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1- Projetos do VCM
Sendo processos menos burocráticos, oferecem algumas vantagens: maior rapidez
de desenvolvimento e menor custo; a metade de um projeto de MDL.
Geram um ativo ambiental conhecido por VER-Verified Emission Reduced ou VCUs-
Verified Certification Units, comercializados no Brasil com valor ao redor de 8 U$
por unidade.
Hoje existem 17 diferentes padrões de certificação para projetos no VCM. A
validação de um projeto por alguns destes padrões agregam mais valor ao ativo
ambiental por conta do reconhecimento dado á abrangência social do projeto e o
VER adquire maior valor.
Demanda
A demanda por VERs tende a crescer principalmente porque os EUA já vêm
discutindo há algum sobre uma legislação de controle de suas emissões de carbono.
Caso isto aconteça o desenvolvimento de novos projetos e a procura pelo VER
crescerão exponencialmente.
Números
Este mercado teve forte crescimento, em 2007 negociou U$ 263 milhões, em 2008
U$ 396 milhões em 2009 novamente apresentou expansão, tendência que deve se
manter em 2010 pelas razões já mencionadas: legislação nos EUA e crescente
conscientização de parte da população que passa a exigir produtos com menor
pegada ambiental.
Principais modalidades de projeto desenvolvidas e comercializadas no VCM:
Geograficamente distribuídos da seguinte forma:
O tema REDD foi amplamente discutido em Copenhagen e talvez tenha sido aquele
que melhor resultado obteve em termos pragmáticos.
Alguns países concordaram em aportar recursos financeiros.
A Noruega e EUA prevêem aportes de alguns bilhões de dólares nos próximos 3
anos.
3- Projetos de MDL
Atualmente discute-se qual será o futuro deste mercado. No ano de 2012 expira o
primeiro período do Protocolo de Quioto.
O tema foi amplamente debatido em Copenhagen. Sem conclusão consensada o
resultado trouxe instabilidade ao cenário de negócios reduzindo o valor dos ativos
negociados ao redor de 10%.
O mercado Global de Carbono opera acima dos 100 bilhões de dólares/ano e
sinaliza que triplicará seu tamanho até o ano de 2014 por conta inclusive de novas
de atividades de projetos como o CCS– Captura e Estocagem de Carbono. Atividade
de projeto que deve tomar corpo por volta de 2011.
Perda de Atratividade
Hoje os projetos de MDL perdem atratividade e espaço, levando investidores a
procurar outras modalidades ou a aguardar momentos melhores
Razões:
• Futuro Incerto: a indefinição sobre o que virá após o ano de 2012 em
substituição ao mecanismo do Protocolo é um fator preponderante neste
cenário.
• Tempo longo para Registro: identificar, preparar e registrar um projeto de
MDL é longo, 18/24 meses, podendo até ser superior.
Hoje existe o risco de se iniciar um projeto e o trâmite burocrático pode levar
tanto tempo que os resultados financeiros esperados com a comercialização dos
créditos de carbono podem torná-lo pouco atrativo e com alto risco.
• Custo x Risco: Alto custo de transação do processo completo pode chegar aos
150/200 mil dólares por projeto.
A questão do valor tornou-se um obstáculo para muitas empresas e tem
desmotivado muitas iniciativas.
A introdução de um agente financiador tem sido uma alternativa, mas muitos
empreendedores já declinam por conta do custo elevado.
• Complexidade do processo: a burocracia intrínseca tem colocado à margem
inúmeros potenciais projetos.
• Os low hanging fruits já foram quase todos realizados; aterros sanitários
privados; co-geração de energia com bagaço de cana; substituição de matriz
energética, etc. As grandes empresas aguardam momentos de melhor definição
(inclusive metodológicas) para desenvolver novos projetos.
MDL programático.
Dois projetos até hoje. O da Sadia no sul do país e outro projeto ainda em fase
inicial (PIN) no estado de Minas Gerais, conjunto entre 40 usinas de cana e o banco
alemão KFW.
Recentemente o Banco Mundial lançou uma carta-convite para que o MDL
Programático fosse avaliado de forma a ser entender quais as razões que
emperram a decolagem desta modalidade no Brasil.