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Divisão em partes:
Análise
1. Indica os substantivos e verbos (estrofes 75 a 79) que estão intimamente
relacionados com a navegação:
Substantivos Verbos
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Maria Filomena Ruivo Ferreira
verbais no texto que se segue.
3.2. Repara na maioria dos verbos usados: tocar, acordar, despertar, alertar,
amainar, destruir, ferir, romper, alijar, alagar, correr, derrubar, menear, pôr,
crescer, derramar, subir, descer, alumiar, arder, levantar, entrar, fugir,
fabricar, obrar, arremessar, converter, arrancar, revolver.
3.2.1. Todos estes verbos traduzem ________________, manifestam acção,
impondo um ritmo muito ________________, quer na progressão da
tempestade, quer na aproximação iminente da morte.
Simultaneamente, a presença de várias ______________ - visuais,
_____________, tácteis, cinéticas – também proporciona ao leitor
_____________ e permite-lhe quase “presenciar” as situações.
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Maria Filomena Ruivo Ferreira
Síntese (80 – 83)
Exercícios:
e) Manda os marinheiros dar à bomba “os traquetes das gáveas tomar manda”
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Maria Filomena Ruivo Ferreira
5. Associa os versos aos respectivos argumentos que Vasco da Gama apresenta
para que a “Divina Guarda” o auxilie.
Argumentos Versos
Luís de Camões narra que a deusa Vénus, ao ver o estado do mar e o perigo que
corria a armada portuguesa, sentiu medo e ira. Vénus diz de imediato que aquela
situação é obra do atrevimento de Baco, mas que não irá permitir tal maldade. A
protectora dos portugueses desce ao mar e ordena às ninfas que se enfeitem com
coroas de flores para acalmar os ventos. Estes, ao verem as belas ninfas, ficam sem
forças para lutar e a ninfa Orítia ameaça o seu amante, o vento Bóreas, que, se não
terminar com a tempestade, em vez de o amar vai passar a temê-lo. Galateia também
prometeu amor ao feroz vento Noto e as outras ninfas, de igual modo, amansaram os
seus amantes. Assim, Vénus prometeu favorecer os ventos com seus amores e estes
ser-lhe-iam leais durante a viagem dos navegadores portugueses.
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Maria Filomena Ruivo Ferreira
Conjunções e locuções subordinativas
Relembra, no quadro seguinte, as principais conjunções e locuções subordinativas:
porque
pois pois que uma vez que
Causais porquanto por isso que visto que
como já que visto como (...)
que
a menos que
a não ser que excepto se
se
Condicionais contanto que no caso de (que)
caso
dado que salvo se, se não (...)
desde que
para que
Finais que por que
a fim de que
ainda que
por mais que
embora mesmo que
por menos que
Concessivas conquanto posto que
apesar de que
que bem que
nem que
se bem que
do que segundo/consoante/conforme
como
assim como ... assim
conforme
também tão/tanto ... como
Comparativas consoante
bem como como se
segundo
mais ... do que que nem
que
menos ... do que qual (...)
que
Integrantes
se
Repara na frase:
“Enquanto manda as Ninfas amorosas” (est. 86)
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Maria Filomena Ruivo Ferreira
Processos estilísticos usados pelo poeta para realçar o medonho temporal:
Exercícios:
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Maria Filomena Ruivo Ferreira
Planos narrativos:
Mais uma vez se verifica que a intriga dos deuses é paralela à acção funda-
mental d' Os Lusíadas – a viagem até à Índia. Com efeito, na altura em que os
portugueses singravam admiravelmente em direcção à Índia, mais uma vez os deuses se
debatem em consílio. Por efeito do discurso de Baco é desencadeada esta tempestade
contra a armada portuguesa. Mas, mais uma vez, Vénus intercede pelo povo luso,
mandando as ninfas acalmar os Ventos.
Também o maravilhoso cristão não só se cruza, mas até se confunde com o
maravilhoso pagão. Com efeito, os marinheiros imploram a protecção de Cristo e
Vasco da Gama, a da divina guarda celeste (Deus verdadeiro), mas, ao fim e ao cabo, é
Vénus que vem acalmar a tempestade. Daqui, como de todas as vezes que Gama
implora a protecção do Deus verdadeiro, se conclui que esta atitude traduz apenas a fé
cristã dos marinheiros portugueses, porque só os deuses pagãos agem (alegoricamente)
como verdadeiras personagens intervindo e modificando a acção.
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Maria Filomena Ruivo Ferreira