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Tratamento Térmico:

Têmpera
Materiais de Engenharia

Tamires Françoso da Costa


6ENA
Profa: Léa Nogueira Nishioka

São José dos Campos


Maio de 2009
Índice
Objetivo........................................................................................................ 3
Revisão da literatura .................................................................................... 5
Têmpera .............................................................................................. 5
Resultados e Análise de Resultados ........................................................... 6
Conclusão .................................................................................................... 9
Bibliografia ................................................................................................... 10
Objetivo
A partir de experimento feito em laboratório foram observadas
características e propriedade do material selecionado antes e depois do
tratamento térmico.
Esse estudo possibilita a percepção da importância e finalidade dos
tratamentos térmicos na Engenharia de acordo com o modo come é aplicado.
Vejamos, então, como foi feito o estudo.
Revisão da literatura
Os processos de produção nem sempre fornecem os materiais de
construção nas condições desejadas: as tensões que se originam nos processos
de fundição, conformação mecânica e mesmo na usinagem criam sérios
problemas de distorções e empenamento e as estruturas resultantes não são,
frequentemente, as mais adequadas, afetando em conseqüência, no sentido
negativo, as propriedades dos materiais.
Por esses motivos, há necessidade de submeter as peças metálicas, antes
de serem definitivamente colocadas em serviço, a determinados tratamentos que
objetivem minimizar ou eliminar aqueles inconvenientes.
Os tratamentos são chamados “tratamentos térmicos”, os quais envolvem
operações de aquecimento e resfriamento subseqüente, dentro das condições
controladas de temperatura, tempo à temperatura, ambiente de aquecimento e
velocidade de resfriamento.
Os objetivos dos tratamentos térmicos podem ser resumidos da seguinte
maneira;
ƒ Aumento de resistência mecânica;
ƒ Melhora da ductilidade;
ƒ Melhora na usinabilidade;
ƒ Melhora da resistência ao desgaste;
ƒ Melhora das propriedades de corte;
ƒ Melhora da resistência à corrosão;
ƒ Melhora da resistência ao calor;
ƒ Modificação das propriedades elétricas e magnéticas.
Os tratamentos comuns das ligas metálicas são os seguintes: recozimento,
normalização, têmpera, revenimento, tratamento isotérmico (nos aços),
coalescimento, endurecimento por precipitação e tratamento termoquímico.
Neste relatório falaremos especificamente da têmpera, que é o tratamento
térmico mais importante dos aços, principalmente os que são utilizados em
construção mecânica.
As condições de aquecimento são muito idênticas às que ocorrem no
recozimento ou normalização. O resfriamento, entretanto, é muito rápido, para que
se empregam geralmente meios líquidos, onde as peças são mergulhadas depois
de aquecidas convenientemente. Resultam, nos aços temperados. Modificações
estruturais muito intensas que levam a um grande aumento da dureza, da
resistência ao desgaste, da resistência à tração, ao mesmo tempo em que as
propriedades relacionadas com a ductilidade sofrem uma apreciável diminuição e
tensões internas são originadas em grande intensidade.
Resultados e Análise de Resultados
O tratamento foi aplicado em dois corpos de prova especificados como aço
AISI 1045.
Antes de iniciar o tratamento foi necessário medir a dureza das amostras
para verificar se estavam de acordo com o especificado para o material.
Os resultados obtidos foram:
Dureza antes do tratamento
Amostra 1 Amostra 2
1ª medição 35 HRC 35 HRC
2ª medição 35 HRC 35 HRC
Tabela 1 – Dureza dos corpos de prova antes do tratamento.

Comparando os resultados obtidos em laboratório com os níveis de dureza


exibidos pela fonte de pesquisa (www.matweb.com) que mostram uma média de
20HRC (86HRB) para este material (ver Anexo I), foi possível observar uma falha
no processo.
Esta falha pode representar instrumento de medição não calibrado ou
material fora de padrão e deve ser analisada com maior precisão antes de colocar
este material em novos projetos.
Em seguida, as amostras foram levadas ao forno aquecido a
aproximadamente 900 ºC (com variação do forno de ± 50 ºC).
A Amostra 1 permaneceu no forno por aproximadamente 15 minutos e,
após retirada, foi resfriada em água.
Já a Amostra 2 permaneceu no forno por aproximadamente 20 minutos e foi
resfriada em óleo.
A tabela abaixo mostra os valores obtidos depois do tratamento para que
possamos avaliar as vantagens do processo.
Dureza após o tratamento
Amostra 1 Amostra 2
1ª medição 69 HRC 35 HRC
2ª medição 69 HRC 36 HRC
Tabela 2 – Dureza dos corpos de prova depois do tratamento.
A diferença de dureza entre as amostras após o tratamento deve-se ao
meio de resfriamento escolhido associado ao material do experimento.
Como um aço AISI 1045 possui uma porcentagem relativamente baixa de
carbono (0,45%C) sua curva TTT está mais próxima do eixo Y. Isso significa que
para obter-se uma estrutura martensítica é necessário um resfriamento muito
rápido para que a linha de resfriamento não toque na linha de transformação de
austenita em perlita ou de austenita em bainita. Veja um exemplo no gráfico a
seguir.

Figura 1 – Exemplo de curva TTT

O resfriamento em óleo, utilizado na amostra 2, é um resfriamento mais


lento que o em água, pois sua capacidade térmica é mais baixa que a da água, ou
seja, o óleo demora mais para entrar em equilíbrio térmico, fazendo com que o
processo de resfriamento demora mais.
Com isso, no caso do aço AISI 1045, a linha de resfriamento passa pela
primeira linha de transformação de austenita antes de tocar na linha de
transformação de martensita, obtendo-se assim após o tratamento uma estrutura
de perlita + martensita.
Como a perlita é uma estrutura de baixa resistência mecânica, o material
resfriado em óleo apresentará uma diferença significativa de dureza do material
que foi resfriado em água, que contém apenas martensita, uma estrutura de alta
resistência mecânica.
Vale ressaltar, também, que o resfriamento não pode ser rápido demais
para que não haja empenamento ou trincas.
Conclusão
Conclui-se que os parâmetros adotados para o tratamento térmico devem
estar de acordo com o resultado esperado ao fim do processo.
Aquecer a peça à temperatura adequada deixando o tempo necessário para
que ocorra a austenização e a escolha adequada do meio em que se fará o
resfriamento são pontos importantíssimos para a obtenção dos resultados
esperados e deve se fazer um estudo destes fatores antes de se iniciar um
processo de tratamento térmico.
Com o material adequado existem mais chances de seu projeto ser bem
sucedido.
Bibliografia
Chieverini, Vicente. Tecnologia Mecânica – Vol. II Processo de Fabricação e
Tratamento. 2ª ed. São Paulo: Editora McGraw-Hill Ltda;

http://www.matweb.com/search/QuickText.aspx?SearchText=1045 [acessado em
14 de maio de 2009];

http://www.portalnaval.com.br [acessado em 17 de maio de 2009].


Anexos
[acesse http://www.scribd.com/doc/24549698/Anexo-Tratamento-termico-AISI-1040 ]

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