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http://jn.sapo.pt/2008/04/10/nacional/escolas_queixamse_falta_dinheiro_par.html
Escolas queixam-se de falta de
dinheiro para a educação sexual
manuel correia

Na Escola Secundária de Cantanhede programa


"Projectar a Vida" já dura há uma década. Destina-se a
jovens alunos de 15 e 16 anos

Isabel Teixeira da Mota

OGoverno estabeleceu o dia de hoje como


prazo--limite para as escolas que queiram receber
apoios apresentarem projectos de educação para a
saúde. Ainda é desconhecido o valor destes apoios e
quantas escolas se candidataram. Mas, nas quatro
contactadas pelo JN, os programas são levados a
cabo há já vários anos, designadamente na área da
educação sexual e, em todas, os coordenadores
queixam-se da falta de meios financeiros.

É o caso da Escola Secundária D. Pedro V, em


Lisboa, em que o trabalho "resulta da boa vontade dos
professores"; e da Escola Secundária de Cantanhede,
em que "a maior parte das horas destinadas à
aplicação do projecto continua a ser dada voluntária e
gratuitamente pelos vários professores". Na Escola de
Cantanhede, a formação dos professores tem sido
feita regularmente, também, no próprio
estabelecimento.

Apesar da falta de meios, as escolas acabam por pôr


em prática os seus programas. E todos os anos há
novas ideias.

"Este ano contamos organizar uma mesa-debate


sobre sexualidade (com médicos, psicólogos e
estudantes). Contamos, também, com a
representação, pelos alunos, da peça 'Vagabundos de
Nós'", conta Maria Gabriela Silva, coordenadora da
educação para a saúde da Escola D. Pedro V. A peça,
da autoria do psicológo Daniel Sampaio, relata a
história de um jovem e da mãe confrontados com a
homossexualidade do rapaz.

Formação dos docentes

Na Escola Secundária de Alvide, em Cascais, está em


prática o projecto "Coisas de todos Nós" e "Sinais de
Fumo"; já na Escola Secundária Inês de Castro, em
Gaia, está em andamento o programa de
sensibilização para os "bons hábitos alimentares" e a
"manutenção da aptidão física", revela o coordenador,
António Rocha.

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Em todas estas escolas, destaca-se, também, a


procura de parcerias com os centros de saúde e os
hospitais, outra das medidas indicadas pelo Ministério
da Educação nas directrizes que publicou para os
programas.

A formação dos professores destacados para a


educação para a saúde é outra das dificuldades
sentidas pelas escolas. Geralmente, as acções de
formação têm de ser pagas, pelo que muitas vezes os
professores preferem ser autodidactas, recolhendo
eles próprios da sua experiência.

E os materiais são adquiridos com custos para a


escola. Com os apoios do ministério, muitas das
publicações, nomeadamente na área da educação
sexual, poderão ser adquiridas de acordo com as
preferências de cada escola.

Outra questão em aberto é a da avaliação dos


conhecimentos dos alunos sobre a sexualidade
sugerida pelo grupo de trabalho coordenado por
Daniel Sampaio.

Maria Manuel Fael, da Escola Secundária de


Cantanhede, não concorda que se façam testes de
avaliação em educação sexual "Fazer testes de
domínio da informação é irónico. Que fazer de um
aluno com 19 ou 20 valores no teste que depois se
deixa arrastar para vivências problemáticas da sua
sexualidade?".

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http://jn.sapo.pt/2008/04/10/nacional/obviamente_privilegiamos_a_transmiss.html
"Obviamente privilegiamos a
transmissão de valores"

"Obviamente que, a par da informação técnica,


privilegiamos a formação referente à transmissão
de valores e afectos, respeitando sempre as
opções e a liberdade individual de cada um",
responde António Rocha à pergunta feita pelo JN
sobre se a escola deve, a par de uma formação
técnica e informativa, transmitir valores para a
formação do carácter dos alunos. O coordenador
para a saúde realça que na Escola Secundária Inês
de Castro, em Gaia, desde há alguns anos que se
realizam acções nas aulas de Ciências Naturais e
Biologia e que "os principais temas abordados são
a sexualidade, os afectos e a alimentação".
António Rocha destaca ainda que, "sempre que se
justifica, realizam-se acções direccionadas aos
encarregados de educação". E, tal como nas
demais escolas, a dificuldade mais premente é a
"financeira", ou seja, a dificuldade em adquirir
materais e falta de espaço. Ainda assim, a escola
não se candidatou as apoios do Ministério. mas o
professor sublinha que trabalham de acordo com
as directrizes. ITM

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