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Embalagem
agrega valor
e ajuda a
consolidar
mercado em
expansão
www.embalagemmarca.com.br
6
Reportagem
capa: ices redacao@embalagemmarca.com.br
Em amadurecimento, Flávio Palhares
mercado de bebidas flavio@embalagemmarca.com.br
Guilherme Kamio
ice se diversifica, e guma@embalagemmarca.com.br
embalagens cumprem Leandro Haberli
papel ativo em sua leandro@embalagemmarca.com.br
39
materiais arte@embalagemmarca.com.br
Público-Alvo
15
EmbalagemMarca é dirigida a profissionais que
documento ocupam cargos técnicos, de direção, gerência
Sob o tema “As quatro e supervisão em empresas fornecedoras, con
faces do design”, 4ª vertedoras e usuárias de embalagens para
alimentos, bebidas, cosméticos, medicamen
Semana Abre do Design tos, materiais de limpeza e home service, bem
de Embalagem movi como prestadores de serviços relacionados
com a cadeia de embalagem.
mentou o setor
Tiragem desta edição
8 000 exemplares
Filiada ao
30
logística
Produtor tocantinense
de abacaxis consegue
vender em mercados
estrangeiros graças a Impressa em papel da Ripasa – 0800-113257
Image Art 145 g/m2 (capa)
embalagem apropriada
e Image Mate 115 g/m2 (miolo)
47 Panorama
• Cobertura do Emballage’2002
foto de capa: studio ag – andré godoy
48 Display
Tel. (11) 5181-6533 • Fax (11) 5182-9463
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Lançamentos e novidades – e
seus sistemas de embalagem O conteúdo editorial de EmbalagemMarca é
resguardado por direitos autorais. Não é per
50 Almanaque
mitida a reprodução de matérias editoriais
publicadas nesta revista sem autorização da
Fatos e curiosidades do mundo Bloco de Comunicação Ltda. Opiniões expres
sas em matérias assinadas não refletem
das marcas e das embalagens necessariamente a opinião da revista.
reportagem de capa
Emergentes
quebram o gelo
Por Guilherme Kamio
S
aem de cena os copos com Fórmulas e apresentações
misturas exóticas, ornados
com azeitonas ou cerejas. das bebidas ice se diversificam
Entram, em seu lugar, garrafas
e latas. Para a tristeza dos bar
seguindo expansão
men, os atuais drinques da moda já vêm dos
fabricantes prontos para beber, e no gargalo
mesmo. São as bebidas ice, ou alcopops,
sodas de baixo teor alcoólico que fazem
sucesso no mundo inteiro há algum tempo e
que vivem agora a sua explosão no Brasil.
Levantamentos da Datamark apontam
que essas bebidas lideraram a relação dos
vinte segmentos de consumo com melhor
desempenho em 2001, crescendo 49% em
vendas em relação ao exercício anterior.
Outro instituto de pesquisas, o AC Nielsen,
calcula que a categoria vem crescendo em
média 30% nos últimos dois anos no país.
“As bebidas ready-to-drink já têm um
público consumidor de mais de 3 milhões Smirnoff:
de pessoas no país”, afirma Pedro Men início do
donça, gerente de marketing da Diageo, boom
mero de marcas está invadindo o mercado, de prestígio da seara das bebidas quentes
com novos sabores e composições alcoóli (spirits) e se solidificaram como produtos
cas. Se no início havia apenas as ices de de valor agregado considerável, custando o
vodca, hoje o consumidor tem à mão ver dobro ou mais que as concorrentes cerve
sões com rum, tequila, absinto e, agora, o jas, os fabricantes não vêm poupando na
uísque e a cachaça também estão querendo criação de suas embalagens. Eles buscam
nacos desse mercado. Nessa diversifica ressaltar uma percepção premium, o que
ção, uma proposta permanece comum a vem sendo prolífico para diversos atores da
praticamente todas as marcas: uma comu cadeia de embalagem.
nicação moderna e envolvente, feita sob
medida para cativar o público-alvo, jovens Sopro à long neck
com idade entre 18 e 25 anos e habitués Um deles é o setor vidreiro, que encontrou
das badalações noturnas. E como as ices nas ices um nicho rentável para ampliar o
são geralmente apadrinhadas por marcas escoamento das garrafas long neck. “Elas
fotos: divulgação
cial e de marketing da área de embalagens
da Saint-Gobain, também com clientes na
área, concorda e ainda ressalta questões
técnicas, como a resistência à migração de
gases e ao travamento das tampas, como é limitada em diversas casas noturnas, o
trunfos do vidro. “Ademais, a transparência que é uma oportunidade para o aço.”
e a possibilidade variada de acabamentos
das long necks podem dar ao produto a Apelo do bom visual
imagem de frescor suscitada pelo seu obje A franca expansão dos alcopops vem tam
tivo de marketing”, lembra Liberali. Mar bém sendo comemorada pela indústria de
chezini explicita esse raciocínio através da rótulos. Diferentemente das long necks
Orloff Ice, da Seagram Pernod Ricard, cuja para cerveja, nas quais predomina a rotula
garrafa já sai da Cisper pronta, decorada em gem com cola, a partir de magazines, os
processo serigráfico, conhecido como ACL recipientes das ices vêm adotando em lar
(Applied Ceramic Label), o mesmo dos ga escala as soluções auto-adesivas. “Acre
cascos de refrigerantes, que permite impres ditamos que essa preferência atende à
são em até quatro cores. necessidade de alternativas de decoração
Todavia, apesar de arraigada, a partici que traduzam a personalidade do produto,
pação das long necks não é hegemônica numa linguagem moderna e ao mesmo
entre as ices. Algumas empresas também tempo sofisticada”, argumenta Rosa Maria
vêm posicionando marcas com o uso das Muniz, do departamento de marketing da
latas, casos da Kovak Ice, do Grupo Tho Prodesmaq, forte atuante nessa área de
quino, e da Caipirinha em Lata e da First conversão.
Ice, ambas da IRB (Grupo Tatuzinho-3 Segundo ela, amostras oportunas dessa
Fazendas). Tal escolha vem arregimentan tendência inovadora, por serem recentes,
do espaço para as latas de aço slim – no podem ser dadas através dos rótulos de
caso das marcas acima citadas, oriundas da duas marcas atendidas pela Prodesmaq, o
Companhia Brasileira de Latas (CBL). “A Johnnie Walker One, da Diageo, e o Tea
lata de aço é uma opção atrativa em termos cher’s TG, da Allied Domecq, que mar
de preço e de posicionamento, já que dá cam a estréia do uísque na seara nacional
uma cara jovem ao produto”, diz Carlos das ices. O One, com garrafa da Cisper, é
Matarazzo, gerente de marketing e desen composto por maltes importados, água
volvimento da CBL. “Vale também lem gaseificada e aromas, enquanto o TG, com
brar que a presença de recipientes de vidro garrafa da Saint-Gobain e visual criado
Desenvolvimento
da Congraf em
Plotter Marbach
ata
Hot Stamping Pr
com Relevo Seco
Hot Stam
ping Azul
Verniz
Rótulos Cartuchos Finos para Cosméticos Setor Alimentício
bloco
raf ao seu alcance
lável
Lacre Invio
Meio Corte Revolução em busca
Especial da evolução... Esse é o
jeito de ser da Congraf.
No corpo todo
Também vem sendo contemplada pela
No canto superior
onda ice a decoração com rótulos plásticos de PET, têm rótulos termo-encolhíveis de
esquerdo, auto-adesi-
termo-encolhíveis. “É um mercado cres- PVC da Propack. “Estamos iniciando tra- vos da Hervás, para
cente para nós”, diz Roberto Brandão, balhos com filmes com auto-encolhimento garrafas e latas; na
seqüência, rótulos
gerente de vendas da Propack, fornecedora e, em dezembro, chega uma nova impres- termo-encolhíveis da
tradicional dessa solução. Diversas mar- sora flexográfica Gidue Combat, com- Sleever, para o
cas, como a Balalaika Ice, a Black Ice, a prada da Comprint, que nos permitirá Bacardi Breezer e a 5!
Ice, e da Propack, em
Ice Jazz e a Birinight, do Grupo Imperial, atender esse mercado com rótulos de até long necks e latas
esta última sui generis por vir em garrafa oito cores e cold foil”, adianta Brandão.
divulgação
www.acnielsen.com.br
bém está virando ice
com o lançamento da CBL
Garrafa de Velho Barreiro Caipi (11) 6090-5000
www.cbl.ind.br
vanguarda rinha Ice. O produto,
porém, visa conquis Saint-Gobain
Os investimentos para conquistar os jovens (11) 3874-7626
tar a classe C, um www.saint-gobain-embala
não se restringem aos alcopops. As cerve
nicho ainda não gens.com.br
jarias também estão atacando esse público
com sede, até para impedir uma eventual
explorado. “Quere
Prodesmaq
perda de mercado para as ices. Com essa mos popularizar a (19) 3876-9300
estratégia, a AmBev está lançando neste bebida ice”, revela www.prodesmaq.com.br
mês a Skol Beats, que busca ser uma mar César Rosa, presi
Hervás
ca de apelo moderno. A bebida tem maior dente da IRB. Enva (11) 6941-9266
teor alcoólico, menor amargor e menor sada em long neck da Velho Barreiro: em www.hervas.com.br
busca dos jovens
sabor residual – estes dois últimos, aspec Saint-Gobain, a ice
Propack
tos preconizados por grande parcela das de Velho Barreiro (11) 4781-1700
mulheres e que têm sido o empuxo para o terá preço médio de 2 reais. www.propack.com.br
sucesso das ices junto a elas.
Essa profunda migração de marcas de des
Destaque mesmo, porém, é a sinuosa garra Sleever International
tilados para o mercado ice, aliás, revela um (11) 5641-3356
fa de vidro long neck de
ponto interessante: ela vem permitindo às des www.sleever.com
330ml que acondiciona o
produto. Fabricada pela
tilarias penetrar em um universo consumidor Riverwood
Cisper, ela tem formato de não-habitual de seus produtos de vocação, (11) 4589-4500
“S”, referência à marca, e ligados a um público mais velho. “São lança www.riverwood.com.br
traz o nome Skol gravado mentos que constroem fidelidade junto a con
Seragini Farné
em alto relevo em seu cor sumidores potenciais”, explica Mendonça, da (11) 3088-0477
po, o que funciona como Diageo. “Creio até que as ices acabam puxan www.seraginifarne.com
rótulo para a bebida. “A do as vendas de outros itens da marca guarda-
inovação é fruto de uma chuva, por darem a ela maior suporte e visibi Packaging Design
sinergia entre nós e o clien (21) 2512-2980
lidade”, arrisca Marchezini, da Cisper. www.packaging.com.br
te, e surgiu a partir de uma
Em meio a todo o panorama sorridente
série de estudos com nos Comprint
às ices, uma certeza e uma dúvida se
sos recursos em software e (11) 3371-3371
impõem. A certeza é que a aposta dos www.comprint.com.br
hardware de modelagem”,
relata Alexandre Marchezi
fabricantes de destilados nas ices se mos
ni, diretor comercial da Cis trou providencial e certeira, já que o seu
per. Ele conta que no prin advento é creditado a pesquisas que apon
cípio havia uma certa preo taram uma estagnação mundial na venda
cupação em como a garrafa de uísques e outros alcoólicos fortes. Uma
iria rodar na linha de enva dúvida: o fenômeno não poderá acabar
se da AmBev, mas tudo repetindo a triste história dos wine coolers,
correu bem. “Isso mostra que fizeram barulho no fim dos anos 80 e
que não há dificuldade tec começo dos anos 90 e depois perderam
nológica para criar e colo
força, devido à banalização? Os profissio
car em prática formatos
nais ouvidos apostam que as ices vieram
personalizados. O limite de
para ficar, e o principal motivo é o suporte
criação é a imaginação do
cliente”, diz Marchezini.
que elas têm de aliadas de indiscutível
valor: marcas fortes.
14 – embalagemmarca • nov 2002
Ano IV • Nº 39 • Novembro 2002
docu m e n to
espe c i a l
www.embalagemmarca.com.br
documento especial
“Leve-me” ou
“Esqueça-me”
Artigo especial – por Wilson Palhares, editor da revista EmbalagemMarca
A realização da 4ª Semana
ABRE do Design de Embala
gem, cujo conteúdo é sinteti
zado nesta cobertura especial
de Embal ag emMarc a, representa um
importante marco na atividade do pac
kaging no Brasil. A representatividade
do evento, do qual participaram as prin
cipais agências especializadas do país e
várias das maiores e mais significativas
indústrias usuárias de embalagens, EmbalagemMarca: documentos especiais desde a primeira edição do evento
expressa uma realidade indiscutível: a gem (com a marca) acompanha o com Brasil e no mundo nos últimos anos, o
embalagem é um insumo vital para prador até o derradeiro momento do que de certa forma nos tornou “espe
agregar valor aos produtos de consumo consumo, quando não por mais tempo, cialistas”, ousamos afirmar: por meio
de massa e fortalecer as marcas. ao ser reutilizada ou colecionada. de um design de embalagem que faça
Por embalagem entenda-se design. Se é verdade que as marcas identi de cada produto algo efetivamente
Não se pode esquecer que sem design ficam e diferenciam os produtos, de único, que comunique a qualidade do
(estrutural e gráfico) não há embala pouco adiantaria se elas, justamente, conteúdo e o serviço especial que está
gem que sobreviva num mercado de não se diferenciassem. Como se con por trás daquela marca.
embate crescentemente acirrado. No segue isso? Entre muitos outros fato É por acreditar na força da emba
atual cenário de vendas, do qual foi res, com nomes e logotipos originais e lagem e do design que a equipe de
banida a figura do atendente, a emba de aceitação pelo consumidor, como Emb al ag emMarc a dá o destaque que
lagem assume a função de vender, sem sonoridade, empatia, facilidade de dá aos eventos relacionados à ativida
a qual não há êxito dos negócios, nem identificação, campanhas promocio de em geral. Assim, em 1999, da pri
mesmo há negócios. Mais ainda, além nais, comunicação e, claro, qualidade meira vez em que se realizou a Sema
das funções de conter, proteger, trans inequívoca do conteúdo. Mas o acesso na Abre do Design de Embalagem, a
portar, armazenar os produtos e, agora, cada vez mais democrático à tecnolo revista fez a cobertura do evento num
vender, a embalagem é o suporte da gia de ponta na produção permite Documento Especial, do qual foram
marca. matar essas vantagens. impressos 2 000 exemplares extras.
Mais do que sustentá-la fisicamen Imitar produtos é só copiar. Fazê- Menos do que premonição da
te, ela funciona como a mais eficaz das los melhores, mais questão de deter importância que a Semana viria a
mídias para multiplicar a marca nas minação do que de fórmulas mágicas ganhar com mais duas edições, igual
mentes e nos corações dos consumido e capital abundante. Forjar nomes e mente cobertas em profundidade e
res. Primeiro, porque, no ponto-de- logotipos que funcionem como talis com igual dimensão pela revista, aque
venda, é ela que se apresenta aos olhos mãs mercadológicos é sobretudo exer la iniciativa traduzia a decisão de
do potencial comprador. Se for eficaz citar a criatividade. Quando tudo, apoiar e fortalecer essa atividade que,
– bonita, harmoniosa, confiável – do mais e mais, fica igual, como ser dife repetimos, é um elo fundamental no
ponto de vista da comunicação, a rente? Como fazer um produto “sal fortalecimento da cadeia de embala
embalagem dirá: “Leve-me”. Se não, a tar” na gôndola de um supermercado, gem. Essa decisão se materializa, nes
mensagem será: “Esqueça-me”. O res na prateleira de uma loja, em meio a ta edição, na cobertura da 4ª Semana
ponsável pela resposta que o consumi tantos outros? ABRE do Design de Embalagem pelos
dor dará é hegemonicamente o design, Tendo acompanhado o notável jornalistas Guilherme Kamio e Lean
se não ele sozinho. De resto, a embala impulso da atividade do design no dro Haberli.
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Design
fortalecido
A
fortunadamente, cresce entre a se basta em vista de conhecimentos especí
indústria a visão de que o design ficos. Tal premissa foi justificada pelo
de embalagem configura uma fer escopo abrangente do acontecimento neste
ramenta que, quando bem condu ano, sintetizado pelo tema “As quatro faces
zida, só tem a agregar valor às marcas, e que do design – tecnologia, varejo, consumidor
sua importância aumenta no compasso em e meio ambiente”.
que também se avoluma a competitividade Em cada um dos quatro dias, três palestras
nos mais diversos mercados. abarcavam uma das faces em questão. Ao final
No entanto, essa bandeira, pela qual a do ciclo de apresentações, algumas certezas
classe dos projetistas de embalagem vem há ficaram nítidas. Primeiro, a de que acompa
muito lutando no Brasil, está longe de estar nhar os movimentos do varejo e dos hábitos do
consolidada de maneira consumidor é um desafio
arraigada. É por isso que se impõe para a ativi
que nos últimos anos o dade do designer, e só tem
setor vem se esforçando a enriquecê-la.
para se congregar e se Uma segunda, que
fortalecer por meio de corrobora a idéia de que
programas e eventos de os designers devem abrir
qualificação. Trata-se a percepção para além
de um movimento que de seu ambiente para
contribui para elevar o construir uma personali
nível da área no país, e dade, é a de que a tecno
os resultados disso, as logia não é mais um
embalagens projetadas diferencial, já que está
com novos conhecimentos e qualidades, disponível a todos, cada vez mais democra
podem muitas vezes extrapolar qualquer tizada. “Logo a grande dificuldade é a que
argumentação e ser a maior força de con bra de paradigmas e a sua influência na nova
vencimento da necessidade do bom design. abordagem do mercado”, apontou Manoel
Um desses eventos que buscam dina Müller, coordenador do Comitê de Design
mizar o setor, cuja continuidade o vem fir da ABRE. Fica também, por fim, a constata
mando como referência, ocorreu entre os ção da importância da Semana em si, que se
dias 15 e 18 de outubro, na Casa Rhodia, solidifica como boa oportunidade para inte
em São Paulo. Organizada pela Associação grantes do setor e outros atuantes da área de
Brasileira de Embalagem (ABRE) através embalagem debaterem tendências e agrega
de seu Comitê de Design, a 4ª edição da rem conhecimentos e valores para dinami
Semana ABRE do Design de Embalagem zarem suas atividades profissionais.
deixou como principal lição a idéia de que A seguir, Emb al ag
emMarc a apresenta
o design não pode ser qualificado como resumos das apresentações que pontuaram a
atividade independente, ensimesmada, que 4ª Semana do Design de Embalagem.
1º dia: Varejo
Tendências do Varejo:
vitais para embalagem
Marcos Sardas, da consultoria Gouvêa de Souza
V
endendo mais de oito bilhões de litros mesma”, concatena. “Esse processo acarreta
de refrigerante por ano, com o quinto grandes desafios às empresas usuárias e aos pro
mercado fonográfico do mundo e uma fissionais de embalagem”.
classe média emergente 8% maior que a popula No lado do desenvolvimento de produtos, tais
ção da Alemanha, o Brasil contraria pessimistas, alterações, observa Sardas, devem ser encaradas
ao reunir condições ideais para o lançamento de sempre pelo viés das oportunidades, e não como
qualquer produto de consumo, de sabonetes a mudanças descompassadas, que possam restrin
automóveis. Essa foi uma das conclusões que gir a atuação e a importância do marketing de
puderam ser extraídas da palestra embalagem. Tome-se como exem
de Marcos Sardas, da consultoria Apesar das mudan- plo a repisada idéia de que o poder
Gouvêas de Souza, que buscou ças nas relações de decisão mudou de mãos, se
refletir sobre as possíveis conse transferindo das empresas para os
qüências que novas tendências do entre empresas e consumidores. “Esse tipo de fenô
varejo têm no desenvolvimento de consumidores, a meno aumenta a importância da
embalagens. embalagem imagem das marcas, e, por conse
Rumo às explanações a respei qüência, de elementos de suporte e
continuará
to das incontáveis oportunidades de construção como a embalagem”,
resguardadas no varejo brasileiro, central no marketing salienta Marcos Sardas.
Marcos Sardas se ateve aos mais Definindo a qualidade dos pro
distintos fenômenos que, em sua dutos como uma característica
visão, vêm gerando algum tipo de alteração no “quase commoditizada”, o palestrante lembrou
padrão comportamental dos consumidores e dos que a diferenciação entre as marcas tende a se
varejistas – da aparentemente irreversível ten calcar em referências conceituais, o que abriria
dência de fusões entre corporações, ao contínuo campos fecundos para o packaging, à medida que
crescimento das compras feitas pela internet. o conjunto de valores dos produtos precisará ser
“Em meio a tantas mudanças, a posição do con progressivamente modelado – e nem sempre de
sumidor em relação à sociedade não é mais a maneiras convencionais. “O cliente tem que ser
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documento especial
surpreendido positivamente, com uma delicade precisam estar atentas a outros preceitos. No
za ou uma postura pró-ativa”, descreve Sardas. caso das embalagens, vale a regra segundo a qual
Embora eficientes, afagos não garantem todo latas, cartuchos, bisnagas e garrafas devem ter
o sucesso de uma estratégia de marketing. Para informações básicas sobre o produto que contêm,
prosperar ou mesmo aproveitar as oportunidades até em sinal de zelo pelo consumidor. “O que é
que desabrocham naquilo que Sardas definiu malfeito não tem futuro, e o que é bem-feito não
como “varejo da nova economia”, as empresas tem fronteira”, concluiu Sardas.
Qualidade, a bola da
vez em marcas próprias
Rodolpho de Freitas, diretor de marcas próprias do Pão de Açúcar
N
a expectativa de aumentar suas mar além de serem extremamente sofisticados, os
gens, mas sem intenção nem fôlego produtos com marcas próprias muitas vezes
de investir em estruturas industriais, criam novas categorias, que só são percebidas
os supermercados brasileiros estão pelos concorrentes tempos depois”, elucidou o
buscando os mais variados fornecedores, para diretor do Pão de Açúcar.
colocar em suas prateleiras produtos com mar No ranking mundial da participação das
cas próprias, cujos preços às vezes não chegam marcas próprias no varejo de cada país, o Rei
a um quarto dos praticados pelos concorrentes. no Unido é seguido pela Alemanha (24%,),
Além de eventualm ent e ser em França (21%), Espanha (18%) e
refugo da cadeia produtiva, esses Se conseguirem Estados Unidos (15%). Embora
itens custam bem menos porque apresente cifra bastante inferior,
fugir da briga de
vão às gôndolas desprovidos de 5%, o varejo brasileiro, de acordo
estratégias de posicionamento e preços, as marcas com Freitas, vem sendo palco de
de elementos de reforço de ima próprias poderão sucessivas progressões na partici
gem como embalagens atraentes pação da venda de marcas pró
conquistar 11% do
e vendedoras. prias em seu fat ur am ent o.“Em
Para Rodolpho Freitas, diretor varejo brasileiro, em 1999, tínhamos 2%, e a expectati
de marcas próprias do Grupo Pão até cinco anos va é que as marcas próprias con
de Açúcar, essa descrição, plausí quistem 11% do nosso varejo, em,
vel quando esse tipo de produto no máximo, cinco anos”, prevê
surgiu no mercado brasileiro, há mais de trinta Freitas. Essa participação representaria uma
anos, perdeu-se completamente no tempo. Hoje movimentação anual de oito bilhões de reais.
as marcas próprias estão buscando outros cami Para o executivo, o caminho do crescimen
nhos, afastando-se fortemente da mera explora to é investir em posicionamento de gôndola,
ção de elementos racionais como o baixíssimo ação que supõe bom design de embalagem e
custo. “Nas bandeiras do Pão de Açúcar, pro qualidade de produto “no mínimo parelha à da
movemos uma migração da marca própria marca líder”. “Independente de sua classe
focada em preço, para a marca própria focada social, se o consumidor constata que o produto
em qualidade”, resumiu o executivo do grupo. com marca própria tem qualidade duvidosa,
Antes de partir para exemplos que provas- ele irá preteri-lo em sua próxima compra”,
sem essa mudança, Freitas lançou mão de pontua. Freitas defende que a vinculação dos
cifras dos mercados europeu e americano. produtos com marca própria não apenas a van
Segundo tais dados, o Reino Unido é hoje a tagens de custo, mas também à garantia de
meca da marca própria no mundo. A participa qualidade confiável, tem nas embalagens ven
ção desse tipo de produto no total movimenta dedoras e funcionais uma peça-chave.
do no varejo por lá é de 39%. “Na Inglaterra, Esse seria o segredo do grupo Pão de Açú
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novembro 2002
car, sobretudo com os produtos Good Light, e para as de marcas tradicionais, como foi pos-
com a linha de marcas próprias do Barateiro. sível observar na exposição organizada pela
No primeiro caso, são itens premium vendidos Abre em paralelo ao evento. Há até informa
apenas nas lojas do Pão de Açúcar a consumi ções em braile nos cartuchos da linha de cereais
dores interessados em reduzir a ingestão calóri matinais. “Com essa guinada, deixamos de bri
ca. Já o Barateiro reformulou toda a linha de gar com as marcas próprias dos outros super
marcas próprias no final do ano passado, usan mercados, para concorrer com as marcas líde
do embalagens que de fato não ficam a dever res de cada segmento”, desfecha Freita
A
final, quais atributos consagram uma mado vendedor silencioso. “Ela tem que fazer o
embalagem vendedora? Como se produto pular no colo do consumidor”, diz. “Para
sabe, tal pergunta abre caminho para isso, o designer deve se colocar no sapato do con
infindáveis considerações sobre deco sumidor, para antever como este vai receber a
ração, acabamento, praticidade, possibilidade de mensagem do produto exposto nas gôndolas.”
reutilização, aparência, beleza e tantos outros Porém, mesmo nesse exercício de emulação, não
detalhes que podem prover adjetivos para quali se pode desconsiderar a influência da embalagem
ficar a “roupa” dos produtos. Sem se ater a insu no processo produtivo, levando em conta aspec
mos específicos da embalagem, tos logísticos, praticidade de aber
mas buscando responder à questão Os profissionais de tura, funcionalidade, diferenciação
com uma visão generalista, Sydney visual no ponto-de-venda e quais-
marketing devem
Manzione, da consultoria Alpha quer outras características que pos-
Leader, optou por trazer para o conhecer seus cli- sam facilitar a relação entre consu-
universo das embalagens alguns entes a tal ponto midor e produto . “A tônica é ven
insights de autores de clássicas que o produto ou o der, mas a embalagem também
teorias de marketing. deve facilitar a distribuição e o
A idéia de que, antes de pensar serviço oferecidos armazenamento dos produtos”,
em vender seus produtos, as vendam por si sós insistiu Manzione.
empresas devem ter em mente Em paralelo às progressivas
atrair ardentes seguidores, em obrigações da embalagem, o
enormes quantidades, serviu como uma das palestrante observou a não menos crescente
bases argumentativas. Por outro lado, o pales migração das verbas de propaganda e de divul
trante buscou mostrar que vai longe o tempo em gação dos produtos para o ponto-de-venda.
que as gigantes do varejo podiam se manter na Segundo Manzione, nos super e hipermercados
liderança dos mercados em que atuam apoiadas de São Paulo, a área de exposição das gôndolas
apenas na tradição de suas grifes. “A meta é equivale à de 2 300 outdoors, ou 13,5 km2. Nes
conhecer e compreender tão bem o cliente que o se oceano expositivo, o diretor da consultoria
produto ou o serviço se adaptem a ele e vendam Alpha Leader lembrou que a concorrência entre
por si só”, disse Sydney Manzione, tomando os itens já não se atém aos limites das categorias
emprestadas as palavras do guru Peter Drucker. de produtos. “Na área alimentícia, isso fica claro
“Nesse contexto, a embalagem nada mais é do com o crescimento do conceito de share of sto
que um facilitador de negócios.” mach”, observou Manzione. Segundo ele, o con
Manzione pareceu buscar uma nova roupa sumidor quer matar a fome, não importando se é
gem para a conhecida idéia de que, antes de con com um biscoito ou com um snack. “Eis mais
ter, transportar, conservar e proteger os produtos, um exemplo da importância persuasiva da emba
a embalagem deve assumir as atribuições do cha lagem”, arrematou.
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documento especial
2º dia: Tecnologia
A s discussões e apresentações do
segundo dia de evento deixaram a
conclusão de que a tecno
logia está perdendo valor como
estruturar e decorar a embalagem.
Uma providencial oportunidade para conhecer
melhor as características de dois
materiais de embalagem, o PVC e o
diferencial nos projetos de embala papelcartão, e as possibilidades de
gem, na medida em que até os sair do lugar comum através de
recursos mais modernos estão aces usos diferenciados de soluções auto-
síveis a todos. No entanto, os desig adesivas, foi dada no segundo dia
ners e a indústria têm que se valer da Semana. Um consenso: hoje difi
da informação e do conhecimento cilmente a criatividade esbarra em
para poder aproveitar da melhor limitações técnicas ou tecnológicas.
forma o amplo leque de possibilidades para É um estímulo aos designers.
Possibilidades do
PVC para a embalagem
Edson Polistchuck, representante do Instituto do PVC
M
aterial que dá origem a diversas emba Os principais mercados para produtos basea
lagens, o PVC (policloreto de vinila) dos do PVC hoje são os de construção civil,
pode ser uma boa alternativa para telecomunicações, eletroeletrônica, informática,
acondicionar uma série de produtos. A favor do indústria automotiva, bens médico-hospitalares
uso da resina estaria sua grande versatilidade. e embalagem. Polistchuck apresentou uma série
Edson Polistchuck, do Instituto do PVC, entida de lâminas com exemplos distintos da aplicação
de que congrega a cadeia de valor do PVC, passando por aplicações
do material no país, procurou pas O amplo leque de médicas, calçados e usos na cons
sar essa idéia durante sua apresen aditivações torna o trução civil, com os indefectíveis
tação, “As possibilidades do PVC tubos e algumas alternativas de
PVC versátil; uma
para a embalagem”. decoração de imóveis, além, é cla
Polistchuck esclareceu que, outra grande vanta- ro, de embalagens.
como não funciona puro, o PVC gem do material é a Em seguida, foram abordadas
precisa ser necessariamente aditiva as técnicas de aditivação da resina,
possibilidade de
do. Reside aí, na ampla gama de ponto central para dar idéia de
possibilidade de aditivações, a fle pequenas partidas como o material pode ser trabalha
xibilidade de trabalhar embalagens do para atingir características estru
a partir dessa matéria-prima. “O turais e de aparência para atender
que buscamos, no instituto, é divulgar essa nature os mais diversos segmentos de mercado. Entre os
za dinâmica do PVC e esclarecer quanto à funcio aditivos comumente usados para dar performance
nalidade dos compostos do material, a base de ao PVC estão estabilizantes térmicos, modifica
qualquer boa embalagem”, ele explicou. “Para dar dores de impacto, lubrificantes, plastificantes,
idéia de como o PVC é dinâmico, podemos origi retardantes de chama, agentes anti-UV, cargas,
nar produtos transparentes, opacos, coloridos, rígi pigmentos, agentes de processo, fosqueantes,
dos, flexíveis, foscos ou brilhantes com ele.” agentes anti-fog (usados nos filmes que, acopla
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dos a bandejas, embalam carnes, frios e outros esse produto”, esclareceu Polistchuck.
produtos em supermercados), agentes antioxidan De acordo com o palestrante, as principais
tes e agentes anti-estática. “A partir dessas aditi virtudes do PVC seriam a flexibilidade para pro
vações, é possível por exemplo chegarmos a um duzir na máquina disponível, no caso de uma
frasco com total transparência, muito parecido decisão de mudança da matéria-prima da emba
com o vidro, coisa que nenhuma outra resina con lagem, a flexibilidade para confeccionar peque
segue”, argumentou Polistchuck. nas partidas de frascos, para testes de mercado,
Para usar eficientemente a resina, a partir do “pelo fato de os moldes para produção de emba
ponto-chave das aditivações, o profissional res lagens de PVC serem de custo acessível”, e a
saltou a importância da ajuda de um técnico, que flexibilidade para usar um fornecedor de peque
saiba indicar compostos corretos para se obter o no ou de grande porte.
produto acabado desejado. “A aditivação sempre Ao final, Polistchuck ainda abordou as possi
leva em conta o que se quer no final, em termos bilidades e vantagens do uso de rótulos termo-
de produto, e a máquina onde se está fabricando encolhíveis de PVC.
Usos não-convencionais
dos auto-asesivos
Oswaldo Belintani, superintendente técnico da Novelprint
A
escalada da utilização dos rótulos auto- para a divulgação de mensagens.
adesivos para embalagens foi abordada O Form-A-Label, por exemplo, é uma solu
durante a 4ª Semana Abre do Design de ção que consiste em um rótulo auto-adesivo base
Embalagem através de uma exposição de Oswal e um folheto com até 16 dobras, com picote para
do Belintani, supervisor técnico da convertedora abertura, também disponível em versão resselá
Novelprint, uma das mais tradicionais do ramo vel. “Por poder incorporar numeração seqüen
de auto-adesivos. “A presença dos rótulos auto- cial, a solução pode ser utilizada em promoções”,
adesivos vem crescendo em faixas de 10% a argumentou Belintani. Outro integrante da linha
15% ao ano nos últimos exercí Funcional, o Rótulo Bula é uma
cios”, informou Belintani. “Muito As empresas vêm se solução que incorpora diversas
desse crescimento pode ser credita conscientizando que páginas à etiqueta auto-adesiva,
do à consciência das empresas de sendo adequada para rotular fras
os auto-adesivos
que soluções auto-adesivas podem cos cilíndricos de medicamentos,
ser recompensadoras para estabele podem ser recom- dispensando custos de investimen
cer um posicionamento premium”. pensadores para to em cartuchos e em bulas a eles
Como sustentação desse argumen anexadas. “Uma solução econômi
estabelecer um
to, Belintani citou a migração ca é a combinação do Rótulo Bula
intensa do mercado de cosméticos apelo premium com frascos plásticos, em vez do
para as soluções auto-adesivas. vidro”, sugeriu Belintani. Já o Boo
Como denuncia o próprio título klet se diferencia dos anteriores
da palestra, “Auto-adesivos e suas aplicabilida por se caracterizar como uma solução em forma
des não-convencionais”, Belintani focou sua de livrete (com quatro, seis ou oito páginas). Ele
apresentação em mostrar sistemas de rotulagem pode receber blindagem, para evitar acúmulo de
que saem do lugar comum e que podem agregar sujeira e violações do produto, e ainda uma aber
valor em determinadas aplicações. Para tanto, a tura especial com flap, facilitando o seu uso.
Novelprint dispõe de produtos especiais, como Belintani abordou ainda o Form-A-Label
os integrantes da chamada linha Funcional, rótu Estendido, solução para produtos cilíndricos que
los destinados a exercer uma função adicional à permite a impressão nas duas faces da etiqueta, o
decoração da embalagem ou aumentar espaço Two Sides, que também leva informações nas
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duas faces e possui adesivo resselável, o já mente ao produto para gerar destaque na gôndo
conhecido Fecho Resselável, para lacrar embala la), Etiqueta Multipack, Etiqueta Prêmio, Form-
gens já abertas, e a novidade Lacre Resselável, A-Label Promocional e Etiqueta Com Duas
solução para a abertura de embalagens flexíveis Camadas, está em alta, segundo Belintani, devi
baseada em um picote e que permite que o con do “aos tempos de crise”. Por sua vez, a Linha
sumidor feche pacotes já abertos. Segurança compreende lacres, selos e rótulos
As duas outras linhas de produtos da empre com características anti-violação, e visa auxiliar
sa, a Promocional e a Segurança, foram apresen o acondicionamento de medicamentos. Maiores
tadas em seguida. A primeira, constituída por informações sobre características de cada produ
figurinhas promocionais, Flag Label (etiqueta to da Novelprint podem ser conseguidas no site
parcialmente auto-adesiva, fixada perpendicular www.novelprint.com.br.
Oportunidades
para o papelcartão
Assunta Napolitano Camilo, representante da Campanha Papelcartão da Bracelpa
A
pesar de bem conhecida e de acondicio renciação e que cai bem tanto para produtos pre
nar um sem-número de produtos, a mium como para populares”, ela comentou.
embalagem de papelcartão ainda é subu “Também vale ressaltar que com o papelcartão é
tilizada no Brasil face aos aspectos mercadológi possível atender qualquer escala de produção,
cos que pode proporcionar. Esse foi o principal indo de trabalhos em gráficas pequenas até gran
argumento da apresentação de Assunta Napolitano des tiragens.”
Camilo, profissional da Ripasa e representante da Os recursos para o design de embalagens do
Campanha Papelcartão da Associação Brasileira de material também foram abordados, como a prin
Celulose e Papel (Bracelpa). tabilidade, as possibilidades em
Sob o tema “Novas Oportunida Criar embalagens corte e vinco, revestimentos e extru
des em Embalagens em Papelcar diferenciadas de sões, variações de composição
tão”, Assunta começou descrevendo papelcartão não é estrutural e da cor da massa e efei
o atual cenário do varejo, marcado tos como hot stamping, metaliza
por hiper-competição, globalização proibido e é simples, ções e holografias. “A embalagem
e uma forte atração por novidades, o pois dificilmente de papelcartão é a única que permi
que acaba gerando novos produtos, exige investimentos te inserção de informações em brai
hábitos, relações e situações de con le, e muitos ainda não se deram
em máquinas
sumo. Frente a esses pontos, a pro conta que isso não agrega custo
fissional ressaltou que a embalagem nenhum e cria uma boa diferencia
projetada hoje em dia deve ultrapas ção”, ponderou Assunta.
sar as funções básicas que se espera dela – como Na parte final da apresentação foram mostra
informar dados formais e legais, comunicar a mar dos diversos cases de embalagens de papelcartão,
ca e seus valores, demarcar a categoria, proteger o nacionais e estrangeiros, com aspectos inovado
produto e vencer a batalha do ponto-de-venda –, res. Tudo para reforçar a visão de que, nas pala
para agregar valores emocionais e funcionais e tra vras de Assunta, “fazer embalagens diferenciadas
duzir a alma do bem que está acondicionando. de papelcartão não é proibido e na maioria das
“Sempre que possível, a embalagem deve divinizar vezes é simples, pois não exige investimentos em
o produto”, ela sintetizou. máquinas”. Para ela, ainda há um caminho pou
Buscando uma comunicação direta com os quíssimo explorado principalmente em termos de
designers, Assunta argumentou pontos favoráveis formatos. “É preciso ter em mente que os cartu
das embalagens baseadas em papelcartão. “Trata- chos não precisam ser necessariamente paralele
se de uma embalagem que efetivamente cria dife pípedos ou cubos.”
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3º dia:
Meio-ambiente
P ara qualquer empresa que atue com bens de
consumo, as chances de prospe
rar diminuem se forem ignora
dos os reflexos ambientais do ciclo de
Essa foi a tônica das apresentações do terceiro dia
da 4ª Semana Abre do Design de Emba
lagem, escolhido para debater formas
de preservação de recursos. O tema
vida de seus produtos, e os efeitos do des reciclagem pontuou todas as palestras, e
carte das embalagens. Favorecem tal pelo que se pode deduzir dos vários índi
tendência mudanças dos consumidores, ces apresentados, embora haja muito
que estão ficando mais vigilantes, dando por fazer, o Brasil tem condições de ter
predileção a produtos que indiquem uma eficaz política de tratamento de
algum tipo de preocupação ambiental. resíduos sólidos.
P
rimeiro palestrante a se apresentar no Brasil fruir da condição de líder mundial de reci
dia escolhido para debater o tema clagem entre os países onde essa atividade não é
ambiental, Andre Vilhena, diretor-exe imposta por leis, Vilhena lembrou outros casos
cutivo do Cempre – Compromisso Empresarial que comprovam o potencial tupiniquim de gerir
para Reciclagem, desenhou uma análise panorâ seus resíduos sólidos. No setor de papelão ondu
mica daquilo que empresas, governo e população lado, por exemplo, o índice de reciclagem já
têm feito para reaproveitar os alcança 73%. “Nesse caso, o Brasil
resíduos sólidos, e assim diminuir Nenhuma política só perde para a Finlândia”, classifi
o impacto do descarte de embla- brasileira de recicla- ca Vilhena. Ainda que os bons
gens. Para quem viu a palestra, resultados sejam animadores, as
gem de resíduos
tudo leva a crer que, a despeito de iniciativas brasileiras de recicla
um quadro negativo descrito por sólidos urbanos gem parecem esbarrar em persis
Vilhena – que inclui falta de capa pode ignorar a tentes calcanhares-de-aquiles.
cidade instalada, tímido esforço importância dos Formando 60% do resíduo sóli
educativo e escassas políticas fis do produzido no Brasil, restos de
cais de incentivo à criação de coo catadores alimentos e outros tipos de lixos
perativas de reciclagem –, o país orgânicos têm um irrisório índice de
tem alcançado taxas significativas reaproveitamento: 1,5%. Além de
de reaproveitamento de alguns tipos de lixos, em demonstrar que ainda há muito a fazer pelo
grande parte graças à atuação de seus mais de 500 ambiente, considerando que, no aterro, o processo
mil catadores. de degradação do lixo orgânico produz chorume –
Além das celebradas latinhas de alumínio, espécie de caldo que, desprovido de tratamento,
cujo índice de 85% de reaproveitamento faz o pode contaminar o solo e os recursos hídricos da
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localidade –, a baixíssima reciclagem desse tipo de vas e até em leis que diminuam nosso imenso des
resíduo corrobora a tese de que sem seu exército de perdício de alimentos”, sentencia o diretor do
catadores, o país não teria condições de alcançar os Cempre. Aliás, sobre legislação, ele lembrou a fra
índices atuais de reciclagem de resíduos sólidos. cassada tentativa de reeleição do deputado federal
“Nenhum projeto brasileiro de incentivo à reci Emerson Kapaz, relator da Comissão Especial de
clagem pode excluir o papel do catador”, diz Resíduos Sólidos da Câmara dos Deputados. “É
Vilhena. Em dois anos, o país mais que dobrou o preciso ter uma diretriz nacional para evitar mudan
número de pessoas que subsistem nessa função: ças fortes de normas de destino de resíduos entre
em 1999, havia 200 mil catadores em todo o Bra Estados”, disse Vilhena. “Porém, sem a reeleição
sil. Hoje, só na capital paulista há mais de 20 mil do relator da Comissão, não temos previsão de
deles. “Também é necessário pensar em alternati como essa normatização vai ficar.”
A
ntever e minimizar os impactos ambien mercadológico, as vantagens desse tipo de atitude
tais dos produtos industrializados, des parecem palpáveis também quando se pensa nas
de a extração das matérias-primas, até a planilhas de vendas. Além de eliminar desperdí
chegada deles às gôndolas dos supermercados. cios – na indústria alimentícia, por exemplo, par
Resumidamente, é isso que propõe a chamada te da produção bem acima da admissível é sugada
análise do ciclo de vida dos produtos, tema explo pelo ralo das perdas, em grande parte das vezes
rado na palestra de Eloísa Garcia, pesquisadora por conta de processos de distribuição inadequa
do ITAL – Instituto de Tecnologia de Alimentos, dos –, a análise laboriosa do ciclo de vida dos
órgão vinculado ao Cetea - Centro produtos pode, ainda que indireta
de Tecnologia de Emabalagem. Ela Considerando os mente, aumentar as vendas e gerar
buscou evidenciar que, sob os mais conceitos do design ganhos de imagem, decorrentes da
variados aspectos, esse tipo de for environment, a associação, pelos consumidores, de
estudo deve ser levado em conside determinada marca a uma gestão
ração em qualquer projeto de cria cadeia de embala- ambiental responsável. “Nesse pro
ção de embalagem. gem pode ser decisi- cesso, os profissionais de embala
“Seja por legislações mais aus va na diminuição dos gem podem fazer a diferença, prin
teras, ou pela própria preferência cipalmente se atentarem para os
impactos ambientais
dos consumidores a produtos eco preceitos do design for environ
logicamente amigáveis, se torna ment”, observa Eloísa.
cada vez mais importante a avalia Também chamado de eco design,
ção da relação produto x meio ambiente nas estra esse conceito, prossegue a pesquisadora, integra as
tégias de lançamentos das empresas”, defende a questões ambientais ao design industrial dos pro
pesquisadora. A idéia básica, de acordo com Eloí dutos, relacionando o que é tecnicamente possível
sa, é considerar todas as etapas do processo pro com o que é ecologicamente necessário e social
dutivo, da extração dos recursos naturais, até o mente aceitável. Tudo face à percepção crescente
consumo dos produtos, identificando e quantifi das necessidades de salvaguardar o ambiente num
cando a energia despendida, os resíduos gerados contexto de desenvolvimento sustentável. “Todos
e os recursos naturais consumidos em cada está os produtos afetam o ambiente em maior ou menor
gio. “Com esse tipo de metodologia é possível grau nas diversas fases do seu ciclo de vida”, lem
verificar oportunidades de diminuição do impac bra. “Mas há maneiras comprovadas de otimizar
to ambiental”, pontua a pesquisadora. esse desgaste, e o planejamento de embalagens
À primeira vista irrelevantes do ponto de vista adequadas é uma das mais eficientes.”
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Na prática, há muito a ser feito, e, como defi ainda que esse fenômeno num primeiro momento
ne Eloísa, “uma visão ambiental ampla depende cause a impressão de que mais resíduos serão
de inúmeros conceitos pequenos”. Pensar na rela gerados por um número maior de embalagens.
ção massa de embalagem por quantidade de pro “Mas por outro lado, dosagens menores evitam
duto acondicionado é uma atitude bem-vinda. A perdas”, diz Eloísa. “No final, o que conta muito
irrefreável tendência de diminuição das quantida na hora de pensar uma embalagem adequada é o
des vendidas também é vista com bons olhos, bom senso”, arremata.
P
ossivelmente a matéria-prima de embala dente da Abepet, defendendo a idéia de que a indústria
gem que mais ganhou notoriedade nos recicladora de plásticos é penalizada. “Essa diferença
últimos anos, a ponto até de muitas pes poderia ser revertida para os catadores, que, recebendo
soas que não cultivam o menor interesse pelo tema mais pelo produto, não apenas estariam garantindo para
saberem seu nome e principal uso, o PET não ficou si uma renda melhor, mas também seriam estimulados
conhecido apenas pela revolução causada no mer a coletar mais garrafas”, argumenta.
cado de refrigerantes. A resina hoje utilizada para Com um consumo por habitante girando em tor
acondicionar os mais diferentes produtos, entre no de dois quilos da resina por ano, índice duas
água mineral, sucos, óleos comestí vezes maior que o mundial, o Brasil
veis, medicamentos e cosméticos, Em 2000, 26% de reciclou em 2000 26% de todo o PET
também adquiriu uma espécie de todo o PET produzi- produzido, ou 67 mil toneladas. A
pecha antiecológica. Não foram raras do no Brasil foram meta da Abepet para 2002 é aumentar
as vezes que se difundiram pelo país essa relação para 35%. Embora haja
imagens de rios poluídos repletos de reciclados. Meta é três processos possíveis de chegar lá
garrafas PET em suas superfícies, fomentar cooperati- – químico, energético e mecânico – as
formando cenas que não aterroriza vas e reaproveitar iniciativas brasileiras de reaproveita
ram apenas ambientalistas. mento das garrafas PET estão centra
35% do material
Romper esse estigma, principal lizadas na última maneira, que consis
mente a partir de fomento de iniciati te na moagem das embalagens, num
vas de reciclagem, é hoje um dos processo que gera flocos plásticos,
grandes objetivos da Abepet – Associação Brasileira hoje transformados basicamente em fibra poliéster,
dos Fabricantes de Embalagens de PET. Tal missão material não-tecido e cordas.
foi conduzida por seu presidente, Alfredo Sette, De acordo com o presidente da Abepet, o proces
durante a última palestra do dia dedicado ao so botle-to-botle, aquele que prima pela transforma
ambiente. O executivo iniciou sua apresentação ção, através da reciclagem, de uma garrafa usada
afirmando que, pela distribuição de público, a pró numa nova garrafa, é pouquíssimo disseminado no
pria Semana Abre de Design de Embalagem prova setor “porque a Anvisa (Agência Nacional de Vigi
o quão difícil é a conscientização sobre a necessida lância Sanitária) determina que embalagem para ali
de de investir em reciclagem no Brasil. “É fácil mento tem que ser feita de matéria-prima virgem”. A
notar que, dos quatro dias do evento, o dedicado ao Abepet afirma que, de toda a resina reciclada no Bra
ambiente foi o que recebeu menor número de inscri sil, 9% tornam-se novas embalagens de fato. No
ções”, observou Sette. entanto, nenhuma delas é usada para acondicionar
Após a constatação do que classificou como alimentos. “Nossas previsões são de que, em três
“desinteresse pela reciclagem”, ele bateu forte na ques anos, a imposição da Anvisa será revista”, diz Alfre
tão fiscal. “Os plásticos reciclados pagam 15% de IPI, do Sette. “O que temos que provar é que é possível
enquanto outros materiais são isentos”, disse o presi soprar uma nova garrafa com resina reciclada.”
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4º dia: Consumidor
O consumidor em
tempos de crise
Antônio Perrella, coordenador de atendimento do Latin Panel
Q
ue transformações vêm ocorrendo no tradicionais que, via de regra, gozam de maiores
comportamento do consumidor nos últi margens de faturamento”, apontou Perrella. Esse
mos anos? Em que medida o cenário movimento verificou-se mais forte em 2001. “O
econômico turbulento interfere nas relações do consumidor está experimentando mais.”
público com as marcas do varejo? Respostas para Num escrutínio expandido de 35 categorias,
questões como essas tiveram uma visão baseada entre 1998 e 2002, a Latin Panel constatou que
em números na palestra de Antônio Perrella, 75% das marcas líderes registraram diminuição
coordenador de atendimento do da taxa de exclusividade na cesta
Latin Panel, instituto de pesquisas O bra s i
l ei
r o vem de compras do brasileiro. Esse
controlado pelos grupos Ibope, migrando para mar índice sobe para 84% no setor de
Taylor Nelson Sofres e NPD, inti cas de valor interme alimentos, fica em 75% no setor de
tulada “Comportamento do consu limpeza e em 40% no de higiene.
diário, em detrimen
midor em tempos de crise”. Dentre alguns casos que ilustram a
O palestrante enfocou avalia to das marcas tradi perda de força das marcas que
ções feitas no período de uma déca cionais que gozam ponteiam categorias, Perrella
da (1992-2001), porém deu espe salientou a notável queda de per
de maiores margens
cial atenção a comparações de esta formance da marca líder em sorve
tísticas dos últimos anos, nos quais tes, que viu sua taxa de exclusivi
a estabilidade econômica começou dade cair em 23 pontos percentuais
a patinar e o crescimento de mercados idem. entre 1998 e 2001. O conjunto das marcas líderes
Segundo a pesquisa, a fidelidade às marcas no setor de limpeza também registrou queda, nes
vem sofrendo abalos, na medida em que as mar te caso de 13 pontos percentuais.
cas líderes de diversas categorias de produtos Pelo critério de valor, 52% das marcas líderes
vêm perdendo mercado nos últimos anos. “O bra nessas 35 categorias perderam participação de
sileiro vem migrando para marcas medium price, mercado entre 1998 e 2002. Chama a atenção,
de valor intermediário, em detrimento das marcas nesse caso, o setor de bebidas, no qual 80% das
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marcas líderes em cinco categorias registraram pendentes (indivíduos que moram sozinhos,
perda de share. Marcas líderes também experi casais sem filhos ou casais com filhos emancipa
mentaram queda de participação em valor nos dos); e o quadro populacional tem envelhecido, já
setores de limpeza (68% em seis categorias ava que os indivíduos com mais de 45 anos represen
liadas) e de alimentos (48% em 19 categorias tam hoje 21% dos brasileiros. “As empresas
avaliadas). O setor de higiene, porém, teve com devem estar orientadas com maior carinho no
portamento inverso, com 80% das marcas líderes direcionamento de produtos para a terceira ida
de cinco categorias avaliadas registrando ganho de”, enfatizou Perrella.
de participação de mercado. Numa análise dos hábitos do consumidor, com
A pesquisa também rendeu uma boa radiogra dados postados em uma lâmina específica, cha
fia da estruturação dos lares brasileiros e outros mou a atenção, além das conclusões de que o con
dados sobre o comportamento dos consumidores. sumidor está cada vez mais exigente e que entrou
Entre alguns exemplos dessas informações, mere de cabeça em nichos nos quais a praticidade é
cem destaque o fato de a alimentação vir pesando ponto-chave (caso de pratos congelados e semi-
menos na distribuição da renda familiar, enquan prontos, por exemplo), o fato de a decisão de com
to os custos com moradia sobem; a participação pra baseada na embalagem se mostrou tímida:
das crianças vem diminuindo nos lares; a classe apenas 10% dos entrevistados disseram que a
C aumentou e, hoje, compõe 34% da população; apresentação é fator preponderante para a escolha
têm crescido o número de lares de pessoas inde de seus produtos.
Construindo
marcas de sucesso
Edson Zeppelini, diretor associado da Top Brands
O
branding também marcou presença na de funcionamento das empresas”, apontou Zeppelini.
Semana ABRE de Design de Embala “Frente a isso, a tendência nas empresas é culpar o
gem. Através do tema “Posicionamento: mercado, e elas não percebem que a culpa é delas
construindo marcas de sucesso”, Edson Zeppelini, mesmas, que deixam seus produtos se comoditiza
sócio-diretor da Top Brands, consultoria em gestão rem”. Exibiu-se, então, exemplos de marcas que,
de marcas, falou sobre as diversas nuanças que cer devido a um gerenciamento atento, não se deixaram
cam a administração e o fortaleci contaminar pela onda de perda de
mento do que é muitas vezes classifi O contexto atual, no valor. Entre elas, McDonald’s, Merce
cado, e não sem razão, como o prin qual dificilmente são des, Disney, Coca-Cola e Intel.
cipal ativo de uma empresa: sua encontrados diferen Para não deixar marcas caírem no
marca ou seu portfólio de marcas. limbo, Zeppelini atenta para a necessi
A idéia básica do discurso de Zep
ciais tangíveis entre dade de os ocupantes de cargos deci
pelini foi a de que se diferenciar é produtos, só contribui sórios nas empresas estarem antena
imprescindível num cenário em que a para reforçar a dos com o cenário dinâmico que
indústria se vê atingida pela globaliza atualmente se impõe, com a diversifi
importância da marca
ção, pelo aumento da competição e da cação dos padrões comportamentais, a
padronização de produtos – fundada modernização de velhos hábitos,
na democratização de tecnologias e na inclusive de métodos de comércio,
conseqüente produção de bens muito similares –, e novas necessidades nos hábitos de vida, principal
pela pressão dos canais de distribuição, cada vez mais mente os ligados a novas tecnologias (internet e tele
concentrados e profissionais. fonia celular, por exemplo), e novas demandas pes
“É por isso que o mercado vem se comoditizan soais, como a busca por atitudes saudáveis e a neces
do, ou seja, os produtos passam a se diferenciar ape sidade de maior contenção de informações, com os
nas pelo seu preço, e o preço passa a ditar a política avanços da informática e da internet.
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Nesse panorama, em que o cliente se torna cada “A visão da identidade da marca é essencial para
vez mais crítico, exigente, informado e com muitas que a empresa perceba oportunidades de extensão
opções à disposição, é preciso sintonia fina para cati de linhas, segmentação e reposicionamento.”
vá-lo. “Muitas empresas não se deram conta disso, Para não ficar só na teoria, Zeppelini listou alguns
foram pegas no contra-pé, e agora choram pela infide exemplos bem-sucedidos de reposicionamento. No
lidade do consumidor, num discurso míope”, pontifi quesito reposicionamento de categoria, citou Bauduc
cou o palestrante. Além de atentar para as mudanças co, Parmalat, Yakult e Nescau, marcas que passaram
de hábito, as empresas devem, na opinião de Zeppeli a ser guarda-chuva para uma série de produtos afasta
ni, levar em conta a escassez e o valor do tempo para dos de sua idéia inicial. No reposicionamento de
as pessoas pensarem globalmente, mas agirem local público-alvo e de diferenciais, ele exemplificou com
mente, ter competência gerencial para promover seg Havaianas, Hering, McDonald’s, Pão de Açucar e os
mentações precisas e ajustarem planos de propaganda refrigerantes Sprite, Sukita e Fanta.
e promoção, equilibrando-as. “A promoção vem sen Por fim, Zeppelini abordou o desafio da constru
do muito utilizada pois as empresas estão muito ime ção de marcas, no qual, segundo ele, o caminho
diatistas, não pensam a longo prazo”. rentável se estabelece segundo cinco pontos princi
“Esse contexto atual, no qual fica difícil ter dife pais: a construção de sistemas sólidos e bem defini
renciais tangíveis ou técnicos nos produtos, só con dos de marcas, não importa se com uma marca
tribui para reforçar a importância da marca forte”, única, como faz a Parmalat, ou com marcas inde
apontou Zeppelini. Para fortificar a marca é preciso pendentes, nos moldes da Unilever; cuidar da marca
fazer uma análise minuciosa de sua personalidade corporativa; definir posicionamentos; considerar os
junto ao público-alvo, mensurar a qualidade de sua diferenciais emocionais (“uma vantagem competiti
identidade (conjunto de todas as associações feitas a va enorme”); e construir símbolos. “Mesmo uma
ela) e pensar em propostas de valor, oferecendo criança, ainda não alfabetizada, pode reconhecer
benefícios funcionais e emocionais ao consumidor. uma marca através de um bom símbolo.”
novembro 2002
Pesquisa PROVAR:
compra por impulso
João Paulo Lara Siqueira, coordenador da área de pesquisa do PROVAR
O
que caracteriza a compra por impulso? pras por impulso, figuram em primeiro as baterias,
Quais fatores relacionam-se com ela e pilhas e filmes fotográficos – “são itens que devem
como estimulá-la? Há diferença entre a ficar em local de ampla visibilidade, pois dificil
compra por impulso em lojas tradicionais e na inter mente nos lembramos de compra-los”, diz Siquei-
net? Esses tópicos, estudados a partir de uma pesqui ra –, seguidos por salgadinhos, doces, produtos de
sa, basearam a apresentação de João Paulo Lara de limpeza, cosméticos e produtos de higiene básica.
Siqueira, coordenador de pesquisas do PROVAR – Ficou também constatado que as pessoas que se
Programa de Administração de Varejo da Fundação interessam mais por novidades respondem mais aos
Instituto de Administração (FIA), entidade conve estímulos da compra por impulso, e que os acompa
niada com a Faculdade de Economia e Administra nhantes, como filhos ou cônjuges, influem na conta
ção (FEA) da Universidade de São Paulo. de produtos que não estavam previstos no carrinho.
Segundo Siqueira, há visões diferentes a respeito Outros dados chamaram a atenção: o público femi
do que é a compra por impulso. Alguns a concei nino gasta mais e permanece maior tempo nas lojas,
tuam como a decisão de compra apesar de elaborarem mais listas de
baseada em critérios irracionais ou Deve-se lançar mão compras que os homens.
pouco racionais, enquanto uma outra de estímulos para tra Já no caso das compras pela
corrente a vê como as situações em internet, a pesquisa se deu em parce
zer o consumidor para
que o número de itens comprados é ria com a empresa ebit, e foi estrutu
maior do que o planejado e quando o o ambiente de ven rada a partir de questionários envia
total gasto ultrapassa o planejado. das, e a chave para dos por e-mail a pessoas que haviam
“Só há consenso em torno do fato de isso é não trabalhar acabado de realizar compras em sites
que a decisão de compra é concluída comerciais. Em contraste com as
sempre na loja”, explicou Siqueira. de forma pontual compras em canais tradicionais, os
Para as lojas tradicionais, a meto consumidores gastam em média
dologia de pesquisa do PROVAR abarcou entrevis 3,7% a mais do que o planejado, e 73,5% deles com
tas na saída de supermercados e hipermercados, com pram exatamente o que haviam planejado, contra
igual divisão de entrevistas por sexo e preocupação 52,5% nas lojas tradicionais. “A tendência é que os
em contemplar consumidores de diferentes faixas de negócios pela internet aumentem com a populariza
renda. Os resultados mostraram que o gasto médio ção das conexões de banda larga”, ele afirmou.
por minuto de loja é de dois reais e que, quão mais Siqueira concluiu sua apresentação com as idé-
abastado é o consumidor, maior é o nível de gasto ias de que o tempo de permanência aumenta a expo
por minuto e maior o erro na previsão do gasto. sição do produto ao cliente e abre espaço para a
“Detectamos que a lista de compras, quando utiliza compra, que o consumidor, em muitas situações,
da, freia as compras por impulso. No entanto, só apresenta um comportamento oportunista, no senti
20% dos entrevistados fizeram uma lista detalhada”, do de que modifica o seu plano com relação à com
apontou o palestrante. Dados importantes: 37,3% pra de um produto em função de ofertas ou promo
dos ouvidos geralmente compram mais do que pre ções que lhe são oferecidas (sua fidelidade a marcas
cisam (ao menos admitem o fato) e gastam, em ou empresas é limitada), e que “o layout da loja e a
média, 18,7% a mais do que o planejado. interface do website são os novos vendedores” no
A pesquisa revelou que os consumidores mais contexto das compras por impulso. “Ademais, os
experientes, não necessariamente mais velhos, são varejistas devem lançar mão de estímulos para tra
mais difíceis de serem estimulados às compras por zer o consumidor para o ambiente de vendas, e a
impulso, enquanto os jovens são mais suscetíveis a chave para isso é não tratar a organização e as táticas
elas. No ranking dos produtos campeões das com para vender de maneira pontual”, ele defendeu.
www.embalagemmarca.com.br
materiais
A vez dos
garrafões
PET de olho nas embalagens de 20 litros
O
lhar para o futuro. Essa é a
regra básica para as empre
sas que querem se manter
competitivas. Mais ainda, é
a receita para aumentar as
vendas em mercados onde avanços tec
nológicos permitem à concorrência Transparência e
resistência para gan-
copiar produtos em espaços de tempo har espaço no atra-
cada vez menores. ente mercado de
Com esse espírito, a Van Leer resol águas minerais
veu desafiar a máxima de que em time
que está ganhando não se mexe. Uma das águas minerais de outros países, tais
líderes mundiais em fornecimento de como o México, onde os garrafões de
garrafões para água mineral, a empresa PET eram economicamente viáveis e
de origem holandesa decidiu, há cerca de tinham boa performance.
Van Leer três anos, apostar na substituição do poli Para o Brasil, a Van Leer optou pela
(11) 5694-9800
www.vanleer.com.br carbonato (PC) pelo PET no segmento de resina Voridian Aqua PET PJ003, desen
garrafões de 20 litros para seus clientes volvida pela norte-americana Voridian –
Voridian n o Brasil, mesmo desfrutando de divisão da Eastman Chemical – especial
(11) 5103-0003
www.voridian.com uma situação cômoda no mente para o mercado de garrafões de
mercado. O resultado veio água. A escolha deveu-se às característi
rápido. Hoje, 98% dos cas da resina, que reduz as perdas na linha
clientes da empresa nesse de produção e resulta em produtos finais
segm ent o util iz am de alta qualidade, com paredes uniformes
embalagens PET. e boa transparência. Testes mostraram que
a Voridian Aqua PET PJ003 tem boa dura
Alternativa bilidade e boa resistência mecânica, o que
“Sabíamos que aumenta a vida útil dos garrafões subme
as marcas pre tidos a lavagem e esterilização com agen
mium estariam tes abrasivos. “A mudança para o PET
procurando uma permitiu-nos oferecer a nossos clientes
alt ern at iv a aos um produto de alta qualidade a preços
garrafões de PC, competitivos”, explica Silva.
que podem apresen “Os bons resultados nos ajudaram a
tar vaz am ent o no convencer nossos clientes de que o PET
lacre”, diz Olavo Silva, era uma boa alternativa para o mercado
gerente de compras da de água em garrafões, com uma boa rela
Van Leer. Antecipando ção custo-benefício”, finaliza Silva, ani
essa tendência no mercado, mado com a crescente demanda por
a empresa olhou para experiên embalagens de 20 litros no mercado de
cias de sucesso no mercado de águas minerais.
nov 2002 • embalagemmarca – 39
logística
E
m vista da necessidade de dina quistou recentemente o desejado mercado
mização econômica e do bem europeu. Mas para chegar lá, teve de come
social atrelado às atividades çar pensando, e agindo, localmente. Desde a
exportadoras, qualquer um que colheita dos primeiros frutos, ele percebeu
torça o nariz para iniciativas de que, para agradar o consumidor por seu
criação de uma imagem positiva dos produ sabor adocicado, o abacaxi precisaria de
tos brasileiros lá fora pode ser considerado uma alternativa de acondicionamento que
uma espécie de inimigo do bom senso. Con garantisse proteção durante o transporte.
tudo, nem sempre é possível antever oportu
nidades e frondosas transações com o exte Garantindo integridade
rior, quando, aqui mesmo no Brasil, o merca Por isso, hoje o agricultor é um dos poucos
do do produto que se tem em vista vender lá fornecedores de acabaxi que entregam 100%
fora sofre de falta crônica de condições bási de sua produção acondicionada em caixas de
cas de expansão e desenvolvimento. papelão ondulado, alternativa considerada
Todos os dias despontam casos revelan por especialistas uma das mais eficientes para
do que investimentos internos são um pres frutas. Parece pouco, mas trata-se de um tre
suposto para abocanhar consumidores lá mendo diferencial: hoje, cerca de 90% de
fora. Escrita no estado mais central do país, toda a colheita brasileira de abacaxis são
o Tocantins, a trajetória do engenheiro agrô transportados em amontoados desprovidos
nomo Washington Dias, hoje um dos prin de maiores cuidados, que lançam os índices
cipais produtores de abacaxis do Brasil, de perdas a níveis estratosféricos.
com uma área cultivada, de 6 000 hectares Garantindo a integridade de seus produ
– ou 150 milhões de pés –, mostra que tos, Dias começou a trilhar o caminho que o
apostar em modernização de métodos pro levaria ao exterior, fazendo-se notar inicial
dutivos, o que inclui forte preocupação com mente nos mercados do sudeste brasileiro.
planejamento logístico, é mesmo um cami “Com a adoção das embalagens, elimina
nho que pode dar visibilidade lá fora. mos as perdas e passamos a fornecer regu
Atuando com abacaxi pérola, espécie larmente para grandes supermercados de
que difere da tradicional havaí por ter a pol São Paulo e outros importantes Estados”,
pa mais branca e espinhos também na folha, conta o agricultor. Foi num desses acordos
desde o início da década de 80, Dias con que surgiu a primeira oportunidade de ven
der o adocicado abaca
1 3 xi pérola lá fora.
No mesmo ano em
que investiu nas emba
lagens, Dias teve seu
studio ag – andré godoy
Dias examina o
abacaxi tocantinense
exposto num PDV fran
2 cês (1): caixas de pape
lão ondulado (2) facili
tam o empilhamento (3),
eliminam boa parte das
perdas do transporte e
agregam valor
fotos: divulgação
ADESIVOS
SEM SOLVENTES
PARA LAMINAÇÃO
O uso de adesivos sem solventes está cau
sando uma verdadeira revolução na indús
tria de embalagens.
Henkel Ltda. • Av. das Nações Unidas, 10 989 • 2º andar • 04578-000 • São Paulo, SP
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que ele esteja seguro para o contato indireto com ali e filme/folha de alumínio de baixa, média e até alta perfor
mentos? mance, os quais combinam tempos de cura comercialmente
aceitáveis com relação à performance física e segurança ao
A concentração de isocianato monomérico livre parece ser alimento. A excelente performance dos poliuretanos em
um fator óbvio, mas o mecanismo de cura é realmente de combinação com os métodos de teste estabelecidos são
maior influência. O mecanismo de cura somente trabalha fatores importantes para a funcionalidade de uma embala
adequadamente em combinação com a proporção de mis gem flexível em conformidade com a estrutura diretiva
tura recomendada. Outros fatores são, por exemplo, a umi 89/109/EEC, que exige que nenhum componente que possa
dade especialmente sob as condições de laminação, a tem trazer perigo para a saúde humana seja transferido para o
peratura sob a qual a bobina recém laminada é estocada, alimento.
as propriedades de barreira do filme selante e até mesmo Alternativas são os sistemas de adesivos mistos de isocia
do tipo de camada externa do filme. natos alifático/aromático ou puro isocianato alifático. Cor
Para a cura de um adesivo numa situação ideal a perfor rentemente em desenvolvimento estão os sistemas de ade
mance do laminado e a segurança para contato indireto sivos não baseados em isocianatos, assim como os siste
com alimentos são alcançadas ao mesmo tempo. mas com cura por feixe de elétrons (electron-beam) e por
cura UV. Como mencionado anteriormente, também para
Existemdiferençasentreadesivosparalaminaçãopoliuretânicos? sistemas alternativos componentes migratórios devem ser
considerados e determinados previamente ao contato do
Para estruturas de baixa e média performance filme/filme e laminado com alimento. Em adição à introdução destes
filme/folha de alumínio laminados com adesivos isentos de sistemas no mercado, métodos de teste práticos e valida
solvente (“solventfree”) de primeira e segunda geração a dos para impurezas de baixo peso molecular são necessá
resistência física do laminado é quase sempre atingida rios.
antes que o adesivo esteja livre de aminas migratórias
potenciais. Já quinze anos atrás a Henkel introduziu a ter Não devemos esquecer de mencionar
ceira geração de adesivos solventfree, o que reduziu dra que as mesmas considerações com
maticamente o tempo de cura com relação a aminas relação à cura e à segurança dos
migratórias potenciais. Melhoria de igual porte é represen alimentos aplicam-se igualmente
tada nos anos recentes pelos adesivos da quarta geração, para sistemas de adesivos PUR
baseada na redução nas quantidades de isocianato mono contendo solventes (solventba
mérico livre em relação aos sistemas da terceira geração. sed), mas sistemas baseados na
Ambos sistemas são aplicados a 70-80ºC e requerem pré- mesma química como os adesi
aquecimento da porção-NCO prévio ao uso na operação vos solventfree de laminação de
de conversão. segunda geração não existem.
Se olharmos para as necessidades globais de mercado Como descrito para adesivos sol
para adesivos solventfree para embalagens flexíveis, os ventfree, hoje existem disponíveis
convertedores estão principalmente interessados em siste adesivos de dois componen
mas de ampla gama de aplicação, fáceis de manusear, com tes solventbased com meca
bom desempenho em máquina e cura rápida com respeito nismos de cura padrão e
à performance física e segurança para o alimento. Os modificado.
esforços sustentáveis de pesquisa e desenvolvimento da
Henkel resultaram na introdução no mercado de adesivos
solventfree para laminação universais, que combinam a fácil Visão em microscópio infra-
manipulação da segunda geração de adesivos solventfree vermelho e aplicação sem solvente
com tempos de cura mais curtos para segurança no conta
to indireto com alimentos. Já está com produção local na
América do Sul o adesivo Henkel Liofol 9526/9727, um típi
co adesivo de baixa viscosidade com comportamento
migratório de um adesivo solventfree universal superando
em performance todos os sistemas de segunda geração
concorrentes com respeito à seguran
ça. Hoje, a Henkel pode oferecer uma
linha completa de adesivos poliuretâ
nicos solventfree para laminação de
terceira geração, quarta geração e
universal modificados base isocianato
aromático para estruturas filme/filme
Em alta
A Associação Brasileira de Celu- Sete conquistas no WorldStars 2002
lose e Papel (Bracelpa) acaba de
fechar a projeção de um cresci- A World Packaging Organisa sabão em pó Omo Progress,
mento de pelo menos 4% para o tion (WPO) anunciou os ven fabricado pela Dixie Toga para
setor no ano que vem. O otimis- cedores da edição 2002 do a Unilever, com projeto da Oz
mo vem dos aumentos de pro- prêmio mundial WorldStars de Design; a garrafa da água
dução até agosto: 7,1% de celu- embalagem. Minalba Classic, desenhada
lose e 2,9% de papel. Entre os 153 projetos contem pela Hi Design e com rótulo
plados, sete são brasileiros, da Multilabel do Brasil; as
Aço aos totós também premiados no último Misturas para Bolo Dona Ben
A CSN esteve pela primeira vez
Prêmio ABRE de Design de ta, da J. Macêdo, com design
na PET South America, feira do
Embalagem. da Seragini Farné e pouch da
segmento de animais domésti-
São eles: a Lata com fecha Itap Bemis; o casal de Perfu
cos. A siderúrgica quer ampliar a
mento Biplus, da Brasilata, uti mes Sintonia de Natura, proje
participação das embalagens em
aço para rações, mercado que lizada pela Coral; a Linha de tado pela Design Com Z, e
fatura R$ 2,4 bilhões por ano no snacks Iracema, com design e com embalagens da Tapon
Brasil. inscrição da Dil Consultores Corona, Rexam do Brasil e
em Design e Comunicação em Bormioli Rocco e Figlio; e a
Know-how... Marketing e conversão da Caixa Plaform da Rigesa Wes
A Prodesmaq, especializada em Santa Rosa Embalagens tvaco, utilizada pela Rasip
rótulos auto-adesivos, está Flexíveis e da Litografia Valen Agro Pastoril.
começando a prestar consultoria ça; o Cartucho Window do www.worldpackaging.org
técnica gratuita a empresas
não-clientes com dificuldades
em seus processos de rotulagem
ou que desejam aprimorar
conhecimentos.
Aquisição concluída
O Gruppo Mossi & Ghisolfi anun da Rhodia-ster, com capacidade
ciou no dia 8 de outubro a conclu para 18 kt anuais; duas plantas
ÁGLVSRVLo¬R
são da aquisição de toda a partici com capacidade para 90 kt anuais
O objetivo é difundir as vanta-
pação acionária da Rhodia na Rho de fibra de poliéster; e participação
gens e benefícios do auto-adesi-
dia-ster S.A. (Rhodia-ster) do Bra majoritária na Rhodiaco Indústrias
vo, e a partir daí, oferecer idéias
sil. A aquisição abrange os seguin Químicas Ltda., que opera uma
inovadoras. Os contatos devem
tes ativos de produção da Rhodia- fábrica de PTA com capacidade
acontecer pelo site www.pro-
ster: uma fábrica de resina de PET para 225 kt anuais.
desmaq.com.br ou através do
com capacidade para 200 kt anu- www.rhodiaster.com.br
telefone (19) 3876-9300.
ais; a Recipet, braço de reciclagem www.mgpolymers.com
divulgação
lei segundo
a qual nos coisas assim não são jogadas fora,
vinte anos por mais que a globalização acon
seguintes nada vinculado a direi selhe trabalhar com marcas sem
fronteiras. linha de embalagens para posicio
tos autorais cairia em domínio
Jurema, aliás, ilustra de certa for nar Jurema como segunda marca
público, a Suprema Corte dos
ma um caminho inverso. Era uma da Cica, em condições de comba
Estados Unidos vem discutindo a
linha extensa de legumes, tomate ter Etti, Peixe e outras, menos
possibilidade de qualquer um
e doces, tendo como carro-chefe expressivas. Foi criada então uma
poder usar a figura do personagem
as ervilhas reidratadas, mas sem nova menina, desvinculada da ori
Mickey Mouse a partir de janeiro
unidade visual. O único elemento ginal, com forte personalidade e
de 2004, sem precisar pagar nada
que dava sentido de linha aos pro simpatia suficiente para transmitir
à Disney. Se isso acontecer, pode-
dutos era a imagem de uma meni aos consumidores uma imagem de
se prever que a figura do camun
na de olhar gentil nas embalagens, modernidade, qualidade e preço
dongo orelhudo virará tão carne
criada por Maurício de Souza. justo, lembra o diretor de criação
de vaca quanto as do Coelho da
Ainda na década de 60, a agência Elias Osmar Pinto. Daí para a
Páscoa e do Papai Noel.
de design Perez & Damiani foi frente a linha passou por sucessi
convidada a desenvolver uma vas modernizações.