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Direito Processual Penal Curso Fraga profº.

Fraga

Doutrina:
1) Código Pela Comentado - Celso Delmanto
2) Parte Geral da Doutrina de Direito Penal – Damásio de Jesus ou Fernando Fragoso
3) Resumo de Direito Penal e Geral e Especial – Prof. Fraga
4) Prescrição Penal de Damásio de Jesus
5) Código de Processo Penal Interpretado – Mirabete
6) Processo Penal – Paulo Rangel
7) Manual de Direito Penal – Fernando Tourinho
8) Código Penal, Código de Processo Penal e Leis Especiais – Marcellus Dolostri Lime e Angélica Glioche –
Editora Lúmen Júris.

Prof. HEITOR PIEDADE JUNIOR – DA BANCA

Inquérito Policial
1) Conceito: é um procedimento administrativo que tem para finalidade de reunir as
provas da materialidade do delito e indício suficiente de autoria para o MP oferecer a
denúncia ou o querelante à queixa. Art. 43, III CP.
Observação: Diante deste conceito, podemos afirmar que o IP não é obrigatório para o MP
oferecer a denuncia desde que tenham em suas mãos peças informativas da existência do
delito e de indícios suficientes de autoria, devendo, neste caso, o MP oferecer a denúncia
no prazo de 15 dias – Art. 39, § 5º CPP.
Condições para Ação Penal:
 Queixa do Querelante;
 Provas do delito e indício suficiente de autoria;

Quando não há as provas, instaura-se o IP. O IP não é obrigatório para o oferecimento da


denúncia. Se houver provas, a Promotoria pode oferecer a denúncia.

Observação: Portanto, o MP não poderá oferecer a denúncia sem as referidas provas, sob
pena do juiz sob pena do juiz rejeitar a peça acusatória (art. 43, III CPP – 2ª parte), por falta
de condições para o exercício da ação penal (falta de provas). Sendo esta recebida, a defesa
deverá impetrar H.C., requerendo o trancamento da ação penal por falta de justa causa em
razão de ausência da provas pré-faladas (art 648, I CPP).
Art. 5º CPP – Incondicionada
Art. 5º, § 4º CPP – Condicionada
Art. 5º, § 5º CPP - Privada
2) Início do IP
a) De Ofício (art. 5º, I CPP) – neste caso a autoridade policial só poderá instaurar o IP,
sem pedido da parte interessada, tão somente nos crimes de Ação Penal Pública
Incondicionada.

Observação: Já nos crimes de Ação Penal Pública Condicionada à representação ou


de iniciativa privada, a autoridade policial só poderá instaurar o inquérito mediante
a manifestação da parte interessada, conforme determina o § 4º(representação) e §
5º (requerimento) do art. 5º CPP.

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Crimes contra liberdade Sexual: Ação Penal Privada. É pública condicionada a


representação quando a vítima e seus pais são hipossuficientes.
É pública incondicionada, quando a violência parte de pai, tutor ou curador.

b) Mediante Requisição (mandar, ordenar), do Juiz ou do MP (art. 5º, II CPP).


Também neste caso o juiz ou MP poderá de ofício, requisitar a instauração do IP, à
autoridade policial, apenas nos crimes de ação penal privada incondicionada, e nos
demais casos, é necessário a representação do ofendido na pública condicionada ou
de requerimento na ação penal privada.

c) Mediante Requerimento, ou seja, Notícia Crime (Notitia Criminis), do ofendido ou


de seu representante legal (última parte do art. 5º, II CPP (ação penal pública
incondicionada) e § 3º do art 5º CPP (ação penal privada)).

Noticia Crime - Conceito: é o requerimento inicial do IP em que a vítima


comunica á autoridade policial ou MP a existência de crime de ação penal pública
incondicionada ou de iniciativa privada.
Observação: Tratando-se de crime de Ação Penal Pública Incondicionada, o
advogado da vítima deverá oferecer Notícia Crime. Já nos crimes de Ação Penal
Privada, o advogado da vítima deverá oferecer a Queixa Crime (regra), salvo para
apuração do fato que deverá oferecer Noticia Crime (exceção).

• Injuria Real = Ação Penal Pública Incondicionada = Notitia Criminis = para


apuração do fato (exceção).

Diferença entre Notícia Crime e Queixa Crime


• A Notícia é o requerimento inicial ao IP, cujo pedido é a instauração do IP,
dirigida para autoridade Policial ou MP ou Juiz.
• Já a Queixa Crime é um requerimento inicial da Ação Penal Privada, cujo
pedido é a condenação ou a pronúncia do querelado, dirigida tão somente ao
juiz.
• Art. 394 CPP – a noticia crime “pede” a instauração do IP, é um pré-requisito. A
queixa crime é pré-requisito da ação penal.

d) Mediante Representação do Ofendido ou de seu Representante Legal: § 4º art.


5ºCPP.
Conceito: é o requerimento inicial do IP nos crimes de Ação Penal Publica
Condicionada a representação, conforme determina o § 4º do art. 5º CPP.
Tem que ter representação do ofendido.
Observação: Tratando-se do crime de Ação Penal Publica Condicionada à
representação, ou advogado da vítima poderá oferecer a representação.

Exemplo: Pedro foi vítima de crime de injúria real (ação pública incondicionada),
cujo autor do fato é João. Como advogado do ofendido assinale abaixo a opção

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correta:
a) Queixa Crime;
b) Representação;
c) Notícia Crime;
d) Denuncia de Crime;
e) N. R. A.

Observação: Fato de ação penal publica acompanhada das provas do delito e de


indícios de suficiência de autoria, o advogado da vítima deverá oferecer a Notícia
Crime, para o MP, requerendo um oferecimento da denuncia, caso seja outro
entendimento que requisite-se as instalação do Inquérito.

OBSERVAÇÕES IMPORTANTES:
O crime de Ação Penal Publica Condicionado à Representação: art. 24 CPP
1) Lesão corporal Leve (art. 88 da lei 9099/95).
2) Lesão Corporal Culposa (art. 88 da lei 9099/95).
3) Lesão Corporal Culposa oriunda de acidente de transito (§ único art. 291 – Código
de Transito Brasileiro – lei 9503).

4) Os crimes contra a honra do funcionário público em razão da função – (§ único, 2ª


parte do art. 145 CP)
5) Crime de Ameaça ( § único art. 147 CP).

3) Prazo para Conclui o IP


a) De 10 dias – tratando-se de réu preso, começando a fluir a partir do dia da prisão
do réu ou indiciado, não se admitindo, em hipótese alguma a prorrogação deste
prazo, sob pena de ser relaxada à prisão do réu em razão do excesso de prazo na
conclusão do inquérito. (Regra da contagem da prova do Direito Penal)
• A regra da contagem de prazo do Direito Penal inclui-se o 1º dia e exclui-se o
último dia.
• No Direito Processual Penal, exclui-se o 1º dia e computa-se o último podendo
haver prorrogação.
• Réu solto regra da contagem do Direito Processual Penal.

Observação: A autoridade policial no caso de réu preso deverá aplicar a Regra da


Contagem de prazo do Direito Penal, uma vez que o dia da prisão é computado e,
portanto, estamos diante do prazo do Direito Penal, estabelecido no Art. 10 CP.

• Regra da Contagem de prova do Direito Penal computa-se o 1º dia e exclui-se


o último, não se admitindo a prorrogação do Prazo (art. 10 CP).
b) De 30 dias – réu solto - tratando-se de réu solto, aplicando-se a regra da contagem
de prazo do Processo Penal, admitindo-se, portanto a sua prorrogação do prazo.
• Regra da Contagem de prazo do Processo Penal – exclui-se o 1º dia e computa-
se o último, admitindo-se a suspensão ou a prorrogação do prazo (art. 798, § 1º

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e 3º CPP)

4) As características do IP
a) Inquisitorial – não admite Princípio ao Contraditório
b) Sigiloso
c) Escrito

5) Arquivamento do IP
Observação: A autoridade competente para arquivar o inquérito é tão somente o
juiz a requerimento do MP (súmula 524 STF) e Art. 28 CPP.
Súmula 524 STF
Ler cinco vezes o art. 28 CPP

Qual NJ da decisão do juiz que determinou o arquivamento do IP?


Resp.: Arquivado por falta de provas (art. 18 CPP).
a) Coisa Julgada Formal - Arquivado pela presunção.
b) Coisa Julgada Material (art. 107 CP) – arquivado pela prescrição ou outra ou
causa extintiva de punibilidade.

Cabe Ação de Revisão Criminal ou de HC após o transito em julgado da sentença.


Resp.: A coisa julgada material não poderá ser modificada nos autos da ação originária,
porém da Revisão Criminal ou do HC, tão somente em favor do Réu, porque não há
Revisão Criminal para a Sociedade, tão somente em favor do Réu. Assim, o réu tem duas
ações penais em seu favor:
 Revisão Criminal – Ação Penal Privativa exclusiva do réu, uma vez que o MP não tem
legitimidade para propô-la, tão somente o Condenado ou seus familiares depois de
morto o réu.
 HC – não é uma Ação Penal Privativa do réu, por que o MP ou ação penal cautelar em
favor do Réu, qualquer pessoa do povo tem legitimidade para propô-la ou impetrá-la,
tão somente o condenado ou seus familiares depois de morto réu. (o promotor e qualquer
do povo podem).

Observação: Por fim. O réu também tem dois recursos privativos:


a) Protesto por Novo Júri – Art. 607 CPP
b) Embargo Infrigente e de Nulidade – art. 609, § único CPP.

Divisão das Ações Penal – art. 100 CP


 Pública (regra)
• Incondicionada (regra) – art. 24, 1ª parte CPP

• Condicionada (exceção)
 Representação do Ofendido - art. 24, 2ª parte CPP
 Requisição do Ministro da Justiça - art. 24, 2ª parte CPP
 Privada (exceção)

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• Exclusiva
• Personalíssima
• Subsidiária da Pública

Ação Penal Pública Condicionada Representação do Ofendido ou de seu


Representante Legal
1) Natureza Jurídica da Representação
2) Prazo da Representação
3) Retratação da Representação
4) Retratação da Retratação
5) Crimes de Ação Penal Pública Condicionada a Representação

1. Naturezas Jurídicas da Representação – têm duas posições:


1.1. 1ª Posição – é uma condição de procedibilidade para o MP oferecer a denúncia nos
crimes de ação Penal Pública Condicionada a Representação, conforme determina
a 2ª parte do art. 24 CPP.
Art. 43, III, ultima parte CPP.
Art. 43. A denúncia ou queixa será rejeitada quando:
III - for manifesta a ilegitimidade da parte ou faltar condição exigida pela lei
para o exercício da ação penal.

Caso contrário deverá rejeitar.


Observação: Diante do conceito da representação, o MP não poderá oferecer a
denúncia sem a representação, por exigência do art. 24, 2ª parte CPP, sob pena do
Juiz rejeitar a denúncia por falta de condições exigida por lei para o exercício da
ação penal – art. 43, III, 2ª parte CPP. Caso contrário à defesa deverá impetrar
Habeas Corpus objetivando o trancamento da ação penal por falta de justa causa
para o réu respondê-la, em razão da ausência da representação. – art. 648, I CPP.
1.2. 2ª Posição - é uma causa extintiva de punibilidade quando a representação é
exercida depois do prazo legal (seis meses ou três meses tratando de crime de
imprensa), conforme determina o art. 38 CPP e Art. 107, IV CP.

A natureza Jurídica é Decadencial.

Observação: Sendo assim o ofendido não poderá oferecer a representação depois


do prazo apontado, sob pena, do MP requerer o arquivamento da representação
em razão da decadência do direito de representação. Caso contrário o Juiz deverá
rejeitar a denúncia em razão da referida causa extintiva de punibilidade ou caso o
MP venha oferecer denúncia, o Juiz deverá rejeitar a denúncia – art. 43, II CPP.
Porém, recebida à denúncia, o advogado do réu impetrara Habeas Corpus por
causa extintiva de punibilidade, objetivando o trancamento da ação penal por
falta de justa causa, em razão da Decadência do direito de representação – art.
648, I ou VII CPP.
2. Prazo para Oferecer a Representação:
A) Seis meses começando a fluir a partir do dia em que a vítima ou seu representante
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legal tomou conhecimento da autoria do fato, aplicando neste caso, contagem do


prazo do direito penal, porque o dia do conhecimento da autoria do fato é
computado (art. 38 CPP).
Observação: Regra da Contagem de Prazo do Direito Penal – computa o 1º dia e
exclui-se o último dia.

B) Três meses, por se tratar de crime de imprensa (calúnia, difamação e injúria),


começando a fluir da data da publicação ou transmissão do fato (art. 41, § 1º da lei
5250/67), aplicando-se também a contagem de prazo do Direito Penal.

Observação: A natureza jurídica do Prazo de Representação ou da Queixa é


Decadencial, não se admitindo em qualquer hipótese a prorrogação ou a suspensão ou
interrupção do prazo, portanto, a expressão “prescreverá” contida no § 1º art 41 da
referida lei passará para “decaíra”.
Para oferecer a representação ou queixa crime exige a maior idade.
Observação: Quando o representante legal do ofendido menor de 18 anos não
exercendo o direito de queixa de representação, neste caso, temos duas posições
doutrinárias.

1ª posição: A vítima menor, ao completar os 18 anos poderá exercer o direito de


queixa ou de representação, uma vez que este direito não está à disposição da
vítima (menor), portanto, o prazo para oferecer a representação ou a queixa não
poderá fluir quanto ao menor (posição doutrinária em favor da vítima). O prazo,
neste caso, começará a fluir a partir do dia em que o menor completar os 18 anos
(majoritária).
2ª posição: A vítima (menor) ao completar os 18 anos não poderá exerce o direito de
queixa ou de representação, uma vez que o prazo é una para a vítima (ofendido)
quanto para o seu representante legal, concorrendo, portanto, assim decaiu
(decadência) o direito queixa ou de representação também a vítima menor de 18
anos (posição doutrinária em favor do réu).

Observação: O representante legal pode ser o pai, a mãe, o irmão ou conjugue se


casado. Art. 31 CPP.
.

3. Retratação da Representação: ocorrerá antes do MP oferecer a denúncia. Art. 25 CPP


4. Retratação da Retratação: não é nada mais nada menos que nova representação
ocorrendo no prazo da representação – seis meses
A representação contra B – Retratação da Representação – Arquivo – Petição Inicial de
Retratação da Retratação.

5. Crimes de ação Penal Pública Condicionada a Representação:


1) Lesão Corporal Leve (Art. 88 Lei 9099/95)
2) Lesão Corporal Culposa (Art. 88 Lei 9099/95)
3) Lesão Corporal Culposa oriunda de Acidente de Transito. (Art. 303 CTB conforme §
único do Art. 297 Código de Transito Brasileiro)
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4) Crime contra a honra dos funcionários públicos em razão da função. (2ª parte do §
único do Art.145 CP)
5) Crime de Ameaça (§ único do Art.147 CP)

6) Crime de Violação de Correspondência (art. 151 e seguintes CP)


7) Violação de Segredo Profissional (art. 154 e seguintes)
8) Furto de Coisa Comum (art. 156, § 1º CP)
9) O crime contra o patrimônio sem violência ou grave ameaça à pessoa (furto,
apropriação em débito, estelionato, outras fraudes e receptação) quando o autor
deste crime for:
a) Ex-conjugue, separado judicialmente contra o outro ex-conjugue (art. 182,I CP)

Observação: Ex-conjugue divorciado Ação Penal Pública Incondicionada.

b) Irmão contra Irmão (art. 182, II CP).


c) Tio contra sobrinho, sobrinho contra tio morando sob o mesmo teto (art. 182, III
CP)
Observação: Morando em casa separada Ação Penal Pública Incondicionada.

Exemplo: Pedro subtraiu do seu tio veículo Ronda 2006, como advogado da vítima
assinale a opção correta:
A) Queixa Crime
B) Notícia Crime (Ação Penal Pública Incondicionada)
C) Representação
D) Denúncia

10) Dos crimes contra a liberdade sexual (Estupro, Atentado violento ao pudor, posse
sexual mediante fraude, atentado ao pudor mediante fraude, assédio sexual e
corrupção de menores) – Quando a vítima for pobre ou seus pais. (Art. 225, § 2º CP)

Observação: Estas são promovidas através da Queixa Crime, entretanto são


promovidos através da Ação Penal Pública Incondicionada.

Art. 213 e 216 A CP

Exemplo: A com 12 anos de idade foi vítima do crime de estupro praticado por seu
conhecido de 18 anos de idade. Assinale a opção correta:
A) Crime de Estupro / Queixa Crime
B) Crime de Estupro / Notícia Crime tendo em vista a vítima ser menor de 14 anos.
C) Crime de Estupro / Representação
D) N.R.A

Observação:
1) Para que a resposta seja Representação, é necessário que vítima seja pobre.
2) Para que a resposta seja Notícia Crime, é necessário que o autor seja o padrasto,
tutor ou curador.
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 Ação Penal Pública Condicionada a Requisição do Ministério da Justiça


– natureza jurídica de Requisição – é uma condição de procedibilidade para o MP
federal oferecer a denúncia nos crimes de Ação Penal Pública Condicionada a
representação. (Art. 24, 2ª parte CPP).
Observação: Estes crimes são: calúnia, difamação, injúria, contra a honra do
Presidente da República ou chefe de governo estrangeiro (1ª parte do § único do art
145 CP). Não há prazo para o Ministério da justiça oferece a requisição.
 Ação Penal Priva Exclusiva - o requerimento inicial desta ação é a queixa
oferecida pelo ofendido ou seu representante legal – art. 30 e 31 CPP.
Exemplo Crime contra a honra – art. 145 CP

•Os prazos da queixa crime nesta ação penal privada. São os mesmos da
representação (art. 38, CPP; art. 41 § 1º lei 5250/67 – crime de imprensa),
aplicando-se inclusive a Contagem de Prazo do Direito Penal.
Observação: A natureza Jurídica é decadencial.

• Os crimes de Ação Penal Privada Exclusiva


1) Crime contra a Honra – 1ª parte do art 145. CP, salvo quando:
a) For contra funcionário em razão da função – Condicionada a Representação.
b) Quando a vítima for o Presidente da República ou chefe de governo estrangeiro
– Pública Condicionada a Requisição do Ministro da Justiça.
c) Quando se trata de injúria real – Pública Incondicionada – art. 145, 2ª parte CP.
Observação: Injúria Real – são palavras injuriosas acompanhadas de agressão física
ou moral (art. 140, § 2º CP).
Se da Agressão Física ocorrer lesão corporal grave, o agente responderá mediante
concurso material pelos crimes de injúria e lesão corporal grave.

Calúnia – é o fato falso, definida como crime. Ex.: Quando fala fato especifico que
terceiro fez que configura crime. A calúnia ocorrerá de forma oral.
Por escrito vira denunciação caluniosa, dando origem a procedimento criminal
dizer que roubou determinado objeto de alguém.
Ler jurisprudência a respeito do tema nos arts. 138 – calúnia e 339 – denunciação
caluniosa.

Difamação: fato falso determinado que não configura crime. Ex.: Bicha porque você
esta se beijando com outro na esquina

Injúria - Art. 139 CP – são palavras isoladas. Ex.: Bicha


Art. 139 - Difamar alguém, imputando-lhe fato ofensivo à sua reputação:

2) Os crimes de Danos, a saber: (art. 167 CP)


a) Danos Simples – art. 163 CP

b) Dano Qualificado - normativo egoístico ou prejuízo considerável para a vítima –


art. 163, § único, IV CP.

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c) Introduzir ou manter animal em propriedade alheio sem consentimento do


dono causando-lhe prejuízo – art. 164 CP.

Observações:
1) Os demais são de Ação Penal Pública Incondicionada.
2) Crime de dano é punível tão somente na forma dolosa ocorrendo na forma
culposa à conduta é atípica por ausência de norma, tendo em vista que o art. 18,
§ único CP, admite a punição na forma Culposa quando previsto em lei.
3) Os crimes culposos são homicídios culposos, lesão corporal culposa, receptação
culposa e peculato culposo. Estes crimes não admitem tentativas, porém co-
autoria.
3) Crime de Incêndio – é um crime perigo
Obs.: o dano causado por incêndio ao imóvel localizado próximo a outros imóveis
de terceiros ou causando prejuízo à vida ou integridade física de pessoas, neste caso
o agente responderá pelo crime de incêndio, em razão do perigo aos outros imóveis
ou a vida ou integridade física de pessoas. Concurso Matéria, ou seja, diversas
ações diversos resultados. Art. 250 CP
Observação: o crime de dano só é punível na forma dolosa, ocorrendo na forma culposa, a
conduta é atípica por falta de norma.

Art. 18, § único CP


Observação: Os Crimes Culposos:
• Homicídio culposo;
• Lesão Corporal Culposa;
• Receptação Culposa;
• Peculato Culposo os demais são dolosos.
Art. 47 CP

Concurso Formal – uma única ação diverso do resultado

4) Fraude em Execução – art. 179,§único CP.


5) Os crimes contra a liberdade sexual – art. 213 a 216 A CP e 218 CP – regra conforme
art. 225 CP, salvo quando:
Estupro
Art. 213 - Constranger mulher à conjunção carnal, mediante violência ou grave
ameaça:

Atentado violento ao pudor


Art. 214

Posse sexual mediante fraude


Art. 215

Atentado ao pudor mediante fraude


Art. 216

Assédio sexual

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Art. 216-A
Corrupção de menores
Art. 218

a) A vítima for pobre ou seus pais são pobres – Pública Condicionada à


Representação. (art. 225, § 2º CP).

b) Quando o autor deste crime for o pai, curador, tutor ou padastro – Pública
Incondicionada (art. 225, § 1º, II CP).
c) Quando o crime de estupro ou atentado violento ao pudor, ocorrer à morte da
vítima ou lesão corporal grave – Ação Penal Pública Incondicionada – art. 223
CP.

Observações:
1) No crime de estupro ou atentado violento ao pudor ocorrerá concurso de agente,
através da co-autoria (quando mais de uma pessoa executa o crime ou encontra-se
presente na execução do delito) ou da participação (participe – não está presente no
local da execução, apenas contribuiu com levantamento, informações, pagamentos,
instigações, financiamento).
2) No crime de estupro ou atentado violento ao pudor para a defesa ocorrerá o crime
continuado (art. 71 CP), e jamais concurso material, quando dois acusados mantém
conjunção carnal com a vítima, um segura para o outro manter a conjunção carnal e
vice versa, mediante concurso de pessoas. (Art. 226, I CP)
3) Quando a mulher segura a vítima para o homem manter conjunção, a mulher
responderá por participe e o homem pelo crime de estupro na forma agravada
mediante concurso de pessoas. Art. 213 combinado com o Art. 226, I todos do CP.
4) O sujeito passivo do crime sexual mediante fraude é a mulher podendo ser honesta
ou não, devendo ocorrer a conjunção carnal mediante fraude. Art. 215 CP.
5) O sujeito passivo do crime de atentado ao pudor mediante fraude, pode ser tanto o
homem quanto a mulher.
A com 12 anos de idade manteve conjunção carnal com B de 18 anos mediante fraude, ao
prometer a vítima uma boneca Bardi. Qual a situação jurídica penal de B?
a) crime de estupro – em razão da violência presumida.
b) atentado violento ao pudor mediante fraude
c) corrupção de menores
e) N.R. A

6) Exercício Arbitrário pelas Próprias Razões sem Violência a pessoas – art. 345 CP

Observações: com violência a Ação é Pública Incondicionada

Ação Penal Privada Personalíssima – o requerimento inicial desta ação é a queixa


crime, oferecida tão somente pelo contraente enganado, no crime de induzimento a erro

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essencial e ocultação de impedimento. Prazo para oferecer a queixa é de 6 meses


começando a fluir a parir da data do transito em julgado da sentença que anula o
casamento (art. 236, § único CP).

Ação Penas Privada Subsidiária da Pública – ocorrerá quando o MP deixa de


oferecer a denuncia ao prazo legal (5 dias réu preso ou 15 dias réu solto) conforme
determina art. 29 CPP.
O requerimento inicial desta ação é a queixa crime, oferecida no prazo de 6 meses ou de 3
meses em caso de crime de imprensa, começando a fluir a partir do dia que esgotar o
prazo do MP para oferecer denúncia (art. 38 ultima parte CPP).

INQUERITO POLICAL – art. 157 CP


Art. 157 - Subtrair coisa móvel alheia, para si ou para outrem, mediante grave ameaça ou violência a pessoa, ou depois de
havê-la, por qualquer meio, reduzido à impossibilidade de resistência:
Oferece a Queixa Crime – Art. 29 CPP
Art. 29. Será admitida ação privada nos crimes de ação pública, se esta não for intentada no prazo legal, cabendo ao
Ministério Público aditar a queixa, repudiá-la e oferecer denúncia substitutiva, intervir em todos os termos do processo,
fornecer elementos de prova, interpor recurso e, a todo tempo, no caso de negligência do querelante, retomar a ação como
parte principal.
Recebimento da Queixa Crime – art. 394 CPP
Art. 394. O juiz, ao receber a queixa ou denúncia, designará dia e hora para o interrogatório, ordenando a citação do réu e
a notificação do Ministério Público e, se for caso, do querelante ou do assistente.
Interrogatório – art. 185 CPP
Art. 185. O acusado, que for preso, ou comparecer, espontaneamente ou em virtude de intimação, perante a autoridade
judiciária, no curso do processo penal, será qualificado e interrogado.
Defesa Prévia – art. 315 CPP
Prazo de 3 dias - Rol de Testemunhas
Art. 315. O despacho que decretar ou denegar a prisão preventiva será sempre fundamentado. (Redação dada pela Lei nº
5.349, de 3.11.1967)
Sumário de Acusação – art. 401 CPP
Art. 401. As testemunhas de acusação serão ouvidas dentro do prazo de 20 (vinte) dias, quando o réu estiver preso, e de
40 (quarenta) dias, quando solto.
Sumário de Defesa – art 396 c/c art. 401 CPP
Art. 396. Apresentada ou não a defesa, proceder-se-á à inquirição das testemunhas, devendo as da acusação ser ouvidas
em primeiro lugar.

Art. 401. As testemunhas de acusação serão ouvidas dentro do prazo de 20 (vinte) dias, quando o réu estiver preso, e de
40 (quarenta) dias, quando solto.
Diligência – art. 499 CPP
Prazo de 24 horas
Art. 499. Terminada a inquirição das testemunhas, as partes - primeiramente o Ministério Público ou o querelante,
dentro de 24 (vinte e quatro) horas, e depois, sem interrupção, dentro de igual prazo, o réu ou réus - poderão requerer as
diligências, cuja necessidade ou conveniência se origine de circunstâncias ou de fatos apurados na instrução, subindo logo
os autos conclusos, para o juiz tomar conhecimento do que tiver sido requerido pelas partes.
Alegações Finais – art. 500 CPP
Prazo 03 dias
Art. 500. Esgotados aqueles prazos, sem requerimento de qualquer das partes, ou concluídas as diligências requeridas e
ordenadas, será aberta vista dos autos, para alegações, sucessivamente, por 03 (três) dias:
I - ao Ministério Público ou ao querelante;
II - ao assistente, se tiver sido constituído;
III - ao defensor do réu.

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1º Acusador 2º Defesa
Apelação - art. 593 CPP
Prazo 05 dias
Art. 593. Caberá apelação no prazo de 5 (cinco) dias:
Julgamento da Apelação

Negado Provimento de Apelação por Negativa de Provimento da Apelação ou Recurso


Unanimidade de Votos – Prazo 15 dias no Sentido Estrito por maioria absoluta de votos.
Recurso Especial – art. 105, III, a CRFB/88. Prazo 10 dias. Embargos Infringentes e de
Art. 105 - Compete ao Superior Tribunal de Justiça: Nulidade – art. 609, § único CPP.
III - julgar, em recurso especial, as causas Art. 609. Os recursos, apelações e embargos serão
decididas, em única ou última instância, julgados pelos Tribunais de Justiça, câmaras ou turmas
pelos Tribunais Regionais Federais ou criminais, de acordo com a competência estabelecida
pelos tribunais dos Estados, do Distrito nas leis de organização judiciária. (Redação dada pela
Federal e Territórios, quando a decisão Lei nº 1.720-B, de 3.11.1952)
recorrida: Parágrafo único. Quando não for unânime a decisão
a) contrariar tratado ou lei federal, ou de segunda instância, desfavorável ao réu, admitem-se
negar-lhes vigência; embargos infringentes e de nulidade, que poderão ser
opostos dentro de 10 (dez) dias, a contar da publicação
de acórdão, na forma do art. 613. Se o desacordo for
parcial, os embargos serão restritos à matéria objeto de
divergência. (Parágrafo acrescentado pela Lei nº 1.720-B,
de 3.11.1952)

 Natureza Jurídica do Interrogatório defesa ou meio de prova.


 Para haver recurso especial a matéria deve ser de direito e pré-questionável
 Dois Recursos Privativos do Réu :
• Embargos Infringentes;
• Protesto por Novo Júri.
 A Defesa Prévia é cabível após o interrogatório.
 O perdão judicial só ocorrerá na Ação Penal Pública.
 Decadência, perempção, perdão aceito, renuncia – só ocorrem na Ação Penal Privada

Perempção – art. 60, I CPP – quando o querelante deixa de cumprir um ato processual no
prazo de 30 dias – Abandono do Processo. Extingue-se a punibilidade.
Prazo das alegações finais – 3 dias.
Só ocorrera nas Ações Penal Privada Exclusiva e Personalíssima.
Observações:
1) Não se aplica a perempção na Ação Penal Privada Subsidiária da Pública, uma vez que
o MP retornará a titularidade da Ação Penal, em razão da negligência do querelante
(art. 29, última parte CPP).
2) Logo, a perempção é causa extintiva de punibilidade tão somente na Ação Penal
Privada exclusiva ou personalíssima (art. 60, I CPP).
3) Da Ação Penal Pública:
O requerimento inicial desta ação é a denúncia oferecida pelo MP – art. 24 CPP

A Ação Penal Pública ou Privada se inicia com o recebimento da denúncia ou da


queixa – Art. 394 CPP

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Observações:
1) Esta decisão deverá ser bem fundamentada, sob pena de nulidade, uma vez que
toda decisão judicial art. 88 CRFB/88, exige a devida fundamentação. Art. 93, IX
CRFB/88.

2) O juiz não recebendo a queixa ou a denúncia caberá recurso em sentido estrito (art.
581, I CPP), salvo nos crimes de competência do Juizado Especial Criminal que o
recurso cabível é Apelação, no prazo de 10 dias (art. 82 lei 9099/95), também cabe
Apelação nos crimes de Imprensa art. 44 lei 5250/67.

3) Natureza Jurídica da Denúncia


a) Condenatória (regra)
b) Processual, uma vez que o pedido da denúncia é a pronúncia do réu, nos
crimes dolosos contra vida. (Crimes de Competência do Tribunal do Júri).

1ª Fase Sumariante – para demonstrar se o réu agiu com dolo. Transitando em julgado , o
Promotor promove o Libelo Condenatório. Na 1ª fase o Promotor oferece a denúncia e
pede a Pronúncia que leva ao Juiz , pronúncia, impronúncia, absolvição, sentença de
desclassificação; arts 408, 409, 410 e 411 CPP.
A sentença desclassificatória desconsidera o crime dolos para culposo ou preterdoloso art.
410 CPP.
Absolvição Sumária – quando o réu pratica o crime mediante uma das excludentes de
ilicitudes ou se o mesmo esta amparado.

Inimputável – é a decisão de mérito é faz coisa julgada material art. 74, II CPP. ??????????

Impronúncia – quando falta indício de autoria ou prova de materialidade - não faz coisa
julgada material.

Art. 574, I e II CPP – O juiz recorre de sua própria sentença para pronuncia = Recurso de
Ofício ou obrigatória = da sentença Absolutória Sumária também ocorre quando juiz
concede de ofício. ............. e também quando concede a .......... do réu ????????

Havendo o transito em julgado o MP oferece o Libero Acusatório. Desse pedido o


conselho de sentença decide pela absolvição, condenação ou pela desclassificação, arts 386,
387 CPP.

Qual a Natureza Jurídica da Pronúncia – decisão interlocutória mista não terminativa

Qual a natureza jurídica da Impronúncia – é uma decisão sem julgamento de mérito que
põe fim ao processo.

Natureza Jurídica da Queixa Crime


a) Condenatória
b) Processual – uma vez que o pedido da queixa é a pronuncia do réu, na Ação Penal
Privada Subsidiária da Pública nos crimes dolosos contra a vida.

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PRINCÍPIOS DA AÇÃO PENAL


1) Conveniência ou Oportunidade 1) Obrigatoriedade
2) Disponibilidade 2) Indisponibilidade
3) Indivisibilidade 3) Indivisibilidade
4) Responsável Penal Pessoal ou da 4) Responsável Penal Pessoal ou da
Intranscedência – ação penal não passa da Intranscedência – ação penal não passa da
pessoa do acusado para sua família pessoa do acusado para sua família
5) Da Oficialidade – tão somente da Ação
Penal Pública Incondicionada

Princípios do Processo Penal


1) Da Verdade Real;
2) Da Igualdade Processual das partes;
3) Da Identidade Física do Juiz;
4) Do Contraditório;
5) Da Ampla Defesa;
6) Do Devido Processo Legal.

As causas Extintivas de Punibilidade da Ação Penal Privada.


1) Decadência;
2) Perempção;
3) Perdão Aceito;
4) Renúncia do Direito de Ação.
Observação: O Perdão Aceito estende-se também ao outro, salvo se este não concordar
com o perdão. Art. 51 CPP.
Observação: A Renúncia do Direito de Queixa estende-se aos demais querelados em razão
ao Princípio da Individualidade – art. 49 CPP

Da Prisão:
1) Prisão por Pena (definitiva) – ocorrerá com o Transito em Julgado da Sentença
Condenatória, chamada também de Prisão Definitiva.
2) Prisão sem culpa ou processual ou Cautelar ou Provisória (esta preso por um
processo sem culpa formada) – poderá ser modificada a qualquer tempo a saber:
a. Prisão em Flagrante (art. 301 e seguintes CPP)
Natureza jurídica – Ação Penal Cautelar de natureza Processual, podendo ser
modificada antes do Transito em Julgado da Sentença Condenatória.
- Flagrante Obrigatório – quem tem o dever de prender em flagrante –
autoridade policial ou seus agentes (art. 301, 2ª parte CPP)
- Flagrante Facultativo – quem poderá prender em flagrante – qualquer
pessoa do povo, Juiz ou Promotor.
- Os requisitos autorizadores da prisão em flagrante , ou seja as
circunstâncias flagranciais autorizadoras da prisão em flagrante a saber:
 Flagrante Próprio ou Real (art. 302, I e II CPP), quando o agente está

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praticando o crime ou acabou de praticar devendo neste caso constar


no APF – auto de prisão em flagrante, esta circunstância, sob pena de
nulidade da prisão tendo em vista que o réu não se encontrava em
estado de flagrante, devendo a mesma ser relaxada.
 Flagrante Impróprio ou Quase Flagrante (art. 302, III CPP), quando
ao chegar no local do fato, logo após , sai em perseguição do réu,
sendo encontrado, horas ou dias depois, dá-lhe voz de prisão,
lavrando o APF, devendo constar a circunstância flagrancial que se
encontrava o réu, sob pena de ser relaxada a prisão em razão do
motivo apontado.
 Flagrante Presumido ou Ficto (art. 302, IV CPP), quando logo, após
ao sair do local do fato é encontrado o réu com a arma do crime ou
objeto da vítima, dá-lhe voz de prisão, para presumir ser ele o autor
do fato, devendo constar na APF esta circunstância, sob pena dos
motivos apontados.
Os Flagrantes Válidos:
- Próprio ou Real;
- Impróprio ou Quase Flagrante;
- Flagrante Presumido ou Ficto;
- Flagrante Esperado
Os Flagrantes não Válidos:
- Preparado – Súmula 145 STF) – pela polícia;
- Provocado – este pelo particular;
- Forjado.

b. Prisão Preventiva – Art. 311 e 312 CPP


Natureza Jurídica – é uma prisão cautelar de natureza processual.

Requisitos Autorizadores da Prisão Preventiva – art. 312 CPP


a) Garantia da Ordem Pública ou Econômica;
b) Por Conveniência da Instrução Criminal;
c) Para assegurar aplicação da lei penal.
Observação:
1) Já as provas do delito e indícios suficientes de autoria, não são elementos
autorizadores da Prisão Preventiva, porém “complementares”.
2) A prisão preventiva poderá ser decretada no curso do “Inquérito Policial” ou
da Instrução Criminal, a requerimento
a) Ministério Público – MP;
b) Querelante da ação penal privada;
c) Mediante representação da autoridade policial

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c. Prisão Temporária – lei 7960/89


Art. 1º lei 7960/89
Art 1° - Caberá prisão temporária:

Prazo para Prisão Temporária


a) 5 dias, renovada por mais 5 dias, crime não hediondo.
b) 30 dias renovada por mais 30 dias, crime hediondo.

Observação: A Natureza Jurídica da Prisão Temporária é cautelar de


natureza processual.
Assim sendo, o juiz poderá chamara a prisão temporária de cautelar ou
processual ou preventiva, tendo de estabelecer o prazo da prisão.

Diferença entre a Prisão Temporária e a Preventiva:


 Prisão Temporária – poderá ser decretada tão somente em sede policial
(verificação de processo de inquérito, inquérito policial.)
 A Prisão Preventiva poderá ser decretada no Inquérito Policial ou na
Instrução criminal. Logo o Juiz não poderá decretar prisão preventiva em
sede de VPI, não podendo também decretar prisão temporária

Pergunta: Paulo, após seu interrogatório judicial, o Juiz decretou a sua prisão
cautelar.
Como advogado do Réu assinale a opção correta:
a) Revogação da Prisão Preventiva;
b) Revogação da prisão temporária;
c) A e B estão corretos
d) Relaxamento de prisão.
Observação: Para o Juiz decretar a prisão preventiva ou temporária deverá
fundamentar a sua decisão, sob pena de nulidade absoluta, eis que a
fundamentação é imprescindível para a validade de qualquer decisão
judicial – art. 93, IX CRFB/88 e art. 115 CPP.

Prisão por força da pronúncia – art. 408, § 1º CPP - ocorrerá quando o juiz
pronunciar o Réu existindo os autos um dos requisitos autorizadores da
prisão preventiva poderá o julgador decretar esta prisão.
Liberdade Provisória (pelo processo) – é um instituto do processo penal que
garante ao Réu a responder o processo em liberdade até o transito em
julgado da sentença condenatória.

Já o Livramento Condicional é um instituo do processo penal que garante ao


apenado a cumprir o restante da pena em liberdade, condenado, a pena igual
ou superior a dois anos (inferior não tem direito), desde que tenha
cumprido:
Livramento Condicional (esta preso pela pena) => liberdade para cumprir o

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restante da pena em liberdade


a) Mais de 1/3 da pena, rei reincidente não em crime doloso e réu primário
de bons ou maus antecedentes (art. 83, I CP).

b) Mais da metade tratando-se de réu reincidente em crime doloso (art. 83, II


CP).
.

c) Mais de 2/3 condenado em crime hediondo (art. 83, V CP).


Observação: O crime hediondo não permite a progressão de regime,
porque o réu deverá cumprir a sua pena em regime fechado, obtendo o
Livramento Condicional quando cumprido mais de 2/3 da pena.

Observações:
1) Réu reincidente em crime hediondo, não fará jus ao Livramento
Condicional.
2) Réu condenado à pena inferior a dois anos, reincidente em crime doloso
não terá direito a livramento Condicional, porém a progressão de regime
ou indulto.
3) Reincidente, quando o Réu pratica novo crime depois do transito em
julgado do primeiro crime – (Art. 63 CP).
Observações Importantes:
 Ler Jurisprudência do art. 63 CP
 Ler art. 77 CP – suspensão condicional da pena (sursis)

 Ler art. 89 lei 9099/95 – suspensão condicional do processo


1) Réu preso através da prisão em flagrante, para responder o processo em liberdade
deverá requerer:
A) Liberdade Provisória Obrigatória (art. 310 combinado com o art 34 CPP);

B) Liberdade Provisória Vinculada (art. 310 § único CPP);

C) Relaxamento de Prisão (art. 5º, LXV CRFB/88)


2) O réu preso através da prisão preventiva para responder processo solto deverá
requerer revogação da prisão preventiva – art. 316 CPP
Liberdade Provisória Obrigatória – quando o réu praticou o crime mediante as
excludentes de ilicitude (legítima defesa, esta de necessidade, exercício regular do
direito ou estrito cumprimento do dever legal – art. 23 CP), devendo o Juiz conceder a
liberdade, tendo em vista que o julgador não poderá decretar prisão preventiva do Réu
que praticou fato também mediante as excludentes de ilicitude – (art. 310 combinado
com o art. 314 CPP).

Observação: O Delegado poderá autuar o réu em flagrante delito e constar numa APF
(Autos de Prisão em Flagrante) a excludente de ilicitude que se encontrava o réu (caput

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art. 310 CPP) ou então instaura-se o IP (Inquérito Policial) e indica o réu, sob pena de
praticar o Crime de Prevaricação (art. 319 CPP).

Liberdade Provisória Vinculada – quando verificar no APF a inocorrência dos


requisitos autorizadores da prisão preventiva (garantia da ordem pública ou econômica,
por conveniência da instrução criminal ou para assegurar a aplicação da lei penal,
conforme determina art. 310 § único CPP, devendo demonstrar ausência desse requisitos
através dos antecedentes criminais, das provas de trabalho e de residência. Este requisitos
chama-se Subjetivos do Acusado (requisitos subjetivos).

Observação: Réu preso tem flagrante por crime inafiançável, a prisão é legal e não praticou crime
mediante as excludentes de ilicitude a defesa deverá requerer a liberdade provisória vinculada,
demonstrando a ausência dos requisitos da prisão preventiva.

Observação: A liberdade provisória para o próprio Código Processo Penal, não é o direito do réu,
porém uma faculdade do julgados, tendo em vista a expressão “poderá” contida no caput art. 310
CPP. Já para a doutrina e a Jurisprudência a liberdade provisória é um direito subjetivo do réu de
natureza processual.

Liberdade Provisória Mediante Pagamento de Fiança – todos os crimes de


detenção são afiançáveis quando a pena mínima cominada ao crime for igual ou inferior a
2 anos de reclusão (art. 323, I CPP).
Observação: Para usufruir fiança o réu não poderá ser reincidente em crime doloso. (art.
323, III CPC)

Relaxamento de Prisão – ocorrerá quando a prisão for ilegal.

Revogação da prisão Preventiva – ocorrerá quando não existir mais o motivo da


prisão preventiva, conforme determina o art. 316 CPP.

Recursos Penais:
 Recurso no Sentido Estrito (art. 58 CPP);
 Embargos de Declaração (art. 382 e 619 CPP);

 Apelação (593 CPP);


 Protesto por Novo Júri (art. 607 CPP),

 Embargos Infringentes e de Nulidade (art. 609, § único CPP);

 Recurso Ordinário em Habeas Corpus (art. 105, II, “a” CRFB/88);

 Carta Testemunhal (art. 639 CPP);


Observação: Ler o art. 581 e 593, II CPP – depois responder a questão 7 do questionário.

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