Esta ADI questiona a constitucionalidade de um decreto que regulamenta o processo de identificação e demarcação de terras ocupadas por comunidades quilombolas. O relator votou pela inconstitucionalidade do decreto, enquanto a ministra Rosa Weber votou pela sua constitucionalidade. O julgamento foi suspenso novamente para análise do ministro Dias Toffoli.
Esta ADI questiona a constitucionalidade de um decreto que regulamenta o processo de identificação e demarcação de terras ocupadas por comunidades quilombolas. O relator votou pela inconstitucionalidade do decreto, enquanto a ministra Rosa Weber votou pela sua constitucionalidade. O julgamento foi suspenso novamente para análise do ministro Dias Toffoli.
Esta ADI questiona a constitucionalidade de um decreto que regulamenta o processo de identificação e demarcação de terras ocupadas por comunidades quilombolas. O relator votou pela inconstitucionalidade do decreto, enquanto a ministra Rosa Weber votou pela sua constitucionalidade. O julgamento foi suspenso novamente para análise do ministro Dias Toffoli.
A Ao Direta de Inconstitucionalidade (ADI), proposta pelo Partido da
Frente Liberal PFL em 2004, tem por objeto o Decreto n 4.887, de 20 de novembro de 2003, que regulamenta o procedimento para identificao, reconhecimento, delimitao, demarcao e titulao das terras ocupadas por remanescentes das comunidades dos quilombos de que trata o art. 68 do Ato das Disposies Constitucionais Transitrias. O partido requerente alega a inconstitucionalidade do Decreto, sustentando que ele seria formalmente inconstitucional por conta da inexistncia de uma lei prvia que confira validade ao Decreto, que ato normativo secundrio. O requerente se ope tambm possibilidade aberta pelo Decreto de reconhecimento das pessoas, por autoatribuio, da sua condio de remanescente das comunidades quilombolas e demarcao das terras por indicao dos prprios interessados. Em sentido contrrio ao postulante, posicionou-se a Advocacia Geral da Unio. Para o rgo, a ao direta de inconstitucionalidade no deve ser conhecida por falta de fundamentao, ou seja, pleiteia a declarao de inconstitucionalidade de todo o diploma normativo, sem precisar, entretanto, quais os dispositivos constitucionais que cada um de seus artigos, respectivamente, violaria. Trata-se de impugnao genrica, sem o indispensvel cotejo analtico entre as normas constitucionais e as atacadas, o que inviabiliza o conhecimento da presente ao direta. A Conectas Direitos Humanos, o Instituto Pro Bono e a Sociedade Brasileira de Direito Pblico foram admitidas como amicus curiae no caso, oferecendo informaes que sustentam a constitucionalidade do Decreto a comear pelo histricos das comunidades quilombolas no Brasil enquanto territrios tnicos de resistncia. De acordo com as organizaes, a Constituio impe ao Estado o dever de proteger as manifestaes das culturas afro-brasileiras, demonstrando preocupao com a preservao dos valores culturais e do prprio modo de vida dessas comunidades. No que tange auto-atribuio, explana que no basta a mera manifestao de vontade do interessado - para o direito terra, so necessrios, alm da auto-atribuio, critrios de territorialidade e identidade coletiva, de ntido carter histrico-antropolgico. Defendem ainda o instrumento da desapropriao de terras particulares para o fim de 1
STF EM FOCO
se atribuir a respectiva titularidade a associaes representativas de remanescentes de
comunidades de quilombos com o fundamento jurdico do interesse social. O julgamento da ADI foi iniciado em 18 de abril de 2012, ocasio em que o Ministro Relator Cezar Peluso votou pela procedncia da ao para declarar a inconstitucionalidade do Decreto n 4.887/2003. Suspenso por pedido de vistas da Ministra Rosa Weber, foi retomado no dia 25 de maro de 2015, quando a ministra proferiu voto divergente do relator, pela improcedncia da ao e constitucionalidade do decreto presidencial. A sesso foi interrompida novamente por pedido de vista do ministro Dias Toffoli.
Práticas e sentidos de justiça em conflitos pela terra envolvendo indígenas e quilombolas: usos e mobilizações dos laudos antropológicos em processos judiciais