CARBONARI, Paulo C. Sujeito de direitos humanos: questões abertas e em construção. In: SILVEIRA, Rosa M. et.al. Educação em direitos humanos:fundamentos teórico-metolológicos. João Pessoa: Universitária, 2007.
CARBONARI, Paulo C. Sujeito de direitos humanos: questões abertas e em construção. In: SILVEIRA, Rosa M. et.al. Educação em direitos humanos:fundamentos teórico-metolológicos. João Pessoa: Universitária, 2007.
CARBONARI, Paulo C. Sujeito de direitos humanos: questes abertas e em
construo. In: SILVEIRA, Rosa M. et.al. Educao em direitos humanos:fundamentos terico-metololgicos. Joo Pessoa: Universitria, 2007. Dia 1 e 2.
Para o autor A noo de sujeito construda sobre a base da idia de
indivduo, herana da modernidade, est em crise, mas uma crise que produtiva que aponta para novas possibilidades no entendimento desta noo. A violao dos direitos humanos produz vtimas. Vtimas so aquelas pessoas humanas que sofrem qualquer tipo de apequenamento ou de negao de seu ser humano, de seu ser tico. Em termos tico-filosficos, vtima aquele ser que est numa situao na qual inviabilizada a possibilidade de produo e reproduo de sua vida material, de sua corporeidade, de sua identidade cultural e social, de sua participao poltica e de sua expresso como pessoa, enfim, da vivncia de seu ser sujeito de direitos. luz dos direitos humanos, vtima um ser de dignidade e direitos cuja realizao negada (no todo ou em parte). , portanto, agente (ativo) que sofre (passivamente) violao. A ideia do subjetivismo associado ao individualismo. como se fosse possvel que um s, por si s, pudesse conhecer as coisas e, dessa forma, fizesse cincia e determinasse as regras prticas, como se as regras da vida em sociedade emergissem exclusivamente da individualidade. Esta conscincia, introjetada como vivncia, depara-se com as exigncias da sociabilidade e com a cada vez mais ampla urgncia de responsabilidade comum pelos atos humanos e suas conseqncias. A cincia como ditora da razo, porm sendo neutra, acrtica no consegue se por nas consequncias de suas prprias realizaes. Da a necessidade um racionalidade tica da interao social. Enfrentar a questo da possibilidade de uma racionalidade tica da interao social fundamental para pensar a tica numa poca marcada pela racionalidade estratgica (meio-fim). h uma situao que inviabiliza a ao social como prxis humana fundamental Pelo contrrio h uma situao de prxis humana individualizante marcada pelas relaes mercantilizadas. o instrumentalismo da razo e sua conseqente cientificizao inviabilizam o sentido do conhecimento filosfico (e tico) como conhecimento legtimo e em condies de orientar a ao; Ou seja a prpria cincia com seus mtodos e como forma nica de validao do que verdadeiro e tem razo impossibilita que o conhecimento
filosfico seja tido como verdadeiro e passvel de ser utilizado no
cotidiano. os parmetros vigentes de efetivao da ao redundam em primazia da vantagem e do interesse individual e se fecham a uma perspectiva de universalidade que tenha em seu ncleo a alteridade. Ou seja, o humano deixa ter sentido quando no se reconhece como participante de relaes e de seres como ele. Viver , acima de tudo, busca permanente e encontro com os outros, com o humano que se faz reconhecimento. a tica se prope a dar conta das condies universais da ao. A vida humana de cada pessoa, de cada sujeito, ser tico inclusive das vtimas , a realidade fundante do agir. Ou seja, o agir deve ser pautado pelo providenciar condies de realizao (produo e reproduo) da vida humana de todos os humanos. Relao de sujeito de direitos humanos e alteridade: uma construo relacional; intersubjetividade que se constri na presena do outro e tendo a alteridade como presena. A alteridade tem na diferena, na pluralidade, na participao, no reconhecimento seu contedo e sua forma. O compromisso com o mundo como contexto de relaes , portanto, marca fundamental da subjetividade que se faz, fazendo-se, com os outros, no mundo, com o mundo. Os direitos, assim como o sujeito de direitos, no nascem desde fora da relao; nascem do mago do ser com os outros. Nascem do cho duro das interaes conflituosas que marcam a convivncia. Concepo de direito: Mais do que para regular, servem para gerar possibilidades emancipatrias. Emancipao: exclusiva capacidade de ser mais. Liberdade: A liberdade e a autonomia se constituem na relao, na presena e na fruio gratuita do estar com, do encontro com, todos e para todos. Sujeitos esto inseridos em processos diversos e complexos; esto inseridas em uma cultura no sentido geral de forma de vida que pode ser facilitadora (ou impedidora) da afirmao da subjetividade. Ou seja, sujeitos esto no tempo e no territrio e nas disputas (divergncias e convergncias) que fazem neles como caminhos de afirmao de identidades e de reconhecimentos. (POSSVEL CITAO PARA O TCC) Dessa forma, resulta que a configurao do sujeito de direitos exige repensar as institucionalidades disponveis e tambm ser uma crtica profunda aos subjetivismos individualistas e solipsistas. As primeiras, por serem, em geral, privatistas, burocratizadas e voltadas para satisfazer interesses nem sempre universalizveis; os segundos, por reduzirem os sujeitos a indivduos auto-suficientes (como se isto fosse sinnimo de autonomia).
Neste sentido, a garantia dos direitos processo de realizao
integral, plural e multidimensional; muito mais do que mera satisfao das carncias. As carncias e necessidades bsicas precisam ser satisfeitas, mas tambm sempre em perspectiva universal e aberta, como desenvolvimento de potencialidades. Realizar progressivamente, sem admitir retrocessos e a partir desta base, as conformaes e os arranjos pessoais, sociais, polticos, culturais e institucionais que oportunizem a realizao dos direitos humanos o desafio bsico daqueles/as que querem que haja espao e tempo oportunos para a afirmao do humano como sujeito de direitos. Educao: No demais lembrar que a educao , a um s tempo, um direito humano e tambm uma mediao histrica, institucional e subjetiva, para a efetivao do conjunto dos direitos humanos. que alm de competncias, a educao h que promover a construo de atitudes e posturas de vida tem exigncia tica. Elas exigem acesso ao saber acumulado historicamente pela humanidade e sua reconstruo a partir das vivncias, gerando a possibilidade de configurar escolhas, a implementao de processos e o desenvolvimento de atitudes coerentes e comprometidas. Ou seja, a educao em direitos humanos, no a construo de um discurso externo ou a apreenso de mais um contedo estanque no repertrio dos muitos que esto disponveis ou so disponibilizados. A educao prpria e apropriada construo de sujeitos pluridimensionais de direitos humanos tem como exigncia bsica a humanizao do humano inserido no ambiente natural e cultural, traduzindo para o processo educativo os contedos chaves da compreenso de subjetividade antes expostos. [...] a educao h que promover a construo de atitudes e posturas de vida tem exigncia tica.
CARBONARI, Paulo C. Sujeito de direitos humanos: questões abertas e em construção. In: SILVEIRA, Rosa M. et.al. Educação em direitos humanos:fundamentos teórico-metolológicos. João Pessoa: Universitária, 2007.