Este documento descreve o conceito de normalização proposta por Sherif, no qual normas sociais são formadas através da influência mútua entre indivíduos em situações ambíguas. Sherif conduziu experimentos mostrando como normas individuais convergem para normas de grupo e continuam a ser seguidas mesmo quando os indivíduos estão isolados. As normas surgem de quadros de referência compartilhados que surgem do contato entre pessoas.
Este documento descreve o conceito de normalização proposta por Sherif, no qual normas sociais são formadas através da influência mútua entre indivíduos em situações ambíguas. Sherif conduziu experimentos mostrando como normas individuais convergem para normas de grupo e continuam a ser seguidas mesmo quando os indivíduos estão isolados. As normas surgem de quadros de referência compartilhados que surgem do contato entre pessoas.
Este documento descreve o conceito de normalização proposta por Sherif, no qual normas sociais são formadas através da influência mútua entre indivíduos em situações ambíguas. Sherif conduziu experimentos mostrando como normas individuais convergem para normas de grupo e continuam a ser seguidas mesmo quando os indivíduos estão isolados. As normas surgem de quadros de referência compartilhados que surgem do contato entre pessoas.
Situando-nos ainda no interldio da dinmica de grupos, este artigo vai
procurar descrever o contributo de Sherif para o estudo dos processos de influncia social, mais especificamente, a normalizao. As normas so um factor imprescindvel na nossa vida, permitindo uma certa estabilidade do meio e uma maior facilidade na aprendizagem de comportamentos. Por outro lado, sem as normas a relao interpessoal seria dificultada, ou seja, no conseguiramos descodificar, nem prever o comportamento das pessoas com quem estabelecssemos uma interaco. Para Sherif (1969)1 as normas so uma escala de referncias ou avaliaes que define a gama de comportamentos, atitudes e opinies permitidas e repreensveis. Tendo como ponto de partida o conceito quadro de referncia, que se traduz na tendncia generalizada que os indivduos possuem de organizarem as suas experincias e estabelecerem relaes entre estmulos internos e externos com o intuito de dar significado aquilo que experimentado, Sherif (1936) conduziu uma experincia com base no efeito auto cintico, para mostrar experimentalmente como ocorre o processo de formao de normas. De acordo com Garcia-Marques (2000) 2, este efeito foi pela primeira vez identificado em astronomia e consiste num fenmeno perceptivo bastante fcil de reproduzir. De facto, basta colocar um indivduo numa sala totalmente s escuras e acender uma luz fraca durante um momento e este ver a luz mover-se. Contudo, a verdade que a luz mantm-se imvel. Deste modo, tendo como base um estmulo ambguo, Sherif colocou como hipteses: a)
numa situao marcada pela incerteza, um indivduo procura
estabelecer uma norma que lhe permita estabilizar a situao;
b)
numa situao marcada pela incerteza vrios indivduos que possuem
estatutos equivalentes, podero influenciar-se mutuamente por forma a produzir normas aceitveis por todos;
c)
as normas estabelecidas numa situao de grupo manter-se-o,
aquando da posterior insero de cada indivduo isolado na mesma situao.
Assim, os indivduos tinham que avaliar, numa sala completamente s
escuras, a deslocao de um ponto luminoso, efectivamente fixo, e efectuar estimativas. Numa primeira condio experimental, os sujeitos so estimulados individualmente e, portanto, criam um quadro de referncia (norma) individual. Posteriormente, so colocados numa situao de grupo e fazem convergir as normas individuais para as normas de grupo. Numa segunda condio experimental criado, inicialmente, um quadro de referncia a nvel grupal e, posteriormente, os indivduos so colocados isolados na mesma situao. Neste caso, os quadros de referncia continuaram a ser utilizados mesmo na ausncia de um grupo, o que nos leva a concluir que os grupos so geradores de quadros de referncia para a relao dos indivduos com o meio que os envolve. Concluindo, o fundamento psicolgico do estabelecimento de normas sociais, tais como os esteretipos, as modas, as convenes, os costumes e os valores, a formao de quadros de referncia comuns enquanto produtos do contacto dos indivduos entre si (Sherif, 1947)3. 1 Texto de apoio elaborado para a cadeira de Psicologia Social do curso de Gesto de Empresas do ISCTE 1982/83: Introduo ao Estudo da Influncia
Social - Vala, J & Amngio, L.
2 Garcia-Marques, L. (2000). O inferno so os outros: Estudo da influncia social. In Vala, J. & Monteiro, M. B. (Eds.), Psicologia Social. Lisboa: Fundao Calouste Gulbenkian (pp.227-292) 3 - Texto de apoio elaborado para a cadeira de Psicologia Social do curso de Gesto de Empresas do ISCTE 1982/83: Introduo ao Estudo da Influncia