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E.B.

2,3 António Gedeão

Papel

Trabalho Realizado Por:

Fábio Cerveira Nº6 7ºB


Papel 2009

E.B. 2,3 António Gedeão

Educação Tecnológica

Prof. Inês Pinto

Fábio Cerveira Nº6 7ºB

Papel

Ano Lectivo:

2008/2009

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Papel 2009

Índice
Introdução………………………………………………………………………………………………… Pág.4

História Do Papel……………………………………………………………………………… Pág.5

A Origem Do Papel……………………………………………………………………………… Pág.6

O Papel No Egipto……………………………………………………………………………… Pág.6

O Papel Na China………………………………………………………………………………… Pág.7

O Papel No Japão………………………………………………………………………………… Pág.8

O Papel No Brasil……………………………………………………………………………… Pág.9

O Papel No Mundo………………………………………………………………………………… Pág.10

Cronologia Do Papel………………………………………………………………………… Pág.11

Conclusão…………………………………………………………………………………………………… Pág.13

Anexos…………………………………………………………………………………………………………… Pág.14

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Papel 2009

Introdução

Este trabalho foi efectuado no âmbito da disciplina de Educação


Tecnológica com o objectivo de mostrar aos leitores a origem do
Papel e como ele é em vários países.

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História do Papel
O papel como suporte para escrita é o
material mais usado nos dias de hoje,
embora haja ainda a permanência de outros
materiais.
Na Índia, usavam as folhas de
palmeiras, os esquimós utilizavam ossos
de baleia e dentes de foca. Na China os
livros eram feitos com conchas e cascos
de tartaruga e posteriormente em bambu e
seda. Estes dois últimos antecederam a
descoberta do papel. O primeiro, o
papiro, foi inventado pelos egípcios e
apesar
r de sua fragilidade, milhares de
documentos em papiro chegaram até nos. O
pergaminho era muito mais resistente,
pois se tratava de pele de animal,
geralmente carneiro, bezerro ou cabra e
tinham um custo muito elevado.
Esta técnica foi mantida em segredo pelos
pelos chineses durante
quase 600 anos. Até então a difusão da fabricação do papel foi
lenta. Tudo parece indicar que a partir do ano 751 (d.C), quando
os árabes, instalados em Samarkanda, grande entreposto das
caravanas provenientes da China, aprisionaram 2 chineses que
conheciam a arte do papel e a trocaram pela sua liberdade.
Os primeiros moinhos papeleiros europeus localizaram-se
localizaram na
Espanha, em Xativa e Toledo (1085). Ao mesmo tempo via Sicília
ou Palestina, o papel foi introduzido na Itália. Depois em 1184
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chegou a França e então lentamente outros países começaram a
estabelecer suas manufacturas nacionais.
No fim do século XVI, os holandeses inventaram uma máquina
que permitia desfazer trapos desintegrando-os
desintegrando os até o estado de
fibra. O uso dessa máquina que passou a chamar-se chamar de
"holandesa", foi se propagando e chegou até os nossos dias sem
que os sucessivos aperfeiçoamentos tenham modificado a sua ideia
básica.
No fim do século XVIII, a revolução industrial amenizou a
constante escassez de matéria-prima
matéria para
a a indústria de papel e
aumentou a demanda criando um mercado com grande poder de
consumo. Em fins do século XVIII e princípios do século XIX a
indústria do papel ganhou um grande impulso com a invenção das
máquinas de produção contínua e do uso de pastas de madeira.

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Papel 2009

A Origem do papel
Foram encontradas peças em escavações nos arredores da
cidade de Hulam, na China. Presume-se que o inventor foi Ts'ai
Lun, um alto funcionário da corte do imperador Chien-Ch'u, da
dinastia Han (206 A.C. a 202 D.C.) contemporânea do reinado de
Trajano em Roma.
A transferência da invenção chinesa para os árabes ocorreu
com a captura, pelos árabes, de artesãos chineses, e em Bagdá no
final do século VIII (795 D.C.) já se conhecia a fabricação de
papel. A manufactura do papel artesanal acompanhou a expansão
muçulmana ao longo da costa norte da África até a Península
Ibérica. Em Xavita, 1085 D.C., foi instalado o primeiro moinho
papeleiro da Europa, ainda na região dominada pelos mouros. Só
depois que a fabricação de papel se instalou em Fabriano
(Itália), em 1260, é que a produção de papel se disseminou por
toda a Europa. Também se deve ao moinho de Fabriano a primeira
marca d'água no papel.
Em 1809 John Dickinson fez a primeira máquina cilíndrica,
iniciando o método moderno de fabricação de papel.

O Papel no Egipto
Muito da História do Egipto nos foi transmitido pelos rolos
de papiro encontrados nos túmulos dos nobres e faraós. Foram os
egípcios que, por volta de 2200 antes de Cristo, inventaram o
papiro, espécie de pergaminho e antepassado do papel.
Papiro é uma planta aquática existente no delta do Nilo. Seu
talo em forma piramidal chega a ter de 5 a 6 metros de
comprimento. Era considerada sagrada porque sua flor, formada
por finas hastes verdes, lembra os raios do Sol, divindade
máxima desse povo. O miolo do talo era transformado em papiros e
a casca, bem resistente depois de seca, utilizada na confecção
de cestos, camas e até barcos.
Para se fazer o papiro, corta-se o miolo do talo - que é
esbranquiçado e poroso - em finas lâminas. Depois de secas em um
pano, são mergulhadas em água com vinagre onde permanecem por
seis dias para eliminar o açúcar. Novamente secas, as lâminas
são dispostas em fileiras horizontais e verticais, umas sobre as
outras. Esse material é colocado entre dois pedaços de tecido de
algodão e vai para uma prensa por seis dias. Com o peso, as
finas lâminas se misturam e

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O Papel na China
No século II, a China começou a produzir papel para escrita
com fibras de cânhamo ou de casca de árvore. Segundo os
registros da "História do Período Posterior da Dinastia Han" do
século V, o marquês TSai Lun (?-125 d.C.) dos Han do Este (25-
220 d.C.) produziu papel a partir de 105 d.C com materiais
baratos - casca de árvore, extremidades de cânhamo, farrapos de
algodão e redes de pesca rasgadas. O uso do papel vulgarizou-se,
a partir de então; e o papel era conhecido entre o povo como
"papel TSai Lun".
A partir de então, o papel começou a substituir o bambu,
madeira e seda. Nos séculos seguintes, os processos tecnológicos
e equipamentos para a produção de papel desenvolveram-se mais
ainda. O papel e métodos de fabricação deste material foram
primeiramente introduzidos no Vietnam e Coreia: e depois da
Coreia para o Japão. Os países árabes aprenderam com a China a
produzir papel nos meados do século VIII, e dali a técnica
expandiu para a Europa e o resto do mundo.

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O Papel no Japão
Hoje, como antigamente, fazer papel a mão, no Japão, é
frequentemente realizado como uma fonte de renda fora da estação
pelos pequenos fazendeiros que vivem em aldeias nas montanhas,
onde há pouca terra para cultivo de arroz mas uma abundância de
boa água limpa nos riachos.
Quando o fim do ano chega e a colheita do arroz acaba, esses
fazendeiros invariavelmente se ocupam com a feitura de papel.
Em um certo sentido, o trabalho é hereditário, sendo
desempenhado em uma pequena escala, em casa, pelos membros
capazes de cada família. Os métodos empregados são antiquíssimos
e têm sido passados através de gerações sucessivas com pequenas
mudanças. A estação para fazer papel difere de acordo com as
localidades nas quais ele é feito. Ela geralmente começa no fim
de Novembro ou início de Dezembro e termina em Abril ou Maio do
ano seguinte.
Nesta época do ano os fazendeiros que fazem papel como
trabalho paralelo encontram-se muito ocupados pois eles têm
muito o que fazer no transplante de mudas de arroz e na criação
de bicho-da-seda.
Seja feito a mão ou a máquina muitos papéis japoneses usam
fibras vegetais como matéria-prima. Entre essas fibras o gampi,
kozo e mitsumata constituem o trio principal de materiais. Papel
de gampi é considerado nobre; o de kozo, forte; e o de
mitsumata, delicado. Para fazer papel japonês é comum usar um
material muscilaginoso vegetal que é comburente chamado neri.
Há vários tipos de neri, o mais comum é o tororo, uma
substância proveniente das raízes do crescimento do primeiro ano
da planta tororo, que é um tipo de malvácea. A função do tororo
é fazer com que as fibras flutuem uniformemente na água. Outra
função é retardar a velocidade de drenagem resultando assim uma
folha de papel melhor formada.

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O Papel no Brasil
A primeira fábrica de papel no Brasil entre 1809 e 1810 no
Andaraí Pequeno (Rio de Janeiro), foi construída por Henrique
Nunes Cardoso e Joaquim José da Silva, industriais portugueses
transferidos para o Brasil. Deve ter começado a funcionar entre
181O e 1811, e pretendia trabalhar com fibra vegetal. Outra
fábrica aparece no Rio de Janeiro, montada por André Gaillard em
1837 e logo em seguida em 1841, tem início a de Zeferino Ferraz,
instalada na freguesia do Engenho Velho.
O português Moreira de Sá proclama a precedência da
descoberta do papel de pasta de madeira como estudo de seu
laboratório, e produto de sua fábrica num soneto de sua autoria,
dedicado aos príncipes D. João e Dona Carlota Joaquina impresso
na primeira amostra assim fabricado:
“A química e os desejos trabalharam
não debalde, senhor, que o fruto é este
outras nações a tanto não chegaram."
A vinda de Moreira de Sá ao Brasil coincide com as
experiências de Frei Velozo em 1809 quando produziu o papel de
imbira e experimentava seu fabrico com outras plantas.
Marlene Trindade, Artista e Professora da Escola de Belas
Artes da Universidade Federal de Minas Gerais, foi quem criou no
ano de 1980 o Atelier de Artes da Fibra, onde se deu início à
pesquisa do papel artesanal no Brasil. Participaram neste
Atelier, que teve a duração de um semestre, Diva Elena Buss,
Joice Saturnino, Nícia Mafra, e Paulo Campos. Com o incentivo de
Marlene desvendaram-se os mistérios do papel a partir de um
livro por ela elaborado.
Marlene preparou um novo curso para o Festival de Inverno de
Diamantina/MG, que gerou novos papeleiros. A semente que ela
plantou, germinou, cresceu, e deu muitos frutos. A partir deste
novo começo, nunca mais se parou de pesquisar e produzir papel
artesanal no Brasil.

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O Papel no Mundo
O papel tem sua história ligada a legítimos e nobres
ascendentes. Além das placas de argila, ossos, metais, pedras,
peles, o homem escreveu, desenhou, e pintou em papiro, sobre o
líder e logo a seguir em pergaminho.
O mais antigo papiro já encontrado data por volta de 2200
a.C., e pertence ao Museu Britânico; o papiro foi o suporte de
escrita de uso corrente até os primeiros séculos da era Cristã,
em toda Europa, regiões asiáticas, e naturalmente, África, de
onde se originou.
O pergaminho tornou-se o principal suporte de escrita
durante quase toda a idade Média. Havia ainda o palimpseto, cuja
palavra designa o pergaminho já usado e reaproveitado.
O fenómeno do reaproveitamento do papiro repetia-se assim,
com relação aos pergaminhos.
Com a introdução do papel na Europa, os outros suportes de
escrita e desenho desapareceram, restando a lembrança do papiro,
na palavra papel, paper, papier.
Foi longa e lenta a rota do papel a partir da sua invenção
em 105 d.C. por T'sai Lun.
O papel só conseguiu atingir a Europa 10 séculos mais tarde,
por caminhos tortuosos e difíceis.
Os árabes o produziam, comercializavam-no, e o transportavam
da Ásia pelo norte da África, e de Alexandria, Trípoli e
Tunísia, faziam-no chegar à Espanha, e em seguida à França.
Outros países que produzem papel artesanal de maneira
rudimentar e ancestral são: Índia, Paquistão, Nepal, Tibet, etc.
Com a descoberta da América, encontrou-se um papel
semelhante ao papiro produzido pelos Maias e pelos Aztecas
chamado Amatl. O processo de feitura difere do papiro, e é
fabricado ainda hoje na cidade de San Pablito, México, e
constitui fonte de renda para seu povo.
Era usual escrever-se em folhas de plantas na China, daí a
origem da expressão 'folha de papel'. A palavra grega Biblos era
a designação feita a várias folhas escritas sobre papiro,
originando assim a palavra Bíblia.

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Cronologia do papel
 105 a.C. – A invenção do papel é atribuída a T’sai Lun na
China, fabricado a partir de fibras de cânhamo trituradas e
revestidas de uma fina camada de cálcio, alumínio e sílica.
 611 d.C. - Instalam-se manufacturas do papel na Coreia.
 794 - Instala-se a fabricação de papel para o comércio,
primeiro em Damasco, depois em Bagdá.
 807 - Produção de papel em Kioto, no Japão.
 877 - Nota-se a existência do papel sanitário.
 900 - O papel é fabricado no Egipto pelos árabes.
 950 - O papel chega pela primeira vez na Espanha através de
livros.
 998 - O papel-moeda é o meio circulante da China.
 1000 - Dois árabes fazem uma escrita a respeito dos métodos
de fabricação do papel.
 1150/1151 - Os árabes chegam à Espanha fixando-se numa
região de Valencia (Xavita) sendo instalado o primeiro ponto
de fabricação da Europa.
 1282 - Introdução da marca d'água por Fabriano: cruzes e
círculos.
 1285 - Marca d'água na França: flor de Liz.
 1309 - Início da utilização do papel na Inglaterra.
 1320 - Chegada do papel na Alemanha.
 1390 - Instalação da primeira indústria na Alemanha.
 1405 - Chegada do papel na região de Flandres, levado por um
espanhol.
 1450 - Invenção da imprensa -Johannes Guttemberg e
consequente procura por papel.
 1550 - Comercialização do papel de parede proveniente da
China pelos espanhóis e holandeses em toda a Europa.
 1719 – O naturalista francês Reaumur sugere o uso da madeira
como matéria prima para o fabrico de papel, ao observar que
as vespas mastigavam madeira podre e empregavam a pasta
resultante para produzir uma substância semelhante ao papel
na confecção dos seus ninhos.
 Meados do Séc. XIX – surge a demanda de papel para a
impressão de livros, jornais e fabricação de outros produtos
de consumo, levando á busca de fontes alternativas de fibras
a serem transformadas em papel.

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 1809 - Começa a fabricação de papel no Brasil, no "Andaraí
Pequeno", Rio de Janeiro.
 1838 – Produção de pasta de palha branqueada
 1840 – Na Alemanha, desenvolve-se um processo para a
trituração de madeira. As fibras são separadas e
transformadas no que passou a ser conhecido como “pasta
mecânica” de celulose.
 1854 – É patenteado na Inglaterra um processo de produção de
pasta celulósica através de tratamento com soda cáustica. A
lignina, cimento orgânico que une as fibras, é dissolvida e
removida, surgindo a primeira “pasta química”.
 1860 – Invenção do papel couché. Lançamento do papel
higiénico em forma de rolo. Surgem na Finlândia as primeiras
leis sobre práticas de silvicultura.
 1920/1930 - Importante década para o desenvolvimento do
papel no Brasil.

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Conclusão

Espero que tenham ficado esclarecidos sobre a origem do


papel e da sua história.

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