Professional Documents
Culture Documents
1. INTRODUO
No primeiro quarteto, o foco est no fato de que a mudana afetou tanto a Bahia
quanto o sujeito-lrico, o eu e o tu. H uma profunda e marcada associao
entre sujeito e objeto.
Est presente neste primeiro quarteto uma troca de vises entre a cidade e o
sujeito-lrico. H um reconhecimento entre ambos, mas com uma diferena:
essa mudana lanou os dois na pobreza, que refletida nesta troca de vises.
O poeta usa o verbo trocar com dois sentidos: primeiro para designar a
atividade mercantil em si. Mas, alm disso, o verbo trocar tem o sentido de
mudar. E, neste sentido, a mquina mercante trocou a Bahia, metamorfoseoua. O resultado desta metamorfose foi a pobreza do sujeito-lrico e da Bahia.
O poeta barroco insere-se numa ciso existencial entre o tipo humano ideal (o
bom homem, com o qual o prprio poeta se identifica), e o com o tipo humano
brbaro (que d primazia aos seus prprios interesses, e pelo qual o poeta
sente repulsa).
3. EROS RETALHADO
4. DEUS BIFRONTE
Outro aspecto da veia moral da poesia de Gregrio o olhar para o dia do Juzo
Final. Bosi analisa que este elemento aparece como uma condenao para o
mundo s avessas e perdido no qual o poeta insere-se.