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Em sua filosofia, Kant pe um limite ao alcance do pensamento racional como forma de conhecer o
mundo real. Ele afirma que o que pode ser conhecido somente aquilo que afeta os sentidos, o
fenmeno, este sendo limitados pelas formas a priori da sensibilidade, ou seja: espao e tempo.
Foram-se se desenvolvendo outras reas de conhecimento concomitantemente a este perodo: o
pensamento racional cientfico, por exemplo. Este procura conhecer as coisas atravs de mtodos
experimentais, observao minuciosa e assim buscar por padres existentes na natureza. A
filosofia, por sua vez, se vale de argumentos lgicos, da observao, mas sobretudo, de como as
potencialidades do pensar se desvelam atravs no processo histria e como se relacionam com os
acontecimentos.
3.
Na alegoria, do Livro VII, da Repblica de Plato, seres acorrentados tinham suas vises voltadas
para o interior da caverna. No podiam mexer o pescoo, e tudo que viam eram as sombras dos
objetos que estavam no exterior. Sombras mal formadas, projetadas pela claridade produzida pelo
fogo.
Na perspectiva platnica da alegoria da caverna, sair da doxa, da mera opinio, a capacidade de
perceber que as imagens da caverna so reflexos, porm no a coisa real. Alegoricamente, uma
aluso as coisas sensveis e as inteligveis. Sendo os reflexos comparveis as sensveis, que so as
cpias da segunda, as inteligveis, objetos que so refletidos, fonte verdadeira das coisas sensveis.
A sada da caverna justamente o contrrio do afirmado, no sendo vinculado ao sensvel e sim
Plato utilizou a linguagem mtica para mostrar o quanto os cidados estavam presos a certas
crendices e supersties. perfeitamente possvel relacionar a filosofia platnica, sobretudo o mito
da caverna, com nossa realidade atual, tendo em vista que em nossos dias, muitas so as cavernas
em que nos envolvemos e pensamos ser a realidade absoluta. Podemos fazer uma analogia da
caverna de Plato situaes como o uso de drogas, manipulao dos meios de comunicao e do
sistema capitalista, desrespeito aos direitos humanos, poltica, etc.