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Ano IV • Nº 39 • Novembro 2002 • R$ 6,00

Embalagem
agrega valor
e ajuda a
consolidar
mercado em
expansão

www.embalagemmarca.com.br

especial: 4ª semana abre de design de embalagem


Uma andorinha só não faz verão
F al­sa mo­dés­tia é uma
das prá­ti­cas me­nos
re­co­men­dá­veis na
mo­des­tos, se não vís­se­mos
nis­so um in­dí­cio de que
nos­so tra­ba­lho é bom. Por
im­pres­são e do aca­ba­men­
to grá­fi­co, fei­tos pela Con­
graf, o que ocor­reu é re­su­
vida, e nós em Emb ­ a­la­ amor pró­prio, acre­di­ta­mos mi­do a se­guir. Na fase
gem­Marc ­ a pro­cu­ra­mos es­tar acer­tan­do em nos­so fi­nal da im­pres­são em
não cul­ti­vá-la. Igual­men­te, es­for­ço de fa­zer uma qua­tro co­res, foi fei­ta apli­
mo­dés­tia de­mais pode pu­bli­ca­ção cor­re­ta, agra­ ca­ção de ver­niz fos­co on
pa­re­cer fra­que­za. Já amor dá­vel de ler, bem apre­sen­ line, à base de água, em
pró­prio não faz mal a nin­ ta­da e com­pro­me­ti­da com to­das as fo­lhas. O re­sul­ta­
guém, des­de que não seja a éti­ca. Aplau­sos ser­vem do foi o que tan­to cha­mou
ex­ces­si­vo, pois aí é so­ber­ de es­tí­mu­lo para fazê-la a aten­ção dos lei­to­res:
ba, ar­ro­gân­cia. Isso é pos­ sem­pre me­lhor, e nos­sa pa­pel “mais ma­cio”, com
to aqui como preâm­bu­lo equi­pe não pou­pa es­for­ços cer­to bri­lho mo­de­ra­do,
Modéstia demais de uma ex­pli­ca­ção que para con­se­guir. Po­rém, ele­gan­te, nas pá­gi­nas
que­re­mos re­gis­trar, ao se­ria so­ber­ba não re­gis­trar in­ter­nas, en­quan­to o bri­
pode parecer agra­de­cer­mos os elo­gios que mui­to des­se re­sul­ta­do lho na­tu­ral do pa­pel de
fraqueza. Já amor que lei­to­res e ami­gos têm se deve à qua­li­da­de do tra­ capa fi­cou real­ça­do. O
próprio não faz fei­to ao aca­ba­men­to grá­fi­ ba­lho de nos­sos for­ne­ce­ res­to é tra­ba­lho fei­to com
mal a ninguém, co da edi­ção an­te­rior da do­res. Afi­nal, como en­si­na se­rie­da­de e ca­ri­nho.
re­vis­ta e a seu con­teú­do. o pro­vér­bio, uma an­do­ri­ Até de­zem­bro.
desde que não Se­r ía­m os mo­d es­t os nha só não faz ve­rão.
seja excessivo de­mais, ou fal­sa­men­te No caso es­pe­cí­fi­co da Wil­son Pa­lha­res
novembro 2002
Diretor de Redação
Wilson Palhares
palhares@embalagemmarca.com.br

6
Reportagem
capa: ices redacao@embalagemmarca.com.br
Em amadurecimento, Flávio Palhares
mercado de bebidas flavio@embalagemmarca.com.br
Guilherme Kamio
ice se diversifica, e guma@embalagemmarca.com.br
embalagens cumprem Leandro Haberli
papel ativo em sua leandro@embalagemmarca.com.br

estratégia comercial Colaboradores


Josué Machado e Luiz Antonio Maciel
Diretor de Arte
Carlos Gustavo Curado

39
materiais arte@embalagemmarca.com.br

PET aposta na trans­ Administração


parência para Marcos Palhares (Diretor de Marketing)
Eunice Fruet (Diretora Financeira)
ganhar mercado de
águas minerais em Departamento Comercial
comercial@embalagemmarca.com.br
galões de 20 litros Wagner Ferreira
Circulação e Assinaturas
Marcella de Freitas Monteiro
assinaturas@embalagemmarca.com.br
Assinatura anual: R$ 60,00

Público-Alvo

15
Em­ba­la­gem­Mar­ca é di­ri­gi­da a pro­fis­sio­nais que
documento ocu­pam car­gos téc­ni­cos, de di­re­ção, ge­rên­cia
Sob o tema “As quatro e su­per­vi­são em em­pre­sas for­ne­ce­do­ras, con­
faces do design”, 4ª ver­te­do­ras e usuá­rias de em­ba­la­gens para
alimentos, be­bi­das, cos­mé­ti­cos, me­di­ca­men­
Semana Abre do Design tos, ma­te­riais de lim­pe­za e home ser­vi­ce, bem
de Embalagem movi­ como pres­ta­do­res de ser­vi­ços re­la­cio­na­dos
com a ca­deia de em­ba­la­gem.
mentou o setor
Tiragem desta edição
8 000 exemplares
Filiada ao

30
logística
Produtor tocantinense
de abacaxis consegue
vender em mercados
estrangeiros graças a Im­pres­sa em pa­pel da Ripasa – 0800-113257
Image Art 145 g/m2 (capa)
embalagem apropriada
e Image Mate 115 g/m2 (miolo)

42 Painel gráfico Próxima Edição:


Novidades do setor, da criação • Tendências e perspectivas na Impressão: Congraf – (11) 5563-3466
ao acabamento de embalagens área de embalagem para 2003.

47 Panorama
• Cobertura do Emballage’2002
foto de capa: studio ag – andré godoy

EmbalagemMarca é uma publicação


Movimentação na indústria de mensal da Bloco de Comunicação Ltda.
Rua Arcílio Martins, 53 • Chácara Santo
embalagens e seus lançamentos Antonio - CEP 04718-040 • São Paulo, SP

48 Display
Tel. (11) 5181-6533 • Fax (11) 5182-9463

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Lançamentos e novidades – e
seus sistemas de embalagem O con­teú­do edi­to­rial de Em­ba­la­gem­Mar­ca é
res­guar­da­do por di­rei­tos au­to­rais. Não é per­

50 Almanaque
mi­ti­da a re­pro­du­ção de ma­té­rias edi­to­riais
pu­bli­ca­das nes­ta re­vis­ta sem au­to­ri­za­ção da
Fatos e curiosidades do mundo Blo­co de Co­mu­ni­ca­ção Ltda. Opi­niões ex­pres­
sas em ma­té­rias as­si­na­das não re­fle­tem
das marcas e das embalagens ne­ces­sa­ria­men­te a opi­nião da re­vis­ta.
reportagem de capa

Emergentes
quebram o gelo
Por Guilherme Kamio

S
aem de cena os co­pos com Fór­mu­las e apre­sen­ta­ções
mis­tu­ras exó­ti­cas, or­na­dos
com azei­to­nas ou ce­re­jas. das be­bi­das ice se di­ver­si­fi­cam
En­tram, em seu lu­gar, gar­ra­fas
e la­tas. Para a tris­te­za dos bar­
se­guin­do ex­pan­são
men, os atuais drin­ques da moda já vêm dos
fa­bri­can­tes pron­tos para be­ber, e no gar­ga­lo
mes­mo. São as be­bi­das ice, ou al­co­pops,
so­das de bai­xo teor al­coó­li­co que fa­zem
su­ces­so no mun­do in­tei­ro há al­gum tem­po e
que vi­vem ago­ra a sua ex­plo­são no Bra­sil.
Le­van­ta­men­tos da Da­ta­mark apon­tam
que es­sas be­bi­das li­de­ra­ram a re­la­ção dos
vin­te seg­men­tos de con­su­mo com me­lhor
de­sem­pe­nho em 2001, cres­cen­do 49% em
ven­das em re­la­ção ao exer­cí­cio an­te­rior.
Ou­tro ins­ti­tu­to de pes­qui­sas, o AC Niel­sen,
cal­cu­la que a ca­te­go­ria vem cres­cen­do em
mé­dia 30% nos úl­ti­mos dois anos no país.
“As be­bi­das ready-to-drink já têm um
pú­bli­co con­su­mi­dor de mais de 3 mi­lhões Smirnoff:
de pes­soas no país”, afir­ma Pe­dro Men­ início do
don­ça, ge­ren­te de mar­ke­ting da Dia­geo, boom

em­pre­sa que ini­ciou o boom do segmento


ao lan­çar a Smir­noff Ice em 1999.
Essa gran­de acei­ta­ção vem oca­sio­nan­
do um mo­vi­men­to pre­vi­sí­vel. Um sem-nú­
studio ag – andré godoy

me­ro de mar­cas está in­va­din­do o mer­ca­do, de pres­tí­gio da sea­ra das be­bi­das quen­tes
com no­vos sa­bo­res e com­po­si­ções al­coó­li­ (spi­rits) e se so­li­di­fi­ca­ram como pro­du­tos
cas. Se no iní­cio ha­via ape­nas as ices de de va­lor agre­ga­do con­si­de­rá­vel, cus­tan­do o
vod­ca, hoje o con­su­mi­dor tem à mão ver­ do­bro ou mais que as con­cor­ren­tes cer­ve­
sões com rum, te­qui­la, ab­sin­to e, ago­ra, o jas, os fa­bri­can­tes não vêm pou­pan­do na
uís­que e a ca­cha­ça tam­bém es­tão que­ren­do criação de suas em­ba­la­gens. Eles bus­cam
na­cos des­se mer­ca­do. Nes­sa di­ver­si­fi­ca­ res­sal­tar uma per­cep­ção pre­mium, o que
ção, uma pro­pos­ta per­ma­ne­ce co­mum a vem sen­do pro­lí­fi­co para di­ver­sos ato­res da
pra­ti­ca­men­te to­das as mar­cas: uma co­mu­ ca­deia de em­ba­la­gem.
ni­ca­ção mo­der­na e en­vol­ven­te, fei­ta sob
me­di­da para ca­ti­var o pú­bli­co-alvo, jo­vens So­pro à long neck
com ida­de en­tre 18 e 25 anos e ha­bi­tués Um de­les é o se­tor vi­drei­ro, que en­con­trou
das ba­da­la­ções no­tur­nas. E como as ices nas ices um ni­cho ren­tá­vel para am­pliar o
são ge­ral­men­te apa­dri­nha­das por mar­cas es­coa­men­to das gar­ra­fas long neck. “Elas

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já cria­ram uma for­te iden­ti­fi­ca­ção com o Ices dão vigor à lata
vi­dro”, diz Ale­xan­dre Mar­che­zi­ni, di­re­tor de aço; Orloff Ice,
co­mer­cial da Cis­per, uma das mais tra­di­ com rótulo serigráfi-
co, tem a roqueira
cio­nais vi­dra­rias do país. Se­gun­do ele, Syang como nova
cer­ca de 70 mi­lhões de gar­ra­fas serão for­ garota-propaganda
ne­ci­das só pela Cis­per ao seg­men­to neste
ano. “É um mon­tan­te ain­da tí­mi­do se com­
pa­ra­do com a de­man­da das cer­ve­ja­rias,
mas pro­mis­sor”, ele apon­ta.
Mar­che­zi­ni sus­ten­ta que con­ta pon­tos a
fa­vor do vi­dro a pos­si­bi­li­da­de de cria­ção
de for­ma­tos di­fe­ren­cia­dos de gar­ra­fas, o
que vai ao en­con­tro do per­fil do pro­du­to.
“A maio­ria dos fa­bri­can­tes de ices está
cons­cien­te da for­ça que um sha­pe per­so­
na­li­za­do dá às mar­cas, tan­to que a maio­ria
das que aten­de­mos tem sua gar­ra­fa pró­
pria”, con­ta o exe­cu­ti­vo da Cis­per.
An­dré Ri­car­do Li­be­ra­li, di­re­tor co­mer­

fotos: divulgação
cial e de mar­ke­ting da área de em­ba­la­gens
da Saint-Go­bain, tam­bém com clien­tes na
área, con­cor­da e ain­da res­sal­ta ques­tões
téc­ni­cas, como a re­sis­tên­cia à mi­gra­ção de
ga­ses e ao tra­va­men­to das tam­pas, como é li­mi­ta­da em di­ver­sas ca­sas no­tur­nas, o
trun­fos do vi­dro. “Ade­mais, a trans­pa­rên­cia que é uma opor­tu­ni­da­de para o aço.”
e a pos­si­bi­li­da­de va­ria­da de aca­ba­men­tos
das long necks po­dem dar ao pro­du­to a Ape­lo do bom vi­sual
ima­gem de fres­cor sus­ci­ta­da pelo seu ob­je­ A fran­ca ex­pan­são dos al­co­pops vem tam­
ti­vo de mar­ke­ting”, lem­bra Li­be­ra­li. Mar­ bém sen­do co­me­mo­ra­da pela in­dús­tria de
che­zi­ni ex­pli­ci­ta esse ra­cio­cí­nio atra­vés da ró­tu­los. Di­fe­ren­te­men­te das long necks
Or­loff Ice, da Sea­gram Per­nod Ri­card, cuja para cer­ve­ja, nas quais pre­do­mi­na a ro­tu­la­
gar­ra­fa já sai da Cis­per pron­ta, de­co­ra­da em gem com cola, a par­tir de ma­ga­zi­nes, os
pro­ces­so se­ri­grá­fi­co, co­nhe­ci­do como ACL re­ci­pien­tes das ices vêm ado­tan­do em lar­
(Ap­plied Ce­ra­mic La­bel), o mes­mo dos ga es­ca­la as so­lu­ções auto-ade­si­vas. “Acre­
cas­cos de re­fri­ge­ran­tes, que per­mi­te im­pres­ di­ta­mos que essa pre­fe­rên­cia aten­de à
são em até qua­tro co­res. ne­ces­si­da­de de al­ter­na­ti­vas de de­co­ra­ção
To­da­via, ape­sar de ar­rai­ga­da, a par­ti­ci­ que tra­du­zam a per­so­na­li­da­de do pro­du­to,
pa­ção das long necks não é he­ge­mô­ni­ca numa lin­gua­gem mo­der­na e ao mes­mo
en­tre as ices. Al­gu­mas em­pre­sas tam­bém tem­po so­fis­ti­ca­da”, ar­gu­men­ta Rosa Ma­ria
vêm po­si­cio­nan­do mar­cas com o uso das Mu­niz, do de­par­ta­men­to de mar­ke­ting da
la­tas, ca­sos da Ko­vak Ice, do Gru­po Tho­ Pro­des­maq, for­te atuan­te nes­sa área de
qui­no, e da Cai­pi­ri­nha em Lata e da First con­ver­são.
Ice, am­bas da IRB (Gru­po Ta­tu­zi­nho-3 Se­gun­do ela, amos­tras opor­tu­nas des­sa
Fa­zen­das). Tal es­co­lha vem ar­re­gi­men­tan­ ten­dên­cia ino­va­do­ra, por serem recentes,
do es­pa­ço para as la­tas de aço slim – no po­dem ser da­das atra­vés dos ró­tu­los de
caso das mar­cas aci­ma ci­ta­das, oriun­das da duas mar­cas aten­di­das pela Pro­des­maq, o
Com­pa­nhia Bra­si­lei­ra de La­tas (CBL). “A John­nie Wal­ker One, da Dia­geo, e o Tea­
lata de aço é uma op­ção atra­ti­va em ter­mos cher’s TG, da Al­lied Do­mecq, que mar­
de pre­ço e de po­si­cio­na­men­to, já que dá cam a es­tréia do uís­que na sea­ra na­cio­nal
uma cara jo­vem ao pro­du­to”, diz Car­los das ices. O One, com gar­ra­fa da Cis­per, é
Ma­ta­raz­zo, ge­ren­te de mar­ke­ting e de­sen­ com­pos­to por mal­tes im­por­ta­dos, água
vol­vi­men­to da CBL. “Vale também lem­ ga­sei­fi­ca­da e aro­mas, en­quan­to o TG, com
brar que a pre­sen­ça de re­ci­pien­tes de vi­dro gar­ra­fa da Saint-Go­bain e vi­sual cria­do

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pela agên­cia Pac­ka­ging De­sign, do Rio de
Ja­nei­ro, mis­tu­ra o des­ti­la­do com gua­ra­ná.
Rosa des­ta­ca ain­da uma pos­si­bi­li­da­de
atraen­te para os en­gar­ra­fa­do­res com a par­
ce­ria da Pro­des­maq com a Cis­per, en­vol­
ven­do o John­nie Wal­ker One, na qual as
gar­ra­fas do pro­du­to são ro­tu­la­das na pró­
pria vi­dra­ria, che­gan­do pron­tas ao clien­te.
Quem tam­bém ates­ta o ga­lo­pe da par­ti­
ci­pa­ção das ices em seu ne­gó­cio é a Her­vás,
que aten­de cer­ca de qua­ren­ta mar­cas do
seg­men­to. “Essa área está se re­ve­lan­do
mui­to pro­fis­sio­nal, pois os clien­tes par­ti­ci­
pam ati­va­men­te da es­co­lha do material e do
vi­sual dos ró­tu­los”, con­ta Hé­lio Cé­sar Al­le­
man, di­re­tor co­mer­cial da Her­vás. “Tam­
bém há exi­gência quan­to à re­sis­tên­cia dos
ró­tu­los à umi­da­de, às bai­xas tem­pe­ra­tu­ras e
à rin­sa­gem dos va­si­lha­mes.” Por isso, diz
ele, a pre­fe­rên­cia tem sido pelo BOPP,
subs­tra­to que alia em boa me­di­da atri­bu­tos
téc­ni­cos e de aca­ba­men­to.
Caso in­te­res­san­te da Her­vás, per­ti­nen­te
ao seg­men­to, é que seus ró­tu­los não es­tão
so­men­te sen­do uti­li­za­dos pe­las ices em
long neck. La­ti­nhas de aço slim, como as
que acon­di­cio­nam a Cai­pi­ri­nha em Lata e
a First Ice, al­co­pops da IRB, tam­bém es­tão

Ices de uísque, rótulos da Prodesmaq

nov 2002 • embalagemmarca – 9


A qualidade Cong r
Kit Presenteável
Estojos e Berços com Cortes
Especiais

Desenvolvimento
da Congraf em
Plotter Marbach

ata
Hot Stamping Pr
com Relevo Seco
Hot Stam
ping Azul
Verniz
Rótulos Cartuchos Finos para Cosméticos Setor Alimentício
bloco
raf ao seu alcance
lável
Lacre Invio
Meio Corte Re­vo­lu­ção em bus­ca
Especial da evo­lu­ção... Esse é o
jei­to de ser da Con­graf.

udo co­me­çou quan­do, em


T 1972, o amor pela pro­fis­são
grá­fi­ca tor­nou-se um em­preen­
di­men­to. Da bus­ca, na Ale­ma­nha,
por equi­pa­men­tos grá­fi­cos de
pon­ta à im­plan­ta­ção da pré-
im­pres­são den­tro da grá­fi­ca,
ino­var sem­pre foi a vo­ca­ção
Jane da Con­graf, que ago­ra re­vo­lu­
la
Acet de cio­na mais uma vez, com o Com­
ato pu­ter To Pla­te (CTP), que eli­mi­na o
fo­to­li­to, au­men­ta a ve­lo­ci­da­de e a
qua­li­da­de fi­nal dos tra­ba­lhos. Não
in­te­res­sa quem che­gou pri­mei­ro.
Re­vo­lu­cio­nar para a Con­graf é a
bus­ca cons­tan­te pela evo­lu­ção das
ar­tes grá­fi­cas, re­ve­lan­do uma
in­quie­ta­ção cria­ti­va e a bus­ca cons­
tan­te por mu­dan­ças.
O re­sul­ta­do des­ta re­vo­lu­ção está
lo­ca­li­za­do na zona sul de São Pau­lo,
num par­que grá­fi­co de 4 mil m2 de
área con­struí­da. São os úl­ti­mos avan­
ços em equi­pa­men­tos de pré-im­pres­
são, im­pres­são e aca­ba­men­to tor­nan­
do rea­li­da­de os maio­res de­sa­fios em
Hot
Stampin pro­je­tos grá­fi­cos.
a,
g Tecnologi
Criativid
ade,
,
Qualidade
Perolizado Atendime
nto Pers
onalizado
e ç o s ,
Setor Farmacêutico Promocionais
Bon s P r
fotos: divulgação
studio ag – andré godoy
sen­do de­co­ra­das com auto-ade­si­vos. “Tra­
ta-se de uma al­ter­na­ti­va para subs­ti­tuir a
tra­di­cio­nal li­to­gra­fia em ti­ra­gens pe­que­nas
e pro­mo­ções”, ar­gu­men­ta Al­le­man. “É
pos­sí­vel re­pro­du­zir efei­tos me­ta­li­za­dos
ca­rac­te­rís­ti­cos des­se sis­te­ma de im­pres­
são”.

No cor­po todo
Também vem sen­do con­tem­pla­da pela
No canto superior
onda ice a de­co­ra­ção com ró­tu­los plás­ti­cos de PET, têm rótulos termo-encolhíveis de
esquerdo, auto-adesi-
ter­mo-en­co­lhí­veis. “É um mercado cres- PVC da Propack. “Estamos iniciando tra- vos da Hervás, para
cente para nós”, diz Roberto Brandão, balhos com filmes com auto-encolhimento garrafas e latas; na
seqüência, rótulos
ge­ren­te de vendas da Propack, fornecedora e, em dezembro, chega uma nova impres- termo-encolhíveis da
tradicional dessa solução. Diversas mar- sora flexográfica Gidue Combat, com- Sleever, para o
cas, como a Balalaika Ice, a Black Ice, a prada da Comprint, que nos permitirá Bacardi Breezer e a 5!
Ice, e da Propack, em
Ice Jazz e a Birinight, do Grupo Imperial, atender esse mercado com rótulos de até long necks e latas
esta última sui generis por vir em garrafa oito cores e cold foil”, adianta Brandão.

Para sor­ver tam­bém em casa


Ape­sar de ser in­dis­cu­tí­vel a li­ga­ção das do mer­ca­do. “É um seg­men­to ain­da mui­to
be­bi­das ice com ba­res, dis­co­te­cas e afins, novo, que vive um en­tu­sias­mo ini­cial, mas as
as ven­das do pro­du­to tam­bém vêm ren­den­ mar­cas que se es­ta­be­le­ce­rem de for­ma de­fi­
do um fa­tu­ra­men­to subs­tan­cial aos fa­bri­ ni­ti­va bus­ca­rão seu es­pa­ço nas gôn­do­las.”
can­tes no ca­nal do auto-ser­vi­ço. “As pes­
soas vêm es­to­can­do ices em suas ca­sas
para po­de­rem ofe­re­cer aos pa­ren­tes ou ami­
gos uma al­ter­na­ti­va à cer­ve­ja”, nota Car­los
Zar­do, su­per­vi­sor de mar­ke­ting da Ri­ver­
wood, que for­ne­ce so­lu­ções em em­ba­la­gens
para múl­ti­plas uni­da­des (mul­ti­packs) de
pa­pel car­tão para a qua­se to­ta­li­da­de das
studio ag – andré godoy

mar­cas que es­tão no va­re­jo tra­di­cio­nal.


“Para mui­tos, pos­suir ices na ge­la­dei­ra tam­
bém dá sta­tus”, ele lem­bra.
Na opi­nião de Zar­do, a efe­ti­vi­da­de das ven­
das de ices em su­per­mer­ca­dos deve evo­luir
no com­pas­so do pró­prio ama­du­re­ci­men­to

12 – embalagemmarca • nov 2002


divulgação
Outra militante do segmento, a Slee­ ró­tu­lo da 5! Ice traz Cis­per
ver, con­se­guiu tra­zer para sua car­tei­ra dois di­ver­sos ros­tos de (11) 6542-8000
www.cis­per.com.br
clien­tes de peso: o Ba­car­di Bree­zer, ice de jo­vens es­tam­pa­dos e
rum da Ba­car­di Mar­ti­ni, e a no­vi­da­de 5! o lo­go­ti­po é fluo­res­ Da­ta­mark
Ice, da Cia. Mül­ler (com o pon­to de ex­cla­ cen­te, des­ta­can­do-o (11) 3038-1790
www.da­ta­mark.com.br
ma­ção no lu­gar do “1” mes­mo, para res­ nas ba­la­das no­tur­nas.
sal­tar o con­cei­to de “uma boa idéia” da No bal­cão ri­val da AC Niel­sen
(11) 4613-7000
mar­ca). Cria­do pela Se­ra­gi­ni Far­né, o IRB, a ca­cha­ça tam­

divulgação
www.ac­niel­sen.com.br
bém está vi­ran­do ice
com o lan­ça­men­to da CBL
Gar­ra­fa de Ve­lho Bar­rei­ro Cai­pi­ (11) 6090-5000
www.cbl.ind.br
van­guar­da ri­nha Ice. O pro­du­to,
po­rém, visa con­quis­ Saint-Go­bain
Os in­ves­ti­men­tos para con­quis­tar os jo­vens (11) 3874-7626
tar a clas­se C, um www.saint-go­bain-em­ba­la­
não se res­trin­gem aos al­co­pops. As cer­ve­
ni­cho ain­da não gens.com.br
ja­rias tam­bém es­tão ata­can­do esse pú­bli­co
com sede, até para im­pe­dir uma even­tual
ex­plo­ra­do. “Que­re­
Pro­des­maq
per­da de mer­ca­do para as ices. Com essa mos po­pu­la­ri­zar a (19) 3876-9300
es­tra­té­gia, a Am­Bev está lan­çan­do nes­te be­bi­da ice”, re­ve­la www.pro­des­maq.com.br
mês a Skol Beats, que bus­ca ser uma mar­ Cé­sar Rosa, pre­si­
Her­vás
ca de ape­lo mo­der­no. A be­bi­da tem maior den­te da IRB. En­va­ (11) 6941-9266
teor al­coó­li­co, me­nor amar­gor e me­nor sa­da em long neck da Velho Barreiro: em www.her­vas.com.br
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“S”, re­fe­rên­cia à mar­ca, e ligados a um público mais velho. “São lan­ça­ www.ri­ver­wood.com.br

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Se­ra­gi­ni Far­né
em alto re­le­vo em seu cor­ su­mi­do­res po­ten­ciais”, ex­pli­ca Men­don­ça, da (11) 3088-0477
po, o que fun­cio­na como Dia­geo. “Creio até que as ices aca­bam pu­xan­ www.se­ra­gi­ni­far­ne.com
ró­tu­lo para a be­bi­da. “A do as ven­das de ou­tros itens da mar­ca guar­da-
ino­va­ção é fru­to de uma chu­va, por da­rem a ela maior su­por­te e vi­si­bi­ Pac­ka­ging De­sign
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li­da­de”, arrisca Mar­che­zi­ni, da Cis­per. www.pac­ka­ging.com.br
te, e sur­giu a par­tir de uma
Em meio a todo o pa­no­ra­ma sor­ri­den­te
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às ices, uma cer­te­za e uma dú­vi­da se
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im­põem. A cer­te­za é que a apos­ta dos www.comprint.com.br
hard­wa­re de mo­de­la­gem”,
relata Ale­xan­dre Mar­che­zi­
fa­bri­can­tes de des­ti­la­dos nas ices se mos­
ni, di­re­tor co­mer­cial da Cis­ trou pro­vi­den­cial e cer­tei­ra, já que o seu
per. Ele con­ta que no prin­ ad­ven­to é cre­di­ta­do a pes­qui­sas que apon­
cí­pio ha­via uma cer­ta preo­ ta­ram uma es­tag­na­ção mun­dial na ven­da
cu­pa­ção em como a gar­ra­fa de uís­ques e ou­tros al­coó­li­cos for­tes. Uma
iria ro­dar na li­nha de en­va­ dú­vi­da: o fe­nô­me­no não po­de­rá aca­bar
se da Am­Bev, mas tudo re­pe­tin­do a tris­te his­tó­ria dos wine coo­lers,
cor­reu bem. “Isso mos­tra que fi­ze­ram ba­ru­lho no fim dos anos 80 e
que não há di­fi­cul­da­de tec­ co­me­ço dos anos 90 e de­pois per­de­ram
no­ló­gi­ca para criar e co­lo­
for­ça, de­vi­do à ba­na­li­za­ção? Os pro­fis­sio­
car em prá­ti­ca for­ma­tos
nais ou­vi­dos apos­tam que as ices vie­ram
per­so­na­li­za­dos. O li­mi­te de
para fi­car, e o prin­ci­pal mo­ti­vo é o su­por­te
cria­ção é a ima­gi­na­ção do
clien­te”, diz Mar­che­zi­ni.
que elas têm de alia­das de in­dis­cu­tí­vel
va­lor: mar­cas for­tes.
14 – embalagemmarca • nov 2002
Ano IV • Nº 39 • Novembro 2002

docu m e n to
espe c i a l

www.embalagemmarca.com.br
documento especial

“Leve-me” ou
“Esqueça-me”
Artigo especial – por Wilson Palhares, editor da revista EmbalagemMarca

A rea­li­za­ção da 4ª Se­ma­na
ABRE do De­sign de Em­ba­la­
gem, cujo con­teú­do é sin­te­ti­
za­do nes­ta co­ber­tu­ra es­pe­cial
de Em­bal­ ag ­ em­Marc ­ a, re­pre­sen­ta um
im­por­tan­te mar­co na ati­vi­da­de do pac­
ka­ging no Bra­sil. A re­pre­sen­ta­ti­vi­da­de
do even­to, do qual par­ti­ci­pa­ram as prin­
ci­pais agên­cias es­pe­cia­li­za­das do país e
vá­rias das maio­res e mais sig­ni­fi­ca­ti­vas
in­dús­trias usuá­rias de em­ba­la­gens, EmbalagemMarca: documentos especiais desde a primeira edição do evento
ex­pres­sa uma rea­li­da­de in­dis­cu­tí­vel: a gem (com a mar­ca) acom­pa­nha o com­ Bra­sil e no mun­do nos úl­ti­mos anos, o
em­ba­la­gem é um in­su­mo vi­tal para pra­dor até o der­ra­dei­ro mo­men­to do que de cer­ta for­ma nos tor­nou “es­pe­
agre­gar va­lor aos pro­du­tos de con­su­mo con­su­mo, quan­do não por mais tem­po, cia­lis­tas”, ou­sa­mos afir­mar: por meio
de mas­sa e for­ta­le­cer as mar­cas. ao ser reu­ti­li­za­da ou co­le­cio­na­da. de um de­sign de em­ba­la­gem que faça
Por em­ba­la­gem en­ten­da-se de­sign. Se é ver­da­de que as mar­cas iden­ti­ de cada pro­du­to algo efe­ti­va­men­te
Não se pode es­que­cer que sem de­sign fi­cam e di­fe­ren­ciam os pro­du­tos, de úni­co, que co­mu­ni­que a qua­li­da­de do
(es­tru­tu­ral e grá­fi­co) não há em­ba­la­ pou­co adian­ta­ria se elas, jus­ta­men­te, con­teú­do e o ser­vi­ço es­pe­cial que está
gem que so­bre­vi­va num mer­ca­do de não se di­fe­ren­cias­sem. Como se con­ por trás da­que­la mar­ca.
em­ba­te cres­cen­te­men­te acir­ra­do. No se­gue isso? En­tre mui­tos ou­tros fa­to­ É por acre­di­tar na for­ça da em­ba­
atual ce­ná­rio de ven­das, do qual foi res, com no­mes e lo­go­ti­pos ori­gi­nais e la­gem e do de­sign que a equi­pe de
ba­ni­da a fi­gu­ra do aten­den­te, a em­ba­ de acei­ta­ção pelo con­su­mi­dor, como Emb ­ al­ ag ­ em­Marc­ a dá o des­ta­que que
la­gem as­su­me a fun­ção de ven­der, sem so­no­ri­da­de, em­pa­tia, fa­ci­li­da­de de dá aos even­tos re­la­cio­na­dos à ati­vi­da­
a qual não há êxi­to dos ne­gó­cios, nem iden­ti­fi­ca­ção, cam­pa­nhas pro­mo­cio­ de em ge­ral. As­sim, em 1999, da pri­
mes­mo há ne­gó­cios. Mais ain­da, além nais, co­mu­ni­ca­ção e, cla­ro, qua­li­da­de mei­ra vez em que se rea­li­zou a Se­ma­
das fun­ções de con­ter, pro­te­ger, trans­ ine­quí­vo­ca do con­teú­do. Mas o aces­so na Abre do De­sign de Em­ba­la­gem, a
por­tar, ar­ma­ze­nar os pro­du­tos e, ago­ra, cada vez mais de­mo­crá­ti­co à tec­no­lo­ re­vis­ta fez a co­ber­tu­ra do even­to num
ven­der, a em­ba­la­gem é o su­por­te da gia de pon­ta na pro­du­ção per­mi­te Do­cu­men­to Es­pe­cial, do qual fo­ram
mar­ca. ma­tar es­sas van­ta­gens. im­pres­sos 2 000 exem­pla­res ex­tras.
Mais do que sus­ten­tá-la fi­si­ca­men­ Imi­tar pro­du­tos é só co­piar. Fazê- Me­nos do que pre­mo­ni­ção da
te, ela fun­cio­na como a mais efi­caz das los me­lho­res, mais ques­tão de de­ter­ im­por­tân­cia que a Se­ma­na vi­ria a
mí­dias para mul­ti­pli­car a mar­ca nas mi­na­ção do que de fór­mu­las má­gi­cas ga­nhar com mais duas edi­ções, igual­
men­tes e nos co­ra­ções dos con­su­mi­do­ e ca­pi­tal abun­dan­te. For­jar no­mes e men­te co­ber­tas em pro­fun­di­da­de e
res. Pri­mei­ro, por­que, no pon­to-de- lo­go­ti­pos que fun­cio­nem como ta­lis­ com igual di­men­são pela re­vis­ta, aque­
ven­da, é ela que se apre­sen­ta aos olhos mãs mer­ca­do­ló­gi­cos é so­bre­tu­do exer­ la ini­cia­ti­va tra­du­zia a de­ci­são de
do po­ten­cial com­pra­dor. Se for efi­caz ci­tar a cria­ti­vi­da­de. Quan­do tudo, apoiar e for­ta­le­cer essa ati­vi­da­de que,
– bo­ni­ta, har­mo­nio­sa, con­fiá­vel – do mais e mais, fica igual, como ser di­fe­ re­pe­ti­mos, é um elo fun­da­men­tal no
pon­to de vis­ta da co­mu­ni­ca­ção, a ren­te? Como fa­zer um pro­du­to “sal­ for­ta­le­ci­men­to da ca­deia de em­ba­la­
em­ba­la­gem dirá: “Leve-me”. Se não, a tar” na gôn­do­la de um su­per­mer­ca­do, gem. Essa de­ci­são se ma­te­ria­li­za, nes­
men­sa­gem será: “Es­que­ça-me”. O res­ na pra­te­lei­ra de uma loja, em meio a ta edi­ção, na co­ber­tu­ra da 4ª Se­ma­na
pon­sá­vel pela res­pos­ta que o con­su­mi­ tan­tos ou­tros? ABRE do De­sign de Em­ba­la­gem pe­los
dor dará é he­ge­mo­ni­ca­men­te o de­sign, Ten­do acom­pa­nha­do o no­tá­vel jor­na­lis­tas Gui­lher­me Ka­mio e Lean­
se não ele so­zi­nho. De res­to, a em­ba­la­ im­pul­so da ati­vi­da­de do de­sign no dro Ha­ber­li.
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Design
fortalecido
A
for­tu­na­da­men­te, cres­ce en­tre a se bas­ta em vis­ta de co­nhe­ci­men­tos es­pe­cí­
in­dús­tria a vi­são de que o de­sign fi­cos. Tal pre­mis­sa foi jus­ti­fi­ca­da pelo
de em­ba­la­gem con­fi­gu­ra uma fer­ es­co­po abran­gen­te do acon­te­ci­men­to nes­te
ra­men­ta que, quan­do bem con­du­ ano, sin­te­ti­za­do pelo tema “As qua­tro fa­ces
zi­da, só tem a agre­gar va­lor às mar­cas, e que do de­sign – tec­no­lo­gia, va­re­jo, con­su­mi­dor
sua im­por­tân­cia au­men­ta no com­pas­so em e meio am­bien­te”.
que tam­bém se avo­lu­ma a com­pe­ti­ti­vi­da­de Em cada um dos qua­tro dias, três pa­les­tras
nos mais di­ver­sos mer­ca­dos. abar­ca­vam uma das fa­ces em ques­tão. Ao fi­nal
No en­tan­to, essa ban­dei­ra, pela qual a do ci­clo de apre­sen­ta­ções, al­gu­mas cer­te­zas
clas­se dos pro­je­tis­tas de em­ba­la­gem vem há fi­ca­ram ní­ti­das. Pri­mei­ro, a de que acom­pa­
mui­to lu­tan­do no Bra­sil, está lon­ge de es­tar nhar os mo­vi­men­tos do va­re­jo e dos há­bi­tos do
con­so­li­da­da de ma­nei­ra con­su­mi­dor é um de­sa­fio
ar­rai­ga­da. É por isso que se im­põe para a ati­vi­
que nos úl­ti­mos anos o da­de do de­sig­ner, e só tem
se­tor vem se es­for­çan­do a en­ri­que­cê-la.
para se con­gre­gar e se Uma se­gun­da, que
for­talecer por meio de cor­ro­bo­ra a idéia de que
pro­gra­mas e even­tos de os de­sig­ners de­vem abrir
qua­li­fi­ca­ção. Tra­ta-se a per­cep­ção para além
de um mo­vi­men­to que de seu am­bien­te para
con­tri­bui para ele­var o cons­truir uma per­so­na­li­
ní­vel da área no país, e da­de, é a de que a tec­no­
os re­sul­ta­dos dis­so, as lo­gia não é mais um
em­ba­la­gens pro­je­ta­das di­fe­ren­cial, já que está
com no­vos co­nhe­ci­men­tos e qua­li­da­des, dis­po­ní­vel a to­dos, cada vez mais de­mo­cra­
po­dem mui­tas ve­zes ex­tra­po­lar qual­quer ti­za­da. “Logo a gran­de di­fi­cul­da­de é a que­
ar­gu­men­ta­ção e ser a maior for­ça de con­ bra de pa­ra­dig­mas e a sua in­fluên­cia na nova
ven­ci­men­to da ne­ces­si­da­de do bom de­sign. abor­da­gem do mer­ca­do”, apon­tou Ma­noel
Um des­ses even­tos que bus­cam di­na­ Mül­ler, coor­de­na­dor do Co­mi­tê de De­sign
mi­zar o se­tor, cuja con­ti­nui­da­de o vem fir­ da ABRE. Fica tam­bém, por fim, a cons­ta­ta­
man­do como re­fe­rên­cia, ocor­reu en­tre os ção da im­por­tân­cia da Se­ma­na em si, que se
dias 15 e 18 de ou­tu­bro, na Casa Rho­dia, so­li­di­fi­ca como boa opor­tu­ni­da­de para in­te­
em São Pau­lo. Or­ga­ni­za­da pela As­so­cia­ção gran­tes do se­tor e ou­tros atuan­tes da área de
Bra­si­lei­ra de Em­ba­la­gem (ABRE) atra­vés em­ba­la­gem de­ba­te­rem ten­dên­cias e agre­ga­
de seu Co­mi­tê de De­sign, a 4ª edi­ção da rem co­nhe­ci­men­tos e va­lo­res para di­na­mi­
Se­ma­na ABRE do De­sign de Em­ba­la­gem za­rem suas ati­vi­da­des pro­fis­sio­nais.
dei­xou como prin­ci­pal li­ção a idéia de que A se­guir, Emb ­ al­ ag
­ em­Marc ­ a apre­sen­ta
o de­sign não pode ser qua­li­fi­ca­do como re­su­mos das apre­sen­ta­ções que pon­tua­ram a
ati­vi­da­de in­de­pen­den­te, en­si­mes­ma­da, que 4ª Se­ma­na do De­sign de Em­ba­la­gem.

Editor responsável: Wilson Palhares Realização do Evento:


Reportagem: Guilherme Kamio e Leandro Haberli
expediente

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Abre - Associação
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Rua Arcílio Martins, 53 - Chácara Santo Antonio 4º andar - Cj. 41 / 01426-001
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novembro 2002

1º dia: Varejo

O de­sign de em­ba­la­gem vem ad­qui­rin­do


uma co­no­ta­ção pro­gres­si­va­
men­te mul­ti­dis­ci­pli­nar. Já
não im­por­ta ape­nas ga­ran­tir aten­ção
ain­da que as exi­gên­cias se mul­ti­pli­quem, o po­der de
per­sua­são das em­ba­la­gens nas gôn­do­
las per­ma­ne­ce na or­dem do dia. Nada
mais na­tu­ral, por­tan­to, que o pri­mei­ro
dos con­su­mi­do­res no pon­to-de-ven­da: dia do even­to fos­se de­di­ca­do ao tema
os pro­je­tos de­vem se preo­cu­par, como, va­re­jo. A con­clu­são: o de­sign de em­ba­
aliás, mos­tra a pro­gra­ma­ção da 4ª la­gem man­te­rá seu pa­pel de­ci­si­vo nas
Se­ma­na Abre do De­sign de Em­ba­la­gem, es­tra­té­gias de mar­ke­ting dos pro­du­tos,
com com cus­to, fun­cio­na­li­da­de, re­fle­xos ain­da que os de­sig­ners te­nham que con­
am­bien­tais e tan­tos ou­tros de­ta­lhes. Mas si­de­rar cada vez mais no­vos atri­bu­tos.

Tendências do Varejo:
vitais para embalagem
Marcos Sardas, da consultoria Gouvêa de Souza

V
en­den­do mais de oito bi­lhões de li­tros mes­ma”, con­ca­te­na. “Esse pro­ces­so acar­re­ta
de re­fri­ge­ran­te por ano, com o quin­to gran­des de­sa­fios às em­pre­sas usuá­rias e aos pro­
mer­ca­do fo­no­grá­fi­co do mun­do e uma fis­sio­nais de em­ba­la­gem”.
clas­se mé­dia emer­gen­te 8% maior que a po­pu­la­ No lado do de­sen­vol­vi­men­to de pro­du­tos, tais
ção da Ale­ma­nha, o Bra­sil con­tra­ria pes­si­mis­tas, al­te­ra­ções, ob­ser­va Sar­das, de­vem ser en­ca­ra­das
ao reunir con­di­ções ideais para o lan­ça­men­to de sem­pre pelo viés das opor­tu­ni­da­des, e não como
qual­quer pro­du­to de con­su­mo, de sa­bo­ne­tes a mu­dan­ças des­com­pas­sa­das, que pos­sam res­trin­
au­to­mó­veis. Essa foi uma das con­clu­sões que gir a atua­ção e a im­por­tân­cia do mar­ke­ting de
pu­de­ram ser ex­traí­das da pa­les­tra em­ba­la­gem. Tome-se como exem­
de Mar­cos Sar­das, da con­sul­to­ria Apesar das mudan- plo a re­pi­sa­da idéia de que o po­der
Gou­vêas de Sou­za, que buscou ças nas relações de de­ci­são mu­dou de mãos, se
refletir so­bre as possíveis con­se­ trans­fe­rin­do das em­pre­sas para os
qüên­cias que novas ten­dên­cias do entre empresas e con­su­mi­do­res. “Esse tipo de fe­nô­
va­re­jo têm no de­sen­vol­vi­men­to de consumidores, a me­no au­men­ta a im­por­tân­cia da
em­ba­la­gens. embalagem ima­gem das mar­cas, e, por con­se­
Rumo às ex­pla­na­ções a res­pei­ qüên­cia, de ele­men­tos de su­por­te e
continuará
to das in­con­tá­veis opor­tu­ni­da­des de cons­tru­ção como a em­ba­la­gem”,
res­guar­da­das no varejo bra­si­lei­ro, central no marketing sa­lien­ta Mar­cos Sar­das.
Mar­cos Sar­das se ate­ve aos mais De­fi­nin­do a qua­li­da­de dos pro­
dis­tin­tos fe­nô­me­nos que, em sua du­tos como uma ca­rac­te­rís­ti­ca
vi­são, vêm ge­ran­do al­gum tipo de al­te­ra­ção no “qua­se com­mo­di­ti­za­da”, o pa­les­tran­te lem­brou
pa­drão com­por­ta­men­tal dos con­su­mi­do­res e dos que a di­fe­ren­cia­ção en­tre as mar­cas ten­de a se
va­re­jis­tas – da apa­ren­te­men­te ir­re­ver­sí­vel ten­ cal­car em re­fe­rên­cias con­cei­tuais, o que abri­ria
dên­cia de fu­sões en­tre cor­po­ra­ções, ao con­tí­nuo cam­pos fe­cun­dos para o pac­ka­ging, à me­di­da que
cres­ci­men­to das com­pras fei­tas pela in­ter­net. o con­jun­to de va­lo­res dos pro­du­tos pre­ci­sa­rá ser
“Em meio a tan­tas mu­dan­ças, a po­si­ção do con­ pro­gres­si­va­men­te mo­de­la­do – e nem sem­pre de
su­mi­dor em re­la­ção à so­cie­da­de não é mais a ma­nei­ras con­ven­cio­nais. “O clien­te tem que ser
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documento especial

sur­preen­di­do po­si­ti­va­men­te, com uma de­li­ca­de­ pre­ci­sam es­tar aten­tas a ou­tros pre­cei­tos. No
za ou uma pos­tu­ra pró-ati­va”, descreve Sar­das. caso das em­ba­la­gens, vale a re­gra se­gun­do a qual
Embora efi­cien­tes, afa­gos não ga­ran­tem todo la­tas, car­tu­chos, bis­na­gas e gar­ra­fas devem ter
o su­ces­so de uma es­tra­té­gia de mar­ke­ting. Para in­for­ma­ções básicas so­bre o pro­du­to que contêm,
pros­pe­rar ou mes­mo apro­vei­tar as opor­tu­ni­da­des até em sinal de zelo pelo consumidor. “O que é
que de­sa­bro­cham na­qui­lo que Sar­das de­fi­niu malfei­to não tem fu­tu­ro, e o que é bem-fei­to não
como “va­re­jo da nova eco­no­mia”, as em­pre­sas tem fron­tei­ra”, con­cluiu Sar­das.

Qualidade, a bola da
vez em marcas próprias
Rodolpho de Freitas, diretor de marcas próprias do Pão de Açúcar

N
a ex­pec­ta­ti­va de au­men­tar suas mar­ além de se­rem ex­tre­ma­men­te so­fis­ti­ca­dos, os
gens, mas sem in­ten­ção nem fô­le­go pro­du­tos com mar­cas pró­prias mui­tas ve­zes
de in­ves­tir em es­tru­tu­ras in­dus­triais, criam no­vas ca­te­go­rias, que só são per­ce­bi­das
os su­per­mer­ca­dos bra­si­lei­ros es­tão pe­los con­cor­ren­tes tem­pos de­pois”, elu­ci­dou o
bus­can­do os mais variados for­ne­ce­do­res, para di­re­tor do Pão de Açú­car.
co­lo­car em suas pra­te­lei­ras pro­du­tos com mar­ No ran­king mun­dial da par­ti­ci­pa­ção das
cas pró­prias, cu­jos pre­ços às ve­zes não che­gam mar­cas pró­prias no va­re­jo de cada país, o Rei­
a um quar­to dos pra­ti­ca­dos pe­los con­cor­ren­tes. no Uni­do é se­gui­do pela Ale­ma­nha (24%,),
Além de even­tual­m en­t e se­r em Fran­ça (21%), Es­pa­nha (18%) e
re­fu­go da ca­deia pro­du­ti­va, es­ses Se conseguirem Es­ta­dos Uni­dos (15%). Em­bo­ra
itens cus­tam bem me­nos por­que apre­sen­te cifra bas­tan­te in­fe­rior,
fugir da briga de
vão às gôn­do­las des­pro­vi­dos de 5%, o va­re­jo bra­si­lei­ro, de acor­do
es­tra­té­gias de po­si­cio­na­men­to e preços, as marcas com Frei­tas, vem sen­do pal­co de
de ele­men­tos de re­for­ço de ima­ próprias poderão su­ces­si­vas pro­gres­sões na par­ti­ci­
gem como em­ba­la­gens atraen­tes pa­ção da ven­da de mar­cas pró­
conquistar 11% do
e ven­de­do­ras. prias em seu fa­t u­r a­m en­t o.“Em
Para Ro­dol­pho Frei­tas, di­re­tor varejo brasileiro, em 1999, tí­nha­mos 2%, e a ex­pec­ta­ti­
de mar­cas pró­prias do Gru­po Pão até cinco anos va é que as mar­cas pró­prias con­
de Açú­car, essa des­cri­ção, plau­sí­ quis­tem 11% do nos­so va­re­jo, em,
vel quan­do esse tipo de pro­du­to no má­xi­mo, cin­co anos”, pre­vê
sur­giu no mer­ca­do bra­si­lei­ro, há mais de trin­ta Frei­tas. Essa par­ti­ci­pa­ção re­pre­sen­ta­ria uma
anos, per­deu-se com­ple­ta­men­te no tem­po. Hoje mo­vi­men­ta­ção anual de oito bi­lhões de reais.
as mar­cas pró­prias es­tão bus­can­do ou­tros ca­mi­ Para o exe­cu­ti­vo, o ca­mi­nho do cres­ci­men­
nhos, afas­tan­do-se for­te­men­te da mera ex­plo­ra­ to é in­ves­tir em po­si­cio­na­men­to de gôn­do­la,
ção de ele­men­tos ra­cio­nais como o bai­xís­si­mo ação que su­põe bom de­sign de em­ba­la­gem e
cus­to. “Nas ban­dei­ras do Pão de Açú­car, pro­ qua­li­da­de de pro­du­to “no mí­ni­mo pa­re­lha à da
mo­ve­mos uma mi­gra­ção da mar­ca pró­pria mar­ca lí­der”. “In­de­pen­den­te de sua clas­se
fo­ca­da em pre­ço, para a mar­ca pró­pria fo­ca­da so­cial, se o con­su­mi­dor cons­ta­ta que o pro­du­to
em qua­li­da­de”, re­su­miu o exe­cu­ti­vo do gru­po. com mar­ca pró­pria tem qua­li­da­de du­vi­do­sa,
An­tes de par­tir para exem­plos que provas- ele irá pre­te­ri-lo em sua pró­xi­ma com­pra”,
sem essa mu­dan­ça, Frei­tas lan­çou mão de pon­tua. Frei­tas de­fen­de que a vin­cu­la­ção dos
ci­fras dos mer­ca­dos eu­ro­peu e ame­ri­ca­no. pro­du­tos com mar­ca pró­pria não ape­nas a van­
Se­gun­do tais da­dos, o Rei­no Uni­do é hoje a ta­gens de cus­to, mas tam­bém à ga­ran­tia de
meca da mar­ca pró­pria no mun­do. A par­ti­ci­pa­ qua­li­da­de con­fiá­vel, tem nas em­ba­la­gens ven­
ção des­se tipo de pro­du­to no to­tal mo­vi­men­ta­ de­do­ras e fun­cio­nais uma peça-cha­ve.
do no va­re­jo por lá é de 39%. “Na In­gla­ter­ra, Esse se­ria o se­gre­do do gru­po Pão de Açú­
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car, so­bre­tu­do com os pro­du­tos Good Light, e para as de mar­cas tra­di­cio­nais, como foi pos-
com a li­nha de marcas pró­prias do Ba­ra­tei­ro. sível observar na exposição organizada pela
No pri­mei­ro caso, são itens pre­mium ven­di­dos Abre em paralelo ao evento. Há até in­for­ma­
apenas nas lojas do Pão de Açúcar a con­su­mi­ ções em brai­le nos car­tu­chos da li­nha de ce­reais
do­res in­te­res­sa­dos em re­du­zir a in­ges­tão ca­ló­ri­ ma­ti­nais. “Com essa gui­na­da, deixamos de bri­
ca. Já o Ba­ra­tei­ro re­for­mu­lou toda a li­nha de gar com as mar­cas pró­prias dos ou­tros su­per­
mar­cas pró­prias no fi­nal do ano pas­sa­do, usan­ mer­ca­dos, para con­cor­rer com as mar­cas lí­de­
do em­ba­la­gens que de fato não fi­cam a de­ver res de cada seg­men­to”, des­fe­cha Frei­ta

Valor de marca para


chegar ao consumidor
Sydney Manzione, diretor da Alpha Leader

A
fi­nal, quais atri­bu­tos con­sa­gram uma ma­do ven­de­dor si­len­cio­so. “Ela tem que fa­zer o
em­ba­la­gem ven­de­do­ra? Como se pro­du­to pu­lar no colo do con­su­mi­dor”, diz. “Para
sabe, tal per­gun­ta abre ca­mi­nho para isso, o de­sig­ner deve se co­lo­car no sa­pa­to do con­
in­fin­dá­veis con­si­de­ra­ções so­bre de­co­ su­mi­dor, para an­te­ver como este vai re­ce­ber a
ra­ção, aca­ba­men­to, pra­ti­ci­da­de, pos­si­bi­li­da­de de men­sa­gem do pro­du­to ex­pos­to nas gôn­do­las.”
reu­ti­li­za­ção, apa­rên­cia, be­le­za e tan­tos ou­tros Po­rém, mes­mo nes­se exer­cí­cio de emu­la­ção, não
de­ta­lhes que po­dem pro­ver ad­je­ti­vos para qua­li­ se pode des­con­si­de­rar a in­fluên­cia da em­ba­la­gem
fi­car a “rou­pa” dos pro­du­tos. Sem se ater a in­su­ no pro­ces­so pro­du­ti­vo, le­van­do em con­ta as­pec­
mos es­pe­cí­fi­cos da em­ba­la­gem, tos lo­gís­ti­cos, pra­ti­ci­da­de de aber­
mas bus­can­do res­pon­der à ques­tão Os profissionais de tu­ra, fun­cio­na­li­da­de, di­fe­ren­cia­ção
com uma vi­são ge­ne­ra­lis­ta, Sydney vi­sual no pon­to-de-ven­da e quais-
marketing devem
Man­zio­ne, da con­sul­to­ria Al­pha quer outras características que pos-
Lea­der, op­tou por tra­zer para o conhecer seus cli- sam facilitar a relação entre consu-
uni­ver­so das em­ba­la­gens al­guns entes a tal ponto midor e produto . “A tô­ni­ca é ven­
in­sights de au­to­res de clás­si­cas que o produto ou o der, mas a em­ba­la­gem tam­bém
teo­rias de mar­ke­ting. deve fa­ci­li­tar a dis­tri­bui­ção e o
A idéia de que, an­tes de pen­sar serviço oferecidos ar­ma­ze­na­men­to dos pro­du­tos”,
em ven­der seus pro­du­tos, as vendam por si sós in­sis­tiu Man­zio­ne.
em­pre­sas de­vem ter em men­te Em pa­ra­le­lo às pro­gres­si­vas
atrair ar­den­tes se­gui­do­res, em obri­ga­ções da em­ba­la­gem, o
enor­mes quan­ti­da­des, ser­viu como uma das pa­les­tran­te ob­ser­vou a não me­nos cres­cen­te
ba­ses ar­gu­men­ta­ti­vas. Por ou­tro lado, o pa­les­ mi­gra­ção das ver­bas de pro­pa­gan­da e de di­vul­
tran­te bus­cou mos­trar que vai lon­ge o tem­po em ga­ção dos pro­du­tos para o pon­to-de-ven­da.
que as gi­gan­tes do va­re­jo po­diam se man­ter na Se­gun­do Man­zio­ne, nos su­per e hi­per­mer­ca­dos
li­de­ran­ça dos mer­ca­dos em que atuam apoia­das de São Pau­lo, a área de ex­po­si­ção das gôn­do­las
ape­nas na tra­di­ção de suas gri­fes. “A meta é equi­va­le à de 2 300 out­doors, ou 13,5 km2. Nes­
co­nhe­cer e com­preen­der tão bem o clien­te que o se ocea­no ex­po­si­ti­vo, o di­re­tor da con­sul­to­ria
pro­du­to ou o ser­vi­ço se adap­tem a ele e ven­dam Al­pha Lea­der lem­brou que a con­cor­rên­cia en­tre
por si só”, dis­se Sydney Man­zio­ne, to­man­do os itens já não se atém aos li­mi­tes das ca­te­go­rias
em­pres­ta­das as pa­la­vras do guru Pe­ter Druc­ker. de pro­du­tos. “Na área ali­men­tí­cia, isso fica cla­ro
“Nes­se con­tex­to, a em­ba­la­gem nada mais é do com o cres­ci­men­to do con­cei­to de sha­re of sto­
que um fa­ci­li­ta­dor de ne­gó­cios.” mach”, ob­ser­vou Man­zio­ne. Se­gun­do ele, o con­
Man­zio­ne pa­re­ceu bus­car uma nova rou­pa­ su­mi­dor quer ma­tar a fome, não im­por­tan­do se é
gem para a co­nhe­ci­da idéia de que, an­tes de con­ com um bis­coi­to ou com um snack. “Eis mais
ter, trans­por­tar, con­ser­var e pro­te­ger os pro­du­tos, um exem­plo da im­por­tân­cia per­sua­si­va da em­ba­
a em­ba­la­gem deve as­su­mir as atri­bui­ções do cha­ la­gem”, ar­re­ma­tou.
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2º dia: Tecnologia

A s dis­cus­sões e apre­sen­ta­ções do
se­gun­do dia de even­to dei­xa­ram a
con­clu­são de que a tec­no­
lo­gia está per­den­do va­lor como
es­tru­tu­rar e de­co­rar a em­ba­la­gem.
Uma pro­vi­den­cial opor­tu­ni­da­de para co­nhe­cer
me­lhor as ca­rac­te­rís­ti­cas de dois
ma­te­riais de em­ba­la­gem, o PVC e o
di­fe­ren­cial nos pro­je­tos de em­ba­la­ pa­pel­car­tão, e as pos­si­bi­li­da­des de
gem, na me­di­da em que até os sair do lu­gar co­mum atra­vés de
re­cur­sos mais mo­der­nos es­tão aces­ usos di­fe­ren­cia­dos de so­lu­ções auto-
sí­veis a to­dos. No en­tan­to, os de­sig­ ade­si­vas, foi dada no se­gun­do dia
ners e a in­dús­tria têm que se va­ler da Se­ma­na. Um con­sen­so: hoje di­fi­
da in­for­ma­ção e do co­nhe­ci­men­to cil­men­te a cria­ti­vi­da­de es­bar­ra em
para po­der apro­vei­tar da me­lhor li­mi­ta­ções téc­ni­cas ou tec­no­ló­gi­cas.
for­ma o am­plo le­que de pos­si­bi­li­da­des para É um es­tí­mu­lo aos de­sig­ners.

Possibilidades do
PVC para a embalagem
Edson Polistchuck, representante do Instituto do PVC

M
a­te­rial que dá ori­gem a di­ver­sas em­ba­ Os prin­ci­pais mer­ca­dos para pro­du­tos ba­sea­
la­gens, o PVC (po­li­clo­re­to de vi­ni­la) dos do PVC hoje são os de cons­tru­ção ci­vil,
pode ser uma boa al­ter­na­ti­va para te­le­co­mu­ni­ca­ções, ele­troe­le­trô­ni­ca, in­for­má­ti­ca,
acon­di­cio­nar uma sé­rie de pro­du­tos. A fa­vor do in­dús­tria au­to­mo­ti­va, bens mé­di­co-hos­pi­ta­la­res
uso da re­si­na es­ta­ria sua gran­de ver­sa­ti­li­da­de. e em­ba­la­gem. Po­lis­tchuck apre­sen­tou uma sé­rie
Ed­son Po­lis­tchuck, do Ins­ti­tu­to do PVC, en­ti­da­ de lâ­mi­nas com exem­plos dis­tin­tos da apli­ca­ção
de que con­gre­ga a ca­deia de va­lor do PVC, pas­san­do por apli­ca­ções
do ma­te­rial no país, pro­cu­rou pas­ O amplo leque de mé­di­cas, cal­ça­dos e usos na cons­
sar essa idéia du­ran­te sua apre­sen­ aditivações torna o tru­ção ci­vil, com os in­de­fec­tí­veis
ta­ção, “As pos­si­bi­li­da­des do PVC tu­bos e al­gu­mas al­ter­na­ti­vas de
PVC versátil; uma
para a em­ba­la­gem”. de­co­ra­ção de imó­veis, além, é cla­
Po­lis­tchuck es­cla­re­ceu que, outra grande vanta- ro, de em­ba­la­gens.
como não fun­cio­na puro, o PVC gem do material é a Em se­gui­da, fo­ram abor­da­das
pre­ci­sa ser ne­ces­sa­ria­men­te adi­ti­va­ as téc­ni­cas de adi­ti­va­ção da re­si­na,
possibilidade de
do. Re­si­de aí, na am­pla gama de pon­to cen­tral para dar idéia de
pos­si­bi­li­da­de de adi­ti­va­ções, a fle­ pequenas partidas como o ma­te­rial pode ser tra­ba­lha­
xi­bi­li­da­de de tra­ba­lhar em­ba­la­gens do para atin­gir ca­rac­te­rís­ti­cas es­tru­
a par­tir des­sa ma­té­ria-pri­ma. “O tu­rais e de apa­rên­cia para aten­der
que bus­ca­mos, no ins­ti­tu­to, é di­vul­gar essa na­tu­re­ os mais di­ver­sos seg­men­tos de mer­ca­do. En­tre os
za di­nâ­mi­ca do PVC e es­cla­re­cer quan­to à fun­cio­ adi­ti­vos co­mu­men­te usa­dos para dar per­for­man­ce
na­li­da­de dos com­pos­tos do ma­te­rial, a base de ao PVC es­tão es­ta­bi­li­zan­tes tér­mi­cos, mo­di­fi­ca­
qual­quer boa em­ba­la­gem”, ele ex­pli­cou. “Para dar do­res de im­pac­to, lu­bri­fi­can­tes, plas­ti­fi­can­tes,
idéia de como o PVC é di­nâ­mi­co, po­de­mos ori­gi­ re­tar­dan­tes de cha­ma, agen­tes anti-UV, car­gas,
nar pro­du­tos trans­pa­ren­tes, opa­cos, co­lo­ri­dos, rí­gi­ pig­men­tos, agen­tes de pro­ces­so, fos­quean­tes,
dos, fle­xí­veis, fos­cos ou bri­lhan­tes com ele.” agen­tes anti-fog (usa­dos nos fil­mes que, aco­pla­
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dos a ban­de­jas, em­ba­lam car­nes, frios e ou­tros esse pro­du­to”, es­cla­re­ceu Po­lis­tchuck.
pro­du­tos em su­per­mer­ca­dos), agen­tes an­tio­xi­dan­ De acor­do com o pa­les­tran­te, as prin­ci­pais
tes e agen­tes anti-es­tá­ti­ca. “A par­tir des­sas adi­ti­ vir­tu­des do PVC se­riam a fle­xi­bi­li­da­de para pro­
va­ções, é pos­sí­vel por exem­plo che­gar­mos a um du­zir na má­qui­na dis­po­ní­vel, no caso de uma
fras­co com to­tal trans­pa­rên­cia, mui­to pa­re­ci­do de­ci­são de mu­dan­ça da ma­té­ria-pri­ma da em­ba­
com o vi­dro, coi­sa que ne­nhu­ma ou­tra re­si­na con­ la­gem, a fle­xi­bi­li­da­de para confeccionar pe­que­
se­gue”, ar­gu­men­tou Po­lis­tchuck. nas par­ti­das de frascos, para testes de mercado,
Para usar efi­cien­te­men­te a re­si­na, a par­tir do “pelo fato de os mol­des para pro­du­ção de em­ba­
pon­to-cha­ve das adi­ti­va­ções, o pro­fis­sio­nal res­ la­gens de PVC se­rem de cus­to aces­sí­vel”, e a
sal­tou a im­por­tân­cia da aju­da de um téc­ni­co, que fle­xi­bi­li­da­de para usar um for­ne­ce­dor de pe­que­
sai­ba in­di­car com­pos­tos cor­re­tos para se ob­ter o no ou de gran­de por­te.
pro­du­to aca­ba­do de­se­ja­do. “A adi­ti­va­ção sem­pre Ao fi­nal, Po­lis­tchuck ain­da abor­dou as pos­si­
leva em con­ta o que se quer no fi­nal, em ter­mos bi­li­da­des e van­ta­gens do uso de ró­tu­los ter­mo-
de pro­du­to, e a má­qui­na onde se está fa­bri­can­do en­co­lhí­veis de PVC.

Usos não-convencionais
dos auto-asesivos
Oswaldo Belintani, superintendente técnico da Novelprint

A
es­ca­la­da da uti­li­za­ção dos ró­tu­los auto- para a di­vul­ga­ção de men­sa­gens.
ade­si­vos para em­ba­la­gens foi abor­da­da O Form-A-La­bel, por exem­plo, é uma so­lu­
du­ran­te a 4ª Se­ma­na Abre do De­sign de ção que con­sis­te em um ró­tu­lo auto-ade­si­vo base
Em­ba­la­gem atra­vés de uma ex­po­si­ção de Os­wal­ e um fo­lhe­to com até 16 do­bras, com pi­co­te para
do Be­lin­ta­ni, su­per­vi­sor téc­ni­co da con­ver­te­do­ra aber­tu­ra, tam­bém dis­po­ní­vel em ver­são res­se­lá­
No­vel­print, uma das mais tra­di­cio­nais do ramo vel. “Por po­der in­cor­po­rar nu­me­ra­ção se­qüen­
de auto-ade­si­vos. “A pre­sen­ça dos ró­tu­los auto- cial, a so­lu­ção pode ser uti­li­za­da em pro­mo­ções”,
ade­si­vos vem cres­cen­do em fai­xas de 10% a ar­gu­men­tou Be­lin­ta­ni. Ou­tro in­te­gran­te da li­nha
15% ao ano nos úl­ti­mos exer­cí­ Fun­cio­nal, o Ró­tu­lo Bula é uma
cios”, in­for­mou Be­lin­ta­ni. “Mui­to As empresas vêm se so­lu­ção que in­cor­po­ra di­ver­sas
des­se cres­ci­men­to pode ser cre­di­ta­ conscientizando que pá­gi­nas à eti­que­ta auto-ade­si­va,
do à cons­ciên­cia das em­pre­sas de sen­do ade­qua­da para ro­tu­lar fras­
os auto-adesivos
que so­lu­ções auto-ade­si­vas po­dem cos ci­lín­dri­cos de me­di­ca­men­tos,
ser re­com­pen­sa­do­ras para es­ta­be­le­ podem ser recom- dis­pen­san­do cus­tos de in­ves­ti­men­
cer um po­si­cio­na­men­to pre­mium”. pensadores para to em car­tu­chos e em bu­las a eles
Como sus­ten­ta­ção des­se ar­gu­men­ ane­xa­das. “Uma so­lu­ção eco­nô­mi­
estabelecer um
to, Be­lin­ta­ni ci­tou a mi­gra­ção ca é a com­bi­na­ção do Ró­tu­lo Bula
in­ten­sa do mer­ca­do de cos­mé­ti­cos apelo premium com fras­cos plás­ti­cos, em vez do
para as so­lu­ções auto-ade­si­vas. vi­dro”, su­ge­riu Be­lin­ta­ni. Já o Boo­
Como de­nun­cia o pró­prio tí­tu­lo klet se di­fe­ren­cia dos an­te­rio­res
da pa­les­tra, “Auto-ade­si­vos e suas apli­ca­bi­li­da­ por se ca­rac­te­ri­zar como uma so­lu­ção em for­ma
des não-con­ven­cio­nais”, Be­lin­ta­ni fo­cou sua de li­vre­te (com qua­tro, seis ou oito pá­gi­nas). Ele
apre­sen­ta­ção em mos­trar sis­te­mas de ro­tu­la­gem pode re­ce­ber blin­da­gem, para evi­tar acú­mu­lo de
que saem do lu­gar co­mum e que po­dem agre­gar su­jei­ra e vio­la­ções do pro­du­to, e ain­da uma aber­
va­lor em de­ter­mi­na­das apli­ca­ções. Para tan­to, a tu­ra es­pe­cial com flap, fa­ci­li­tan­do o seu uso.
No­vel­print dis­põe de pro­du­tos es­pe­ciais, como Be­lin­ta­ni abor­dou ain­da o Form-A-La­bel
os in­te­gran­tes da cha­ma­da li­nha Fun­cio­nal, ró­tu­ Es­ten­di­do, so­lu­ção para pro­du­tos ci­lín­dri­cos que
los des­ti­na­dos a exer­cer uma fun­ção adi­cio­nal à per­mi­te a im­pres­são nas duas fa­ces da eti­que­ta, o
de­co­ra­ção da em­ba­la­gem ou au­men­tar es­pa­ço Two Si­des, que tam­bém leva in­for­ma­ções nas
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duas fa­ces e pos­sui ade­si­vo res­se­lá­vel, o já men­te ao pro­du­to para ge­rar des­ta­que na gôn­do­
co­nhe­ci­do Fe­cho Res­se­lá­vel, para la­crar em­ba­la­ la), Eti­que­ta Mul­ti­pack, Eti­que­ta Prê­mio, Form-
gens já aber­tas, e a no­vi­da­de La­cre Res­se­lá­vel, A-La­bel Pro­mo­cio­nal e Eti­que­ta Com Duas
so­lu­ção para a aber­tu­ra de em­ba­la­gens fle­xí­veis Ca­ma­das, está em alta, se­gun­do Be­lin­ta­ni, de­vi­
ba­sea­da em um pi­co­te e que per­mi­te que o con­ do “aos tem­pos de cri­se”. Por sua vez, a Li­nha
su­mi­dor fe­che pa­co­tes já aber­tos. Se­gu­ran­ça com­preen­de la­cres, se­los e ró­tu­los
As duas ou­tras li­nhas de pro­du­tos da em­pre­ com ca­rac­te­rís­ti­cas anti-vio­la­ção, e visa au­xi­liar
sa, a Pro­mo­cio­nal e a Se­gu­ran­ça, fo­ram apre­sen­ o acon­di­cio­na­men­to de me­di­ca­men­tos. Maio­res
ta­das em se­gui­da. A pri­mei­ra, cons­ti­tuí­da por in­for­ma­ções so­bre ca­rac­te­rís­ti­cas de cada pro­du­
fi­gu­ri­nhas pro­mo­cio­nais, Flag La­bel (eti­que­ta to da No­vel­print po­dem ser con­se­gui­das no site
par­cial­men­te auto-ade­si­va, fi­xa­da per­pen­di­cu­lar­ www.no­vel­print.com.br.

Oportunidades
para o papelcartão
Assunta Napolitano Camilo, representante da Campanha Papelcartão da Bracelpa

A
pe­sar de bem co­nhe­ci­da e de acon­di­cio­ ren­cia­ção e que cai bem tan­to para pro­du­tos pre­
nar um sem-nú­me­ro de pro­du­tos, a mium como para po­pu­la­res”, ela co­men­tou.
em­ba­la­gem de pa­pel­car­tão ain­da é su­bu­ “Tam­bém vale res­sal­tar que com o pa­pel­car­tão é
ti­li­za­da no Bra­sil face aos as­pec­tos mer­ca­do­ló­gi­ pos­sí­vel aten­der qual­quer es­ca­la de pro­du­ção,
cos que pode pro­por­cio­nar. Esse foi o prin­ci­pal indo de tra­ba­lhos em grá­fi­cas pe­que­nas até gran­
ar­gu­men­to da apre­sen­ta­ção de As­sun­ta Na­po­li­ta­no des ti­ra­gens.”
Ca­mi­lo, pro­fis­sio­nal da Ri­pa­sa e representante da Os re­cur­sos para o de­sign de em­ba­la­gens do
Campanha Papelcartão da As­so­cia­ção Bra­si­lei­ra de ma­te­rial tam­bém fo­ram abor­da­dos, como a prin­
Ce­lu­lo­se e Pa­pel (Bra­cel­pa). ta­bi­li­da­de, as pos­si­bi­li­da­des em
Sob o tema “No­vas Opor­tu­ni­da­ Criar embalagens cor­te e vin­co, re­ves­ti­men­tos e ex­tru­
des em Em­ba­la­gens em Pa­pel­car­ diferenciadas de sões, va­ria­ções de com­po­si­ção
tão”, As­sun­ta co­me­çou des­cre­ven­do papelcartão não é es­tru­tu­ral e da cor da mas­sa e efei­
o atual ce­ná­rio do va­re­jo, mar­ca­do tos como hot stam­ping, me­ta­li­za­
por hi­per-com­pe­ti­ção, glo­ba­li­za­ção proibido e é simples, ções e ho­lo­gra­fias. “A em­ba­la­gem
e uma for­te atra­ção por no­vi­da­des, o pois dificilmente de pa­pel­car­tão é a úni­ca que per­mi­
que aca­ba ge­ran­do no­vos pro­du­tos, exige investimentos te in­ser­ção de in­for­ma­ções em brai­
há­bi­tos, re­la­ções e si­tua­ções de con­ le, e mui­tos ain­da não se de­ram
em máquinas
su­mo. Fren­te a es­ses pon­tos, a pro­ con­ta que isso não agre­ga cus­to
fis­sio­nal res­sal­tou que a em­ba­la­gem ne­nhum e cria uma boa di­fe­ren­cia­
pro­je­ta­da hoje em dia deve ul­tra­pas­ ção”, pon­de­rou As­sun­ta.
sar as fun­ções bá­si­cas que se es­pe­ra dela – como Na par­te fi­nal da apre­sen­ta­ção fo­ram mos­tra­
in­for­mar da­dos for­mais e le­gais, co­mu­ni­car a mar­ dos di­ver­sos ca­ses de em­ba­la­gens de pa­pel­car­tão,
ca e seus va­lo­res, de­mar­car a ca­te­go­ria, pro­te­ger o na­cio­nais e es­tran­gei­ros, com as­pec­tos ino­va­do­
pro­du­to e ven­cer a ba­ta­lha do pon­to-de-ven­da –, res. Tudo para re­for­çar a vi­são de que, nas pa­la­
para agre­gar va­lo­res emo­cio­nais e fun­cio­nais e tra­ vras de As­sun­ta, “fa­zer em­ba­la­gens di­fe­ren­cia­das
du­zir a alma do bem que está acon­di­cio­nan­do. de pa­pel­car­tão não é proi­bi­do e na maio­ria das
“Sem­pre que pos­sí­vel, a em­ba­la­gem deve di­vi­ni­zar ve­zes é sim­ples, pois não exi­ge in­ves­ti­men­tos em
o pro­du­to”, ela sin­te­ti­zou. má­qui­nas”. Para ela, ain­da há um ca­mi­nho pou­
Bus­can­do uma co­mu­ni­ca­ção di­re­ta com os quís­si­mo ex­plo­ra­do prin­ci­pal­men­te em ter­mos de
de­sig­ners, As­sun­ta ar­gu­men­tou pon­tos fa­vo­rá­veis for­ma­tos. “É pre­ci­so ter em men­te que os car­tu­
das em­ba­la­gens ba­sea­das em pa­pel­car­tão. “Tra­ta- chos não pre­ci­sam ser ne­ces­sa­ria­men­te pa­ra­le­le­
se de uma em­ba­la­gem que efe­ti­va­men­te cria di­fe­ pí­pe­dos ou cu­bos.”
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novembro 2002

3º dia:
Meio-ambiente
P ara qual­quer em­pre­sa que atue com bens de
con­su­mo, as chan­ces de pros­pe­
rar di­mi­nuem se fo­rem ig­no­ra­
dos os re­fle­xos am­bien­tais do ci­clo de
Essa foi a tô­ni­ca das apre­sen­ta­ções do ter­cei­ro dia
da 4ª Se­ma­na Abre do De­sign de Em­ba­
la­gem, es­co­lhi­do para de­ba­ter for­mas
de pre­ser­va­ção de re­cur­sos. O tema
vida de seus pro­du­tos, e os efei­tos do des­ re­ci­cla­gem pon­tuou to­das as pa­les­tras, e
car­te das em­ba­la­gens. Fa­vo­re­cem tal pelo que se pode de­du­zir dos vá­rios ín­di­
ten­dên­cia mu­dan­ças dos con­su­mi­do­res, ces apre­sen­ta­dos, em­bo­ra haja mui­to
que es­tão fi­can­do mais vi­gi­lan­tes, dan­do por fa­zer, o Bra­sil tem con­di­ções de ter
pre­di­le­ção a pro­du­tos que in­di­quem uma efi­caz po­lí­ti­ca de tra­ta­men­to de
al­gum tipo de preo­cu­pa­ção am­bien­tal. re­sí­duos só­li­dos.

Brasil alcança bons


níveis de reciclagem
André Vilhena, diretor-executivo do CEMPRE

P
ri­mei­ro pa­les­tran­te a se apre­sen­tar no Bra­sil fruir da con­di­ção de lí­der mun­dial de re­ci­
dia es­co­lhi­do para de­ba­ter o tema cla­gem en­tre os paí­ses onde essa ati­vi­da­de não é
am­bien­tal, An­dre Vi­lhe­na, di­re­tor-exe­ im­pos­ta por leis, Vi­lhe­na lem­brou ou­tros ca­sos
cu­ti­vo do Cem­pre – Com­pro­mis­so Em­pre­sa­rial que com­pro­vam o po­ten­cial tu­pi­ni­quim de ge­rir
para Re­ci­cla­gem, de­se­nhou uma aná­li­se pa­no­râ­ seus re­sí­duos só­li­dos. No se­tor de pa­pe­lão on­du­
mi­ca da­qui­lo que em­pre­sas, go­ver­no e po­pu­la­ção la­do, por exem­plo, o ín­di­ce de re­ci­cla­gem já
têm feito para rea­pro­vei­tar os al­can­ça 73%. “Nes­se caso, o Bra­sil
resíduos sólidos, e assim diminuir Nenhuma política só per­de para a Fin­lân­dia”, clas­si­fi­
o impacto do descarte de embla- brasileira de recicla- ca Vi­lhe­na. Ain­da que os bons
gens. Para quem viu a pa­les­tra, re­sul­ta­dos se­jam ani­ma­do­res, as
gem de resíduos
tudo leva a crer que, a des­pei­to de ini­cia­ti­vas bra­si­lei­ras de re­ci­cla­
um quadro negativo descrito por sólidos urbanos gem pa­re­cem es­bar­rar em per­sis­
Vilhena – que inclui fal­ta de ca­pa­ pode ignorar a ten­tes cal­ca­nha­res-de-aqui­les.
ci­da­de ins­ta­la­da, tí­mi­do es­for­ço importância dos For­man­do 60% do re­sí­duo só­li­
edu­ca­ti­vo e es­cas­sas po­lí­ti­cas fis­ do pro­du­zi­do no Bra­sil, res­tos de
cais de in­cen­ti­vo à cria­ção de coo­ catadores ali­men­tos e ou­tros ti­pos de li­xos
pe­ra­ti­vas de re­ci­cla­gem –, o país or­gâ­ni­cos têm um ir­ri­só­rio ín­di­ce de
tem al­can­ça­do ta­xas sig­ni­fi­ca­ti­vas rea­pro­vei­ta­men­to: 1,5%. Além de
de rea­pro­vei­ta­men­to de al­guns ti­pos de li­xos, em de­mons­trar que ain­da há mui­to a fa­zer pelo
gran­de par­te gra­ças à atua­ção de seus mais de 500 am­bien­te, con­si­de­ran­do que, no ater­ro, o pro­ces­so
mil ca­ta­do­res. de de­gra­da­ção do lixo or­gâ­ni­co pro­duz cho­ru­me –
Além das ce­le­bra­das la­ti­nhas de alu­mí­nio, es­pé­cie de cal­do que, des­pro­vi­do de tra­ta­men­to,
cujo ín­di­ce de 85% de rea­pro­vei­ta­men­to faz o pode con­ta­mi­nar o solo e os re­cur­sos hí­dri­cos da

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documento especial

lo­ca­li­da­de –, a bai­xís­si­ma re­ci­cla­gem des­se tipo de vas e até em leis que di­mi­nuam nos­so imen­so des­
re­sí­duo cor­ro­bo­ra a tese de que sem seu exér­ci­to de per­dí­cio de ali­men­tos”, sen­ten­cia o di­re­tor do
ca­ta­do­res, o país não te­ria con­di­ções de al­can­çar os Cem­pre. Aliás, so­bre le­gis­la­ção, ele lem­brou a fra­
ín­di­ces atuais de re­ci­cla­gem de re­sí­duos só­li­dos. cas­sa­da ten­ta­ti­va de ree­lei­ção do de­pu­ta­do fe­de­ral
“Ne­nhum pro­je­to bra­si­lei­ro de in­cen­ti­vo à re­ci­ Emer­son Ka­paz, re­la­tor da Co­mis­são Es­pe­cial de
cla­gem pode ex­cluir o pa­pel do ca­ta­dor”, diz Re­sí­duos Só­li­dos da Câ­ma­ra dos De­pu­ta­dos. “É
Vi­lhe­na. Em dois anos, o país mais que do­brou o pre­ci­so ter uma di­re­triz na­cio­nal para evi­tar mu­dan­
nú­me­ro de pes­soas que sub­sis­tem nes­sa fun­ção: ças for­tes de nor­mas de destino de resíduos en­tre
em 1999, ha­via 200 mil ca­ta­do­res em todo o Bra­ Es­ta­dos”, dis­se Vi­lhe­na. “Po­rém, sem a ree­lei­ção
sil. Hoje, só na ca­pi­tal pau­lis­ta há mais de 20 mil do re­la­tor da Co­mis­são, não temos previsão de
de­les. “Tam­bém é ne­ces­sá­rio pen­sar em al­ter­na­ti­ como essa nor­ma­ti­za­ção vai ficar.”

Análise do CVP deve


constar no projeto
Eloísa Garcia, gerente de embalagens plásticas e meio ambiente do CETEA

A
n­te­ver e mi­ni­mi­zar os im­pac­tos am­bien­ mer­ca­do­ló­gi­co, as van­ta­gens des­se tipo de ati­tu­de
tais dos pro­du­tos in­dus­tria­li­za­dos, des­ pa­re­cem pal­pá­veis tam­bém quando se pensa nas
de a ex­tra­ção das ma­té­rias-pri­mas, até a planilhas de vendas. Além de eli­mi­nar des­per­dí­
che­ga­da de­les às gôn­do­las dos su­per­mer­ca­dos. cios – na in­dús­tria ali­men­tí­cia, por exem­plo, par­
Re­su­mi­da­men­te, é isso que pro­põe a cha­ma­da te da pro­du­ção bem aci­ma da ad­mis­sí­vel é su­ga­da
aná­li­se do ci­clo de vida dos pro­du­tos, tema ex­plo­ pelo ralo das per­das, em gran­de par­te das ve­zes
ra­do na pa­les­tra de Eloí­sa Gar­cia, pes­qui­sa­do­ra por con­ta de pro­ces­sos de dis­tri­bui­ção ina­de­qua­
do ITAL – Ins­ti­tu­to de Tec­no­lo­gia de Ali­men­tos, dos –, a aná­li­se la­bo­rio­sa do ci­clo de vida dos
ór­gão vin­cu­la­do ao Ce­tea - Cen­tro pro­du­tos pode, ain­da que in­di­re­ta­
de Tec­no­lo­gia de Ema­ba­la­gem. Ela Considerando os men­te, au­men­tar as ven­das e ge­rar
bus­cou evi­den­ciar que, sob os mais conceitos do design ga­nhos de ima­gem, de­cor­ren­tes da
va­ria­dos as­pec­tos, esse tipo de for environment, a as­so­cia­ção, pe­los con­su­mi­do­res, de
es­tu­do deve ser le­va­do em con­si­de­ de­ter­mi­na­da mar­ca a uma ges­tão
ra­ção em qual­quer pro­je­to de cria­ cadeia de embala- am­bien­tal res­pon­sá­vel. “Nes­se pro­
ção de em­ba­la­gem. gem pode ser decisi- ces­so, os pro­fis­sio­nais de em­ba­la­
“Seja por le­gis­la­ções mais aus­ va na diminuição dos gem po­dem fa­zer a di­fe­ren­ça, prin­
te­ras, ou pela pró­pria pre­fe­rên­cia ci­pal­men­te se aten­ta­rem para os
impactos ambientais
dos con­su­mi­do­res a pro­du­tos eco­ pre­cei­tos do de­sign for en­vi­ron­
lo­gi­ca­men­te ami­gá­veis, se tor­na ment”, ob­ser­va Eloí­sa.
cada vez mais im­por­tan­te a ava­lia­ Tam­bém cha­ma­do de eco de­sign,
ção da re­la­ção pro­du­to x meio am­bien­te nas es­tra­ esse con­cei­to, pros­se­gue a pes­qui­sa­do­ra, in­te­gra as
té­gias de lan­ça­men­tos das em­pre­sas”, defende a ques­tões am­bien­tais ao de­sign in­dus­trial dos pro­
pes­qui­sa­do­ra. A idéia bá­si­ca, de acor­do com Eloí­ du­tos, re­la­cio­nan­do o que é tec­ni­ca­men­te pos­sí­vel
sa, é con­si­de­rar to­das as eta­pas do pro­ces­so pro­ com o que é eco­lo­gi­ca­men­te ne­ces­sá­rio e so­cial­
du­ti­vo, da ex­tra­ção dos re­cur­sos na­tu­rais, até o men­te acei­tá­vel. Tudo face à per­cep­ção cres­cen­te
con­su­mo dos pro­du­tos, iden­ti­fi­can­do e quan­ti­fi­ das ne­ces­si­da­des de sal­va­guar­dar o am­bien­te num
can­do a ener­gia des­pen­di­da, os re­sí­duos ge­ra­dos con­tex­to de de­sen­vol­vi­men­to sus­ten­tá­vel. “To­dos
e os re­cur­sos na­tu­rais con­su­mi­dos em cada es­tá­ os pro­du­tos afe­tam o am­bien­te em maior ou me­nor
gio. “Com esse tipo de me­to­do­lo­gia é pos­sí­vel grau nas di­ver­sas fa­ses do seu ci­clo de vida”, lem­
ve­ri­fi­car opor­tu­ni­da­des de di­mi­nui­ção do im­pac­ bra. “Mas há ma­nei­ras com­pro­va­das de oti­mi­zar
to am­bien­tal”, pon­tua a pes­qui­sa­do­ra. esse des­gas­te, e o pla­ne­ja­men­to de em­ba­la­gens
À pri­mei­ra vis­ta ir­re­le­van­tes do pon­to de vis­ta ade­qua­das é uma das mais efi­cien­tes.”

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novembro 2002

Na prá­ti­ca, há mui­to a ser fei­to, e, como de­fi­ ain­da que esse fe­nô­me­no num pri­mei­ro mo­men­to
ne Eloí­sa, “uma vi­são am­bien­tal am­pla de­pen­de cau­se a im­pres­são de que mais re­sí­duos se­rão
de inú­me­ros con­cei­tos pe­que­nos”. Pen­sar na re­la­ ge­ra­dos por um nú­me­ro maior de em­ba­la­gens.
ção mas­sa de em­ba­la­gem por quan­ti­da­de de pro­ “Mas por ou­tro lado, do­sa­gens me­no­res evi­tam
du­to acon­di­cio­na­do é uma ati­tu­de bem-vin­da. A per­das”, diz Eloí­sa. “No fi­nal, o que con­ta mui­to
ir­re­freá­vel ten­dên­cia de di­mi­nui­ção das quan­ti­da­ na hora de pen­sar uma em­ba­la­gem ade­qua­da é o
des ven­di­das tam­bém é vis­ta com bons olhos, bom sen­so”, ar­re­ma­ta.

Como Aumentar índices


de reciclagem de PET
Alfredo Sette, presidente da ABEPET

P
os­si­vel­men­te a ma­té­ria-pri­ma de em­ba­la­ den­te da Abe­pet, de­fen­den­do a idéia de que a in­dús­tria
gem que mais ga­nhou no­to­rie­da­de nos re­ci­cla­do­ra de plás­ti­cos é pe­na­li­za­da. “Essa di­fe­ren­ça
úl­ti­mos anos, a pon­to até de mui­tas pes­ po­de­ria ser re­ver­ti­da para os ca­ta­do­res, que, re­ce­ben­do
soas que não cul­ti­vam o me­nor in­te­res­se pelo tema mais pelo pro­du­to, não ape­nas es­ta­riam ga­ran­tin­do para
sa­be­rem seu nome e prin­ci­pal uso, o PET não fi­cou si uma ren­da me­lhor, mas tam­bém se­riam es­ti­mu­la­dos
co­nhe­ci­do ape­nas pela re­vo­lu­ção cau­sa­da no mer­ a co­le­tar mais gar­ra­fas”, ar­gu­men­ta.
ca­do de re­fri­ge­ran­tes. A re­si­na hoje uti­li­za­da para Com um con­su­mo por ha­bi­tan­te gi­ran­do em tor­
acon­di­cio­nar os mais di­fe­ren­tes pro­du­tos, en­tre no de dois qui­los da re­si­na por ano, ín­di­ce duas
água mi­ne­ral, su­cos, óleos co­mes­tí­ ve­zes maior que o mun­dial, o Bra­sil
veis, me­di­ca­men­tos e cos­mé­ti­cos, Em 2000, 26% de re­ci­clou em 2000 26% de todo o PET
tam­bém ad­qui­riu uma es­pé­cie de todo o PET produzi- pro­du­zi­do, ou 67 mil to­ne­la­das. A
pe­cha an­tie­co­ló­gi­ca. Não fo­ram ra­ras do no Brasil foram meta da Abe­pet para 2002 é au­men­tar
as ve­zes que se di­fun­di­ram pelo país essa re­la­ção para 35%. Em­bo­ra haja
ima­gens de rios po­luí­dos re­ple­tos de reciclados. Meta é três pro­ces­sos pos­sí­veis de chegar lá
gar­ra­fas PET em suas su­per­fí­cies, fomentar cooperati- – quí­mi­co, ener­gé­ti­co e me­câ­ni­co – as
for­man­do ce­nas que não ater­ro­ri­za­ vas e reaproveitar ini­cia­ti­vas bra­si­lei­ras de rea­pro­vei­ta­
ram ape­nas am­bien­ta­lis­tas. men­to das gar­ra­fas PET es­tão cen­tra­
35% do material
Rom­per esse es­tig­ma, prin­ci­pal­ li­za­das na úl­ti­ma ma­nei­ra, que con­sis­
men­te a par­tir de fo­men­to de ini­cia­ti­ te na moa­gem das em­ba­la­gens, num
vas de re­ci­cla­gem, é hoje um dos pro­ces­so que gera flo­cos plás­ti­cos,
gran­des ob­je­ti­vos da Abe­pet – As­so­cia­ção Bra­si­lei­ra hoje trans­for­ma­dos ba­si­ca­men­te em fi­bra po­liés­ter,
dos Fa­bri­can­tes de Em­ba­la­gens de PET. Tal missão ma­te­rial não-te­ci­do e cor­das.
foi con­du­zi­da por seu pre­si­den­te, Al­fre­do Set­te, De acor­do com o pre­si­den­te da Abe­pet, o pro­ces­
du­ran­te a úl­ti­ma pa­les­tra do dia de­di­ca­do ao so bo­tle-to-bo­tle, aquele que pri­ma pela trans­for­ma­
am­bien­te. O exe­cu­ti­vo ini­ciou sua apre­sen­ta­ção ção, atra­vés da re­ci­cla­gem, de uma gar­ra­fa usa­da
afir­man­do que, pela dis­tri­bui­ção de pú­bli­co, a pró­ numa nova gar­ra­fa, é pou­quís­si­mo dis­se­mi­na­do no
pria Se­ma­na Abre de De­sign de Em­ba­la­gem pro­va se­tor “por­que a An­vi­sa (Agên­cia Na­cio­nal de Vi­gi­
o quão di­fí­cil é a cons­cien­ti­za­ção so­bre a ne­ces­si­da­ lân­cia Sa­ni­tá­ria) de­ter­mi­na que em­ba­la­gem para ali­
de de in­ves­tir em re­ci­cla­gem no Bra­sil. “É fá­cil men­to tem que ser fei­ta de ma­té­ria-pri­ma vir­gem”. A
no­tar que, dos qua­tro dias do even­to, o de­di­ca­do ao Abe­pet afir­ma que, de toda a re­si­na re­ci­cla­da no Bra­
am­bien­te foi o que re­ce­beu me­nor nú­me­ro de ins­cri­ sil, 9% tor­nam-se no­vas em­ba­la­gens de fato. No
ções”, ob­ser­vou Set­te. en­tan­to, ne­nhu­ma de­las é usa­da para acon­di­cio­nar
Após a cons­ta­ta­ção do que clas­si­fi­cou como ali­men­tos. “Nos­sas pre­vi­sões são de que, em três
“de­sin­te­res­se pela re­ci­cla­gem”, ele ba­teu for­te na ques­ anos, a im­po­si­ção da An­vi­sa será re­vis­ta”, diz Al­fre­
tão fis­cal. “Os plás­ti­cos re­ci­cla­dos pa­gam 15% de IPI, do Set­te. “O que te­mos que pro­var é que é pos­sí­vel
en­quan­to ou­tros ma­te­riais são isen­tos”, dis­se o pre­si­ so­prar uma nova gar­ra­fa com re­si­na re­ci­cla­da.”
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4º dia: Consumidor

A empresa que entende e estuda os


hábitos e os desejos do
seu consumidor tem um
trunfo valioso para pros-
tarefa do designer estar antenado com o perfil
desses seus “clientes indiretos”.
Por isso, o úl­ti­mo dia do even­to con­
tem­plou duas pes­qui­sas, uma do
perar na implacável guerra das PRO­VAR (USP), so­bre com­pras por
gôndolas. Como a embalagem é um im­pul­so, e ou­tra do La­tin Pa­nel,
dos instrumentos mais efetivos para so­bre com­por­ta­men­to em tem­pos de
criar empatia com o público, cri­se, e uma pa­les­tra abran­gen­te
através de uma comunicação com a so­bre bran­ding, res­sal­tan­do a im­por­
qual ele se identifique, também é tân­cia de ge­rir bem as mar­cas.

O  consumidor em
tempos de crise
Antônio Perrella, coordenador de atendimento do Latin Panel

Q
ue trans­for­ma­ções vêm ocor­ren­do no tra­di­cio­nais que, via de re­gra, go­zam de maio­res
com­por­ta­men­to do con­su­mi­dor nos úl­ti­ mar­gens de fa­tu­ra­men­to”, apon­tou Per­rel­la. Esse
mos anos? Em que me­di­da o ce­ná­rio mo­vi­men­to ve­ri­fi­cou-se mais for­te em 2001. “O
eco­nô­mi­co tur­bu­len­to in­ter­fe­re nas re­la­ções do con­su­mi­dor está ex­pe­ri­men­tan­do mais.”
pú­bli­co com as mar­cas do va­re­jo? Res­pos­tas para Num es­cru­tí­nio ex­pan­di­do de 35 ca­te­go­rias,
ques­tões como es­sas ti­ve­ram uma vi­são ba­sea­da en­tre 1998 e 2002, a La­tin Pa­nel cons­ta­tou que
em nú­me­ros na pa­les­tra de An­tô­nio Per­rel­la, 75% das mar­cas lí­de­res re­gis­tra­ram di­mi­nui­ção
coor­de­na­dor de aten­di­men­to do da taxa de ex­clu­si­vi­da­de na ces­ta
La­tin Pa­nel, ins­ti­tu­to de pesquisas O bra­ s i­
l ei­
r o vem de com­pras do bra­si­lei­ro. Esse
con­tro­la­do pe­los gru­pos Ibo­pe, mi­gran­do para mar­ ín­di­ce sobe para 84% no se­tor de
Tay­lor Nel­son So­fres e NPD, in­ti­ cas de va­lor in­ter­me­ ali­men­tos, fica em 75% no se­tor de
tu­la­da “Com­por­ta­men­to do con­su­ lim­pe­za e em 40% no de hi­gie­ne.
diá­rio, em de­tri­men­
mi­dor em tem­pos de cri­se”. Den­tre al­guns ca­sos que ilus­tram a
O pa­les­tran­te en­fo­cou ava­lia­ to das mar­cas tra­di­ per­da de for­ça das mar­cas que
ções fei­tas no pe­río­do de uma dé­ca­ cio­nais que go­zam pon­teiam ca­te­go­rias, Per­rel­la
da (1992-2001), po­rém deu es­pe­ sa­lien­tou a no­tá­vel que­da de per­
de maio­res mar­gens
cial aten­ção a com­pa­ra­ções de es­ta­ for­man­ce da mar­ca lí­der em sor­ve­
tís­ti­cas dos úl­ti­mos anos, nos quais tes, que viu sua taxa de ex­clu­si­vi­
a es­ta­bi­li­da­de eco­nô­mi­ca co­me­çou da­de cair em 23 pon­tos per­cen­tuais
a pa­ti­nar e o cres­ci­men­to de mer­ca­dos idem. en­tre 1998 e 2001. O con­jun­to das mar­cas lí­de­res
Se­gun­do a pes­qui­sa, a fi­de­li­da­de às mar­cas no se­tor de lim­pe­za tam­bém re­gis­trou que­da, nes­
vem so­fren­do aba­los, na me­di­da em que as mar­ te caso de 13 pon­tos per­cen­tuais.
cas lí­de­res de di­ver­sas ca­te­go­rias de pro­du­tos Pelo cri­té­rio de va­lor, 52% das mar­cas lí­de­res
vêm per­den­do mer­ca­do nos úl­ti­mos anos. “O bra­ nes­sas 35 ca­te­go­rias per­de­ram par­ti­ci­pa­ção de
si­lei­ro vem mi­gran­do para mar­cas me­dium pri­ce, mer­ca­do en­tre 1998 e 2002. Cha­ma a aten­ção,
de va­lor in­ter­me­diá­rio, em de­tri­men­to das mar­cas nes­se caso, o se­tor de be­bi­das, no qual 80% das
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novembro 2002

mar­cas lí­de­res em cin­co ca­te­go­rias re­gis­tra­ram pen­den­tes (in­di­ví­duos que mo­ram so­zi­nhos,
per­da de sha­re. Mar­cas lí­de­res tam­bém ex­pe­ri­ ca­sais sem fi­lhos ou ca­sais com fi­lhos eman­ci­pa­
men­ta­ram que­da de par­ti­ci­pa­ção em va­lor nos dos); e o qua­dro po­pu­la­cio­nal tem en­ve­lhe­ci­do, já
se­to­res de lim­pe­za (68% em seis ca­te­go­rias ava­ que os in­di­ví­duos com mais de 45 anos re­pre­sen­
lia­das) e de ali­men­tos (48% em 19 ca­te­go­rias tam hoje 21% dos bra­si­lei­ros. “As em­pre­sas
ava­lia­das). O se­tor de hi­gie­ne, po­rém, teve com­ de­vem es­tar orien­ta­das com maior ca­ri­nho no
por­ta­men­to in­ver­so, com 80% das mar­cas lí­de­res di­re­cio­na­men­to de pro­du­tos para a ter­cei­ra ida­
de cin­co ca­te­go­rias ava­lia­das re­gis­tran­do ga­nho de”, en­fa­ti­zou Per­rel­la.
de par­ti­ci­pa­ção de mer­ca­do. Numa aná­li­se dos há­bi­tos do con­su­mi­dor, com
A pes­qui­sa tam­bém ren­deu uma boa ra­dio­gra­ da­dos pos­ta­dos em uma lâ­mi­na es­pe­cí­fi­ca, cha­
fia da es­tru­tu­ra­ção dos la­res bra­si­lei­ros e ou­tros mou a aten­ção, além das con­clu­sões de que o con­
da­dos so­bre o com­por­ta­men­to dos con­su­mi­do­res. su­mi­dor está cada vez mais exi­gen­te e que en­trou
En­tre al­guns exem­plos des­sas in­for­ma­ções, me­re­ de ca­be­ça em ni­chos nos quais a pra­ti­ci­da­de é
cem des­ta­que o fato de a ali­men­ta­ção vir pe­san­do pon­to-cha­ve (caso de pra­tos con­ge­la­dos e semi-
me­nos na dis­tri­bui­ção da ren­da fa­mi­liar, en­quan­ prontos, por exem­plo), o fato de a de­ci­são de com­
to os cus­tos com mo­ra­dia so­bem; a par­ti­ci­pa­ção pra ba­sea­da na em­ba­la­gem se mos­trou tí­mi­da:
das crian­ças vem di­mi­nuin­do nos la­res; a clas­se ape­nas 10% dos en­tre­vis­ta­dos dis­se­ram que a
C au­men­tou e, hoje, com­põe 34% da po­pu­la­ção; apre­sen­ta­ção é fa­tor pre­pon­de­ran­te para a es­co­lha
têm cres­ci­do o nú­me­ro de la­res de pes­soas in­de­ de seus pro­du­tos.

Construindo
marcas de sucesso
Edson Zeppelini, diretor associado da Top Brands

O
bran­ding tam­bém mar­cou pre­sen­ça na de fun­cio­na­men­to das em­pre­sas”, apon­tou Zep­pe­li­ni.
Se­ma­na ABRE de De­sign de Em­ba­la­ “Fren­te a isso, a ten­dên­cia nas em­pre­sas é cul­par o
gem. Atra­vés do tema “Po­si­cio­na­men­to: mer­ca­do, e elas não per­ce­bem que a cul­pa é de­las
cons­truin­do mar­cas de su­ces­so”, Ed­son Zep­pe­li­ni, mes­mas, que dei­xam seus pro­du­tos se co­mo­di­ti­za­
só­cio-di­re­tor da Top Brands, con­sul­to­ria em ges­tão rem”. Exi­biu-se, en­tão, exem­plos de mar­cas que,
de mar­cas, fa­lou so­bre as di­ver­sas nuan­ças que cer­ de­vi­do a um ge­ren­cia­men­to aten­to, não se dei­xa­ram
cam a ad­mi­nis­tra­ção e o for­ta­le­ci­ con­ta­mi­nar pela onda de per­da de
men­to do que é mui­tas ve­zes clas­si­fi­ O con­tex­to atual, no va­lor. En­tre elas, McDo­nald’s, Mer­ce­
ca­do, e não sem ra­zão, como o prin­ qual di­fi­cilmente são des, Dis­ney, Coca-Cola e In­tel.
ci­pal ati­vo de uma em­pre­sa: sua encontrados di­fe­ren­ Para não dei­xar mar­cas caí­rem no
mar­ca ou seu port­fó­lio de mar­cas. lim­bo, Zep­pe­li­ni aten­ta para a ne­ces­si­
A idéia bá­si­ca do dis­cur­so de Zep­
ciais tan­gí­veis entre da­de de os ocu­pan­tes de car­gos de­ci­
pe­li­ni foi a de que se di­fe­ren­ciar é pro­du­tos, só con­tri­bui só­rios nas em­pre­sas es­ta­rem an­te­na­
im­pres­cin­dí­vel num ce­ná­rio em que a para re­for­çar a dos com o ce­ná­rio di­nâ­mi­co que
in­dús­tria se vê atin­gi­da pela glo­ba­li­za­ atual­men­te se im­põe, com a di­ver­si­fi­
im­por­tân­cia da marca
ção, pelo au­men­to da com­pe­ti­ção e da ca­ção dos pa­drões com­por­ta­men­tais, a
pa­dro­ni­za­ção de pro­du­tos – fun­da­da mo­der­ni­za­ção de ve­lhos há­bi­tos,
na de­mo­cra­ti­za­ção de tec­no­lo­gias e na in­clu­si­ve de mé­to­dos de co­mér­cio,
con­se­qüen­te pro­du­ção de bens mui­to si­mi­la­res –, e no­vas ne­ces­si­da­des nos há­bi­tos de vida, prin­ci­pal­
pela pres­são dos ca­nais de dis­tri­bui­ção, cada vez mais men­te os li­ga­dos a no­vas tec­no­lo­gias (in­ter­net e te­le­
con­cen­tra­dos e pro­fis­sio­nais. fo­nia ce­lu­lar, por exemplo), e no­vas de­man­das pes­
“É por isso que o mer­ca­do vem se co­mo­di­ti­zan­ soais, como a bus­ca por ati­tu­des sau­dá­veis e a ne­ces­
do, ou seja, os pro­du­tos pas­sam a se di­fe­ren­ciar ape­ si­da­de de maior contenção de in­for­ma­ções, com os
nas pelo seu pre­ço, e o pre­ço pas­sa a di­tar a po­lí­ti­ca avanços da informática e da in­ter­net.
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documento especial

Nes­se pa­no­ra­ma, em que o clien­te se tor­na cada “A vi­são da iden­ti­da­de da mar­ca é essencial para
vez mais crí­ti­co, exi­gen­te, in­for­ma­do e com mui­tas que a em­pre­sa per­ce­ba opor­tu­ni­da­des de ex­ten­são
op­ções à dis­po­si­ção, é pre­ci­so sin­to­nia fina para ca­ti­ de li­nhas, seg­men­ta­ção e re­po­si­cio­na­men­to.”
vá-lo. “Mui­tas em­pre­sas não se de­ram con­ta dis­so, Para não fi­car só na teo­ria, Zep­pe­li­ni lis­tou al­guns
fo­ram pe­gas no con­tra-pé, e ago­ra cho­ram pela in­fi­de­ exem­plos bem-su­ce­di­dos de re­po­si­cio­na­men­to. No
li­da­de do con­su­mi­dor, num dis­cur­so mío­pe”, pon­ti­fi­ que­si­to re­po­si­cio­na­men­to de ca­te­go­ria, ci­tou Bau­duc­
cou o pa­les­tran­te. Além de aten­tar para as mu­dan­ças co, Par­ma­lat, Ya­kult e Nes­cau, mar­cas que pas­sa­ram
de há­bi­to, as em­pre­sas de­vem, na opi­nião de Zep­pe­li­ a ser guar­da-chu­va para uma sé­rie de pro­du­tos afas­ta­
ni, le­var em con­ta a es­cas­sez e o va­lor do tem­po para dos de sua idéia ini­cial. No re­po­si­cio­na­men­to de
as pessoas pen­sa­rem glo­bal­men­te, mas agi­rem lo­cal­ pú­bli­co-alvo e de di­fe­ren­ciais, ele exem­pli­fi­cou com
men­te, ter com­pe­tên­cia ge­ren­cial para pro­mo­ver seg­ Ha­vaia­nas, He­ring, McDo­nald’s, Pão de Açu­car e os
men­ta­ções pre­ci­sas e ajus­ta­rem pla­nos de pro­pa­gan­da re­fri­ge­ran­tes Spri­te, Su­ki­ta e Fan­ta.
e pro­mo­ção, equi­li­bran­do-as. “A pro­mo­ção vem sen­ Por fim, Zep­pe­li­ni abor­dou o de­sa­fio da cons­tru­
do muito uti­li­za­da pois as em­pre­sas es­tão mui­to ime­ ção de mar­cas, no qual, se­gun­do ele, o ca­mi­nho
dia­tis­tas, não pen­sam a lon­go pra­zo”. ren­tá­vel se es­ta­be­le­ce se­gun­do cin­co pon­tos prin­ci­
“Esse con­tex­to atual, no qual fica di­fí­cil ter di­fe­ pais: a cons­tru­ção de sis­te­mas só­li­dos e bem de­fi­ni­
ren­ciais tan­gí­veis ou téc­ni­cos nos pro­du­tos, só con­ dos de mar­cas, não importa se com uma mar­ca
tri­bui para re­for­çar a im­por­tân­cia da mar­ca for­te”, úni­ca, como faz a Par­ma­lat, ou com mar­cas in­de­
apon­tou Zep­pe­li­ni. Para for­ti­fi­car a mar­ca é preciso pen­den­tes, nos mol­des da Uni­le­ver; cui­dar da mar­ca
fa­zer uma aná­li­se mi­nu­cio­sa de sua per­so­na­li­da­de cor­po­ra­ti­va; de­fi­nir po­si­cio­na­men­tos; con­si­de­rar os
jun­to ao pú­bli­co-alvo, men­su­rar a qua­li­da­de de sua di­fe­ren­ciais emo­cio­nais (“uma van­ta­gem com­pe­ti­ti­
iden­ti­da­de (con­jun­to de to­das as as­so­cia­ções fei­tas a va enor­me”); e cons­truir sím­bo­los. “Mes­mo uma
ela) e pen­sar em pro­pos­tas de va­lor, ofe­re­cen­do crian­ça, ainda não alfabetizada, pode re­co­nhe­cer
be­ne­fí­cios fun­cio­nais e emo­cio­nais ao con­su­mi­dor. uma mar­ca atra­vés de um bom sím­bo­lo.”
novembro 2002

Pesquisa PROVAR:
compra por impulso
João Paulo Lara Siqueira, coordenador da área de pesquisa do PROVAR

O
que ca­rac­te­ri­za a com­pra por im­pul­so? pras por im­pul­so, fi­gu­ram em pri­mei­ro as ba­te­rias,
Quais fa­to­res re­la­cio­nam-se com ela e pi­lhas e fil­mes fo­to­grá­fi­cos – “são itens que de­vem
como es­ti­mu­lá-la? Há di­fe­ren­ça en­tre a fi­car em lo­cal de am­pla vi­si­bi­li­da­de, pois di­fi­cil­
com­pra por im­pul­so em lo­jas tra­di­cio­nais e na in­ter­ men­te nos lem­bra­mos de com­pra-los”, diz Si­quei­-
net? Es­ses tó­pi­cos, es­tu­da­dos a par­tir de uma pes­qui­ ra –, se­gui­dos por sal­ga­di­nhos, do­ces, pro­du­tos de
sa, ba­sea­ram a apre­sen­ta­ção de João Pau­lo Lara de lim­pe­za, cosméticos e pro­du­tos de hi­gie­ne bá­si­ca.
Si­quei­ra, coor­de­na­dor de pes­qui­sas do PRO­VAR – Fi­cou tam­bém cons­ta­ta­do que as pes­soas que se
Pro­gra­ma de Ad­mi­nis­tra­ção de Va­re­jo da Fun­da­ção in­te­res­sam mais por no­vi­da­des res­pon­dem mais aos
Ins­ti­tu­to de Ad­mi­nis­tra­ção (FIA), en­ti­da­de con­ve­ es­tí­mu­los da com­pra por im­pul­so, e que os acom­pa­
nia­da com a Fa­cul­da­de de Eco­no­mia e Ad­mi­nis­tra­ nhan­tes, como fi­lhos ou côn­ju­ges, in­fluem na con­ta
ção (FEA) da Uni­ver­si­da­de de São Pau­lo. de pro­du­tos que não es­ta­vam pre­vis­tos no car­ri­nho.
Se­gun­do Si­quei­ra, há vi­sões di­fe­ren­tes a res­pei­to Ou­tros da­dos cha­ma­ram a aten­ção: o pú­bli­co fe­mi­
do que é a com­pra por im­pul­so. Alguns a con­cei­ ni­no gas­ta mais e per­ma­ne­ce maior tem­po nas lo­jas,
tuam como a de­ci­são de com­pra ape­sar de ela­bo­ra­rem mais lis­tas de
ba­sea­da em cri­té­rios ir­ra­cio­nais ou De­ve-se lan­çar mão com­pras que os ho­mens.
pou­co ra­cio­nais, en­quan­to uma outra de es­tí­mu­los para tra­ Já no caso das com­pras pela
corrente a vê como as si­tua­ções em in­ter­net, a pes­qui­sa se deu em par­ce­
zer o con­su­mi­dor para
que o nú­me­ro de itens com­pra­dos é ria com a em­pre­sa ebit, e foi es­tru­tu­
maior do que o pla­ne­ja­do e quan­do o o am­bien­te de ven­ ra­da a par­tir de ques­tio­ná­rios en­via­
to­tal gas­to ultrapassa o pla­ne­ja­do. das, e a cha­ve para dos por e-mail a pes­soas que ha­viam
“Só há con­sen­so em tor­no do fato de isso é não tra­balhar aca­ba­do de rea­li­zar com­pras em si­tes
que a de­ci­são de com­pra é con­cluí­da co­mer­ciais. Em con­tras­te com as
sem­pre na loja”, explicou Si­quei­ra. de forma pon­tual com­pras em ca­nais tra­di­cio­nais, os
Para as lo­jas tra­di­cio­nais, a me­to­ con­su­mi­do­res gas­tam em mé­dia
do­lo­gia de pes­qui­sa do PRO­VAR abar­cou en­tre­vis­ 3,7% a mais do que o pla­ne­ja­do, e 73,5% deles com­
tas na saí­da de su­per­mer­ca­dos e hi­per­mer­ca­dos, com pram exa­ta­men­te o que ha­viam pla­ne­ja­do, con­tra
igual di­vi­são de en­tre­vis­tas por sexo e preo­cu­pa­ção 52,5% nas lo­jas tra­di­cio­nais. “A ten­dên­cia é que os
em con­tem­plar con­su­mi­do­res de di­fe­ren­tes fai­xas de ne­gó­cios pela internet au­men­tem com a po­pu­la­ri­za­
ren­da. Os re­sul­ta­dos mos­tra­ram que o gas­to mé­dio ção das co­ne­xões de ban­da lar­ga”, ele afir­mou.
por mi­nu­to de loja é de dois reais e que, quão mais Si­quei­ra con­cluiu sua apre­sen­ta­ção com as idé-
abas­ta­do é o con­su­mi­dor, maior é o ní­vel de gas­to ias de que o tem­po de per­ma­nên­cia au­men­ta a ex­po­
por mi­nu­to e maior o erro na pre­vi­são do gas­to. si­ção do pro­du­to ao clien­te e abre es­pa­ço para a
“De­tec­ta­mos que a lis­ta de com­pras, quan­do uti­li­za­ com­pra, que o con­su­mi­dor, em mui­tas si­tua­ções,
da, freia as com­pras por im­pul­so. No en­tan­to, só apre­sen­ta um com­por­ta­men­to opor­tu­nis­ta, no sen­ti­
20% dos en­tre­vis­ta­dos fi­ze­ram uma lis­ta de­ta­lha­da”, do de que mo­di­fi­ca o seu pla­no com re­la­ção à com­
apon­tou o pa­les­tran­te. Da­dos im­por­tan­tes: 37,3% pra de um pro­du­to em fun­ção de ofer­tas ou pro­mo­
dos ou­vi­dos ge­ral­men­te com­pram mais do que pre­ ções que lhe são ofe­re­ci­das (sua fi­de­li­da­de a mar­cas
ci­sam (ao me­nos ad­mi­tem o fato) e gas­tam, em ou em­pre­sas é li­mi­ta­da), e que “o la­yout da loja e a
mé­dia, 18,7% a mais do que o pla­ne­ja­do. in­ter­fa­ce do web­si­te são os no­vos ven­de­do­res” no
A pes­qui­sa re­ve­lou que os con­su­mi­do­res mais con­tex­to das com­pras por im­pul­so. “Ade­mais, os
ex­pe­rien­tes, não ne­ces­sa­ria­men­te mais ve­lhos, são va­re­jis­tas de­vem lan­çar mão de es­tí­mu­los para tra­
mais di­fí­ceis de se­rem es­ti­mu­la­dos às com­pras por zer o con­su­mi­dor para o am­bien­te de ven­das, e a
im­pul­so, en­quan­to os jo­vens são mais sus­ce­tí­veis a cha­ve para isso é não tra­tar a or­ga­ni­za­ção e as tá­ti­cas
elas. No ran­king dos pro­du­tos cam­peões das com­ para vender de ma­nei­ra pon­tual”, ele de­fen­deu.

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materiais

A vez dos
garrafões
PET de olho nas embalagens de 20 litros

O
lhar para o fu­tu­ro. Essa é a
re­gra bá­si­ca para as em­pre­
sas que que­rem se man­ter
com­pe­ti­ti­vas. Mais ain­da, é
a re­cei­ta para au­men­tar as
ven­das em mer­ca­dos onde avan­ços tec­
no­ló­gi­cos per­mi­tem à con­cor­rên­cia Transparência e
resistência para gan-
co­piar pro­du­tos em es­pa­ços de tem­po har espaço no atra-
cada vez me­no­res. ente mercado de
Com esse es­pí­ri­to, a Van Leer re­sol­ águas minerais
veu de­sa­fiar a má­xi­ma de que em time
que está ga­nhan­do não se mexe. Uma das águas mi­ne­rais de ou­tros paí­ses, tais
lí­de­res mun­diais em for­ne­ci­men­to de como o Mé­xi­co, onde os garrafões de
ga­rrafões para água mi­ne­ral, a em­pre­sa PET eram eco­no­mi­ca­men­te viá­veis e
de ori­gem ho­lan­de­sa de­ci­diu, há cerca de ti­nham boa per­for­man­ce.
Van Leer três anos, apos­tar na subs­ti­tui­ção do po­li­ Para o Bra­sil, a Van Leer op­tou pela
(11) 5694-9800
www.vanleer.com.br car­bo­na­to (PC) pelo PET no seg­men­to de re­si­na Vo­ri­dian Aqua PET PJ003, de­sen­
garrafões de 20 li­tros para seus clien­tes vol­vi­da pela nor­te-ame­ri­ca­na Vo­ri­dian –
Voridian n o Bra­sil, mes­mo des­fru­tan­do de di­vi­são da Eas­tman Che­mi­cal – es­pe­cial­
(11) 5103-0003
www.voridian.com uma si­tua­ção cô­mo­da no men­te para o mer­ca­do de garrafões de
mer­ca­do. O re­sul­ta­do veio água. A es­co­lha de­veu-se às ca­rac­te­rís­ti­
rá­pi­do. Hoje, 98% dos cas da re­si­na, que re­duz as per­das na li­nha
clien­tes da em­pre­sa nes­se de pro­du­ção e re­sul­ta em pro­du­tos fi­nais
seg­m en­t o uti­l i­z am de alta qua­li­da­de, com pa­re­des uni­for­mes
em­ba­la­gens PET. e boa trans­pa­rên­cia. Tes­tes mos­tra­ram que
a Vo­ri­dian Aqua PET PJ003 tem boa du­ra­
Alternativa bi­li­da­de e boa re­sis­tên­cia me­câ­ni­ca, o que
“Sa­bía­mos que au­men­ta a vida útil dos garrafões sub­me­
as mar­cas pre­ ti­dos a la­va­gem e es­te­ri­li­za­ção com agen­
mium es­ta­riam tes abra­si­vos. “A mu­dan­ça para o PET
pro­cu­ran­do uma per­mi­tiu-nos ofe­re­cer a nos­sos clien­tes
al­t er­n a­t i­v a aos um pro­du­to de alta qua­li­da­de a pre­ços
garrafões de PC, com­pe­ti­ti­vos”, ex­pli­ca Sil­va.
que po­dem apre­sen­ “Os bons re­sul­ta­dos nos aju­da­ram a
tar va­z a­m en­t o no con­ven­cer nos­sos clien­tes de que o PET
la­cre”, diz Ola­vo Sil­va, era uma boa al­ter­na­ti­va para o mer­ca­do
ge­ren­te de com­pras da de água em garrafões, com uma boa re­la­
Van Leer. An­te­ci­pan­do ção cus­to-be­ne­fí­cio”, fi­na­li­za Sil­va, ani­
essa ten­dên­cia no mer­ca­do, ma­do com a cres­cen­te de­man­da por
a em­pre­sa olhou para ex­pe­riên­ em­ba­la­gens de 20 li­tros no mer­ca­do de
cias de su­ces­so no mer­ca­do de águas mi­ne­rais.
nov 2002 • embalagemmarca – 39
logística

O caminho das pedr


Produtor de aba­ca­xi mos­tra que ven­der lá fora exige ações lo­cais
Por Leandro Haberli

E
m vis­ta da ne­ces­si­da­de de di­na­ quis­tou re­cen­te­men­te o de­se­ja­do mer­ca­do
mi­za­ção eco­nô­mi­ca e do bem eu­ro­peu. Mas para che­gar lá, teve de co­me­
so­cial atre­la­do às ati­vi­da­des çar pen­san­do, e agin­do, lo­cal­men­te. Des­de a
ex­por­ta­do­ras, qual­quer um que co­lhei­ta dos pri­mei­ros fru­tos, ele per­ce­beu
tor­ça o na­riz para ini­cia­ti­vas de que, para agra­dar o con­su­mi­dor por seu
cria­ção de uma ima­gem po­si­ti­va dos pro­du­ sa­bor ado­ci­ca­do, o aba­ca­xi pre­ci­sa­ria de
tos bra­si­lei­ros lá fora pode ser con­si­de­ra­do uma al­ter­na­ti­va de acon­di­cio­na­men­to que
uma es­pé­cie de ini­mi­go do bom sen­so. Con­ ga­ran­tis­se pro­te­ção du­ran­te o trans­por­te.
tu­do, nem sem­pre é pos­sí­vel an­te­ver opor­tu­
ni­da­des e fron­do­sas tran­sa­ções com o ex­te­ Garantindo integridade
rior, quan­do, aqui mes­mo no Bra­sil, o mer­ca­ Por isso, hoje o agri­cul­tor é um dos pou­cos
do do pro­du­to que se tem em vis­ta ven­der lá for­ne­ce­do­res de acabaxi que en­tre­gam 100%
fora so­fre de fal­ta crô­ni­ca de con­di­ções bá­si­ de sua pro­du­ção acon­di­cio­na­da em cai­xas de
cas de ex­pan­são e de­sen­vol­vi­men­to. pa­pe­lão on­du­la­do, al­ter­na­ti­va con­si­de­ra­da
To­dos os dias des­pon­tam ca­sos re­ve­lan­ por es­pe­cia­lis­tas uma das mais efi­cien­tes para
do que investimentos in­ter­nos são um pres­ fru­tas. Pa­re­ce pou­co, mas tra­ta-se de um tre­
su­pos­to para abo­ca­nhar con­su­mi­do­res lá men­do di­fe­ren­cial: hoje, cer­ca de 90% de
fora. Es­cri­ta no es­ta­do mais cen­tral do país, toda a co­lhei­ta bra­si­lei­ra de aba­ca­xis são
o To­can­tins, a tra­je­tó­ria do en­ge­nhei­ro agrô­ trans­por­ta­dos em amon­toa­dos des­pro­vi­dos
no­mo Was­hing­ton Dias, hoje um dos prin­ de maio­res cui­da­dos, que lan­çam os ín­di­ces
ci­pais pro­du­to­res de aba­ca­xis do Bra­sil, de per­das a ní­veis es­tra­tos­fé­ri­cos.
com uma área cul­ti­va­da, de 6 000 hec­ta­res Ga­ran­tin­do a in­te­gri­da­de de seus pro­du­
– ou 150 mi­lhões de pés –, mos­tra que tos, Dias co­me­çou a tri­lhar o ca­mi­nho que o
apos­tar em mo­der­ni­za­ção de mé­to­dos pro­ le­va­ria ao ex­te­rior, fa­zen­do-se no­tar ini­cial­
du­ti­vos, o que in­clui for­te preo­cu­pa­ção com men­te nos mer­ca­dos do su­des­te bra­si­lei­ro.
pla­ne­ja­men­to lo­gís­ti­co, é mesmo um ca­mi­ “Com a ado­ção das em­ba­la­gens, eli­mi­na­
nho que pode dar vi­si­bi­li­da­de lá fora. mos as per­das e pas­sa­mos a for­ne­cer re­gu­
Atuan­do com aba­ca­xi pé­ro­la, es­pé­cie lar­men­te para gran­des su­per­mer­ca­dos de
que di­fe­re da tra­di­cio­nal ha­vaí por ter a pol­ São Pau­lo e ou­tros im­por­tan­tes Es­ta­dos”,
pa mais bran­ca e es­pi­nhos tam­bém na fo­lha, con­ta o agri­cul­tor. Foi num des­ses acor­dos
des­de o iní­cio da dé­ca­da de 80, Dias con­ que sur­giu a pri­mei­ra opor­tu­ni­da­de de ven­
der o ado­ci­ca­do aba­ca­
1 3 xi pé­ro­la lá fora.
No mes­mo ano em
que in­ves­tiu nas em­ba­
la­gens, Dias teve seu
studio ag – andré godoy

Dias exa­mi­na o
aba­ca­xi to­can­ti­nen­se
ex­pos­to num PDV fran­
2 cês (1): cai­xas de pa­pe­
lão on­du­la­do (2) fa­ci­li­
tam o em­pi­lha­men­to (3),
eli­mi­nam boa par­te das
per­das do trans­por­te e
agre­gam va­lor

fotos: divulgação

40 – embalagemmarca • nov 2002


as para exportar
pro­du­to apro­va­do pelo pro­gra­ma “Cer­ti­fi­
ca­ção Ga­ran­tia de Ori­gem Car­re­four”. O Uma em­ba­la­gem
aba­ca­xi to­can­ti­nen­se al­can­çou ta­ma­nho
su­ces­so nas lo­jas pau­lis­tas da ban­dei­ra que
que é a maior pa­lha
os exe­cu­ti­vos do gru­po lhe pro­pu­se­ram, O alto ní­vel de des­per­dí­cio dos aba­ca­xis
bra­si­lei­ros não se deve às im­pro­vi­sa­das
dois me­ses após o acor­do, uma par­ce­ria de
cai­xas reu­ti­li­zá­veis de ma­dei­ra, que em
ex­por­ta­ção para os hi­per­mer­ca­dos da Fran­
ou­tros se­to­res hor­ti­fru­ti­gran­jei­ros se tor­na­
ça. Com vi­sí­vel con­tri­bui­ção da em­ba­la­
ram fa­mo­sas por não pro­te­ger os ali­men­
gem, a pé­ro­la do cer­ra­do co­me­ça­va a tos ade­qua­da­men­te nas es­tra­das mal-con­
ga­nhar o exi­gen­te pa­la­dar eu­ro­peu. ser­va­das, e por trans­por­tar, jun­to com os
Em vis­ta da ma­ci­ça apro­va­ção do exó­ti­ pro­du­tos, mi­croor­ga­nis­mos pe­ri­go­sos para Rigesa
co sa­bor pe­los fran­ce­ses, Dias se viu dian­te (19) 3869-9330
o ho­mem, que se acu­mu­lam em suas es­tru­
www.rigesa.com.br
de uma im­per­dí­vel opor­tu­ni­da­de de am­pliar tu­ras pela fal­ta de hi­gie­ne. O en­tra­ve mais
a for­ça da cha­ma­da Mar­ca Bra­sil. Há um se­ve­ro é o sis­te­ma que até hoje pre­do­mi­na Terra Fértil
ano, ele con­se­guiu fun­dar uma em­pre­sa de em boa par­te do país para trans­por­tar aba­ (63) 366-1398
tfertil@zaz.com.br
ex­por­ta­ção, a Ter­ra Fér­til, que em 2002 ca­xi: a pa­lha de ca­pim. Mui­tos agri­cul­to­res
re­me­teu para Ale­ma­nha e Por­tu­gal de­zes­ im­pro­vi­sam, ten­tan­do acol­choar as pi­lhas
da fru­ta so­bre os ca­mi­nhões com esse
seis em­bar­ques aé­reos do aba­ca­xi to­can­ti­
ma­te­rial.
nen­se. To­dos evi­den­te­men­te em­ba­la­dos nas
Se­gun­do es­pe­cia­lis­tas, o sis­te­ma é pra­ti­ca­
con­sa­gra­das cai­xas de pa­pe­lão on­du­la­do,
men­te inó­cuo, e cau­sa ób­vias per­das
for­ne­ci­das com ex­clu­si­vi­da­de pela Ri­ge­sa de­cor­ren­tes dos sa­co­le­jos do trans­por­te.
des­de a cria­ção e a ado­ção. Esse tipo de “em­ba­la­gem”, lem­bra Wa-
s­hing­ton Dias, faz o aba­ca­xi che­gar ao pon­
Exigência parelha to-de-ven­da “sujo, en­ve­lhe­ci­do e sem bri­
Aqui no Bra­sil, o agri­cul­tor con­ta ain­da lho”. O lado do des­per­dí­cio é agra­va­do por
que, des­de o iní­cio des­te ano, se tor­nou o uma ca­rac­te­rís­ti­ca in­trín­se­ca do fru­to:
pri­mei­ro for­ne­ce­dor de aba­ca­xi pé­ro­la do como não ama­du­re­ce após a co­lhei­ta, de­ta­
Gru­po Pão de Açú­car a en­tre­gar o pro­du­to lhe co­nhe­ci­do en­tre os agrô­no­mos como
acon­di­cio­na­do. So­bre o cus­to das cai­xas, não-cli­ma­té­ri­co, o aba­ca­xi pre­ci­sa ser ven­
di­do já pró­xi­mo do mo­men­to ideal de con­
fa­tor que ini­be mui­tos em­preen­de­do­res
su­mo, fa­tor que au­men­ta a fra­gi­li­da­de e os
agrí­co­las a ado­tá-las, ten­do em vis­ta o que
ma­chu­ca­dos de­cor­ren­tes do trans­por­te. E
con­si­de­ram uma re­la­ção des­ca­bi­da en­tre o
se ele for co­lhi­do an­tes da hora, com vis­tas
in­ves­ti­men­to ne­ces­sá­rio e o va­lor de ven­da a au­men­tar a re­sis­tên­cia no trans­por­te,
de seus pro­du­tos, Sér­gio Ivanc­ko, do de­par­ che­ga ver­de ao con­su­mi­dor, per­den­do
ta­men­to de no­vos pro­je­tos da Ri­ge­sa, as­se­ apro­va­ção, ven­das e um de seus gran­des
gu­ra que o re­tor­no é com­pen­sa­dor. atra­ti­vos: a su­cu­lên­cia.
“Além de di­mi­nuir o des­per­dí­cio, em­ba­
la­gens para hor­ti­fru­ti­gran­jei­ros agre­gam
va­lor aos pro­du­tos, re­ver­tendo o ca­pi­tal
in­ves­ti­do”, de­fen­de Ivanc­ko. O caso do aba­
ca­xi to­can­ti­nen­se pa­re­ce dei­xar cla­ro que,
ape­sar da apa­ren­te in­con­gruên­cia, al­can­çar o
so­nha­do mer­ca­do ex­ter­no mui­tas ve­zes
exige ações la­bo­rio­sas aqui mesmo no Bra­
sil. “Tam­bém des­co­bri­mos que nossos con­
su­mi­do­res po­dem ser tão exi­gen­tes quan­to
os eu­ro­peus”, con­clui o agrô­no­mo Dias.

nov 2002 • embalagemmarca – 41


Adeus cur­sor
Alta re­so­lu­ção
ga­ran­ti­da
A bai­xa qua­li­da­de de cap­tu­ra
De­se­nhar com uma ca­ne­ta a
de ima­gens é um pon­to crí­ti­co
mão li­vre, e ver os tra­ços sur­gin­
do con­co­mi­tan­te­men­te na tela quan­do se pen­sa em scan­ners,
do com­pu­ta­dor. É isso que pro­ es­pe­cial­men­te aque­les pro­je­ta­
põem as me­sas grá­fi­cas, for­ma­ dos para usos pro­fis­sio­nais.
das por uma base, um mou­se e
uma ca­ne­ta es­pe­cial. Além de
Ten­do em vis­ta pou­par seus
usuá­rios des­sa in­sí­dia, a Creo
Foco no CtP
con­vi­te à li­ber­da­de ima­gi­na­ti­va, A Hei­del­berg apro­vei­tou a
lan­çou a fa­mí­lia de scan­ners
o sis­te­ma pos­si­bi­li­ta aos pro­fis­ Vi­sual Com­mu­ni­ca­tion 2002
sio­nais de edi­to­ra­ção re­to­que de iQs­mart, que pro­me­te di­gi­ta­li­ para am­pliar a di­vul­ga­ção
ima­gens, mu­dan­ça e acrés­ci­mo za­ções pre­ci­sas a par­tir de de sua li­nha de pro­du­tos
de co­res (in­clu­si­ve em fo­tos P&B) qual­quer tipo de ori­gi­nal, com tec­no­lo­gia Com­pu­ter-to-
e cria­ção de no­vas ima­gens a in­cluin­do trans­pa­rên­cias e Pla­te. Um dos des­ta­ques foi
par­tir de fo­tos di­gi­tais. Uma das a fa­mí­lia Pro­set­ter, com­pos­ta
ma­te­riais opa­cos.
em­pre­sas que atuam com esse pe­los mo­de­los 52, 74 e 102.
A re­so­lu­ção óp­ti­ca das ima­
tipo de so­lu­ção é a ja­po­ne­sa Tra­ba­lhan­do no cha­ma­do
Wa­com, que aca­ba de in­cre­ gens di­gi­ta­li­za­das nos pro­du­tos am­bien­te de luz de se­gu­ran­
men­tar sua li­nha Gra­phi­re2. iQs­mart pode al­can­çar 5500 ça ama­re­la, os equi­pa­men­
As no­vi­da­des fo­ram apre­sen­ta­ dpi, gra­ças a uma tec­no­lo­gia tos ofe­re­cem con­di­ções de
das pela Ta­blett, re­pre­sen­tan­te de cap­tu­ra de­no­mi­na­da flat­bed ope­ra­ção si­mi­la­res às da luz
da Wa­con no Bra­sil, du­ran­te a do dia. Ou­tro di­fe­ren­cial é o
XY Stich. A re­pre­sen­tan­te da
Vi­sual Com­mu­ni­ca­tion 2002, sis­te­ma de me­di­ção da tem­
Creo no Bra­sil é a Al­pha­print. pe­ra­tu­ra do ci­lin­dro in­ter­no,
fei­ra grá­fi­ca fei­ta no úl­ti­mo mês
(11) 3816-4747 que, além de ser anun­cian­do
de ou­tu­bro, em São Pau­lo.
Quem pas­sou pelo es­tan­de da www.al­pha­print.com.br como um dos mais pre­ci­sos
em­pre­sa, e se dis­pôs a po­sar do mer­ca­do, per­mi­te cal­cu­lar
para o car­tu­nis­ta João Dias, o pon­to cor­re­to de gra­va­ção,
le­vou para casa uma ca­ri­ca­tu­ra de modo que o ajus­te das
fei­ta na hora na Gra­phi­re2. cha­pas é fei­to sem pos­si­bi­li­
Ta­blett – (11) 3816-7562 da­de de er­ros.
www.wa­com.com.br www.br.hei­del­berg.com
(11) 3746-4450

Elei­ções ficaram aquém das ex­pec­ta­ti­vas


Foi se o tem­po em que a pre­si­den­te da Abi­graf to”, ava­lia Ca­mar­go. “Um mais fá­ceis de se­rem
“épo­ca de po­lí­ti­ca”, -As­so­cia­ção Bra­si­lei­ra da é o sur­gi­men­to de no­vas re­mo­vi­dos quan­do com­
ma­nei­ra como o pe­río­do In­dús­tria Grá­fi­ca. Se­gun­do mí­dias; o ou­tro, a cres­cen­ pa­ra­dos ao ma­te­rial
elei­to­ral é co­nhe­ci­do em ele, a par­ti­ci­pa­ção do te preo­cu­pa­ção am­bien­tal im­pres­so em pa­pel. “O
mui­tas das pe­que­nas ma­te­rial de pro­pa­gan­da re­la­cio­na­da com a lim­pe­za cres­ci­men­to da pro­pa­gan­
ci­da­des do país, re­pre­sen­ po­lí­ti­ca no PIB do se­tor, das ci­da­des”. Nes­te úl­ti­mo da po­lí­ti­ca pela in­ter­net
ta­va a sal­va­ção da la­vou­ra que nos anos 80 che­ga­va pon­to, o pre­si­den­te da tam­bém nos afe­tou”, con­
para o mer­ca­do grá­fi­co. a 10%, hoje não pas­sa de Abi­graf lem­bra que os clui.
Essa é a ava­lia­ção de 5%. “Há dois fa­to­res bá­si­ can­di­da­tos es­tão uti­li­zan­ (11) 5087-7777
Ma­rio Cé­sar de Ca­mar­go, cos para esse mo­vi­men­ do mais ban­ners plás­ti­cos, www.abi­graf.org

42 – embalagemmarca • nov 2002


INFORME PUBLICITÁRIO

ADE­SI­VOS
SEM SOL­VEN­TES
PARA LA­MI­NA­ÇÃO
O uso de ade­si­vos sem sol­ven­tes está cau­
san­do uma ver­da­dei­ra re­vo­lu­ção na in­dús­
tria de em­ba­la­gens.

Como vem acon­te­cen­do no mun­do in­tei­ro,


cada vez mais esse tema es­ta­rá pre­sen­te no
Bra­sil.

O as­sun­to é tão im­por­tan­te que a Lio­fol,


lí­der ab­so­lu­ta nes­se mer­ca­do, sen­te-se na
obri­ga­ção de com­par­ti­lhar um pou­co de
seu co­nhe­ci­men­to so­bre ele com o as
em­pre­sas e pro­fis­sio­nais da ca­deia bra­si­lei­
Média-alta performance Alta performance
ra de em­ba­la­gem.

Por isso ofe­re­ce, nas pró­xi­mas pá­gi­nas, a


ín­te­gra de re­cen­te pa­les­tra de seu Di­re­tor
Téc­ni­co de De­sen­vol­vi­men­to de Mer­ca­do e
Ser­vi­ços Téc­ni­cos, dr. Hans-Georg Kin­zel­
mann, so­bre o tema.

Ao cum­prir o com­pro­mis­so que as­su­miu


con­si­go mes­ma de sem­pre in­for­mar seus
clien­tes so­bre o que exis­te de mais avan­ça­
do na área de ade­si­vos, a Lio­fol tam­bém
Performance standard
des­cre­ve um pou­co do que está por trás de Média performance
sua li­de­ran­ça: ino­va­ção tec­no­ló­gi­ca, alta
qua­li­da­de, ex­pe­riên­cia e ver­sa­ti­li­da­de.

Hen­kel Ltda. • Av. das Na­ções Uni­das, 10 989 • 2º an­dar • 04578-000 • São Paulo, SP
Tel.: (11) 3848-2442 • Fax: (11) 3848-2444 • www.henkel.com.br
INFORME PUBLICITÁRIO

ADE­SI­VOS PARA LA­MI­NA­ÇÃO


DE EM­BA­LA­GENS
DE ALI­MEN­TOS SE­GU­RAS
Hen­kel KGaA
Dr. Hans-Georg Kin­zel­mann
Di­re­tor Téc­ni­co Lio­fol
De­sen­vol­vi­men­to de Mer­ca­do e Ser­vi­ços Téc­ni­cos
Con­su­mi­do­res, es­pe­cial­men­te em to­dos os paí­ses in­dus­ emen­das de­fi­nem mo­no­me­ros e ma­té­rias-pri­mas para a
tria­li­za­dos, es­tão cada vez mais preo­cu­pa­dos com a po­ten­ fa­bri­ca­ção de plás­ti­cos para em­ba­la­gens em con­ta­to di­re­to
cial con­ta­mi­na­ção quí­mi­ca e mi­cro­bio­ló­gi­ca de ali­men­tos. com ali­men­tos. Ade­si­vos, as­sim como tin­tas de im­pres­são,
No que diz res­pei­to a em­ba­la­gens fle­xí­veis, exis­tem re­gu­la­ ver­ni­zes, fil­mes de alu­mí­nio e pa­pel es­tão ex­cluí­dos da
men­ta­ções para a Eu­ro­pa e os Es­ta­dos Uni­dos com foco 90/128, mas des­de que não exis­te re­gu­la­men­ta­ção al­gu­ma
nos ade­si­vos de la­mi­na­ção em­pre­ga­dos. para ade­si­vos de la­mi­na­ção tal como a FDA §175.105 para
Em mui­tos paí­ses, re­gu­la­men­ta­ções para em­ba­la­gens para con­ta­to in­di­re­to com ali­men­tos, ain­da faz sen­ti­do con­si­de­
ali­men­tos se­gu­ras têm em co­mum re­qui­si­tos tais como os rar a lis­ta de ma­té­rias pri­mas da 90/128/EEC para for­mu­la­
for­mu­la­dos no “Fra­me­work Di­rec­ti­ve 89/109/ECC”, que em ções de ade­si­vos. A lis­ta de ma­té­rias pri­mas in­clui mui­tos
seu Ar­ti­go 2 de­ter­mi­na: dii­so­cia­na­tos, como os usa­dos para ade­si­vos de la­mi­na­ção
“Ma­te­riais de em­ba­la­gem têm que ser fa­bri­ca­dos de tal for­ po­liu­re­tâ­ni­cos. O re­gu­la­men­to es­pe­ci­fi­ca para to­dos os dii­
ma que, sob as con­di­ções de uso, ne­nhum com­po­nen­te será so­cia­na­tos um li­mi­te es­pe­cí­fi­co de 1mg NCO/Kg no plás­ti­co
trans­fe­ri­do para o ali­men­to, o qual... [QM(T)] e a Nor­ma Eu­ro­péia 13130-8 des­cre­ve um mé­to­do
...seja um ris­co po­ten­cial para a saú­de hu­ma­na, de tes­te para a de­ter­mi­na­ção de NCO em plás­ti­cos.
...mude a com­po­si­ção do ali­men­to,
...in­fluen­cie as pro­prie­da­des or­ga­no­lép­ti­cas.” Quãoapro­pria­doéoQM(T)=1mgNCO/Kgdeplás­ti­coparapre­
Hoje, a 89/109/ECC está in­se­ri­da nas re­gu­la­men­ta­ções ve­nir a con­ta­mi­na­ção po­ten­cial do ali­men­to?
na­cio­nais de to­dos os paí­ses da Co­mu­ni­da­de Eu­ro­péia.
Ou­tras di­re­ti­vas da ECC es­tão in­cor­po­ran­do a es­tru­tu­ra de É bem co­nhe­ci­do que iso­cia­na­tos rea­gem com água –
di­re­ti­vas, como se­gue: oriun­da de mui­tos ali­men­tos - para for­mar ami­nas. Ami­nas
82/711/EEC e 97/48/EEC des­cre­vem as re­gras bá­si­cas para a de­vem ser con­si­de­ra­das como pro­du­tos da de­com­po­si­ção
in­ves­ti­ga­ção da mi­gra­ção de pro­du­tos des­de os ma­te­riais de iso­cia­na­tos como re­gu­la­men­ta­do na 90/128/EEC. São
plás­ti­cos (da em­ba­la­gem) até os ali­men­tos. De­pen­den­do es­pe­cial­men­te in­te­res­san­tes as ami­nas aro­má­ti­cas pro­ve­
das con­di­ções de uso, as con­di­ções de tes­te (quais si­mu­la­ nien­tes de iso­cia­na­tos aro­má­ti­cos com um li­mi­te de mi­gra­
do­res de ali­men­tos, tem­po de con­ta­to e tem­pe­ra­tu­ra) são ção es­pe­cí­fi­ca em ali­men­tos de­fi­ni­do como não de­tec­tá­vel.
de­fi­ni­das. O Co­mi­tê Cien­tí­fi­co Eu­ro­peu para Ali­men­tos (SCF) es­ta­be­le­
Tes­tes de mi­gra­ção são efe­tua­dos com si­mu­la­do­res de ali­ ceu re­cen­te­men­te para ami­nas aro­má­ti­cas um li­mi­te de
men­tos de­pen­den­do do tipo de ali­men­to, como des­cri­to na de­tec­ção em ali­men­tos de DL = 20 ppb (par­tes por bi­lhão),
85/572/EEC. to­le­rân­cia ana­lí­ti­ca in­cluí­da, o qual foi edi­ta­do na 6a emen­
Em ge­ral, são em­pre­ga­dos os se­guin­tes si­mu­la­do­res: da para 90/128/EEC. Sem ne­nhum mé­to­do de tes­te em
• Ali­men­tos áci­dos  3% de áci­do acé­ti­co es­pe­cial em men­te, a EEC con­si­de­ra uma to­le­rân­cia ana­lí­ti­
• Ali­men­tos aquo­sos  água ca de 100%. As­sim sen­do, o li­mi­te prá­ti­co real para ami­nas
• Ali­men­tos com mais de 5% de eta­nol  10% de eta­nol aro­má­ti­cas é de 10 ppb.
• ali­men­tos gor­du­ro­sos  azei­te de oli­va ou subs­ti­tu­tos Va­mos as­su­mir que uma em­ba­la­gem fle­xí­vel de plás­ti­co
como isooc­ta­no (5-60ºC), eta­nol a 95% ou Poly­pheny­le­no­ con­te­nha o li­mi­te má­xi­mo to­le­rá­vel de 1mg NCO/Kg. Sob
xid (Te­nax, 100-175ºC). con­di­ções tí­pi­cas de uso, uma bol­sa de PET-12/PE-60 de
An­tes do tes­te deve ser con­si­de­ra­da a pos­si­bi­li­da­de de uma 400 cm3 pesa 3g e é en­va­sa­da com 100ml de ali­men­to.
rea­ção quí­mi­ca do si­mu­la­dor de ali­men­to com o pro­du­to Con­si­de­ran­do o pior caso, todo iso­cia­na­to se­ria trans­fe­ri­
po­ten­cial­men­te ex­traí­vel, o que po­de­ria des­qua­li­fi­car o do para o ali­men­to, for­man­do ami­nas. Para o MDI, iso­cia­
si­mu­la­dor de ali­men­to de­pen­den­do das con­di­ções de tes­te na­to co­mu­men­te uti­li­za­do, 90 ppb de ami­na em for­ma de
e do mé­to­do de de­tec­ção. MDA se­riam ge­ra­das. Tal quan­ti­da­de fa­zer par­te do ali­
De­fi­ni­ções si­mi­la­res po­dem ser en­con­tra­das no “Code of men­to não é con­si­de­ra­da se­gu­ra e é ques­tio­ná­vel se o li­mi­
Fe­de­ral Re­gu­la­tions of the Food and Drug Ad­mi­nis­tra­tion”, te de 1mg NCO/Kg numa em­ba­la­gem fle­xí­vel pro­vê em to­dos
no pa­rá­gra­fo 176.170. os ca­sos a se­gu­ran­ça para em­ba­la­gens de ali­men­tos re­que­
As­sim como o §175.300 do FDA re­gu­la­men­ta ma­te­riais em ri­da na es­tru­tu­ra di­re­ti­va 89/109/EEC. Em adi­ção pre­ci­sa­mos
con­ta­to di­re­to com ali­men­tos, a Di­re­ti­va Eu­ro­péia 90/128 e con­si­de­rar que a li­mi­ta­ção QM(T) para NCO foi di­ri­gi­da a
plás­ti­cos com uma dis­tri­bui­ção ho­mo­gê­nea de iso­cia­na­tos O con­tro­le de qua­li­da­de num con­ver­te­dor tí­pi­co che­ca as
e não para duas ou mais ca­ma­das de uma es­tru­tu­ra com­ pro­prie­da­des fí­si­cas de um la­mi­na­do para pro­var sua fun­
bi­na­da de plás­ti­cos com uma fina ca­ma­da de ade­si­vo cio­na­li­da­de para pro­ces­sa­men­to se­guin­te. A per­for­man­ce
po­liu­re­tâ­ni­co. En­tre­men­tes as au­to­ri­da­des da EEC iden­ti­fi­ de um la­mi­na­do mes­mo para os mais al­tos re­qui­si­tos não
ca­ram o pro­ble­ma, e em fu­tu­ras emen­das da di­re­ti­va é uma in­di­ca­ção de um ade­si­vo cu­ra­do e sem im­pu­re­zas
90/128/EEC será de­fi­ni­do um li­mi­te para iso­cia­na­tos re­la­ de bai­xo peso mo­le­cu­lar, fon­te po­ten­cial para con­ta­mi­na­
cio­na­do com a área da su­per­fí­cie de 6dm2. ção do ali­men­to. So­men­te um tes­te adi­cio­nal de mi­gra­ção
sob as con­di­ções de uso de­tec­tan­do con­ta­mi­nan­tes em
Em lu­gar da de­ter­mi­na­ção de iso­cia­na­tos em plás­ti­cos, a po­ten­cial num si­mu­la­dor de ali­men­to res­pon­de­rá à ques­
re­gu­la­men­ta­ção ale­mã para ali­men­tos já em 1984 for­ne­cia tão da cura to­tal.
um mé­to­do de tes­te para a de­tec­ção es­pe­cí­fi­ca de ami­nas
aro­má­ti­cas em si­mu­la­do­res de ali­men­tos aquo­sos. De­vi­do Os ade­si­vos para la­mi­na­ção de em­ba­la­gens fle­xí­veis de ali­
à rea­ção de 95% eta­nol com iso­cia­na­tos ou azei­te de oli­va men­tos mais co­muns no mun­do todo es­tão ba­sea­dos na
com ami­nas, es­tes si­mu­la­do­res são ina­de­qua­dos para a quí­mi­ca dos po­liu­re­ta­nos na for­ma de sis­te­mas de um e
de­tec­ção es­pe­cí­fi­ca de ami­nas aro­má­ti­cas. A re­co­men­da­ dois com­po­nen­tes. A par­te iso­cia­na­to do ade­si­vo sem­pre
ção 28a para po­liu­re­ta­nos da re­gu­la­men­ta­ção ale­mã con­tém mais ou me­nos iso­cia­na­to mo­no­mé­ri­co li­vre, o
re­quer que a quan­ti­da­de de ami­na aro­má­ti­ca es­teja abai­xo qual no caso de ade­si­vos bi-com­po­nen­tes são com­bi­na­dos
do li­mi­te de de­tec­ção do me­lhor mé­to­do dis­po­ní­vel. A com um en­du­re­ce­dor ter­mi­na­do em hi­dro­xi­la fun­cio­nal
re­gu­la­men­ta­ção faz re­fe­rên­cia a um mé­to­do de tes­te com pre­via­men­te ao pro­ces­so de con­ver­são. A cura do ade­si­vo
li­mi­te de de­tec­ção de 27,5ppb. Uma me­lho­ria re­cen­te de­vi­ com­bi­nan­do dois subs­tra­tos fle­xí­veis acon­te­ce no rolo. O
do a uma eta­pa de con­cen­tra­ção re­du­ziu este li­mi­te para po­liu­re­ta­no to­tal­men­te cu­ra­do é ino­fen­si­vo em con­ta­to
2ppb. in­di­re­to com ali­men­to e o la­mi­na­do está pron­to para o
O có­di­go de re­gu­la­men­ta­ção fe­de­ral FDA §175.105 re­gu­la­ uso.
men­ta es­pe­ci­fi­ca­men­te ade­si­vos em con­ta­to in­di­re­to com
ali­men­tos. É de res­pon­sa­bi­li­da­de do fa­bri­can­te do ade­si­vo O que pode acon­te­cer
for­mu­lar ade­si­vos a par­tir de ma­té­rias-pri­mas men­cio­na­ se ade­si­vos po­liu­re­tâ­ni­
das na lis­ta po­si­ti­va. Em adi­ção a re­gu­la­men­ta­ção re­quer cos não to­tal­men­te
que o ade­si­vo es­teja se­pa­ra­do do ali­men­to via uma bar­rei­ cu­ra­dos ain­da con­têm
ra fun­cio­nal, que é de res­pon­sa­bi­li­da­de do con­ver­te­dor. iso­cia­na­tos mo­no­mé­ri­
Uma taxa de ris­co ba­sea­da na dose vir­tual­men­te se­gu­ra cos li­vres e en­tram em
para ami­nas aro­má­ti­cas con­si­de­ran­do um fa­tor de con­su­ con­ta­to di­re­to com o
mo de 5% para ali­men­to de uma em­ba­la­gem fle­xí­vel ali­men­to?
de­mons­tra que o mé­to­do de tes­te ale­mão com li­mi­te de
de­tec­ção de 2ppb é uma fer­ra­men­ta ex­ce­len­te para de­ter­ Iso­cia­na­tos mo­no­mé­ri­
mi­nar as pro­prie­da­des fun­cio­nais de bar­rei­ra de um fil­me cos li­vres pro­ve­nien­tes
se­pa­ran­do o ade­si­vo e o ali­men­to, com res­pei­to a ami­nas de um ade­si­vo não to­tal­ Full-service: a Henkel oferece ampla
aro­má­ti­cas ge­ra­das des­de iso­cia­na­tos aro­má­ti­cos li­vres men­te cu­ra­do po­dem variedade de adesivos para fins específicos
pro­ve­nien­tes do ade­si­vo po­liu­re­tâ­ni­co não to­tal­men­te re­ti­ mi­grar para o ali­men­to,
cu­la­do. Se não con­si­de­rar­mos o fa­tor de se­gu­ran­ça de 1/10 for­mar ami­nas a par­tir da rea­ção com a água for­ne­ci­da
na taxa de ris­co, ter­emos o DL Eu­ro­peu = 20ppb. pelo ali­men­to, as quais no caso de ami­nas aro­má­ti­cas são
con­si­de­ra­das um pe­ri­go po­ten­cial à saú­de hu­ma­na.
Mui­tas fon­tes po­ten­ciais para a con­ta­mi­na­ção quí­mi­ca de Mi­gra­ção de ami­nas aro­má­ti­cas de um ade­si­vo PUR não
ali­men­tos em con­ta­to com em­ba­la­gens fle­xí­veis de­vem ser to­tal­men­te cu­ra­do é uma preo­cu­pa­ção para em­ba­la­gens
con­si­de­ra­das. Fon­tes ób­vias no con­ta­to di­re­to com ali­men­ en­va­sa­das com ali­men­tos gor­du­ro­sos ou úmi­dos tais
to são fil­mes se­lan­tes e ver­ni­zes se­lan­tes a frio ou quen­te como clas­si­fi­ca­dos na di­re­ti­va Eu­ro­péia 85/572/EEC e FDA
(“Heat Seal Coa­ting” e “Cold Seal Coa­ting”). Em adi­ção, com­ §176.170. É opi­nião da FDA (ali­men­to tipo VIII) e da EC que
po­nen­tes da ca­ma­da ex­ter­na dos fil­mes, ver­ni­zes, tin­tas de tes­tes de mi­gra­ção não são exi­gi­dos para la­mi­na­dos en­va­
im­pres­são e ade­si­vos de la­mi­na­ção em con­ta­to in­di­re­to sa­dos com ali­men­tos se­cos as­sim como de­fi­ni­dos nas
com ali­men­tos po­dem da mes­ma for­ma se­rem trans­fe­ri­ re­gu­la­men­ta­ções men­cio­na­das aci­ma. Isto sig­ni­fi­ca que ali­
dos. men­to seco está se­gu­ro em re­la­ção à mi­gra­ção? A res­pos­ta
No caso de ade­si­vos de la­mi­na­ção, em ge­ral pode acon­te­ é não, de­vi­do a re­cen­tes acha­dos mos­tran­do que es­pe­cial­
cer mi­gra­ção atra­vés da ca­ma­da se­lan­te até o ali­men­to men­te vo­lá­teis numa em­ba­la­gem po­dem ser trans­fe­ri­dos
des­de que es­te­jam pre­sen­tes com­po­nen­tes de bai­xo peso so­bre o ali­men­to seco. Por­tan­to de­vem ser es­pe­ra­das
mo­le­cu­lar na ca­ma­da do ade­si­vo. Para sis­te­ma rea­ti­vos, o mu­dan­ças na fu­tu­ra emen­da 85/572/EEC.
ade­si­vo to­tal­men­te re­ti­cu­la­do ou cu­ra­do não mais re­pre­ Em ge­ral te­mos que con­si­de­rar que fil­mes se­lan­tes não
sen­ta uma fon­te de pro­du­tos quí­mi­cos pe­ri­go­sos e está em for­ne­cem uma bar­rei­ra fun­cio­nal para ami­nas mi­gra­tó­rias,
to­tal con­cor­dân­cia com as exi­gên­cias da es­tru­tu­ra di­re­ti­va mes­mo fil­mes não coex­tru­da­dos con­ten­do EVOH. Em adi­
89/109/EEC e as exi­gên­cias de bar­rei­ra fun­cio­nal da FDA ção a mi­gra­ção deve ser con­si­de­ra­da em to­das as tem­pe­
§175.105. ra­tu­ras, até mes­mo à tem­pe­ra­tu­ra am­bien­te e abai­xo.

Como de­ter­mi­nar se um ade­si­vo está to­tal­men­te cu­ra­do? Nocasodeade­si­vosparala­mi­na­çãopo­liu­re­tâ­ni­cos,quaissãoos


fa­to­res que in­fluen­ciam o tem­po de cura de um la­mi­na­do até
INFORME PUBLICITÁRIO

que ele es­te­ja se­gu­ro para o con­ta­to in­di­re­to com ali­ e fil­me/fo­lha de alu­mí­nio de bai­xa, mé­dia e até alta per­for­
men­tos? man­ce, os quais com­bi­nam tem­pos de cura co­mer­cial­men­te
acei­tá­veis com re­la­ção à per­for­man­ce fí­si­ca e se­gu­ran­ça ao
A con­cen­tra­ção de iso­cia­na­to mo­no­mé­ri­co li­vre pa­re­ce ser ali­men­to. A ex­ce­len­te per­for­man­ce dos po­liu­re­ta­nos em
um fa­tor ób­vio, mas o me­ca­nis­mo de cura é real­men­te de com­bi­na­ção com os mé­to­dos de tes­te es­ta­be­le­ci­dos são
maior in­fluên­cia. O me­ca­nis­mo de cura so­men­te tra­ba­lha fa­to­res im­por­tan­tes para a fun­cio­na­li­da­de de uma em­ba­la­
ade­qua­da­men­te em com­bi­na­ção com a pro­por­ção de mis­ gem fle­xí­vel em con­for­mi­da­de com a es­tru­tu­ra di­re­ti­va
tu­ra re­co­men­da­da. Ou­tros fa­to­res são, por exem­plo, a umi­ 89/109/EEC, que exi­ge que ne­nhum com­po­nen­te que pos­sa
da­de es­pe­cial­men­te sob as con­di­ções de la­mi­na­ção, a tem­ tra­zer pe­ri­go para a saú­de hu­ma­na seja trans­fe­ri­do para o
pe­ra­tu­ra sob a qual a bo­bi­na re­cém la­mi­na­da é es­to­ca­da, ali­men­to.
as pro­prie­da­des de bar­rei­ra do fil­me se­lan­te e até mes­mo Al­ter­na­ti­vas são os sis­te­mas de ade­si­vos mis­tos de iso­cia­
do tipo de ca­ma­da ex­ter­na do fil­me. na­tos ali­fá­ti­co/aro­má­ti­co ou puro iso­cia­na­to ali­fá­ti­co. Cor­
Para a cura de um ade­si­vo numa si­tua­ção ideal a per­for­ ren­te­men­te em de­sen­vol­vi­men­to es­tão os sis­te­mas de ade­
man­ce do la­mi­na­do e a se­gu­ran­ça para con­ta­to in­di­re­to si­vos não ba­sea­dos em iso­cia­na­tos, as­sim como os sis­te­
com ali­men­tos são al­can­ça­das ao mes­mo tem­po. mas com cura por fei­xe de elé­trons (elec­tron-beam) e por
cura UV. Como men­cio­na­do an­te­rior­men­te, tam­bém para
Existemdi­fe­ren­çasen­treade­si­vosparala­mi­na­çãopo­liu­re­tâ­ni­cos? sis­te­mas al­ter­na­ti­vos com­po­nen­tes mi­gra­tó­rios de­vem ser
con­si­de­ra­dos e de­ter­mi­na­dos pre­via­men­te ao con­ta­to do
Para es­tru­tu­ras de bai­xa e mé­dia per­for­man­ce fil­me/fil­me e la­mi­na­do com ali­men­to. Em adi­ção à in­tro­du­ção des­tes
fil­me/fo­lha de alu­mí­nio la­mi­na­dos com ade­si­vos isen­tos de sis­te­mas no mer­ca­do, mé­to­dos de tes­te prá­ti­cos e va­li­da­
sol­ven­te (“sol­vent­free”) de pri­mei­ra e se­gun­da ge­ra­ção a dos para im­pu­re­zas de bai­xo peso mo­le­cu­lar são ne­ces­sá­
re­sis­tên­cia fí­si­ca do la­mi­na­do é qua­se sem­pre atin­gi­da rios.
an­tes que o ade­si­vo es­te­ja li­vre de ami­nas mi­gra­tó­rias
po­ten­ciais. Já quin­ze anos atrás a Hen­kel in­tro­du­ziu a ter­ Não de­ve­mos es­que­cer de men­cio­nar
cei­ra ge­ra­ção de ade­si­vos sol­vent­free, o que re­du­ziu dra­ que as mes­mas con­si­de­ra­ções com
ma­ti­ca­men­te o tem­po de cura com re­la­ção a ami­nas re­la­ção à cura e à se­gu­ran­ça dos
mi­gra­tó­rias po­ten­ciais. Me­lho­ria de igual por­te é re­pre­sen­ ali­men­tos apli­cam-se igual­men­te
ta­da nos anos re­cen­tes pe­los ade­si­vos da quar­ta ge­ra­ção, para sis­te­mas de ade­si­vos PUR
ba­sea­da na re­du­ção nas quan­ti­da­des de iso­cia­na­to mo­no­ con­ten­do sol­ven­tes (sol­vent­ba­
mé­ri­co li­vre em re­la­ção aos sis­te­mas da ter­cei­ra ge­ra­ção. sed), mas sis­te­mas ba­sea­dos na
Am­bos sis­te­mas são apli­ca­dos a 70-80ºC e re­que­rem pré- mes­ma quí­mi­ca como os ade­si­
aque­ci­men­to da por­ção-NCO pré­vio ao uso na ope­ra­ção vos sol­vent­free de la­mi­na­ção de
de con­ver­são. se­gun­da ge­ra­ção não exis­tem.
Se olhar­mos para as ne­ces­si­da­des glo­bais de mer­ca­do Como des­cri­to para ade­si­vos sol­
para ade­si­vos sol­vent­free para em­ba­la­gens fle­xí­veis, os vent­free, hoje exis­tem dis­po­ní­veis
con­ver­te­do­res es­tão prin­ci­pal­men­te in­te­res­sa­dos em sis­te­ ade­si­vos de dois com­po­nen­
mas de am­pla gama de apli­ca­ção, fá­ceis de ma­nu­sear, com tes sol­vent­ba­sed com me­ca­
bom de­sem­pe­nho em má­qui­na e cura rá­pi­da com res­pei­to nis­mos de cura pa­drão e
à per­for­man­ce fí­si­ca e se­gu­ran­ça para o ali­men­to. Os mo­di­fi­ca­do.
es­for­ços sus­ten­tá­veis de pes­qui­sa e de­sen­vol­vi­men­to da
Hen­kel re­sul­ta­ram na in­tro­du­ção no mer­ca­do de ade­si­vos
sol­vent­free para la­mi­na­ção uni­ver­sais, que com­bi­nam a fá­cil Visão em microscópio infra-
ma­ni­pu­la­ção da se­gun­da ge­ra­ção de ade­si­vos sol­vent­free vermelho e aplicação sem solvente
com tem­pos de cura mais cur­tos para se­gu­ran­ça no con­ta­
to in­di­re­to com ali­men­tos. Já está com pro­du­ção lo­cal na
Amé­ri­ca do Sul o ade­si­vo Hen­kel Lio­fol 9526/9727, um tí­pi­
co ade­si­vo de bai­xa vis­co­si­da­de com com­por­ta­men­to
mi­gra­tó­rio de um ade­si­vo sol­vent­free uni­ver­sal su­pe­ran­do
em per­for­man­ce to­dos os sis­te­mas de se­gun­da ge­ra­ção
con­cor­ren­tes com res­pei­to à se­gu­ran­
ça. Hoje, a Hen­kel pode ofe­re­cer uma
li­nha com­ple­ta de ade­si­vos po­liu­re­tâ­
ni­cos sol­vent­free para la­mi­na­ção de
ter­cei­ra ge­ra­ção, quar­ta ge­ra­ção e
uni­ver­sal mo­di­fi­ca­dos base iso­cia­na­to
aro­má­ti­co para es­tru­tu­ras fil­me/fil­me
Em alta
A As­so­cia­ção Bra­si­lei­ra de Ce­lu- Sete con­quis­tas no WorldS­tars 2002
lo­se e Pa­pel (Bra­cel­pa) aca­ba de
fe­char a pro­je­ção de um cres­ci- A World Pac­ka­ging Or­ga­ni­sa­ sabão em pó Omo Pro­gress,
men­to de pelo me­nos 4% para o tion (WPO) anun­ciou os ven­ fa­bri­ca­do pela Di­xie Toga para
se­tor no ano que vem. O oti­mis- ce­do­res da edi­ção 2002 do a Uni­le­ver, com pro­je­to da Oz
mo vem dos au­men­tos de pro- prê­mio mun­dial WorldS­tars de De­sign; a gar­ra­fa da água
du­ção até agos­to: 7,1% de ce­lu- em­ba­la­gem. Mi­nal­ba Clas­sic, de­se­nha­da
lo­se e 2,9% de pa­pel. En­tre os 153 pro­je­tos con­tem­ pela Hi De­sign e com ró­tu­lo
pla­dos, sete são bra­si­lei­ros, da Mul­ti­la­bel do Bra­sil; as
Aço aos to­tós tam­bém pre­mia­dos no úl­ti­mo Mis­tu­ras para Bolo Dona Ben­
A CSN es­te­ve pela pri­mei­ra vez
Prê­mio ABRE de De­sign de ta, da J. Ma­cê­do, com de­sign
na PET South Ame­ri­ca, fei­ra do
Em­ba­la­gem. da Se­ra­gi­ni Farné e pouch da
seg­men­to de ani­mais do­més­ti-
São eles: a Lata com fe­cha­ Itap Be­mis; o ca­sal de Per­fu­
cos. A si­de­rúr­gi­ca quer am­pliar a
men­to Bi­plus, da Bra­si­la­ta, uti­ mes Sin­to­nia de Na­tu­ra, pro­je­
par­ti­ci­pa­ção das em­ba­la­gens em
aço para ra­ções, mer­ca­do que li­za­da pela Co­ral; a Li­nha de ta­do pela De­sign Com Z, e
fa­tu­ra R$ 2,4 bi­lhões por ano no snacks Ira­ce­ma, com de­sign e com em­ba­la­gens da Ta­pon
Bra­sil. ins­cri­ção da Dil Con­sul­to­res Co­ro­na, Re­xam do Bra­sil e
em De­sign e Comunicação em Bor­mio­li Roc­co e Fi­glio; e a
Know-how... Marketing e con­ver­são da Cai­xa Pla­form da Ri­ge­sa Wes­
A Pro­des­maq, es­pe­cia­li­za­da em San­ta Rosa Embalagens tva­co, uti­li­za­da pela Ra­sip
rótu­los auto-ade­si­vos, está Flexíveis e da Li­to­gra­fia Va­len­ Agro Pas­to­ril.
começando a pres­tar con­sul­to­ria ça; o Car­tu­cho Window do www.world­pac­ka­ging.org
téc­ni­ca gra­tui­ta a em­pre­sas
não-clien­tes com di­fi­cul­da­des
em seus pro­ces­sos de ro­tu­la­gem
ou que de­se­jam apri­mo­rar
co­nhe­ci­men­tos.
Aqui­si­ção con­cluí­da
O Grup­po Mos­si & Ghi­sol­fi anun­ da Rho­dia-ster, com ca­pa­ci­da­de
ciou no dia 8 de ou­tu­bro a con­clu­ para 18 kt anuais; duas plan­tas
ÁGLV­SR­VL­o¬R
são da aqui­si­ção de toda a par­ti­ci­ com ca­pa­ci­da­de para 90 kt anuais
O ob­je­ti­vo é di­fun­dir as van­ta-
pa­ção acio­ná­ria da Rho­dia na Rho­ de fi­bra de po­liés­ter; e par­ti­ci­pa­ção
gens e be­ne­fícios do auto-ade­si-
dia-ster S.A. (Rho­dia-ster) do Bra­ ma­jo­ri­tá­ria na Rho­dia­co In­dús­trias
vo, e a par­tir daí, ofe­re­cer idéias
sil. A aqui­si­ção abran­ge os se­guin­ Quí­mi­cas Ltda., que ope­ra uma
ino­va­do­ras. Os con­ta­tos de­vem
tes ati­vos de pro­du­ção da Rho­dia- fá­bri­ca de PTA com ca­pa­ci­da­de
acon­te­cer pelo site www.pro-
ster: uma fá­bri­ca de re­si­na de PET para 225 kt anuais.
des­maq.com.br ou atra­vés do
com ca­pa­ci­da­de para 200 kt anu- www.rho­dias­ter.com.br
te­le­fo­ne (19) 3876-9300.
ais; a Re­ci­pet, bra­ço de re­ci­cla­gem www.mgpoly­mers.com

nov 2002 • embalagemmarca – 47


Axe ino­va – de novo
De­pois de lan­çar a em­ba­la­gem em­pur­ra­da para cima com o dedo
com sis­te­ma de fe­cha­men­to push- in­di­ca­dor. Em se­gui­da, é só pres­
pull, que eli­mi­na a tam­pa (Em­ba­la­ sio­nar a vál­vu­la e li­be­rar a saí­da
gem­Marc ­ a 36), o de­so­do­ran­te Axe, de um jato di­re­cio­na­do.
da Uni­le­ver, apre­sen­ta mais uma Ou­tra no­vi­da­de é a em­ba­la­gem de
ino­va­ção. Com novo pro­je­to glo­ me­tal, que exi­giu o de­sen­vol­vi­
bal, que de­man­dou qua­tro anos men­to de uma tec­no­lo­gia es­pe­cí­
de pes­qui­sas para ser via­bi­li­za­do, fi­ca, per­mi­tin­do o pri­mei­ro en­va­se Em­ba­la­gem
a em­ba­la­gem do Axe Ae­ros­sol tem de ae­ros­sol pres­su­ri­za­do ex­clu­si­ dis­pen­sa re­fri­ge­ra­ção
um mo­der­no me­ca­nis­mo de apli­ vo para a mar­ca.
O pro­ces­so re­tort é uma avan­ça­da
ca­ção, que tam­bém não pos­sui O pro­je­to da em­ba­la­gem foi cria­
tec­no­lo­gia que se ba­seia no uso de
tam­pa e pode ser apli­ca­do com do em par­ce­ria pela agên­cia fran­
em­ba­la­gens her­me­ti­ca­men­te fe­cha­
ape­nas uma mão. ce­sa de de­sign Des­grip­pes-Gobé das, que im­pe­dem a pas­sa­gem de
Pa­ten­tea­do pela Uni­le­ver, o novo com o Cen­tro de De­sen­vol­vi­men­to luz e ar, e na es­te­ri­li­za­ção por alta
apli­ca­dor ae­ros­sol pos­sui uma de Em­ba­la­gens da Uni­le­ver na tem­pe­ra­tu­ra e pres­são, eli­mi­nan­do
tra­va na par­te su­pe­rior, que é Eu­ro­pa e na Amé­ri­ca La­ti­na. os mi­croor­ga­nis­mos res­pon­sá­veis
pela de­te­rio­ra­ção do ali­men­to. A Aji­
no­mo­to se uti­li­zou des­ta tec­no­lo­gia
para co­lo­car no mer­ca­do a li­nha Pra­
to Pre­di­le­to com­pos­to de pra­tos
pron­tos sem con­ser­van­tes, que
po­dem fi­car sem re­fri­ge­ra­ção por
lon­gos pe­río­dos. “Rea­li­za­mos al­guns
tes­tes e com­pro­va­mos que mes­mo
de­pois de um ano e meio o sa­bor e a
tex­tu­ra dos ali­men­tos são man­ti­dos”,
ga­ran­te Ed­son Doi, coor­de­na­dor de
pro­du­tos da Aji­no­mo­to. “Como o
fotos: divulgação

pro­ces­so re­tort des­car­ta a ne­ces­si­


da­de do uso de con­ser­van­tes, os
pro­du­tos são tam­bém mui­to sau­dá­
veis”, com­ple­ta.

Pra­ko­lar lan­ça para os jo­vens, cores ousadas


cai­xas e cai­xas-dis­play. Nutry Fun
ró­tu­lo-cu­pom Em bus­ca do pú­bli­co jo­vem, a
Nu­tri­men­tal lançou as bar­ras de ga­nhou es­pa­ço im­por­tan­te na car­
Aten­den­do à de­man­da de so­lu­ções ce­reais Nutry Fun nos sa­bo­res bri­ te­la de pro­du­tos Nutry pelo im­pac­
in­te­li­gen­tes para os pon­tos-de-ven­ ga­dei­ro e mo­ran­go com io­gur­te. As to cau­sa­do pe­las co­res inu­si­ta­das
da, a Pra­ko­lar está ofe­re­cen­do ao em­ba­la­gens, cria­das pela Ko­mat­su e pe­los sa­bo­res di­fe­ren­cia­dos. As
mer­ca­do mais uma op­ção de co­mu­ De­sign, apre­sen­tam co­res cí­tri­cas cai­xas são pro­du­zi­das pela Car­to­
ni­ca­ção. O ró­tu­lo auto-ade­si­vo com me­ta­li­za­das nos en­vol­tó­rios e tin­tas na­gem Jauen­se. Os en­vol­tó­rios,
im­pres­são na fren­te e no re­ver­so, fluo­res­cen­tes nas im­pres­sões das pela Shell­mar.
pode ser usa­do, en­tre ou­tras al­ter­
na­ti­vas, como cu­pom pro­mo­cio­nal.

48 – embalagemmarca • nov 2002


Almanaque
Mar­ca lo­cal na glo­ba­li­za­ção
A libertação do A Uni­le­ver Best Foods não vai
Mickey Mouse des­con­ti­nuar a mar­ca de ve­ge­tais
Em­bo­ra des­ en­la­ta­dos Ju­re­ma, como se che­gou
de 1998 a no­ti­ciar. Lan­ça­da pela Cica em
vi­go­re no 1966, a mar­ca é hoje a mais ven­
país uma di­da pela mul­ti­na­cio­nal an­glo-ho­
lan­de­sa no seg­men­to no Bra­sil, e

divulgação
lei se­gun­do
a qual nos coi­sas as­sim não são jo­ga­das fora,
vin­te anos por mais que a glo­ba­li­za­ção acon­
se­guin­tes nada vin­cu­la­do a di­rei­ se­lhe tra­ba­lhar com mar­cas sem
fron­tei­ras. li­nha de em­ba­la­gens para po­si­cio­
tos au­to­rais cai­ria em do­mí­nio
Ju­re­ma, aliás, ilus­tra de cer­ta for­ nar Ju­re­ma como se­gun­da mar­ca
pú­bli­co, a Su­pre­ma Cor­te dos
ma um ca­mi­nho in­ver­so. Era uma da Cica, em con­di­ções de com­ba­
Es­ta­dos Uni­dos vem dis­cu­tin­do a
li­nha ex­ten­sa de le­gu­mes, to­ma­te ter Etti, Pei­xe e ou­tras, me­nos
pos­si­bi­li­da­de de qual­quer um
e do­ces, ten­do como car­ro-che­fe ex­pres­si­vas. Foi cria­da en­tão uma
po­der usar a fi­gu­ra do per­so­na­gem
as er­vi­lhas rei­dra­ta­das, mas sem nova me­ni­na, des­vin­cu­la­da da ori­
Mic­key Mou­se a par­tir de ja­nei­ro
uni­da­de vi­sual. O úni­co ele­men­to gi­nal, com for­te per­so­na­li­da­de e
de 2004, sem pre­ci­sar pa­gar nada
que dava sen­ti­do de li­nha aos pro­ sim­pa­tia su­fi­cien­te para trans­mi­tir
à Dis­ney. Se isso acon­te­cer, pode-
du­tos era a ima­gem de uma me­ni­ aos con­su­mi­do­res uma ima­gem de
se pre­ver que a fi­gu­ra do ca­mun­
na de olhar gen­til nas em­ba­la­gens, mo­der­ni­da­de, qua­li­da­de e pre­ço
don­go ore­lhu­do vi­ra­rá tão car­ne
cria­da por Mau­rí­cio de Sou­za. jus­to, lem­bra o di­re­tor de cria­ção
de vaca quan­to as do Coe­lho da
Ain­da na dé­ca­da de 60, a agên­cia Elias Os­mar Pin­to. Daí para a
Pás­coa e do Pa­pai Noel.
de de­sign Pe­rez & Da­mia­ni foi fren­te a li­nha pas­sou por su­ces­si­
con­vi­da­da a de­sen­vol­ver uma vas mo­der­ni­za­ções.

O sen­ti­do das pa­la­vras Rapidez de relâmpago


A pa­la­vra “plás­ti­co”, ori­ vo que vi­rou subs­tan­ti­vo. A pra­ti­ci­da­de do sis­te­ma de fe­cha­men­to de uma
gi­ná­ria do gre­go plas­ti­kós No pri­mei­ro caso de­fi­ne em­ba­la­gem pode ser aque­le pe­que­no de­ta­lhe que
via la­tim plas­ti­cus, é o a pro­prie­da­de de um faz toda a di­fe­ren­ça na vida de
tí­pi­co exem­plo do ad­je­ti­ ma­te­rial ad­qui­rir for­mas um pro­du­to. No cam­po do
di­ver­sas e com di­fe­ren­tes
ves­tuá­rio, onde as rou­pas são
graus de es­ta­bi­li­da­de, por
efei­to de uma ação ex­te­
as “em­ba­la­gens” das pes­soas, pode-se
rior. As­sim, se­ria cor­re­to di­zer que agi­li­da­de no fe­cha­men­to
di­zer que embalagens de tam­bém é um atri­bu­to pe­remp­tó­rio.
vi­dro (como esta ao Lan­ça­do ini­cial­men­te para sa­pa­tos, o
lado), latas de aço ou de fe­cho ecler é uma pro­va dis­so: tra­ta-se
alu­mí­nio e estojos de de cor­rup­te­la da ex­pres­são fran­ce­sa fer­me­tu­re
papel cartão são “plás­ti­ éclai­r, ou fe­cha­men­to re­lâm­pa­go, numa alu­são à
cos”. Só não é apro­pria­ ra­pi­dez de aber­tu­ra e fe­cha­men­to, com­pa­ra­do aos
do, pois em mea­dos do tra­di­cio­nais bo­tões e col­che­tes. Em por­tu­guês, há
sé­cu­lo XIX a pa­la­vra foi
o si­nô­ni­mo zí­per, do in­glês zip­per, que ini­cial­men­
subs­tan­ti­va­da, pas­san­do a
de­sig­nar subs­tân­cias quí­ te era a mar­ca re­gis­tra­da de uma ga­lo­cha com esse
mi­cas sin­té­ti­cas que fe­cho, fa­bri­ca­da pela em­pre­sa B.F. Goo­drich (que
po­diam ser mol­da­das (ou tam­bém “cal­ça” au­to­mó­veis). O nome se­ria uma
so­pra­das) a cri­té­rio do es­pé­cie de ono­ma­to­péia: “zip” é o som do fe­cho
ar­tis­ta ou fa­bri­can­te. ecler ao ser aber­to e fe­cha­do ra­pi­da­men­te.
50 – embalagemmarca • nov 2002

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