RECOMENDAR
ao Governador do Estado do Rio Grande do Norte, Robinson Mesquita de Faria, a instituição, mediante Decreto Governamental, do Programa de Proteção a Crianças e Adolescentes Ameaçados de Morte (PPCAAM) no Estado do Rio Grande do Norte, devendo, no prazo de 60 (sessenta) dias, adotar as medidas normativas e administrativas necessárias à implantação e ao funcionamento do programa.
Original Title
Recomendação n 005 Decreto Programa Proteção a Criança e Adolescente Ameaçada de Morte
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ao Governador do Estado do Rio Grande do Norte, Robinson Mesquita de Faria, a instituição, mediante Decreto Governamental, do Programa de Proteção a Crianças e Adolescentes Ameaçados de Morte (PPCAAM) no Estado do Rio Grande do Norte, devendo, no prazo de 60 (sessenta) dias, adotar as medidas normativas e administrativas necessárias à implantação e ao funcionamento do programa.
RECOMENDAR
ao Governador do Estado do Rio Grande do Norte, Robinson Mesquita de Faria, a instituição, mediante Decreto Governamental, do Programa de Proteção a Crianças e Adolescentes Ameaçados de Morte (PPCAAM) no Estado do Rio Grande do Norte, devendo, no prazo de 60 (sessenta) dias, adotar as medidas normativas e administrativas necessárias à implantação e ao funcionamento do programa.
21 PROMOTORIA DE JUSTIA DA COMARCA DE NATAL PROMOTORIA DE DEFESA DA INFNCIA E JUVENTUDE Rua Demcrito de Souza Paiva, n 1580, Lagoa Nova - Natal/RN, CEP.: 59062-440 Telefone: (84) 3232-5086, e-mail: 21pmj.natal@mprn.mp.br (IC n 003/2014) RECOMENDAO N 005/2015 CONSIDERANDO que atribuio do Promotor de Justia, em matria da Infncia e Juventude, zelar pelo efetivo respeito aos direitos e garantias legais assegurados s crianas e adolescentes, promovendo as medidas judiciais e extrajudiciais cabveis, nos termos do art. 55, inciso IV, da Lei Complementar Estadual n 141/1996; CONSIDERANDO que a 21 Promotoria de Justia da Comarca de Natal/RN tem a atribuio de atuar, em matria cvel, no mbito judicial e extrajudicial, na defesa dos direitos individuais homogneos, difusos e coletivos relativos infncia e adolescncia (art. 1, XXI, alnea a da Resoluo n 012/2009 CPJ, alterada pela Resoluo n 003/2013); CONSIDERANDO que, por meio do Decreto Presidencial n 6.231/2007, foi institudo o Programa de Proteo a Crianas e Adolescentes Ameaados de Morte (PPCAAM) que tem, por finalidade, proteger crianas e adolescentes expostos a grave ameaa no territrio nacional, podendo esse programa ser estendido a jovens, entre 18 (dezoito) e 21(vinte um) anos, egressos do sistema socioeducativo (art. 3, caput e 1, do Decreto Presidencial n 6.231/2007); CONSIDERANDO que, dentre as aes que podem ser desenvolvidas no mbito do PPCAAM, destacam-se: a transferncia de residncia ou acomodao da criana ou do adolescente para um ambiente compatvel com a proteo; a insero dos protegidos em programas sociais; o apoio e a assistncia social, jurdica, psicolgica, pedaggica e financeira, bem como o suporte, quando necessrio, para o cumprimento de obrigaes civis e administrativas que exijam o comparecimento dos protegidos (art. 7, do Decreto Presidencial n 6.231/2007); CONSIDERANDO que o PPCAAM dever ser desenvolvido no mbito dos Estados, mediante convnio com a Unio, por meio da Secretaria Especial dos Direitos Humanos, exigindo-se, para tanto, a constituio de um conselho gestor, integrado por representantes governamentais e da sociedade civil (art. 5 do Decreto Presidencial n 6.231/2007); CONSIDERANDO que o Estado do Rio Grande do Norte ainda no implementou o referido programa, o que justificou a instaurao do Inqurito Civil n 003/2014 perante a 21 Promotoria de Justia da Comarca de Natal/RN; CONSIDERANDO que, segundo informaes prestadas pela Coordenadoria de Direitos Humanos e Defesa das Minorias (Codem), da Secretaria de Estado da Justia e da Cidadania (Sejuc), j foi elaborada a minuta de Decreto que ir instituir o PPCAAM, a qual se encontrava no Gabinete do Secretrio desde 23 de setembro de 2014 para avaliao e remessa Governadoria; CONSIDERANDO que a ltima informao prestada pela Sejuc foi no sentido de que a minuta do citado Decreto se encontra sob anlise dos rgos consultivos do Estado, no podendo estimar o prazo para concluso desse trabalho (ofcio n 0086/2015-GS/SEJUC); CONSIDERANDO que uma vez identificados casos de ameaas a crianas e adolescentes em Estado que no tenha implantado PPCAAM, dever ser determinada a transferncia dos mesmos para outro Estado que proporcione essa garantia (art. 9 do Decreto Presidencial n 6.231/2007); CONSIDERANDO que, recentemente, um adolescente precisou ser includo no PPCAAM, mas que, diante da inexistncia do programa no Estado do Rio Grande do Norte, o caso foi encaminhado ao PPCAAM Nacional, conforme informado pela 38 Promotoria de Justia da Comarca de Natal/RN CONSIDERANDO que a demora por parte do ente estadual em instituir e regulamentar o programa no se compatibiliza com que a relevncia e a urgncia que a proteo de crianas e adolescentes
ameaados de morte ostenta, sobretudo diante do crescimento vertiginoso do nmero de
adolescentes envolvidos com a prtica de ilicitudes de natureza grave no Estado do Rio Grande do Norte; RESOLVE RECOMENDAR ao Governador do Estado do Rio Grande do Norte, Robinson Mesquita de Faria, a instituio, mediante Decreto Governamental, do Programa de Proteo a Crianas e Adolescentes Ameaados de Morte (PPCAAM) no Estado do Rio Grande do Norte, devendo, no prazo de 60 (sessenta) dias, adotar as medidas normativas e administrativas necessrias implantao e ao funcionamento do programa. O Estado do Rio Grande do Norte, no prazo de 10 (dez) dias teis, dever informar ao Ministrio Pblico, por intermdio da 21 Promotoria de Justia da Comarca de Natal, se ir atender presente Recomendao, indicando as medidas que pretende adotar no sentido de cumprir integralmente o que foi sugerido. Caso contrrio, o Ministrio Pblico poder ajuizar Ao Civil Pblica para impor ao ente estadual a obrigao de implantar o PPCAAM. A presente Recomendao dever ser encaminhada por ofcio, por meio do Procurador-Geral de Justia, com cpia da Portaria de instaurao do Inqurito Civil em referncia. Natal/RN, 04 de maro de 2015. Marcus Aurlio de Freitas Barros Promotor de Justia