You are on page 1of 21

J U N H O d e 2 0 0 9 | A no 4 0 | N º 6 | R S 3 , 5 0

Das Crises Mundiais ao


Gigante
Mundial
04
Índice
Pr e z a d os A migos
Pu­bli­ca­ção men­sal
Ad­mi­nis­tra­ção e Im­pres­são:
Rua Ere­chim, 978 | Bair­ro No­noai | 90830-000
Por­to Ale­gre/RS | Bra­sil
Fo­ne: (51) 3241-5050 Fax: (51) 3249-7385
mail@chamada.com.br | www.chamada.com.br

05 En­de­re­ço Pos­tal:
Cai­xa Pos­tal, 1688
90001-970 | POR­TO ALE­GRE/RS | Bra­sil

Pre­ços (em R$):


DA S C RI SES MU N DI AI S As­si­na­tu­ra anual...................................... 31,50
AO G I G AN T E MU N DI AL - se­mes­tral............................... 19,00
Exem­plar Avul­so......................................... 3,50
Ex­te­rior - As­sin. anual (Via Aé­rea)....... US$ 35.00
Fun­da­dor: Dr. Wim Mal­go (1922-1992)

10
Conselho Diretor: Dieter Steiger, Ingo Haake,
Markus Steiger, Reinoldo Federolf
Editor e Diretor Responsável: Ingo Haake
Layout: Julia Wiesinger

a profecia rev ela Diagramação & Arte: Roberto Reinke


os segred os d o futuro IN­PI nº 040614
Re­gis­tro nº 50 do Car­tó­rio Es­pe­cial
Edi­ções In­ter­na­cio­nais
A revista “Cha­ma­da da Meia-Noi­te” é pu­bli­ca­
da tam­bém em es­pa­nhol, in­glês, ale­mão, ita­

14
lia­no, ho­lan­dês, fran­cês, co­rea­no, húngaro e
cin­ga­lês.
As opi­niões ex­pres­sas nos artigos assinados são
de responsabilidade dos autores.

os “ha bitantes da terra” “Mas, à meia-noi­te, ou­viu-se um gri­to:


Eis o noi­vo! saí ao seu en­con­tro” (Mt 25.6).
m e nciona d os em apocalipse
A “Obra Mis­sio­ná­ria Cha­ma­da da Meia-Noi­te” é
uma mis­são sem fins lu­cra­ti­vos, com o ob­je­ti­vo de
anun­ciar a Bí­blia in­tei­ra co­mo in­fa­lí­vel e eter­na Pa­
la­vra de Deus es­cri­ta, ins­pi­ra­da pe­lo Es­pí­ri­to San­to,

18
sen­do o guia se­gu­ro pa­ra a fé e con­du­ta do cris­tão.
A fi­na­li­da­de da “Obra Mis­sio­ná­ria Cha­ma­da da
Meia-Noi­te” é:

1. cha­mar pes­soas a Cris­to em to­dos os lu­ga­res;


Do N osso Campo Visual 2. pro­cla­mar a se­gun­da vin­da do Se­nhor Je­sus Cris­to;
3. pre­pa­rar cris­tãos pa­ra Sua se­gun­da vin­da;
Por que tantos focos de conflitos? 4. man­ter a fé e ad­ver­tir a res­pei­to de fal­sas dou­tri­nas

chamada
To­das as ati­vi­da­des da “Obra Mis­sio­ná­ria Cha­ma­da
da meia-noite
da Meia-Noi­te” são man­ti­das atra­vés de ofer­tas vo­

20
lun­tá­rias dos que de­se­jam ter par­te nes­te mi­nis­té­rio.
Acons e lham e nto B í b lico
www.chamada.com.br
é verdade que o subconsciente dirige nossos atos?
amigos
prezados

Roney nos escreveu por e-mail: “O problema é que não consigo aceitar os pastores de várias igrejas
que na maior parte dos seus cultos se preocupam em ficar pedindo dinheiro de várias formas. Se fosse
apenas o dízimo... Mas não é apenas isso. Ficam tentando vender produtos e águas, fazem rituais que
prometem nos fazer vencer e virar grandes empresários, só falam em carros e casas e viagens”.
Recebemos mensagens desse tipo com muita freqüência. Em evidente contraste, o Mestre Jesus declarou
a Seus discípulos: “As raposas têm seus covis, e as aves do céu, ninhos; mas o Filho do Homem não
tem onde reclinar a cabeça” (Mt 8.20). O apóstolo Pedro disse ao homem coxo de nascença: “Não
possuo nem prata nem ouro, mas o que tenho, isso te dou: em nome de Jesus Cristo, o Nazareno,
anda!” (At 3.6). Sem dúvida isso era válido para todos os apóstolos, conhecidamente pobres em bens
materiais. Mas dos falsos mestres a Bíblia nos diz o contrário: “...homens cuja mente é pervertida e
privados da verdade, supondo que a piedade é fonte de lucro” (1 Tm 6.5).
Dieter Chama a atenção que se espera que os anciãos e diáconos sejam “não avarentos”, “não cobiçosos
de sórdida ganância” (1 Tm 3.3,8). O mesmo se esperava do bispo da ilha de Creta: que ele não fosse
Steiger “cobiçoso de torpe ganância” (Tt 1.7). O apóstolo Pedro escreveu aos anciãos: “pastoreai o
rebanho de Deus que há entre vós, não... por sórdida ganância” (1 Pe 5.2). Estamos bem
conscientes de que o amor ao dinheiro, o desejo de lucro e o anseio por bens materiais que se alastra
dentro do cristianismo de hoje pode se apossar de nós também. Ter dinheiro não é pecado, mas ai de
nós quando o dinheiro nos comanda, quando ele domina nosso pensar e nosso agir. O apóstolo alerta:
“Ora, os que querem ficar ricos caem em tentação, e cilada, e em muitas concupiscências
insensatas e perniciosas, as quais afogam os homens na ruína e na perdição” (1 Tm 6.9).
A Bíblia nos fornece três exemplos assustadores de pessoas que foram tomadas pela ganância:
Acã, que na tomada de Jericó escondeu em sua tenda despojos que, segundo ordens bem claras
de Deus através de Josué, deveriam ser destruídos. Esse pecado único causou uma terrível derrota
ao povo de Israel diante de Ai, pois o Senhor não podia mais estar com eles. Acã confessou:
“Verdadeiramente, pequei contra o Senhor, Deus de Israel, e... vi entre os despojos uma capa
babilônica, e duzentos siclos de prata, e uma barra de ouro do peso de cinquenta siclos,
cobicei-os e tomei-os...” (Js 7.20-21). Ele foi apedrejado.
Balaão, o profeta gentio a quem o rei moabita Balaque fez uma proposta tentadora e vantajosa
se amaldiçoasse Israel. O Novo Testamento usa-o como exemplo negativo, falando de homens que
“abandonando o reto caminho, se extraviaram, seguindo pelo caminho de Balaão, filho de
Beor, que amou o prêmio da injustiça” (2 Pe 2.15). Os corações cheios de cobiça daqueles que
prestam serviços religiosos visando o lucro pessoal são “movidos de ganância” e “se precipitaram
no erro de Balaão” (Jd 11). Balaão era um profeta mercenário e símbolo do dolo e da cobiça,
segundo a Bíblia Anotada Expandida. Mais tarde ele foi morto pelos soldados de Josué.
Geazi, servo do profeta Eliseu. Ele correu atrás de Naamã, que havia sido curado da lepra, e mentiu,
pedindo “um talento de prata e duas vestes festivais” (2 Rs 5.23). Pelo visto, ele não queria deixar passar
essa grande chance de, como servo do grande profeta, finalmente conseguir algum lucro. O profeta o
repreendeu, dizendo: “...Era ocasião para tomares prata e para tomares vestes, olivais e vinhas, ovelhas
e bois, servos e servas?” (2 Rs 5.26). Geazi foi castigado com a lepra de Naamã pelo resto de sua vida.
A Palavra diz que não tem herança no reino de Cristo e de Deus “nenhum... avarento, que é
idólatra” (Ef 5.5). “Uma pessoa avarenta é idólatra, pois coloca as coisas antes de Deus” (ABA). O
Senhor Jesus diz na parábola do semeador: “O que foi semeado entre os espinhos é o que ouve a
palavra, porém os cuidados do mundo e a fascinação da riqueza ofuscam a palavra, e fica
infrutífera” (Mt 13.22). É hora de vigiar e orar para que o amor ao dinheiro e por tudo aquilo que
o dinheiro pode comprar não encontre lugar em nossos corações. Como antídoto, peçamos com
mais fervor que o Senhor abra nossos olhos espirituais para os valores eternos, orando sempre:
“Inclina-me o coração aos teus testemunhos e não à cobiça” (Sl 119.36).

4 chama da da m e ia-noit e | junho d e 2 0 0 9


ARTI GO

01
Das Crises Mundiais ao
Gigante
Mundial Norbert Lieth

­Três ti­pos de cri­ses mun­diais for­çam a uni­da­de das na­ções: a cri­se am­bien­tal, o ter­ro­ris­mo in­ter­na­cio­nal e as cri­ses
eco­nô­mi­cas. Nes­se sen­ti­do, al­guém de­cla­rou: “Es­ta­mos sen­do ar­ras­ta­dos em di­re­ção à no­va or­dem mun­dial, em­pur­ra­dos
pe­la his­te­ria cli­má­ti­ca, es­ma­ga­dos pe­las fi­nan­ças”. A cri­se ­mais re­cen­te que nos atin­giu foi a cri­se fi­nan­cei­ra mun­dial...

a n­tes de tra­tar­mos de um te­ma


po­lê­mi­co, se­guin­do a orien­ta­
ção de Tia­go 5.1-9, que­ro en­fa­
ti­zar que, em prin­cí­pio, a ri­que­za não é
proi­bi­da pe­la Bí­blia. Co­nhe­ce­mos ho­
A pa­la­vra pro­fé­ti­ca de ­Deus co­nec­
ta os tem­pos fi­nais com o mun­do fi­
nan­cei­ro. Es­te é um si­nal dos úl­ti­mos
tem­pos. O se­tor fi­nan­cei­ro te­rá um pa­
pel sig­ni­fi­ca­ti­vo nes­tes ­dias e se­rá um
men­te. Fi­lhi­nhos, já é a úl­ti­ma ho­ra; e,
co­mo ou­vis­tes que vem o an­ti­cris­to,
tam­bém, ago­ra, mui­tos an­ti­cris­tos têm
sur­gi­do; pe­lo que co­nhe­ce­mos que é a
úl­ti­ma ho­ra” (1 Jo 2.15-18).
mens da Bí­blia que ­eram ri­cos, co­mo o te­ma do­mi­nan­te. Não ­creio que Tia­go Nos­sa épo­ca, co­mo ne­nhu­ma ou­tra,
bem-su­ce­di­do Fi­le­mom, os ri­cos pa­ 5 tra­te ape­nas de in­di­ví­duos ri­cos, que é de­ter­mi­na­da por emo­ções, ima­gens e
triar­cas e o bi­lio­ná­rio Da­vi. Se ­meus sem­pre exis­ti­ram, mas de um mun­do pe­la os­ten­ta­ção de ri­que­za e po­der.
cál­cu­los es­ti­ve­rem cor­re­tos, o rei Da­vi, en­ri­que­ci­do e de na­ções eco­no­mi­ca­ ­Heinz Schu­ma­cher, na sua tra­du­ção da
por exem­plo, pos­suía cer­ca de 3.400 to­ men­te ri­cas, co­mo as de ho­je. O ce­ná­ Bí­blia [pa­ra o ale­mão], ­traz a se­guin­te
ne­la­das de ou­ro e 34.000 to­ne­la­das de rio pre­di­to na Bí­blia con­diz com o ex­pli­ca­ção so­bre “so­ber­ba da vi­da”
pra­ta, que co­lo­cou à dis­po­si­ção pa­ra a mun­do fi­nan­cei­ro dos úl­ti­mos d ­ ias. (v.16): “Van­glo­riar-se da­qui­lo que a
cons­tru­ção do tem­plo (1 Cr 22.14). E Al­guns exem­plos: pes­soa é, do que tem e do que po­de em
ele não fi­cou ­mais po­bre por is­so. A Bí­ sua vi­da ter­re­na”.[1] O co­men­tá­rio bí­
blia não proí­be a ri­que­za, mas ad­ver­te bli­co de Men­ge diz que a “so­ber­ba da
acer­ca dos pe­ri­gos que ela re­pre­sen­ta e A úl­ti­ma ho­ra vi­da” é “or­gu­lho co­mo pos­tu­ra de vi­da
la­men­ta seu uso fo­ra da von­ta­de de “Não ­ameis o mun­do nem as coi­sas (ou: ga­bar-se da for­tu­na, exi­bir-se com
­Deus (Mc 4.19; Lc 12.15; At 5.4; Cl 3.5- que há no mun­do. Se al­guém ­amar o di­nhei­ro, a pom­pa ter­re­na)”.
6; 1 Tm 6.9-10,17; 2 Pe 2.14-15). mun­do, o ­amor do Pai não es­tá ne­le; Com cer­te­za, é mui­to sig­ni­fi­ca­ti­vo o
por­que tu­do que há no mun­do, a con­cu­ fa­to de ­João li­gar o mun­do fi­nan­cei­ro e
pis­cên­cia da car­ne, a con­cu­pis­cên­cia sua der­ro­ta fu­tu­ra com a “úl­ti­ma ho­ra”
1. Um sinal dos dos ­olhos e a so­ber­ba da vi­da, não pro­ e o “An­ti­cris­to” que vi­rá. Ele o faz de
últimos dias ce­de do Pai, mas pro­ce­de do mun­do. mo­do se­me­lhan­te a Tia­go, que fa­la dos
Ora, o mun­do pas­sa, bem co­mo a sua “úl­ti­mos ­dias” nes­se con­tex­to. ­João tam­
“Te­sou­ros acu­mu­las­tes nos úl­ti­mos con­cu­pis­cên­cia; aque­le, po­rém, que faz bém é o es­cri­tor do Apo­ca­lip­se, e jus­ta­
­dias” (Tg 5.3). a von­ta­de de ­Deus per­ma­ne­ce eter­na­ men­te quan­do tra­ta da ­união mun­dial

chama da da meia - noit e | junho d e 2 009 5


an­ti­cris­tã e da der­ro­ca­da da Ba­bi­lô­nia soas não se ar­re­pen­de­rão (Ap 9.20-21)?
fi­nan­cei­ra, ele re­pe­ti­da­men­te men­cio­na Ha­ve­rá no­va­men­te ído­los de pe­dra ou
es­ta ho­ra (Ap 18.10,17,19). ma­dei­ra pa­ra se­rem ado­ra­dos, ou o ob­
je­to de cul­to se­rá al­go ­mais mo­der­no?
Bas­ta lem­brar que a car­ta aos Co­los­
Je­ro­boão sen­ses cha­ma a ava­re­za de ido­la­tria e
A his­tó­ria de Je­ro­boão é re­la­ta­da a en­fa­ti­za que, por sua cau­sa, a ira de
par­tir de 1 ­Reis 11. Ele le­vou o po­vo a ­Deus vi­rá so­bre o mun­do de­so­be­dien­te
des­ca­mi­nhos co­mo ne­nhum ou­tro an­ (Cl 3.5-6) e que o Apo­ca­lip­se des­cre­ve
tes de­le. Por is­so ele é um ti­po de An­ti­ es­sa ira de ­Deus – en­tão sa­be­re­mos que
cris­to. E o Is­rael do seu tem­po exem­ ido­la­tria é es­sa: a dan­ça ao re­dor do be­
pli­fi­ca um po­vo que, nos úl­ti­mos ­dias, zer­ro de ou­ro (o mun­do fi­nan­cei­ro)
dei­xar-se-á se­du­zir no­va­men­te. Je­ro­ nos tem­pos fi­nais. “As­sim, fa­çam mor­
boão pro­vo­cou uma re­vol­ta, di­vi­diu o rer tu­do o que per­ten­ce à na­tu­re­za ter­
rei­no e to­mou dez tri­bos pa­ra si. Con­ re­na de vo­cês: imo­ra­li­da­de se­xual, im­
se­guiu ser de­cla­ra­do rei so­bre Is­rael pu­re­za, pai­xão, de­se­jos ­maus e a ga­nân­
(dez tri­bos). Eri­giu um be­zer­ro de ou­ cia, que é ido­la­tria” (Cl 3.5; NVI).
ro em Be­tel e ou­tro em Dã, uma con­ Pe­lo vis­to, acu­mu­lar di­nhei­ro, es­
tra­po­si­ção ao ser­vi­ço a ­Deus no tem­ ban­já-lo e exi­bi-lo se­rá um fe­nô­me­no
plo em Je­ru­sa­lém. Je­ro­boão ins­ti­tuiu ca­rac­te­rís­ti­co dos tem­pos fi­nais.
um sa­cer­dó­cio fal­so e mu­dou até mes­
mo as da­tas da fes­ta dos Ta­ber­ná­cu­los.
“­Pois, quan­do ele ras­gou a Is­rael da ca­ 2. A atualidade
sa de Da­vi, e ­eles fi­ze­ram rei a Je­ro­boão, das afirmações
fi­lho de Ne­ba­te, Je­ro­boão apar­tou a Is­ proféticas
rael de se­guir o Se­nhor e o fez co­me­ter
gran­de pe­ca­do” (2 Rs 17.21). “Te­sou­ros acu­mu­las­tes nos úl­ti­mos
Os ­atos de Je­ro­boão fo­ram tão ter­rí­ ­ ias... Ten­des vi­vi­do re­ga­la­da­men­te so­
d
veis que a Bí­blia re­pe­ti­da­men­te fa­la do bre a ter­ra; ten­des vi­vi­do nos pra­ze­res;
“pe­ca­do de Je­ro­boão”. Po­rém, é in­te­res­ ten­des en­gor­da­do o vos­so co­ra­ção, em
san­te ler o se­guin­te a res­pei­to des­se ho­ dia de ma­tan­ça; ten­des con­de­na­do e
Os gran­des ban­cos, que ob­ti­ mem: “Ora, ven­do Sa­lo­mão que Je­ro­ ma­ta­do o jus­to, sem que ele vos fa­ça re­
ve­ram lu­cros bi­lio­ná­rios, boão era ho­mem va­len­te e ca­paz, mo­ço sis­tên­cia” (Tg 5.3,5-6).
ain­da as­sim de­mi­ti­ram e es­ la­bo­rio­so, ele o pôs so­bre to­do o tra­ba­lho O cum­pri­men­to to­tal do ver­sí­cu­lo
tão de­mi­tin­do mi­lha­res de for­ça­do da ca­sa de Jo­sé” (1 Rs 11.28). 6 es­tá re­ser­va­do pa­ra a Gran­de Tri­bu­
em­pre­ga­dos. Um “úl­ti­mo Je­ro­boão” se le­van­ta­rá la­ção fu­tu­ra, mas o que es­tá des­cri­to
so­bre Is­rael e so­bre o mun­do, e ele nos ver­sí­cu­los 3 e 5 já é per­fei­ta­men­te
tam­bém fa­rá com que tu­do gi­re em vi­sí­vel nos ­dias de ho­je. A re­gião da
tor­no de fi­nan­ças. an­ti­ga Ba­bi­lô­nia es­tá se trans­for­man­do
nu­ma no­va Ba­bi­lô­nia – bas­ta ver o de­
sen­vol­vi­men­to de Du­bai. Es­sa re­gião
A ira de ­Deus por cau­sa do mos­tra ao mun­do in­tei­ro o quan­to a
di­nhei­ro Bí­blia é ­atual.[2]
“Fa­zei, ­pois, mor­rer a vos­sa na­tu­re­ As cha­ma­das “oli­gar­quias” tam­bém
za ter­re­na: pros­ti­tui­ção, im­pu­re­za, pai­ vol­ta­ram a ter des­ta­que des­de a dé­ca­da
xão las­ci­va, de­se­jo ma­lig­no e a ava­re­za, de 90. O ter­mo oli­gar­quia de­ri­va do
que é ido­la­tria; por es­tas coi­sas é que gre­go do tem­po de Pla­tão (427-347
vem a ira de ­Deus so­bre os fi­lhos da de­ a.C.), e des­cre­ve o “go­ver­no sem lei dos
so­be­diên­cia” (Cl 3.5-6). ri­cos que só pen­sam em seu pró­prio
Es­sa ira de ­Deus não se re­fe­re ao be­ne­fí­cio. As­sim co­mo a aris­to­cra­cia, é
Dia do Juí­zo, mas à Tri­bu­la­ção fu­tu­ra o go­ver­no de pou­cos, com a di­fe­ren­ça
men­cio­na­da no Apo­ca­lip­se, al­go que de que a aris­to­cra­cia, ao con­trá­rio da
­Isaías tam­bém li­ga com a Ba­bi­lô­nia oli­gar­quia, é con­si­de­ra­da co­mo um go­
dos úl­ti­mos tem­pos (Is 13.1,9-13; cf Sf ver­no le­gal, vol­ta­do ao bem co­mum”. É
2.2-3; Rm 1.18; Ap 6.16-17). in­te­res­san­te con­si­de­rar que, des­de a dé­
O que se­rá es­sa “ido­la­tria” da ­qual o ca­da de 90, es­sa pa­la­vra vol­tou a ser
Apo­ca­lip­se tan­to fa­la, e da ­qual as pes­ sig­ni­fi­ca­ti­va na Rús­sia. Ela re­fe­re-se a

6 chama da da m e ia-noit e | junho d e 2 0 0 9


em­pre­sá­rios “que em ge­ral são sus­pei­
tos de te­rem ob­ti­do gran­de ri­que­za e
in­fluên­cia po­lí­ti­ca por ­meios es­cu­sos
du­ran­te o pe­río­do caó­ti­co que se se­
guiu ao fim da ­União So­vié­ti­ca”.[3]
A res­pei­to, li:
...em ape­nas 10 ­anos, al­guns rus­sos
en­tra­ram, da noi­te pa­ra o dia, pa­ra o Em prin­cí­pio, a ri­que­za
clu­be mun­dial dos hi­per-ri­cos. Sem es­ não é proi­bi­da pe­la
crú­pu­los, ti­ra­ram pro­vei­to da tran­si­ção
Bí­blia. O rei Da­vi era
do sis­te­ma co­mu­nis­ta pa­ra um no­vo sis­
te­ma ca­pi­ta­lis­ta, ga­ran­tin­do pa­ra si, a
bi­lio­ná­rio; en­tre
pre­ço de ba­na­na, o fi­lé da eco­no­mia ou­tros ­bens, ele
rus­sa. Es­tes as­sim cha­ma­dos “oli­gar­ pos­suía cer­ca de 3.400
cas” são os ven­ce­do­res de um enor­me to­ne­la­das de ou­ro.
“Ban­co Imo­bi­liá­rio” (...) Os an­ti­gos ad­
mi­nis­tra­do­res so­vié­ti­cos mos­tra­ram-se
ex­tre­ma­men­te adap­tá­veis, des­car­tan­do
ra­pi­da­men­te a sua ideo­lo­gia e pri­va­ti­
zan­do as es­ta­tais pa­ra den­tro de ­seus tem seu pró­prio be­ne­fí­cio em vis­ta, e pres­são se tor­na­ram os as­sun­tos do dia
pró­prios bol­sos. (...) Os ban­quei­ros da não se im­por­ta com o bem co­mum. nos paí­ses ­mais ri­cos. Bi­lio­ná­rios e
pri­mei­ra ho­ra ga­nha­ram mi­lhões em • Os gran­des ban­cos, que ob­ti­ve­ ­suas fa­mí­lias per­de­ram gran­des for­tu­
di­nhei­ro pú­bli­co com es­pe­cu­la­ção e ram lu­cros bi­lio­ná­rios, ain­da as­sim de­ nas em pou­cos ­dias. A eco­no­mia mun­
câm­bio, sem cor­rer gran­des ris­cos. mi­ti­ram e es­tão de­mi­tin­do mi­lha­res de dial e to­do o sis­te­ma fi­nan­cei­ro es­tão
Ape­nas, não con­ce­diam mui­tos em­prés­ em­pre­ga­dos. aba­la­dos. Mas tu­do is­so é ape­nas o co­
ti­mos. Na pri­mei­ra me­ta­de da dé­ca­da • No fi­nal de no­vem­bro de 2008, a me­ço, ­pois o juí­zo da pró­pria Tri­bu­la­
de 90, os ban­quei­ros ­eram a eli­te da ­União Eu­ro­péia (UE) de­ci­diu re­du­zir ção ain­da es­tá por vir.
oli­gar­quia. (...) Na fa­se ini­cial, a pro­ dras­ti­ca­men­te as sub­ven­ções pa­ra os
prie­da­de das es­ta­tais foi dis­tri­buí­da agri­cul­to­res eu­ro­peus, pri­van­do-os de
am­pla­men­te en­tre a po­pu­la­ção, por uma re­cei­ta im­por­tan­te pa­ra a ma­nu­ 3. A volta do
­meio de cer­ti­fi­ca­dos de par­ti­ci­pa­ção. ten­ção de ­seus em­preen­di­men­tos. Senhor está
Es­sa dis­tri­bui­ção foi teó­ri­ca, ­pois lo­go próxima
os an­ti­gos ad­mi­nis­tra­do­res e os no­vos
ri­cos ti­nham ga­ran­ti­do es­sas em­pre­sas O co­lap­so eco­nô­mi­co O re­tor­no imi­nen­te do Se­nhor é
pa­ra si. Is­so foi pos­sí­vel gra­ças à hi­pe­ foi predi­to men­cio­na­do ­três ve­zes em re­la­ção di­
rin­fla­ção e à cri­se”.[4] “Aten­dei, ago­ra, ri­cos, cho­rai la­men­ re­ta com as cri­ses eco­nô­mi­cas mun­
“Te­sou­ros acu­mu­las­tes nos úl­ti­mos tan­do, por cau­sa das vos­sas des­ven­tu­ras, diais:
­dias!”. que vos so­bre­vi­rão. As vos­sas ri­que­zas “Se­de, ­pois, ir­mãos, pa­cien­tes, até à
es­tão cor­rup­tas, e as vos­sas rou­pa­gens, vin­da do Se­nhor” (Tg 5.7).
co­mi­das de tra­ça; o vos­so ou­ro e a vos­sa “Se­de vós tam­bém pa­cien­tes e for­ta­
O ma­nu­seio in­jus­to de pra­ta fo­ram gas­tos de fer­ru­gens, e a sua le­cei o vos­so co­ra­ção, ­pois a vin­da do
dinhei­ro e po­der fer­ru­gem há de ser por tes­te­mu­nho con­ Se­nhor es­tá pró­xi­ma” (Tg 5.8).
“Eis que o sa­lá­rio dos tra­ba­lha­do­res tra vós mes­mos e há de de­vo­rar, co­mo “Ir­mãos, não vos quei­xeis uns dos
que cei­fa­ram os vos­sos cam­pos e que por fo­go, as vos­sas car­nes. Te­sou­ros acu­mu­ ou­tros, pa­ra não ser­des jul­ga­dos. Eis
vós foi re­ti­do com frau­de es­tá cla­man­ las­tes nos úl­ti­mos ­dias” (Tg 5.1-3). que o ­juiz es­tá às por­tas” (Tg 5.9).
do; e os cla­mo­res dos cei­fei­ros pe­ne­tra­ O re­pen­ti­no co­lap­so fi­nan­cei­ro é Pri­mei­ro é di­to ­duas ve­zes que o
ram até aos ou­vi­dos do Se­nhor dos um exem­plo pa­ra o Dia do Se­nhor, que re­tor­no do Se­nhor es­tá pró­xi­mo, e em
Exér­ci­tos” (Tg 5.4). so­bre­vi­rá ao mun­do co­mo um la­drão à se­gui­da le­mos que o ­juiz es­tá às por­tas.
• A ren­da men­sal mé­dia dos ci­da­ noi­te. Jus­ta­men­te no ­meio de um pi­co Je­sus vi­rá pa­ra ar­re­ba­tar os ­Seus e de­
dãos de Du­bai é de 2.400 eu­ros; já o eco­nô­mi­co, quan­do to­dos es­ta­vam oti­ pois vi­rá co­mo ­Juiz. Os acon­te­ci­men­
sa­lá­rio dos tra­ba­lha­do­res es­tran­gei­ros, mis­tas, ­veio o ­crash, a cri­se fi­nan­cei­ra tos da Tri­bu­la­ção já se­rão os juí­zos ini­
que cum­prem jor­na­das de 15 ho­ras ­atual. A mi­sé­ria e a afli­ção li­te­ral­men­te ciais des­se ­Juiz.
por dia, sob uma tem­pe­ra­tu­ra de 40 de­sa­ba­ram so­bre o mun­do das fi­nan­ A re­be­lião do mun­do con­tra ­Deus e
­graus à som­bra, é de ape­nas 100 eu­ros. ças. Gran­des se­to­res in­dus­triais (in­ o seu Un­gi­do é ca­da vez ­maior (Sl 2).
Es­ses são os es­cra­vos de ho­je.[5] dús­tria au­to­mo­bi­lís­ti­ca) ruíram, e os As pes­soas não que­rem sa­ber de Cris­to
• A oli­gar­quia, no­me pa­ra um go­ ban­cos se tor­na­ram de­ve­do­res. De nem do cris­tia­nis­mo. Os cris­tãos são re­
ver­no sem lei exer­ci­do pe­los ri­cos, só uma ho­ra pa­ra ou­tra, a re­ces­são e a de­ jei­ta­dos com fre­qüên­cia ca­da vez ­maior.

chama da da meia - noit e | junho d e 2 009 7


A de­pres­são na dé­ca­da de 1930 na
Ale­ma­nha se­lou o fim da de­mo­cra­cia
par­la­men­ta­ris­ta. Hi­tler su­biu ao po­
der. Com men­ti­ras, en­ga­nos, se­du­ção
e uma no­va pros­pe­ri­da­de eco­nô­mi­ca
o ­país ga­lo­pou em di­re­ção à ca­tás­tro­fe
da di­ta­du­ra, da Se­gun­da Guer­ra Mun­
dial, da per­se­gui­ção aos ju­deus e, fi­
nal­men­te, da der­ro­ca­da to­tal do “Ter­
cei­ro ­Reich”. As cri­ses ­atuais pa­re­cem
ser­vir pa­ra pre­pa­rar os acon­te­ci­men­
tos do Apo­ca­lip­se. ­Elas cla­mam por
se­gu­ran­ça con­fiá­vel, por uma no­va
or­dem mun­dial, im­pe­lem a glo­ba­li­za­
ção e exi­gem um ho­mem for­te, um
gi­gan­te mun­dial.

Exem­plos da mí­dia
No Por­tão de Bran­den­bur­go (em Ber­lim) • Ro­ma­no Pro­di (ex-pri­mei­ro-mi­
200.000 pes­soas acla­ma­ram Ba­rack Oba­ma, nis­tro da Itá­lia) dis­se: “Não te­mos al­
mes­mo sem co­nhe­cer seu pro­gra­ma de go­ver­no. ter­na­ti­va se­não for­mar os Es­ta­dos Uni­
dos da Eu­ro­pa”.[9]
• Em um ar­ti­go, a re­vis­ta Die ­Zeit la­
men­tou que não ha­ja um “lí­der glo­bal”
ade­qua­do em vis­ta e con­si­de­rou Ba­rack
E, vo­cê ­quer sa­ber de uma coi­sa? O pró­ ho­ra. Têm es­tes um só pen­sa­men­to e Oba­ma co­mo “o pre­si­den­te mun­dial
prio ­Deus vai ti­rá-los do ­meio das pes­ ofe­re­cem à bes­ta o po­der e a au­to­ri­da­de cer­to pa­ra o sé­cu­lo 21”.[10] O no­ti­ciá­rio
soas! O Ar­re­ba­ta­men­to ex­trai­rá o ver­ que pos­suem” (Ap 17.12-13). suí­ço 10 vor 10 tra­tou do te­ma “Ba­rack,
da­dei­ro cris­tia­nis­mo do mun­do, pa­ra Dian­te de tu­do is­so, não é sur­ o sal­va­dor”. Em to­do o mun­do, os
que o an­ti­cris­tia­nis­mo te­nha seu es­pa­ço preen­den­te que o pre­si­den­te ale­mão, ­meios de co­mu­ni­ca­ção com­pe­ti­ram pa­
(2 Ts 2.5-12). ­Deus da­rá ao mun­do o ­Horst Köh­ler, afir­mou que de­se­ja­ria ra pu­bli­car re­la­tos eu­fó­ri­cos a res­pei­to
que ele de­se­ja; ­Saul em vez de Da­vi, que os go­ver­nos es­co­lhes­sem “al­guns de­le. Ele foi cha­ma­do de “Mes­sias” com
Bar­ra­bás em vez de Je­sus, o An­ti­cris­to sá­bios” pa­ra re­gu­la­men­tar o mun­do fre­qüên­cia ca­da vez ­maior. No Por­tão
em vez de Cris­to. O re­tor­no do Se­nhor glo­ba­li­za­do.[7] Ou que Ko­fi An­nan de Bran­den­bur­go (em Ber­lim) 200.000
es­tá pró­xi­mo, e o ­Juiz es­tá às por­tas. (ex-Se­cre­tá­rio-Ge­ral da ONU) te­nha pes­soas o acla­ma­ram, mes­mo sem co­
As cri­ses am­bien­tais, o ter­ro­ris­mo en­fa­ti­za­do o fa­to de que a cri­se só po­ nhe­cer seu pro­gra­ma de go­ver­no. O en­
in­ter­na­cio­nal e a cri­se fi­nan­cei­ra mun­ de­rá ser re­sol­vi­da de for­ma glo­bal.[8] tão pre­si­den­te Geor­ge W. ­Bush, que se
dial em­pur­ram o mun­do pa­ra a uni­da­ Já nos acos­tu­ma­mos a ex­pres­sões de­cla­ra­va cris­tão, era de­mo­ni­za­do e
de e na di­re­ção de um úl­ti­mo “gi­gan­te co­mo “cú­pu­la eco­nô­mi­ca mun­dial”, odia­do, mas as mes­mas mas­sas acla­ma­
mun­dial” pro­fe­ti­za­do na Bí­blia. A re­ “sis­te­ma fi­nan­cei­ro mun­dial”, “or­dem ram um ho­mem que mal co­nhe­ciam.
vis­ta fac­tum pu­bli­cou um ar­ti­go que fi­nan­cei­ra mun­dial”, “con­tro­le fi­nan­ Is­so tu­do é um bom exem­plo pa­ra o fu­
di­zia: “...Os si­nais dos tem­pos cha­mam cei­ro mun­dial”, “fó­rum eco­nô­mi­co tu­ro. In­di­vi­dual­men­te, as pes­soas po­
a aten­ção e lem­bram que es­ta­mos na mun­dial”. Ul­ti­ma­men­te, tam­bém ou­ve- dem ser in­te­li­gen­tes, mas as mas­sas
úl­ti­ma eta­pa da his­tó­ria da hu­ma­ni­da­ se fa­lar ca­da vez ­mais de uma “en­ti­da­ sem­pre es­tão su­jei­tas à se­du­ção. A his­
de. Os ­seis pri­mei­ros juí­zos dos se­los de ou ban­co cen­tral mun­dial”. tó­ria pro­va is­so, e as con­se­qüên­cias são
do Apo­ca­lip­se pre­vêem rup­tu­ras po­lí­ti­ Fi­ca cla­ro que os even­tos des­cri­tos as­sus­ta­do­ras.
cas, so­ciais, eco­nô­mi­cas e mi­li­ta­res que no úl­ti­mo li­vro da Bí­blia te­rão de se • O ex-se­cre­tá­rio da Eco­no­mia dos
re­me­tem ao que já vi­ve­mos ho­je”.[6] cum­prir e que is­so acon­te­ce­rá de for­ EUA, ­Prof. N. Coo­per, já di­zia em 1984:
A Bí­blia é cla­ra quan­do fa­la de uma ma re­pen­ti­na e rá­pi­da. Os ru­mos es­tão “Pa­ra o pró­xi­mo sé­cu­lo su­gi­ro uma al­
reu­ni­fi­ca­ção mun­dial, li­de­ra­da por um sen­do es­ta­be­le­ci­dos ho­je. É pre­ci­so ter­na­ti­va ra­di­cal: a cria­ção de uma
“gi­gan­te” an­ti­cris­tão, a ­quem o dra­gão for­mar uma pla­ta­for­ma pa­ra o fu­tu­ro moe­da co­mum pa­ra to­das as de­mo­cra­
da­rá sua for­ça, seu tro­no e seu po­der rei­no mun­dial an­ti­cris­tão e seu lí­der. cias in­dus­triais, com uma po­lí­ti­ca cam­
ab­so­lu­to (Ap 13.2). “Os dez chi­fres que Pa­ra is­so é pre­ci­so que ha­ja uni­da­de e, bial co­mum e um ban­co co­mum pa­ra a
vis­te são dez ­reis, os ­quais ain­da não re­ atra­vés de ma­no­bras de en­ga­no em fi­xa­ção de uma es­tra­té­gia mo­ne­tá­ria
ce­be­ram rei­no, mas re­ce­bem au­to­ri­da­de mas­sa, tam­bém de­ve­rá ser pro­du­zi­da (...) Co­mo paí­ses in­de­pen­den­tes po­
co­mo ­reis, com a bes­ta, du­ran­te uma uma no­va pros­pe­ri­da­de. dem con­se­guir is­so? Pre­ci­sa­rão en­tre­

8 chama da da m e ia-noit e | junho d e 2 0 0 9


gar o con­tro­le da po­lí­ti­ca cam­bial a Dian­te do pré­dio da nos­sa mis­são ní­vel nes­te lo­cal é ­mais al­to que o ní­vel
uma cor­po­ra­ção su­pra­na­cio­nal”.[11] na Suí­ça há um ho­tel mui­to bo­ni­to, cha­ in­fe­rior da fos­sa”.
• Nes­te con­tex­to uma de­cla­ra­ção ma­do Son­nen­tal (= Va­le do Sol). Ele foi Es­se não é um bom exem­plo pa­ra
do pre­si­den­te fran­cês Ni­co­las Sar­kozy re­for­ma­do e par­cial­men­te re­cons­truí­do os se­res hu­ma­nos? Por fo­ra mui­tos são
não cau­sa qual­quer es­pan­to: “Du­ran­te por den­tro e por fo­ra, com no­vas de­ um “Va­le do Sol”, mas por den­tro es­tá
­anos ten­ta­mos al­can­çar al­go. A cri­se pen­dên­cias e be­la de­co­ra­ção. As co­res es­con­di­da uma fos­sa ne­gra. Por fo­ra as
de­ve ser apro­vei­ta­da co­mo a opor­tu­ni­ são lin­das e o aten­di­men­to é excelente. apa­rên­cias são óti­mas, mas in­te­rior­
da­de pa­ra que ela não se re­pi­ta. Pre­ci­ Há ne­le um gran­de spa e um res­tau­ran­ men­te a pro­fun­da fos­sa dos pe­ca­dos
sa­mos de uma eco­no­mia de mer­ca­do te de pri­mei­ra li­nha. O Son­nen­tal des­ ain­da não foi lim­pa. Os pe­ca­dos cor­
hu­ma­na que fun­cio­ne. Is­so só é pos­sí­ fru­ta de uma boa re­pu­ta­ção. Há al­gum roem nos­sa vi­da e po­dem cau­sar gran­
vel com re­gras. Es­sas re­gras pre­ci­sam tem­po acon­te­ceu al­go es­tra­nho: uma des da­nos. Po­rém, ­quem per­mi­te que
ser de­fi­ni­das em âm­bi­to glo­bal (...) par­te do pi­so do es­ta­cio­na­men­to afun­ Je­sus a lim­pe e de­pois a preen­cha com
pre­ci­sa­mos de uma res­pos­ta glo­bal pa­ dou. O bu­ra­co era tão gran­de que um ­seus ­dons, ex­pe­ri­men­ta­rá a ver­da­de bí­
ra uma cri­se glo­bal...”[12] ca­mi­nhão po­de­ria ter caí­do ne­le. O mo­ bli­ca: “Se, po­rém, an­dar­mos na luz, co­
• A re­vis­ta Ve­ja la­men­tou a fal­ta de ti­vo era a exis­tên­cia de uma fos­sa ne­gra mo ele es­tá na luz, man­te­mos co­mu­nhão
um lí­der po­lí­ti­co ade­qua­do pa­ra o mun­ na­que­le lo­cal, da ­qual nin­guém ti­nha uns com os ou­tros, e o san­gue de Je­sus,
do, que pre­ci­sa do es­ta­dis­ta cer­to.[13] co­nhe­ci­men­to e que não apa­re­cia em seu Fi­lho, nos pu­ri­fi­ca de to­do pe­ca­do.
As cri­ses eco­nô­mi­cas pre­pa­ram o ne­nhum do­cu­men­to ou plan­ta. Se dis­ser­mos que não te­mos pe­ca­do ne­
mun­do pa­ra o gi­gan­te mun­dial que vi­rá. Uma ca­ma­da de ter­ra de 2 me­tros nhum, a nós mes­mos nos en­ga­na­mos, e
de es­pes­su­ra co­bria a fos­sa. O ní­vel in­ a ver­da­de não es­tá em nós. Se con­fes­sar­
fe­rior da fos­sa es­ta­va 4,5 m abai­xo do mos os nos­sos pe­ca­dos, ele é ­fiel e jus­to
4. O Juiz está diante pi­so do es­ta­cio­na­men­to. Ela ti­nha si­do pa­ra nos per­doar os pe­ca­dos e nos pu­ri­
da porta, e um dia de­sa­ti­va­da há mui­to tem­po sem ter si­ fi­car de to­da in­jus­ti­ça” (1 Jo 1.7-9).
o homem estará do lim­pa. Co­mo o con­teú­do é mui­to
áci­do, com o tem­po ele cor­roeu a co­ No­tas:
diante do Juiz ber­tu­ra de con­cre­to e cau­sou o de­sa­ba­ 1. NT, ­Heinz Schu­ma­cher, Häns­sler, pg 916, co­men­tá­rio 28.
2. “Blick­feld”: “Das Seien­de, das ver­geht, und das Blei­
“Ir­mãos, não vos quei­xeis uns dos men­to. Cer­ca de 70m3 de es­go­to que ben­de, das k­ ommt”.
ou­tros, pa­ra não ser­des jul­ga­dos. Eis ain­da es­ta­vam na fos­sa ti­ve­ram de ser 3. ­http://de.wi­ki­pe­dia.org/wi­ki/Oli­gar­chie.
que o j­uiz es­tá às por­tas” (Tg 5.9). as­pi­ra­dos por uma fir­ma es­pe­cia­li­za­da 4. www.nets­tu­dien.de/Russ­land.
Ca­da ho­mem se­rá jul­ga­do, e na­da e le­va­dos em­bo­ra em ­dois ca­mi­nhões- 5. is­rael heu­te, a­ bril de 2008, PF. 28.
se­rá es­que­ci­do dian­te de ­Deus: “Por­que tan­que. No lu­gar do es­go­to o bu­ra­co 6. fac­tum 4/2008, p. 44.
7. Reu­ters.com, 11 de ou­tu­bro de 2008, 12h40.
im­por­ta que to­dos nós com­pa­re­ça­mos foi preen­chi­do com 70m3 de bom ma­ 8. w w w . 2 0 m i n . c h / ­n e w s / ­k r e u s – u n d – ­q u e r /­
pe­ran­te o tri­bu­nal de Cris­to, pa­ra que te­rial e as­sim o pro­ble­ma foi re­sol­vi­do. story/15873676, 11 de ou­tu­bro de 2008.
ca­da um re­ce­ba se­gun­do o bem ou o Um en­ge­nhei­ro co­men­tou: “O fa­to 9. NZZ, 20 de no­vem­bro de 2008, In­ter­na­tio­nal, pg. 7.
mal que ti­ver fei­to por ­meio do cor­po” de a fos­sa não ter si­do es­va­zia­da na 10. fac­tum 8/2008, p. 6.
(2 Co 5.10). “Os pe­ca­dos de al­guns ho­ épo­ca foi um gra­ve cri­me am­bien­tal, e 11. TO­PIC, ou­tu­bro de 2008, p. 5.
12. www.bun­des­re­gie­rung.de “Mits­chrift Pres­se­kon­fe­renz:
mens são no­tó­rios e le­vam a juí­zo, ao as con­se­qüên­cias es­tão se mos­tran­do Pres­se­kon­fe­renz Bun­des­kanz­le­rin Mer­kel und Prä­si­
pas­so que os de ou­tros só ­mais tar­de se ho­je. Nin­guém sa­be quan­to es­go­to pe­

confira
dent Sar­kozy”, 12 de ou­tu­bro de 2008.
ma­ni­fes­tam” (1 Tm 5.24). ne­trou no len­çol freá­ti­co, já que o seu 13. Ve­ja, 1 de ou­tu­bro de 2008.

confira recomendamos
pe­di­dos: 0300 789.5152 | www.chamada.com.br
livros

DVD

chama da da meia - noit e | junho d e 2 009 9


ARTIGO

02

a PROFECIA REVELA
OS SEGREDOS DO
FUTURO
Tim LaHaye
10 chama da da m e ia-noit e | junho d e 2 0 0 9
N
a edi­ção pas­sa­da A de­cla­ra­ção de que es­se ­Deus é o
cha­mei a aten­ção úni­co ­Deus ver­da­dei­ro não se com­
pa­ra aque­la que pro­va ape­nas pe­lo fa­to de que Ele
con­si­de­ro uma das pre­diz o fu­tu­ro, mas, so­bre­tu­do, pe­lo
pas­sa­gens pro­fé­ti­ fa­to de que o fu­tu­ro real­men­te se
cas ­mais ig­no­ra­das cum­pre co­mo Ele pre­dis­se. Ao fa­zer­
das Es­cri­tu­ras. Es­ mos um exa­me cui­da­do­so, exa­ta­
se tex­to pro­fé­ti­co me­re­ce uma con­si­ men­te co­mo as Es­cri­tu­ras nos en­si­
de­ra­ção es­pe­cial por par­te da­que­les nam, cons­ta­ta­mos que não há na­da
que de­se­jam uti­li­zar o cum­pri­men­to que cer­ti­fi­que ­mais a nos­sa fé. Vo­cê
das pro­fe­cias bí­bli­cas pa­ra com­pro­var lem­bra da­que­la si­tua­ção ocor­ri­da
as prin­ci­pais dou­tri­nas da Bí­blia. ­Elas ­após a res­sur­rei­ção de Je­sus, quan­do
vão des­de a Cria­ção por um ato di­re­to Ele se en­con­trou com ­dois dis­cí­pu­los
de ­Deus, pas­san­do pe­la exis­tên­cia do que es­ta­vam no ca­mi­nho pa­ra
pró­prio ­Deus, pe­la Sua na­tu­re­za e ­Seus ­Emaús? Aque­les dis­cí­pu­los es­ta­vam
atri­bu­tos, pe­la cre­di­bi­li­da­de das Es­cri­ de­pri­mi­dos pe­la de­ses­pe­ran­ça, por­
tu­ras, pe­la di­vin­da­de de Je­sus em pes­ que o ho­mem que ­eles ­criam ser o
soa, até a cer­te­za de que a sal­va­ção em Mes­sias de Is­rael ti­nha si­do cru­ci­fi­
Cris­to é eter­na, en­tre mui­tas ou­tras ca­do e, ago­ra, tu­do es­ta­va per­di­do.
dou­tri­nas. Em mi­nha opi­nião, es­sa ­Eles ha­viam ou­vi­do que “al­gu­mas
pas­sa­gem pro­fé­ti­ca é uma das ­mais im­ mu­lhe­res” (cf. Lc 24.22) en­con­tra­ram
por­tan­tes pro­vas da ve­ra­ci­da­de do pró­ o se­pul­cro va­zio e ti­ve­ram “uma vi­
prio Cris­tia­nis­mo e, quan­do usa­da de são de an­jos, os q­ uais afir­mam que ele
mo­do ade­qua­do, tor­na-se uma tre­ vi­ve” (Lc 24.23). Evi­den­te­men­te, ­eles
men­da mo­ti­va­ção es­pi­ri­tual. não de­ram cré­di­to a es­se re­la­to e es­
Quan­do ­Deus pro­cu­rou cha­mar a ta­vam a ca­mi­nho de sua al­deia, de
aten­ção dos is­rae­li­tas pa­ra que re­co­nhe­ vol­ta pa­ra sua ca­sa. Je­sus, con­fron­ta­
ces­sem que só Ele é ­Deus – não aque­les do na­que­le mo­men­to por uma das
ído­los pa­gãos da Ba­bi­lô­nia que ­eles ti­ con­cep­ções ­mais di­fí­ceis de ser ex­
nham ado­ra­do – o Se­nhor fez a se­guin­ pli­ca­da, in­da­gou: “Por­ven­tu­ra, não
te de­cla­ra­ção atra­vés do pro­fe­ta ­Isaías: con­v i­nha que o Cris­to pa­de­ces­se e en­
“Lem­brai-vos das coi­sas pas­sa­das da tras­se na sua gló­ria?” (Lu­cas 24.26).
an­ti­gui­da­de: que eu sou ­Deus, e não há Os ju­deus es­pe­ra­vam que seu Mes­
ou­tro, eu sou ­Deus, e não há ou­tro se­ sias vies­se pa­ra li­ber­tá-los do ju­go
me­lhan­te a mim; que des­de o prin­cí­pio opres­sor dos ro­ma­nos. Aque­les que
anun­cio o que há de acon­te­cer e des­de a não ti­nham es­tu­da­do as Es­cri­tu­ras
an­ti­gui­da­de, as coi­sas que ain­da não Pro­fé­ti­cas (as ­quais con­ti­nham pro­
su­ce­de­ram; que di­go: o meu con­se­lho fe­cias acer­ca do Mes­sias e de Sua
per­ma­ne­ce­rá de pé, fa­rei to­da a mi­nha ­obra re­den­to­ra) não co­nhe­ciam (ou, To­do pas­tor pre­ci­sa
von­ta­de” (­Isaías 46.9-10). em mui­tos ca­sos, nem se im­por­ta­ en­si­nar aos cren­tes
Es­sa é uma ad­moes­ta­ção cla­ra e vam com) o fa­to de que era ne­ces­sá­ de sua igre­ja acer­
de­sa­fia­do­ra de ­Deus aos fi­lhos de Is­ rio ha­ver ­duas vin­das do mes­mo ca das pro­fe­cias
rael, pa­ra que sou­bes­sem que so­men­ Mes­sias; uma vin­da com a fi­na­li­da­de que Je­sus cum­priu,
te Ele é ­Deus, dig­no de ser ado­ra­do – de so­frer pe­los pe­ca­dos da hu­ma­ni­ re­fe­ren­tes a Si mes­
e a pro­va que ­lhes da­va era o cum­pri­ da­de e ou­tra vin­da em po­der e gló­ria mo co­mo Mes­sias.
men­to das pro­fe­cias. ­Deus é o úni­co pa­ra li­ber­tar ­S eus se­gui­do­res e rei­nar
que po­de pre­di­zer o fu­tu­ro com exa­ ­aqui na Ter­ra.
ti­dão! Já cons­ta­ta­mos [no ar­ti­go an­ En­t ão o que Je­sus fez na­que­l a
te­rior] que Ele pre­dis­se o fu­tu­ro por ho­ra? “...co­me­çan­do por Moi­s és, dis­
­mais de 500 ve­zes no An­ti­go Tes­ta­ cor­ren­do por to­dos os Pro­fe­tas, ex­pu­
men­to. Lem­bre-se que a de­fi­ni­ção nha-­lhes o que a seu res­pei­to cons­ta­
­mais sim­ples de pro­fe­cia é es­ta: “Pro­ va em to­das as Es­cri­tu­ras” (Lu­cas
fe­cia bí­bli­ca é o fa­to his­tó­ri­co es­cri­to 24.27). Je­sus fez uso das pro­fe­cias
an­tes que acon­te­ça”. Ain­da que mui­ do An­t i­go Tes­t a­men­to re­fe­ren­tes ao
tos se­res hu­ma­nos te­nham ten­ta­do, Mes­sias, a res­p ei­to dE­le mes­mo, pa­
so­men­te ­Deus é ca­paz de pre­di­zer os ra con­ven­cê-los acer­c a de ­quem Ele
fa­tos com ab­so­lu­ta exa­ti­dão. era e do que vie­ra fa­zer nes­te mun­

chama da da meia - noit e | junho d e 2 009 11


do. Que ex­p o­si­ç ão bí­bli­c a sen­s a­cio­ As Coisas
nal! Je­sus uti­li­zou o cum­pri­men­to Encobertas
pro­fé­t i­co pa­ra con­ven­cer aque­les Pertencem ao
ho­mens acer­c a da ver­d a­de so­bre Sua
iden­t i­d a­de e Sua mis­s ão. Não é de
Senhor
ad­mi­rar que, ­mais tar­de, ­eles dis­s es­ Sa­lien­tei na edi­ção pas­sa­da que Da­
sem: “Por­ven­tu­ra, não nos ar­dia o niel, um dos maio­res pro­fe­tas ju­deus,
co­ra­ção, quan­do ele, pe­lo ca­mi­nho, ao ser cha­ma­do à pre­sen­ça do rei Na­
nos fa­la­va, quan­do nos ex­pu­nha as bu­co­do­no­sor, de­cla­rou: “O mis­té­rio
Es­cri­tu­ras?” (Lu­cas 24.32). Que “Es­ que o rei exi­ge, nem en­can­ta­do­res, nem
cri­tu­ras” ­eram es­s as? ­Eram pro­fe­cias ma­gos nem as­tró­lo­gos o po­dem re­ve­lar
do An­t i­go Tes­t a­men­to que, a par­t ir ao rei; mas há um ­Deus no céu, o ­qual
dos li­v ros de Moi­s és e em to­dos os re­ve­la os mis­té­rios, ­pois fez sa­ber ao rei
pro­fe­t as, re­fe­r iam-se ao Mes­sias e à Na­bu­co­do­no­sor o que há de ser nos úl­
Sua mis­s ão. ­Eram pro­fe­cias que já ti­mos ­dias” (Da­niel 2.27-28). ­Após di­
ti­n ham se cum­pri­do! O co­ra­ç ão zer is­so, Da­niel re­lem­brou o so­nho que
tam­b ém “nos ar­de” quan­do es­tu­d a­ o rei ti­ve­ra e ex­pôs a in­ter­pre­ta­ção dos
mos as mui­t as pro­fe­cias que Je­sus “tem­pos dos gen­tios”, pe­río­do es­se que
cum­priu du­ran­te Sua vi­d a nes­te já es­tá em an­da­men­to há 2.500 a­ nos.
mun­do, as ­quais, sem som­bra de dú­ ­Deus é o úni­co que po­de re­ve­lar
vi­d a, com­pro­vam que Ele é o úni­co pre­via­men­te os se­gre­dos do fu­tu­ro e
e ver­d a­dei­ro Sal­va­dor. O cum­pri­ le­vá-los ao ple­no cum­pri­men­to – co­
men­to pro­fé­t i­co pro­p or­cio­na es­s a mo pro­fe­ti­zou. No co­ra­ção hu­ma­no há
cer­te­za, ­p ois nos con­ven­ce de que um ina­cre­di­tá­vel an­seio de co­nhe­cer o
Je­sus é o úni­co Sal­va­dor, con­for­me fu­tu­ro. Es­sa é a ra­zão pe­la ­qual mi­
Ele mes­mo dis­s e (cf. J­ oão 14.6). lhões de pes­soas pro­cu­ram adi­vi­nhos,
To­do pas­tor pre­ci­sa en­si­nar aos car­to­man­tes, as­tró­lo­gos, gu­rus, vi­den­
cren­tes de sua igre­ja acer­ca das pro­fe­ tes e fal­sos pro­fe­tas, na vã es­pe­ran­ça de
cias que Je­sus cum­priu, re­fe­ren­tes a Si ob­te­rem in­for­ma­ções pré­vias acer­ca do
mes­mo co­mo Mes­sias. Mes­mo nos fu­tu­ro, pa­ra tra­ça­rem o cur­so de ­suas
­dias ­atuais, es­sa prá­ti­ca fa­ria com que a vi­das a par­tir do que ­elas pen­sam que
con­gre­ga­ção dos sal­vos de­sen­vol­ves­se vai acon­te­cer. Tu­do is­so não pas­sa de
um “co­ra­ção ar­den­te” por ­Deus e ­lhes fal­sa es­pe­ran­ça, ­pois a Pa­la­vra de ­Deus
pro­por­cio­na­ria uma con­vic­ção re­so­lu­ afir­ma que “as coi­sas en­co­ber­tas per­
ta de que não es­ta­mos “...se­guin­do fá­ ten­cem ao Se­nhor, nos­so ­Deus” (Deu­
bu­las en­ge­nho­sa­men­te in­ven­ta­das, mas te­ro­nô­mio 29.29a). ­Aqui es­tá a ra­zão
nós mes­mos fo­mos tes­te­mu­nhas ocu­la­ pe­la ­qual de­ve­mos in­ves­ti­gar cui­da­do­
res da sua ma­jes­ta­de” (2 Pe­dro 1.16). sa­men­te as Es­cri­tu­ras, bus­can­do iden­
Um es­tu­do das pro­fe­cias que já se ti­fi­car as pro­fe­cias que já se cum­pri­ram
cum­pri­ram for­ta­le­ce nos­sa con­fian­ça e aque­las que ain­da não se cum­pri­ram
em ­Deus, ­pois nos le­va a en­ten­der na his­tó­ria, a fim de en­con­trar­mos
“O mis­té­rio que o rei exi­ge, ­quem Ele é, de­mons­tran­do a ra­zão mo­ti­va­ção e en­co­ra­ja­men­to pa­ra ser­vir
por­que to­das as pes­soas de­vem acei­tar dia­ria­men­te ao Se­nhor, à luz dos ma­
nem en­can­ta­do­res, nem ma­
a Je­sus Cris­to. ra­vi­lho­sos pla­nos que Ele tem pa­ra
gos nem as­tró­lo­gos o po­dem
Nu­ma épo­ca em que a pre­ga­ção de nós, pre­pa­ra­dos pa­ra se cum­pri­rem no
re­ve­lar ao rei; mas há um Je­sus co­mo úni­co ca­mi­nho de sal­va­ção fim dos tem­pos.
­Deus no céu, o q­ ual re­ve­la os ge­ral­men­te é ta­xa­da de pre­ga­ção “bi­to­ Ao ler no­va­men­te o li­vro de Deu­
mis­té­rios, p­ ois fez sa­ber ao la­da” por aque­les que su­ge­rem ha­ver te­ro­nô­mio jun­to com mi­nha es­po­sa,
rei Na­bu­co­do­no­sor o que há ­mais de um ca­mi­nho pa­ra o céu, pre­ci­ ­achei in­te­res­san­te a cons­ta­ta­ção de
de ser nos úl­ti­mos d­ ias” sa­mos al­go que nos as­se­gu­re que Ele é que ­Deus in­sis­ten­te­men­te re­co­men­
(Da­niel 2.27-28). ver­da­dei­ra­men­te o úni­co ca­mi­nho. O dou aos fi­lhos de Is­rael que se lem­
cum­pri­men­to das pro­fe­cias é a pro­va bras­sem da Sua pre­sen­ça, dos mi­la­
que cer­ti­fi­ca tal rea­li­da­de, ­pois nin­ gres e li­vra­men­tos que Ele efe­tua­ra,
guém na his­tó­ria des­te mun­do cum­ co­mo uma mo­ti­va­ção pa­ra guar­da­rem
priu se­quer ­meia dú­zia das 109 pro­fe­ ­Seus “...man­da­men­tos, e os es­ta­tu­tos, e
cias mes­siâ­ni­cas. Je­sus, po­rém, cum­ os juí­zos” (Deu­te­ro­nô­mio 7.11). ­Deus
priu to­das ­elas! ­lhes pro­me­teu que, se fos­sem ­fiéis em

12 chama da da m e ia-noit e | junho d e 2 0 0 9


obe­de­cer ao que Ele or­de­na­ra, ­eles se­ da­men­te 1500 a.C.) não ti­ves­sem aces­ cum­pra­mos to­das as pa­la­v ras des­ta
riam aben­çoa­dos mui­to ­além dos so­ so a um re­gis­tro es­cri­to, ­eles ti­nham lei” (Dt 29.29; gri­fo do au­tor). Co­mo
nhos que ­mais aca­len­ta­vam e ­Deus re­cor­da­ções su­fi­cien­tes da pro­vi­são de já vi­mos, das ­mais de 1.000 pas­sa­
­lhes con­ce­de­ria “lon­ga vi­da”. Con­tu­ ­Deus pa­ra sus­ten­tar-­lhes a fé de que gens pro­fé­ti­cas que pre­di­ziam o fu­tu­
do, se ­eles Lhe de­so­be­de­ces­sem, prin­ Ele man­te­ria Sua Pa­la­vra e os aben­çoa­ ro quan­do fo­ram es­cri­tas, no mí­ni­mo
ci­pal­men­te ado­ran­do fal­sos deu­ses ria, SE e so­men­te SE, não ado­ras­sem 500 de­las já se cum­pri­ram. As pro­fe­
dos po­vos pa­gãos cir­cun­vi­zi­nhos, Ele aos deu­ses dos po­vos pa­gãos cir­cun­vi­ cias que não se cum­pri­ram di­zem
os amal­di­çoa­ria. Em su­ma, ­eles de­ zi­nhos. In­fe­liz­men­te, a maio­ria foi in­ res­pei­to a um mo­men­to ain­da fu­tu­
viam ser en­co­ra­ja­dos à fi­de­li­da­de no fiel, trans­gre­diu o pri­mei­ro man­da­ ro, po­rém mui­tas de­las já es­tão se
fu­tu­ro, olhan­do pa­ra os ­atos do ­amor men­to, ado­rou fal­sos deu­ses e so­freu cum­prin­do du­ran­te nos­so tem­po de
­leal de ­Deus no pas­sa­do, quan­do Ele as con­se­qüên­cias da mal­di­ção que, se­ vi­da nes­te mun­do, o que nos le­va a
os guia­ra pe­lo de­ser­to com uma co­lu­ gun­do a ad­ver­tên­cia de ­Deus, ­lhes so­ ­crer que nos­sa ge­ra­ção po­de mui­to
na de nu­vem du­ran­te o dia e uma co­ bre­vi­ria pe­la de­so­be­diên­cia. bem ser a ge­ra­ção que ve­rá o ple­no
lu­na de fo­go du­ran­te a noi­te; quan­do Du­ran­te o pe­río­do de 1.500 ­anos cum­pri­men­to das pro­fe­cias que se
ma­ni­fes­ta­ra Sua pro­vi­são ­fiel fa­zen­do que se se­guiu, o Se­nhor ­lhes en­viou re­fe­rem ao fim dos tem­pos. Nos con­
com que as rou­pas de­les du­ras­sem “ho­mens san­tos”, de­no­mi­na­dos pro­fe­ gres­sos que or­ga­ni­za­mos so­bre a pro­
qua­ren­ta ­anos; quan­do Ele pro­vi­den­ tas, os ­quais pro­cla­ma­ram a men­sa­ fe­cia bí­bli­ca, sem­pre pro­cu­ro lem­brar
cia­ra ­água da ro­cha e o ma­ná que des­ gem de ­Deus “mo­vi­dos pe­lo Es­pí­ri­to aos par­ti­ci­pan­tes que a nos­sa ge­ra­
cia do céu a ca­da dia. Por que ­Deus San­to”. Pou­cos des­ses pro­fe­tas fo­ram ção, ­mais do que qual­quer ou­tra ge­
não re­que­reu que ­eles se for­ta­le­ces­ es­cri­to­res; te­mos al­guns de ­seus es­cri­ ra­ção an­te­rior, tem mo­ti­vos de so­bra
sem na fé pe­la con­si­de­ra­ção das pro­ tos pre­ser­va­dos e clas­si­fi­ca­dos no câ­ pa­ra ­crer que a Se­gun­da Vin­da de
fe­cias que já ti­nham se cum­pri­do? non he­brai­co co­mo Pro­fe­tas Maio­res Cris­to acon­te­ce­rá du­ran­te os ­dias de
­Eles não ti­nham uma Bí­blia à ­qual re­ e Pro­fe­tas Me­no­res do An­ti­go Tes­ta­ nos­sa vi­da.
cor­rer e, até en­tão, pou­cas pro­fe­cias já men­to. Nos es­cri­tos des­ses pro­fe­tas há Is­so nos pro­por­cio­na ra­zão, ­mais
cum­pri­das es­ta­vam es­cri­tas de mo­do mui­tas pro­fe­cias que pre­di­zem o fu­tu­ do que su­fi­cien­te, pa­ra acor­dar a ca­da
que pu­des­sem apren­der atra­vés de­las ro, des­de as 109 pro­fe­cias (ou ­mais) ma­nhã e di­zer: “Tal­vez nos­so Se­nhor
(tal­vez ain­da não hou­ves­se ne­nhu­ma re­la­ti­vas à pri­mei­ra vin­da do Mes­sias, vol­te ho­je!”. Um dia is­so vai se tor­nar
pro­fe­cia es­cri­ta). Moi­sés foi o seu pri­ bem co­mo as 321 pro­fe­cias re­la­ti­vas à rea­li­da­de e po­de ocor­rer mui­to em
mei­ro gran­de pro­fe­ta a es­cre­ver. Sua Se­gun­da Vin­da, até pro­fe­cias que bre­ve. Mi­nha mãe, uma es­tu­dan­te de­
Em Seu pla­no, ­Deus já ti­nha es­ta­ di­zem res­pei­to a Is­rael e a ­seus ­mais di­ca­da da Bí­blia e das pro­fe­cias bí­bli­
be­le­ci­do pro­fe­tas ex­traor­di­ná­rios que fer­re­nhos ini­mi­gos. cas, cos­tu­ma­va di­zer o se­guin­te:
po­diam re­ve­lar “as coi­sas en­co­ber­tas Ho­je em dia, te­mos em nos­sas “Man­te­nha os ­olhos er­gui­dos!”. (Pre-­
[que] per­ten­cem ao Se­nhor, nos­so ­mãos as pro­fe­cias da par­te de ­Deus Trib Pers­pec­ti­ves)
­Deus”, bem co­mo aque­las coi­sas “re­ve­ que nos fo­ram dei­xa­das por es­cri­to,
la­das [que] nos per­ten­cem, a nós e a men­cio­na­das por Da­niel e re­fe­ri­das
nos­sos fi­lhos, pa­ra sem­pre, pa­ra que por Moi­sés co­mo “...coi­sas en­co­ber­tas Tim La­Ha­ye es­cre­veu ­mais de 40 li­vros e é co-au­tor dos
­best-sel­lers da sé­rie Dei­xa­dos Pa­ra ­Trás. Ele tam­bém é um
cum­pra­mos to­das as pa­la­vras des­ta lei” [e... coi­sas] re­ve­la­das [que] nos per­ dos edi­to­res da Bí­blia de Es­tu­do Pro­fé­ti­ca e um dos fun­da­
(Deu­te­ro­nô­mio 29.29). Por con­se­guin­ ten­cem, a nós e a nos­sos fi­lhos, pa­ra

confira
do­res do Pre-­Trib Re­search Cen­ter (Cen­tro de Es­tu­dos Pré-
te, em­bo­ra na­que­la épo­ca (apro­xi­ma­ sem­pre, pa­ra [nos mo­ti­var a] que Tri­bu­la­cio­nais).

confira recomendamos
pe­di­dos: 0300 789.5152 | www.chamada.com.br
livros

chama da da meia - noit e | junho d e 2 009 13


a
ARTIGO

03
os “habitantes da terra”
mencionados em

Apocalipse
Thomas Ice

O tex­to de Apo­ca­lip­se 3.10 é cor­re­ta­ bi­tan­tes da ter­ra” ori­gi­na-se no An­ti­ um con­tex­to lo­cal, mas a um con­tex­to
men­te co­nhe­ci­do co­mo uma das pas­sa­ go Tes­ta­men­to. Al­gu­mas for­mas de­la glo­bal ou mun­dial.
gens bí­bli­cas que ­apóiam a dou­tri­na do ocor­rem cer­ca de 50 ve­zes no An­ti­go To­das as ocor­rên­cias glo­bais da ex­
Ar­re­ba­ta­men­to pré-tri­bu­la­cio­nis­ta. En­tre­ Tes­ta­men­to he­brai­co[1], sem in­cluir a pres­são “ha­bi­tan­tes da ter­ra” no An­ti­
tan­to, a se­gun­da par­te des­se ver­sí­cu­lo ex­pres­são se­me­lhan­te “ha­bi­tan­tes do go Tes­ta­men­to apa­re­cem num con­tex­
men­cio­na a ex­pres­são “ha­bi­tan­tes da Ter­ mun­do”, que ocor­re cin­co ve­zes.[2] A to de jul­ga­men­to e é pro­vá­vel que to­
ra” pe­la pri­mei­ra vez no li­vro de Apo­ca­ es­ma­ga­do­ra maio­ria das ocor­rên­cias das as afir­ma­ções re­la­cio­na­das a ela se
lip­se, con­for­me se lê: “Por­que guar­das­te a des­sa ex­pres­são “ha­bi­tan­tes da ter­ra” cum­pram no fu­tu­ro, du­ran­te o Dia do
pa­la­vra da mi­nha per­se­ve­ran­ça, tam­bém no An­ti­go Tes­ta­men­to é cor­re­ta­men­te Se­nhor, tam­bém co­nhe­ci­do co­mo pe­
eu te guar­da­rei da ho­ra da pro­va­ção que tra­du­zi­da por “ha­bi­tan­tes da ter­ra” ou río­do da Tri­bu­la­ção. Um fa­to re­le­van­te
há de vir so­bre o mun­do in­tei­ro, pa­ra ex­pe­ “os que ha­bi­tam na ter­ra”, uma vez é que tan­to a ex­pres­são “ha­bi­tan­tes da
ri­men­tar os que ha­bi­tam so­bre a ter­ra”. que o con­tex­to ime­dia­to faz re­fe­rên­cia ter­ra” quan­to a ex­pres­são “ha­bi­tan­tes
Nes­se ver­sí­cu­lo en­con­tra-se a pri­mei­ra a um de­ter­mi­na­do ter­ri­tó­rio ou a al­ [ou mo­ra­do­res] do mun­do” são usa­das
ocor­rên­cia do que de­no­mi­no de “ha­bi­ gum ­país, co­mo, por exem­plo, Is­rael. por di­ver­sas ve­zes nos ca­pí­tu­los 24-27
tan­tes da Ter­ra”, uma ex­pres­são que ge­ral­ En­tre­tan­to, num con­tex­to glo­bal, a de ­Isaías, uma se­ção do li­vro fre­qüen­
men­te é tra­du­zi­da por “os que ha­bi­tam so­ mes­ma ex­pres­são he­brai­ca é tra­du­zi­ te­men­te de­no­mi­na­da de “o Apo­ca­lip­se
bre a ter­ra”. Es­sa fra­se ocor­re on­ze ve­zes da com ­mais pro­prie­da­de por “mo­ra­ de ­Isaías”. O ca­pí­tu­lo 24 nos in­for­ma
em no­ve ver­sí­cu­los do li­vro de Apo­ca­lip­se do­res da ter­ra” (cf., Sl 33.14; Is 18.3; Is que o juí­zo mun­dial de ­Deus so­bre­vi­rá
(Ap 3.10; Ap 6.10; Ap 8.13; Ap 11.10, 2 24.6,17; Is 26.21; Jr 25.30; Jl 2.1; Sf a to­da a hu­ma­ni­da­de por cau­sa dos pe­
ve­zes; Ap 13.8,12,14, 2 ve­zes; Ap 14.6; Ap 1.18). To­das as cin­co ocor­rên­cias da ca­dos es­pe­cí­fi­cos dos “mo­ra­do­res da
17.8). “Ha­bi­tan­tes da Ter­ra” é um de­sig­ ex­pres­são “ha­bi­tan­tes [ou mo­ra­do­res] ter­ra” (Is 24.5,6,17). O tex­to de ­Isaías
na­ti­vo pa­ra as pes­soas des­cren­tes que per­ do mun­do” pa­re­cem se en­qua­drar 26.9b de­cla­ra: “...por­que, quan­do os
sis­ti­rem na sua in­cre­du­li­da­de du­ran­te o nes­se con­tex­to glo­bal (cf., Sl 33.8; Is ­teus juí­zos rei­nam na ter­ra, os mo­ra­do­
pe­río­do da Tri­bu­la­ção vin­dou­ra. 18.3; Is 26.9,18; Lm 4.12) e, com ex­ce­ res do mun­do apren­dem jus­ti­ça”. Os
ção de uma ocor­rên­cia (Lm 4.12), to­ ­dois úl­ti­mos ver­sí­cu­los do ca­pí­tu­lo 26
das apa­re­cem no mes­mo con­tex­to em re­fe­rem-se ao pe­río­do da Tri­bu­la­ção.
O contexto do que se men­cio­na a ex­pres­são “ha­bi­ O ver­sí­cu­lo 20 men­cio­na que Is­rael se
Antigo tan­tes da ter­ra”. Quan­do as ex­pres­sões es­con­de­rá e se­rá pro­te­gi­do “...até que
Testamento “ha­bi­tan­tes [ou mo­ra­do­res] do mun­ pas­se a ira”. Se o re­ma­nes­cen­te de Is­
do” e “ha­bi­tan­tes da ter­ra” são usa­das rael se­rá pro­te­gi­do du­ran­te a Tri­bu­la­
Co­mo a ­maior par­te da ter­mi­no­lo­ no mes­mo con­tex­to, for­ta­le­ce-se a ção, ­qual se­rá, en­tão, o pro­pó­si­to de
gia neo­tes­ta­men­tá­ria, a ex­pres­são “ha­ con­cep­ção de que não se re­fe­rem a ­Deus em exe­cu­tar juí­zo du­ran­te es­se

14 chama da da m e ia-noit e | junho d e 2 0 0 9


“Por­que guar­das­te a pa­la­vra da
mi­nha per­se­ve­ran­ça, tam­bém eu te
guar­da­rei da ho­ra da pro­va­ção
que há de vir so­bre o mun­do in­tei­ro,
pa­ra ex­pe­ri­men­tar os que ha­bi­tam
so­bre a ter­ra”. (Apocalipse 3.10)

pe­río­do? O ver­sí­cu­lo 21 res­pon­de a es­ pro­por­cio­nam o pa­no de fun­do pa­ra ca. O ter­mo gre­go tra­du­zi­do por “ex­pe­
sa in­da­ga­ção nos se­guin­tes ter­mos: que se pos­sa en­ten­der o sig­ni­fi­ca­do de ri­men­tar” é pei­ra­zo, que ­quer di­zer “es­
“­Pois eis que o Se­nhor sai do seu lu­gar, Apo­ca­lip­se 3.10, bem co­mo com­preen­ for­çar-se pa­ra des­co­brir a na­tu­re­za ou
pa­ra cas­ti­gar a ini­qüi­da­de dos mo­ra­do­ der o uso que o após­to­lo ­João faz da ca­rá­ter de al­gu­ma coi­sa por ­meio de
res da ter­ra; a ter­ra des­co­bri­rá o san­gue ex­pres­são “ha­bi­tan­tes da ter­ra” ao lon­ tes­te; tes­tar, ex­pe­ri­men­tar, sub­me­ter à
que em­be­beu e já não en­co­bri­rá aque­les go de to­do o li­vro de Apo­ca­lip­se. pro­va”.[4] É im­por­tan­te que se te­nha em
que fo­ram mor­tos” (Is 26.21). As­sim, men­te o fa­to de que um dos prin­ci­pais
per­ce­be­mos que o pro­pó­si­to da Tri­bu­ pro­pó­si­tos dos juí­zos da Tri­bu­la­ção
la­ção vin­dou­ra é o de “cas­ti­gar” os ha­ “Para des­cri­tos em Apo­ca­lip­se (­caps. 4-19) é
bi­tan­tes da ter­ra. Is­so se as­se­me­lha experimentar os o de tes­tar os ha­bi­tan­tes da ter­ra sob as
mui­to à afir­ma­ção en­con­tra­da em que habitam cir­cuns­tân­cias ­mais ex­tre­mas, a fim de
Apo­ca­lip­se 3.10, na ­qual o Se­nhor de­ com­pro­var a re­jei­ção de­les ao Cor­dei­ro
cla­ra que usa­rá a “pro­va­ção que há de
sobre a terra” (i.e., Je­sus) e à Sua men­sa­gem (i.e., o
vir so­bre o mun­do in­tei­ro” [i.e., a Tri­bu­ Já que um dos prin­ci­pais pro­pó­si­tos Evan­ge­lho). Ape­sar da se­ve­ri­da­de dos
la­ção] com o pro­pó­si­to de “ex­pe­ri­men­ dos juí­zos da Tri­bu­la­ção é o de “cas­ti­ jul­ga­men­tos que são des­fe­ri­dos do céu,
tar os que ha­bi­tam so­bre a ter­ra”. Pa­re­ gar” (Is 26.21) ou “ex­pe­ri­men­tar” (Ap nem ao me­nos um mo­ra­dor da ter­ra se
ce evi­den­te que os ca­pí­tu­los 24-27, es­ 3.10) os ha­bi­tan­tes da ter­ra[3], é fun­da­ ar­re­pen­de (ve­ja Ap 6.15-17; Ap 9.20-21;
pe­cial­men­te o tex­to de ­Isaías 26.21, men­tal que sai­ba­mos o que is­so sig­ni­fi­ Ap 16.9,11,21).

chama da da meia - noit e | junho d e 2 009 15


É pos­sí­vel que o tex­to de ­Isaías bi­tan­tes da ter­ra” em Apo­ca­lip­se, per­ bes­ta, os “ha­bi­tan­tes da ter­ra” se­rão
26.21 te­nha em­pre­ga­do o ter­mo vin­ ce­be-se um com­po­nen­te in­te­res­san­te e en­ga­na­dos pe­los si­nais e mi­la­gres rea­
di­ca­ti­vo “cas­ti­gar” pe­lo fa­to de que, re­ve­la­dor. Es­ses ha­bi­tan­tes não ape­nas li­za­dos pe­lo fal­so pro­fe­ta du­ran­te a
se­gun­do o re­la­to de­ta­lha­do de Apo­ca­ pre­ci­sam ser ex­pe­ri­men­ta­dos pa­ra re­ Tri­bu­la­ção e eri­gi­rão uma ima­gem da
lip­se, nem se­quer um ha­bi­tan­te da ve­lar sua ver­da­dei­ra con­vic­ção (Ap bes­ta, pro­va­vel­men­te no in­te­rior da­
ter­ra se ar­re­pen­de­rá du­ran­te a Tri­bu­ 3.10), mas tam­bém são iden­ti­fi­ca­dos que­le que se­rá o tem­plo dos ju­deus
la­ção. A pro­fe­cia de ­Isaías re­tra­ta uma cla­ra­men­te co­mo aque­les que per­se­ (Ap 13.14). Em­bo­ra o pú­bli­co-al­vo da
re­so­lu­ção de­fi­ni­ti­va to­ma­da ­após ava­ guem e ma­tam os cren­tes du­ran­te a pre­ga­ção do Evan­ge­lho pro­cla­ma­da
lia­ção, ao pas­so que o após­to­lo ­João Tri­bu­la­ção (Ap 6.10). Mui­tos dos juí­ por um men­sa­gei­ro an­ge­li­cal se­jam os
se re­fe­re ao pro­pó­si­to an­tes que o zos da Tri­bu­la­ção têm co­mo al­vo “os “ha­bi­tan­tes da ter­ra” (Ap 14.6), ne­
mes­mo pro­du­za de­ter­mi­na­do efei­to. ha­bi­tan­tes [ou mo­ra­do­res] da ter­ra” nhum dos ou­vin­tes se­gui­rá o Cor­dei­ro;
En­tre­tan­to, os acon­te­ci­men­tos sub­se­ (Ap 8.13). São os “ha­bi­tan­tes de ter­ra” pe­lo con­trá­rio, to­dos se ma­ra­vi­lha­rão
qüen­tes de Apo­ca­lip­se não dei­xam a que se ale­gra­rão e en­via­rão pre­sen­tes com a bes­ta (Ap 17.8).
me­nor dú­vi­da de que os ha­bi­tan­tes da uns aos ou­tros quan­do as ­duas tes­te­ ­Tony Gar­land faz uma cor­re­ta su­
ter­ra, ­após se­rem sub­me­ti­dos às pro­ mu­nhas fo­rem mor­tas em Je­ru­sa­lém po­si­ção de que a ex­pres­são “ha­bi­tan­tes
vas da Gran­de Tri­bu­la­ção, me­re­cem o na me­ta­de do pe­río­do da Tri­bu­la­ção da ter­ra” trans­mi­te um sig­ni­fi­ca­do “so­
jus­to juí­zo de ­Deus. (Ap 11.10). Quan­do a bes­ta (i.e., o An­ te­rio­ló­gi­co-es­ca­to­ló­gi­co[5] no li­vro de
ti­cris­to) é apre­sen­ta­da em Apo­ca­lip­se Apo­ca­lip­se por­que de­sig­na os per­di­dos
13, ob­ser­va-se que “...ado­rá-la-ão to­dos [i.e., não-sal­vos] no tem­po do fim, os
Quem são “os que os que ha­bi­tam so­bre a ter­ra” (Ap ­quais con­ti­nuam em sua fir­me re­jei­ção
habitam sobre a 13.8,12). Por­tan­to, cem por cen­to dos a ­Deus”.[6] Por­tan­to, em vez de ser
terra”? que “ha­bi­tam so­bre a ter­ra” re­ce­be­rão uma de­sig­na­ção geo­grá­fi­ca, a ex­pres­
a mar­ca da bes­ta em ­seus cor­pos e pas­ são “ha­bi­tan­tes da ter­ra” é uma de­sig­
Quan­do se faz um le­van­ta­men­to sa­rão a eter­ni­da­de sob con­de­na­ção no na­ção mo­ral, ain­da que a fra­se te­nha
das on­ze ocor­rên­cias da ex­pres­são “ha­ La­go de Fo­go. Co­mo se­gui­do­res da co­no­ta­ção geo­grá­fi­ca. A ex­pres­são “ha­

Ao con­trá­rio dos ­fiéis a ­Deus que são


es­tran­gei­ros e pe­re­gri­nos na ter­ra, cu­
ja es­pe­ran­ça se en­con­tra no céu, es­ses
que ha­bi­tam so­bre a ter­ra ­põem sua
con­fian­ça no ho­mem e no ­meio-am­bien­te.

16 chama da da m e ia-noit e | junho d e 2 0 0 9


bi­tan­tes da ter­ra” pa­re­ce ser uma fi­gu­ trom­be­ta, que cau­sa­rão a mor­te de um i­ déia de que um tes­te e um jul­ga­men­to
ra de lin­gua­gem de­no­mi­na­da si­né­do­ ter­ço da hu­ma­ni­da­de, os ha­bi­tan­tes da dos “ha­bi­tan­tes da ter­ra” es­tão in­cluí­
que, na ­qual o to­do (i.e., os ha­bi­tan­tes ter­ra não se ar­re­pen­de­rão de ­suas dos no pro­pó­si­to es­ta­be­le­ci­do por
da ter­ra) é usa­do pa­ra de­sig­nar uma de ­obras per­ver­sas (Ap 9.20-21)”.[10] ­Deus pa­ra a Tri­bu­la­ção. Nes­se con­tex­
­suas par­tes (os des­cren­tes do pe­río­do to de 2 Tes­sa­lo­ni­cen­ses, ­Deus é vis­to
da Tri­bu­la­ção).[7] co­mo Aque­le que per­mi­te ao “ho­mem
A rea­li­da­de dos “ha­bi­tan­tes da ter­ Outras da ini­qüi­da­de” [i.e., o An­ti­cris­to] rea­li­
ra” é con­tras­ta­da com o le­gí­ti­mo cen­ referências zar fal­sos si­nais e pro­dí­gios da men­ti­ra
tro das aten­ções do li­vro de Apo­ca­lip­se pe­lo fa­to de que os “ha­bi­tan­tes da ter­
que é o tem­plo ce­les­tial, do ­qual são O tex­to de Lu­cas 21.35, que é par­te ra” não ­amam a ver­da­de. Ma­ra­na­ta!
ex­pe­di­das as or­dens di­vi­nas pa­ra o es­ do dis­cur­so so­bre o fim dos tem­pos (Pre-­Trib Pers­pec­ti­ves)
ta­be­le­ci­men­to do Rei­no de ­Deus na pro­fe­ri­do por nos­so Se­nhor no mon­te
Tho­mas Ice é di­re­tor-exe­cu­ti­vo do Pre-­Trib Re­search Cen­ter
ter­ra. Por ou­tro la­do, o cen­tro das das Oli­vei­ras, faz a se­guin­te ad­ver­tên­ em ­Lynchburg, VA (EUA). Ele é au­tor de mui­tos li­vros e um
aten­ções e am­bi­ções dos “ha­bi­tan­tes da cia: “­Pois há de so­bre­vir a to­dos os que dos edi­to­res da Bí­blia de Es­tu­do Pro­fé­ti­ca.
ter­ra” li­mi­ta-se à ter­ra, nu­ma des­con­si­ vi­vem so­bre a fa­ce de to­da a ter­ra”.
de­ra­ção com a von­ta­de de ­Deus pro­fe­ Nes­se ca­so em ques­tão, os “ha­bi­tan­tes No­tas:
1. Ob­ti­do por pes­qui­sa ele­trô­ni­ca atra­vés do pro­gra­ma
ri­da do céu e de­cre­ta­da na ter­ra. Gar­ da ter­ra” são aque­les que se­rão pe­gos de com­pu­ta­ção Ac­cor­dan­ce, ver­são 7.4.2.
land co­men­ta que “es­se fa­to ex­pli­ca a de sur­pre­sa pe­los juí­zos do pe­río­do da 2. Ob­ti­do por pes­qui­sa ele­trô­ni­ca atra­vés do pro­gra­ma
ra­zão pe­la ­qual os acon­te­ci­men­tos de Tri­bu­la­ção. A mes­ma te­má­ti­ca do des­ de com­pu­ta­ção Ac­cor­dan­ce, ver­são 7.4.2.
Apo­ca­lip­se en­vol­vem gran­des juí­zos pre­pa­ro se en­con­tra em 1 Tes­sa­lo­ni­ 3. O ou­tro pro­pó­si­to prin­ci­pal da Tri­bu­la­ção é o de le­var
der­ra­ma­dos so­bre os sis­te­mas na­tu­rais cen­ses 5 na re­fe­rên­cia aos “fi­lhos das o po­vo de Is­rael à con­ver­são e acei­ta­ção de Je­sus co­
mo seu Mes­sias (Is 26.11-20; Jr 30.1-24; Ez 20.33-
da ter­ra, vis­to que a Ter­ra se tor­nou tre­vas” (1 Ts 5.1-11). ­Eles es­ta­rão des­ 44; Ez 22.17-22; Dn 12.1-13; Zc 12.10-13.1, etc).
um ído­lo ado­ra­do pe­los que ne­la ha­bi­ pre­pa­ra­dos por­que não cre­rão em Je­ 4. Wal­ter ­Bauer, A ­Greek-En­glish Le­xi­con of the New Tes­ta­
tam”.[8] Ao con­trá­rio dos ­fiéis a ­Deus sus Cris­to co­mo seu Sal­va­dor. ment and ­Other Chris­tian Li­te­ra­tu­re, tra­du­zi­do e adap­
que são es­tran­gei­ros e pe­re­gri­nos na Uma ou­tra pas­sa­gem bí­bli­ca que ta­do por Wil­liam F. ­Arndt e F. Wil­bur Gin­grich, Chi­ca­go:
ter­ra (Lv 25.23; Nm 18.20,23; 1 Cr não usa a ex­pres­são “ha­bi­tan­tes da ter­ The Uni­ver­sity of Chi­ca­go ­Press, 1957, p. 793.
5. So­te­rio­ló­gi­co re­la­cio­na-se com o es­tu­do da dou­tri­na da
29.15; Sl 39.12; Sl 119.19; Jo 15.19; Jo ra”, mas que mui­to pro­va­vel­men­te faz sal­va­ção, en­quan­to es­ca­to­ló­gi­co diz res­pei­to ao es­tu­do
17.14,16; Fp 3.20; Hb 11.13; 1 Pe 2.11), alu­são aos “ha­bi­tan­tes da ter­ra” por da dou­tri­na das úl­ti­mas coi­sas.
cu­ja es­pe­ran­ça se en­con­tra no céu (Hb ou­tro de­sig­na­ti­vo (i.e., “os que não aco­ 6. (Os ter­mos em itá­li­co são ori­gi­nais) ­Tony Gar­land, A
11.13-16; Ap 13.6), es­ses que ha­bi­tam lhe­ram o ­amor da ver­da­de pa­ra se­rem Tes­ti­mony of Je­sus ­Christ: A Com­men­tary on the ­Book
so­bre a ter­ra ­põem sua con­fian­ça no sal­vos” – cf. 2 Ts 2.10b), nos pro­por­cio­ of Re­ve­la­tion, 2 ­vols., Ca­ma­no Is­land, WA: Spi­ri­tAnd­
Truth.org, 2004, vol. 1, p. 264-5.
ho­mem e no ­meio-am­bien­te”.[9] Re­ na uma com­preen­são ­mais am­pla des­ 7. Ve­ja, Ethel­bert W. Bul­lin­ger, Fi­gu­res of ­Speech ­Used in
nald Sho­wers de­cla­ra: “To­das es­sas re­ sa ques­tão: “É por es­te mo­ti­vo, ­pois, que The Bi­ble, ­Grand Ra­pids: Ba­ker ­Book Hou­se, (1898),
fe­rên­cias do li­vro de Apo­ca­lip­se aos ­Deus ­lhes man­da a ope­ra­ção do er­ro, 1968, p. 637-8.
“que ha­bi­tam so­bre a ter­ra” são uma pa­ra da­rem cré­di­to à men­ti­ra, a fim de 8. Gar­land, Re­ve­la­tion, vol. 2, p. 281, no­ta ex­pli­ca­ti­va nº 77.
cla­ra in­di­ca­ção de pes­soas não-sal­vas se­rem jul­ga­dos to­dos quan­tos não de­ 9. (Os ter­mos em itá­li­co são ori­gi­nais) Gar­land, Re­ve­la­
tion, vol. 2, p. 265.
do fu­tu­ro pe­río­do de pro­va­ção, as ram cré­di­to à ver­da­de; an­tes, pe­lo con­ 10. Re­nald E. Sho­wers, Ma­ra­na­tha, Our ­Lord Co­me, Bell­
­quais nun­ca se­rão sal­vas [...] Ape­sar trá­rio, de­lei­ta­ram-se com a in­jus­ti­ça” (2

confira
mawr, NJ: The ­Friends of Is­rael Gos­pel Mi­nistry, 1995,
dos de­vas­ta­do­res hor­ro­res da sex­ta Ts 2.11-12). Tal de­cla­ra­ção re­for­ça a p. 265, ci­ta­do na o­ bra de Gar­land, Re­ve­la­tion, p. 265.

confira recomendamos
pe­di­dos: 0300 789.5152 | www.chamada.com.br
livros

chama da da meia - noit e | junho d e 2 009 17


do nosso
campo visual
Notícias

01
Por que tantos focos de
conflitos?
O ho­mem de­ve­ria tor­nar-se ­mais sá­bio com o pas­sar dos mi­lê­nios, mas na prá­ti­ca não so­mos mui­to di­fe­ren­tes dos
nos­sos an­te­pas­sa­dos. As pes­soas não me­lho­ra­ram; ­seus ar­ma­men­tos, sim, ­pois com ­eles é pos­sí­vel ma­tar ca­da vez
­mais gen­te em me­nos tem­po.

O ano de 2008 trou­xe ­mais guer­ 9 e os con­fli­tos re­gio­nais au­men­ta­ram de­li­tos”. E 1 Ti­mó­teo 5.6 tam­bém fa­la
ras ao mun­do, mas tam­bém trou­xe um de 26 pa­ra 30... (N-tv) da pos­si­bi­li­da­de de, mes­mo vi­vo, al­
si­nal de es­pe­ran­ça. Foi re­gis­tra­do um Re­pe­ti­da­men­te nos per­gun­ta­mos guém es­tar mor­to.
au­men­to de con­fli­tos vio­len­tos e, com co­mo po­de ha­ver tan­ta bru­ta­li­da­de, O ho­mem vi­ve fi­si­ca­men­te, mas
a lu­ta en­tre a Rús­sia e a Geór­gia no tan­to ter­ror, opres­são, ­ódio, ini­mi­za­de des­de a que­da em pe­ca­do seu es­pí­ri­
iní­cio de agos­to, a guer­ra re­tor­nou à e guer­ra no nos­so mun­do. O glo­bo es­ to es­tá mor­to. Is­so ­traz con­se­qüên­
Eu­ro­pa. Mas um even­to do ano pas­sa­ tá ­cheio de fo­cos de con­fli­tos. Pe­lo vis­ cias a to­dos os ­seus ­atos e, por ex­ten­
do ani­ma os ana­lis­tas: a elei­ção de to, o mun­do não apren­deu ab­so­lu­ta­ são, a to­dos os acon­te­ci­men­tos no
Ba­rack Oba­ma co­mo pre­si­den­te dos men­te na­da do pas­sa­do. mun­do. Efé­sios 2.12 nos diz por­que é
Es­ta­dos Uni­dos. Com ele au­men­ta­riam A ex­pli­ca­ção é en­con­tra­da na Bí­ as­sim: “na­que­le tem­p o, es­tá­veis sem
as chan­ces de so­lu­ções di­plo­má­ti­cas e blia. O mun­do con­ti­nua li­dan­do com o Cris­to, se­pa­ra­dos da co­mu­ni­da­de
di­mi­nui­ria o uso das ar­mas por par­te mes­mo ini­mi­go de sem­pre, tan­to ­mais de Is­rael e es­tra­nhos às alian­ç as da
dos ame­ri­ca­nos – pré-re­qui­si­to im­por­ quan­to avan­ça­mos nos tem­pos fi­nais. pro­mes­sa, não ten­do es­p e­ran­ç a e
tan­te pa­ra um mun­do ­mais pa­cí­fi­co, “Ele (­Deus) vos deu vi­da, es­tan­do sem ­Deus no mun­do”.
mes­mo que o fim de to­das as guer­ras vós mor­tos nos vos­sos de­li­tos e pe­ca­ Es­se é um ba­lan­ço real­men­te de­so­
con­ti­nue sen­do uma es­pe­ran­ça ir­real. dos, nos ­quais an­das­tes ou­tro­ra, se­ la­dor: sem Cris­to, sem es­pe­ran­ça, sem
Anual­men­te, o Ins­ti­tu­to Pa­ra a So­ gun­do o cur­so des­te mun­do, se­gun­do ­Deus e sem vi­da! ­Quem não tem a
lu­ção In­ter­na­cio­nal de Con­fli­tos (de o prín­ci­pe da po­tes­ta­de do ar, do es­ Cris­to, tam­bém não tem a ­Deus. Por
Hei­del­berg/Ale­ma­nha), es­ta­be­le­ce pí­ri­to que ago­ra ­atua nos fi­lhos da is­so, Efé­sios 4.18 diz acer­ca das pes­soas
uma “es­ca­la de con­fli­tos” di­vi­di­da em de­so­be­diên­cia” (Ef 2.1-2). É uma ver­ que vi­vem cons­cien­te­men­te sem ­Deus:
ca­te­go­rias. Nos ­dois ní­veis ­mais gra­ da­de as­sus­ta­do­ra per­ce­ber que po­de-se que ­elas têm seu “en­ten­di­men­to obs­
ves, o ano pas­sa­do te­ria re­gis­tra­do es­tar mor­to ain­da em vi­da. O ver­sí­cu­lo cu­re­ci­do” e es­tão “­alheias à vi­da de
au­men­to em re­la­ção ao ano an­te­rior: 5 des­cre­ve o mes­mo em ou­tras pa­la­ ­Deus”, que vi­vem em “ig­no­rân­cia”,
o nú­me­ro de guer­ras su­biu de 6 pa­ra vras: “es­tan­do nós mor­tos em nos­sos “pe­la du­re­za do seu co­ra­ção”. Mes­mo

18 chama da da m e ia-noit e | junho d e 2 0 0 9


sen­do tão trá­gi­ca, es­sa afir­ma­ção é a
­mais pu­ra ver­da­de. Pes­soas sem Je­sus
não co­nhe­cem a ­Deus e es­tão ex­cluí­
das da vi­da dE­le e, por­tan­to, mor­tas
es­pi­ri­tual­men­te.
Nes­sa si­tua­ção de mor­te es­pi­ri­tual,
o ho­mem não é do­mi­na­do por ­Deus,
mas por aque­le que trou­xe o pe­ca­do e
a mor­te ao mun­do, pe­lo prín­ci­pe des­te
mun­do. A Bí­blia nos ex­pli­ca que exis­te
um cur­so des­te mun­do se­gun­do o
prín­ci­pe da po­tes­ta­de do ar, se­gun­do o
es­pí­ri­to que ago­ra ­atua nos fi­lhos da
de­so­be­diên­cia. Em Efé­sios 6, Pau­lo ex­
pli­ca que nos­so mun­do é do­mi­na­do
por Sa­ta­nás e ­seus de­mô­nios a par­tir
do cos­mo: “por­que a nos­sa lu­ta não é
con­tra o san­gue e a car­ne, e sim con­
tra os prin­ci­pa­dos e po­tes­ta­des, con­
tra os do­mi­na­do­res des­te mun­do te­ In­sa­tis­fa­ção e bri­gas, ­ódio e vio­lên­cia, de­sen­ten­di­men­tos
ne­bro­so, con­tra as for­ças es­pi­ri­tuais e se­pa­ra­ções são cons­tan­tes e con­ti­nuam au­men­tan­do.
do mal, nas re­giões ce­les­tes” (Ef
6.12). A pa­la­vra gre­ga pa­ra “do­mi­na­
dor do mun­do” é “kos­mo­kra­tor”, da tra o quan­to es­ses so­nhos es­tão dis­tan­tes que­le que a tu­do en­che em to­das as
­qual de­ri­va a pa­la­vra cos­mo. da rea­li­da­de. Mi­lha­res de ve­zes so­nha-se coi­sas” (Ef 1.20-23).
Uma hu­ma­ni­da­de de­so­be­dien­te a com mu­dan­ças, e mi­lha­res de ve­zes na­ Je­sus es­tá ele­va­do aci­ma de qual­
­Deus, que re­jei­ta Seu Fi­lho Je­sus Cris­to, da acon­te­ce – até que che­ga a gran­de vi­ quer ou­tro po­der e tu­do Lhe es­tá su­jei­
es­tá de­pen­den­te do prín­ci­pe (ou do­mi­ ra­da, quan­do al­guém se vol­ta pa­ra to. As­sim, Je­sus es­tá mui­to aci­ma da­
na­dor), que age en­tre o céu e a ter­ra e Aque­le que mu­dou tu­do, que po­de al­te­ que­le que, se­gun­do Efé­sios 2.2, do­mi­
da­li in­fluen­cia o mun­do. Mas Sa­ta­nás e rar tu­do e que vai trans­for­mar tu­do. Em na nos ­ares e de­mo­ni­za es­te mun­do.
­seus de­mô­nios não ape­nas in­fluen­ciam, Sua mor­te na ­cruz e em Sua res­sur­rei­ção To­do aque­le que crê em Je­sus re­nas­ce
­eles tam­bém do­mi­nam os po­vos da ter­ den­tre os mor­tos Je­sus trou­xe a gran­de es­pi­ri­tual­men­te, sua po­si­ção “em Je­
ra. É ób­vio que is­so tem con­se­qüên­cias vi­ra­da. E es­ta se tor­na uma rea­li­da­de sus” pas­sa a ser nas re­giões ce­les­tiais.
ter­rí­veis so­bre os in­di­ví­duos, so­bre as bem ­atual pa­ra ca­da um que se ­abre pa­ Por is­so, não es­tá ­mais sob a es­fe­ra de
fa­mí­lias, as so­cie­da­des e as na­ções. Os ra Ele. E quan­do Je­sus vol­tar, tra­rá a ­ação de Sa­ta­nás, mas sob o po­der do
fo­cos de con­fli­tos e as cri­ses são cau­sa­ gran­de mu­dan­ça pa­ra o mun­do in­tei­ro. Es­pí­ri­to (Cl 1.13).
dos por Sa­ta­nás e fa­zem par­te de sua lu­ O im­pos­sí­vel se tor­na­rá pos­sí­vel atra­vés “Mas ­Deus, sen­do ri­co em mi­se­ri­
ta con­tra ­Deus. E, quan­to ­mais avan­ça­ de Je­sus! Ca­da um que es­tá mor­to sem cór­dia, por cau­sa do gran­de ­amor
mos nos tem­pos fi­nais, maio­res se tor­ Cris­to tor­na-se vi­vo com Ele! com que nos ­amou, e es­tan­do nós
nam os con­fli­tos. Is­so acon­te­ce ­Deus é um ­Deus da vi­da e ­quer dar mor­tos em nos­sos de­li­tos, nos deu vi­
jus­ta­men­te nas re­giões que de­sem­pe­ a vi­da a uma hu­ma­ni­da­de caí­da em da jun­ta­men­te com Cris­to, – pe­la
nham al­gum pa­pel im­por­tan­te no ce­ná­ pe­ca­dos e, por­tan­to, mor­ta. Por is­so gra­ça ­sois sal­vos, e, jun­ta­men­te com
rio bí­bli­co-pro­fé­ti­co. É li­te­ral­men­te per­ Je­sus ­veio, mor­reu por nós, res­sus­ci­tou ele, nos res­sus­ci­tou, e nos fez as­sen­
cep­tí­vel que “al­go pai­ra no ar”. den­tre os mor­tos e foi ele­va­do aci­ma tar nos lu­ga­res ce­les­tiais em Cris­to
O Apo­ca­lip­se fa­la de um tem­po fu­ dos ­céus – pa­ra tra­zer vi­da. Je­sus” (Ef 2.4-6).
tu­ro em que Sa­ta­nás se­rá lan­ça­do so­ “(O po­der de ­Deus), o q ­ ual exer­ Sa­ta­nás é o prín­ci­pe des­te mun­do
bre a ter­ra (Ap 12.7-12), que en­tão se­rá ceu ele em Cris­to, res­sus­ci­tan­do-o (Jo 12.31; Jo 14.30; Jo 16.11), e por is­so
to­ma­da pe­lo ter­ror, de­mo­nis­mo, do­mí­ den­tre os mor­tos e fa­zen­do-o sen­tar to­do o mal vem de­le. Mas se vo­cê es­tá
nio da vio­lên­cia e guer­ras. à sua di­rei­ta nos lu­ga­res ce­les­tiais, em Cris­to, Sa­ta­nás não é ­mais o seu
Aqui­lo que acon­te­ce em es­ca­la glo­ aci­ma de to­do prin­ci­pa­do, e po­tes­ta­ prín­ci­pe. O do­mí­nio mu­dou. Je­sus, o
bal tam­bém ex­pli­ca os con­fli­tos na vi­da de, e po­der, e do­mí­nio, e de to­do no­ Prín­ci­pe da Paz, (Is 9.6) é ago­ra o seu
pes­soal. In­sa­tis­fa­ção e bri­gas, ­ódio e vio­ me que se pos­sa re­fe­rir não só no Prín­ci­pe, no lu­gar de Sa­ta­nás. E Je­sus é
lên­cia, de­sen­ten­di­men­tos e se­pa­ra­ções pre­sen­te sé­cu­lo, mas tam­bém no mui­to ­maior do que aque­le que es­tá no
são cons­tan­tes e con­ti­nuam au­men­tan­ vin­dou­ro. E pôs to­das as coi­sas de­ mun­do (1 Jo 4.4). Es­sa mu­dan­ça de
do. Mes­mo que o ho­mem não quei­ra ser bai­xo dos pés e, pa­ra ser o ca­be­ça do­mí­nio já foi ex­pe­ri­men­ta­da por
co­mo é e so­nha com ­amor e har­mo­nia, so­bre to­das as coi­sas, o deu á igre­ja, mui­tos, o que é uma pro­va evi­den­te do
é jus­ta­men­te a vi­da co­ti­dia­na que mos­ a ­qual é o seu cor­po, a ple­ni­tu­de da­ po­der de Je­sus. (Nor­bert L­ ieth).

chama da da meia - noit e | junho d e 2 009 19


aconselhamento
bíblico
É verdade que Res­pos­ta: Em pri­mei­ro lu­gar, a men­te, que é a se­de dos nos­sos pen­sa­men­tos, é uma
par­te não-fí­si­ca da nos­sa cons­ti­tui­ção. Ela não de­ve ser con­fun­di­da com o cé­re­bro, que
o subconsciente é um ór­gão fí­si­co per­ten­cen­te ao cor­po. Co­mo a men­te não tem pro­prie­da­des fí­si­cas,
dirige ela es­tá fo­ra do al­can­ce da in­ves­ti­ga­ção cien­tí­fi­ca ob­je­ti­va.
nossos atos? A ­idéia de que nos­sa men­te tem uma par­te sub­cons­cien­te ou in­cons­cien­te, que de­
ter­mi­na ou in­fluen­cia nos­so com­por­ta­men­to, é um mi­to cria­do por Sig­mund ­Freud que,
se­gun­do al­guns, for­mu­lou a teo­ria quan­do es­ta­va sob o efei­to da co­caí­na. Es­sa era a dro­
ga que ele usa­va pa­ra tra­tar de sua pró­pria de­pres­são e que re­co­men­da­va aos ou­tros com
Per­gun­ta: “A afir­ma­ção de que nos­sa in­sis­tên­cia. Mes­mo que al­go acon­te­ces­se num cam­po hi­po­té­ti­co cha­ma­do in­cons­cien­te,
men­te é com­pos­ta de ­duas par­tes, o não há ne­nhum ­meio de dis­cer­nir, de for­ma cien­ti­fi­ca­men­te vá­li­da, ­quais te­riam si­do
cons­cien­te e o sub­cons­cien­te, tem com­ es­ses pen­sa­men­tos. De­ve­ria ser ób­vio pa­ra to­do mun­do que es­sa su­pos­ta re­gião in­cons­
pro­va­ção cien­tí­fi­ca? É ver­da­de que é o cien­te que de­ter­mi­na nos­sos pen­sa­men­tos e ­ações cons­cien­tes não pas­sa de es­pe­cu­la­ção
sub­cons­cien­te que re­ge a maio­ria das em be­ne­fí­cio pró­prio.
nos­sas ­ações e que ele tam­bém con­tro­la Em seu li­vro in­ti­tu­la­do The­rapy’s De­lu­sions: The ­Myth of the Un­cons­cious and the Ex­
nos­sos com­por­ta­men­tos apren­di­dos?” ploi­ta­tion of To­day’s Wal­king Wor­ried (Ilu­sões da Te­ra­pia: O Mi­to do In­cons­cien­te e a Ex­plo­
ra­ção dos An­sio­sos de Ho­je, em tra­du­ção li­vre), Ri­chard Ofs­he e ­Ethan Wat­ters es­cre­vem:
Em­bo­ra se­ja ób­vio que to­dos nós te­mos pro­ces­sos men­tais dos ­quais não es­
ta­mos ple­na­men­te cons­cien­tes, a ­idéia do in­cons­cien­te di­nâ­mi­co pro­põe a exis­
tên­cia de uma po­de­ro­sa men­te ocul­ta que, sem o co­nhe­ci­men­to de seu hos­pe­dei­
ro, in­fluen­cia in­ten­cio­nal­men­te os ­mais ín­fi­mos pen­sa­men­tos e com­por­ta­men­tos.
Não exis­te ne­nhu­ma evi­dên­cia cien­tí­fi­ca da exis­tên­cia des­se ti­po de in­cons­cien­te
do­ta­do de in­ten­ção e nem de que os psi­co­te­ra­peu­tas te­nham mé­to­dos es­pe­ciais
pa­ra des­ven­dar real­men­te os pro­ces­sos men­tais dos ­quais não te­mos cons­ciên­
cia. No en­tan­to, a ale­ga­ção dos te­ra­peu­tas de que têm con­di­ções de ex­por e
mo­di­fi­car a men­te in­cons­cien­te con­ti­nua sen­do a pro­mes­sa se­du­to­ra de mui­tas
te­ra­pias ba­sea­das na in­te­ra­ção ver­bal.
Os cris­tãos têm si­do le­va­dos a acre­di­tar nes­sa fal­sa ­idéia de sub­cons­cien­te de­vi­do à in­
fluên­cia do acon­se­lha­men­to psi­co­ló­gi­co na igre­ja, prin­ci­pal­men­te en­tre os cha­ma­dos psi­
có­lo­gos cris­tãos e os pra­ti­can­tes da cu­ra in­te­rior. O re­sul­ta­do prá­ti­co des­se con­cei­to pseu­
do­cien­tí­fi­co com­ple­ta­men­te an­ti­bí­bli­co é que o in­di­ví­duo não po­de ser res­pon­sa­bi­li­za­do
por ­suas ­ações pe­ca­mi­no­sas, por­que ­elas fo­ram de­ter­mi­na­das sem o seu en­vol­vi­men­to
cons­cien­te. ­Além dis­so, é um pra­to ­cheio de des­cul­pas pa­ra a nos­sa na­tu­re­za pe­ca­mi­no­sa.
A no­ção de in­cons­cien­te, ou sub­cons­cien­te, é es­tra­nha ao en­si­no bí­bli­co. A Pa­la­vra
de ­Deus tra­ta da hu­ma­ni­da­de com ba­se no com­por­ta­men­to cons­cien­te so­bre o ­qual
to­dos nós te­mos con­tro­le, o que nos faz, por­tan­to, res­pon­sá­veis por nos­sos ­atos. Com
cer­te­za, exis­tem ­áreas que são um mis­té­rio pa­ra nós; ­áreas re­la­cio­na­das com o co­ra­
ção, a men­te, a von­ta­de, as emo­ções e o que a Bí­blia cha­ma de “o mis­té­rio da ini­qüi­da­
de”, ou pe­ca­do. Mas es­sas ­áreas es­tão fo­ra do al­can­ce da in­ves­ti­ga­ção hu­ma­na e só
­Deus as co­nhe­ce: “Ou­ve tu dos ­céus, lu­gar da tua ha­bi­ta­ção, per­doa e dá a ca­da um se­
gun­do to­dos os ­seus ca­mi­nhos, já que lhe co­nhe­ces o co­ra­ção, por­que tu, só tu, és co­nhe­
ce­dor do co­ra­ção dos fi­lhos dos ho­mens. En­ga­no­so é o co­ra­ção, ­mais do que to­das as coi­
sas, e de­ses­pe­ra­da­men­te cor­rup­to; ­quem o co­nhe­ce­rá? Eu, o Se­nhor, es­qua­dri­nho o co­
ra­ção [...]” (2 Crô­ni­cas 6.30; Je­re­mias 17.9-10). (Da­ve ­Hunt, The Be­rean C ­ all)

20 chama da da m e ia-noit e | junho d e 2 0 0 9

You might also like