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e a dependncia externos da economia latinoamericana. O autor considera que desde seu incio
a Amrica Latina esteve conectada ao fluxo global
de commoditties primrias e metais preciosos.
A produo econmica voltada para o mercado
externo deixou de lado a tarefa de estabelecer um
mercado interno consumidor para a sustentabilidade
econmica do subcontinente. Havia ainda a
combinao entre domnio oligrquico, estrutura
agrria desigual e escravismo.
A segunda fase de nossa modernidade
assumiu a tarefa interna como condio da
industrializao dependente ocorrida, sobretudo,
por conta da ao estatal desenvolvimentista e
da poltica de substituio de importaes. As
indstrias mecnica, qumica, eltrica e petroleira
se constituram ncleo da ofensiva modernizadora.
O pensamento social tambm impulsionou a
industrializao nas duas formulaes do chamado
estruturalismo histrico; so elas: o estruturalismo
cepalino e a teoria da dependncia. Contudo, havia
o problema do mercado interno. Esse se relaciona
diretamente com os histricos baixos padres de
consumo das populaes latino-americanas. O
escravismo e a economia informal mantiveram
boa parte das massas urbanas e rurais distantes
de um consumo mnimo da produo interna.
Esse processo retardou a acumulao necessria
industrializao e manteve a desigualdade social
alta no subcontinente. A indstria estabeleceuse centrada na exportao de produtos primrios
e na produo de bens de consumo leves. Para
compreender a transformao da economia latinoamericana, sobretudo a mudana pela qual passa
devido s transformaes do regime mundial de
acumulao, Domingues aponta a perspectiva
regulacionista. Essa pe em foco os arranjos
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