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Fraga
Doutrina:
1) Código Pela Comentado - Celso Delmanto
2) Parte Geral da Doutrina de Direito Penal – Damásio de Jesus ou Fernando Fragoso
3) Resumo de Direito Penal e Geral e Especial – Prof. Fraga
4) Prescrição Penal de Damásio de Jesus
5) Código de Processo Penal Interpretado – Mirabete
6) Processo Penal – Paulo Rangel
7) Manual de Direito Penal – Fernando Tourinho
8) Código Penal, Código de Processo Penal e Leis Especiais – Marcellus Dolostri Lime e Angélica Glioche –
Editora Lúmen Júris.
Inquérito Policial
1) Conceito: é um procedimento administrativo que tem para finalidade de reunir as
provas da materialidade do delito e indício suficiente de autoria para o MP oferecer a
denúncia ou o querelante à queixa. Art. 43, III CP.
Observação: Diante deste conceito, podemos afirmar que o IP não é obrigatório para o MP
oferecer a denuncia desde que tenham em suas mãos peças informativas da existência do
delito e de indícios suficientes de autoria, devendo, neste caso, o MP oferecer a denúncia
no prazo de 15 dias – Art. 39, § 5º CPP.
Condições para Ação Penal:
Queixa do Querelante;
Provas do delito e indício suficiente de autoria;
Observação: Portanto, o MP não poderá oferecer a denúncia sem as referidas provas, sob
pena do juiz sob pena do juiz rejeitar a peça acusatória (art. 43, III CPP – 2ª parte), por falta
de condições para o exercício da ação penal (falta de provas). Sendo esta recebida, a defesa
deverá impetrar H.C., requerendo o trancamento da ação penal por falta de justa causa em
razão de ausência da provas pré-faladas (art 648, I CPP).
Art. 5º CPP – Incondicionada
Art. 5º, § 4º CPP – Condicionada
Art. 5º, § 5º CPP - Privada
2) Início do IP
a) De Ofício (art. 5º, I CPP) – neste caso a autoridade policial só poderá instaurar o IP,
sem pedido da parte interessada, tão somente nos crimes de Ação Penal Pública
Incondicionada.
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Exemplo: Pedro foi vítima de crime de injúria real (ação pública incondicionada),
cujo autor do fato é João. Como advogado do ofendido assinale abaixo a opção
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correta:
a) Queixa Crime;
b) Representação;
c) Notícia Crime;
d) Denuncia de Crime;
e) N. R. A.
OBSERVAÇÕES IMPORTANTES:
O crime de Ação Penal Publica Condicionado à Representação: art. 24 CPP
1) Lesão corporal Leve (art. 88 da lei 9099/95).
2) Lesão Corporal Culposa (art. 88 da lei 9099/95).
3) Lesão Corporal Culposa oriunda de acidente de transito (§ único art. 291 – Código
de Transito Brasileiro – lei 9503).
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e 3º CPP)
4) As características do IP
a) Inquisitorial – não admite Princípio ao Contraditório
b) Sigiloso
c) Escrito
5) Arquivamento do IP
Observação: A autoridade competente para arquivar o inquérito é tão somente o
juiz a requerimento do MP (súmula 524 STF) e Art. 28 CPP.
Súmula 524 STF
Ler cinco vezes o art. 28 CPP
• Condicionada (exceção)
Representação do Ofendido - art. 24, 2ª parte CPP
Requisição do Ministro da Justiça - art. 24, 2ª parte CPP
Privada (exceção)
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• Exclusiva
• Personalíssima
• Subsidiária da Pública
4) Crime contra a honra dos funcionários públicos em razão da função. (2ª parte do §
único do Art.145 CP)
5) Crime de Ameaça (§ único do Art.147 CP)
Exemplo: Pedro subtraiu do seu tio veículo Ronda 2006, como advogado da vítima
assinale a opção correta:
A) Queixa Crime
B) Notícia Crime (Ação Penal Pública Incondicionada)
C) Representação
D) Denúncia
10) Dos crimes contra a liberdade sexual (Estupro, Atentado violento ao pudor, posse
sexual mediante fraude, atentado ao pudor mediante fraude, assédio sexual e
corrupção de menores) – Quando a vítima for pobre ou seus pais. (Art. 225, § 2º CP)
Exemplo: A com 12 anos de idade foi vítima do crime de estupro praticado por seu
conhecido de 18 anos de idade. Assinale a opção correta:
A) Crime de Estupro / Queixa Crime
B) Crime de Estupro / Notícia Crime tendo em vista a vítima ser menor de 14 anos.
C) Crime de Estupro / Representação
D) N.R.A
Observação:
1) Para que a resposta seja Representação, é necessário que vítima seja pobre.
2) Para que a resposta seja Notícia Crime, é necessário que o autor seja o padrasto,
tutor ou curador.
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•Os prazos da queixa crime nesta ação penal privada. São os mesmos da
representação (art. 38, CPP; art. 41 § 1º lei 5250/67 – crime de imprensa),
aplicando-se inclusive a Contagem de Prazo do Direito Penal.
Observação: A natureza Jurídica é decadencial.
Calúnia – é o fato falso, definida como crime. Ex.: Quando fala fato especifico que
terceiro fez que configura crime. A calúnia ocorrerá de forma oral.
Por escrito vira denunciação caluniosa, dando origem a procedimento criminal
dizer que roubou determinado objeto de alguém.
Ler jurisprudência a respeito do tema nos arts. 138 – calúnia e 339 – denunciação
caluniosa.
Difamação: fato falso determinado que não configura crime. Ex.: Bicha porque você
esta se beijando com outro na esquina
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Observações:
1) Os demais são de Ação Penal Pública Incondicionada.
2) Crime de dano é punível tão somente na forma dolosa ocorrendo na forma
culposa à conduta é atípica por ausência de norma, tendo em vista que o art. 18,
§ único CP, admite a punição na forma Culposa quando previsto em lei.
3) Os crimes culposos são homicídios culposos, lesão corporal culposa, receptação
culposa e peculato culposo. Estes crimes não admitem tentativas, porém co-
autoria.
3) Crime de Incêndio – é um crime perigo
Obs.: o dano causado por incêndio ao imóvel localizado próximo a outros imóveis
de terceiros ou causando prejuízo à vida ou integridade física de pessoas, neste caso
o agente responderá pelo crime de incêndio, em razão do perigo aos outros imóveis
ou a vida ou integridade física de pessoas. Concurso Matéria, ou seja, diversas
ações diversos resultados. Art. 250 CP
Observação: o crime de dano só é punível na forma dolosa, ocorrendo na forma culposa, a
conduta é atípica por falta de norma.
Assédio sexual
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Art. 216-A
Corrupção de menores
Art. 218
b) Quando o autor deste crime for o pai, curador, tutor ou padastro – Pública
Incondicionada (art. 225, § 1º, II CP).
c) Quando o crime de estupro ou atentado violento ao pudor, ocorrer à morte da
vítima ou lesão corporal grave – Ação Penal Pública Incondicionada – art. 223
CP.
Observações:
1) No crime de estupro ou atentado violento ao pudor ocorrerá concurso de agente,
através da co-autoria (quando mais de uma pessoa executa o crime ou encontra-se
presente na execução do delito) ou da participação (participe – não está presente no
local da execução, apenas contribuiu com levantamento, informações, pagamentos,
instigações, financiamento).
2) No crime de estupro ou atentado violento ao pudor para a defesa ocorrerá o crime
continuado (art. 71 CP), e jamais concurso material, quando dois acusados mantém
conjunção carnal com a vítima, um segura para o outro manter a conjunção carnal e
vice versa, mediante concurso de pessoas. (Art. 226, I CP)
3) Quando a mulher segura a vítima para o homem manter conjunção, a mulher
responderá por participe e o homem pelo crime de estupro na forma agravada
mediante concurso de pessoas. Art. 213 combinado com o Art. 226, I todos do CP.
4) O sujeito passivo do crime sexual mediante fraude é a mulher podendo ser honesta
ou não, devendo ocorrer a conjunção carnal mediante fraude. Art. 215 CP.
5) O sujeito passivo do crime de atentado ao pudor mediante fraude, pode ser tanto o
homem quanto a mulher.
A com 12 anos de idade manteve conjunção carnal com B de 18 anos mediante fraude, ao
prometer a vítima uma boneca Bardi. Qual a situação jurídica penal de B?
a) crime de estupro – em razão da violência presumida.
b) atentado violento ao pudor mediante fraude
c) corrupção de menores
e) N.R. A
6) Exercício Arbitrário pelas Próprias Razões sem Violência a pessoas – art. 345 CP
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Art. 401. As testemunhas de acusação serão ouvidas dentro do prazo de 20 (vinte) dias, quando o réu estiver preso, e de
40 (quarenta) dias, quando solto.
Diligência – art. 499 CPP
Prazo de 24 horas
Art. 499. Terminada a inquirição das testemunhas, as partes - primeiramente o Ministério Público ou o querelante,
dentro de 24 (vinte e quatro) horas, e depois, sem interrupção, dentro de igual prazo, o réu ou réus - poderão requerer as
diligências, cuja necessidade ou conveniência se origine de circunstâncias ou de fatos apurados na instrução, subindo logo
os autos conclusos, para o juiz tomar conhecimento do que tiver sido requerido pelas partes.
Alegações Finais – art. 500 CPP
Prazo 03 dias
Art. 500. Esgotados aqueles prazos, sem requerimento de qualquer das partes, ou concluídas as diligências requeridas e
ordenadas, será aberta vista dos autos, para alegações, sucessivamente, por 03 (três) dias:
I - ao Ministério Público ou ao querelante;
II - ao assistente, se tiver sido constituído;
III - ao defensor do réu.
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1º Acusador 2º Defesa
Apelação - art. 593 CPP
Prazo 05 dias
Art. 593. Caberá apelação no prazo de 5 (cinco) dias:
Julgamento da Apelação
Perempção – art. 60, I CPP – quando o querelante deixa de cumprir um ato processual no
prazo de 30 dias – Abandono do Processo. Extingue-se a punibilidade.
Prazo das alegações finais – 3 dias.
Só ocorrera nas Ações Penal Privada Exclusiva e Personalíssima.
Observações:
1) Não se aplica a perempção na Ação Penal Privada Subsidiária da Pública, uma vez que
o MP retornará a titularidade da Ação Penal, em razão da negligência do querelante
(art. 29, última parte CPP).
2) Logo, a perempção é causa extintiva de punibilidade tão somente na Ação Penal
Privada exclusiva ou personalíssima (art. 60, I CPP).
3) Da Ação Penal Pública:
O requerimento inicial desta ação é a denúncia oferecida pelo MP – art. 24 CPP
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Observações:
1) Esta decisão deverá ser bem fundamentada, sob pena de nulidade, uma vez que
toda decisão judicial art. 88 CRFB/88, exige a devida fundamentação. Art. 93, IX
CRFB/88.
2) O juiz não recebendo a queixa ou a denúncia caberá recurso em sentido estrito (art.
581, I CPP), salvo nos crimes de competência do Juizado Especial Criminal que o
recurso cabível é Apelação, no prazo de 10 dias (art. 82 lei 9099/95), também cabe
Apelação nos crimes de Imprensa art. 44 lei 5250/67.
1ª Fase Sumariante – para demonstrar se o réu agiu com dolo. Transitando em julgado , o
Promotor promove o Libelo Condenatório. Na 1ª fase o Promotor oferece a denúncia e
pede a Pronúncia que leva ao Juiz , pronúncia, impronúncia, absolvição, sentença de
desclassificação; arts 408, 409, 410 e 411 CPP.
A sentença desclassificatória desconsidera o crime dolos para culposo ou preterdoloso art.
410 CPP.
Absolvição Sumária – quando o réu pratica o crime mediante uma das excludentes de
ilicitudes ou se o mesmo esta amparado.
Inimputável – é a decisão de mérito é faz coisa julgada material art. 74, II CPP. ??????????
Impronúncia – quando falta indício de autoria ou prova de materialidade - não faz coisa
julgada material.
Art. 574, I e II CPP – O juiz recorre de sua própria sentença para pronuncia = Recurso de
Ofício ou obrigatória = da sentença Absolutória Sumária também ocorre quando juiz
concede de ofício. ............. e também quando concede a .......... do réu ????????
Qual a natureza jurídica da Impronúncia – é uma decisão sem julgamento de mérito que
põe fim ao processo.
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Da Prisão:
1) Prisão por Pena (definitiva) – ocorrerá com o Transito em Julgado da Sentença
Condenatória, chamada também de Prisão Definitiva.
2) Prisão sem culpa ou processual ou Cautelar ou Provisória (esta preso por um
processo sem culpa formada) – poderá ser modificada a qualquer tempo a saber:
a. Prisão em Flagrante (art. 301 e seguintes CPP)
Natureza jurídica – Ação Penal Cautelar de natureza Processual, podendo ser
modificada antes do Transito em Julgado da Sentença Condenatória.
- Flagrante Obrigatório – quem tem o dever de prender em flagrante –
autoridade policial ou seus agentes (art. 301, 2ª parte CPP)
- Flagrante Facultativo – quem poderá prender em flagrante – qualquer
pessoa do povo, Juiz ou Promotor.
- Os requisitos autorizadores da prisão em flagrante , ou seja as
circunstâncias flagranciais autorizadoras da prisão em flagrante a saber:
Flagrante Próprio ou Real (art. 302, I e II CPP), quando o agente está
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Pergunta: Paulo, após seu interrogatório judicial, o Juiz decretou a sua prisão
cautelar.
Como advogado do Réu assinale a opção correta:
a) Revogação da Prisão Preventiva;
b) Revogação da prisão temporária;
c) A e B estão corretos
d) Relaxamento de prisão.
Observação: Para o Juiz decretar a prisão preventiva ou temporária deverá
fundamentar a sua decisão, sob pena de nulidade absoluta, eis que a
fundamentação é imprescindível para a validade de qualquer decisão
judicial – art. 93, IX CRFB/88 e art. 115 CPP.
Prisão por força da pronúncia – art. 408, § 1º CPP - ocorrerá quando o juiz
pronunciar o Réu existindo os autos um dos requisitos autorizadores da
prisão preventiva poderá o julgador decretar esta prisão.
Liberdade Provisória (pelo processo) – é um instituto do processo penal que
garante ao Réu a responder o processo em liberdade até o transito em
julgado da sentença condenatória.
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Observações:
1) Réu reincidente em crime hediondo, não fará jus ao Livramento
Condicional.
2) Réu condenado à pena inferior a dois anos, reincidente em crime doloso
não terá direito a livramento Condicional, porém a progressão de regime
ou indulto.
3) Reincidente, quando o Réu pratica novo crime depois do transito em
julgado do primeiro crime – (Art. 63 CP).
Observações Importantes:
Ler Jurisprudência do art. 63 CP
Ler art. 77 CP – suspensão condicional da pena (sursis)
Observação: O Delegado poderá autuar o réu em flagrante delito e constar numa APF
(Autos de Prisão em Flagrante) a excludente de ilicitude que se encontrava o réu (caput
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art. 310 CPP) ou então instaura-se o IP (Inquérito Policial) e indica o réu, sob pena de
praticar o Crime de Prevaricação (art. 319 CPP).
Observação: Réu preso tem flagrante por crime inafiançável, a prisão é legal e não praticou crime
mediante as excludentes de ilicitude a defesa deverá requerer a liberdade provisória vinculada,
demonstrando a ausência dos requisitos da prisão preventiva.
Observação: A liberdade provisória para o próprio Código Processo Penal, não é o direito do réu,
porém uma faculdade do julgados, tendo em vista a expressão “poderá” contida no caput art. 310
CPP. Já para a doutrina e a Jurisprudência a liberdade provisória é um direito subjetivo do réu de
natureza processual.
Recursos Penais:
Recurso no Sentido Estrito (art. 58 CPP);
Embargos de Declaração (art. 382 e 619 CPP);
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