforma a sacarose em etanol.
Em toda a região Mediterrânea são bastante populares aguardentes transparentes, que possuem
aroma de aniz e quando misturadas com água tornam-se esbranquiçadas. Na França produzem o
Pastis, na Grécia o Ouzo, no sul da Ásia, a bebida é chamada de Arak.
Na Itália destila-se a uva e se produz-se a Grappa; na Alemanha destila-se a cereja e produz-se o
Kirsch; na Escócia a cevada, que produz o muito conhecido Whisky. Na Rússia, a Vodka, que é
feita do centeio; no Japão, o Sakê, obtido a partir do arroz; e na Escandinávia, a Aquavit, obtida
através da batata.. Portugal destila o bagaço da uva e produz a Bagaceira.
O Rum, produzido nos países hispanicos das Américas, difere da nossa Cachaça pois é produzido
do melaço da cana-de-açúcar e não apenas do suco da cana ou garapa.
A cachaça na gastronomia
Podemos definir a cachaça, popularmente conhecida por pinga e mais de duzentos outros
sinônimos, como uma aguardente de cana. É um destilado muito versátil. É excelente ingrediente
para coquetéis, como a famosa caipirinha, a saborosa batida de coco e também pode ser
apreciada pura, especialmente aquelas cachaças de coloração amarelada, envelhecidas em barris
de carvalho.
Podemos utilizar a cachaça também na cozinha. Muitos pratos tradicionais da cozinha mineira
levam cachaça.
Ela é especialmente utilizada no preparo de carnes, para reduzir a gordura e a “mágoa”. Segundo
a sabedoria popular, o animal ao ser abatido morre com raiva pela violência sofrida na morte. Esta
violência é chamada de “mágoa” . Criou-se então o hábito de usar cachaça e limão no preparo das
carnes, com o intuito de aliviar os possíveis efeitos malignos da adrenalina negativa no abate e
reduzir a gordura.
Há também a tradicional gelatina de cachaça e várias outras iguarias que levam a aguardente na
receita.
Pratos modernos podem ser criados com um toque especial dado pela cachaça - risottos, molhos
doces e salgados, carnes, frutas e caldas flambadas para sobremesas, não há limites.
A globalização
O setor vem crescendo e se organizando rapidamente. Hoje existe uma legislação para controlar a
qualidade da cachaça. Apenas as aguardentes de cana-de-açúcar produzidos no Brasil e com teor
alcóolico entre 38o e 54o GL podem ser chamados de cachaça.
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Obs: Para fazer este prato, é necessário obter o sangue fresco de 1 galinha, batido imediatamente
com 2 colheres de sopa de vinagre, para não talhar.
Ingredientes :
Modo de Fazer:
Limpar a galinha cuidadosamente, por dentro e por fora. Esfregar o suco dos limões e cortar em
pedaços pelas juntas - o peito em 3 partes.
Numa panela colocar o óleo, a cebola, a folha de louro e refogar até a cebola ficar transparente.
Juntar os pedaços da galinha, temperar com sal, acrescentar um pouco de água e cozinhar em
fogo brando até a carne ficar bem macia.
Pouco antes de servir, tirar um pouco do caldo em que a galinha está cozinhando, misturar com o
sangue que ficou reservado, e com a farinha de trigo. Colocar na panela e cozinhar mais um
pouco, mexendo com uma colher-de-pau para engrossar.
Servir bem quente com arroz branco, angu e couve .
Tutú de Feijão
Ingredientes :
Modo de fazer:
Ingredientes :
1 Frango inteiro
1/2 Kg tomates maduros picados sem sementes
1/2 Kg quiabo picado grosso
1 cebola batida
2 dentes de alho
Salsinha e cebolinha (cheiro verde)
Sal e pimenta do reino
Modo de Fazer:
Feijão Tropeiro
O feijão tropeiro, composto de uma mistura de feijão cozido, farinha de mandioca, lingüiça ou carne
de porco e torresmo, era a alimentação básica dos homens que transportavam mercadorias em
lombo de burro (tropas) no século XVIII. Era preparado pelos próprios homens, nas paradas feitas
durante a viagem.
Ingredientes :
Óleo ou Azeite
Sal e pimenta a gosto
Salsinha picada
Modo de Fazer:
Fritar os ovos em um pouco de manteiga e deixar firmar antes de mexer, em uma frigideira.
Colocar o óleo ou azeite em uma panela grande e larga; fritar o bacon.
Refogar o alho e a cebola na mesma panela.
Acrescentar o feijão sem o caldo e temperar com sal e pimenta.
Deixar ferver um pouco para apurar o tempero;
Colocar os ovos, a lingüiça e o torresmo.
Desligar o fogo e colocar a farinha e a salsinha
Angu à mineira
Ingredientes :
6 ½ xícaras de água
6 ½ xícaras de leite
2 ½ xícaras de fubá moinho d’água
1 colher de manteiga
Sal a gosto
Modo de Fazer:
Ingredientes :
400g de canjiquinha
1 kg de costelinha
½ kg de lingüiça calabresa
½ xícara de óleo
2 tomates em cubos pequenos
Couve
Cebola, alho, salsa e cebolinha a gosto
Caldo de carne
Sal e pimenta malagueta a gosto
Modo de Fazer:
Cortar a costelinha em pedaços. Temperar com sal, alho e cebola picados e a pimenta malagueta.
Aquecer o óleo e fritar a costelinha. Quando estiver quase frita, acrescentar a lingüiça calabresa e
mexer até que as duas fiquem douradas.
Acrescentar o tomate picado, em cubos pequenos, colocar a canjiquinha cozida e a água em que
ela foi cozida. Se necessário, acrescentar um pouco de água quente.
Provar o tempero e corrigir, se for o caso.
Picar a couve bem fina e colocar por cima. Decorar com salsinha e cebolinha picadas.
Vaca atolada
Conta-se pelas terras de Minas que este tradicional prato ganhou o engraçado nome de vaca
atolada porque, ao ficar pronto, lembra a imagem do gado, que cruzava o território mineiro, atolado
nos brejos das trilhas dos tropeiros. Seja esta história verdadeira ou não, o que ninguém pode
negar é que vaca atolada é apreciada em muitas cidades mineiras.
Ingredientes :
Modo de Fazer:
* Tempero mineiro: alho, cebola, cebolinha verde, pimentões verdes, sal e salsa, batidos no
liquidificador.
Leitão Pururuca
Desde épocas imemoriais, o leitão assado e servido inteiro à mesa já encheu os olhos (e
estômagos) de reis, rainhas e da nobreza que os cercava. Entre os plebeus e camponeses,
embora bem mais raramente, o leitão também fazia parte dos principais banquetes e festas, por
ser um símbolo de fartura que, acreditava-se, atraía ainda mais abundância à mesa da casa de
quem o servia.
Acredita-se que a tradição de comer o leitão e mesmo a utilização de grande quantidade de partes
do porco e seus derivados (banha, pernil, torresmo etc.) nas mais diversas receitas mineiras tenha
se fixado por influência dos portugueses, que, nos pousos e pequenos vilarejos à beira das trilhas
das Minas Gerais, criavam porcos para servir aos tropeiros que por lá passavam na busca
incessante do ouro.
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O leitão pururuca é, portanto, uma legítima amostra da adaptação em terras mineiras, com seus
temperos e modos de fazer, de tradições vindas de além-mar e que até hoje nos deixam com água
na boca.
1 leitão de 5 kg
8 dentes de alho esmagados
1 cebola picada
Suco de 5 limões
1 garrafa de vinho branco seco
Pimenta do reino
1 pimenta malagueta picada
Vinagre
Sal a gosto
Óleo
Pimenta do Reino
Modo de Fazer:
Fazer uma marinada com o vinho, suco de limão, vinagre, cebola picada, pimenta do reino, sal,
pimenta malagueta e alho esmagado.
Passar essa marinada em todo o leitão.
Deixar o leitão no tempero por, no mínimo, 24 horas.
Colocar numa assadeira, proteger as orelhas e o rabo com papel alumínio para que não queimem.
Colocar na assadeira a marinada do tempero, mais um pouco de água e uns dois copos de óleo.
Cobrir com papel alumínio e levar ao forno por cerca de uma hora e meia.
Olhar o assado e com uma colher grande ou concha regar o líquido do fundo da assadeira sobre o
mesmo.
No final do cozimento, retirar o papel alumínio e deixar o leitão dourar.
Quando estiver no ponto, colocar uma panela com 1 litro de óleo para esquentar.
Quando o óleo estiver bem quente, quase saindo fumaça, jogar essa gordura sobre o leitão para
que sua pele estoure e se torne a famosa - pururuca.
Torresmo
2 kg de toucinho de barriga
2 latas de óleo
Sal a gosto
1 cálice de cachaça
Modo de Fazer:
Pão de queijo
200 ml de leite
200 ml de água
100 ml de óleo
1 kg de polvilho azedo
1 colher de sobremesa de sal
6 ovos ligeiramente batidos, um a um.
800g de queijo meia cura ralado ou parmesão ralado fino
Modo de Fazer:
Ferver o leite com a água, o óleo e o sal. Escaldar o polvilho e deixar esfriar um pouco. Juntar os
ovos, um de cada vez, amassando bem. Misturar o queijo e amassar mais.
Gelar por 2 horas. Fazer pequenas bolinhas e colocar na assadeira untada com óleo.
Assar em forno pré-aquecido a 180°C até dourar.
3 ovos
1 pote de iogurte natural
1 copo de requeijão de fubá
1 copo de requeijão de açúcar cristal
1 copo de requeijão de leite
1 copo de requeijão de queijo minas curado ralado
1 copo americano de óleo de soja, até a risca
1 colher de café de sal
1 colher bem cheia de farinha de trigo
1 colher bem cheia de fermento em pó
Modo de Fazer:
Bater no liquidificador os ovos, acrescentar o iogurte, o fubá, o açúcar, o sal, o óleo e o leite.
Acrescentar o fubá, a farinha de trigo e bater mais um pouco. Acrescentar o queijo e por último o
fermento em pó. Assar em tabuleiro untado e polvilhado com farinha de trigo em forno médio
(180°C) por aproximadamente 45 minutos.
Ao retirar do forno, ainda quente, polvilhar com açúcar refinado e canela.
Doce de Leite
2 litros de leite
1 kg de açúcar
Modo de Fazer:
É muito importante pensar no turista e como ELE se sente diante de tantas novidades exóticas ao
visitar Minas Gerais.
Muitas vezes deslumbrado com as iguarias saborosas, não percebe que a caipirinha é preparada
com uma aguardente, que torresmo é pele de porco, e se delicia com nossas iguarias, todas
simultaneamente e com excesso.
O estômago do turista não está habituado a estes pratos e é sensível aos mesmos.
É importante avisá-los para não exagerar, explicar bem os ingredientes dos pratos.
É essencial equilibrar o cardápio dos restaurantes e especialmente dos hotéis e pousadas com
saladas e pratos leves, para os visitantes poderem optar por pratos simples e internacionais.
Um filé com fritas, um peixe ou filé de frango com legumes, uma salada verde com tomate, uma
sopa de legumes, um espaguete com molho de tomate e frutas, devem sempre fazer parte do
cardápio.
O Europeu está habituado a comer com pães de boa qualidade, no café e nas refeições. Quanto
melhor o pão que for servido no restaurante/hotel, mais satisfeito o turista europeu vai ficar e pode
voltar e recomendar para seus amigos e parentes.
Antes de comer com a boca, comemos com os olhos e com o olfato, é importante decorar os
pratos para atrair as pessoas que nunca provaram nossas especialidades, tutu de feijão não é
bonito à primeira vista.
Os utensílios mineiros - as gamelas, as vasilhas de barro, as panelas de pedra, o pilão, a colher de
pau e todos outros adereços são bonitos e charmosos, devem ser utilizados na mesa e no fogão
para caracterizar nossa região.
Seremos lembrados pelo turista, como um Estado que possui uma cozinha fascinante - com
história, sabor, design e personalidade.