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Gestão Democrática
da Unidade Escolar
Junho, 2014
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)
Inclui bibliografia.
CDU 371.1(81))
CDD 371.2
Articulação de conteúdo
Edinalva Alves de Aguiar
Gerente de Programas de Fortalecimento da Escola e Articulação Municipal
Equipe da
Quanta – Consultoria, Projetos e Editora Ltda.
Autoras:
É nesse contexto amplo, portanto, que deve ser inserida a iniciativa de se conceber
um conjunto de manuais relacionados à política pública de educação. Evidentemente o Go-
verno do Estado não tem a pretensão de que as publicações ensinem algo aos municípios.
Fosse assim, não estaríamos mais do que replicando na escala paraibana aquilo que critica-
mos em relação ao Brasil.
Este é, portanto, o ânimo: dar mais um passo na longa jornada, em que Estado e mu-
nicípios têm a obrigação de cooperar, de compartilhar responsabilidades, com a finalidade
de realizar as melhores práticas possíveis em políticas públicas. Nas entregas das diferentes
agências estatais, não se pode admitir como aceitáveis ilhas de excelência em meio a serviços
precários. Não basta que esta ou aquela unidade vá bem, que determinado município ou es-
tado se destaquem. É muito pouco, porque é feliz o povo que se desenvolve coletivamente,
como nação.
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É isso que obriga todos e aos gestores públicos em particular a promover a coopera-
ção inter e intrafederativa: os direitos indivisíveis da população a um serviço público de qua-
lidade. É para essa empreitada coletiva que renovamos o convite feito inicialmente quando
do lançamento do Pacto pelo Desenvolvimento Social da Paraíba. Os Manuais que trazemos
a público agora são mais um pequeno passo nessa jornada.
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Mensagem da Secretária Estadual
de Educação
A escolha dos temas não foi tarefa simples, quer pela dificuldade de priorizar o que
é mais relevante em meio a tantas demandas legítimas, quer seja devido à árdua tarefa de
especificar os detalhes a serem contemplados, uma vez que cada opção estivesse feita.
Temos a clareza de que não acertamos em tudo, mas ela não é menor do que a
convicção de que os assuntos abordados são relevantes, conforme se demonstra pelos
títulos que compõem a coleção "Apoio ao fortalecimento da Educação no municípios
paraibanos":
Manual 04: Articulação das políticas públicas de Educação, Saúde e Assistência Social
Esse propósito obviamente não tem dono, porque deve pertencer a todos os brasilei-
ros que, como nós, seja no âmbito estadual ou municipal, desejam um País mais justo, frater-
no e pleno em possibilidades.
Como educadores não podemos abdicar da ideia segundo a qual uma educação pú-
blica de qualidade irá transformar o Brasil. Nós estamos entre os agentes desta transforma-
ção, mas para edificar essa obra sempre iremos precisar de parceiros de valor, dentre os quais
já figuram, com toda a certeza, os leitores dessa Coleção.
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Sumário
Mensagem do Governador 07
1.1 Formação 20
5 Referências bibliográficas 63
6 Anexos 67
1
A gestão democrática e o gestor escolar
Entretanto, apenas a titulação não garante uma gestão eficiente e exitosa, por isso os siste-
mas de ensino estabelecem alguns requisitos no momento de recrutar os gestores, por exemplo: ter
curso de especialização em Administração Escolar ou gestão Escolar; experiência como docente (o
tempo varia de acordo com os sistemas de ensino); ter conhecimentos na área de informática, etc.
A respeito das competências dos gestores Heloisa Lück (2009, p.12), aponta as relacio-
nadas à fundamentação da educação e da gestão escolar, onde o Diretor/Gestor:
Formar uma equipe coesa, proativa e dinâmica é tarefa árdua que o gestor terá que en-
frentar. No entanto, o sucesso do trabalho da equipe escolar depende do grau de motivação e
satisfação de seus membros para a execução das ações propostas. E um dos grandes desafios
do gestor é articular, de maneira eficiente, os interesses pessoais e coletivos presentes nas de-
mandas do cotidiano escolar. Essa articulação deve ser precedida do conhecimento que ele
deve ter dos docentes e pessoal de apoio com os quais irá trabalhar, pois segundo Carvalho
e Floriano (2012, p.1):
A partir desse conhecimento, a divisão das tarefas passa a ser concebida de acordo com as
potencialidades de cada um, o que certamente aumenta a chance de sucesso da ação desenvolvida
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e fortalece a ideia de uma gestão verdadeiramente compartilhada. Entretanto, para garantir a par-
ticipação de maior número de pessoas, a adoção de algumas práticas é extremamente importante:
A gestão escolar, ancorada nas práticas acima demonstradas, favorece o bom desen-
volvimento das ações planejadas para a escola e confere uma dinâmica na execução das ativi-
dades de modo mais eficiente.
Sobre o Conselho Escolar, anexamos a este trabalho como sugestão de leitura: Legis-
lação dos Conselhos Escolares elaborado pela Secretaria Estadual de Educação da Paraíba e
o caderno instrucional publicado pelo MEC, denominado Conselhos Escolares: Uma estratégia
de gestão democrática da educação pública.
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2
O gestor e o cotidiano da escola
Nas ações planejadas para o ano letivo, presentes no Projeto Político Pedagógico da escola,
objeto do Manual 6 desta Coleção, deverão constar as atividades que serão desenvolvidas e os res-
ponsáveis por sua execução e ou acompanhamento. Assim pactuados, o papel do gestor consiste
na articulação das forças existentes na escola e nos meios para a obtenção de bons resultados.
Para que uma unidade escolar apresente um desempenho eficiente, o gestor deve
ter um perfil capaz de compreender e atuar nas diferentes áreas: pedagógica, administrativa,
financeira e relações pessoais. Além disso, o gestor deve conhecer, cumprir e fazer cumprir a
legislação vigente que regulamenta a educação escolar.
IV. educação infantil, em creche e pré-escola, às crianças até 5 (cinco) anos de idade;
V. acesso aos níveis mais elevados do ensino, da pesquisa e da criação artística, se-
gundo a capacidade de cada um;
• A Emenda Constitucional nº 53/2006 que dá nova redação aos arts.7º,23, 30, 206,
208, 211 e 212 da Constituição Federal e ao artigo 60 do Ato das Disposições
Constitucionais Transitórias;
Parágrafo único – é direito dos pais ou responsáveis ter ciência do processo pedagó-
gico, bem como participar da definição das propostas educacionais.
I. ensino fundamental obrigatório e gratuito, inclusive para os que a ele não tive-
ram acesso na idade própria;
V. acesso aos níveis mais elevados do ensino, da pesquisa e da criação artística, se-
gundo a capacidade de cada um;
§ 2° – o não oferecimento do ensino obrigatório pelo poder público ou sua oferta ir-
regular importa responsabilidade de autoridade competente.
• Lei nº 11.738/2008 Regulamenta a alínea “e” do inciso III do caput do art. 60 do Ato
das Disposições Constitucionais Transitórias, para instituir o piso salarial profissional
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nacional para os profissionais do magistério público da educação básica: a União,
os Estados, o Distrito Federal e os Municípios não poderão fixar o vencimento ini-
cial das carreiras do magistério público da educação básica, para a jornada de, no
máximo, 40 (quarenta) horas semanais, abaixo do valor determinado anualmente.
• Cota parte de 50% do Imposto Territorial Rural – ITR devida aos municípios.
Além destas receitas, incluem-se aquelas oriundas da dívida ativa e dos juros e multas
incidentes sobre os impostos e fundos de impostos acima mencionados.
Caso a arrecadação destas receitas não atinja o valor mínimo nacional por aluno ao
ano, é feito um aporte de recursos pela União.
• Educação especial
Segundo Arco-Verde (2007, p.8), o Regimento Escolar deve garantir, com eficiência, as
ações desenvolvidas no âmbito das instituições escolares:
(...) o Regimento Escolar, (...), deve assegurar a gestão democrática da escola, possibili-
tar a qualidade do ensino, fortalecer a autonomia pedagógica, valorizar a comunidade esco-
lar, através dos colegiados e, efetivamente, fazer cumprir as ações educativas estabelecidas
no Projeto Político-Pedagógico da escola.
Importante instrumento de gestão, o Regimento Escolar deve ser conhecido por to-
dos os usuários da escola que, por sua vez, devem reconhecer nele a expressão de suas ideias,
sugestões e escolhas.
SeçãoI – Da direção
SubseçãoI – Da constituição
Educativo
Seção I – Da aprovação
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SeçãoII – Da retenção
Seção V– Reclassificação
Subseção I– Da promoção
Subseção II – Da recuperação
Para a realização deste diagnóstico é muito importante que o gestor envolva pais,
docentes, demais servidores e pessoas da comunidade.
A análise profunda das condições de uso do prédio escolar deve contemplar todos
os ambientes: fachada, salas de aula, sala de professores, refeitório, corredores, banheiros,
quadra de esporte, pátio etc.
Sugerimos aos gestores a leitura do Livro do diretor: Escolas, espaços e pessoas, que
por meio de questionamentos e propostas de soluções, consegue abordar inúmeros proble-
mas que podem ocorrer nas dependências de uma escola.
Um prédio escolar acessível deve prever a construção de rampas para acesso em to-
dos os ambientes frequentados pelos alunos, em alguns casos instalação de elevador; alar-
gamento de portas e passagens; instalação de corrimão; bebedouros acessíveis; construção
e adequação de sanitários para acessibilidade; colocação de sinalização visual, tátil e sonora.
A limpeza de todos os ambientes da escola deve ser diária e a conservação deve ser
estimulada por meio da conscientização dos usuários, para o que se deve utilizar como recur-
sos conversas, cartazes e informativos.
O gestor deve também avaliar as condições de uso de mobiliário escolar, a fim de que alu-
nos e professores possam desfrutar de um ambiente confortável: carteiras e cadeiras adequadas à
faixa etária e suficientes para o número de alunos, com atenção ao item carteiras para alunos ca-
nhotos, mesa e cadeira para docentes, armários para guarda de materiais, cestos de lixo, murais etc.
Nesse planejamento devem constar os valores definidos para cada uma das priorida-
des, assim separados: estimativa de entrada de recursos e de arrecadação (receitas) e previ-
são de despesas. De acordo com a terminologia do orçamento público, essas últimas devem
ser classificadas em dois grupos. As “correntes”, que se referem aos gastos diários com a ma-
nutenção da escola, como compra de material e contratação de serviços. As “de capital”, que
são as despesas com equipamentos, materiais permanentes e execução de obras.
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Para que o planejamento não fracasse é preciso estar sempre atento ao fluxo de caixa,
ou seja, ao dinheiro que entra e sai diariamente. Como os imprevistos sempre acontecem é
recomendável, como margem de segurança, prever uma reserva.
O gestor escolar como líder e articulador, deve promover o fortalecimento desta par-
ticipação, para o que recorre à descentralização dos processos de decisão e à divisão de res-
ponsabilidades, tanto no aspecto financeiro, como no administrativo e pedagógico.
As instituições escolares, por meio do Conselho de Escola, podem buscar nos órgãos
governamentais e na iniciativa privada, parcerias para o desenvolvimento de ações educati-
vas, cujo objetivo é a melhoria do ensino ofertado.
A equipe escolar deve estar atenta aos programas e projetos de apoio à educação dis-
poníveis nos governos estadual e federal, em relação aos prazos e formas de adesão. A seguir,
citamos alguns, entre os inúmeros programas e projetos, desenvolvidos pelas escolas:
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2.4.1 Projeto Político-Pedagógico (PPP)
O projeto político pedagógico constitui-se num documento de identidade da es-
cola, além de ser o elemento que indica seu rumo e direção. Elaborado de forma coletiva
e democrática, explicita a intencionalidade da escola e possibilita uma reflexão profunda e
contínua sobre o trabalho real que nela é produzido.
Sugerimos aos gestores a leitura do Manual 06, que trata do Projeto Político-Pedagógico
que integra esta série de publicação.
I. escolas públicas das redes estaduais, municipais e do Distrito Federal, que possuam
alunos matriculados na educação básica, de acordo com dados extraídos do censo
escolar, realizado pelo Ministério da Educação (MEC), no ano anterior ao do repasse;
II. polos presenciais do sistema Universidade Aberta do Brasil (UAB) que ofertem pro-
gramas de formação inicial ou continuada a profissionais da educação básica, e
III. escolas privadas de educação básica, na modalidade de educação especial, recen-
seadas pelo MEC no ano anterior ao do repasse, mantidas por entidades definidas
na forma do inciso III, do art. 5º.
I. implementação de outras ações que estejam sendo objeto de financiamento por ou-
tros programas executados pelo FNDE, exceto aquelas executadas sob a égide das nor-
mas do PDDE;
– agente público da ativa por serviços prestados, inclusive consultoria, assistência téc-
nica ou assemelhados, e
– empresas privadas que tenham em seu quadro societário servidor público da ativa,
ou empregado de empresa pública ou de sociedade de economia mista, por serviços presta-
dos, inclusive consultoria, assistência técnica ou assemelhados;
V. dispêndios com tributos federais, distritais, estaduais e municipais quando não in-
cidentes sobre os bens adquiridos ou produzidos ou sobre os serviços contratados
para a consecução dos objetivos do programa.
Sobre o Programa de Alimentação Escolar, foram anexados a este trabalho dois manu-
ais orientadores como sugestão: Procedimentos para execução do PNAE nas escolas estadu-
ais (Paraíba) e Manual de Orientação para a Alimentação Escolar na Educação Infantil, Ensino
Fundamental, Ensino Médio e na Educação de Jovens e Adultos (FNDE).
Dentre as atribuições dos gestores, a questão administrativa deve ser observada com
rigor, pois representa um segmento importante, tanto no aspecto de funcionamento dos di-
versos setores da escola como nas relações entre a comunidade escolar.
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3
A gestão dos documentos escolares
Os atos praticados na escola devem ser registrados em livros ou arquivos de acordo com
sua natureza e finalidade. Embora algumas escolas públicas já mantenham sua escrituração em
arquivos digitais, a maioria ainda utiliza livros para registros, tais como:
• Livro de matrícula;
• Livro de ocorrências;
Além desses registros, a escola deve manter na secretaria, local adequado para o ar-
quivo de expedição e recebimento de requerimentos, ofícios, comunicados; publicações;
diário de classe; lista piloto de alunos por classe, etc.
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O prontuário deve conter: cópia do RG, CPF, título de eleitor, comprovante de votação
(última eleição), certidão de nascimento ou casamento (verificar se o nome está atualizado),
certidão de nascimento dos filhos menores, certificado de reservista (quando for o caso);
comprovante de residência: conta de luz ou telefone ou outros comprovantes; comprovante
de conta bancária para fins de recebimento de salário; diplomas com histórico escolar; ficha
de assentamento funcional; declaração de acúmulo ou não de cargo e outros dados depen-
dendo de cada escola.
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4
Avaliação institucional
e de desempenho de alunos
a) quanto à infraestrutura:
• Quais ações ainda serão necessárias para o cumprimento das metas propostas?
• Das ações previstas visando à melhoria da aprendizagem dos alunos, quais atin-
giram o objetivo?
Das respostas encontradas, deve ser feita uma reflexão profunda pela equipe escolar
a respeito do foi previsto no planejamento e do que foi realizado, da forma em que as ações
foram executadas, do acompanhamento e dos resultados alcançados, pois é a partir desta
análise que surgirão novas propostas e encaminhamentos voltados, sempre, para a melhoria
da escola.
As avaliações externas estão presentes no cotidiano dos alunos desde o Ciclo de Al-
fabetização até o curso superior. Dentre as avaliações externas da Educação Básica, citamos:
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4.2.1 Avaliação Nacional
da Alfabetização (ANA)
Avaliação externa criada após o estabelecimento do Pacto Nacional pela Alfabeti-
zação na Idade Certa– PNAIC envolve todos os alunos do 3º ano do Ensino Fundamental das
escolas públicas e tem como objetivo principal avaliar os níveis de alfabetização e letramento
em Língua Portuguesa, alfabetização Matemática e as condições de oferta do Ciclo de Alfa-
betização das redes públicas.
O PNAIC é um compromisso que foi assumido pelos governos federal, do Distrito Fed-
eral, dos estados e municípios através de adesão formal com o objetivo de efetivar a alfabeti-
zação de todas as crianças até os oito anos de idade, que corresponde ao 3º ano do Ensino
fundamental. Esse compromisso está expresso no Decreto nº 6090 de 24 de abril de 2007,
que dispõe sobre a implantação do Plano de Metas Compromisso Todos pela Educação:
II. alfabetizar as crianças até, no máximo, os oito anos de idade, aferindo os resulta-
dos por exame periódico específico;
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4.2.2 Provinha Brasil
É uma avaliação elaborada pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Edu-
cacionais Anísio Teixeira (Inep) e aplicada aos alunos matriculados no 2° ano do Ensino
Fundamental. Ela verifica a qualidade da alfabetização e o letramento dos estudantes das
escolas públicas.
A Prova Brasil, integra o SAEB, e é aplicada em alunos do 3º, 5º e 9º anos do Ensino Fun-
damental das escolas públicas que tenham no mínimo vinte alunos em cada série. No Ensino
Médio são avaliados os alunos do 3º ano do Ensino Médio.
Por ser uma avaliação de amplitude nacional, as provas são elaboradas com base nos
referenciais curriculares de cada disciplina e série avaliada, constantes nos Parâmetros Curri-
culares Nacionais.
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4.2.4 O Exame Nacional do
Ensino Médio (ENEM)
É uma prova realizada pelo Ministério da Educação e utilizada para avaliar a qualidade
do ensino médio no país. Seu resultado serve para acesso ao ensino superior em universida-
des públicas brasileiras, por meio do Sistema de Seleção Unificada (SISU).
61
5
Referências bibliográficas
64
CARVALHO e FLORIANO. O gestor educacional e a motivação de equipes à luz da in-
teligência emocional. Revista Digital. Buenos Aires, Año 17, Nº 173, Octubre de 2012. Dis-
ponível em http://www.efdeportes.com/. Acesso em 12 de janeiro de 2014.
SOARES, Maria Tereza Perez. Livro do diretor: Escolas, espaços e pessoas. São Paulo:
CEDAC/MEC/UNESCO, 2002.
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6
Anexos
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Anexo I – Legislação dos
Conselhos Escolares
APRESENTAÇÃO
Desta forma, espera-se que estejamos contribuindo para que este conselho
possa desempenhar suas funções com base mais solidas, do ponto de vista jurídico,
administrativo e educacional.
Os Conselhos Escolares, em nosso Estado, foram criados através do Decreto n.º 18.068,
de 28/12/1995 (ANEXO I)
Em 17 de fevereiro do mesmo ano, através do Ofício circular GS n.º 005/97, foi comu-
nicado, as unidades de ensino que o Conselho Escolar fica isento de contribuir para o INSS, de
acordo com o inciso I, do art. 15 da Lei nº 8.212 de 24/07/91 (ANEXO VIII).
Todavia, se os Conselhos contratarem qualquer pessoa física para prestar algum serviço
através de remuneração, serão, então, obrigados a recolher a Contribuição Previdenciária.
2 – ORIENTACOES GERAIS
2.1 – CONSCIENTIZAÇÃO DA COMUNIDADE
O Diretor da escola deve tomar a iniciativa para a criação do Conselho Escolar. Inicialmente,
deve haver uma preparação, com a participação de representantes de todos os profissionais da
escola e de grupos comunitários, para que eles tenham consciência da finalidade e dos benefícios
que o Conselho poderá proporcionar à comunidade escolar e, principalmente, ao aluno.
Para que a comunidade possa ser mobilizada, poderão ser utilizados os meios de comu-
nicação disponíveis, bem como a realização de encontros, palestras, reuniões com pequenos
grupos. Esses eventos deverão servir para se debater assuntos relacionados a gestão escolar,
vista sob três grandes aspectos: o administrativo; o pedagógico; e o financeiro.
Nesta direção, a comunidade passa a ser representada por uma Assembléia Geral cons-
tituída de sócios efetivos – pais de alunos, diretor, vice-diretor, professores e alunos; e de
sócios colaboradores – pessoal técnico-administrativos, pais de alunos, ex-diretores do es-
tabelecimento. Ex-professores, ex-alunos e os demais membros da comunidade, desde que
demonstrem interesse em prestar serviços à escola. São direitos dos sócios votar e ser votado,
por ocasião da escolha e seus pares para a criação do Conselho Escolar.
Perseguindo este objetivo, faz-se necessário instituir uma Comissão Eleitoral formada por
um grupo de profissionais da Escola e/ou da Região de Ensino, em numero de 3(três) ou 5(cinco),
escolhidos pela Assembléia Geral. Essa Comissão Eleitoral terá as seguintes competências:
– Definir critérios e normas para escolha dos candidatos, referentes a cada segmento,
conforme a legislação vigente;
– Presidir a votação;
REGISTRO DO CONSELHO
Nas duas vias do estatuto, será lançada a certidão do registro, com o numero de ordem,
livro e filha. Uma das vias será entregue ao presidente do Conselho e a outra arquivada no cartório.
A conta Bancária deverá ser aberta em banco oficial no Município, pelo Presidente do
Conselho e Diretor da Escola ou Secretário, conforme instrução constante nos decretos em
anexo. Através dessa conta, o Conselho movimentará seus recursos, devendo apresentar, ao
Banco, a documentação pertinente (registro do Conselho em cartório e CGC).
O livro de Atas, a ser aberto pelo Presidente do Conselho, deverá conter folhas nume-
radas. Sua finalidade é o registro das ocorrências das reuniões ordinárias, extraordinárias e
de criação do Conselho. Após o uso de todas as folhas, será feito um termo de encerramento
onde constará a finalidade a que o livro se destinou.
A redação das atas deve ser clara, sem rasuras e sem espaços em branco, e os números
devem ser escritos por extenso.
A ata deve ser lavrada no final de cada reunião pelo Secretário do Conselho, devendo
conter as assinaturas dos participantes da reunião.
LIVRO CAIXA
Este é um livro em que se registram todas as entradas (receitas e saídas (despesas) com
recursos financeiros que estão sob a responsabilidade do Conselho. Não deve conter rasuras.
LIVRO TOMBO
ARQUIVO
PROGRAMAÇÃO ANUAL
RELATÓRIO ANUAL
Terão direito a voz todos aqueles que participarem das reuniões do conselho, que, de
forma direta ou indireta, são comprometidos com a Escola e com a comunidade.
A pauta das reuniões do Conselho deve ser direcionada a assuntos de natureza ad-
ministrativa, pedagógica, financeira e social, perseguindo os objetivos propostos ao desem-
penho deste colegiado.
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3 – PLANEJAMENTOS DE AÇÕES DO CONSELHO
4 – RECURSOS FINANCEIROS
Os recursos financeiros têm por finalidade atender aos objetivos do conselho escolar
e são provenientes de:
• Convênios;
• Contribuições voluntárias dos sócios;
• Subvenções diversas;
• Doações;
• Promoções escolares;
• Outras fontes;
APLICAÇÃO DE RECURSOS
Os recursos que não forem utilizados em prazo igual ou superior a 45(quarenta e cin-
co) dias serão, obrigatoriamente, aplicados no fundo de curto prazo, mais rentável no me-
mento, só sendo permitido o saque mediante previsão de despesas.
Escolas que não possuem os padrões mínimos estabelecidos no item anterior, mul-
tisseriadas ou não, localizadas na zona rural ou urbana, que se agreguem financeiramente a
outra escola que possua Conselho, cabendo a esta as seguintes obrigações;
• Comunicar o valor do credito a quem tem direito, logo que lhe sejam remetidos
os recursos da SEC;
• Autorizar a(s) escola(s) a realização das despesas de manutenção e gêneros ali-
mentícios necessários ao seu consumo;
• Efetuar pagamento às firmas fornecedoras, mediante apresentação de notas fis-
cais enviadas pelas escolas agregadas.
Vale ressaltar que qualquer tipo de escola que possua Conselho Escolar e seja autoriza-
da a aplicar recursos públicos deverá firmar convênio com a Secretaria da Educação e Cultura;
PRESTAÇÃO DE CONTAS
3.º Via – Remetida à região de Ensino (cópia Xerox), para conhecimento e supervisão.
ANEXO I
O Governador José Maranhão assinou o Decreto n.º 18068, de 28/12/95, que cria nas
escolas da Rede Estadual de Ensino os Conselhos de Escola. A proposta é trabalhar em parceria
com a comunidade, professores, funcionários e alunos. Os diretores das escolas têm o prazo
de ate noventa dias para promover a implantação do Conselho. A SEC ficara responsável pela
coordenação e supervisão no processo de funcionamento.
O GOVERNADOR DO ESTADO DA PARAÍBA, no uso das atribuições que lhe são conferi-
das pelo artigo 86, inciso XVII, da constituição Estadual e CONSIDERANDO que a escola não
deve se apresentar isolada nem distanciada da comunidade a que serve;
DECRETA:
Art. 1.º – Ficam criados nas escolas da rede estadual de ensino da Secretaria da Edu-
cação e Cultura – SEC, os Conselhos de Escola.
83
Art. 2.º – O Conselho de Escola é o órgão superior de deliberação coletiva, vinculado a
cada unidade de ensino, cuja finalidade é promover e apoiar a atuação integrada dos setores
técnicos, pedagógicos e administrativos que compõem a unidade escolar.
I. Do Diretor de Escola;
V. De um funcionário;
VII. De um pai de aluno, eleito pelos demais pais de alunos matriculados no estabe-
lecimento;
§ 3.º – Os membros de que tratam os Incisos III, IV,V e VI deste artigo, serão eleitos pe-
los seus pares com exercício ou matriculados, no caso dos alunos, na respectiva escola.
84
§ 4. – É de competência do Conselho de Escola:
Art. 8.º – As decisões do Conselho serão tomadas por maioria simples de votos.
I. Representar o Conselho;
II. Presidir as reuniões do Colegiado;
III. Convocar os membros do Conselho para as reuniões ordinárias e extraordinárias;
IV. Conceder licença para o afastamento temporário de qualquer membro do Con-
selho por um período nunca superior a noventa dias;
V. Gerir os recursos de que trata o inciso VI do artigo 4.º deste Decreto, deles pres-
tando conta, semestralmente, ao Conselho da Escola;
VI. Assinar e executar, conjuntamente com o Diretor Escolar da Unidade de Ensino, Con-
vênio tendo como objetivo escolarizar a aplicação dos recursos destinados à Educação.
Parágrafo Único – Se o afastamento, de que trata o inciso IV deste artigo, for superior
a noventa dias, implicará em vacância do cargo, exceto os casos previstos em Lei.
ESTADO DA PARAÍBA
RESOLVE:
Art. 1.º – Aprovar o Retiro de Providências para fins de criação e implantação dos Con-
selhos de Escola nas Unidades de Ensino da Rede Pública Estadual, em anexo.
Art. 2.º – Revogadas as disposições em contrário, esta portaria entra em vigor na data
de sua assinatura.
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ANEXO III
Ilmo. (a) Senhor (a) Oficial do Cartório de Registro Civil de Pessoas Jurídicas.
________________________________, __________________________________
(nome do presidente) (nacionalidade)
Na _____________________________________________________, na qualidade de
(endereço)
_______________________________,_______de___________________de________
___________________________________________
Presidente
(reconhecer a firma da assinatura do Presidente)
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ANEXO IV
______________________________________________________________________
Nome da escola
______________________________________________________________________
(nome)
Lavrei a presente Ata que vai assinada por mim e pelas demais pessoas presentes à
lavrei a Presente ata que, depois de lida e aprovada, será assinada por mim e pelas demais
pessoas presentes à reunião de sua leitura e aprovação.
– O Diretor e o Vice-diretor são considerados membros natos, portanto, não serão votados;
– Caso exista, na Escola, mais de um vice-diretor, um deles deverá ser escolhido, ob-
servando-se os seguintes critérios:
93
ANEXO VI
ESTATUTO
CAPÍTULO I
Art. 1.º O Conselho Escolar (nome da escola) é uma sociedade civil, não governamental,
sem fins lucrativos, apolítica, fundado em ______de _____________de 20____, com duração
indeterminada, com sede e foro em (nome da cidade), – Estado da Paraíba, por cujos atos e
obrigações não responderão individualmente os seus membros e está regida pelas leis do
país, pelo Decreto Estadual n.º 18.068, de 28.12.1995, e por este Estatuto e Lei n.º 18.893 de
21de maio de 1997.
Art. 2.º O Conselho tem por finalidade promover e apoiar atuação integrada dos
setores técnicos, pedagógicos e administrativos que compõem a Escola (nome da escola).
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CAPÍTULO II
DA COMPOSIÇÃO
I. Do diretor da Escola;
V. De um funcionário
VII. De um pai de aluno, eleito pelos demais pais de alunos matriculados no estabele-
cimento.
§ 4.º Não poderá integrar o Conselho o Diretor que estiver respondendo a inquérito
administrativo.
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§ 5.º Caso exista, na Escola, mais de um vice-diretor, deverá ser escolhido, para inte-
grar o Conselho, o mais antigo no exercício do magistério público estadual.
§ 6.º Os membros de que tratam os incisos III,IV, V e VI deste artigo, serão eleitos pelos
seus pares com exercício, ou matriculados, no caso dos alunos, na respectiva escola.
§ 7.º Será de dois anos o mandato dos membros referidos nos incisos III a VIII deste
artigo, podendo ser reconduzidos, por igual período, uma única vez.
§ 8.º É vedado ao representante de que trata o inciso VIII, bem como a professor
contratado pelo regime pró-tempore, assumir o cargo de Presidente do Conselho.
CAPÍTULO III
Art. 5.º Enquanto órgão superior de deliberação coletiva são competências do Con-
selho Escolar (nome da escola):
CAPÍTULO IV
DO FUNCIONAMENTO
§ 4.º As reuniões serão abertas, em primeira convocação, com metade mais de um dos
membros, na hora mencionada na convocação, ou meia hora depois com qualquer número,
lavrando-se ata dos trabalhos realizados.
Art. 8.º As decisões do Conselho serão tomadas por maioria simples de votos; ou seja,
50% mais um dos componentes do Conselho Escolar presentes à reunião.
Art. 9.º Perderá o mandato o membro do Conselho que deixar de comparecer, sem
justificativa, a três reuniões consecutivas, ou seis alternadas.
Art. 10º Ocorrendo vaga, o Conselho promoverá a escolha de membro substituto, nos
termos do disposto neste Estatuto e no supracitado Decreto.
CAPÍTULO V
I. Representar o Conselho;
98
II. Presidir as reuniões do Colegiado;
III. Convocar os membros do Conselho para as reuniões ordinárias e extraordinárias;
IV. Conceder licença para o afastamento temporário de qualquer membro do con-
selho por um período nunca superior a noventa dias;
V. Gerir os recursos de que trata o inciso VI do artigo 4.º deste Decreto, deles pres-
tando conta, semestralmente, ao Conselho de Escola;
VI. Assinar e executar, conjuntamente com o Diretor Escolar da Unidade de Ensino,
Convênio tendo como objetivo escolarizar a aplicação dos recursos destinados à
Educação.
VII. Elaborar, anualmente, relatório das atividades do Conselho, com demonstrativos
financeiros de receita e despesa, bem como previsão orçamentária, para apre-
ciação e aprovação pelo Colegiado;
Parágrafo Único Se o afastamento, de que trata o inciso IV deste artigo, for superior a
noventa dias, implicará em vacância do cargo, exceto os casos previstos em Lei.
ESTADO DA PARAÍBA
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ANEXO VIII
ESTADO DA PARAÍBA
GABINETE DO SECRETÁRIO
102
Todavia, se os Conselhos contratarem qualquer pessoa física para prestar algum serviço
através de remuneração, serão, então, obrigados a recolher a Contribuição Previdenciária.
Portanto, solicitamos que dê ciência deste às escolas desse CREC informando-os que
notificação recebida do INSS neste sentido, deve ser encaminhada a este Gabinete via CREC.
Atenciosamente,
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ANEXO IX
DECRETO N.º 18.893, DE 21 DE MAIO DE 1997.
ACRESCE DISPOSITIVO AO ART. 9.º DO DECRETO N.º 18.968,
DE 28.12.95, E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS.
O GOVERNADOR DO ESTADO DA PARAÍBA, no uso das suas atribuições que lhe
confere o art. 86, inciso IV, da Constituição do Estado,
DECRETA;
Art. 1.º – O art. 9.º, do Decreto n.º 18.068, de 28.12.95, passa a vigorar acrescido do
inciso VII, com a seguinte redação:
Art. 9.º – Ao Presidente do Conselho, compete:
I. .............................................................
II. .............................................................
III. .............................................................
IV. .............................................................
V. .............................................................
VI. .............................................................
VII. Assinar e executar, conjuntamente com o Diretor Escolar da Unidade de Ensino, Con-
vênio tendo como objetivo escolarizar a aplicação dos recursos destinados à Educação.
Parágrafo Único................................................................... ...................................................................
Art. 2.º– Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação, revogadas as dis-
posições em contrário.
JOSÉ TARGINO MARANHÃO
Governador
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Anexo II – Conselhos Escolares:
Uma estratégia de gestão
democrática da educação pública.
Recomenda-se a leitura dos manuais referentes aos Conselhos Escolares que podem
ser baixados através do site, em particular o módulo I “Módulo 1 – Conselho Escolar na de-
mocratização da escola”:
http://www.educacao.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=126
19&Itemid=661
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Anexo IV – Manual Orientação para a
Alimentação Escolar na Educação Infantil,
Ensino Fundamental, Ensino Médio e na
Educação de Jovens e Adultos.
Este Anexo está disponibilizado no DVD que acompanha a coleção de Manuais “Paraíba
Faz Educação – Apoio ao fortalecimento da Educação nos municípios paraibanos”.
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