O documento resume um livro sobre públicos e relacionamentos estratégicos com eles. Discute as definições de público interno, externo e misto e a importância de mapear os públicos e entender suas expectativas. Também apresenta a classificação de públicos proposta pelo autor do livro em públicos essenciais, não essenciais e de rede de interferência.
O documento resume um livro sobre públicos e relacionamentos estratégicos com eles. Discute as definições de público interno, externo e misto e a importância de mapear os públicos e entender suas expectativas. Também apresenta a classificação de públicos proposta pelo autor do livro em públicos essenciais, não essenciais e de rede de interferência.
O documento resume um livro sobre públicos e relacionamentos estratégicos com eles. Discute as definições de público interno, externo e misto e a importância de mapear os públicos e entender suas expectativas. Também apresenta a classificação de públicos proposta pelo autor do livro em públicos essenciais, não essenciais e de rede de interferência.
Orientador(a): Prof. Dr. Raquel Cabral Relaes Pblicas - 2. semestre
Bauru-2015
Dentre as diversas indagaes de Frana, uma das principais a definio do
que e quem so os pblicos. No estudo das relaes pblicas, observa-se a importncia deles para a constituio de organizaes, e o autor apresenta uma tentativa de desvendar seus tipos existentes. Ao ler o livro possvel compreender o surgimento da necessidade de criar bons relacionamentos estratgicos com os pblicos de interesse organizao, alm de ser possvel entender melhor o grande paradigma no qual encontram-se os profissionais e pesquisadores da rea: quem so os pblicos e como atingi-los? Quanto a origem do conceito de pblico, Frana exemplifica utilizando estudos de diversos autores, cada um com seu posicionamento. O primeiro, Lesly, mostra o pblico como alvo dos interesses da organizao; Tarde preocupa-se em diferenciar o conceito de pblico com do de multido, defendendo tambm que os pblicos s se formaram efetivamente aps a revoluo de 1789 e Toffler,que aps analisar a sociedade moderna, classifica o pblico em trs categorias. Ao ler sobre tais autores, nota-se que o conceito de pblico no sempre algo fixo, mas sim uma mescla de diferentes grupos com diferentes caractersticas. J no conceito sociolgico do termo possvel destacar a importncia e influncia da sociedade sob os pblicos, alm a necessidade da unio coletiva em enfrentar um problema at resolv-lo. Aps a identificao dos pblicos ser concluda, deve-se mapear como a organizao influencia-os e conecta-se com eles. De acordo com Fortes (1999) quanto maior a participao e crescimento da empresa no mercado, maiores sero
os interesses afetados, assim como o nmero de interessados, que reagiro
favoravelmente ou no.
Um conceito importante a denominao stakeholders, que agrupam alm
dos pblicos normais, outros grupos de interesses a uma organizao, como por exemplo: fornecedores, funcionrios, o governo, imprensa, consumidores e etc. Por fim, as trs definies de pblico mais aceitas pelas escolas brasileiras: pblico interno, pblico externo e pblico misto. Pblico interno aquele que possui ligaes muito prximas organizao,(os colaboradores desta e todos que participam de sua formao). O pblico externo o que est certamente ligado empresa e possui interesses nela, mas no de uma maneira to prxima quanto o interno (consumidores, governo, acionistas, entre outros). J o pblico misto tambm apresenta seus interesses organizao, porm, no vivencia diariamente as rotinas empresariais e muito menos compartilha de seus mesmos espaos. Vale ressaltar que ainda h muita divergncia quanto as opinies sobre as definies e quem compe cada pblico. Ao observar o quadro comparativo (p. 46 e 47) nota-se o que cada autor define como pblico interno, externo e misto. Depois de analisar tantas divergncias e dificuldades em tentar encontrar um conceito nico, o autor define como: grupos organizados de setores pblicos, econmicos ou sociais que podem, em determinadas condies, prestar efetiva colaborao s organizaes, autorizando a sua constituio ou lhes oferecendo o suporte de que necessitam para seu desenvolvimento de seus negcios. (p. 52) No segundo captulo de seu livro, Frana mostra uma pesquisa desenvolvida por ele, a fim de superar as carncias tericas e prticas das classificaes analisadas, buscando entender como se d o relacionamento entre organizaes e seus pblicos, alm de seus aspectos institucionais e mercadolgicos que, assim como Frana afirma, no eram considerados na classificao sociolgica. Ao realizar esse estudo, o autor pretende buscar a fundamentao necessria para criar sua classificao de pblicos. Ao optar pelo mtodo qualitativo (essa escolha justificada pela complexidade do tema, alm da falta de informaes do mesmo) o autor acredita ser essencial compreender os fatores que fazem as organizaes dependerem de certos pblicos e quais suas expectativas quanto ao relacionamento entre eles. Sua pesquisa busca identificar os pblicos com que as empresas se relacionam. Com o final da pesquisa, Fbio F. informa que os executivos entrevistados sabem da tamanha importncia do relacionamento para a construo da marca da
empresa. Ou seja, os relacionamentos devem ser desenvolvidos visando obter
melhores contatos, realizar bom atendimento; manter bom grau de produtividade; lutar por interesses comuns; fortalecer parcerias; e conseguir apoio. Assim, os executivos esperam conquistar lealdade e dedicao com os diversos pblicos. Segundo Frana, ainda que existam diferenas de contexto, possvel criar uma definio que d conta da significao dos relacionamentos. No Brasil, as Relaes Pblicas nasceram e evoluram com foco nas aes internas, prejudicando o entendimento da profisso, que deveria ser compreendida como uma atividade pblica, que desenvolva parmetros para o relacionamento da organizao com a sociedade. Essas diretrizes devem ser fundamentadas, para que os relacionamentos agreguem vantagens, tanto financeiras como sociais. H tambm um aspecto que vale ser lembrando, no qual o autor afirma que o objetivo dos relacionamentos institucional, promocional ou de desenvolvimento de negcios, e existem trs aspectos que refletem a interdependncia da relao: dependncia, envolvimento e interferncia. O primeiro nvel de interdependncia jurdico e situacional da organizao. Dele podem surgir duas classificaes de pblico: essencial e essencial no constitutivo. O segundo nvel trata da participao dos pblicos na organizao e na defesa de seus interesses, dando origem ao pblico no essencial, composto por grupos de interesse que se identifiquem com os da organizao. O ltimo nvel reflete a interferncia dos pblicos na organizao, como a concorrncia e os meios de comunicao. Os pblicos essenciais, podem ser constitutivos, so aqueles que viabilizam a constituio e manuteno da organizao, aqueles responsveis pela sua existncia; ou os no-constitutivos, que buscam o desenvolvimento de aes dirias, relacionadas a permanncia da instituio. J os pblicos no-essenciais participam das atividades de manuteno, mas no das de organizao.Os pblicos de redes de interferncia compe o cenrio externo e no esto diretamente relacionados a ela, mas configuram uma importante representatividade quanto opinio pblica. Em sntese, nessa parte de seu livro, o autor pretende mostrar como estabelecer relacionamentos de forma estratgica atravs do conhecimento dos pblicos de uma organizao.
Em seu ltimo segmento, Pblicos indica caminhos para a aplicao de toda
a conceituao lgica explicitada anteriormente, visando sempre a obteno de um conceito favorvel daquela ou dessa organizao frente opinio pblica. Todo profissional de comunicao deve ter isso esclarecido, em vista que um de seus objetivos deve ser estreitar relacionamentos, sejam eles com fins institucionais ou mercadolgicos. Com a leitura do texto, possvel concluir que cada pblico tem sua peculiaridade especfica. Ento, todos os esforos para criar e manter esses relacionamentos devem ser muito bem estruturados. Na obra o autor apresenta os termos contidos em sua classificao, alm da necessidade real do conhecimento deles. Um dos termos definidos lgica. Foi seguindo ela o autor optou por no definir os pblicos pela contiguidade fsica. Alm desse, outro termo definido foi essencial que significa o que garante a existncia da organizao. Posteriormente, o autor trs uma lista passo-a-passo da identificao dos pblicos: lista-los; selecionar os que a organizao mantm um relacionamento mais freqente; definir quais os pblicos prioritrios, algo que, como dito insistentemente nas pginas anteriores, depender da natureza de cada organizao (seja ela pblica, privada ou do terceiro setor); definir o tipo de relao (negcios, institucional, classista); definir o nvel de dependncia que a organizao possui perante o pblico; delimitar a durao do relacionamento (constante, limitada, anual, etc); listar as expectativas da organizao frente a esse relacionamento e finalmente: tambm refletir sobre o que o pblico em questo espera da organizao, pois muitos projetos de Relaes Pblicas e de comunicao fracassam, porque, antes da sua elaborao, no se teve o cuidado de saber quais eram os desejos e as expectativas dos pblicos aos quais foram dirigidas (FRANA, 2004, p. 135) Para a concluso de sua obra, o autor trs a proposta de modelos facilitadores, no caso de dissonncias conceituais e volta a reconhecer a importncia de classificaes anteriores, sempre destacando a classificao lgica. Os pblicos comunitrios so citados nas ltimas pginas de Pblicos, e so considerados uma rede de interferncia ou pblico no-essencial, j que no sua sobrevivncia no depende da organizao.
Em sntese, o autor concorda que muito difcil definir em poucas palavras o
conceito de pblico, e afirma que mesmo os paradigmas ali propostos por ele podem ser mudados constantemente, de acordo com o objetivo do relacionamento a ser construdo. Aps a realizao de um plano de comunicao eficiente, aonde a comunicao dirigida valorizada, possvel conhecer o seu pblico de maneira profunda. Ao realizar leitura aprofundada do livro, chega-se a concluso de que ele foi essencial para o maior aprendizado dos alunos de Relaes Pblicas, afinal, trata e explica diversos temas do curso. O principal deles, pblicos, tratado com muita sabedoria e cuidado. Foi possvel entender seu conceito, mesmo sabendo que ele mutvel. Concluindo, ele, assim como diversos outros livros de Fbio Frana podem e devem ser recomendados a todos os estudantes da rea de comunicao.