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Neoliberalismo e Globalização
Evolução do capitalismo
Durante o período final da Guerra Fria o capitalismo passou por um de seus períodos econômicos de
maior crescimento. Esse processo já havia começado nos últimos lustros do século XIX e, desde a I Guerra
Mundial, já se pode observar que os Estados Unidos da América estavam se transformando numa grande
potência, graças ao seu crescente poderio econômico-militar.
_ Conferência de Bretton Woods em 1944, na qual ficou estabelecido que o dólar passaria a ser a principal
moeda de reserva mundial, abandonando-se o padrão-ouro.
_ Descolonização da África e da Ásia que, criando dificuldades econômicas aos países europeus, abriu
oportunidades para os Estados Unidos da América.
Bretton Woods
Durante três semanas de julho de 1944, do dia 1º ao dia 22, 730 delegados de 44 países do mundo
então em guerra, reuniram-se no Hotel Mount Washington, em Bretton Woods, New Hampshire, nos Estados
Unidos, para definirem uma Nova Ordem Econômica Mundial. Foi uma espécie de antecipação da ONU
(fundada em São Francisco no ano seguinte, em 1945) para tratar das coisas do dinheiro. A reunião centrou-
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se ao redor de duas figuras chaves: Harry Dexter White, Secretário-Assistente do Departamento do Tesouro
dos Estados Unidos e de Lord Keynes, o mais famoso dos economistas, representando os interesses da Grã-
Bretanha, que juntos formavam o eixo do poder econômico da terra inteira.
Acertou-se que dali em diante, em documento firmado em 22 de julho de 1944, na era que
surgiria das cinzas da Segunda Guerra Mundial, haveria um fundo encarregado de dar
estabilidade ao sistema financeiro internacional bem como um banco responsável pelo
financiamento da reconstrução dos países atingidos pela destruição e pela ocupação: o FMI
(Fundo Monetário Internacional) e o Banco Internacional para a Reconstrução e o
Desenvolvimento, ou simplesmente World Bank, Banco Mundial, apelidados então de os Pilares
da Paz.
O domínio mundial estadunidense é evidenciado pelo seu controle de mais da metade dos investimentos
internacionais e pelo elevado número de filiais das transnacionais, a tendência de monopolização do
capitalismo foi acelerada, fato que também pode ser observado nos programas de privatização que se
intensificaram na década de 1980, envolvendo mais de 100 países do mundo e movimentando trilhões de
dólares.
Ao produzir em locais onde a mão-de-obra é mais barata (tanto seu preço por hora quanto os encargos
sociais) ou onde os custos de proteção ambientais são nulos ou muito baixos, as transnacionais reduzem os
seus custos de produção, barateando as mercadorias. Dessa forma, podem vender seus produtos mais
barato (quebrando a concorrência), aumentar suas taxas de lucro ou obter uma combinação de ambos.
Após a II Guerra Mundial, iniciou-se o mais longo período de crescimento contínuo do capitalismo,
abalado apenas pela crise do petróleo, em fins de 1973. Durante os últimos 30 anos, o valor da produção
econômica quadruplicou e as exportações quase sextuplicaram nos países desenvolvidos. Uma das
principais causas desse crescimento do capitalismo foi a expansão de um grupo bem definido de grandes
empresas, das quais cerca de 500 atingem dimensões gigantescas.
nações (multinacionais), mas sim que atuam além das fronteiras de seus países de origem.
No fim da Ordem da Guerra Fria (1989), segundo relatório da ONU, existiam mais de 30
mil empresas transnacionais, que tinham espalhadas pelo mundo cerca de 150 mil filiais. Em
1970 elas eram apenas 7.125 empresas e tinham pouco mais de 20 mil subsidiárias.
Nas últimas décadas, a globalização da economia tornou cada vez mais importante
o sistema financeiro internacional. Ele é formado por um conjunto de normas, práticas e
instituições (que fazem ou recebem pagamentos das transações realizadas fora das fronteiras
nacionais). Dessa forma, o sistema envolve as relações de dezenas de moedas do mundo,
sendo vital para o fechamento das balanças comerciais e de pagamento dos países do mundo.
Em síntese, são três as funções do sistema monetário internacional: provisão de moeda
internacional, as chamadasreservas; financiamento dos desequilíbrios formados pelo
fechamento dos desequilíbrios formados pelo fechamento dos pagamentos entre os países; e
ajuste das taxas cambiais.
Sua organização moderna teve início em julho de 1944, em um hotel chamado Bretton
Woods, localizado na cidade norte-americana de Littleton (New Hampshire), onde 44 países
assinaram um acordo para organizar o sistema monetário internacional.
A conferência estabeleceu uma paridade fixa entre as moedas do mundo e o dólar, que
poderia ser convertido em ouro pelo Banco Central estadunidense a qualquer instante. Todos os
países participantes fixaram o valor de sua moeda em relação ao ouro, criando uma paridade
internacional fixa. Todas as grandes nações da época, exceto a União Soviética, evidentemente,
concordaram em criar um “Banco Mundial”, com a função de realizar empréstimos de longo
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prazo para a reconstrução e o desenvolvimento dos países membros; e o FMI, para realizar
créditos de curto prazo e estabilizar moedas em casos de emergência. Isso garantiu uma
estabilidade monetária razoável durante 25 anos.
O que define a economia dominante é que a sua moeda se torna uma moeda internacional,
servindo de parâmetro ou de reserva financeira para outros países. Quando, em 1971, os
Estados Unidos quebraram a conversão automática do dólar em ouro, eles obrigaram os países
que tinham dólares acumulados a guardá-los (já que não poderiam mais ser convertidos em
ouro) ou vendê-los no mercado livre (em geral com prejuízo). Em março de 1973 praticamente
todos os países tinham desistido de fixar o valor de suas moedas em ouro e a flutuação cambial
tinha se firmado como padrão mundial.
Neoliberalismo
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O que é uma ordem (geopolítica) mundial? Existe atualmente uma nova ordem ou, como sugerem
alguns, uma desordem? Quais são os traços marcantes nesta nova (des)ordem internacional?
Utilizamos como marco inicial para a assim chamada “Nova Ordem Mundial” (ou “Nova
Ordem Internacional”) a queda do Muro de Berlim, com tudo o que simbolizou em termos
políticos, econômicos e ideológicos. Evidentemente, muitos aspectos anteriores já indicavam
uma nova era econômica em formação.
O Muro de Berlim não apenas separava uma cidade e um povo. Ele simbolizava o mundo
dividido pelos sistemas capitalista e socialista. A sua destruição, iniciada pelo povo de Berlim, na
noite de 9 de novembro de 1989, pôs abaixo não apenas o muro material; mais do que isso,
rompeu com o mais significativo símbolo da Guerra Fria: a bipolaridade.
Como foi possível a queda do Muro de Berlim, em plena Guerra Fria, num país sob forte
hegemonia da União Soviética?
Estas coisas não acontecem, por assim dizer, “como um raio em céu azul”. Uma série de
fatores a tanto conduzem, liderados pela Corrida Armamentista. Paralelamente ao abandono do
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Estado capitalista com gastos sociais, seguindo a orientação “neoliberal”, este passou a investir
cada vez mais pesadamente em armamentos de ponta, mandando a conta da “defesa do mundo
livre” para os países subdesenvolvidos. A União Soviética e seus aliados, sem terem “satélites”
ou países a utilizar como fonte de recursos para esta finalidade – que contraria o princípio
básico do socialismo, a Paz – passou a defender-se como pode. De todo o modo, se o bloco
capitalista, dispondo de seu potencial de exploração de praticamente todo o mundo
subdesenvolvido e do aparato de propaganda que a isto se segue, criou armas cada vez mais
sofisticadas e inacreditáveis. Em fins da década de 80 falava-se no desenvolvimento, por
conglomerados anglo-estadunidenses, de um projeto de “Guerra Nas Estrelas”, uma espécie de
malha de satélites voltada a destruir armamento inimigo em terra com canhões laser!
Especulava-se ainda acerca de uma arma (que, se efetivada jamais foi utilizada na prática, que
se saiba, até os dias de hoje) chamada de “Bomba de Nêutrons”, capaz de destruir
completamente a vida sem afetar o patrimônio, um verdadeiro emblema do ideal capitalista...
Deslocando recursos da produção de alimentos, medicamentos, educação e salários para a
Defesa, as nações socialistas foram levadas a um crise econômica sem precedentes históricos,
este o cerne do problema.
Em 1985, a eleição de Mikhail Gorbatchov para a liderança da União Soviética tinha por
finalidade encontrar formas pacíficas de sobrevivência democrática entre regimes econômicos
antagônicos. Se os socialistas reafirmavam a necessidade da intervenção estatal na economia,
encontravam, na outra ponta a competitividade mercantil daqueles que se nutriam da morte e
da destruição, numa palavra: da competitividade. Abandonaram-se as metas cooperativistas e
passou-se a pautar-se pela mais rapinante competitividade.
Gorbatchov tentou ainda acordos com o ultradireitista Ronald Reagan, administrando mesmo
o final do Tratado de Varsóvia e assinando com o presidente estadunidense o famoso acordo
START (Strategic Arms Reduction Treaty), através do qual a OTAN e outras organizações filo-
fascistóides dos Estados Unidos e aliados comprometiam-se a diminuir seus arsenais e
interromper a corrida armamentista. Na prática, pouco foi feito a este respeito e é correto
afirmar que as nações do Oeste (Estados Unidos e Inglaterra à frente) venceram a Guerra Fria
contra o socialismo.
Naturalmente, a última palavra a este respeito ainda não está dada. Outrora um dos maiores
problemas de distribuição na URSS era representado pela filas: todos tinham dinheiro para
comprar os bens necessários, particularmente numa nação que foi capaz de manter o preço do
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pão em três copeques durante mais de setenta anos! Mas formavam-se filas imensas para
esperar que produtos raros do ocidente chegassem às prateleiras dos supermercados, delas
desaparecendo rapidamente. Hoje, em Moscou, o que se vê é, além do retorno da prostituição,
da miséria, da mendicância e da violência, levando uma nação que já foi uma superpotência a
rivalizar com países subdesenvolvidos neste quesito, supermercados e lojas de conveniência
abarrotadas de bens para os quais ninguém mais tem dinheiro para comprar... O russo médio
se pergunta se teria feito um bom negócio ao sair do socialismo para o capetalismo...
O que é Globalização?
Antônio Conselheiro
Vamireh Chacon
Do ponto de vista do globalizador pode ser definida como o processo de internacionalização das
práticas capitalistas, com forte tendência à diminuição – ou mesmo desaparecimento – das barreiras
alfandegárias; liberdade total para o fluxo de Capital no mundo.
Os primeiros povos – de quem se tem notícia – a dividir o mundo entre “nós = civilizados” e
“outros = bárbaros” foram os gregos e hebreus. Também os romanos assim dividiam os povos
do mundo.
Sim, o planeta Terra, particularmente na região de hegemonia ocidental, ou seja, dos povos
oriundos das cercanias do Mar Mediterrâneo, já sofreu a globalização egípcia, a globalização
greco-macedônica, a globalização romana, a globalização muçulmana, a globalização ibérica, a
globalização britânica, a globalização nazi-fascista e, desde o término da Primeira Guerra
Mundial, agudizando-se ainda mais após o término da segunda, estamos sofrendo a globalização
estadunidense.
Aprofundemos o paralelo. A seita judaica (que assim era vista) chamada de “cristã” era
vista como bárbara e contrária aos deuses romanos. Os judeus foram globalizados à força,
assim como os cartagineses e outros povos mais. Àquele tempo, somente os latinos e
macedônicos foram globalizados pacificamente.
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Basta lembrar que a ONU nasceu ainda durante os julgamentos de Nuremberg, com o fito
principal de evitar que povos do mundo, em nome de uma pretensa superioridade (racial,
cultural ou qualquer outra), destruíssem civilizações por eles consideradas “bárbaras” ou
“incivilizadas”. Em 1991 George Bush (o pai) bateu o primeiro prego no caixão da ONU quando
conseguiu forçar a aprovação de uma intervenção militar sobre o Iraque (aliás, fracassada). Dali
para cá, uma série de ocorrências vêm em sucessivas vagas e ainda há quem se surpreenda ao
ver representações da ONU ser percebida pelas vítimas da globalização como representação dos
EUA. Desde 1991 – praticamente desde o final da polarização “capitalismo versus socialismo” a
ONU deixou de ser um organismo representativo da autonomia dos povos do mundo e passou a
ser, na prática, um organismo homologador das decisões estadunidenses. O escândalo em torno
desta subserviência foi tamanho que, recentemente, os estadunidenses não obtiveram o aval da
ONU enquanto não produzissem provas de que o Iraque constituía uma ameaça à estabilidade
das civilizações judaico-cristãs ocidentais. Desprezando solenemente a ONU, estadunidenses e
seus cúmplices britânicos massacraram uma das nações mais miseráveis do mundo que, para
sua desgraça, constituem-se no segundo maior produtor de petróleo do mundo.
Sem a coesão ideológica do socialismo as quinze repúbicas que outrora compunham a URSS
fragmentaram-se, o mesmo ocorrendo com a Iugoslávia e com a Tchecoslováquia. Somente a Alemanha se
reunificou neste processo, ampliando, com isso, enormemente, a xenofobia e o racismo. Composta por
grupos culturais excepcionalmente diferentes como Sérvios, Croatas, Bósnios, Macedônios e Albaneses entre
outros, professando diferentes religiões, como o Catolicismo Ortodoxo, o Catolicismo Romano, o Islamismo e
o Judaísmo a ex-Iugoslávia foi o núcleo central de uma guerra chamada de "limpeza étnica" cujos dirigentes
ainda hoje respondem ao Tribunal Internacional de Justiça. Já se disse que o Século XX "começa e termina
em Sarajevo". Pura verdade...
A Europa Hoje
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Com o final definitivo da bipolarização entre EUA e URSS, temos um mundo capitaneado pelos EUA,
dado o seu poderio bélico e econômico. Em seu ufanismo afirmam mesmo ser a única Superpotência
planetária. Em menor escala, mas disputando sua chegada a uma posição de hegemonia, o Japão, que tem o
Extremo Oriente como sua área de influência preferencial e a Europa, que encontra na África a sua área de
influência preferencial.
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Na época da Guerra Fria, o poder das armas valia mais que o poder do
dinheiro. O cenário mundial estruturava-se em torno das grandes potências
termonucleares. O ocidente - essa expressão geopolítica que abarca os
Estados de economia de mercado, tanto ocidentais como orientais -
organizava-se em torno da hegemonia dos Estados Unidos, cuja liderança
militar formava par com o seu incontrastável poderio econômico.
Geopolítica – Bipolar
Corrida Armamentista
A CEI não funciona como país, pois é formada por países - membros, que têm
leis e nacionalidade próprias.
3.2 – Multipolaridade
A nova ordem mundial é marcada não mais pelo poder das armas, mas pelo
poder do dinheiro, as relações econômicas estão mais intensas e não estão
mias apoiadas em dois pólos, mas sobre os megablocos econômicos e
geopolíticos.
Neoliberalismo
Globalização
Regionalização
Na época da Guerra Fria tudo girava entre dois pólos, ou duas potências, EUA
e URSS, com a nova ordem internacional o eixo econômico passou a ser
outros países que se estruturaram em megablocos, a economia ficou em
regiões, em blocos.
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Tigres Asiáticos
China Popular
Teve abertura econômica (capitalismo), mas não política. Assim poderá ser a
potência das próximas décadas.
Xenofobia
Neo-Nacionalismo: Separatista
Com todo esse avanço há povos que querem se separa de seus países dentre
alguns temos:
• Quebec – Canadá
• País Basco – Espanha / França
• Caxemira – Índia / Paquistão
• Tchetchênia – Rússia
• Kosovo – Iugoslávia
• Tibete – China Popular
• Curdos – Turquia, Iraque, Irã, Síria e outros
• Daguestão – Rússia
Países Emergentes
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Fundamentalismo
Tigres Asiáticos
Este último tratado, que permanece inalterado até hoje, e em vigor, une
a América Latina, inclusive o México, no desejo comum de promover um
processo convergente, que conduza a um mercado comum regional. Porém,
com a formação do MERCOSUL, perdeu sua força expressiva.
1. FORMAÇÃO DO MERCOSUL
As relações comerciais entre Brasil e Argentina já vinham desde a
década de 70. Em julho de 1986, em Buenos Aires, foi firmada a ata para a
integração argentina-brasileira que instituiu o Programa de Integração e
Cooperação Econômica - PICE. O objetivo do programa era o de proporcionar
um espaço econômico comum, com a abertura seletiva dos respectivos
mercados e o estímulo à complementação econômica de setores específicos
dos dois países.
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UE - UNIÃO EUROPÉIA
1. ANTECEDENTES
2. TRATADO DE MAASTRICHT
3. ORGANIZAÇÃO
4. OBJETIVOS
TIGRES ASIÁTICOS
Esse bloco asiático, movido pelo potente Japão, está tentando erguer os
outros países para que se torne uma massa que tenha competição na
economia mundial e que ocupe parte dela.
taxa de crescimento médio anual de 5%, graças à base industrial voltada para
os mercados externos da Ásia, Europa e América do Norte.
A SAARC
Quais são os fundamentos para a integração desta região marcada pela fragmentação,
rivalidades e conflitos internos?
Em segundo lugar, pode-se observar que o fim da Guerra Fria teve um impacto
profundo e positivo para a integração regional, uma vez que a ingerência das
superpotências foi substancialmente reduzida. A Índia tornou-se a grande potência do
Oceano Índico e goza, desde então, de uma autoconfiança, decorrente tanto do seu
crescimento econômico quanto do realinhamento das suas alianças internacionais. A
perda do apoio soviético (em virtude do desaparecimento da URSS) e a necessidade de
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A SAARC possui um produto interno bruto (PIB) de mais de 700 bilhões de dólares e
uma população de aproximadamente 1,3 bilhões de habitantes, a mesma da China. Sua
taxa de exportação corresponde a 1% do total mundial e a de importação a 1,3%. Sua
extensão é de mais ou menos 4,4 milhões de quilômetros quadrados, sendo as Maldivas
a menor área (apenas 300 quilômetros quadrados) e a Índia a maior (enormes 3,2
milhões de quilômetros quadrados). As reformas liberalizantes, desde o fim dos anos
1980, fizeram da Índia uma economia em rápido crescimento em áreas modernas, como
a informática, tornando a região um pólo dinâmico de desenvolvimento e contribuindo
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A ASEAN
Formada a partir de 1967, com a declaração de Bangkok, pelos ministros das Relações
Exteriores da Indonésia, Malásia, Filipinas, Cingapura e Tailândia, a ASEAN destacou-
se como um bloco de extrema importância para a geopolítica e diplomacia asiáticas.
Posteriormente, o minúsculo e riquíssimo sultanato de Brunei, grande exportador de
petróleo, aderiu ao bloco. Um secretariado foi estabelecido em Cingapura e a associação
passou a perseguir o objetivo de estabelecer um bloco econômico-comercial,
especialmente na medida em que os antigos adversários da Indochina passaram a
integrar o bloco, juntamente com Mianmar.
Inicialmente, a ASEAN buscava equacionar um conjunto de graves problemas legados
por uma acidentada descolonização, marcada por conflitos armados e tensões
diplomáticas, territoriais e comunitárias entre alguns de seus membros: Malásia x
Cingapura, Malásia x Indonésia, Indonésia x Filipinas e Malásia x Filipinas.
Posteriormente, era necessário controlar as tendências desestabilizadoras emanadas do
conflito indochinês e da ação dos movimentos armados de libertação nacional, no
quadro de uma forte presença militar norte-americana nas Filipinas e na Tailândia.
Ainda assim, os princípios de soberania, não-ingerência nos assuntos internos entre seus
membros e não-intervenção externa consagraram, igualmente, o ideário dos cinco
princípios da coexistência pacífica de Bandung.
Política e economicamente, o bloco começou a desenvolver um papel regional distinto
com o fim da guerra do Vietnã em 1975 e do conflito cambojano em 1992 (para cuja
solução a mediação da ASEAN foi decisiva), adquirindo crescente importância para o
sistema mundial na fase da globalização. Uma das razões disso foi a busca do
estabelecimento de um pólo de equilíbrio entre os gigantes chinês e indiano, uma vez
que se tratava de países menores e menos desenvolvidos que estes. Nos anos 1990,
Vietnã, Laos, Mianmar e Camboja ingressaram na ASEAN, que passou a contar com
dez membros, tendo ainda como observadores, e possíveis novos membros, Papua-Nova
Guiné e Timor Leste, tendo ainda a China e a Rússia como “observadores especiais”.
O bloco, que passou a se vincular à dinâmica desenvolvimentista do Japão, dos Tigres
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A SADC e a SACU
Africa, que o apartheid tentou estabelecer com os vizinhos da África do Sul, constitui o
modelo deste tipo de cooperação.
A cooperação desenvolvimentista é defendida pelos sindicatos de trabalhadores da
África do Sul e pelo pequeno e médio empresariado afrikaner, como defesa do setor
industrial baseado em trabalho intensivo, que se sente ameaçado pela mão-de-obra
barata dos vizinhos. Por suprema ironia, o CNA, no poder, e o antigo Partido Nacional,
racista, mantêm posição convergente em defesa deste modelo. A cooperação via
mercado é defendida pela burocracia da SACU e pelas grandes corporações industriais
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São membros da SADC atualmente os seguintes países, cada qual com as seguintes
funções: África do Sul, finanças e investimentos; Angola, energia; Botsuana, produção
animal e agrária; Lesoto, conservação da água e do solo e turismo; Malauí, preservação
das florestas e fauna; Maurício (sem função específica); Moçambique, transportes,
cultura e comunicações; Namíbia, pesca; Suazilândia, recursos humanos; Zâmbia,
minas; Zimbábue, segurança alimentar. A Tanzânia, a República Democrática do Congo
e as ilhas Seichelles aderiram posteriormente ao bloco.
A SADC possui atualmente um PIB de mais de 200 bilhões de dólares e também uma
população total de 205 milhões de pessoas. Em suas exportações, obtém um total de 55
bilhões de dólares e gasta em média 53 bilhões de dólares em importações. Assim
sendo, é considerada o maior bloco de toda a região africana, englobando quase toda a
parte do continente ao sul do Equador. A África do Sul, Namíbia, Botsuana, Lesoto e
Suazilândia formam o núcleo central da SADC, pois constituem a SACU, uma zona de
livre comércio já consolidada, que existe desde o início do século XX e representava
uma forma de a África do Sul, regida pela minoria branca, utilizar os países vizinhos
como satélites. Atualmente, são definidos mecanismos para compensar os países
menores pelas perdas sofridas em virtude do gigantismo da economia sul-africana.
Apesar de os Estados-membros da SADC possuírem muitos problemas e
vulnerabilidades, como o conflito do Congo (cuja solução está sendo negociada), a
região possui um enorme potencial de crescimento e a melhor infra-estrutura do
continente. Iniciativas como a Nova Parceria para o Desenvolvimento da África
(NEPAD), o dinamismo da África do Sul e sua cooperação com o Mercosul e a criação
do fórum IBAS (Índia, Brasil e África do Sul), ou G-3, dão ao processo de integração
africano-meridional boas perspectivas.
O ano passado confirmou, uma vez mais, que os ventos que movem o
desenvolvimento desigual das nações continua soprando a favor da China, cujo
PIB cresceu nada menos que 8,7% em 2009, superando as mais otimistas
expectativas. A taxa, exuberante e compreensivelmente surpreendente numa época
castigada pela crise mundial do capitalismo, contrasta com o desempenho
deprimente das maiores potências capitalistas.
EUA, Japão e Alemanha ainda estão amargando a pior recessão desde a 2ª Guerra
Mundial. A produção industrial chinesa cresceu 18% no quarto e último trimestre do
ano.
Maior credor
Tempo de transição
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O que é?
Os protestos no mundo árabe em 2010-2011, também conhecido como aPrimavera
Árabe, uma onda revolucionária de manifestações e protestos que vêm ocorrendo
no Oriente Médio e no Norte da África desde 18 de dezembro de 2010. Até a data,
tem havido revoluções na Tunísia e no Egito, uma guerra civil na Líbia; grandes
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Evolução
██ Revolução
██ Mudanças no governo
██ Conflito armado
██ Grandes protestos
██ Pequenos protestos
A MORTE DE KADAFI
Oito meses de luta na Líbia deram a falsa impressão de que a Primavera Árabe
estagnara. Mas o fim de Muamar Kadafi, dia 20, e as bem-sucedidas eleições na
Tunísia, dia 23, além de outros desdobramentos, mostram a força dos movimentos
em favor da liberdade e da democracia na região.
******** x x x x x ***********
"Com esta intervenção, enviamos uma mensagem clara aos países da região, a de
que a democracia e a vontade popular devem ser respeitadas", concluiu.
OSLO, Noruega, 7 Out 2011 (AFP) - O Prêmio Nobel da Paz foi concedido nesta
sexta-feira a três mulheres: a presidente liberiana, Ellen Johnson Sirleaf, sua
compatriota e militante pela paz Leymah Gbowee e a iemenita Tawakkul Karman,
ativista da chamada Primavera Árabe.
Karman, a primeira mulher árabe que recebe o Prêmio Nobel da Paz, numa primeira
reação, declarou-se honrada e surpresa e dedicou seu prêmio à "Primavera Árabe".
Primavera Árabe deu aos países prejuízo de US$ 55 bi, diz consultoria
As rebeliões políticas que varreram o Oriente Médio e o Norte da África neste ano custaram mais
de US$ 55 bilhões aos países envolvidos, segundo um novo relatório, mas o aumento no preço
do petróleo -uma das consequências dos movimentos da chamada Primavera Árabe- acabou
beneficiando outros países produtores.
Uma análise estatística de dados do Fundo Monetário Internacional (FMI), feita pela consultoria
de risco político Geopolicity, mostrou que os países que tiveram as rebeliões mais sangrentas -
Líbia e Síria - sofreram também prejuízos financeiros maiores, vindo Egito,Tunísia, Bahrein e
Iêmen em seguida.
Juntos, esses países viram US$ 20,6 bilhões serem eliminados do seu PIB, além de sofrerem
prejuízos de US$ 35,3 bilhões nas suas contas públicas, por causa da redução da arrecadação e
dos aumentos de gastos.
Enquanto isso, grandes produtores de petróleo, como Emirados Árabes, Arábia Saudita e Kuweit,
conseguiram evitar protestos significativos - até porque puderam aumentar a distribuição de
renda, como resultado da alta nos preços do petróleo. Para esses países, o PIB cresceu.
No começo do ano, o barril do petróleo tipo Brent era negociado a cerca de US$ 90. Chegou a
quase US$ 130 em maio, para cair aos US$ 113 atuais.
"Como resultado, o impacto geral da Primavera Árabe em todo o mundo árabe foi ambíguo, mas
positivo em termos agregados", afirmou o relatório, estimando que até setembro a produção
econômica da região teve alta de US$ 38,9 bilhões, em relação ao mesmo período do ano
anterior.
A Líbia parece ter sido o país mais afetado, já que a guerra civil paralisou a atividade econômica
- inclusive as exportações de petróleo - num valor estimado em US$ 7,7 bilhões, ou 28% do PIB.
O custo total para as contas públicas foi estimado em US$ 6,5 bilhões.
No Egito, nove meses de turbulências corroeram 4,2% do PIB. Os gastos públicos cresceram
para US$ 5,5 bilhões, enquanto a arrecadação teve uma queda de US$ 75 milhões.
Na Síria, onde ainda há uma violenta repressão governamental aos protestos, o impacto é mais
difícil de avaliar, mas os primeiros indícios sugerem um custo total para a economia de US$ 6
bilhões, ou 4,5% do PIB.
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No Iêmen, o relatório estima que a parcela da população abaixo da linha da pobreza deve
ultrapassar 15%, devido à desvalorização cambial e aos prolongados distúrbios. O custo total
para a economia foi avaliado em 6,3% do PIB, com uma deterioração de US$ 858 milhões no
equilíbrio fiscal, ou 44,9% do PIB.
A Tunísia, berço da revolta árabe e primeiro país da região a depor o seu governo, teve prejuízos
em torno de US$ 2 bilhões, ou cerca de 5,2% do PIB. O impacto aconteceu em praticamente
todos os setores econômicos, incluindo turismo, mineração e pesca. O governo aumentou seus
gastos públicos em cerca de US$ 746 milhões, deixando um rombo em torno de US$ 489
milhões nas contas públicas.
Entre 2010 e 2011, a corrente de comércio (exportações e importações) entre Brasil e Líbia caiu de US$
557,6 milhões para US$ 102,6 milhões --uma redução de pouco mais de 80%.
Números como esses, que tratam do relacionamento comercial entre o Brasil e países da Primavera Árabe,
serão debatidos amanhã em encontro entre o chanceler Antonio Patriota e embaixadores brasileiros do norte
da África e do Oriente Médio.
A intenção é medir como a onda de protestos iniciada em 2010, que levou à saída de ditadores há décadas
no poder, atingiu as trocas comerciais e o relacionamento político entre Brasil e países da região. Entre 2010
e 2011, por exemplo, a corrente de comércio entre Brasil e Iêmen caiu 26,1%.
Segundo o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Tovar Nunes, o encontro deve permitir, entre
outras medidas, uma análise sobre a necessidade de visitas empresariais ou de governo aos países em
questão e estudo sobre voos diretos entre Brasil e cidades da região. O Itamaraty pediu aos embaixadores
um inventário sobre o panorama da situação interna e uma avaliação sobre como o Brasil é visto pelos
governos e sociedades locais.
Patriota deve aproveitar a viagem para ter um encontro com o chanceler turco, Ahmet Davutoglu, que dará
uma palestra para os embaixadores brasileiros.
As primeiras eleições depois das revoltas no Oriente Médio dão vitórias a partidos
islâmicos e criam dúvidas sobre o destino econômico da região.
A política externa do presidente Lula é uma das poucas áreas em que o governo termina e
o dissenso permanece entre analistas. De fato, para uma política pública que
tradicionalmente levanta poucos questionamentos no Brasil, a política externa dos
governos Lula é um dos pontos mais controversos de seus oito anos de mandato. Até
ensaiou entrar na agenda eleitoral mas acabou perdendo fôlego. Como explicar a
controvérsia? Há novidade na política externa de Lula? Qual o legado deixado por oito
anos de governo?
Foi também no governo Lula que o Brasil viveu a primeira onda de internacionalização de
empresas brasileiras, fato inédito na história do país. Em boa parte dos casos, a expansão
ocorreu através de financiamento do BNDES que vitaminou a capacidade dessas
empresas em promover aquisições no exterior. Nesses dois aspectos, não é exagero dizer
que a política externa deixou de ser uma atribuição quase exclusiva de uma burocracia
governamental profissionalizada. Em resumo, há uma mistura entre mudanças estruturais
da economia brasileira e maior complexidade na formulação da política externa, com mais
atores envolvidos fora do âmbito estatal que passaram a dividir a tomada de decisão.
Houve mudanças também nas relações internacionais. O consenso liberal dos anos 90 em
torno da globalização e do multilateralismo foi ultrapassado pelas crises financeiras e por
agendas unilaterais no campo da segurança que trouxeram instabilidade política e
estresse macroeconômico. O resultado é um panorama de maior complexidade em temas,
instâncias de negociação, e atores envolvidos. Hoje fica claro que a roupagem da política
mundial não veste mais a realidade da economia global.
De fato, o Brasil esteve em posição privilegiada para o teste de liderança. É o único BRIC
que alia democracia, desenvolvimento econômico e políticas de inclusão social bem
sucedidas. Esse trunfo doméstico é a substância do protagonismo político almejado por
Lula. Em outras palavras, a projeção internacional brasileira é diretamente proporcional às
escolhas de políticas públicas domésticas que, no período recente, trouxeram resultados
indiscutíveis.
novos mercados. Para os que examinam apenas a tentativa de protagonismo de Lula nos
foros internacionais, fica a impressão de muito ativismo político-diplomático e poucos
resultados substantivos.
dos quatro países representou 65% da expansão do PIB mundial. Em paridade de poder
de compra, o PIB dos BRICS já supera hoje o dos EUA ou o da União Européia. Para dar uma
idéia do ritmo de crescimento desses países, em 2003 os BRICs respondiam por 9% do PIB
mundial, e, em 2009, esse valor aumentou para 14%. Em 2010, o PIB conjunto dos cinco
países (incluindo a África do Sul), totalizou US$ 11 trilhões, ou 18% da economia mundial.
Considerando o PIB pela paridade de poder de compra, esse índice é ainda maior: US$ 19
trilhões, ou 25%.
Até 2006, os BRICs não estavam reunidos em mecanismo que permitisse a articulação entre
margem da 61ª. Assembléia Geral das Nações Unidas, em 23 de setembro de 2006. Este
constituiu o primeiro passo para que Brasil, Rússia, Índia e China começassem a trabalhar
coletivamente. Pode-se dizer que, então, em paralelo ao conceito “BRICs” passou a existir
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um grupo que passava a atuar no cenário internacional, o BRIC. Em 2011, após o ingresso
da África do Sul, o mecanismo tornou-se o BRICS (com "s" maiúsculo ao final).
Como agrupamento, o BRICS tem um caráter informal. Não tem um documento constitutivo,
não funcionacom um secretariado fixo nem tem fundos destinados a financiar qualquer de
suas atividades. Em última análise, o que sustenta o mecanismo é a vontade política de seus
membros. Ainda assim, o BRICS tem um grau de institucionalização que se vai definindo, à
medida que os cinco países intensificam sua interação.
Etapa importante para aprofundar a institucionalização vertical do
BRICS foi a elevação do nível de interação política que, desde junho
2009, com a Cúpula de Ecaterimburgo, alcançou o nível de Chefes de
Estado/Governo. A II Cúpula, realizada em Brasília, em 15 de abril de
2010, levou adiante esse processo. A III Cúpula ocorreu em Sanya,
na China, em 14 de abril de 2011, e demonstrou que a vontade
política de dar seguimento à interlocução dos países continua
presente até o nível decisório mais alto. A III Cúpula reforçou a
posição do BRICS como espaço de diálogo e concertação no cenário
internacional. Ademais, ampliou a voz dos cinco países sobre temas
da agenda global, em particular os econômico-financeiros, e deu
impulso político para a identificação e o desenvolvimento de projetos
conjuntos específicos, em setores estratégicos como o agrícola, o de
energia e o científico-tecnológico. A IV Cúpula será realizada em 29
de março próximo, em Nova Delhi.
Além da institucionalização vertical, o BRICS também se abriu para uma institucionalização
horizontal, ao incluir em seu escopo diversas frentes de atuação. A mais desenvolvida,
fazendo jus à origem do grupo, é a econômico-financeira. Ministros encarregados da área de
Finanças e Presidentes dos Bancos Centrais têm-se reunido com freqüência. Os Altos
Em síntese, o BRICS abre para seus cinco membros espaço para (a) diálogo, identificação de
convergências e concertação em relação a diversos temas; e (b) ampliação de contatos e
INTRODUÇÃO
SUL-SUL-SUL
ORIENTE MÉDIO
MERCOSUL
UNIÃO EUROPÉIA
OUTROS ACORDOS
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INTRODUÇÃO
Na época do Império Romano (2) (3) (Mapa) já havia uma clara divisão entre
os povos que pertenciam ao seu julgo e aqueles que recusavam-se a serem
domados, conhecidos injustamente como os Bárbaros. Porém, o que destruiu
Roma foram os seus próprios defeitos; os Bárbaros apenas deram o arremate
final e fatal.
Tudo durou entre 1946 e 1989, quando caiu o muro de Berlim. Em poucos
meses, caía também o Império Soviético, destruído pelos mesmos motivos que
provocaram o fim do Império Romano, seus próprios defeitos no novo modelo
de vida.
Detalhe : os EUA não se sentem mais responsáveis pelo sucesso de Países que
os abandonaram na arena do Iraque em 2003. Além disso, não pretendem
patrocinar para sempre o expansionismo econômico da China.
O outro processo é provocado pelos Países emergentes que não aceitam mais
os US$ 300 bilhões anuais de subsídios à agricultura dos EUA e da União
Européia (UE). Com uma das maiores agriculturas do mundo - e é a com
maior potencial no Século XXI - o Brasil arregimentou um grupo de 22 países
heterogêneos que fez paralisar a OMC em setembro de 2003.
Uma idéia da visão brasileira está no Estudo INAE do Ministro das Relações
Exteriores, Celso Amorim, de maio de 2003 : "As Transformações na Ordem
Mundial e as Posições Multilateral e Regional do Brasil".
Segundo o estudo, a soma prevista dos PIB desses 4 Países – US$ 44,1
trilhões – ultrapassará em 2039 o PIB do G-6 (Estados Unidos, Japão,
Alemanha, Reino Unido, França e Itália), estimado em US$ 43,1 trilhões.
Mas não são apenas as commodities e a produção industrial de baixo custo que
estão conduzindo o crecimento. Segundo a Reuters, a Índia e as economias
emergentes da Ásia são o lar hoje de mais de 26 % do mercado global de
serviços de tecnologia da informação, e continuam crescendo em ritmo
acelerado.
de petróleo.
ganhos de todos.
ORIENTE MÉDIO
O Oriente Médio.
MERCOSUL
BRASIL E MÉXICO
UNIÃO EUROPÉIA
OUTROS ACORDOS
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Para alcançar-se algum acordo com os EUA (exceto ALCA) teriam que ser
colocados em segundo plano (OMC) os subsídios agrícolas e as grandes
barreiras protecionistas dos EUA, que representam o maior e mais
sofisticadomercado consumidor do mundo (a Europa e a Ásia só cresceram
por isso).
G20
Grupo dos 20
G20
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██ Países membros da União Europeia que não são individualmente representados no G-20
Fundação 1999
2008 (Cúpula)
Membros 20[Expandir]
G20
A próxima reunião do G20 está marcada para os dias 10, 11 e 12 de novembro, em Seul,
na Coreia do Sul. Os líderes financeiros dos países que integram o grupo tentarão
amenizar as tensões cambiais que ameaçam prejudicar uma recuperação econômica.
Enquanto Estados Unidos e China têm suas moedas desvalorizadas, os outros países
tentam encontrar saídas para não perder competitividade nas relações comerciais. O
problema é que as diferenças cambiais são sintomas de uma questão mais profunda: as
economias desenvolvidas não estão crescendo o suficiente para reduzir o desemprego,
apesar dos trilhões de dólares em estímulos governamentais e garantias de empréstimo
de emergência. Entenda como funciona o G20 e a relevância do próximo encontro.
ESCONDER TODAS
1.Quando e por que foi criado o G20?
O G20 foi criado em 1999, ao final de uma década marcada por turbulências na economia
(na Ásia, no México e na Rússia). Além de resposta a essas crises, a formação do grupo
foi uma forma de os países ricos reconhecerem o peso dos emergentes, que se mostraram
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da organização, o Brasil propôs três temas para 2008: competição nos mercados
financeiros, energia limpa e desenvolvimento econômico e elementos fiscais de
crescimento e desenvolvimento. Os assuntos foram abordados em seminários realizados
em fevereiro, na Indonésia, em maio, em Londres, e em junho, em Buenos Aires. Em
pleno movimento de recuperação, os países discutem nesta edição de 2010 questões
relacionadas à estabilidade da economia global e às possíveis maneiras de fortalecer o
comércio e seus investimentos.
7. Que decisões já foram tomadas nessas reuniões?
Na cúpula de 2008, em Washington, o primeiro encontro desde o início da crise financeira,
os países decidiram maneiras de retomar o crescimento econômico, as maneiras de lidar
com crises financeiras e o estabelecimento de normas para evitar crises futuras. Em 2009,
em Londres, a ideia foi construir bases para a reforma de um sistema financeiro mais
seguro. Vale lembrar que o G20 é um fórum informal, não um bloco econômico como a
União Europeia.
8. Do que tratará a reunião de 2 de abril?
Na edição 2010 do encontro, líderes políticos e 120 executivos de grandes multinacionais
discutirão os rumos da economia global, tendo em vista o continuo esforço de recuperação
das economias mundiais da crise financeira de 2008. O objetivo é reforçar os laços de
cooperação entre os países-membros, para que o crescimento sustentável da economia
seja atingido por meio de intervenções imediatas. Além disso, os países estipularão uma
série de outras pautas para discussões posteriores. Dentro do tema “O papel dos negócios
no crescimento balanceado e sustentável da economia”, executivos discutirão, nas
chamadas “mesas redondas”, quatro questões fundamentais: a revitalização do comércio e
do investimento estrangeiro direto (IED); o fortalecimento da estabilidade financeira e das
atividades econômicas; a alavancagem do crescimento “verde” e a atribuição de
responsabilidade social ao setor privado.
9. Instituições privadas são convidadas a participar?
Sim. Como forma de promover diálogo e sinergia entre estado e mercado, podem tomar
lugar nas reuniões especialistas de instituições privadas que sejam convidados a
participar. Já a presença do Banco Mundial, do FMI e dos coordenadores do Comitê
Financeiro e Monetário Internacional e do Comitê de Desenvolvimento tem a função de
assegurar a integração do grupo com as instituições do sistema financeiro internacional
criado em Bretton Woods, em 1944, quando se estabeleceram regras para atuação
financeira internacional e se tomou o dólar como parâmetro para as outras moedas.
10. Existe mais de um G20?
Sim, e isso é uma grande fonte de confusão. Existe o G20 que está sendo explicado aqui,
que une países desenvolvidos e outros em desenvolvimento para falar de economia. Ele é
chamado de G20 financeiro. Um outro grupo, formado apenas por nações emergentes
(mais de 20, na realidade), também se denomina G20. Ele foi batizado pela imprensa de
G20 comercial, já que seu foco são as relações comerciais entre países ricos e
emergentes. O G20 comercial nasceu em 2003, numa reunião ministerial da Organização
Mundial do Comércio (OMC) realizada em Cancún, no México. Liderado pelo Brasil, o
grupo procura defender os interesses agrícolas dos países em desenvolvimento diante das
nações ricas, que fazem uso de subsídios para sustentar a sua produção. Exceto pela
Austrália, Arábia Saudita, Coreia do Sul e Turquia, todas as nações emergentes do G20
financeiro estão no G20 comercial. Também fazem parte deste grupo Bolívia, Chile, Cuba,
Egito, Filipinas, Guatemala, Nigéria, Paquistão, Paraguai, Tanzânia, Tailândia, Uruguai,
Venezuela e Zimbábue.
11. Há outros grupos internacionais semelhantes?
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Já surgiram muitos "Gs" no cenário internacional, como G4, G5, G8, G10, G8+5 e os dois
G20 citados. Vale lembrar que antes da entrada da Rússia o G8 era G7 e que, por isso, há
quem o chame de G7/8 ou G7+1. G8+5 é o nome que se dá aos encontros esporádicos
entre o G8 e o G5, mais um grupo informal de países em desenvolvimento: Brasil, China,
Índia, México e África do Sul. O G5 vem sendo chamado a se sentar à mesa das grandes
potências pela relativa importância econômica que vem conquistando no cenário mundial.
Já foram criados vários G4, mas o principal deles foi uma associação entre EUA, Brasil,
União Européia e Índia. O principal objetivo do grupo era o de tratar de questões
comerciais, quando preciso envolvendo a Organização Mundial do Comércio (OMC). Mas
alguns fracassos, como nas negociações feitas em Postdam (Alemanha) sobre a
liberalização do comércio mundial, em junho de 2007, levaram à saída do Brasil e da Índia
e, consequentemente, ao fim do grupo. No episódio de Postdam, Bush culpou os dois
países pelo malogro nas negociações. Fundado em 1964, o G10 reunia as dez maiores
economias capitalistas da época. Hoje, são 11: Alemanha, Canadá, Bélgica, Estados
Unidos, França, Itália, Japão, Holanda, Reino Unido, Suécia e Suíça. Os países do
chamado Grupo dos Dez participam do General Arrengements to Borrow (GAB), um
acordo para a obtenção de empréstimos suplementares, para o caso dos recursos
estimados pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) estarem aquém das necessidades de
um dos países-membros. O G10 concentra 85% da economia mundial.
com a reunião dos presidentes Luiz Inácio Lula da Silva, do Brasil, Thabo Mbeki,
da África do Sul, e do primeiro-ministro indiano, Manmohan Singh. Eles se
comprometeram a estimular o comércio trilateral de seus países, e assinaram
vários acordos de cooperação nas áreas de energia e de transporte.