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FORMAS ALTERNATIVAS AO CONSUMO DA ENERGIA ELÉTRICA,

VISANDO PRESERVAR A LONGEVIDADE DAS FONTES DE ENERGIA


PRIMÁRIA JÁ EM USO

Por
ELIAS VIEIRA DOS SANTOS

PORTO VELHO – (RO)


ABRIL DE 2007
2.JUSTIFICATIVA

Nunca foi fácil conciliar energia e meio ambiente, os impactos


ambientais causados pela produção, transformação, transporte, distribuição,
armazenagem e consumo de energia, principalmente das fontes primárias não-
renováveis como o carvão mineral e o petróleo, têm causado bastante
preocupação a ecologistas e outros cientistas com consciência ecológica. Esta
preocupação aumenta a medida que países considerados superpotências
como os Estados Unidos e Índia, consideram que o desenvolvimento
econômico, somente pode ser obtido com demanda crescente de energia.

Nossa preocupação é que países como o Brasil, e outros


detentores de grandes áreas verdes, enveredem pelo mesmo raciocínio, onde
não se visualiza, outro aspecto do desenvolvimento econômico, senão com o
aumento exagerado do consumo de energia.

Essa preocupação se justifica, pelo enorme potencial


energético oferecido pelos rios brasileiros. Com o avanço tecnológico na
produção de equipamentos para montagem de usinas hidrelétricas, o tamanho
das turbinas geradoras de energia têm diminuído bastante, o que deixa
qualquer queda d’água propício à montagem de pequenas usinas hidrelétricas,
dando a falsa impressão de que fica mais fácil construir represa extinguindo
cursos d’águas que alterar hábitos de consumo economizando energia

São diversos os aspectos da relação meio ambiente X energia:


aproveitamento do potencial hidráulico em áreas de grande diversidade
vegetal, grandes extensões de plantio de cana-de-açúcar para geração de
combustível, abertura de grandes áreas nas matas fechadas para exploração
de gás natural e petróleo, aberturas de estradas por dentro de florestas nativas
para construção de oleodutos, gasodutos, linhas de transmissão de energia
elétrica ou outro meio de transporte. É um aspecto indissociável de dois fatores
imprescindível para a vida em comunidade, mas na maioria das vezes, é o
meio ambiente quem paga um preço altíssimo, e no longo prazo, todo o
planeta.

Não se pode negar que o desenvolvimento da maioria dos


países está diretamente relacionada a quantidade de energia produzida e
consumida. No Brasil apenas a indústria consome 39% do total da energia
produzida no país, 19% é consumida em uso público e transporte, 16% em
residências, 9% no setor energético, 8% no comércio e serviços e 9% em
outras formas de consumo ou desperdícios (www.ebanataw.com.br em 02/04/2007).
A grande vantagem está em retirar esta energia de fontes renováveis e com
baixo risco ambiental. No Brasil a maior parte da energia produzida vem de
fontes de energia hidráulicas renováveis produzidas em usinas hidrelétricas
(UHE’s).
3. OBJETIVO

Nesse sentido, há que se encontrar um equilíbrio adequado


entre desenvolvimento econômico, exploração de recursos e preservação de
meio ambiente, mesmo porque não tem como fomentar um desenvolvimento
econômico sustentável no longo prazo, deixando de lado um desses fatores.
Alguns países desenvolvidos, entretanto, com o auxílio de tecnologias de
ponta estão conseguindo conciliar sua oferta de energia com preservação
ambiental. Países da OCDE (Organização para Cooperação e
Desenvolvimento Econômico), já provaram que podem incrementar o seu PIB
sem aumentar o consumo de energia, basicamente graças a mudanças de
hábitos de consumo e a utilização de novas técnicas de uso de energia
(Relatório sobre o desenvolvimento humano no Brasil. Rio de Janeiro/Brasília, IPEA/PNUD. 1996. P.89-
91).

Com isso, nosso objetivo não é apenas de preservar amostras


representativas dos ecossistemas inundados por lagos represados de UHE’s,
visa também oferecer um melhor aproveitamento a energia gerada, de forma
que seu uso racional e prático venha trazer desenvolvimento econômico
concomitante com preservação ambiental.

Nesse aspecto, pretende-se provar a hipótese de que


trabalhando a consciência racional da sociedade, no sentido de desperta-lhe
hábitos de consumo parcimonioso de energia, juntamente com certo
incremento tecnológico, principalmente na ação de abrir um canal de
comunicação direto com a comunidade, onde empresas de distribuição de
energia, famílias, empresas consumidoras de energia e governo, possam falar
a mesma língua e caminhar juntos, e não em lados opostos, e interagindo entre
si buscando as melhores formas alternativas para o uso da energia em muitas
atividades onde ela pode ser dispensada, pode-se oferecer uma melhor
qualidade de vida para a população e com isso incrementar o desenvolvimento
econômico do país, sem que com isso ocorra o surgimento desnecessário de
novas UHE’s e mais áreas inundadas, prospecção de petróleo e gás natural
em florestas nativas e exploração de minas de carvão onde enormes
coberturas vegetais são retiradas.
4. METODOLOGIA

Por tratar-se inicialmente de um projeto de planejamento, cujo


objetivo final é oferecer formas alternativas ao consumo de energia elétrica,
visando a preservação das fontes de energias primárias já em exploração, se
faz necessário diagnosticar os hábitos de consumo de uma amostra
populacional que irá ser escolhida dentre os habitantes da cidade de Porto
Velho.
Uma vez implantado o projeto, proceder-se-á a elaboração de
questionários que serão oferecidos à amostra populacional em questão,
enquanto paralelamente far-se-á concomitante a coleta de dados, pesquisas
em manuais e artigos que forem considerados úteis sobre o assunto, fazendo-
se em seguida os procedimentos de análise de dados,

Coletados os dados serão utilizados métodos dedutivos para


diagnosticar o problema e montar o trabalho final, oferecendo-se no seu
escopo as alternativas que se busca

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