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Carnaval
Origens do Carnaval
Carnaval
O Carnaval no mundo
Portugal
As tradições carnavalescas específicas de Portugal são um misto de
paganismo e de religiosidade; assim, a par da preparação para a Quaresma, o Carnaval em
Portugal bebeu de muitos ritos pagãos ligados a celebrações da natureza, sobretudo de
recomeço da vida purificada na Primavera, com a morte das culturas antigas e o germinar
das novas. Por isso, enraizado no folclore português está o enterro de uma personagem, de
um animal ou de uma coisa comum (o mais constante é o Enterro do Bacalhau), para depois
se celebrar a vida, com danças, cortejos, muita cor, luz e música.
Assim se vislumbram os motivos da morte que se projectam da festa da vida que é o
Carnaval. Em muito locais, associado ao Enterro do Bacalhau, surge um Julgamento, que
funciona como sátira à imposição eclesiástica de abstinência e jejum durante a Quaresma. A
origem destas celebrações perdeu-se no tempo.
Brasil
Os festejos carnavalescos, com o nome de Entrudo, foram levados para o Brasil pelos
portugueses. Durante estes festejos eram levadas a cabo brincadeiras violentas, com os
foliões a lançarem farinha, tintas e água suja uns aos outros. Estas práticas foram proibidas
por lei e, por isso, passaram a ser utilizadas serpentinas de papel e confetti coloridos. Aos
poucos, o Entrudo português foi sendo adaptado, ao assimilar as tradições africanas.
A tradição dos desfiles tem origem nas reuniões de escravos, que organizavam
cortejos com bandeiras e improvisavam cantigas ao ritmo de marcha. Aos escravos devem-
se os ritmos e instrumentos de percussão usados no Carnaval brasileiro.
No século XIX, os operários urbanos começaram a juntar-se em grémios
(associações profissionais), que continuaram e desenvolveram a tradição dos desfiles. Ao
mesmo tempo que se desenvolviam as futuras escolas de samba, institucionalizadas no Rio
em 1935, as classes altas importavam da Europa os sofisticados Bailes de Máscaras e as
Alegorias. Em 1870 foi criado o Maxixe, um tipo de música específico para o Carnaval. Hoje
em dia, o Carnaval é um dos expoentes máximos do Brasil, atraindo anualmente turistas de
todo o mundo.
Veneza
Dantes, o Carnaval de Veneza era um período do ano em que, atrás das máscaras,
tudo era permitido, incluindo quebrar as barreiras sociais entre as pessoas. A fantasia típica
é a do "bautta", um capuz de seda preto, uma capa com capuz, um chapéu de três pontas e
uma máscara branca que permite o anonimato. Um meio para entrar nos casinos da época
sem ser reconhecidos.
Em 1981 retomou-se a união entre o Carnaval e o teatro, evocando os rituais
medievais e as festas pré-cristãs. Até aí, o Carnaval de Veneza tinha sido igual ao das
outras cidades italianas. Ainda hoje, o Carnaval de Veneza tem características sugestivas e
fascinantes.
Com as máscaras tradicionais e as dos fantasmas de ouro e de seda que giram pelas
vielas e pontes, o Carnaval de Veneza deu vida disfarces muito particulares, que misturam
os traços medievais, renascentistas e do "settecento" veneziano.
Ainda hoje, por ser tão especial atrai milhares de turistas que aproveitam para se
divertir, comprando máscaras no local feitas de "cartapesta" (mistura de gesso e pasta de
papel) ou bem mais caras, feitas com metal e decoradas com prata e ouro.
Nova Orleães
Nova Orleães é uma cidade dos Estados Unidos muito especial por toda a mistura de
culturas que sempre teve, sem esquecer que o jazz e os blues nasceram ali.
No Carnaval, a que eles chamam "Mardi Gras" (a expressão francesa para "terça-feira
de Carnaval", "terça-feira gorda") tem multidões a brincar nas ruas, a provar a excelente
comida local, a observar espectáculos de rua, a ouvir música, e a ver passar os corsos
durante todo o dia e toda a noite!
Praticamente todas as pessoas que desfilam nos carros alegóricos usam máscaras e
muitas das que estão nas ruas também.
Os carros alegóricos distribuem, lançam milhares de beads (missangas) - um colar de
bolinhas plásticas, de diferentes tamanhos e cores brilhantes que toda a gente quer
apanhar.
É divertido ver a multidão adulta a tentar apanhar muitos beads! E é um "orgulho"
exibir muitos beads ao pescoço
As cores-símbolo do "Mardi Gras" são o verde, o amarelo e o roxo, simbolizando fé,
poder e justiça, respectivamente.