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Mistrio ou segredo tudo que est oculto, por isso, no pode ser concebido
nem compreendido, e o mundo tcnico marcado pelo mistrio, permanecendo
oculto para cada um de ns.
Heidegger acredita que o homem no capaz de desvendar o mistrio que
envolve a tcnica sem o pensamento meditativo. Sem ele, podemos dizer quem foi o
cientista que fez uma dada descoberta, mas nunca poderemos explicar os motivos
que levaram o cientista a faz-la.
O mistrio sempre oculto s se revela a medida que, por meio da serenidade,
desvelarmos o ser que est oculto por detrs da tcnica. Dizer sim e no a tcnica
estar junto a tcnica, mas no dentro dela. A verdade no a adequao, mas o
desvelamento! Desvelamento esse onde Heidegger fundamenta sua ideia de que a
verdade a revelao.
O fato que o dasein (ser-a ou ser-no-mundo) nos guia a revelao. O
dasein comea por existir no mundo segundo um modelo relacional, segundo o
modelo da disponibilidade. A verdade como revelao tem como fundamento a
verdade como pressuposio. No existe verdade em si, mas verdade para o
homem, porque ele acredita nela.
Precisa-se restaurar a verdade que vai ser o objeto do pensamento
meditativo. S se pode restaurar a verdade quando o homem tomar conscincia da
sua historicidade. O que levanta a questo da historicidade um fato muito mais
crucial e mais significativo, que a questo ontolgica onde o ser, enquanto
possuidor de sua natureza pensante, assume sua dimenso meditativa do
pensamento e assim contribuir para a revelao da verdade.
Experimentar a historicidade como negao as coisas que nos dominam por
vontade prpria, leva-nos ao confronto do homem com aquilo que ele no . Pois o
homem s na relao que estabelece com as coisas que o rodeia.
Heidegger afirma que para compreender a historicidade preciso alcanar a
questo do existir como dasein, pois do dasein que se parte para chegar questo
do seu sentido e da sua historicidade. Da a urgncia em recuperarmos a dimenso
meditativa do pensamento!
A modernidade esqueceu o ser e a realidade. Uma coisa viver absorvido
pela tcnica, outra coisa ler o mundo, habitar num mundo lendo a outra dimenso
do sentido literal ou tcnico que essa dimenso tem. Em um sentido Heideggeriano,
viver velado!