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ESCOLA SECUNDÁRIA DE CASQUILHOS

Biblioteca Escolar
2009/2010

6 de Novembro – 90º aniversário do nascimento de

Sophia de Mello Breyner Andresen

(Porto, 6 de Novembro de 1919 — Lisboa, 2 de Julho de 2004)


Foi a primeira mulher portuguesa a receber o mais importante
galardão literário da língua portuguesa, o Prémio Camões, em 1999.

Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Sofia_de_Melo_Breyner
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Sophia de Mello Breyner Andresen é, sem sombra de dúvida, um


dos maiores poetas portugueses contemporâneos – um nome que se transformou,
em sinónimo de Poesia e de musa da própria poesia.

Sophia nasceu no Porto, em 1919, no seio de uma família aristocrática. A sua


infância e adolescência decorrem entre o Porto e Lisboa, onde cursou Filologia
Clássica.

A sua poesia ergue-se como a voz da liberdade, especialmente em "O Livro Sexto".

Foi sócia fundadora da "Comissão Nacional de Socorro aos Presos Políticos"e a sua
intervenção cívica foi uma constante, mesmo após a Revolução de Abril de 1974,
tendo sido Deputada à Assembleia Constituinte pelo Partido Socialista.

Profundamente mediterrânica na sua tonalidade, a linguagem poética de Sophia de


Mello Breyner denota, para além da sólida cultura clássica da autora e da sua
paixão pela cultura grega, a pureza e a transparência da palavra na sua relação da
linguagem com as coisas, a luminosidade de um mundo onde intelecto e ritmo se
harmonizam na forma melódica, perfeita, do poema.
Luz, verticalidade e magia estão, aliás, sempre presentes na obra de Sophia, quer
na obra poética, quer na importante obra para crianças que, inicialmente destinada
aos seus cinco filhos, rapidamente se transformou em clássico da literatura infantil
em Portugal, marcando sucessivas gerações de jovens leitores com títulos como "O
Rapaz de Bronze", "A Fada Oriana" ou "A Menina do Mar".

Sophia é ainda tradutora para português de obras de Claudel, Dante, Shakespeare


e Eurípedes, tendo sido condecorada pelo governo italiano pela sua tradução de "O
Purgatório".

Fonte: http://www.mulheres-ps20.ipp.pt/SophiaMBreyner.htm

Poesia

Se todo o ser ao vento abandonamos

E sem medo nem dó nos destruímos,

Se morremos em tudo o que sentimos

E podemos cantar, é porque estamos

Nus em sangue, embalando a própria dor

Em frente às madrugadas do amor.

Quando a manhã brilhar refloriremos

E a alma possuirá esse esplendor

Prometido nas formas que perdemos


Biografia
Tive amigos que morriam, amigos que partiam

Outros quebravam o seu rosto contra o tempo.

Odiei o que era fácil

Procurei-te na luz, no mar, no vento.

"No Tempo Dividido e Mar Novo",


1985: 82

O poema

O poema me levará no tempo


Quando eu já não for eu
E passarei sozinha
Entre as mãos de quem lê

O poema alguém o dirá


Às searas

Sua passagem se confundirá


Como rumor do mar com o passar do vento

O poema habitará
O espaço mais concreto e mais atento

No ar claro nas tardes transparentes


Suas sílabas redondas

(Ó antigas ó longas
Eternas tardes lisas)

Mesmo que eu morra o poema encontrará


Uma praia onde quebrar as suas ondas

E entre quatro paredes densas


De funda e devorada solidão
Alguém seu próprio ser confundirá
Com o poema no tempo

Livro Sexto (1962)


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Os Poetas e os Romancistas são os Mestres do


Conhecimento da Alma

Os poetas e os romancistas são aliados preciosos,


e o seu testemunho merece a mais alta
consideração, porque eles conhecem, entre o céu
e a terra, muitas coisas que a nossa sabedoria
escolar nem sequer sonha ainda. São, no
conhecimento da alma, nossos mestres, que
somos homens vulgares, pois bebem de fontes
que não se tornaram ainda acessíveis à ciência.

Sigmund Freud, in 'As Palavras de Freud'

Fonte: http://www.citador.pt
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Freud nasceu em Freiberg, na Morávia, (no antigo Império Austro-Húngaro). O pai era
comerciante e Freud foi o primeiro dos oito filhos do seu segundo casamento.
Formou-se em Medicina, na Universidade de Viena, em 1881, tendo-se especializado em
Neurologia. As dificuldades em prosseguir uma carreira académica, devido ao facto de ser
judeu e de ter de sustentar uma família numerosa, levaram-no a exercer clínica privada
como psiquiatra.

Estudou durante um ano (1885-86) em Paris, no Hospital La Salpêtrière, com o professor


Jean Charcot. Este psiquiatra utilizava a hipnose no tratamento de perturbações nervosas,
especialmente a histeria. São os trabalhos e as experiências desenvolvidas com Charcot que
vão fazer nascer a ideia de que existiria um pensamento separado da consciência.

Contudo, foi com Breuer, que utilizou a hipnose como terapia, que Freud aprofundou os seus
conhecimentos, publicando, em conjunto, estudos sobre histeria. Em 1896, Freud abandonou
o trabalho conjunto com Breuer por duas razões: considerava a hipnose um método limitado,
com resultados pouco duráveis; por outro lado, Breuer não aceitava a concepção de Freud,
para quem a histeria - que passava a ser designada por psiconeurose - tinha origem sexual.
Foi precisamente no ano de ruptura com Breuer que Freud utilizou pela primeira vez, num
artigo que publicou, o termo psicanálise. Vai desenvolver sozinho as suas concepções que
irão constituir os fundamentos da teoria psicanalítica.

Em 1900, publicou a sua primeira grande obra: A Interpretação dos Sonhos.

Sigmund Freud dividiu-se em múltiplas actividades: deu aulas, proferiu conferências,


consultou os seus doentes, registou as suas experiências e concepções. Aliás, o seu trabalho
clínico forneceu-lhe muitos elementos para a construção da sua teoria.

Apesar de os nazis terem ocupado Viena, Freud recusou-se a abandonar a cidade. Contudo,
pressionado pelos amigos, preocupados com a sua segurança e a da sua família, fixou-se em
Londres, acompanhado de sua filha Anna. Morreu com 83 anos, vítima de cancro no maxilar.
A sua obra é muito vasta, encontrando-se organizada em 24 volumes que abordam os mais
variados temas: as técnicas da psicanálise, a psicanálise aplicada às ciências sociais, os
fundamentos teóricos da psicanálise, etc.

Poderemos destacar alguns dos títulos mais importantes:


Psicopatologia da Vida Quotidiana; Três Ensaios Sobre a Sexualidade; Cinco Lições Sobre a
Psicanálise; A minha Vida e a Psicanálise; Totem e Tabu.

Monteiro, M. Santos,M. Psicolo

in http://www.netprof.pt (com supressões e adapatações)

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